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Faringotonsilites e suas 
complicações
RAQUEL B RODRIGUES
Professora Auxiliar de Otorrinolaringologia -UPE 
Preceptora da Residência de Otorrinolaringologia do Hospital Agamenon Magalhães 
Título de Especialista pela ABORL CCF 
Pós graduação em Medicina do Sono – Instituto do Sono/SP
Pós graduação em Rinites e Imunoterapia – IBAI e Instituto Baptistella/PR
Pós graduação em Foniatria – ABORL CCF 
Caso clínico
Caso clínico
JBS, 18 anos, dá entrada na ORL HAM com sinais de desconforto respiratório e taquicardia ha 24 
horas.
HD: há cerca de 10 dias iniciou quadro de odinofagia e febre. Esperou cerca de 48 horas para 
procurar unidade de saúde, tendo feito uso apenas de sintomáticos. Foi medicado com Penicilina 
Benzatina. Com 48 horas após a penicilina benzatina, procura novamemente unidade de saúde 
com piora da odinofagia, e persistência da febre. Foi novamente medicado com penicilina 
benzatina.
Após 24 horas genitora informa que a voz do filho ficou “abafada”, persistindo a febre e a 
odinofagia intensa, não conseguindo se alimentar. Foi feita novamente Penicilina Benzatina. 
24 horas depois volta a unidade de saúde com abaulamento em região cervical e dificuldade em 
mobilizar o pescoço. Novamente feita penicilina benzatina.
Após 24 horas apresenta desconforto respiratório sendo transferido para ORL HAM com HD de 
abscesso periamigdaliano.
Caso clínico
Abaulamento em região periamigdaliana direita e aumento de região cervical 
Tomografia cervical e de tórax evidenciou abscesso cervical e mediastinite 
Acionada a Torácica
Drenagem cervical de urgência, TQT e UTI 
Após 48 horas PCR 
Anel linfático de 
Waldeyer
Anel linfático de Waldeyer
Papel importante na vigilância imunológica e na resistência a infecções do trato aerodigestivo
superior, além de desenvolvimento do sistema imune
Respostas humoral e celular rápidas 
Tonsilas são estruturas linfoepiteliais
Coleções pequenas subepiteliais de tecido 
Linfoide na mucosa da faringe 
Cresce por toda infância, diminuindo esponta-
neamente por volta dos 10 anos
Produzem imunoglobulinas 
Tonsila 
nasofaringea
Tonsila palatina 
Recoberta por uma cápsula de fáscia faringobasilar
Nervo glossofaríngeo – otalgia referida 
Próxima a carótida interna
Possuem criptas 
Massa de tecido solitária 
Cresce nos primeiros anos e depois involui 
Tonsila nasofaríngea ou adenoide
Semiologia da 
cavidade oral
Semiologia da cavidade oral 
O vestíbulo é o espaço delimitado por lábios e bochecha, anteriormente, e por dentes 
e gengivas, posteriormente
A cavidade oral é delimitada por dentes e gengivas, anterolateralmente. O teto é 
formado pelo palato e delimitado pela orofaringe posteriormente; pelo palato mole, 
acima; pela epiglote, abaixo; e pelos arcos palatoglossos, lateralmente
O ducto da glândula parótida (ducto de Stenon): na altura do colo do segundo molar 
superior, no vestíbulo da cavidade oral
Remoção de próteses dentárias
Abaixador de língua nos 2/3 anteriores
Palpação 
Complementares: videolaringoscopia, exames laboratoriais, histopatológico
Faringotonsilites
Faringotonsilites
Infecções autolimitadas que se desenvolvem nas tonsilas, parede posterior, palato 
mole, órgãos linfoides
Frequente na população em especial na pediatria
Classificadas em inespecíficas: quando não há especificidade entre o agente 
etiológico e o quadro clínico
específicas: há correlação entre a clínica e o agente etiológico
Faringotonsilites virais
75% dos casos abaixo de 2 anos 
Adenovírus 20% 
Febre, exsudato na faringe e tonsilas, mialgia, coriza 
e obstrução nasal 
Herpes simplex e EBV - faringotonsilites e/ou estomatites
Evolução benigna 
Medidas de suporte
Mononucleose: EBV, CMV. Quanto mais jovem, menos severos os sintomas. 
