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2 2 GRUPO SER EDUCACIONAL UNINASSAU GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA DANIELA TAVARES MOURA VALDIRENY GONÇALVES BRITO PROJETO DE PESQUISA A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: O PAPEL FUNDAMENTAL DO FISIOTERAPEUTA Palmas/TO 2024 DANIELA TAVARES MOURA VALDIRENY GONÇALVES BRITO A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: O PAPEL FUNDAMENTAL DO FISIOTERAPEUTA Projeto de Pesquisa apresentado como critério avaliativo para aprovação na disciplina TCC 1 – Trabalho de Conclusão de Curso 1, na graduação em Fisioterapia. Palmas/TO 2024 sumário 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3 1.1 Problematização.....................................................................................................4 2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................5 3 OBJETIVOS..............................................................................................................6 3.1 Objetivo Geral.........................................................................................................6 3.2 Objetivos Específicos..............................................................................................6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................7 4.1 Paralisia Cerebral...................................................................................................7 4.2 Abordagem Interdisciplinar em Reabilitação..........................................................8 4.3 Fisioterapeuta e Reabilitação................................................................................10 5 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................13 5.1 Caracterização do Estudo.....................................................................................13 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................14 REFERÊNCIAS..........................................................................................................15 1. INTRODUÇÃO A paralisia cerebral em crianças é uma condição neurológica complexa e incapacitante que afeta um número significativo de crianças em todo o mundo, inclusive no Brasil (SOUZA et al., 2023). As principais causas dessa condição no país incluem complicações durante a gravidez, parto e período neonatal, além de infecções e lesões cerebrais adquiridas após o nascimento (SANTOS et al., 2019). Esses fatores podem resultar em danos ao desenvolvimento cerebral, afetando a capacidade da criança de controlar seus movimentos e postura de forma adequada (LEONARDO et al., 2023). As consequências da paralisia cerebral vão muito além das limitações físicas, impactando profundamente na vida das crianças e de suas famílias (LESSA et al., 2021). As crianças com paralisia cerebral enfrentam desafios significativos no que diz respeito à mobilidade, comunicação, aprendizado e interação social (NUNES et al., 2019). Além disso, as famílias dessas crianças enfrentam uma série de dificuldades emocionais, financeiras e sociais ao lidar com a condição de seus filhos, o que pode resultar em estresse, isolamento e sobrecarga emocional (SOUZA et al., 2023). O processo de reabilitação é essencial para ajudar as crianças com paralisia cerebral a maximizar seu potencial de desenvolvimento e qualidade de vida (SANTOS et al., 2019). No entanto, esse processo pode ser longo, complexo e desafiador (LEONARDO et al., 2023). Envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, que trabalham em conjunto para abordar as necessidades específicas de cada criança (LESSA et al., 2021). A reabilitação inclui uma variedade de intervenções, como terapia física para melhorar a mobilidade e a função muscular, terapia ocupacional para promover a independência nas atividades diárias e terapia da fala para desenvolver habilidades de comunicação (LESSA et al., 2021). A reabilitação não apenas visa melhorar a funcionalidade física da criança, mas também tem um impacto significativo em sua qualidade de vida geral e bem-estar emocional (SOUZA et al., 2023). Ao ajudar as crianças a desenvolverem habilidades funcionais e promover a participação em atividades sociais e recreativas, a reabilitação pode aumentar a autoestima, a confiança e a independência das crianças (NUNES et al., 2019). Além disso, a reabilitação pode fornecer suporte e orientação aos cuidadores, ajudando-os a lidar com os desafios associados ao cuidado de uma criança com paralisia cerebral e melhorando sua qualidade de vida também (LEONARDO et al., 2023). 