Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Ciclo 1
Ciclo
Problemas
Dona Dirce relata que está com menorreia a dez anos.
Dona Dirce relata que possui ondas de calor que causa insônia resultando em cansaço.
As alterações que Dona Dirce tem sentido, são por causa das mudanças de hormônios.
Dona Dirce afirma que seus ciclos menstruais eram regulares
Hipóteses
O ovário é responsável pela produção dos hormônios progesterona e estrogênio, a queda dessa produção de hormônios faz 
com que a mulher entre no climatério e posteriormente na menopausa.
As ondas de calor e desregulação do sono devem ser justificadas pelas alterações de hormônios que ocorrem na menopausa.
A mulher já nasce com seus folículos definidos, assim ela usa dessa reserva da menarca até a menopausa, quando eles 
sofrem ovulação na menopausa.
Dona Dirce teve uma menopausa tardia, supondo que a media é de 45-55 anos.
O ciclo menstrual acontece em fases sendo a primeira folicular, para maturar o ovulo que será formado sobre o estimulo do 
FSH.
Quando a mulher engravida o endométrio, já espessado, não descama em função do HCG liberado pelo corpo lúteo, portanto 
durante o ciclo menstrual ocorre a descamação do endométrio em função da ausência da fecundação
Questões de Aprendizagem
1. Conhecer a anatomia topográfica e estrutural do ovário, vascularização e ligamentos do útero e ovários.
2. Conhecer a histologia dos ovários e do endométrio de acordo com as fases do ciclo menstrual.
3. Entender a fisiologia do ciclo menstrual considerando o eixo hormonal.
4. Defina climatério e menopausa (idade, características hormonais, características e sintomas).
O desenvolvimento de sexo e gênero em humanos é fortemente controlado por fatores genéticos, que induzem o desenvolvimento 
de órgãos (especialmente gonadais) e a programação dependente de androgênio de maneira específica de tecido e dependente de 
tempo. A modulação é facilitada através da síntese de esteroides endócrinos, parácrinos e autócrinos, bem como através do 
recrutamento de muitos outros reguladores envolvidos na especificidade da ação androgênica através da modificação dos 
complexos receptor hormonal.
O aparelho reprodutor feminino é constituído pelos órgãos femininos responsáveis pela reprodução. É no aparelho 
reprodutor feminino, mas especificamente nos ovários, onde os óvulos amadurecem e ficam prontos para serem fecundados 
por um espermatozoide. Caso isso ocorra, o zigoto formado irá se instalar no útero, onde irá ocorrer seu crescimento e 
desenvolvimento até o nascimento.
Trato genital superior
Os órgãos genitais internos femininos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.
Ciclo 2
Ovários
Os ovários são gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os 
oócitos (gametas ou células germinativas femininas). Também são glândulas endócrinas que produzem hormônios sexuais. 
Cada ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal ou mesentério, o mesovário. O mesovário é uma subdivisão de um 
mesentério maior do útero, o ligamento largo.
Nas mulheres pré-púberes, a cápsula de tecido conjuntivo (túnica albugínea do ovário) que forma a superfície do ovário é 
coberta por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano ou epitélio superficial (germinativo), uma única camada de células 
cúbicas que confere à superfície uma aparência acinzentada, fosca, que contrasta com a superfície brilhante do mesovário 
peritoneal adjacente com o qual é contínua. Depois da puberdade, há fibrose e distorção progressiva do epitélio 
superficial ovariano, em razão da repetida ruptura de folículos ovarianos e liberação de oócitos durante a oocitação. A 
fibrose é menor em usuárias de contraceptivos orais. 
Os vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos ovarianos cruzam a margem da pelve, entrando e saindo da face superolateral 
do ovário dentro de uma prega peritoneal, o ligamento suspensor do ovário, que se torna contínuo com o mesovário do 
ligamento largo.
Medialmente no mesovário, um ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero. O ligamento útero-ovárico une a 
extremidade proximal (uterina) do ovário ao ângulo lateral do útero, imediatamente inferior à entrada da tuba uterina. 
Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o oócito expelido na 
ovulação passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, sua vida intraperitoneal é curta porque geralmente é aprisionado 
pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado.
Ciclo 3
Tubas Uterinas
As tubas uterinas (trompas de Falópio) conduzem o oócito, que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil, 
da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina.
Também são o local habitual de fertilização. As tubas estendem-se lateralmente a partir dos cornos uterinos e se abrem na 
cavidade peritoneal perto dos ovários. 
As tubas uterinas (cerca de 10 cm de comprimento) estão em um mesentério estreito, a mesossalpinge, que forma as margens 
livres anterossuperiores dos ligamentos largos. Na disposição “ideal”, tipicamente mostrada pelas ilustrações, as tubas 
estendem-se simetricamente em direção posterolateral até as paredes laterais da pelve, onde se curvam anterior e 
superiormente aos ovários no ligamento largo em posição horizontal.
Na realidade, observadas à ultrassonografia, muitas vezes as tubas estão dispostas assimetricamente e uma delas está em posição 
superior e até mesmo posterior em relação ao útero.
As tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes, da região lateral para a medial:
Infundíbulo: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal. 
Os processos digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário; 
uma grande fímbria ovárica está fixada ao polo superior do ovário
Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial do infundíbulo; é onde 
geralmente ocorre a fertilização do oócito
Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino
Parte uterina: o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre, através do óstio uterino, 
para a cavidade do útero no corno do útero.
Ciclo 4
Vascularização dos Ovários e das tubas uterinas
As artérias ováricas originam-se da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede abdominal posterior. Na 
margem da pelve, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores, aproximando-se das faces 
laterais dos ovários e das tubas uterinas. Os ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos das artérias ilíacas internas) 
seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos ovários e tubas uterinas. Tanto a artéria 
ovárica quanto a artéria uterina ascendente terminam bifurcando-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam ovários e 
tubas uterinas das extremidades opostas e anastomosam-se entre si, criando uma circulação colateral de origem 
abdominal e pélvica para ambas as estruturas.
Ciclo 5
As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampiniforme, semelhante a uma trepadeira, no ligamento largo 
perto do ovário e da tuba uterina. As veias do plexo geralmente se fundem para formar uma única veia ovárica, que deixa 
a pelve menor com a artéria ovárica. A veia ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior; a veia ovárica esquerda 
drena para a veia renal esquerda. As veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino 
(uterovaginal).
Ciclo 6
Inervação dos Ovários e das Tubas uterinas
A inervação é derivada em parte do plexo ovárico, descendo com os vasos ováricos, e em parte do plexo uterino (pélvico). Os 
ovários e as tubas uterinas são intraperitoneais e, portanto, estão localizados acima da linha de dor pélvica. Assim, fibras 
de dor aferentes viscerais ascendem retrogradamente com as fibras simpáticas descendentes do plexo ovárico e dos nervos 
esplâncnicoslombares até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais T11–L1. As fibras reflexas 
aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterino (pélvico) e hipogástrico 
inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais S2–S4.
Útero
O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. O embrião e o feto se desenvolvem no útero. As paredes 
musculares adaptam-se ao crescimento do feto e garantem a força para sua expulsão durante o parto. O útero não 
grávido geralmente está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga urinária e 
o reto.
O útero é uma estrutura muito dinâmica, cujo tamanho e proporções modificam-se durante as várias fases da vida. Na 
mulher adulta, o útero geralmente encontra-se antevertido (inclinado anterossuperiormente em relação ao eixo da vagina) 
e antefletido (fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo, criando o ângulo de flexão), de modo que sua massa 
fica sobre a bexiga urinária. Sendo assim, quando a bexiga urinária está vazia, o útero tipicamente situa-se em um plano 
quase transversal. A posição do útero muda com o grau de enchimento da bexiga urinária e do reto, e com a evolução da 
gravidez. Embora seu tamanho varie muito, o útero tem cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de 
espessura e pesa cerca de 90 g.
Ciclo 7
O útero pode ser dividido em duas partes principais: o corpo e o colo. O corpo do útero, que forma os dois terços superiores 
do órgão, inclui o fundo do útero, a parte arredondada situada superiormente aos óstios uterinos. O corpo está situado 
entre as lâminas do ligamento largo é livremente móvel. Tem duas faces: anterior (relacionada com a bexiga urinária) e 
posterior (intestinal).
O corpo do útero é separado do colo pelo istmo do útero, um segmento relativamente estreitado, com cerca de 1 cm de 
comprimento.
O colo do útero é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero, que tem comprimento aproximado de 2,5 cm em 
uma mulher adulta não grávida. Para fins descritivos, é dividido em duas porções: uma porção supravaginal entre o istmo e a 
vagina, e uma porção vaginal, que se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina. A porção vaginal 
arredondada circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada por um recesso estreito, o fórnice da vagina. A porção 
supravaginal é separada da bexiga urinária anteriormente por tecido conjuntivo frouxo e do reto posteriormente pela 
escavação retouterina.
A cavidade do útero, semelhante a uma fenda, tem cerca de 6 cm de comprimento do óstio uterino até a parede do fundo do útero. 
Os cornos do útero são as regiões superolaterais da cavidade do útero, onde penetram as tubas uterinas. A cavidade do 
útero continua inferiormente como o canal do colo do útero. O canal fusiforme estende-se de um estreitamento no interior 
do istmo do corpo do útero, o óstio anatômico interno, atravessa as porções supravaginal e vaginal do colo, comunicando-
se com o lúmen da vagina através do óstio uterino. A cavidade do útero (em particular, o canal do colo do útero) e o lúmen 
da vagina juntos constituem o canal de parto que o feto atravessa ao fim da gestação.
A parede do corpo do útero é formada por três camadas ou lâminas:
Perimétrio – a serosa ou revestimento seroso externo – consiste em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido 
conjuntivo
Miométrio – a camada média de músculo liso – é muito distendido (mais extenso, porém muito mais fino) durante a 
gravidez. Os principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero estão localizados nessa camada. Durante o parto, 
a contração do miométrio é estimulada hormonalmente a intervalos cada vez menores para dilatar o óstio do colo do 
útero e expelir o feto e a placenta. Durante a menstruação, as contrações do miométrio podem causar cólica.
Endométrio – a camada mucosa interna – está firmemente aderido ao miométrio subjacente. O endométrio participa 
ativamente do ciclo menstrual, sofrendo modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo. Se houver concepção, o 
blastocisto implanta-se nessa camada; se não houver concepção, a face interna dessa camada é eliminada durante a 
menstruação.
Ciclo 8
A quantidade de tecido muscular no colo do útero é bem menor do que no corpo. O colo do útero é, em sua maior parte, 
fibroso e consiste principalmente em colágeno com uma pequena quantidade de músculo liso e elastina.
Externamente, o ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero posteroinferiormente à junção uterotubária. O ligamento 
redondo do útero fixa-se anteroinferiormente a essa junção. Esses dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico, 
relacionados com a mudança de posição da gônada de sua posição embrionária sobre a parede abdominal posterior. 
O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio (mesentério) que se estende das laterais do útero até as 
paredes laterais e o assoalho da pelve. Esse ligamento ajuda a manter o útero em posição. As duas lâminas do ligamento 
largo são contínuas entre si em uma margem livre que circunda a tuba uterina. Lateralmente, o peritônio do ligamento 
largo é prolongado superiormente sobre os vasos como o ligamento suspensor do ovário. Entre as lâminas do ligamento 
largo de cada lado do útero, o ligamento útero-ovárico situa-se posterossuperiormente e o ligamento redondo do útero 
situa-se anteroinferiormente. A tuba uterina situa-se na margem livre anterossuperior do ligamento largo, dentro de um 
pequeno mesentério denominado mesossalpinge. Do mesmo modo, o ovário situa-se dentro de um pequeno mesentério 
denominado mesovário na face posterior do ligamento largo. A parte maior do ligamento largo, inferior ao mesossalpinge 
e ao mesovário, que serve como mesentério para o próprio útero, é o mesométrio.
