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Carboxiterapia e Eletrolipólise
Lina da Silva Correia 
Especialista em Docência para Educação Especializada/FATEC/RJ 
Especializada em Fisioterapia Dermato Funcional/FRASCE/RJ 
Graduada em Estética e Cosmetologia, Aromaterapeuta e Terapeuta Capilar/UNISUAM/RJ
Docente UNISUAM/RJ
Docente Pós - Graduação UNIGRANRIO E VEIGA/RJ
Definição:
Do ponto de vista das disfunções dermatológicas e
estéticas. A carboxiterapia é uma técnica que
caracteriza-se pelo uso terapêutico do gás carbônico
medicinal com 99,9% de pureza administrado de
forma subcutânea (percutânea) tendo como objetivo
uma vasodilatação periférica e melhora da
oxigenação tecidual (Scorza e Borges, 2008)
Professora Lina Correia
Carboxiterapia
AWL
Professora Lina Correia
Histórico
- França década de 30
- Difundiu-se na Europa década de 50
• Tratamento de arteriopatias periféricas
• Insuficiência venosa – flebopatias
• Úlceras dos membros inferiores
• Psoríase
• Outros
Professora Lina Correia
Carboxiterapia
Administração intradérmica ou subdérmica de anidro
carbônico medicinal (CO2 puro) para fins
terapêuticos.
Vantagens:
• Segurança
• Eficácia (artigos + evidências clínicas)
• Fácil aplicação
• Baixo custo operacional
Professora Lina Correia
• Dióxido de carbono medicinal padrão USP
• Principais características:
✓ Inodoro 
✓ Gás liquefeito
✓ Não inflamável
✓ Atóxico
✓ Pureza mínima 99,99%
✓ Sinônimo: gás carbônico 
Cilindro: Fixo no gabinete ou na parede 
Professora Lina Correia
Transporte de O2 / Transporte de CO2 – Mudança pH
Hemácia
O2 está sempre ligado à Hemácia – ligação fraca
Tem afinidade com íon ferro
Professora Lina Correia
Professora Lina Correia
Hemácia é a célula q contém as Hemoglobinas, que são proteínas que
transportam o oxigênio. A hemoglobina possui moléculas de Ferro, que
quando se ligam com o oxigênio oxidam, ficando com a cor vermelha
característica (cor de ferrugem!)
Hemácia - Célula normal do sangue dos animais vertebrados, sem
núcleo, responsável pelo transporte de oxigênio durante o processo de
respiração;
Hemoglobina - Proteína que apresenta ferro na sua composição,
presente nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias) dos animais
vertebrados, responsável por transportar oxigênio e nutrientes até às
células do organismo: é a hemoglobina que confere ao sangue a sua cor
vermelha.
Efeitos fisiológicos
•Vasodilatação local (vasocapilaroscopia)
•Aumento de fluxo sanguíneo (dopperfluxuometria laser) 
•Hipercapnia local-acidose
•Aumento da PO2
(PO2 - Pressão de oxigênio dentro das artérias)
•Carbolipólise
•Ação no Tecido Conjuntivo 
Professora Lina Correia
•Efeito Bohr
Professora Lina Correia
O mecanismo de ação do gás carbônico é, sobretudo, na
microcirculação vascular do tecido conectivo,
promovendo uma vasodilatação e um aumento da
drenagem veno-linfática.
Com a vasodilatação, melhora-se o fluxo de nutrientes,
entre eles, as proteinases necessárias para remodelar os
componentes da matriz extracelular e para acomodar a
migração e reparação tecidual (PARASSONI; VARLARO,
1997).
Professora Lina Correia
Efeitos Fisiológicos
Estímulo Circulatório Sanguíneo
• A lesão provocada pela agulha e a introdução do gás irá desencadear
um processo inflamatório com o propósito de reconstituir o tecido
lesado e promover uma cicatrização.
• Como consequência ao processo de reparação temos uma angiogênese
e fibronogênese.
• No local onde o gás é introduzido ocorre um aumento do calibre
vascular e, com isso, um aumento do fluxo sanguíneo.
• O CO2 irá promover uma vasodilatação seguida de uma hiperemia, que
aparece logo após a aplicação.
Professora Lina Correia
Ação Bioquímica
• O gás carbônico é um catalizador de todos os processos bioquímicos do
nosso organismo.
• É um potente vasodilatador, ocasionando aumento do fluxo sanguíneo
no local de sua aplicação. Ocorre um aumento de 56% de oxigênio na
região submetida ao tratamento.
• A infusão do gás promove a liberação de algumas substâncias como
bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina.
• Essas substâncias, segundo alguns relatos, atuam nos receptores B-
adrenérgico promovendo desta forma a hidrólise dos triglicerídeos.
Professora Lina Correia
Carbolipólise
• Aumento do AMPc (por meio da ação do CO2, ativando a Adenilciclase, resulta numa ação
lítica sobre o tecido adiposo. )
• De acordo com a velocidade ou fluxo com que o gás penetra na pele,
ele promove ruptura das células gordurosas.