1.1 Problematização Como a colaboração entre diversas áreas, com ênfase no profissional de fisioterapia, pode impactar de maneira benéfica o curso da reabilitação de crianças com paralisia cerebral, fomentando uma abordagem global e abrangente visando aprimorar a qualidade de vida desses indivíduos? 2. JUSTIFICATIVA A colaboração entre diferentes profissionais de saúde, incluindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, é crucial para maximizar o potencial de desenvolvimento e qualidade de vida da criança com paralisia cerebral. No âmbito organizacional, destaca-se a relevância deste tema na necessidade de desenvolvimento de práticas e políticas que promovam a integração e colaboração entre os profissionais de saúde envolvidos na reabilitação infantil. Uma abordagem interdisciplinar eficaz demanda uma estrutura organizacional que facilite a comunicação e a coordenação entre os membros da equipe, assegurando uma prestação de cuidados holística e centrada na criança. Socialmente, a escolha desse tema é motivada pelo potencial impacto positivo que uma abordagem interdisciplinar na reabilitação de crianças com paralisia cerebral pode ter na sociedade. Ao promover o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional dessas crianças, não apenas se melhora suas vidas individualmente, mas também se contribui para uma sociedade mais inclusiva e justa. Investir na reabilitação precoce e interdisciplinar dessas crianças não apenas oferece a elas a oportunidade de alcançar seu pleno potencial, mas também promove a aceitação e a compreensão da diversidade funcional na sociedade como um todo. 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Analisar a importância da abordagem interdisciplinar na reabilitação de crianças com paralisia cerebral, com ênfase no papel do fisioterapeuta. 3.2 Objetivos específicos · Investigar de forma detalhada o papel específico do fisioterapeuta dentro da equipe interdisciplinar de reabilitação de crianças com paralisia cerebral, identificando suas contribuições para o desenvolvimento motor e funcional desses pacientes · Avaliar os benefícios advindos da abordagem interdisciplinar na reabilitação de crianças com paralisia cerebral, por meio da análise da eficácia da colaboração entre profissionais de distintas áreas, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, na promoção do progresso terapêutico. · Analisar a contribuição do farmacêutico na promoção de uma abordagem humanizada e centrada no paciente no contexto dos cuidados paliativos do carcinoma epidermoide. · Investigar o impacto da abordagem interdisciplinar na redução de complicações secundárias associadas à paralisia cerebral, como contraturas musculares, deformidades ortopédicas e disfunções respiratórias, visando melhorar a saúde geral e a funcionalidade das crianças. 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1 PARALISIA CEREBRAL A paralisia cerebral é uma condição neurológica resultante de um dano ou desenvolvimento anômalo no cérebro, afetando a coordenação motora e, frequentemente, outras funções corporais e cognitivas (Junior et al., 2024).Este distúrbio permanente, mas não progressivo, geralmente ocorre durante a gestação, no parto ou nos primeiros anos de vida. A prevalência da paralisia cerebral é estimada em cerca de 2 a 3 casos por 1000 nascidos vivos, tornando-a uma das causas mais comuns de incapacidade física em crianças (Cândido et al., 2024). As principais causas da paralisia cerebral incluem hipóxia perinatal (falta de oxigênio no cérebro do feto ou recém-nascido), infecções congênitas, prematuridade, complicações durante o parto, e fatores genéticos (Silva et al., 2021). Outras causas podem envolver traumas cranianos na infância ou doenças que afetam o cérebro nos primeiros anos de vida (Mimori et al., 2020). O impacto da paralisia cerebral no neurodesenvolvimento é vasto, variando de casos leves, com dificuldades motoras discretas, a formas severas, onde a mobilidade, a comunicação e as funções cognitivas estão profundamente comprometidas (Maria, 2021). Dependendo da localização e extensão do dano cerebral, os indivíduos podem apresentar diferentes tipos de paralisia cerebral, como a espástica, caracterizada por rigidez muscular e movimentos espasmódicos, a atetóide, marcada por movimentos involuntários e descontrolados, e a atáxica, que envolve problemas de equilíbrio e coordenação (Junior et al., 2024). A fisiopatologia da paralisia cerebral envolve lesões cerebrais que afetam as áreas motoras do córtex cerebral, os gânglios da base e o cerebelo. Essas lesões podem resultar em anormalidades na transmissão dos sinais nervosos que controlam