O útero é uma estrutura densa situada no centro da cavidade pélvica. As principais sustentações do útero que o mantêm 
nessa posição são passivas e ativas ou dinâmicas. A sustentação dinâmica do útero é propiciada pelo diafragma da pelve. 
Seu tônus nas posições sentada e de pé e a contração ativa durante períodos de aumento da pressão intra-abdominal 
(espirro, tosse etc.) são transmitidos através dos órgãos pélvicos adjacentes e da fáscia endopélvica que o cercam. A 
sustentação passiva do útero é proporcionada por sua posição – o modo como o útero normalmente antevertido e 
antefletido fica apoiado sobre o topo da bexiga urinária.
Quando a pressão intra-abdominal aumenta, o útero é pressionado contra a bexiga urinária. O colo do útero é a parte 
menos móvel do órgão em razão da sustentação passiva proporcionada por condensações de fáscia parietal da pelve 
(ligamentos) fixadas a ele, que também contém músculo liso.
Ligamentos transversos do colo estendem-se da porção supravaginal do colo e das partes laterais do fórnice da vagina 
até as paredes laterais da pelve.
Ligamentos retouterinos seguem superiormente e um pouco posteroinferiormente das laterais do colo do útero até o 
meio do sacro; são palpáveis ao toque retal.
Ciclo 9
Resumo das relações do Útero
Anteriormente
Anteroinferiormente em sua posição antevertida normal: a escavação vesicouterina e a face superior da bexiga 
urinária; a porção supravaginal do colo tem relação com a bexiga urinária e é separada dela apenas por tecido 
conjuntivo fibroso.
Posteriormente
A escavação retouterina contendo alças de intestino delgado e a face anterior do reto; apenas a fáscia visceral da 
pelve que une o reto e o útero 
nesse local resiste ao aumento da pressão intra-abdominal.
Lateralmente
O ligamento largo peritoneal ladeando o corpo do útero e os ligamentos transversos do colo, fasciais, de cada lado do 
colo do útero e da vagina; na transição entre os dois ligamentos, os ureteres seguem anteriormente, um pouco 
superiores à parte lateral do fórnice da vagina e inferiores às artérias uterinas, em geral cercade 2 cm laterais à 
porção supravaginal do colo.
Vascularização do Útero
A vascularização do útero provém principalmente das artérias uterinas, com possível irrigação colateral das artérias 
ováricas. As veias uterinas penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada 
lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas.
Vagina
A vagina, um tubo musculomembranáceo distensível (7 a 9 cm de comprimento), estende-se do meio do colo do útero até o 
óstio da vagina, a abertura na sua extremidade inferior. O óstio da vagina, o óstio externo da uretra e os ductos da 
glândula vestibular maior e as glândulas vestibulares menores abrem-se no vestíbulo da vagina, a fenda entre os lábios 
menores do pudendo. A parte vaginal do colo do útero está localizada anteriormente na parte superior da vagina.
Ciclo 10
A vagina:
Serve como canal para o líquido menstrual;
Forma a parte inferior do canal de parto;
Recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual;
Comunica-se superiormente com o canal do colo do útero e inferiormente com o vestíbulo da vagina.
A vagina geralmente encontra-se colapsada. O óstio costuma estar colapsado em direção à linha mediana, de modo que suas 
paredes laterais ficam em contato de cada lado de uma fenda anteroposterior. Superiormente ao óstio, porém, as paredes anterior 
e posterior estão em contato a cada lado de uma cavidade virtual transversal, que tem formato de H em corte transversal, com 
exceção de sua extremidade superior, na qual o colo do útero as mantém afastadas. 
A vagina situa-se posteriormente à bexiga urinária e à uretra, sendo que esta se projeta ao longo da linha mediana de sua parede 
anteroinferior.
A vagina situa-se anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo levantador do ânus (puborretal). O 
fórnice da vagina, o recesso ao redor do colo, tem partes anterior, posterior e lateral. A parte posterior do fórnice da vagina é a 
mais profunda e tem íntima relação com a escavação retouterina. Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como 
esfíncteres: pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso. 
A vagina está relacionada:
Anteriormente com o fundo da bexiga e a uretra;
Lateralmente com o músculo levantador do ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres;
Posteriormente (da parte inferior para a superior) com o canal anal, o reto e a escavação retouterina.
Ciclo 11
Vascularização da Vagina
As artérias que irrigam a parte superior da vagina originam-se das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e 
inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna.
As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal.
Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para as veias ilíacas 
internas através da 
veia uterina. Esse plexo também se comunica com os plexos venosos vesical e retal.
Inervação da Vagina e do útero
Apenas o quinto ao quarto inferior da vagina tem inervação somática. A inervação dessa parte da vagina provém do 
nervo perineal profundo, um ramo do nervo pudendo, que conduz fibras aferentes simpáticas e viscerais, mas não fibras 
Ciclo 12
parassimpáticas. Apenas essa parte inervada somaticamente é sensível ao toque e à temperatura, embora as fibras 
aferentes somáticas e viscerais tenham seus corpos celulares nos mesmos gânglios sensitivos de nervos espinais (S2– S4).
A maior parte da vagina (três quartos a dois quintos superiores) tem inervação visceral. Os nervos para essa parte da 
vagina e para o útero são derivados do plexo nervoso uterovaginal, que segue com a artéria uterina na junção da base do 
ligamento largo (peritoneal) com a parte superior do ligamento transverso do colo (fascial). O plexo nervoso uterovaginal 
é um dos plexos pélvicos que se estendem do plexo hipogástrico inferior até as vísceras pélvicas. Fibras aferentes 
simpáticas, parassimpáticas e viscerais atravessam esse plexo. 
A inervação simpática atravessa os nervos esplâncnicos lombares e os plexos intermesentéricos-hipogástricos-pélvicos, 
enquanto a inervação parassimpática atravessa os nervos esplâncnicos pélvicos até o plexo hipogástrico inferior-
uterovaginal.
A inervação visceral da parte superior (corpo e fundo) e inferior (colo) do útero e vagina diferem nas vias de condução, 
que são importantes para localização correta da anestesia no parto.
As fibras que conduzem impulsos do fundo e do corpo do útero seguem inervação simpática retrógrada e chega aos 
corpos celulares nos nervos espinhais torácicos inferiores-lombares superiores.
As fibras que conduzem impulsos do colo do útero e da vagina seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente 
pelos plexos uterovaginal e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos para chegar aos corpos celulares 
dos nervos espinhais S2-S4. – As fibras que não conduzem impulsos dolorosos seguem essa via. O corpo do útero está 
situado acima da linha de dor pélvica, visto que é intraperitoneal. A vagina, por sua vez, está localizada abaixo da 
linha de dor pélvica.
Histologia
Ovários
Os ovários desempenham duas funções interrelacionadas: a gametogênese (produção de gametas) e a produção de 
hormônios. Os principais hormônios secretados pelos ovários são o estrogênio e a progesterona.
Apresentam forma de amêndoas e estão ligados ao ligamento largo do útero por meio de uma prega de peritônio conhecido como 
mesovário, onde encontramos vasos sanguíneos para a nutrição dos ovários. O polo superior do ovário está fixado à parede 
pélvica pelo ligamento suspensor do ovário e o polo inferior está fixado ao útero pelo ligamento útero – ovárico (remanescente do 
cordão fibroso embrionário que fixa a gônada em desenvolvimento ao assoalho da pelve).
Sua superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo, que corresponde a uma 
modificação do mesotélio do peritônio. Sob o epitélio germinativo, há uma camada de tecido conjuntivo denso não 
modelado, pouco vascularizada, a túnica albugínea, responsável pela cor esbranquiçada do ovário.
Abaixo da túnica, há a zona cortical, na qual predominam os folículos ovarianos, e, mais internamente, a zona medular, 
que contém tecido conjuntivo frouxo fibroelástico com um rico leito vascular. Entre essas zonas não há um limite bem 
definido.
Ciclo 13
 O folículo ovariano é o conjunto do ovócito e das células foliculares que o envolvem, também chamadas de células da 
granulosa. Os folículos localizam – se no tecido conjuntivo (estroma) da zona cortical, onde há fibroblastos.
 O termo epitélio germinativo é uma denominação antiga, quando se acreditava incorretamente que esse epitélio seria 
o local de formação das células germinativas durante o desenvolvimento embrionário. Atualmente, sabe – se que as 
células germinativas primordiais (tanto masculinas quanto femininas) são de origem extragonádica. Essas células 
migram do saco vitelino embrionário para dentro do córtex da gônada embrionária, onde se diferenciam e induzem a 
diferenciação do ovário.
A região central do ovário, a medula, é constituída por fibroblastos frouxamente situados em uma matriz rica em 
colágeno contendo fibras elásticas, além de grandes vasos sanguíneos, vasos linfático e fibras nervosas.
Desenvolvimento dos Ovários
Os estágios iniciais da oocitogênese ocorrem durante a vida fetal, quando as divisões mitóticas aumentam 
maciçamente o número de ovogônias (células germinativas primordiais) até próximo ao final do 5º mês fetal. Neste 
período, cada ovário contém cerca de 5 a 7 milhões de ovogônias. Cerca de 1 milhão delas tornam – se envolvidas por 
células foliculares e sobrevivem até o nascimento.
Do milhão de ovogônias que sobrevivem formando folículos primordiais, cerca de 600.000 tornam – se atrésicas 
durante a primeira década devida, e na menarca, uma mulher jovem possui apenas cercade 300.000 a 400.000 
folículos. Geralmente, a ovulação ocorre a cada 28 dias , com um ovócito sendo liberado a cada mês, contabilizando 
um total de cerca de 450 ovócitos liberados durante o período reprodutivo. Os folículos restantes degeneram e 
morrem.
Folículos primordiais
Os folículos primordiais, os mais primitivos, formados durante a vida fetal, são constituídos por um ovócito primário, 
circundado por uma única camada de células foliculares achatadas aderidas umas às outras através de desmossomos. 
Ao nascimento, esses ovócitos encontram – se parados na fase de diplóteno da prófase da meiose I. O ovócito primário 
é uma célula esférica que apresenta um núcleo grande e excêntrico com um único nucléolo bem evidente. Contém 
numerosas mitocôndrias, abundantes aparelhos de Golgi e retículo endoplasmático rugoso contendo poucos 
ribossomos. A maioria desses folículos se localiza na região cortical, próximo à túnica albugínea. Uma lâmina basal 
envolve as células foliculares e marca o limite entre o folículo e o estroma conjuntivo adjacente.
Ciclo 14
A partir da puberdade, a cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia um processo de crescimento folicular 
– modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma que envolve cada um desses folículos. 
Inicialmente, o ovócito aumenta de tamanho, e ocorre proliferação das células foliculares achatadas circundantes, que se 
tornam cuboides. Nesse estágio, o folículo passa a ser identificado como folículo primário.
Dentre a grande população de folículos primordiais, não se sabe como são selecionados os folículos que abandonam seu 
estado de repouso e entra na fase de crescimento.
O crescimento folicular é estimulado pelo FSH secretado pela hipófise.