Lipólise é a transformação dos triglicerídeos
(gordura) em glicerol e ácidos graxos livres
TG GLICEROL + AGL 
hidrólise 
Lina Correia
ATP AMPc AMP 
Lipólise: “controlada” pela quantidade de AMPc tecidual.
AMPc: quanto maior a concentração de AMPc tecidual maior será a lipólise.
O adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em quilomícrons. Estes
quilomícrons entram na circulação venosa e são eliminados na periferia pela hidrólise do
triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína lípase (LPL).
A hidrólise do triacilglicerol armazenado é ativada pelos hormônios lipolíticos (Adrenalina
e Noradrenalina) que por sua vez ativam a Adenil-ciclase, para formar AMP cíclico (AMPc)
que irá ativar a lípase-hormônio-sensível na hidrólise do triacilglicerol para então liberar
ácidos graxos livres e glicerol do adipócito e caírem na circulação capilar.
Adenilato-
ciclase
Lipólise 
Fosfodiesterase
Professora Lina Correia
Ação no tecido Conjuntivo
• Ocorre um trauma mecânico ocasionado pela agulha e pela entrada do
gás promovendo um processo inflamatório e todas as etapas inerentes a
ele.
• Como consequência teremos proliferação dos fibroblastos com posterior
síntese do colágeno, elastina e vasos sanguíneos.
• Verificamos o aumento da vascularização e aumento da síntese de
colágeno
• Técnicas de Aplicação
• O efeito terapêutico da carboxiterapia depende do local anatômico onde
vai ser aplicado o gás carbônico.
Professora Lina Correia
• Em um estudo com ratos, os mesmos foram divididos em
dois grupos: um com ratos jovens e outro com ratos velhos.
• Os ratos velhos fizeram uso do gás carbônico e verificou-se
que as fibras de colágeno dos ratos velhos estavam
similares as dos ratos jovens, ocorrendo um aumento de
fibras de colágeno no grupo de ratos velhos (FERREIRA;
HADDAD; TAVARES, 2008).
Observações
Professora Lina Correia
• O cliente deverá adotar uma posição confortável com a área a ser
tratada exposta e livre.
• Deve-se realizar a antissepsia com álcool 70% ou solução alcóolica
com Clorexidine 0,5%.
• É comum perder o corte da agulha durante o procedimento. Caso
isso ocorra a indicação é a troca da agulha.
• Se a pele estiver esfoliada a introdução da agulha será mais
funcional.
Professora Lina Correia
• Quanto ao volume de gás injetado, este gira em torno de 600ml a 1
litro, podendo atingir 3.000ml em casos de grandes depósitos de
gordura.
• Um volume de 80ml/min e 150ml/min é o ideal para promover a
lipólise e estímulo para a formação de tecido conjuntivo, e o volume
de gás deve ser o mínimo até visualizar uma distensão da pele,
sempre respeitando a dor do cliente.
Professora Lina Correia
• A profundidade de aplicação do gás carbônico depende
da finalidade do procedimento. Aplicações percutâneas
buscam normalmente a oxigenação, vasodilatação, e
produção de colágeno na pele; mas nas áreas mais
profundas como afecções no tecido adiposo, e também
em comprometimentos musculoesqueléticos e doenças
de caráter reumático obrigam o uso do gás em maiores
profundidades.
Professora Lina Correia
Encontramos na literatura a divisão dos planos de aplicação da
carboxiterapia em:
1. Superficial (Mesoepidérmico),
2. Médio (Dérmico) e
3.Profundo (Hipodérmico);
Ou ainda em:
1. Dérmico Superficial (Mesocarboxi),
2. Dérmico Profundo (Descolamento) e
3. Subcutâneo (Clássico).
✓ O primeiro plano tem como objetivo aumentar a oxigenação
(potencialização do Efeito Bohr) e vasodilatação;
✓ O segundoplano objetiva o aumento da produção de colágeno e
✓ O terceiro plano tem como objetivo estimular a lipólise (degradação
dos triglicerídeos).
Professora Lina Correia
Planos de Aplicação
• Plano mesoepidérmico- é realizado de maneira que só o bizel voltado
para cima é introduzido na pele do cliente, onde promovemos um
eritema intenso para a remodelação do colágeno e reestruturação das
estrias. Angulação da agulha de 5°.
• Plano dérmico ou deslocamento- a agulha é introduzida em uma
angulação de 25° para atingir a camada desejada.
❖ Nessa camada teremos formação de novo colágeno. Indicado para áreas
onde o objetivo é retração de pele.
➢ Plano para meso carboxi;
➢ Plano para tto de flacidez.
Professora Lina Correia
• Plano hipodérmico- é a introdução da agulha no camada hipodérmica da
pele. Neste caso a agulha é introduzida diretamente na camada adiposa.
