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REVISÃO SIMULADO TUTELA EXECUTIVA E PROCESSOS ESPECIAIS NO PROCESSO CIVIL. 1- CONCEITOS DA EXECUÇÃO : a tutela executiva consiste na prática de tos jurisdicionais tenentes a realização material do atual potencail violado. Deste conceito, depreende-se que a tutela juriscicional executiva A) realiza-se não só com intuito de ver restaurado um direito violado, como também para impedir a ocorrência de tal violação. B) Abrange não apenas o resultado da execução forçada, mas também aos meios tendentes a sua obtenção. 1- A execução visa acessar o patrimônio do devedor Nos termos do art. 789 do CPC, “[o] devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei”. Assim, salvo as exceções legais (bens impenhoráveis), todos os bens do devedor podem ser penhorados. 2 – Titulos executivos Judiciais: O título executivo judicial é uma decisão ou sentença proferida por um órgão do Poder Judiciário, que reconhece a existência de uma obrigação entre as partes envolvidas no processo. Os títulos executivos judiciais são de rol taxativo e estão previstos no art. 475-N do código de processo civil. O inciso I do referido artigo define como título executivo judicial a sentença que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia (obrigação de dar). Art. 475-N - São títulos executivos judiciais: I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; IV – a sentença arbitral; V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. 3 – Contraditório e ampla defesa: A nossa Constituição Federal, em seu inciso LV do art. 5º, afirma que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Assim, nada mais é que o meio pelo qual um processo se desenvolve, qualquer que seja a sua natureza, tem que existir contraditório, para garantir a paridade na disputa a isonomia e a ampla defesa, sendo este princípio o grande legitimidor das relações processuais. 2- CONHECIMENTOS A CERCA DE TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: Um título executivo extrajudicial é um documento que possui força executiva, ou seja, é um título que permite que a pessoa ou entidade beneficiária possa executar judicialmente o seu conteúdo sem a necessidade de ingressar com uma ação judicial para obter uma sentença favorável. Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XI-A - o contrato de contragarantia ou qualquer outro instrumento que materialize o direito de ressarcimento da seguradora contra tomadores de seguro- garantia e seus garantidores; (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023) XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 3 - PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE: O princípio da menor onerosidade da execução ou da menor gravosidade ao executado encontra-se contemplado no art. 805 do CPC , estabelecendo referido dispositivo legal que "Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado". Observação: a lei elenca a o ordem prioritária de acesso ao patrimomônio. Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; IV - veículos de via terrestre; V - bens imóveis; VI - bens móveis em geral; VII - semoventes; VIII - navios e aeronaves; IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; X - percentual do faturamento de empresa devedora; XI - pedras e metais preciosos; XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia; XIII - outros direitos. § 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto. § 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento. 4 – TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAL: ARTIGO 784 DO CPC. CHEQUE: ... NOTA PROMISSÓRIA: ... CONFISSÃO DE DÍVIDA: ... AÇÃO MONITÓRIA: ... LOCUPLETAMENTO ILÍCITO: ... CONCLUSÃO, ETC … 5 – FRAUDE A EXECUÇÃO: A fraude à execução é uma manobra do devedor para não ter os seus bens bloqueados por dívidas que estão sendo cobradas na Justiça. Então, existe uma execução ou cobrança de dívidas e o devedor faz algo para fraudar as cobranças, desfazendo-se do seu patrimônio. Assim, o devedor tenta ocultar, transferir ou vender os seus bens antes de serem bloqueados e vendidos pela Justiça. Nesse sentido, o devedor tenta enganar o credor e à Justiça; porém, o devedor pode ser sérios problemas por praticar a fraude, inclusive, respondendo por crime. 6- PRINCIPIOS DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL: O princípio da responsabilidade patrimonial é um princípio jurídico que permite que os bens de uma pessoa sejam utilizados para pagar suas dívidas. A responsabilidade patrimonial no processo de execução é o momento em que o patrimônio do executado responde pelas suas obrigações. Isto quer dizer que o indivíduo não pagou o valor que devia para o outro. Sendo assim, seu patrimônio será destinado a cumprir a dívida não paga. Nulla nulla executio sine titulo: O princípio nulla executio sine titulo significa que não é possível executar sem um título que a sustente, seja judicial ou extrajudicial. 7 – A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE A EXECUÇÃO JUDICIAL E A EXTRAJUDICIAL É A FORMA COMO SÃO INICIADAS E CONDUZIDAS: Execução judicial É um procedimento que ocorre no âmbito do PoderJudiciário. O título executivo judicial é um documento que resulta de uma decisão judicial e que é apresentado a um juiz para solicitar a execução de uma dívida. Execução extrajudicial É um procedimento que pode ser conduzido por particulares, sem a necessidade de intervenção judicial. O título executivo extrajudicial é um documento que tem força executiva por natureza, ou seja, tem a capacidade de exigir o cumprimento de uma obrigação sem a necessidade de um processo judicial prévio. 8 – DEFESA DO EXECUTADO: O executado pode se defender em uma tutela executiva por meio de diversas formas, como: Impugnação A defesa típica mais comum no cumprimento de sentença é a impugnação, que deve ser apresentada em até 15 dias após a intimação para pagamento. Embargos à execução Uma defesa incidental que pode ser utilizada contra a execução baseada em títulos executivos judiciais. Para a execução fundada em cada um desses dois títulos (judicial e extrajudicial), o processo civil dispõe formas diferentes de defesas: a) contra a execução fundada em título executivo judicial = impugnação à execução; b) contra a execução fundada em título executivo extrajudicial = embargos à execução. 9 – O QUE DEVE TER NA AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL: A ação de execução de título extrajudicial deve ter os seguintes elementos: Título executivo: O título deve ser líquido, certo e exigível, ou seja, ter um valor determinado, ser incontestável e estar vencido. O título executivo deve conter o nome das partes credoras e devedoras e o objeto ou obrigação devidos. Identificação das partes: No polo ativo da ação deve estar o credor, e no polo passivo o devedor. O devedor pode ser o fiador, um novo devedor que adquiriu o crédito, ou o responsável tributário. Pagamento pelo devedor: O devedor pode pagar o credor em qualquer fase do processo. 10 – EMBARGOS A EXECUÇÃO: Os embargos à execução são uma ação legal que o devedor pode usar para contestar uma ordem judicial que exige o pagamento de uma dívida. O devedor pode apresentar os embargos à execução para arguir nulidades, ilegitimidade, prescrição, inépcia da inicial, entre outras teses defensivas. dívida. O devedor pode apresentar os embargos à execução para arguir nulidades, ilegitimidade, prescrição, inépcia da inicial, entre outras teses defensivas. Os embargos à execução são autuados em autos apartados da ação de execução, por se tratar de uma ação autônoma. Essa distribuição por dependência significa que os embargos são autônomos, não tramitando no mesmo processo da execução. Os embargos à execução devem ser apresentados perante o mesmo juízo que está a conduzir a execução. A juntada de cópias processuais relevantes e de documentos que comprovem as alegações é obrigatória. Prazo 15 dias após o ajuizamento da execução pelo credor