Folículos Primários
Na fase de crescimento, além do aumento de diâmetro do ovócito, o núcleo aumenta de volume, vários aparelhos de Golgi 
estão dispersos por toda a célula, o retículo endoplasmático rugoso torna – se em rico em ribossomos, além de abundantes 
ribossomos livres e mitocôndrias dispersas por toda a célula.
Ciclo 15
Enquanto uma única camada de células foliculares cúbicas circunda o ovócito, o folículo é denominado folículo primário 
unilaminar. Quando as células foliculares proliferam e se estratificam, formando várias camadas de células ao redor do 
ovócito primário que se comunicam por junções comunicantes, o folículo passa a ser denominado folículo primário 
multilaminar ou folículo pré - antral. Nesse caso, esta camada de células foliculares recebe o nome de células da 
granulosa. A lâmina basal se mantém entre a camada mais externa de células foliculares e o estroma de tecido conjuntivo.
A atividades proliferativa das células granulosas é induzida pela ativina, uma molécula de sinalização produzida pelo 
ovócito primário.
Além disso, uma espessa camada amorfa, chamada zona pelúcida, composta de várias glicoproteínas (que atribuem 
acidofilia a essa zona) é secretada e envolve todo o ovócito. Acredita – se que o ovócito e as células foliculares contribuam 
para a síntese da zona pelúcida. Delgados prolongamentos de células foliculares e microvilos do ovócito penetram a zona 
pelúcida e estabelecem contato entre si por junções comunicantes.
Nos humanos, a zona pelúcida é composta de três classes de glicoproteínas ácidas sulfatadas, denominadas ZP1, ZP2 e ZP3. 
Dessas três, a mais importante é a ZP3, que atua como receptor para a ligação dos espermatozoides e indutor da reação 
acrossômica.
As células do estroma começam a se organizar ao redor do folículo primário multilaminar formando a teca interna, 
constituída principalmente por uma camada celular ricamente vascularizada, e a teca externa, constituída principalmente 
células do estroma sem maiores modificações. As células da camada granulosa estão separadas da teca interna por uma 
espessa lâmina basal. As células poliédricas que compõem a teca interna possuem receptores para o hormônio luteinizante 
(LH) e assumem características de células produtoras de esteroides. Seu citoplasma acumula numerosas gotículas 
lipídicas, apresenta um abundante retículo endoplasmático liso e as cristas mitocondriais são tubulares.
As células poliédricas que compõem a teca interna possuem receptores para o hormônio luteinizante (LH) e assumem 
características de células produtoras de esteroides.
Essas células da teca interna produzem o hormônio sexual masculino androstenediona, o qual penetra nas células da 
camada granulosa, onde é convertido pela enzima aromatase no estrógeno estradiol. Além das células secretoras, a teca 
interna contém fibroblastos, feixes de colágeno e uma rede rica de pequenos vasos.
Ciclo 16
A teca externa é a camada externa e contém principalmente células musculares lisas e feixes de fibras colágenas. As 
células são semelhantes às células do estroma ovariano, porém se arranjam de modo organizado concentricamente em 
volta do folículo.
Folículos Secundários (ou antrais)
À medida que os folículos crescem, principalmente em virtude do aumento (em tamanho e em número) das células da 
granulosa, eles ocupam áreas mais profundas da região cortical do ovário. O líquido folicular, formado por componentes 
do plasma e produtos secretados pelas células foliculares, começa a se acumular entre as células foliculares. Os pequenos 
espaços que contêm esse fluido se unem formando uma grande cavidade, o antro folicular. A partir disso, esses folículos 
são chamados de folículos secundários ou antrais.
Nesse momento, o ovócito não sofre crescimento adicional devido à ação de um pequeno peptídeo, o inibidor da 
maturação do ovócito, que é secretado pelas células da granulosa para dentro do líquido antral.
A continuação da proliferação das células da camada granulosa do folículo secundário depende do hormônio folículo 
estimulante (FSH). Sob a influência do FSH, o número de camadas de células da granulosa aumenta, assim como o 
número de espaços intercelulares, contendo fluido folicular. Este fluido, um exsudato do plasma, contém 
glicosaminoglicanos, proteoglicanos e proteínas de ligação a esteroides produzidas pelas células da camada granulosa. 
Além disso, contém os hormônios progesterona, estradiol, inibina, foliostatina e ativina, os quais regulam a liberação de 
LH e FSH. Por sua vez, o FSH (juntamente com os estrógenos) estimula as células da camada granulosa a produzirem 
receptores para LH.
A inibina atua na regulação da síntese e secreção de FSH pela adeno – hipófise.
Com a formação do antro, as células da camada granulosa se reorganizam de modo que algumas se concentram em 
determinado local da parede do folículo, formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio ao 
ovócito. Além disso, um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito, constituindo a corona radiata. Este 
conjunto de células emite microvilosidade que penetram em toda a zona pelúcida e comunicam – se por meio de junções 
comunicantes, com as microvilosidades do ovócito. A corona radiata acompanha o ovócito quando este abandona o ovário 
por ocasião da ovulação.
Folículos maduros (ou de Graaf)
Normalmente durante cada ciclo menstrual, um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o folículo 
dominante, que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovulação.
Ciclo 17
Quando alcança seu máximo desenvolvimento, esse folículo é chamado folículo maduro, pré – ovulatório ou de Graaf. 
Como resultado do acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho e a camada de células da granulosa da 
parede do folículo torna – se mais delgada, sendo agora chamada de membrana granulosa, pois essas células não se 
multiplicam na mesma proporção que o crescimento do folículo. Esses folículos têm suas tecas muito espessas. A 
continuação da formação do líquido folicular leva o cumulus oophorus, a corona radiata e as células foliculares associadas 
ao ovócito, a se separar da sua base, passando a flutuar livremente no líquido folicular.O folículo de Graaf pode ser observado como uma saliência transparente na superfície do ovário, quase tão grande 
quanto o próprio ovário.
Os outros folículos que estavam crescendo com certa sintonia em relação ao dominante, entram em atresia.
A atrésia é um processo de involução, por meio do qual as células foliculares e ovócitos morrem e são eliminados por 
células fagocíticas. Folículos em qualquer fase de desenvolvimento podem sofrer atresia. Ela é significativamente 
acentuada logo após o nascimento, quando o efeito de hormônios maternos cessa, e durante a puberdade e gravidez, quando 
acontecem marcadas modificações hormonais qualitativas e quantitativas. Este processo é marcado por algumas 
características como: sinais de morte celular de células da granulosa, separação de células da granulosa de modo que fiquem 
soltas no líquido folicular, morte do ovócito e pregueamento da zona pelúcida. Após a morte das células, macrófagos 
invadem o folículo e fagocitam seus restos. O espaço deixado é ocupado por fibroblastos que produzem uma cicatriz de 
colágeno.
O processo total de crescimento do folículo, desde primordial até maduro, dura na mulher aproximadamente 90 dias.
Desenvolvimento dos Folículos
Folículo Primordial
Formados durante a vida fetal
Oócito primário + única camada de células foliculares
Prófase da meiose I interrompida
Folículo Primário
Após o cresimento folicular
Pode ser unilaminar ou multilaminar (prá-antral)
Ciclo 18
Células foliculares —> Células da granulosa
Zona pelúcida
Composta de glicoproteínas
Teca externa
Tecido conjuntivo fibroso
Teca interna
Alta vascularização
Produção de hormônios esteroides
Folículo secundário
Aumento do número de células da granulosa
Formação do antro folicular
Cumulus oophorus
Corona radiata
Folículo maduro (ou de Graaf)
Máximo desenvolvimento para a ovulação
Aumento da cavidade folicular
Membrana granulosa
Ovulação 
A ovulação é um processo pelo qual o ovócito secundário do folículo de Graaf é liberado. Para esse processo, ocorre a 
ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que será capturado pela 
extremidade dilatada da tuba uterina. Acontece frequentemente na época próxima à metade do ciclo menstrual, isto é, ao 
redor do 14º dia de um ciclo de 28 dias. Geralmente, apenas um ovócito é liberado pelos ovários em cada ciclo, mas às 
vezes nenhum ovócito é ovulado. Em outros casos, dois ou mais ovócitos podem ser expelidos ao mesmo tempo.
Por volta do 14º dia do ciclo menstrual, as concentrações de estrógenos sanguíneos elevam ao serem produzidos 
principalmente pelo folículo de Graaf em desenvolvimento, mas também pelos folículos secundários. Esse aumento 
provoca um inibição por feedback negativo para a interrupção da liberação de FSH pela hipófise e a liberação de uma 
quantidade elevada de LH repentinamente pelas células da hipófise.
Poucos minutos após o aumento de LH circulante há um aumento do fluxo de sangue no ovários, e os capilares dentro da 
teca externa começam a extravasar plasma, causando um edema. Há liberação local de prostaglandinas, histamina, 
vasopressina e colagenase nas imediações do folículo. As células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e se 
soltam de sua camada.
O pico de LH também é responsável pela liberação de um fator local, a substância indutora da meiose que estimula o 
ovócito primário do folículo de Graaf a completar sua primeira divisão meiótica, levando à formação de duas células – 
filhas, o ovócito secundário e o 1º corpúsculo polar (um núcleo envolvido somente por uma delgada faixa de citoplasma). 
O ovócito secundário recém – formado entra na segunda divisão meiótica, que é interrompida na metáfase até que haja 
fertilização.
Uma pequena área da parede do folículo enfraquece por causa da degradação de colágeno da túnica albugínea, por 
isquemia e pela morte de algumas células. Essa fraqueza, associada à contração de células musculares lisas que circundam 
o folículo, conduz à ruptura de parte da parede exterior do folículo. Consequentemente, o ovócito secundário e o 1º 
Ciclo 19
corpúsculo polar envoltos pela zona pelúcida, pela corona radiata e juntamente com um pouco de fluido folicular, deixam 
o ovário e entram na extremidade aberta da tuba uterina, onde o ovócito pode ser fecundado. Os resquícios do folículo de 
Graaf são convertidos em um corpo hemorrágico e, em seguida, no corpo lúteo.
Corpo Lúteo
Após a ovulação, os resquícios do folículo de Graaf sofrem um colapso e tornam -se pregueados; alguns dos vasos 
sanguíneos rompidos liberam sangue na cavidade folicular, formando um coágulo central – o corpo hemorrágico. 
Conforme o coágulo vai sendo removido por fagócitos e a cavidade do antro folicular é preenchida por tecido conjuntivo, 
altos níveis contínuos de LH convertem o corpo hemorrágico em uma estrutura temporária, o corpo lúteo, o qual atua 
como uma glândula endócrina.
São identificados dois tipos de células lúteas:
Células granuloso – luteínicas (80%): São células grandes, palidamente coradas e de localização central, derivadas 
das células da granulosa. Sintetizam estrogênios, progesterona e inibina
Células teco – luteínicas (20%): São células menores, mais intensamente coradas e de localização periférica, derivadas 
das células da teca interna. Secretam androgênio.
À medida que o corpo lúteo começa a se formar, os vasos sanguíneos e linfáticos da teca interna crescem rapidamente 
dentro da camada granulosa e uma rica rede vascular é estabelecida no corpo lúteo.
