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Terminologias Fecundação e formação do zigoto A vida de um novo indivíduo se inicia com a fusão do mate- rial genético de 2 gametas (espermatozoide e óvulo). Esta fusão, chamada fecundação, estimula o zigoto ou ovo a iniciar o desenvolvimento embrionário. Combina os genes derivados dos pais Cria novos organismos Quando o espermatozoide se liga à zona pelúcida, o acros- somo libera enzimas lisossomais que realizam a degrada- ção dela, abrindo caminho para que ele entre no óvulo. Depois de “furar” a ZP ele entra no espaço perivitelínico deixando o flagelo pro lado de fora. Etapa 1 - reconhecimento do óvulo e espermatozoide O sptz se liga à zona pelúcida do óvulo Essa ligação deve ser espécie-específica (apenas animais da mesma espécie), pois as moléculas presentes na ZP de uma determinada espécie, são reconhecidas somente por por espermatozoides da mesma espécie. Etapa 2 - Reação acrossomal Alterações espermáticas: Etapa 3 - ligação e fusão com membrana vitelínica Embrião: Organismo no estágio inicial de desenvolvimento Sem características anatômicas Feto: Organismo com característica da espécie. Com formação de estruturas Concepto: Pode ser usada do começo ao fim da gestação. 1°. Hiperativação metabólica Aceleração no metabolismo do espermatozoide; o flagelo começa a bater dando mais rapidez à ele. 2°. Reação acrossomal Após atingir o espaço perivitelínico, o espermatozoide se funde à membrana do ovócito pela região pós acrossomal. A ligação do espermatozoide com a membrana plasmática do ovócito é mediada por proteínas transmembrana da família ADAM. Principalmente a proteína fertilina. Clivagem Etapa 4 - fusão dos materiais genéticos dos pronúcleos Formação do pronúcleo masculino Divisões mitóticas super rápidas, com a formação de diversas células chamadas blastômeros. Logo após a penetração do espermatozoide no óvu- lo, o oolema perde a habilidade de se fundir com outros espermatozoides. Esse processo é denominado bloqueio à poliespermia. Em mamíferos, o processo de fusão demora cerca de 12 horas. O envelope do núcleo do sptz sofre vesiculação, expondo a cromatina condensada ao citoplasma do óvulo. As protaminas que mantêm a cromatina masculina conden- sada são substituídas por histonas derivadas do óvulo. Esta mudança possibilita a descondensação da cromati- na espermática. O núcleo do ovócito completa a 2ª divisão meiótica Cada um dos pronúcleos migra em direção ao outro, re- plicando seu DNA durante o caminho. Quando se encontram a cromatina condensa-se em cro- mossomos. O posicionamento dos pronúcleos na região central do óvulo fertilizado é um pré-requisito para a correta disposição dos cromossomos. A partir dai, já pode ser chamado de zigoto (embrião de uma única célula - célula diploide 2n) Etapa 5 - ativação do óvulo e início do desenvolvimento Para que, depois da fertilização, se inicie o desenvolvi- mento embrionário, são necessárias mudanças no cito- plasma do oócito. Aumento do Ca2+ intracelular. Aumento do pH intracelular Ativação de síntese proteica e DNA Fase inicial do desenvolvimento embrionário O embrião vai começar a sofrer um processo de divisão do tipo mitótica. As mitoses embrionárias são chamada de clivagem. O padrão de divisão é rotacional, ou seja, sempre em sentidos diferentes. Isso faz com que o embrião seja preenchido com células de maneira homogênea. A primeira clivagem pode demorar várias horas e vai sendo mais rápida conforme o tempo vai passando. Embriologia veterinária trofoblasto - futuramente responsável pela formação da placenta Blastocele Massa celular interna - aglomerado de blastômeros que formará o embrião Trofoblasto Epiblasto Hipoblasto Todo esse processo está acontecendo na tuba uterina e o embrião ainda está cercado pela zona pelucida. A partir das 16/32 células, elas vão ficando apertadas e não é mais possível ver cada célula individualmente. Quan- do chegam nessa fase o embrião passa a ser chamado de mórula. Conforme o tempo vai passando, começa a ter tanta célu- la , que vira tudo uma massa e evolui pra uma fase chama- da mórula compacta. Começa a primeira diferenciação dos blastômeros. As células que estão na parte mais periférica da mórula se diferencia e passa a ser chamada de trofoblasto. Até esse momento, todas as células embrionária são blas- tômeros 100% indiferenciadas, totipotentes. Essas células do trofoblasto começam a secretar um líqui- do que se acumula entre os blastômeros, e os empurra pra um canto do embrião. Emb. passa a ter uma cavidade chamada blastocele E então o embrião passa de mórula para blastocisto. Nessa fase que o embrião cai no útero. No inicio do desenvolvimento, todo metabolismo era controlado pelo organismo materno, a partir do momento que ele cai no útero, o DNA do embrião começa a trabalhar. Ativação do genoma Eclosão do blastocisto A zona pelúcida começa a atrapalhar o desenvolvimento do embrião, uma vez que o mesmo