Transmissão pela saliva. Infecta linfócitos B. odinofagia, exsudato e edema, 
adenopatia cervical. Esplenomegalia, hepatomegalia, rash, petéquias palatais, dor 
abdominal. Linfócitos atípicos no hemograma 
Faringotonsilites virais
Sinais e sintomas 
Odinofagia 
Pode haver exsudato
Conjuntivite 
Coriza 
Tosse
Diarreia 
Rouquidão 
Estomatite ulcerativa discreta
Exantema viral 
Mononucleose: adenite cervical posterior
Faringotonsilites bacterianas
Duração de 3 a 6 dias no adulto 
Duração de 6 a 10 dias na criança
Streptococcus beta hemolítico do grupo A ou Streptococcus pyogenes do grupo A: 
20% dos casos, começando aos 2-3 anos, com prevalência maior entre 5-15 anos. 
Indicação de tratamento do portador assintomático: histórico pessoal 
e familiar, trabalhadores em hospital 
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae – 9 a 19 anos
Neiseria gonorrheae
Odinofagia, febre, disfagia, gânglios submandibulares 
aumentados de volume 
Eventualmente náusea e vômitos, dor abdominal 
Exame físico: hiperemia de orofaringe, exsudato e
criptas com pontos purulentos
Complicações das faringotonsilites estreptocócicas
● Patogenicidade determinada pela proteína M 
● Mecanismos mediados por toxinas ou imunomediadores
● Estreptolisina O e S
● Febre reumática
● Glomerulonefrite aguda
● Escarlatina 
● Bacteremia
● Linfadenite cervical 
● Endocardite 
● Otite/ mastoidite
● Meningite
● Abscesso periamigdaliano/retrofaringeo
● Pneumonia 
● PANDAS 
Faringotonsilites estreptocócicas - diagnóstico
● Clínica 
início súbito de odinofagia 
5-15 anos 
febre acima de 38,5°C
cefaleia
náusea, vômito, dor abdominal
exsudato em placas, hiperemia, petéquias em palato
adenite cervical anterior 
exantema escalartiniforme
● Cultura – padrão ouro
● Teste rápido – detecção antigênica
● Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda e neutrofilia 
Critérios Centor modificado 
● Estimar a possibilidade de faringotonsilite estrepetocócica por GAS 
Febre (1 ponto)
Exsudato (1 ponto)
Adenopatia cervical anterior(1 ponto)
Ausência de tosse (1 ponto)
Critérios modificados: idade menor que 15 anos (+ 1 ponto)
idade maior que 44 anos (- 1 ponto)
Tratamento: -1, 0, 1 : não precisa de cultura nem antibiótico
2, 3, 4 ou 5 : cultura ou teste rápido - se positivo usa antibiótico
Faringotonsilites estreptocócicas – tratamento 
● Sintomáticos 
● Hidratação 
● Alimentação 
● Penicilina tratamento de escolha (600.000 U para abaixo de 20kg e 1200000 acima de 
20kg) de escolha ou amoxicilina 40mg/kg/dia 10 dias 
● Amoxicilina-clavulanato
● Cefalosporinas 
● Clindamicina 
PANDAS
● PEDIATRIC AUTOIMMUNE NEUROPSYCHIATIC DISORDERES ASSOCIATED WITH 
STREPTOCOCCAL INFECTIONS
● Doença autoimune pediátrica que ocorre como complicação da infecção estreptocócica 
● Transtorno obsessivo compulsivo, tiques, início pré-puberal, aparecimento abrupto, 
associação com outras alterações neurológicas 
● Fatores de risco: sexo masculino e história familiar 
● Indicação de tonsilectomia é controversa
Faringotonsilites recorrentes 
● Tem que ser por um agente diferente do episódio anterior
● Uso abusivo e incorreto de antibióticos predispõe a recorrência 
● Critérios de Paradise: sete episódios agudos em 1 ano 
cinco episódios agudos por ano, em 2 anos consecutivos 
três episódios agudos por ano, em 3 anos consecutivos 
● Indicação de tonsilectomia: amigdalites recorrentes (pelo critério de Paradise e abscesso 
periamigdaliano) 
● Nos casos de abscesso periamigdaliano: pode ser em vigência do abscesso 
(amigdalectomia “a quente” ) ou posterior (“a frio”). Alguns autores advogam esperar um 
segundo episódio de abscesso para indicar a cirurgia, alegando a recorrência ser de cerca 
de 30%. 