Se não houver fertilização, o corpo lúteo – neste caso, denominado corpo lúteo da menstruação – permanece ativo por 14 
dias. Nesse período, a taxa de secreção de progesterona e estrogênios declina, o corpo lúteo começa a sofrer degeneração 
entre o 10º e o 12º dia após a ovulação e ocorre a descamação de parte da mucosa uterina (pela secreção decrescente de 
progesterona) – a menstruação. O corpo lúteo degenera e sofre involução lenta. Como a concentração de esteroides no 
Ciclo 20
sangue diminui, o FSH é liberado em quantidade maiores, estimulando o crescimento rápido de alguns folículos e 
iniciando o ciclo menstrual seguinte. As células tornam – se carregadas de lipídios, diminuem de tamanho e sofrem 
autólise. Uma cicatriz branca, o corpo albicans, é formada à medida que ocorre acúmulo de material hialino entre as 
células em degeneração do antigo corpo lúteo. O corpo albicans se aprofunda no córtex do ovário à medida que involui 
lentamente no decorrer dos meses.
Se uma gravidez se instalar, a implantação do embrião na mucosa uterina envia um sinal para o corpo lúteo, cujas células 
trofoblásticas sintetizam um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (HCG). A ação desse hormônio é 
semelhante à do LH, estimulando o corpo lúteo. Essa glândula endócrina cresce e estimula a secreção de progesterona 
durante pelo menos metade da gravidez.
Além de manter a mucosa uterina, a progesterona também estimula a secreção das glândulas uterinas, importante para a 
nutrição do embrião antes que a placenta se estabeleça e se torne funcional. Este é o corpo lúteo gravídico, que persiste 
durante 4 a 5 meses e em seguida degenera e é substituído por um corpo albicans muito maior que o de menstruação.
Útero
O útero é um órgão único, muscular, espesso e piriforme (em formato de pera), localizado na linha média da pelve e que 
recebe a porção terminal do par de tubas uterinas. É dividido em três regiões: corpo (porção dilatada onde as tubas 
uterinas se abrem), fundo (em formato de cúpula na parte superior do órgão) e a cérvice ou colo (porção estreita e 
cilíndrica que se projeta e se abre na vagina). A parede do útero nas regiões de corpo e fundo é relativamente espessa e 
formada por três camadas: endométrio, miométrio e serosa (ou adventícia).
Endométrio
Camada mais interna, consiste em um epitélio colunar simples, caracterizado por células ciliadas e células secretoras, e 
uma lâmina própria com glândulas tubulares simples (àsvezes ramificadas) que se estendem até o miométrio. Embora as 
células glandulares se assemelhem às células do epitélio superficial, não há células ciliadas nas glândulas. A lâmina 
própria é formada por um tecido conjuntivo rico em fibroblastos, além de macrófagos, leucócitos e fibras reticulares e 
contêm abundante matriz extracelular. Suas fibras são constituídas principalmente por colágeno tipo III.
O endométrio pode ser subdividido em duas camadas:
Camada basal: Mais profunda, adjacente ao miométrio, é constituída por tecido conjuntivo e pela porção inicial das 
glândulas uterinas.
Camada funcional: Mais superficial, formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final 
e saída das glândulas e pelo epitélio superficial.
Enquanto a camada funcional sofre mudanças significativas durante os ciclos menstruais, a basal permanece quase 
inalterada. 
Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são importantes para o fenômeno do ciclo menstrual que resulta na perda 
de parte do endométrio a cada 28 dias. Das artérias arqueadas, que se orientam circunferencialmente nas camadas 
médias do miométrio, partem as artérias retas, que irrigam a camada basal do endométrio, e as artérias espiraladas, que 
irrigam a camada funcional.
Ciclo 21
Miométrio
Parede muscular espessa do útero, constituída de pacotes ou grandes feixes de fibras musculares lisas separadas por 
tecido conjuntivo. Os pacotes estão distribuídos em quatro camadas com limites não muito bem definidos. A primeira e a 
quarta camadas são compostas principalmente de fibras dispostas longitudinalmente e as camadas intermediárias 
apresentam feixes organizados em disposição circular e grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão. 
À medida que o útero se estreita em direção à cérvice, o miométrio é substituído por um tecido conjuntivo denso não 
modelado contendo fibras elásticas e poucas células musculares lisas dispersas.
Durante a gravidez, o miométrio apresenta um grande crescimento, por meio da hiperplasia (aumento no número de 
células lisas) e hipertrofia (aumento no tamanho das células) do músculo, impulsionado pelo aumento nos níveis de 
estrógeno. Durante esta fase, muitas células musculares lisas adquirem características ultraestruturais para secreção de 
proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade aumenta significativamente no útero. Após a gravidez, há 
degeneração de algumas células, redução no tamanho de outras e degradação enzimática do colágeno.
Durante a contração do útero (por estímulo sexual, durante a menstruação ou para o trabalho de parto) todas as camadas 
do miométrio atuam em conjunto como um sincício funcional. O processo de contrações uterinas durante o parto é 
provocado por ações hormonais a partir da ocitocina, liberada pela neuro – hipófise, e das prostaglandinas produzidas no 
miométrio e nas membranas fetais sob influência do hormônio corticotrófico.
Serosa ou adventícia
Em sua camada externa há uma delgada serosa – constituída de mesotélio e tecido conjuntivo – ou, dependendo da 
porção do órgão, uma adventícia 
constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio.
Tanto o miométrio quanto o endométrio sofrem alterações cíclicas a cada mês para preparar o útero para a implantação 
de um embrião, e os eventos subsequentes do desenvolvimento embrionário e fetal. Essas alterações constituem o ciclo 
menstrual. Se houver implantação de um embrião, o ciclo é interrompido, e ambas as camadas sofrem crescimento e 
diferenciação consideráveis durante a gravidez.
Ciclo menstrual
Normalmente, o ciclo menstrual dura cerca de 28 dias e apresenta diferentes estágios de desenvolvimento que 
ocorrem na camada funcional do endométrio. É um processo controlado pelas gonadotropinas secretadas pela 
Ciclo 22
hipófise que regulam as secreções esteroides do ovário. Embora os eventos sucessivos que constituem o ciclo ocorram 
continuamente, eles podem ser descritos em três fases: fase menstrual, fase proliferativa e fase secretora.
Fase menstrual (3 a 4 dias)
Começa no dia do início do sangramento do útero, a menstruação, caracterizada pela descamação funcional do 
endométrio, o que indica que não houve fertilização. Nesse processo, o corpo lúteo perde sua funcionalidade cerca 
de 10 a 12 dias após a ovulação, reduzindo os níveis de progesterona e estrógenos.
Alguns dias antes do início da menstruação, a camada funcional do endométrio perde sua irrigação devido a 
constrições intermitentes nas artérias espiraladas. Depois de aproximadamente 2 dias, essas artérias tornam – se 
permanentemente contraídas, reduzindo a oxigenação da camada funcional, que leva à interrupção do 
funcionamento das glândulas, invasão de leucócitos, isquemia e a final necrose da camada funcional. Logo em 
seguida, as artérias espiraladas dilatam – se novamente, mas como estão enfraquecidas devido aos eventos 
anteriores, elas se rompem. A maior parte da camada funcional do endométrio é separada da mucosa e cai no 
lúmen uterino, fazendo parte do fluido menstrual. O resto do endométrio encolhe devido à perda de fluido 
intersticial.
Antes e durante a fase menstrual, a camada basal do endométrio continua vascularizada pelas artérias retas, 
permanecendo, assim, viável. As células basais das glândulas da camada basal começam a proliferar, e as células 
novas migram para a superfície, dando início a reepitelização da lesão de tecido conjuntivo do lúmen uterino. 
Estes eventos iniciam a fase proliferativa do ciclo menstrual.
Fase proliferativa (ou estrogênica)
No final da fase menstrual, o endométrio consiste em uma delgada faixa de tecido conjuntivo, com 
aproximadamente 1 mm de espessura, contendo apenas as porções basais das glândulas uterinas e as porções 
inferiores das artérias espiraladas. O começo da fase proliferativa coincide com o crescimento rápido de um 
pequeno grupo de folículos ovarianos que estão provavelmente na transição entre folículos primários e 
secundários.
Quando sua teca interna desenvolve – se mais intensamente, esses folículos começam a secretar ativamente 
estrógenos. Sob influência dos estrógenos, a fase proliferativa é iniciada e são observadas as seguintes alterações: 
as células epiteliais da porção basal das glândulas reconstituem as glândulas e migram para recobrir a superfície 
endometrial, as células do estroma proliferam e produzem a matriz extracelular e as artérias espiraladas 
aumentam de comprimento à medida que o endométrio é restabelecido.
Com isso, o endométrio perdido durante a menstruação é reconstituído.
A fase proliferativa continua até o primeiro dia após a ovulação, que ocorre aproximadamente no 14º dia do ciclo. 
No final dessa fase, o endométrio alcançou uma espessura de cerca de 3 mm. Durante essa fase, o endométrio está 
coberto por um epitélio colunar simples que também caracteriza as glândulas, cujo os tubos são retilíneos, e que 
têm lúmen estreito. As células epiteliais das glândulas gradualmente acumulam cisternas de retículo 
endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi aumenta de tamanho, em preparação para o crescimento de sua 
atividade secretora da próxima fase.
Ciclo 23
Fase secretora (ou progestacional)
Após a ovulação, sob influência da progesterona produzida pelo corpo lúteo, a fase secretora inicia – se, 
sendo caracterizada pelo espessamento do endométrio por hipertrofia das células epiteliais, edema e aumento 
da vascularização (as artérias espiraladas aumentam de comprimento e tornam – se mais espiraladas). Nesta 
fase, o endométrio alcança sua máxima espessura, cerca de 5 a 6 mm.
Além disso, as secreções ricas em glicogênio acumuladas pelas glândulas endometriais fazem com que elas se 
tornem altamente contorcidas e de aspecto serrilhado. À medida que mais produtos de secreção vão sendo 
produzidos, os grânulos de secreção deslocam – se para a região apical e são liberados no lúmen da glândula. 
O líquido mucoide rico em glicogênio secretado será responsável pela nutrição do feto antes da formação da 
placenta.A fase secretora completa o ciclo ao se aproximar do 28º dia, precedendo a fase menstrual de um novo ciclo 
menstrual.
Ciclo 24
Se ocorrer fertilização, o embrião é transportado ao útero e aderido ao epitélio uterino durante a fase secretória, cerca de 
7 ou 8 dias após a ovulação. A progesterona tem um papel importante inibindo contrações musculares lisas do miométrio, 
que podem interferir na implantação do embrião.
O hipotálamo recebe estímulo 
dos núcleos arqueados para 
secretar o hormônio liberador de 
gonadotrofina (GnRH) de forma 
pulsátil, com pulsos que duram 
de 5 a 25 minutos (LH em maior 
quantidade) em intervalos de 1 a 
2 horas (FSH em maior 
quantidade). Essa forma de 
liberação permite a secreção de 
FSH e LH pela hipófise anterior, 
no qual o LH também é liberado 
de forma pulsátil pela hipófise a 
cada 90 minutos. 
Estes hormônios então atuam no 
processo de maturação dos 
folículos 
Foliculos primordiais → Folículos 
primários (unilaminares) → 
Folículos primários 
(multilaminares) → Folículos 
secundários (pré antral) → 
Folículo maduro (de Graff)
Os ovócitos estão parados na 
fase de diplóteno da prófase 
Fase menstrual (3 a 4 dias)
Começa no dia do início do sangramento do útero, a 
menstruação, caracterizada pela descamação 
funcional do endométrio, o que indica que não 
houve fertilização. Nesse processo, o corpo lúteo 
perde sua funcionalidade cerca de 10 a 12 dias após 
Após a ovulação, os 
resquícios do folículo 
de Graaf sofrem um 
colapso e tornam -se 
pregueados; alguns 
dos vasos sanguíneos 
rompidos liberam 
sangue na cavidade 
folicular, formando 
um coágulo central – o 
corpo hemorrágico. 
