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<p>Terapia Cognitivo-ComportamentalTerapia Cognitivo-Comportamental</p><p>Fundamentos da TerapiaFundamentos da Terapia</p><p>ComportamentalComportamental</p><p>Objetivos:</p><p>✓</p><p>Primeira onda das TCCsPrimeira onda das TCCs</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Revisar conceitos e pressupostos de</p><p>entendimento do modelo comportamental.</p><p>São verdadeiramente os modelos comportamentais e de</p><p>análise do comportamento que existiam antes da revolução</p><p>cognitiva dos anos 1950 e 1960.</p><p>Psicologia Animal</p><p>Behaviorismo Metodológico</p><p>Neobehaviorismo</p><p>Análise Experimental do Comportamento</p><p>Behaviorismo Radical</p><p>Psicologia Animal - Pavlov</p><p>Condicionamento Clássico: Estímulo – Resposta (S – R).✓</p><p>Behaviorismo Metodológico – Watson</p><p>Experimento do pequeno Albert: Demonstrando o</p><p>condicionamento dos sentimentos humanos através do</p><p>condicionamento responsivo.</p><p>✓</p><p>Neobehaviorismo</p><p>Edward Tolman – Estímulo - Organismo -</p><p>Resposta (S – O - R).</p><p>✓</p><p>§Análise Experimental do§Análise Experimental do</p><p>Comportamento – SkinnerComportamento – Skinner</p><p>Behaviorismo Radical – Skinner</p><p>Condicionamento Operante: Estímulo discriminativo –</p><p>resposta – Estímulo reforçador (S – R – S).</p><p>✓</p><p>Todo comportamento é resultado de uma</p><p>aprendizagem secundária a um condicionamento.</p><p>Condicionamento ClássicoCondicionamento Clássico</p><p>É um processo que descreve a gênese e a modificação de alguns</p><p>comportamentos com base nos efeitos do binômio Estímulo –</p><p>Resposta (S – R) sobre o sistema nervosos central dos seres</p><p>vivos.</p><p>Uma resposta automática ou não condicionada – como</p><p>uma emoção ou um reflexo – que vem a ser ativada por</p><p>um novo indício, chamado de estímulo condicionado, após</p><p>ter sido combinada diversas vezes com esse estímulo.</p><p>Estímulo não condicionado.</p><p>Respostas não condicionadas.</p><p>Reflexos automáticos.</p><p>A aprendizagem ocorre quando algum estímulo novo</p><p>é introduzido ao sistema.</p><p>Estímulos condicionados.</p><p>Condicionamento Clássico e o papel que desempenha</p><p>no desenvolvimento de respostas emocionais.</p><p>Experiência com o Pequeno Albert.</p><p>RESUMO: Condicionamento Clássico</p><p>O Condicionamento Clássico explica certas mudanças de</p><p>comportamento como consequência de pareamentos</p><p>(associação) entre estímulos (neutros) e emoções muito</p><p>intensas e desadaptativas.</p><p>Exemplo: Ataques de Pânico ou no TEPT</p><p>Condicionamento OperanteCondicionamento Operante</p><p>Segue o modelo (S- R- S), onde um primeiro estímulo</p><p>(S), dito estímulo discriminativo, aumenta a</p><p>probabilidade de ocorrência de uma resposta (R)</p><p>A diferença em relação aos paradigmas S-R e S-O-R é que</p><p>no modelo S-R-S o condicionamento ocorre se, após a</p><p>resposta R, segue-se um estímulo reforçador S, que pode ser</p><p>um reforço (positivo ou negativo) que estimule o</p><p>comportamento, ou uma punição (positiva ou negativa) que</p><p>iniba o comportamento em situações semelhantes</p><p>posteriores.</p><p>É o processo através do qual a frequência de um</p><p>comportamento aumenta ou diminui devido às consequências</p><p>que o comportamento produz.</p><p>Skinner</p><p>Reforço (Positivo ou Negativo)</p><p>Punição</p><p>RESUMO: Condicionamento Operante</p><p>No Condicionamento operante, os efeitos de um comportamento</p><p>podem determinar o aumento ou a diminuição de sua frequência.</p><p>Basicamente o Condicionamento Operante, significa o reforço de</p><p>algum tipo de comportamento.</p><p>Comportamento/Condicionamento Operante</p><p>Comportamento que é controlado pelas consequências que</p><p>produz;</p><p>Após a primeira ocorrência o comportamento pode ser</p><p>aprendido, no sentido de que poderá voltar a ocorrer em</p><p>situação futura semelhante dependendo da consequência.