os músculos, levando a deficiências no controle motor voluntário e involuntário (Serafim, 2024). Além das dificuldades motoras, a paralisia cerebral pode ser acompanhada por convulsões, problemas de visão e audição, dificuldades de aprendizagem, distúrbios do comportamento, e complicações ortopédicas, como deformidades nas articulações (Cândido et al., 2024). Os problemas causados pela paralisia cerebral não se restringem ao paciente, impactando profundamente a vida familiar (Braga, 2023). O cuidado constante que esses pacientes demandam pode resultar em estresse físico e emocional para os cuidadores, frequentemente os pais, que precisam conciliar os cuidados intensivos com outras responsabilidades diárias (Bezerra, 2023). A necessidade de tratamentos contínuos, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e, em alguns casos, cirurgias e medicações, pode ser financeiramente extenuante (Mimori et al., 2020). O impacto emocional é exacerbado pela incerteza sobre o futuro do indivíduo com paralisia cerebral, uma vez que a condição não tem cura e as melhorias estão geralmente limitadas ao manejo dos sintomas e à maximização da funcionalidade (Cândido et al., 2024). As implicações da paralisia cerebral no desenvolvimento da criança são significativas e multifacetadas. Além das dificuldades motoras, as crianças podem enfrentar barreiras na comunicação, aprendizado e interação social (Melo et al., 2020). A intervenção precoce é crucial para otimizar o desenvolvimento da criança, utilizando uma abordagem multidisciplinar que envolve educadores, terapeutas e médicos (Braga, 2023). A inclusão em atividades escolares e sociais, adaptadas às necessidades individuais, pode promover a independência e melhorar a qualidade de vida. No entanto, a dependência contínua de apoios especializados e a necessidade de adaptações podem limitar as oportunidades de desenvolvimento pleno e autonomia (Maria, 2021; Serafim, 2024). Em resumo, a paralisia cerebral é uma condição complexa que afeta o indivíduo de forma abrangente, impondo desafios significativos tanto para o paciente quanto para sua família (Junior et al., 2024). O entendimento das causas, mecanismos fisiopatológicos e impactos no desenvolvimento é essencial para a elaboração de estratégias eficazes de intervenção e apoio, visando melhorar a qualidade de vida e promover a integração social dos indivíduos afetados (Silva et al., 2021). 4.2 ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM REABILITAÇÃO A abordagem interdisciplinar na saúde refere-se à integração e colaboração entre diversas áreas de conhecimento e profissionais para promover um cuidado mais holístico e eficaz aos pacientes. Este modelo contrasta com abordagens tradicionais mais segmentadas, onde os profissionais de saúde trabalham isoladamente dentro de suas especialidades, muitas vezes sem uma comunicação efetiva entre si (Bezerra, 2023). Historicamente, a prática da medicina e da saúde era bastante unidimensional, com médicos tomando a maior parte das decisões de cuidado. No entanto, à medida que a compreensão das condições de saúde se aprofundou e se reconheceu a complexidade dos fatores que influenciam a saúde, tornou-se evidente a necessidade de uma colaboração mais estreita entre diferentes disciplinas (Silva et al., 2021). A evolução da abordagem interdisciplinar ganhou impulso significativo no século XX, especialmente com os avanços na medicina, psicologia, nutrição e ciências sociais (Maria, 2021). A partir da década de 1960, houve uma crescente conscientização sobre a importância dos determinantes sociais da saúde, o que levou à inclusão de uma gama mais ampla de profissionais no planejamento e na prestação de cuidados (Serafim, 2024). A abordagem interdisciplinar na saúde é caracterizada pela cooperação de uma equipe diversificada de profissionais, cada um trazendo sua expertise específica para o diagnóstico, tratamento e manejo dos pacientes (Bezerra, 2023). Entre os principais profissionais envolvidos estão médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e farmacêuticos (Mimori et al., 2020). Cada um desses profissionais contribui com uma perspectiva única e complementar, o que enriquece o processo de cuidado e promove melhores resultados para os pacientes (Cândido et al., 2024). Médicos e enfermeiros frequentemente lideram o cuidado clínico direto, diagnosticando e tratando condições de saúde. Psicólogos e assistentes sociais abordam os aspectos emocionais e sociais que podem influenciar o bem-estar do paciente (Maria, 2021). Nutricionistas desempenham um papel crucial na gestão dietética e na prevenção de doenças relacionadas à alimentação (Serafim, 2024). Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais ajudam na reabilitação física e na promoção de independência funcional. Farmacêuticos garantem que a farmacoterapia seja segura e eficaz, contribuindo para o manejo das medicações (Junior et al., 2024). Essa colaboração estreita é facilitada por reuniões regulares de equipe, onde os profissionais discutem casos, compartilham insights e planejam intervenções conjuntas. O objetivo é fornecer um cuidado coordenado e centrado no paciente, que reconheça e responda às múltiplas dimensões da saúde (Melo et al., 2020). A comunicação aberta e contínua é fundamental para o sucesso dessa abordagem, permitindo que cada membro da equipe entenda as necessidades do paciente de maneira abrangente e possa contribuir para um plano de cuidado integrado (Silva et al., 2021). Além dos benefícios diretos para os pacientes, a abordagem interdisciplinar na saúde também promove um ambiente de trabalho mais colaborativo e satisfatório para os profissionais (Melo et al., 2020). A troca de conhecimentos e a aprendizagem contínua entre disciplinas diferentes estimulam o desenvolvimento profissional e a inovação na prática de cuidados (Maria, 2021). Em conclusão, a abordagem interdisciplinar na saúde representa um avanço significativo na forma como os cuidados de saúde são planejados e executados (Bezerra, 2023). Ela reconhece a complexidade dos fatores que afetam a saúde e promove uma colaboração efetiva entre diversos profissionais para proporcionar um cuidado mais completo e eficaz (Silva et al., 2021). Este modelo continua a evoluir, refletindo as mudanças nas necessidades de saúde da população e os avanços nas ciências da saúde, garantindo que os pacientes recebam um cuidado que seja não apenas curativo, mas também preventivo e holístico (Junioret al., 2024). 4.3 FISIOTERAPEUTA E REABILITAÇÃO O profissional fisioterapeuta é um especialista em saúde dedicado à prevenção, diagnóstico e tratamento de disfunções do movimento humano. Sua principal função é auxiliar indivíduos na restauração, manutenção e promoção do bem-estar físico, melhorando a mobilidade e aliviando a dor por meio de técnicas e exercícios específicos (Pinto et al., 2022). Este papel é vital na reabilitação de pacientes com diversas condições, abrangendo lesões musculoesqueléticas, doenças neurológicas e cardiorrespiratórias (Peixoto et al., 2020). A atuação do fisioterapeuta na saúde ocorre em diferentes contextos, como hospitais, clínicas, centros de reabilitação, academias, lares de idosos e até mesmo em domicílios (Mileno et al., 2022). Ele trabalha com uma ampla gama de pacientes, desde recém-nascidos até idosos, abordando problemas que podem ser tanto agudos quanto crônicos. A prática fisioterapêutica baseia-se em uma avaliação detalhada do paciente, seguida pela elaboração de um plano de tratamento personalizado que visa a recuperação da função física (Cândido et al., 2024). Dentro de uma equipe interdisciplinar de saúde, o fisioterapeuta desempenha um papel essencial. Ele colabora estreitamente com médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros profissionais para garantir um cuidado holístico ao paciente (Silva et al., 2021). A comunicação e a coordenação com a equipe são cruciais para desenvolver estratégias de tratamento integradas que abordam todas as necessidades do paciente (Junior et al., 2024). Por exemplo, em um cenário de reabilitação pós-acidente vascular cerebral (AVC), o fisioterapeuta trabalha com o neurologista para entender a extensão do dano neurológico e colabora com o terapeuta ocupacional para melhorar as atividades diárias do paciente (Mimori et al., 2020). As ferramentas utilizadas pelo fisioterapeuta são variadas e adaptadas às necessidades específicas de cada paciente (Peixoto et al., 2020). Entre as principais estão os exercícios terapêuticos, que incluem uma variedade de movimentos e atividades projetadas para fortalecer músculos, melhorar a flexibilidade, aumentar a resistência e corrigir padrões de movimento (Melo et al., 2020). Estes exercícios são fundamentais na recuperação de lesões musculoesqueléticas e na reabilitação pós-cirúrgica. Além disso, a terapia manual envolve técnicas como a mobilização articular e manipulação, alongamento de tecidos moles e massagem, que são empregadas para aliviar a dor, melhorar a circulação e aumentar a mobilidade (Bezerra, 2023). Outra ferramenta importante é a eletroterapia, que utiliza correntes elétricas para aliviar a dor, reduzir inflamações e promover a recuperação muscular (Mileno et al., 2022). A