Síndrome PFAPA
● Descrita em 1987 por Marshall et al
● Cinco sintomas principais: febre periódica, estomatite, faringite e adenite cervical 
● Causa mais comum de febre periódica na infância 
● Início antes dos cinco anos de idade
● Geralmente tem resolução espontânea na adolescência, mas pode persistir na vida adulta
● Episódios a cada 3 – 8 semanas, com duração de 3 a 6 dias cada. 
● Autolimitada 
● Imunomediada com disfunção na produção de citocinas
● Pode estar relacionada aos genes NLRP3 e MEFV
● Predsim (1-2mg/kg) ou betametasona(0,1-0,2mg/kg) no início dos sintomas, por um curto 
período
● Colchicina pode ser usado como profilático em alguns casos 
● Amigdalectomia – benefício 
Faringotonsilite crônica 
● Odinofagia por mais de 3 meses
● Halitose, caseum em criptas, eritema tonsilar
● Pode ocorrer em tonsilas hipertróficas ou não
● Flora bacteriana mista 
● Presença de biofilmes
● Refluxo laringofaringeo é mais relacionado com a hipertrofia tonsilar
● Amigdalectomia 
Complicações 
Abscesso peritonsilar
● Quando a infecção acomete o espaço peritonsilar: entre a cápsula tonsilar e o músculo 
constrictor superior da faringe 
● É mais comum no polo superior 
● Pode ocorrer a ruptura espontânea com a drenagem da secreção ou extensão para o espaço 
lateral da faringe (abscesso parafaríngeo)
● Mais comum em adolescente e adultos jovens 
● Recorrência pode chegar a 30%
● Sintomas: dor intensa unilateral com irradiação para orelha, sialorreia, disfagia, voz 
anasalada, trismo, febre e calafrios, mal estar
Abscesso peritonsilar
● Exame físico: abaulamento que desloca amigdala para linha média, edema e exsudato
● Pode haver desvio da úvula 
● Tomografia cervical com contraste para diagnóstico 
● Tratamento drenagem, antibioticoterapia, analgesia
● Amigdalectomia a quente ou após “esfriar” o processo 
● Penicilina + metronidazol 
Amoxicilina clavulanato
Ceftriaxone
Ceftriaxone + clindamicina 
Abscessos cervicais 
● Quadros graves e podem evoluir com o óbito do paciente 
● Polimicrobianos
● Decorrência de infecções faringotonsilares e odontogênicas
● Podem evoluir com comprometimento de vias aéreas, sepse, mediastinite e/ou trombose 
vascular (síndrome de Lemierre)
Abscessos cervicais 
● Espaços que compreendem todo o pescoço
retrofaringeo
Danger space – da base do crânio até o mediastino posterior, no diafragma 
pré-vertebral
bainha carotídea
● Espaços supra-hioideos
mastigatório/fossa infratemporal
parafaríngeo
bucofaríngeo
parotídeo
sublingual e submandibular 
● Espaços infra-hioideos
espaço visceral 
Abscessos cervicais 
● Em crianças é mais comum serem derivados de adenotonsilites e linfadenites supuradas 
ocorrendo em região retrofaríngea e parafaríngea. 
● Nos adultos a causa odontogênica é a mais comum 
● Pacientes imunodeprimidos tem mais chance 
● Outras causas: cistos congênitos infectados (cisto tireoglosso, cisto branquial), corpo 
estranho com perfuração esofágica, mastoidite com formação de abscesso com extensão 
cervical (Bezold), linfadenite cervical, submandibulites, fasceite (angina de Ludwig). 