</p><p>Comportamento aumenta – Reforçado.</p><p>Comportamento diminui – Punido.</p><p>O comportamento humano é o produto conjunto tanto</p><p>das contingências de sobrevivência responsáveis pela</p><p>seleção natural das espécies quanto das contingências</p><p>de reforçamento responsáveis pelos repertórios</p><p>adquiridos por seus membros, incluindo as</p><p>contingências especiais mantidas por um ambiente</p><p>social em constante evolução.</p><p>(Catania, 2003)</p><p>Níveis de SeleçãoNíveis de Seleção</p><p>Primeiro nível de seleção</p><p>Seleção Filogenética</p><p>Segundo nível de seleção</p><p>Seleção Ontogenética</p><p>Terceiro nível de seleção</p><p>Seleção Cultural</p><p>Seleção FilogenéticaSeleção Filogenética</p><p>Refere-se aos repertórios compartilhados por uma mesma</p><p>espécie;</p><p>É determinado pela história evolutiva dessa espécie;</p><p>Evidencia a influência da Teoria da Seleção Natural de Darwin,</p><p>sobre o Behaviorismo.</p><p>Seleção OntogenéticaSeleção Ontogenética</p><p>Refere-se ao repertório particular de cada indivíduo ou organismo;</p><p>É determinado por sua história de vida ou histórico de</p><p>reforçamento aprendido por meio das experiências</p><p>anteriores;</p><p>Seleção CulturalSeleção Cultural</p><p>Refere-se ao repertório compartilhado por indivíduos de</p><p>uma mesma cultura, sendo este de maior importância</p><p>para compreender o comportamento humano e o de</p><p>outros animais que apresentam algum tipo de</p><p>comportamento social.</p><p>Esse conceito foi posteriormente melhor desenvolvido –</p><p>Albert Bandura.</p><p>Reforço</p><p>Punição</p><p>Extinção</p><p>ReforçoReforço</p><p>É a consequência de um comportamento que mostra-se capaz</p><p>de alterar a frequência deste comportamento, tornando-se</p><p>mais provável. Reforços são estímulos que incentivam um</p><p>determinado comportamento, em oposição à punição.</p><p>Reforço: Positivo ou Negativo</p><p>Reforço Positivo</p><p>Aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença</p><p>(positividade) de uma recompensa (estímulo).</p><p>Exemplo: O comportamento de estudar bastante é</p><p>reforçado pelo estímulo reforçador de receber uma boa</p><p>nota, de modo que a boa nota é um reforço positivo.</p><p>RESUMO: Reforço Positivo</p><p>É o processo de fortalecimento de um comportamento</p><p>pela apresentação de algum estímulo prazeroso ou</p><p>positivo.</p><p>Estímulos prazerosos: Elogio, sorriso, comida, atenção.</p><p>Reforço Negativo</p><p>Aumenta a probabilidade de um comportamento pela</p><p>ausência (retirada) de um estímulo aversivo (que cause</p><p>desprazer) após o organismo apresentar o</p><p>comportamento pretendido.</p><p>Exemplo: Desligar o telefone durante uma conversa</p><p>desagradável retirará do ambiente um estímulo aversivo,</p><p>que é a conversa, de modo que desligar o telefone é um</p><p>reforço negativo.</p><p>RESUMO: Reforço Negativo</p><p>É o processo de fortalecimento de um comportamento pela</p><p>remoção ou cessação de estímulo desagradável.</p><p>Reforços tanto positivos como negativos fortalecem o</p><p>comportamento.</p><p>PuniçãoPunição</p><p>É um processo no qual reduz a probabilidade de determinada</p><p>resposta voltar a ocorrer através da apresentação de um</p><p>estímulo aversivo, ou a retirada de um estímulo positivo</p><p>após a emissão de determinado comportamento indesejado</p><p>numa terapia comportamental.</p><p>Para Skinner, a punição é facilmente confundida com o</p><p>“reforço negativo”, e algumas vezes chamado de “controle</p><p>adversativo”. Os mesmos estímulos são usados e o reforço</p><p>negativo pode ser definido como a punição por não agir,</p><p>observe porém como é ressaltado, a punição visa remover um</p><p>comportamento de um repertório, ao passo que o reforçamento</p><p>negativo gera comportamentos.