Conforme o coágulo 
vai sendo removido 
por fagócitos e a 
cavidade do antro 
folicular é preenchida 
por tecido conjuntivo, 
altos níveis contínuos 
de LH convertem o 
corpo hemorrágico em 
uma estrutura 
temporária, o corpo 
lúteo, o qual atua 
como uma glândula 
endócrina.
Ciclo 25
da meiose I
Na transição entre folículo 
primário unilaminar e 
multilaminar, a atividade 
proliferativa das células 
granulosas é induzida pela 
ativina, uma molécula de 
sinalização produzida pelo 
ovócito primário, que auxilia 
na formação das tecas 
internas e externas. As 
células poliédricas que 
compõem a teca interna 
possuem receptores para o 
hormônio luteinizante (LH) 
e assumem características de 
células produtoras de 
esteroides. Essas células da 
teca interna produzem o 
hormônio sexual masculino 
androstenediona, o qual 
penetra nas células da 
camada granulosa, onde é 
convertido pela enzima 
aromatase no estrógeno 
estradiol. Além disso nessa 
fase hà a formação da zona 
pelúcida que é composta por 
glicoproteínas (principal 
ZP3— auxilia na reação 
acrossômica da fecundação)
Na fase de folículo secundário 
ou pré-antral, sob a influência 
do FSH, o número de 
camadas de células da 
granulosa aumenta, assim 
como o número de espaços 
intercelulares, contendo 
fluido folicular. Este fluido, 
um exsudato do plasma, 
contém glicosaminoglicanos, 
proteoglicanos e proteínas 
de ligação a esteroides 
produzidas pelas células da 
camada granulosa. Além 
disso, contém os hormônios 
progesterona, estradiol, 
a ovulação, reduzindo os níveis de progesterona e 
estrógenos.
Alguns dias antes do início da menstruação, a 
camada funcional do endométrio perde sua 
irrigação devido a constrições intermitentes nas 
artérias espiraladas. Depois de aproximadamente 2 
dias, essas artérias tornam – se permanentemente 
contraídas, reduzindo a oxigenação da camada 
funcional, que leva à interrupção do funcionamento 
das glândulas, invasão de leucócitos, isquemia e a 
final necrose da camada funcional. Logo em 
seguida, as artérias espiraladas dilatam – se 
novamente, mas como estão enfraquecidas devido 
aos eventos anteriores, elas se rompem. A maior 
parte da camada funcional do endométrio é 
separada da mucosa e cai no lúmen uterino, 
fazendo parte do fluido menstrual. O resto do 
endométrio encolhe devido à perda de fluido 
intersticial.
vasoconstricção, Miotamponamento, coagulação
Fase proliferativa (ou estrogênica)
O começo da fase proliferativa coincide com o 
crescimento rápido dos folículos ovarianos que 
estão provavelmente na transição entre folículos 
primários e secundários.
Quando sua teca interna desenvolve – se mais 
intensamente, esses folículos começam a secretar 
ativamente estrógenos. Sob influência dos 
estrógenos, a fase proliferativa é iniciada e são 
observadas as seguintes alterações: as células 
epiteliais da porção basal das glândulas 
reconstituem as glândulas e migram para recobrir a 
superfície endometrial, as células do estroma 
proliferam e produzem a matriz extracelular e as 
artérias espiraladas aumentam de comprimento à 
medida que o endométrio é restabelecido.
Com isso, o endométrio perdido durante a 
menstruação é reconstituído.
Fase secretora (ou progestacional)
Após a ovulação, sob influência da progesterona 
produzida pelo corpo lúteo, a fase secretora inicia – 
se, sendo caracterizada pelo espessamento do 
endométrio por hipertrofia das células epiteliais, 
edema e aumento da vascularização (as artérias 
espiraladas aumentam de comprimento e tornam – 
Células granuloso 
– luteínicas 
(80%): 
Sintetizam 
estrogênios, 
progesterona e 
inibina
Células teco – 
luteínicas (20%): 
Secretam 
androgênio.
À medida que o corpo 
lúteo começa a se 
formar, os vasos 
sanguíneos e linfáticos 
da teca interna 
crescem rapidamente 
dentro da camada 
granulosa e uma rica 
rede vascular é 
estabelecida no corpo 
lúteo.
Se não houver 
fertilização, o corpo 
lúteo – neste caso, 
denominado corpo 
lúteo da menstruação 
– permanece ativo por 
14 dias. Nesse período, 
a taxa de secreção de 
progesterona e 
estrogênios declina, o 
corpo lúteo começa a 
sofrer degeneração 
entre o 10º e o 12º dia 
após a ovulação e 
ocorre a descamação 
de parte da mucosa 
uterina (pela secreção 
decrescente de 
progesterona) – a 
menstruação. O corpo 
lúteo degenera e sofre 
involução lenta. Como 
a concentração de 
esteroides no sangue 
Ciclo 26
inibina, foliostatina e 
ativina, os quais regulam a 
liberação de LH e FSH. Por 
sua vez, o FSH (juntamente 
com os estrógenos) estimula 
as células da camada 
granulosa a produzirem 
receptores para LH.
A inibina atua na regulação 
da síntese e secreção de FSH 
pela adeno – hipófise.
Folículo maduro (ou de Graaf)
Máximo 
desenvolvimento para a 
ovulação
Aumento da cavidade 
folicular
Membrana granulosa
A ovulação é um processo pelo 
qual o ovócito secundário do 
folículo de Graaf é liberado. 
Para esse processo, ocorre a 
ruptura de parte da parede do 
folículo maduro e a consequente 
liberação do ovócito, que será 
capturado pela extremidade 
dilatada da tuba uterina. 
Acontece frequentemente na 
época próxima à metade do ciclo 
menstrual, isto é, ao redor do 14º 
dia de um ciclo de 28 dias. 
Por volta do 14º dia do ciclo 
menstrual, as concentrações de 
estrógenos sanguíneos elevam ao 
serem produzidos 
principalmente pelo folículo de 
Graaf em desenvolvimento, mas 
também pelos folículos 
secundários. Esse aumento 
provoca um inibição por 
feedback negativo para a 
interrupção da liberação de FSH 
pela hipófise e a liberação de 
uma quantidade elevada de LH 
repentinamente.
se mais espiraladas). Nesta fase, o endométrio alcança 
sua máxima espessura, cerca de 5 a 6 mm.
Além disso, as secreções ricas em glicogênio 
acumuladas pelas glândulas endometriais fazem 
com que elas se tornem altamente contorcidas e de 
aspecto serrilhado. À medida que mais produtos de 
secreção vão sendo produzidos, os grânulos de 
secreção deslocam – se para a região apical e são 
liberados no lúmen da glândula. O líquido mucoide 
rico em glicogênio secretado será responsável pela 
nutrição do feto antes da formação da placenta.
A fase secretora completa o ciclo ao se aproximar 
do 28º dia, precedendo a fase menstrual de um novo 
ciclo menstrual.
Interação Hormonal
O estrogênio age por feedback de forma a inibir a 
secreção de LH eFSH pela hipófise. A progesterona 
tem pouco efeito inibitório, porém quando 
associados, ela tem a capacidade de multiplicar o 
efeito inibidor do estrogênio.
Outros hormônios também atuam na regulação da 
secreção de hormônios hipofisários. A inibina 
secretada pelas células da granulosa do corpo lúteo 
é capaz de diminuir a secreção de FSH e LH, 
principalmente FSH.
Após a ovulação, o corpo lúteo secreta 
progesterona, estrogênio e inibina em altas 
quantidades. Esses hormônios têm fazem feedback 
negativo na hipófise anterior e no hipotálamo, 
diminuindo a secreção de FSH e LH, assim , 3 a 4 
dias antes da menstruação, os hormônios 
hipofisários atigem seus níveis mais baixos.
Com a involução do corpo lúteo, a secreção de 
progesterona, estrogênio e inibina cessa, assim o 
efeito de feedback negativo sobre a hipófise 
diminui. Então, cerca de 1 dia depois (durante a 
menstruação) a hipófise aumenta a liberação de 
FSH e alguns dias depois a de LH. Então, inicia-se a 
recrutação de novos folículos. Como na primeira 
fase do ciclo há grande circulação de estrogênio, o 
feedback negativo é mantido de forma menos 
intensa.
Por motivos ainda não compreendidos, ocorre o 
pico pré-ovulatório de FSH e LH, supõe-se que o 
alto nível e estrogênio favoreça essa elevação pelo 
diminui, o FSH é 
liberado em 
quantidade maiores, 
estimulando o 
crescimento rápido de 
alguns folículos e 
iniciando o ciclo 
menstrual seguinte. As 
células tornam – se 
carregadas de lipídios, 
diminuem de tamanho 
e sofrem autólise. Uma 
cicatriz branca, o 
corpo albicans, é 
formada à medida que 
ocorre acúmulo de 
material hialino entre 
as células em 
degeneração do antigo 
corpo lúteo. O corpo 
albicans se aprofunda 
no córtex do ovário à 
medida que involui 
lentamente no 
decorrer dos meses.
Se uma gravidez se 
instalar, a implantação 
do embrião na mucosa 
uterina envia um sinal 
para o corpo lúteo, 
cujas células 
trofoblásticas 
sintetizam um 
hormônio chamado 
gonadotrofina 
coriônica humana 
(HCG). A ação desse 
hormônio é 
semelhante à do LH, 
estimulando o corpo 
lúteo. Essa glândula 
endócrina cresce e 
estimula a secreção de 
progesterona durante 
pelo menos metade da 
gravidez.
Ciclo 27
Poucos minutos após o aumento 
de LH circulante há um aumento 
do fluxo de sangue no ovários, e 
os capilares dentro da teca 
externa começam a extravasar 
plasma, causando um edema. Há 
liberação local de 
prostaglandinas, histamina, 
vasopressina e colagenase nas 
imediações do folículo. As células 
da granulosa produzem mais 
ácido hialurônico e se soltam de 
sua camada.
O pico de LH também é 
responsável pela liberação de um 
fator local, a substância indutora 
da meiose que estimula o ovócito 
primário do folículo de Graaf a 
completar sua primeira divisão 
meiótica, levando à formação de 
duas células – filhas, o ovócito 
secundário e o 1º corpúsculo 
polar (um núcleo envolvido 
somente por uma delgada faixa 
de citoplasma). O ovócito 
secundário recém – formado 
entra na segunda divisão 
meiótica, que é interrompida na 
metáfase até que haja 
fertilização.
feedback positivo na hipófise anterior. O aumento 
de LH leva a ovulação e ao desenvolvimento do 
corpo lúteo, que levará a um novo ciclo.
Além de manter a 
mucosa uterina, a 
progesterona também 
estimula a secreção 
das glândulas uterinas, 
importante para a 
nutrição do embrião 
antes que a placenta se 
estabeleça e se torne 
funcional. Este é o 
corpo lúteo gravídico, 
que persiste durante 4 
a 5 meses e em seguida 
degenera e é 
substituído por um 
corpo albicans muito 
maior que o de 
menstruação.
Caso
Síndrome do ovário policístico
Excesso de produção de insulina pelo pâncreas e o restante apresenta problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e 
adrenais, produzindo maior quantidade de hormônios masculinos. Ocorre principalmente em mulheres com idade entre 30 e 
40 anos.