● Aumento de volume cervical, disfonia, dispneia 
● Odinofagia, sialorreia, trismo 
● Tratamento internamento hospitalar, hidratação, antibioticoterapia precoce de amplo 
espectro e manutenção de via aérea. Corticosteroides para diminuir o edema 
Ceftriaxona com clindamicina 
Faringotonsilites
específicas
Difteria 
● Corynebacterium diphteriae
● Rara devido a cobertura vacinal 
● Doença de notificação compulsória imediata
● Letalidade até 10%
● Atinge mais crianças abaixo dos 10 anos 
● Contato por gotículas respiratórias
● Período de incubação de 1 a 7 dias
● Odinofagia leve, febre, sinais de toxemia
● Placas pseudomembranosas aderentes em amigdalas, pilares e úvula, linfadenopatia 
cervical e submandibular
● Soro antidiftérico em ambiente hospitalar
● Penicilina ou eritromicina como medida auxiliar 
Angina de Plaut-Vincent
● Fusobacterium plautvincent (anaeróbio gram negativo) e Spirochaeta dentium (saprófita
da cavidade oral)
● Desnutrição, má higiene principalmente oral 
● Má conservação dentária 
● Lesão ulceronecrótica unilateral, recoberta por exsudato pseudomembranoso, fétida, 
disfagia e odinofagia 
● Pode não ter febre 
● Penicilina ou cefalosporina associada a metronidazol 
Herpangina
● Coxsackie tipos 2,3,4,5,6,8 e 10 ou Enterovírus 
● 1 a 7 anos 
● Transmissão fecal-oral ou disseminação respiratória
● Febre alta, odinofagia intensa, diarreia, vômitos
● 2 a 4 dias 
● Lesões hiperemiadas com vesículas ao centro principalmente em pilares, úvula e palato 
mole
● Após o rompimento das vesículas se formam úlceras rasas 
● Sintomáticos 
Angina luética
● Treponema pallidum 
● Ulceração tonsilar unilateral pouco dolorosa, endurecida a palpação
● A boca é o local extragenital mais acometido 
● Penicilina benzatina 2.400.000 UI IM 
Diagnóstico diferencial com câncer: história de tabagismo, etilismo e HPV 
Ulcerações bilaterais: leucemia e agranulocitose precisam ser investigados 
Respirador oral 
Respirador oral 
● Pode levar a distúrbios respiratórios, distúrbios fonoarticulatórios, distúrbios de deglutição 
e anomalias do desenvolvimento craniofacial 
● Principal causa de apneia do sono na infância é a hipertrofia tonsilar
● Roncos 
● Irritabilidade, terror noturno, enurese noturna
● Distúrbios de comportamento
TCHAU PESSOAL
	Slide 1: Faringotonsilites e suas complicações
	Slide 2: Caso clínico
	Slide 3: Caso clínico
	Slide 4: Caso clínico
	Slide 5
	Slide 6: Anel linfático de Waldeyer 
	Slide 7: Tonsila palatina 
	Slide 8
	Slide 9: Semiologia da cavidade oral 
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14: Faringotonsilites 
	Slide 15: Faringotonsilites virais
	Slide 16: Faringotonsilites virais
	Slide 17: Faringotonsilites bacterianas
	Slide 18: Complicações das faringotonsilites estreptocócicas
	Slide 19: Faringotonsilites estreptocócicas - diagnóstico
	Slide 20: Critérios Centor modificado 
	Slide 21: Faringotonsilites estreptocócicas – tratamento 
	Slide 22: PANDAS
	Slide 23: Faringotonsilites recorrentes 
	Slide 24: Síndrome PFAPA
	Slide 25: Faringotonsilite crônica 
	Slide 26
	Slide 27: Abscesso peritonsilar
	Slide 28: Abscesso peritonsilar
	Slide 29
	Slide 30: Abscessos cervicais 
	Slide 31: Abscessos cervicais 
	Slide 32: Abscessos cervicais 
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38: Difteria 
	Slide 39: Angina de Plaut-Vincent
	Slide 40: Herpangina 
	Slide 41: Angina luética
	Slide 42
	Slide 43: Respirador oral 
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48

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