</p><p>RESUMO: Punição</p><p>É a remoção de um estímulo desejável ou a administração de</p><p>uma consequência desagradável após algum comportamento</p><p>indesejado a fim de pará-lo.</p><p>A punição enfraquece o comportamento.</p><p>Quando a consequência não enfraquece ou interrompe um</p><p>comportamento ela não é uma Punição.</p><p>ExtinçãoExtinção</p><p>É a retirada total do estímulo ao comportamento do ambiente.</p><p>Exemplo: Ao passar repetidamente em um local onde o indivíduo</p><p>sofreu um acidente de carro, sem que de novo ocorra algo, ou</p><p>enfrentar lugares fechados sem ter ataques ou com ansiedade</p><p>mínima.</p><p>Uma resposta condicionada, como o medo, o nojo, ou o</p><p>desconforto, diminui e se extingue caso a pessoa, de forma</p><p>repetida, tenha contato com o estímulo condicionado (local,</p><p>objeto, situação que provoca a resposta de medo ou de nojo)</p><p>sem a presença do estímulo incondicionado (que sempre provoca</p><p>o medo, como acidente, ataque de pânico, assalto).</p><p>A repetição, sem que o estímulo provoque reação, ou provoque-a em</p><p>intensidade menor, fará com que as reações de medo</p><p>progressivamente desapareçam.</p><p>Mecanismo que está por trás das técnicas de</p><p>Exposição.</p><p>As ações isoladas</p><p>do organismo não são comportamentos, pois</p><p>faltam a elas o status de um evento relacional. O</p><p>comportamento é uma interação entre o homem e seu ambiente.</p><p>“ Os subprodutos do controle que incapacitam o indivíduo ou que</p><p>são perigosos seja para o indivíduo seja para os outros, constituem</p><p>o campo da Psicoterapia. (...) Entre as espécies de</p><p>comportamentos com os quais a Psicoterapia lida podemos</p><p>distinguir certos efeitos primariamente no campo da emoção e</p><p>outros no comportamento operante.”</p><p>Skinner, B. F. (1989). Psicoterapia. In: B. F. Skinner. Ciência e</p><p>Comportamento Humano (Cap XXIV, pp 340-362). São Paulo:</p><p>Martins Fontes (Texto original publicado em 1953).</p><p>“Os terapeutas comportamentais atribuem o que é feito a</p><p>dois tipos de consequências seletivas: comportamento inato</p><p>à seleção natural e comportamento aprendido ao</p><p>reforçamento operante. Um exemplo específico é</p><p>usualmente um produto conjunto de ambos. Existe, por</p><p>exemplo, um lado operante na emoção. O medo não é só uma</p><p>resposta das glândulas e dos músculos lisos, mas também</p><p>uma probabilidade reduzida de movimento em direção ao</p><p>objeto temido e uma alta probabilidade de afastamento dele.</p><p>O lado operante da raiva é uma probabilidade maior de</p><p>causar dano a alguém e uma menor probabilidade de ser</p><p>agradável. Enquanto o estado corporal resultante de</p><p>condicionamento respondente é usualmente chamado de</p><p>sentimento, o estado resultante do condicionamento</p><p>operante, observado através da introspecção, geralmente é</p><p>chamado de estado da mente.”</p><p>Skinner, B. F. (1995). Questões recentes na Análise</p><p>Comportamental. Campinas: Papirus. Publicação original</p><p>1989.</p><p>“ O terapeuta comportamental munido dos</p><p>conhecimentos de princípios, conceitos e</p><p>procedimentos comportamentais olha para a</p><p>realidade clínica com o referencial teórico da</p><p>proposta comportamental em particular do</p><p>behaviorismo radical e, desta forma, interpreta e</p><p>interfere no processo terapêutico à luz desse</p><p>referencial. “</p><p>Guilhardi, H. J. (2001) Em Roberto Alves Banaco</p><p>(Org.), Sobre Comportamento e Cognição –</p><p>aspectos teóricos, metodológicos e de formação em</p><p>Análise do Comportamento e Terapia Cognitivista.</p><p>Vol. 1. Ed. Arbytes: São Paulo. 