Sangramento uterino anormal (SUA)
Hipermenorragia
Cérvice (ou colo do útero)
Ciclo 28
É a porção cilíndrica mais baixa do útero que se projeta para dentro da vagina. O lúmen da cérvice (endocérvice) é 
revestido por um epitélio colunar simples secretor de muco; entretanto, sua superfície externa (ectocérvice), onde a 
cérvice se projeta para a vagina, é revestida por um epitélio estratificado pavimento não – queratinizado. A parede da 
cérvice é constituída principalmente por tecido conjuntivo denso não modelado contendo muitas fibras elásticas e 
somente algumas fibras musculares lisas. A transição entre o epitélio colunar simples do canal cervical e o epitélio 
estratificado pavimento na porção vaginal do colo ocorre de forma abrupta na zona de transformação que, durante a 
idade reprodutiva da mulher, está localizada fora do óstio externo. Antes da puberdade e depois da menopausa, a 
zona localiza – se no canal cervical.
A mucosa da cérvice contém as glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esta mucosa não sofre 
mudanças notáveis durante o ciclo menstrual e não descama durante a menstruação.
As secreções cervicais têm um papel importante na fertilização. Na época da ovulação, as secreções mucosas são mais 
fluidas e facilitam a penetração do esperma no útero. Já na fase secretora ou na gravidez, os níveis de progesterona 
alteram as secreções mucosas, tornando – as mais viscosas. Nesse caso, elas atuam como um tampão de muco espesso 
no orifício da cérvice, para a prevenção da passagem de esperma de microrganismos para o interior do útero.
Na época do parto, outro hormônio produzido pelo corpo lúteo, a relaxina, induz a lise de colágeno da parede 
cervical. Isto resulta no amolecimento da cérvice, facilitando, desta maneira, a dilatação cervical.
O bloqueio da abertura das glândulas mucosas resulta em retenção de suas secreções, levando à formação de cistos 
dilatados no colo do útero, denominados cistos de Naboth. Estes se desenvolvem com frequência, mas apenas serão 
clinicamente importantes se houver história de um número grande cistos que provoquem aumento acentuado do colo do 
útero.
Ciclo 29
Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
Os ovários são órgãos pares, têm-se o ovário direito e o esquerdo. Dentro deles, são originados os oócitos, que são os gametas 
ou as células germinativas femininas. Além disso, os ovários exercem a função endócrina de produzir hormônios sexuais. O 
útero é um órgão oco para onde o embrião é levado para se desenvolver. Ele é formado por 3 camadas concêntricas: o 
endométrio (mais internamente), o miométrio (camada média) e o perimétrio (camada mais externa. É o endométrio que 
vai sofrer alterações durante o ciclo menstrual que vai permitir o sangramento. As tubas uterinas também são órgãos 
pares e eles ligam os ovários ao útero, conduzindo os oócitos liberados pelo ovário para o interior da cavidade uterina. É 
na tuba uterina onde ocorre a fertilização. A vagina é um canal muscular que liga o colo do útero a superfície externa, 
através do óstio da vagina.
O monte do púbis é uma região rica em tecido adiposo, localizada a frente da sínfise púbica.
Os grandes lábios são pregas cutâneas que protegem o óstio da uretra, o clitóris e a vagina. Os pequenos lábios circundam 
o vestíbulo da vagina, também como fator de proteção.
O clitóris é um órgão erétil com grande quantidade de terminações nervosas sensitivas que atuam exclusivamente na 
estimulação sexual. Durante o período fetal, entre a 6ª e 8ª semana de gestação, ocorre a diferenciação sexual do embrião, 
de acordo com o sexo cromossômico. Nesse momento incia-se a diferenciação da gônada primordial em ovário. É nesse 
ovário que vai ocorrer a produção folicular.
A produção folicular da mulher se inicia ainda no período intrauterino. A superfície externa dos ovários é formada por 
células germinativas, que dão origem às ovogônias. Essas células se dividem através de meiose e interrompem o processo 
de divisão celular na primeira fase da meiose, originando os ovócitos primários. Então, cada ovócito primário é 
circundado por células foliculares (célulasda granulosa), gerando um folículo, denominado folículo primordial. Nesse 
momento, a maturação folicular é cessada até a puberdade.
Por volta do 6º mês de vida intrauterina, os ovários contém cerca de 7 bilhões de folículos. A partir desde ponto, muitos 
folículos sofrem atresia. Ao atingir a menarca, a mulher tem cerca de 300.000 folículos. Durante a puberdade, o 
hipotálamo inicia gradualmente a liberação do GnRH, que estimula a hipófise a secretar de hormônios gonadotróficos LH 
e FSH. Esse hormônios estimulam os ovários a produzir os hormônios sexuais femininos, levando à menarca, a primeira 
menstruação de uma mulher que marca o início de sua vida reprodutiva. A menarca pode ocorrer entre 9 e 16 anos, com 
idade média no Brasil de 12 anos e 4 meses. Os primeiros ciclos menstruais costumam ser irregulares e podem 
permanecer assim por até 2 ou 3 anos.
Chamamos de menacme o período fértil da mulher. Esse intervalo de tempo ocorre entre a menarca e a menopausa. Durante o 
menacme, acontecem os ciclos sexuais mensais femininos ou ciclos menstruais.
 No período de 28 dias do ciclo menstrual, existem 2 diferentes ciclos que ocorrem ao mesmo tempo: o ciclo ovariano e o 
ciclo endometrial.
O primeiro dia de menstruação é o primeiro dia do ciclo sexual mensal feminino.
A menopausa é o período no qual há uma diminuição dos hormônios femininos a quase zero e o ciclo menstrual é cessado. 
Isso ocorre entre 40 e 50 anos, devido ao esgotamento ovariano.
Menarca : Primeira menstruação da mulher
Menacme: Período fértil da mulher
Menopausa: Última menstruação da mulher
Para que o ciclo sexual mensal feminino ocorra, é necessário um bom funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-
gonadal. O hipotálamo é o órgão do diencéfalo que faz conexão entre o sistema nervoso central e o sistema endócrino.
Ele produz o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Ele se relaciona intimamente com a hipófise. A hipófise é 
uma glândula endócrina que libera o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) através do 
Ciclo 30
feedback com GnRH. As gônadas femininas (os ovários) produzem os hormônios sexuais através do feedback com FSH e 
LH.
Ciclo Ovariano
O ciclo ovariano ocorre devido às alterações cíclicas dos hormônios gonadotróficos FSH e LH secretados pela hipófise 
anterior, que estimulam as células-alvo ovarianas. O ciclo ovariano é divido em 2 partes: a fase folicular (do 
desenvolvimento do folículo até a ovulação) e a fase lútea (a partir da ovulação).
A fase folicular é a primeira etapa do ciclo ovariano, nela ocorre a foliculogênese, processo capaz de transformar um 
folículo primordial em um folículo ovulatório. O objetivo da foliculogênese é produzir um folículo dominante a partir de 
folículos em desenvolvimento.
A primeira etapa da foliculogênese é o recrutamento de folículos primordiais para reiniciar o desenvolvimento. Isso 
ocorre entre os dias 1 e 4 do ciclo menstrual. O aumento da secreção de FSH, cerca de 1 dia antes da menstruação, 
permite a iniciação desse processo.
O recrutamento folicular provavelmente é controlado por fatores autócrinos e parácrinos no ovário, de forma 
independente de gonadotrofinas.
O aumento do FSH inicia o recrutamento de folículos primordiais. Ocorre então, inicialmente, síntese de RNA e de 
proteínas e aumento no número de células da granulosa. As células da granulosa adquirem um formato cubóide e surgem 
também canais de comunicação com o oócito, viabilizando a troca de nutrientes. Após todas essas mudanças, o folículo 
primordial passa a ser chamado de folículo primário. Ou seja, o folículo primário é um oócito coberto por duas ou mais 
camadas de células da granulosa com junções comunicantes entre si.
As células da granulosa são células que circundam o folículo, protegendo-o e dando suporte para o desenvolvimento 
do óvulo.
Uma vez formado o folículo primário, ele progride para o estágio pré-antral (também chamado de folículo secundário). O 
oócito aumenta de tamanho e passa a ser circundado por uma camada de matriz extracelular (chamada de zona pelúcida) 
que encapsula o oócito. As células da granulosa sofrem proliferação e atingem de 2 a 10 camadas de células cubóides a 
Ciclo 31
colunares baixas. Nesse estágio, as células da granulosa já são capazes de sintetizar esteróides e possuem receptores para 
FSH.
Ocorre, também, a proliferação de células da teca no estroma. A formação da camada tecal é um estágio de grande 
importância do desenvolvimento folicular, é nesse momento que há formação de pequenos vasos capazes de levar as 
substâncias necessárias ao seu desenvolvimento. 
Na camada tecal existe prevalência de receptores de LH.
As células da teca são células localizadas externamente às células da granulosa que produzem os andrógenos 
necessários para o desenvolvi- 
mento folicular. Alem disso, dão suporte vascular até a ovulação.
Ainda nesse estágio, a enzima aromatase age, pelo estímulo do FSH, convertendo androgênios em estrogênios nas células 
da granulosa, processo conhecido como aromatização.
Um ambiente com quantidade de androgênios leva a atresia folicular.
O estrógeno e o FSH favorecem um aumento do líquido folicular, que contém grande quantidade de estrógeno. O acumulo 
desse líquido forma uma cavidade dentro das células da granulosa, chamada de antro. Nesse estágio, o folículo é chamado 
de folículo terciário, folículo antral ou folículo De Graaf. A camada de células da granulosa que circunda imediatamente o 
oócito é chamada de cumulus ooforus.
O FSH estimula o surgimento de receptores de LH nas células do cumulus ooforus, para que o folículo responda ao pico 
de LH que ocorre no meio do ciclo. O folículo está pronto para ovulação.
Entre o quinto e o sétimo dia do ciclo menstrual ocorre a seleção do folículo dominante. Um folículo começa a crescer 
acima dos demais os outros folículos entram em atresia. O mecanismo pelo qual esse processo ocorre ainda não está bem 
estabelecido, mas acredita-se que o estrogênio do folículo em maior crescimento agem no hipotálamo inibindo um pouco a 
secreção de FSH, dessa forma, bloqueia o crescimento dos folículos menos desenvolvidos. O processo de atresia é 
importante para que, em cada ciclo, um único folículo cresça o suficiente para ovular. Além disso, a ação do LH sob os 
folículos em atresia eleva a produção de androgênio, isso estimula o desejo sexual feminino no período pré-ovulatório.
As células da granulosa crescem e o folículo entra no estágio pré-ovulatório. Então, ele produz mais estrogênio, 
alcançando o pico 3 dias antes da ovulação. Um dia depois, ocorre o pico do LH, que permite a luteinuzação das células da 
granulosa, isso leva a maior produção de progesterona, cerca de 12 horas antes da ovulação. A progesterona age na 
hipófise contribuindo para o pico de LH e FSH.
Folículo Primordial
Oócito circundado por uma única camada com uma ou mais células pavimentosas da granulosa
Folículo Primário
Oócito circundado por uma ou mais camadas de células cubóides da granulosa com junções comunicantes.
Folículo secundário ou pré-antral
Oócito desenvolvido circundado pela zona pelúcida, com 2 a 10 camadas de células da granulosa e camada tecal com 
pequenos vasos.
Folículo terciário ou antral
Folículo maduro, composto pelo antro e cumulus ooforus
Folículo pré-ovulatório
Folículo maduro, com crescimento superior.
A ovulação ocorre no 14º dia de um ciclo de 28 dias. Um pouco antes da ovulação a parede externa do folículo forma um 
bico que rompe e libera o 
Ciclo 32
líquido folicular. Esse líquido contém o óvulo cercado por células da granulosa, a coroa radiada.
A ovulação ocorre sempre 14 dias antes da menstruação e não no meio do ciclo.