Aqui, inclinamos a agulha em um ângulo de 90° para o plano hipodérmico
profundo e 45° para FEG e plano hipodérmico superficial.
❖ O intuito desse plano de aplicação é a lipólise e desfibrosagem profunda.
http://www.proffabioborges.com.br/wp-content/uploads/2015/03/vasos_fb.jpg
http://www.proffabioborges.com.br/wp-content/uploads/2015/03/plano_fb.jpg
Carboxiterapia
Professora Lina Correia
Professora Lina Correia
Distensão tecidual 
Professora Lina Correia
Professora Lina Correia
-12 mulheres
-20 a 35 anos
-IMCintersticial visando uma diminuição do
edema instalado. Temos aqui, tanto o efeito de vaso
dilatação pela ativação da microcirculação, como
também a ação anti-inflamatória pela reabsorção dos
metabólitos.
Professora Lina Correia
• Onda C – esta forma de onda tem freqüência de 10
Hertz, atua diretamente sobre o adipócito pela
estimulação elétrica das terminações do sistema
neurovegetativo simpático. Esta estimulação agirá de
forma a desencadear uma liberação do AMP cíclico
intra adipocitário.
• Os adipócitos das regiões envolvidas no processo
celulítico assume uma atitude estática, segundo
Parienti, e esta forma de onda fará com que haja uma
excitação celular.
Professora Lina Correia
• Incrementando o aumento na produção do AMP cíclico à
produção dos produtos da degradação dos lipídios.
• A ação direta desta forma de onda se dá diretamente sobre
os receptores Beta determinantes da ativação do AMP cíclico
que estimulará a lípase inativa tornando-a que liberará o
triglicéride sob forma de ácido e glicerol.
Professora Lina Correia
• Onda D – esta onda tem a característica de
estimulação direta muscular, sendo que a
freqüência de trabalho deve ser direta para o
músculo, ou seja de 5 Hertz, e pode ser usada no
final do tratamento para que através da
estimulação muscular tenhamos uma via a mais de
eliminação dos produtos oriundos da lipólise –
eliminação de gordura.
Professora Lina Correia
• Método de aplicação
• Com agulhas: método de aplicação onde temos a
colocação de agulhas de aço inoxidável, com 0,3 mm
de diâmetro e, em geral, 7 a 15 cm de comprimento
distribuídas aos pares, distanciadas entre si, com no
máximo 5 cm de distância entre elas.
Professora Lina Correia
Professora Lina Correia
• Sem agulhas: esta aplicação é feita por elétrodos de
silicone condutivo, de baixíssima resistência intrínseca,
obedecendo o mesmo distanciamento, ou seja, colocadas
aos pares, com distanciamento de 5 a 6 cm.
• Deve se pôr um gel condutivo, sem princípios ativos,
como cânfora e mentol, dispondo em regiões de acumulo
de gordura, visando saturar pelo número de elétrodos.
Professora Lina Correia
• Este método, exemplificado abaixo nas fotos, além da
praticidade, temos uma avaliação direta positiva no
decorrer das sessões.
Professora Lina Correia
Professora Lina Correia
• Discussão do método
• Oliva mostra em seu estudo de dosagem de AMP
cíclico, que em 10 pacientes submetidas a aplicação
na região trocantérica (culote), tendo sido
incrementada a lipólise em 8 das 10 pacientes.
Professora Lina Correia
ATP AMPc
Adenilato-
ciclase
Lipólise 
• Discussão do método
• No entanto Dang-Vu-Nguyen e Parienti optaram pela
análise de glicerol urinário na análise laboratorial de urina
de 24 horas, onde ficou demonstrado que após a 6ª
aplicação a um expressivo aumento na eliminação do
glicerol urinário.
Professora Lina Correia
• Se fizermos um paralelo entre a efetividade dos dois,
com certeza o método com agulhas apresenta uma
melhor efetividade e rapidez nos resultados
apresentados, sendo que nas aplicações sem agulhas
temos a necessidade de até 3 vezes mais sessões
para obter 70% a 80% do êxito da aplicação com
agulhas.
Professora Lina Correia
• Devemos levar em consideração que, quando aplicamos
o equipamento com a opção de agulhas, as intensidades
máximas de aplicação chegam a 20mA, enquanto que
para aplicação sem agulhas chegamos a 40mA, isto em
função de termos a necessidade de vencer a resistência
intrínseca da pele. Com isto temos que ter em mente
que a corrente terá de ser dosada de acordo com a
tolerância da cliente, sem que haja sensação incômoda e
apenas uma parestesia – formigamento.
Professora Lina Correia
• Contra indicações:
✓pacientes com lesões na pele.
✓ pacientes com tumoração de natureza maligna.
✓ pacientes em tratamento com corticóides e 
progesterona prolongados.
✓ pacientes com mioma uterino.
✓Implantes metálicos: órteses, próteses ou fios. 
Professora Lina Correia

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