precisa crescer e aderir à parede uterina. Então o embrião consegue rompe-la através de enzimas que a dissolvem e em seguida sai de dentro. Alongamento do blastocisto Para que o embrião se desenvolva, o útero precisa estar com altos níveis de progesterona. Porém, quando ele cai no útero ainda é muito pequeno e não seria o suficiente para sinalizar que está ali, então a parte do trofoblasto começa a se alongar. Embriões que mais se alongam são de ruminantes e suínos. Diferenciação da massa celular interna A MCI se diferencia em epiblasto e hipoblasto O hipoblasto começa a crescer e forra o espaço da blas- tocele formando o saco vitelínico primitivo. Trofoblasto Epiblasto saco vitelínico primitivo Funções do saco vitelínico: Nutre as células Regula a diferenciação das células Placentação em algumas espécies Gastrulação Até a diferenciação da MCI em epiblasto e hipoblasto, o embrião era considerado bilaminar. O processo de gastrulação é responsável por transfor- ma-lo em trilaminar. O embrião trilaminar conta com 3 tecidos: Ectoderme Mesoderme Endoderme } todos vem do epiblasto são tecidos pluripotentes no polo caudal do epiblasto. a ser pluripotenciais, células especializadas que podem ser muitas coisas mas não tudo. Ex: Ectoderme pode virar sistema nervoso, epiderme Mesoderme pode virar sangue, rins, musculos Extra-embrionário Intra-embrionário Formação insuficiente do mesoderme da região cau- dal do embrião. Alterações em membros caudais, sistema urogeni- tal, vértebras caudais. Diabetes materno e outros agravos. Início da gastrulação Surgimento da linha primitiva: acumulado de células As células do epiblasto são células tronco totipontenciais, ou seja, podem se transformar em qualquer coisa. As células do ectoderme, mesoderme e endoderme passam As células epiblásticas migram para o espaço entre o epi- blasto e hipoblasto formando as células mesendodermais, que darão origem ao mesoderme e endoderme. O endoderme é formado a partir das célula que migram e instalam-se na região do hipoblasto. Formam a linha superior do saco vitelínico primitivo, subs- tituindo o hipoblasto. Formará o intestino primitivo O mesoderme é formado a partir das células que migram e instalam-se na região entre o hipoblasto e o polo caudal do epiblasto. O mesoderme que fica entre o epiblasto e endoderme é o mesoderme intra-embrionario. O que contorna o trofoblasto é o mesoderme extra- embrionário. Córion é união do mesoderme extra-embrionário folheto parietal com o trofoblasto. Epiblasto vai virar a ectoderme. Formação celomática Celoma é a cavidade formada entre o mesoderme parie- tal e o mesoderme visceral. Inicialmente, o celoma está fora do disco embrionário, sendo chamado de celoma extra-embrionário. mação do celoma intra-embrionário, que formará as cavidades do corpo do embrião. Com a proliferação do mesoderme embrionário, há a for- Mesoderme parietal: porção parietal do peritônio e pleura. Mesoderme visceral: porção visceral das membra- nas serosas. Teratogênese associada à gastrulação Disgenesiacaudal Tumores associados à gastrulação } Ambos dividem-se em 2 folhetos Somático ou parietal visceral ou esplênico Implantação e anexos embrionários Neurulação A neurulação começa a partir da formação da noto- corda que é um anexo embrionário de origem mesodér- mica intra-embrionário. Dá sustentação ao embrião Dará suporte à coluna e ao crânio Formação da notocorda Deslocamento caudal da linha primitiva células especializadas epiblásticas, localizadas na porção final anterior da linha primitiva, migram em direção a porção caudal, o nó primitivo Placa pré cordal é uma estrutura mesodérmica lo- calizada justamente anterior ao topo da notocorda. A migração das células especializadas epiblásticas darão origem a diferentes tecidos mesodérmicos, a depender da localização de destino. Embrião na forma de uma pera invertida, com porção cranial mais desenvolvida que a caudal . Mais comum em fêmeas. Situs inversus Células pluripotentes remanescentes da linha primi- tiva causam teratomas sacrococcígeos. Podem tornar-se malignos. Medicações antidepressivas inibidoras seletivos da recap- tação de serotonina podem causar problemas na gravidez pois a serotonina é importante na definição de lateralida- lde do embrião. Reconhecimento materno Pro embrião se desenvolver bem, o nível de progesterona deve estar aumentado. Esse hormônio é fundamental para manutenção da gestação e é produzido pelo corpo lúteo uma estrutura formada após a ovulação. O embrião secreta substâncias no útero com o objetivo de ser notado pela mãe e impedir a degradação do corpo lúteo. Reconhecimento imunológico Metade do DNA não é da mãe, então algumas vezes o sist. imunológico pode enxergar o embrião como uma ameaça. Ele precisa “enganar/se esconder” do sistema imunológi- co materno para que não seja atacado. O progesterona serve como uma imunossupressão e ajuda o embrião nesse sentido. Feto = parasita de sucesso Os mecanismos