Dois dias antes da ovulação, ocorre uma aumento da secreção de LH pela hipófise, atingindo o pico cerca de 16 horas 
antes da ovulação. O LH aumenta rapidamente a secreção de esteróides pelos folículos. Duas horas depois a teca externa 
libera enzimas proteolíticas, principalmente colagenase, que enfraquece a parededo folículo e, há liberação de 
prostaglandinas que dilatam os vasinhos da parece folicular. Esses eventos permitem o rompimento do folículo. 
Simultaneamente ao pico de LH, há aumento da secreção de FSH pela hipófise, que também dilata o folículo.
A fase lútea é fixa e dura 14 dias. Após a ovulação, as células da granulosa e da teca interna se enchem de capilares e se 
transformam em células luteínicas. Acumulam lipídios no citoplasma e produzem progesterona aceleradamente. Nesse 
momento, está formado o corpo lúteo. 
Aluteinização é dependente da secreção pulsátil do LH.
O corpo lúteo dura 12 dias. Tem atividade máxima entre 7 e 8 dias quando atinge o tamanho de 1,5 cm e começam a 
regredir cerca de 3 a 4 dias antes da menstruação. Então, ele perde sua característica lipídica amarela e se torna o corpus 
albicans, que é absorvido por meses.
O corpus albicans é a cicatriz de tecido fibroso que aparece em decorrência da degeneração do corpo lúteo.
Os produtos produzidos pelo corpo lúteo são a progesterona e o estrogênio, principalmente a progesterona. O corpo lúteo 
tira da circulação o LDL para 
síntese de progesterona, por isso, durante essa fase, os níveis de LDL circulantes sofrem uma queda de até 25%. As células 
tecais produzem andrógenos que sofrem aromatização e se transformam em estrogênios. Principalmente o estrogênio, 
mas também a progesterona, têm efeito de feedback na hipófise anterior para diminuição da secreção de LH e FSH.
As células luteínicas também secretam um hormônio chamado de inibina que também inibe a secreção de FSH e LH. A 
concentração reduzida desses hormônios possibilita a involução do corpo lúteo. Dois dias antes da menstruação, o corpo 
lúteo alcança sua involução final. Nesse momento, ocorre a parada brusca de secreção de estrogênio e inibina, assim a 
hipófise volta a secretar FSH e LH. Esses hormônios dão origem ao crescimento de novos folículos. Assim, se inicia um 
novo ciclo ovariano.
Alguns autores consideram que a ciclo ovariano possui três fases. A fase folicular, a ovulação e a fase lútea.
Ciclo Uterino
Ciclo 33
O ciclo uterino ocorre devido às alterações sofridas pelo endométrio durante o ciclo ovulatório, como resposta a atividade 
das progestinas e dos estrogênios. O estrogênio prolifera células responsáveis pelo desenvolvimento das características 
sexuais femininas, enquanto que a progesterona prepara o útero para a gravidez e as mamas para lactação. O ciclo 
uterino também é divido em duas partes. A fase proliferativa ou estrogênica e a fase secretória ou progestacional.
O marco de divisão, assim como no ciclo ovulatório, é a ovulação.
Equivalência entre os ciclos:
Ciclo Ovariano Ciclo Uterino
Fase Folicular Fase Proliferativa
Fase Lútea Fase Secretória
Na fase proliferativa ou estrogênica tem-se a proliferação do endométrio. Ela ocorre do primeiro dia do ciclo menstrual 
até a ovulação, correspondendo à primeira fase do ciclo ovariano. Nesse momento, ocorre a proliferação progressiva de 
células epiteliais e do estroma endometrial, levando ao aumento da espessura do endométrio, pela estimulação do 
estrogênio.
Na fase proliferativa, as glândulas endometriais que se encontravam estreitas e pequenas se alongam e assumem um 
formato mais curvado. O pico do estradiol ocorre entre os dias 8 e 10 do ciclo, nesse momento o endométrio se encontra 
com sua máxima capacidade glandular. O endométrio que inicialmente tinha 1 a 2 mm cresce e chega a 10mm na pré-
ovulação.
Depois da ovulação, cerca de 48 a 72 horas, ocorre a fase secretória ou progestacional. Ela ocorre após a ovulação, pela 
ação da progesterona. Nessa fase, o endométrio uterino está se preparando para receber um embrião, então há aumento 
de glicogênio e lipídios, aumento das glândulas endometriais e consequentemente da produção de muco e aumento do 
fluxo sanguíneo do endométrio, para melhor aporte de oxigênio e nutrientes.
Vacúolos com glicogênio são formados pelas glândulas do endométrio, o glicogênio é secretado no endométrio e atinge sua 
capacidade máxima no sexto dia após a ovulação. Nesse tempo, o endométrio é capaz de receber um blastocisto para 
implantação.
Quando não ocorre fecundação e consequentemente implantação uterina, a involução do corpo lúteo leva a redução de 
progesterona, isso faz com que as alterações endometriais ocorram. Inicia-se o processo de vasoconstricção pelo aumento 
de protaglandinas, principalmente PGF2alfa. Como as células estavam sendo irrigadas por vasos que agora estão 
constritos, ocorre atrofia e necrose celular da camada superficial do endométrio por falta de aporte de oxigênio. Assim, 
essas células começam a descamar. Para eliminar as células descamadas, o útero contrai. A descamação do endométrio é 
chamada de menstruação.
O fluxo menstrual é cessado pela combinação da ação reparadora do estrogênio, estase vascular e colapso tecidual. Como 
a camada basal do endométrio não foi afetada durante a menstruação, ela pode iniciar a reparação da camada funcional.
Ciclo 34
Interação Hormonal
O hipotálamo recebe estímulo dos núcleos arqueados para secretar o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) de 
forma pulsátil, com pulsos que duram de 5 a 25 minutos em intervalos de 1 a 2 horas. Essa forma de liberação permite, 
por mecanismos ainda desconhecidos, a secreção de FSH e LH pela hipófise anterior. O LH também é liberado de forma 
pulsátil pela hipófise a cada 90 minutos. Se o GnRH fosse liberado de forma contínua, não haveria secreção suficiente das 
gonadotrofinas.
O estrogênio age por feedback de forma a inibir a secreção de LH e FSH pela hipófise. A progesterona tem pouco efeito 
inibitório, porém quando associados, ela tem a capacidade de multiplicar o efeito inibidor do estrogênio.
Outros hormônios também atuam na regulação da secreção de hormônios hipofisários. A inibina secretada pelas células 
da granulosa do corpo lúteo é capaz de diminuir a secreção de FSH e LH, principalmente FSH.
Após a ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênio e inibina em altas quantidades. Esses hormônios têm 
fazem feedback negativo na hipófise anterior e no hipotálamo, diminuindo a secreção de FSH e LH, assim , 3 a 4 dias 
antes da menstruação, os hormônios hipofisários atigem seus níveis mais baixos.
Com a involução do corpo lúteo, a secreção de progesterona, estrogênio e inibina cessa, assim o efeito de feedback 
negativo sobre a hipófise diminui. Então, cerca de 1 dia depois (durante a menstruação) a hipófise aumenta a liberação de 
FSH e alguns dias depois a de LH. Então, inicia-se a recrutação de novos folículos. Como na primeira fase do ciclo há 
grande circulação de estrogênio, o feedback negativo é mantido de forma menos intensa.
Por motivos ainda não compreendidos, ocorre o pico pré-ovulatório de FSH e LH, supõe-se que o alto nível e estrogênio 
favoreça essa elevação pelo feedback positivo na hipófise anterior. O aumento de LH leva a ovulação e ao desenvolvimento 
do corpo lúteo, que levará a um novo ciclo.
Climatério
Dos aproximadamente sete milhões de folículos ovarianos presentes em um feto feminino, mais de 99% sofrem atrofia 
durante a vida. E é a menopausa a consequência deste processo, onde ocorre uma quase cessação completa da produção 
ovariana de estrógeno e progesterona, acompanhada de amenorreia(ausência da menstruação), a qual geralmente ocorre 
em torno de 51 anos de idade.
Durante este período, muitas mulheres ovulam irregularmente, devido a um declínio do nível estrogênico, com 
consequente corpo lúteo insuficiente e déficit de progesterona ou resistência folicular ao estímulo ovulatório.
Ciclo 35
O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o período de vida da mulher compreendido 
entre o final do período reprodutivo até a senilidade, considerado o período não reprodutivo.
Apresenta duração variável, mas em geral, ocorre entre 40 a 65 anos.
Dentro deste período de climatério ocorre a menopausa, que é um marco dessa fase e corresponde ao último ciclo 
menstrual espontâneoda mulher, reconhecida após 12 meses consecutivos de amenorreia. Se dá em média aos 51 anos de 
idade, sendo considerada como menopausa precoce quando se estabelece antes dos 40 anos de idade, e tardia após os 55 
anos.
Fisiopatologia
Alterações do Eixo Hipotálamo-hipófise-ovários
Durante a vida reprodutiva da mulher, o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) é liberado de forma pulsátil 
pelo hipotálamo e se liga aos seus receptores na hipófise para estimular a liberação cíclica das gonadotrofinas: LH e 
FSH. Essas gonadotrofinas, por sua vez, estimulam a produção de estrogênio e progesterona, e também do peptídeo 
hormonal inibina.
Durante o ciclo reprodutivo da mulher, o estrogênio e a progesterona exercem feedback positivo e negativo sobre a 
produção das gonadotrofinas 
hipofisárias e sobre a amplitude e a frequência da liberação de GnRH. Já a inibina exerce uma importante influência 
no feedback negativo sobre a secreção de FSH pela adeno-hipófise.
Esse sistema endócrino rigorosamente regulado produz ciclos menstruais ovulatórios regulares e previsíveis, como 
descrito abaixo:
Ciclo 36
Durante a vida produtiva da mulher, o eixo hipotálamo-hipofisário sofre alterações no metabolismo dopaminérgico e 
diminuição dos receptores estrogênicos. No final da transição menopáusica, a mulher passa a apresentar redução da 
foliculogênese e maior incidência de ciclos anovulatórios. 
Ciclo 37
Além disso, nesse período, os folículos ovarianos sofrem uma taxa acelerada de perda até que, finalmente, ocorre um 
esgotamento no suprimento de folículos, reduzindo ainda mais a secreção de inibina.
Com a insuficiência ovariana na menopausa, a liberação de estrogênio cessa, ativando o feedback negativo. Como 
consequência, o GnRH é liberado com frequência e amplitude máximas, sendo assim, os níveis circulantes de FSH e 
LH aumentam e se tornam quatro vezes maiores que no ciclo reprodutivo.
Perda dos folículos ovarianos
Redução da inibina
Redução de estrógeno
Aumento de GnRH, FH e FSH
Atresia folicular
Alterações ovarianas
A senescência ovariana é um processo que se inicia efetivamente na vida intrauterina, no interior do ovário 
embrionário, em razão da atresia de oócitos programada. A partir do nascimento, os folículos primordiais são 
ativados continuamente, amadurecem parcialmente e, em seguida, regridem. Essa ativação folicular prossegue em um 
padrão constante, independente de estimulação hipofisária.
Uma depleção mais rápida dos folículos ovarianos se inicia no final da quarta e início da quinta décadas de vida e se 
mantém até o momento em que o ovário menopáusico é praticamente destituído de folículos.
Em média, uma mulher pode ter aproximadamente 400 eventos ovulatórios durante sua vida reprodutiva.