termoterapia e crioterapia, que envolvem o uso de calor e frio, respectivamente, são empregadas para reduzir a dor e a inflamação, facilitando o processo de reabilitação (Junior et al., 2024). Equipamentos de alta tecnologia, como ultrassom terapêutico e laser, são frequentemente utilizados para tratar tecidos profundos e promover a cicatrização (Silva et al., 2021). A hidroterapia, que envolve exercícios realizados na água, é especialmente útil para pacientes com limitações de mobilidade, pois a flutuação reduz a carga sobre as articulações, permitindo movimentos mais livres e menos dolorosos (Peixoto et al., 2020). Técnicas de reeducação postural global (RPG) e pilates são utilizadas para melhorar a postura, equilíbrio e coordenação, essenciais para a prevenção de lesões e manutenção da funcionalidade (Mimori et al., 2020). Em resumo, o fisioterapeuta é um profissional de saúde fundamental na reabilitação e promoção do bem-estar físico dos pacientes. Sua atuação, baseada em uma abordagem personalizada e integrada, e o uso de uma ampla gama de ferramentas terapêuticas, são essenciais para a recuperação funcional e melhoria da qualidade de vida dos pacientes (Mileno et al., 2022). O trabalho em equipe interdisciplinar e a comunicação eficaz com outros profissionais de saúde garantem um cuidado abrangente e centrado no paciente, refletindo a importância deste profissional no contexto da saúde moderna (Bezerra, 2023). 5 MATERIAIS E MÉTODOS 5.1 Caracterização do Estudo O trabalho de conclusão de curso é uma revisão bibliográfica que não inclui metanálise e adota uma abordagem mista, integrando aspectos quantitativos e qualitativos. A pesquisa foi realizada utilizando bases de dados online, como Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico, Cochrane Library, National Library of Medicine e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados três descritores, com as buscas realizadas combinando dois descritores por vez, utilizando a conjunção booleana "AND". Os descritores empregados foram: Assistência de Fisioterapeutas, Reabilitação e Paralisia Cerebral. No processo de seleção, foram excluídas teses e monografias de graduação, mestrado e doutorado. Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados entre 2019 e 2024, disponíveis gratuitamente e na íntegra, em português, inglês e espanhol. Foram considerados artigos originais e de revisão publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais, além de livros escritos por pesquisadores reconhecidos na área. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A paralisia cerebral é uma condição neurológica complexa, resultante de danos no cérebro antes, durante ou após o nascimento, afetando a coordenação motora e outras funções corporais e cognitivas. Com uma prevalência de cerca de 2 a 3 casos por 1000 nascidos vivos, é crucial abordar essa condição de forma abrangente. As principais causas incluem hipóxia perinatal, infecções congênitas e prematuridade, enfatizando a importância dos cuidados neonatais e intervenções precoces. As lesões cerebrais, que impactam áreas motoras, resultam em dificuldades motoras e comorbidades como convulsões e problemas de visão, audição e aprendizado. A reabilitação de pacientes com paralisia cerebral requer uma abordagem interdisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais. Esta colaboração melhora os resultados para os pacientes e promove um ambiente de trabalho satisfatório para os profissionais. O fisioterapeuta, essencial nesta equipe, atua na prevenção, diagnóstico e tratamento de disfunções do movimento, ajudando na recuperação e promoção do bem-estar físico. Utilizando ferramentas como exercícios terapêuticos, terapia manual, eletroterapia, termoterapia, crioterapia, ultrassom terapêutico, laser, hidroterapia, RPG e pilates, o fisioterapeuta adapta suas técnicas às necessidades específicas de cada paciente. Em conclusão, a paralisia cerebral demanda uma abordagem interdisciplinar coordenada para atender às necessidades complexas dos pacientes, com o fisioterapeuta desempenhando um papel crucial na reabilitação e melhoria da qualidade de vida, refletindo a importância da colaboração na saúde moderna. REFERÊNCIAS ALMEIDA LESSA, A. V.; SANTOS PIGNATA, G.; CARVALHO PARRY, D. Estimulação neurossensorial e o seu impacto na vida de pacientes com paralisia cerebral. Revista Neurociências, v. 29, p. 1–22, 2021. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/12646. Acesso em: 28 de março de 2024; BEZERRA, L. Abordagem do fisioterapeuta em crianças com espectro autista. 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