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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO DO 
SUS
SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
Livro Eletrônico
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Natale Souza
SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Sumário
Sistema Único de Saúde (SUS) – Princípios, Diretrizes, Estrutura e Organização ............3
1. O que É o Sistema Único de Saúde – SUS? ..................................................................3
1.1. Por que Sistema Único? ............................................................................................4
1.2. Qual é a Doutrina do SUS? .......................................................................................5
1.3. Quais São os Princípios que Regem a Organização do SUS? ....................................17
1.4. O Financiamento do SUS ........................................................................................ 19
1.5. Fundamentação Legal ............................................................................................22
1.6. Planejamento no SUS ............................................................................................ 28
Questões de Concurso ..................................................................................................39
Gabarito ...................................................................................................................... 48
Gabarito Comentado .....................................................................................................49
Referências ..................................................................................................................64
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) – PRINCÍPIOS, 
DIRETRIZES, ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
1. O que É O SiStema ÚnicO de SaÚde – SuS?
Antes da criação do SUS, a saúde era excludente, não havia atendimento para todos 
aqueles que necessitavam, o governo prestava apenas algumas ações pontuais, conforme 
nos conta Brasil (2011):
Até a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, o Ministério da Saúde, apoiado por Estados e 
Municípios, desenvolveu basicamente ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, 
merecendo destaque as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação na área de 
assistência à saúde ocorreu por meio de alguns poucos hospitais especializados, além da ação da 
Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública – FSESP em regiões específicas do país.
Além disso, a pequenas ações assistenciais desenvolvidas pelas entidades filantrópicas, 
não eram vistas como direito do cidadão e sim como caridade.
O caráter da assistência à Saúde, possuía um cunho contributiva e estava estritamente vin-
culada à previdência, logo, a população era dividida em previdenciários e não previdenciários.
E assim a assistência à Saúde no Brasil se manteve excludente, havendo algumas melho-
rias, mas nunca gratuidade e universalidade no atendimento. até que a partir das reivindicações 
de diversos setores, que buscavam reformas para melhoria nas condições de vida da popula-
ção, começou a surgir também o movimento chamado de Reforma Sanitária, que culminou na 
VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986 e que serviu como base filosófica para a 
determinação dos Princípios e Diretrizes do SUS, adotados pela Constituição a partir de 1988.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que pela primeira vez, traz uma 
seção inteiramente dedicada ao setor Saúde, todos os cidadãos passam a ter o seu direito à 
Saúde garantido pela Legislação, de forma gratuita e integral.
Para Brasil (1990), o SUS é uma nova formulação política e organizacional para o reor-
denamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS 
não é o sucessor do INAMPS nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde 
que está em construção.
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Obs.: � Esclarecendo: de acordo com a FIOCRUZ, o Inamps se constituía como a política 
pública de saúde que vigorava antes da criação do SUS e foi extinto pela lei federal 
8.689, em 1993. O antigo Instituto era responsável pela assistência médica aos traba-
lhadores que contribuíam com a previdência social. Os setores da população que não 
faziam esta contribuição não podiam acessar estes serviços.
 � O Decreto n. 94.657, de 20 de Julho de 1987, afirma que o Programa de Desenvol-
vimento de Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde nos Estados (SUDS), 
nasce com o objetivo de contribuir para a consolidação e o desenvolvimento qualita-
tivo das ações integradas de saúde. As AIS, embora tenham desempenhado um papel 
reconhecidamente importante no avanço da assistência à saúde no BRASIL, ainda 
estavam longe de representar um sistema includente e universal de atendimento.
 � O SUS não é sucessor do INAMPS nem do SUDS, trata-se de um sistema completa-
mente moldado de acordo com os anseios e necessidades sociais. Observem que se 
trata de um sistema em processo contínuo de adequação à realidade social existente. 
É O PRIMEIRO SISTEMA TOTALMENTE INCLUDENTE.
queStãO 1 (QUESTÃO INÉDITA/2018) O sistema Único de Saúde veio para reordenar os ser-
viços e ações de saúde. Sendo ele o sucessor do INAMPS.
Errado.
É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações 
de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS nem 
tampouco do SUDS.