Isso representa um percentual muito pequeno quando comparado aos 6 a 7 milhões de oócitos presentes na 20ª 
semana de gestação, ou mesmo dos 400.000 oócitos presentes no nascimento. O processo de atresia dos folículos não 
dominantes é o principal evento que leva, finalmente, à perda da atividade ovariana e à menopausa.
É no período do climatério que se verifica redução progressiva importante das dimensões dos ovários.
Mulheres após a menopausa apresentam menor volume ovariano que na pré-menopausa, sugerindo que a alteração 
volumétrica seja principalmente relacionada com a redução da capacidade funcional.
Ciclo 38
Alterações nos esteroides Suprarrenais
O sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA) é produzido quase exclusivamente pela suprarrenal. Com o avanço da 
idade, observa-se declínio na produção suprarrenal de SDHEA. Outros hormônios suprarrenais também são 
reduzidos com a idade. A androstenediona atinge seu ponto máximo entre 20 e 30 anos de idade, e caindo para 62% 
em relação a esse nível em mulheres com idade entre 50 e 60 anos. A pregnenolona diminui em 45% entre a vida 
reprodutiva e a menopausa. Os ovários contribuem para a produção desses hormônios durante os anos reprodutivos, 
porém, após a menopausa, somente a glândula suprarrenal mantém essa síntese hormonal.
Alterações no nível de Globulina de Ligação ao Hormônio sexual
Os principais esteroides sexuais, estradiol e testosterona, circulam no sangue ligados a um transportador de 
glicoproteínas produzido no fígado, conhecido como globulina de ligação ao hormônio sexual (SHBG). A produção de 
SHBG declina após a menopausa, o que pode aumentar os níveis de estrogênio e testosterona livres ou não ligados.
Alterações Endometriais
As alterações microscópicas que ocorrem no endométrio refletem diretamente o nível sistêmico de estrogênio e de 
progesterona e, consequentemente, podem ser muito diferentes dependendo da fase da transição menopáusica. 
Durante a fase inicial da transição menopáusica, 
o endométrio reflete ciclos ovulatórios que prevalecem nesse período.
Durante o estágio final da transição menopáusica, a anovulação é muito comum, e o endométrio refletirá o efeito do 
estrogênio atuando sem oposição à progesterona. Portanto, alterações proliferativas ou alterações proliferativas 
desordenadas são achados frequentes no exame patológico de amostras de biópsia endometrial. Com a menopausa, o 
endométrio se torna atrófico em razão da ausência de estimulação estrogênica.
Fatores Influenciadores
A idade da ocorrência da menopausa parece geneticamente programada para cada mulher, através do número de 
folículos ovarianos, mas inúmeras condições podem influenciar no envelhecimento ovariano, como:
Fatores socioeconômicos: Mulheres que têm longas jornadas de trabalho e exercem atividades estressantes têm mais 
chances de entrar na menopausa mais cedo;
Paridade: Mulheres nulíparas têm menopausa mais precocemente, enquanto o aumento da paridade correlaciona-se 
à menopausa mais tardia devido a diminuição do número de ciclos menstruais ovulatórios;
Ciclo 39
Tabagismo: nesse caso, a idade da instalação da menopausa é antecipada de 12 a 18 meses. Essa antecipação em 
fumantes tem sido explicada pela deficiência estrogênica causada diretamente pelo tabaco, podendo não só antecipar 
o aparecimento de sintomas da menopausa, mas também das doenças estrógeno-relacionadas, como a osteoporose e 
doenças cardiovasculares;
Altitude: Mulheres que vivem em países de altitudes maiores podem apresentar a menopausa em idade mais precoce;
Nutrição: Deficiência nutricional e baixo peso levam à ocorrência precoce da idade da menopausa;
Fatores Cirúrgicos e Medicamentosos: quimioterapia, radioterapia pélvica, cirurgias ovarianas e histerectomia 
também podem resultar em antecipação da menopausa.
Sintomas do Climatério
Embora o climatério e a menopausa sejam eventos fisiológicos na biologia da mulher, o aparecimento ou não de sintomas 
dependerá não somente de variações hormonais próprias desse período, mas também de fatores socioeconômicos.
No período do climatério ocorrem alterações na fisiologia da mulher, caracterizadas por alterações hormonais, 
modificações funcionais, como disfunções menstruais e sintomas vasomotores, modificações morfológicas, como atrofia 
mamária e urogenital, alterações da pele e mucosas, além de alterações em sistemas hormônio-dependentes, como o 
cardiovascular e esquelético. Tais mudanças repercutem na saúde geral da mulher, podendo alterar sua autoestima e 
qualidade de vida, e também na longevidade.
Manifestações Menstruais
No período da perimenopausa o intervalo entre as menstruações pode diminuir devido ao rápido amadurecimento 
dos folículos, o que ocorre pelos elevados níveis de gonadotrofinas ou os intervalos menstruais podem estar 
aumentados pela persistência dos níveis de estrógeno e ausência de progesterona. Quando ocorre a menstruação, 
como o endométrio está hiperplasiado por essas alterações hormonais, o sangramento pode ser abundante e com 
maior duração.
A anovulação é a causa mais comum de sangramentos erráticos durante a transição, no entanto é importante 
considerar outras causas como hiperplasia e carcinoma endometrial, neoplasias sensíveis ao estrogênio, como 
póliposendometriais e leiomiomas uterinos, e episódios relacionados com gravidez.
Manifestações Neurogênicas/Vasomotoras
As manifestações neurogênicas compreendem os sintomas mais comuns da síndrome do climatério: ondas de calor, 
conhecidas como fogachos, 
sudorese, calafrios, palpitações, cefaleia, tonturas, parestesia, insônia, perda da memória e fadiga.
O fogacho é o segundo sintoma mais frequente na perimenopausa, sendo experimentado por cerca de 80% das 
mulheres. A sua frequência não segue um padrão, podendo ser diário, semanal ou mensal. Cessa, na maioria das 
vezes, sem que qualquer tratamento seja feito, entretanto, algumas mulheres irão experimentar estes desconfortos 
por vários anos após a menopausa.
A patogênese dos fogachos não é conhecida, mas é aparentemente originária no hipotálamo e pode estar relacionada 
com a queda estrogênica, levando à formação diminuída de catecolestrógenos no cérebro. Outra hipótese é que a 
diminuição nos níveis estrogênicos levaria à queda nas concentrações dos receptores de β-endorfinas, resultando na 
perda da inibição da atividade noradrenérgica e, consequentemente, estimulação 
dos neurônios produtores de GnRH.
A maioria das mulheres que experimenta os fogachos descreve sensações de ondas de calor que ocorrem no tórax, 
pescoço e face, esse desconforto dispara a resposta termorreguladora normal para o calor, incluindo sudorese e 
vasodilatação cutânea, o que leva à ruborização da pele.
Ciclo 40
Os fogachos se caracterizam por aumento na pressão arterial sistólica tanto na vigília quanto durante o sono. 
Além disso, a frequência cardíaca aumenta entre 7 e 17 batimentos por minuto, aproximadamente no mesmo 
período em que ocorrem vasodilatação periférica e sudorese. Sua duração é variável e ocorre principalmente à 
noite, atrapalhando o sono e apresentando um efeito dominó sobre o humor, podendo surgir irritação, insônia e 
depressão.
Manifestações Psicogênicas
As limitações impostas e a insegurança proveniente do quadro clínico exacerbado, em decorrência de forte deficiência 
estrogênica, possam influir desfavoravelmente no estado emocional da mulher e interferir no relacionamento familiar, 
na adaptação sexual e na integração social. Alguns sintomas psíquicos atribuídos a essa fase são: diminuição da 
autoestima, irritabilidade, labilidade afetiva, sintomas depressivos, dificuldade de concentração e memória, 
dificuldades sexuais e insônia.
Manifestações no Metabolismo Ósseo
Sabe-se que a idade está associada com progressiva rarefação do esqueleto, dessa forma, a perda óssea e as fraturas 
osteoporóticas são bastante comuns nas mulheres na menopausa. Essa situação acontece devido à queda de estrogênio 
que diminui a atividade dos osteoblastos e aumenta a atividade dos osteoclastos.
Assim, não se forma osso e, o que é mais importante, há reabsorção; a matriz óssea se desfaz e libera cálcio, 
ocorrendo alta remodelação óssea e 
instalando-se progressivamente a osteopenia e a osteoporose.
Manifestações no Metabolismo Lipídico
Os esteroides sexuais podem influenciar o metabolismo lipídico e induzir alterações nas apolipoproteínas que 
constituem a parte proteica do sistema de transporte dos lipídeos. Tanto a apolipoproteína A (apo-A) como a 
apolipoproteína B (apo-B) mostram aumento significativo como resultado do decréscimo dos estrógenos sanguíneos.
Antes da menopausa, os níveis de LDL são menores e os de HDL são maiores nas mulheres se comparados com 
homens da mesma idade.
Após a menopausa, os níveis de LDL aumentam, com tendência para partículas menores, mais densas e 
potencialmente mais aterogênicas, enquanto os níveis de HDL diminuem.
A deficiência estrogênica da pós-menopausa é considerada como fator relevante na etiopatogenia da doença 
cardiovascular e das doenças cerebrovasculares isquêmicas.
Manifestações Urogenitais
Ciclo 41
Devido à origem embriológica comum, tanto a bexiga quanto a uretra e órgãos genitais têm respostas semelhantes às 
mudanças hormonais, especialmente ao estrógeno. Sendo assim, a deficiência estrogênica ocasiona atrofia epitelial de 
tais órgãos e dos tecidos de sustentação, manifestando-se com prolapsos genitais, sintomas vaginais como 
ressecamento, sangramento e dispareunia, e sintomas uretrais como disúria, 
frequência e urgência miccional.
Manifestações Tegumentares
No climatério ocorrem alterações em todas as camadas da pele, que variam com a vulnerabilidade individual, 
determinada geneticamente, e a influência de agentes externos e internos, que agem sobre ela durante a vida.
O hipoestrogenismo atua diminuindo a produção de colágeno pela alteração da polimerização dos 
mucopolissacarídeos. Consequentemente a derme diminui a síntese de ácido hialurônico resultando na diminuição do 
conteúdo de água.
Com o avançar da idade, a pele perde a elasticidade, os músculos enfraquecem e ficam frouxos, o coxim subcutâneo 
dissolve-se e a pele mais 
afinada perde o apoio, permitindo o aparecimento das rugas. Dada à redução no número de melanócitos, podem 
aparecer manchas hipocrômicas ou formação de sardas e melanose nas áreas expostas ao sol, devido à hiperplasia de 
melanócitos da junção dermoepidérmica.
Outras alterações
À medida que as mulheres evoluem para a menopausa, elas experimentam mudanças na função sexual que são 
multifatoriais e compreendem domínios biológicos, psicológicos e sociais. Os sintomas climatéricos, principalmente os 
fogachos e a dispareunia são fatores associados à disfunção sexual.
A histologia das mamas após a menopausa é de progressiva involução de todos os tecidos componentes da glândula, 
exceto o adiposo, ficando 
mais pesadas, flácidas e pêndulas.
Referências
1. Livro de Ginecologia de Williams - 2ª edição
2. Manual de Orientação em Climatério - FEBRASGO
3. Fisiologia - Guyton, 12ª edição
4. Fisiologia - Berne e Levy, 6ª edição
5. Gartner - Tratado de Histologia em cores, 3ª edição
6. Moore - Anatomia, 7ª edição
7. Netter - Anatomia, 6ª edição
Sangramento Uterino Anormal
https://www.notion.so/Sangramento-Uterino-Anormal-24bae2170f5b48a09f3dfc5136a53741

Mais conteúdos dessa disciplina