de “depressão imune” devem ser sutis p/ não prejudicar a mãe. Relação comensal > +/0 Após os reconhecimentos acontece a implantação embrio- nária. Implantação embrionária O embrião precisa estabelecer uma relação mais íntima. É o contato físico do trofoblasto com o endométrio. Ele escolhe um local bastante vascularizado do útero para se implantar. Anexos embrionários São tecidos em volta do embrião que são fundamentais p/ sobrevivência dele. Membrana orofaringea e placa cloacal: são regiões em que a ectoderme se conecta fortemente com o endoder- me, sem a presença do mesoderme. Saco vitelínico Na gestação inicial tem função de “placenta” origem: endoderme regulação do metabolismo celular embrionário. Alantoide Endoderme + capa vascular da mesoderme Se funde ao córion (alantocórion) Composta por urina fetal Serve como uma proteção mecânica ao feto e o líqui- do ajuda na lubrificação durante o parto. Amnion Vesícula amniótica com membrana dupla Serve como uma proteção mecânica e imunológica p/ feto e o líquido ajuda na lubrificação durante o parto. Hidrâmnio ou Polidrâmnio É o volume anormal excessivo de líquido amniótico. Causas: diabetes materno, malformações congênitas Oligodrâmnio É o volume anormal diminuto de líquido amniótico. Causas: agenesia anal Consequências ruins: hipoplasia pulmonar e gástrica. migram para o mesoderme adjacente Processo que leva à formação do tubo neural, precursor de todo o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a espinha dorsal. Ocorre um espessamento dorsal do ectoderme anterior formando a placa neural. A placa se invagina formando uma depressão no meio cha- mada sulco neural e nas laterais formam-se as cristas ou pregas neurais. As cristas se fundem formando um tubo, chamado de tubo neural, que é cercado por ectoderme neural. Formarão estruturas craniofaciais, gânglios sensoriais, melanócitos Neurulação secundária Formará a medula espinhal do restante da cauda do embrião, a partir do sacro. Não há formação de pregas neurais Há formação de uma massa sólida de células epite- liais sofre cavitação e dá origem à medula espinhal cau- dal. Anencefalia Espinha bífida Formação do aparelho circulatório Hematopoiese Processo de formação das células sanguíneas Período mesoblástico Período hepato-esplênico Período medular SNC- primeiro sistema a iniciar o seu desenvolvimen- to funcional. Neurulação primária Neurulação primária originará o cérebro e a maior parte da medula espinhal. A fusão das pregas neurais inicia-se na região cervical e e- volui cranial e caudalmente. As pontas que ficam abertas são chamadas de neuroporo anterior e posterior. Somente após o completo fechamento dos neuroporos, há inicio da diferencia- ção das células neuroepiteliais em neu- rônios. Se não fecham, não há diferenciação po- dendo causar diversas más formações. Migração das células da crista neural Células passam pela transição epitélio-mesenquimal e adquirem características de célula tronco pluripotenciais. Deixam o neuroectoderme No início, todas as trocas mãe-embrião ocorrem por difusão do fluido secretado pelas glândulas endometri- ais. O sistema circulatório se torna necessário quando o embrião inicia seu desenvolvimento mais complexo. Ectoderme Sistema nervoso central Sistema nervoso periférico Epitélio sensorial do ouvido, do nariz e do olho Epiderme, incluindo o cabelo e as unhas. Às glândulas subcutâneas Às glândulas mamárias À glândula hipófise Ao esmalte dos dentes. Defeitos do tubo neural Falhas de fechamento anterior ou posterior. O epiblasto (ectoderme) se diferencia em ectoderme neural. PERÍODO MESOBLÁSTICO Algumas células presentes na mesoderme visceral se tor- nam hemangioblastos, que são células precursoras. Hemangioblastos se juntam e formam ilhas sanguíne- as. Ilhotas de sangue coalescem (se juntam) Células endoteliais formarão os primeiros vasos e as células de dentro células sanguíneas As primeiras células sanguíneas são eritrócitos primitivos nucleados Células tronco eiritropoiéticas - células tronco derivadas da mesoderme que darão origem as células da linhagem sanguínea . Hematopoiese realizada pela medula óssea Inicia-se em gestação média, após a migração de células tronco hematopoiéticas do fígado para a medula. Células hematopoiéticas saem da mesoderme visceral e migram pros tecidos do fígado e baço, que estão em formação. PERÍODO HEPÁTO-ESPLÊNICO Fígado inicialmente é o principal órgão hematopoiético Fígado vai produzir as células do sangue, que vão sair do mesmo e migrar para os vasos sanguíneos em formação Quando se formam os ossos longos, as células hema- topoiéticas migram do fígado para dentro da medula óssea tornando-a o local fixo de produção das células. O sangue formado entra na circulação por diapedese PERÍODO MEDULAR Formação dos vasos sanguíneos Este processo espontâneo de formação de vasos sanguíneos é chamado vasculogênese. E a formação de novos vasos por brotamento chama-se angiogênese.