1989</p><p>Referências BibliográficasReferências Bibliográficas</p><p>Moreira, M. B. & Medeiros, C. A. (2007). A análise funcional:</p><p>aplicação dos conceitos. In: Moreira, M. B. & Medeiros, C. A.</p><p>Princípios básicos de análise do comportamento. (Cap. 9, pp 145-</p><p>164). Porto Alegre: Artmed.</p><p>Skinner, B. F. (1989). Por que os organismos se comportam. In: B.</p><p>F. Skinner. Ciência e Comportamento Humano (Cap 3, pp 34-51).</p><p>São Paulo: Martins Fontes (Texto original publicado em 1953).</p><p>Guilhardi, H. J. (2001). Com que contingências o terapeuta</p><p>trabalha em sua atuação clínica? In: R. Banaco (Org.). Sobre</p><p>comportamento e cognição - Volume 1: Aspectos teóricos,</p><p>metodológicos e de formação em Análise do Comportamento e</p><p>terapia cognitiva (pp. 316-331). Santo André: ESETec.</p><p>Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por contingências de reforçamento.</p><p>In: C. N. Abreu & H. J. Guilhardi (Orgs.). Terapia Comportamental e</p><p>Cognitivo-comportamental. Práticas clínicas. São Paulo: Roca.</p><p>MELO, W. V., SARDINHA, A. & LEVITAN, M. N. (2014). O</p><p>desenvolvimento das terapias cognitivo-comportamentais e a terceira</p><p>onda. In Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, Neufeld, C. B.</p><p>Falcone, E. & Rangé, B. (Orgs.). PROCOGNITIVA Programa de</p><p>Atualização em Terapia Cognitivo-Comportamental; Ciclo 1. (p.9-</p><p>44). Porto Alegre: Artmed Panamericana. (Sistema de Educação</p><p>Continuada a Distância, v.2).</p><p>Considerações FinaisConsiderações Finais</p><p>Terapia de aceitação e compromisso – ACT.</p><p>Terapia cognitiva baseada em mindfulness.</p><p>Terapia comportamental dialética.</p><p>Terapia metacognitiva.</p><p>Uma característica importante que distingue as TCCs da</p><p>3ª geração das TCCs mais tradicionais é a mudança de</p><p>foco, do conteúdo para o funcionamento.</p><p>Terapeutas que praticam psicoterapias contextuais estão</p><p>menos preocupados com a modificação explícita de</p><p>cognições que não ajudam e mais interessados em mudar</p><p>a relação da pessoa com a própria cognição.</p><p>As TCCs contextuais geralmente são mais centradas no</p><p>processo pelo qual uma pessoa vive sua vida do que</p><p>especificamente em seus pensamentos ou ações.</p><p>(Dobson & Dozois, 2010)</p><p>“As intervenções da 3ª geração não são tanto uma</p><p>rejeição das TCCs da 1ª e da 2ª geração quanto uma</p><p>transformação dessas fases anteriores em uma forma</p><p>nova, mais ampla e mais interconectada”.</p><p>(Hayes, 2004)</p><p>Em 2016, na 50ª edição do Congresso da antiga</p><p>Association for Advancement of Behavior Therapy (AABT),</p><p>que posteriormente mudou para Association for Behavior</p><p>and Cognitive Therapies (ABCT).</p><p>Mesa redonda:</p><p>David Barlow – TCC</p><p>Steven Hayes – ACT</p><p>Kelly Koerner – DBT (representando Marsha Linehan)</p><p>Discutiu-se se as variantes da TCC eram desdobramentos de</p><p>uma mesma árvore ou se eram desenvolvimentos diferentes.</p><p>Conclusão ao final do encontro foi que são evoluções de uma</p><p>mesma árvore, mas cada uma com a sua especificidade.</p><p>Referências BibliográficasReferências Bibliográficas</p><p>BECK, J. Terapia Cognitiva - Teoria e Prática. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2021</p><p>WENZEL, A. Inovações em terapia cognitivo-comportamental:</p><p>intervenções estratégicas para uma prática criativa. Porto</p><p>Alegre: Artmed, 2018</p><p>RANGÉ, B. P., FALCONE, E. M.O., CASTILHO, P., & MELO,</p><p>W. V. (2020). Panorama atual das terapias cognitivo-</p><p>comportamentais. In Federação Brasileira de Terapias</p><p>Cognitivas, Neufeld, C. B. Falcone, E. & Rangé, B. (Orgs.).</p><p>PROCOGNITIVA Programa de Atualização em Terapia Cognitivo-</p><p>Comportamental; Ciclo 6. (p.9-73). Porto Alegre: Artmed</p><p>Panamericana. (Sistema de Educação Continuada a Distância,</p><p>v.4).</p>