1.1. POr que SiStema ÚnicO?
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o 
território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, 
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estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que 
significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. 
Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, às atividades de 
promoção, proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 1990).
Ainda de acordo com o autor supracitado, o SUS não é um “serviço” ou “instituição” trata-se 
de um sistema (conjunto de instituições, serviços e ações que interagem para um fim comum 
e bem-estar social)
1.2. qual É a dOutrina dO SuS?
Com base na Constituição de 1988 a construção do SUS se norteia pelos seguintes 
princípios doutrinários:
• Universalidade – é a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer 
cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os ser-
viços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é 
direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal (LUCIETTO, 2011).
SAÚDE UNIVERSAL E IGUALITÁRIA!
• Equidade – é assegurar açõespor quaisquer meios e a qualquer título,
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A Programação Anual de Saúde (PAS) é o instrumento que operacionaliza as intenções 
expressas no Plano de Saúde e tem por objetivo anualizar as metas do Plano de Saúde e pre-
ver a alocação dos recursos orçamentários a serem executados.
A programação tem como proposito trazer para o curto prazo, as definições do plano de saú-
de que são definidas para um horizonte de 4 anos, nesse sentido a programação anualiza 
essas diretrizes.
Sem sombra de dúvida é o instrumento de planejamento mais operacionalizador, ou seja, traz 
os prazos, os recursos e os atores envolvidos para a execução das ações previstas no plano 
de saúde, em cada esfera de governo.
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QUESTÕES DE CONCURSO
queStãO 1 (VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/2019) Saúde é um direito de cidadania 
de todas as pessoas, e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e 
serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, 
ou outras características sociais ou pessoais.
(Ministério da Saúde. http://portalms.saude.gov.br/ sistema-unico-de-saude/ principios-do-sus)
O texto se refere ao princípio dos Sistema Único de Saúde (SUS) denominado
a) regionalização.
b) universalidade.
c) centralização.
d) integralidade.
e) equidade.
queStãO 2 (UFSC/UFSC/2019) Com relação aos princípios do Sistema Único de Saúde 
(SUS), assinale a alternativa correta.
a) Universalidade do acesso, igualdade da assistência e autonomia.
b) Centralização, equidade e participação popular.
c) Integralidade da assistência, complexidade no acesso e universalidade da atenção.
d) Participação popular, estabelecimento de prioridades e autonomia.
e) Equidade, universalidade do acesso e integralidade da assistência.
queStãO 3 (VUNESP/IPREMM-SP/2019) A Política Nacional de Saúde LGBT (Lésbicas, 
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros) norteia e legitima as necessidades 
e especificidades de uma população, e sua formulação seguiu as diretrizes de governo ex-
pressas no Programa Brasil sem Homofobia. Essa atenção diferenciada a uma determinada 
população específica visa ao atendimento de um dos princípios do SUS, qual seja,
a) universalidade.
b) equidade.
c) descentralização.
d) participação da comunidade.
e) integralidade.
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queStãO 4 (VUNESP/TJ-SP/2019) Texto associado
DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça
Por Carolina Dantas, G1
26.10.2018
O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos disponíveis de graça no BRASIL, com eficá-
cia superior a 99%. No Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos implementam nas Unida-
des Básicas de Saúde (UBS) e em hospitais públicos, sem nenhum tipo de custo.
O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal. Ele é disponibilizado em Unidades 
Básicas de Saúde e hospitais com atendimento ginecológico. Pode ser colocado desde a ado-
lescência até a menopausa. É importante pesquisar na internet a UBS mais próxima da sua 
casa e ligar para descobrir se o procedimento está disponível.
Após encontrar a unidade mais próxima que coloca o dispositivo, a paciente precisa ir até o 
local. Os médicos recomendam a participação em um grupo de planejamento familiar. Ele não 
é obrigatório, mas é importante para conhecer todos os métodos anticoncepcionais disponí-
veis e entender se o perfil condiz com o DIU, por exemplo.
“A gente imagina que conhece os métodos, mas a gente não conhece. Existem muitos mitos, 
fantasias relacionadas a vários métodos anticoncepcionais. Então é importante a paciente 
ouvir e poder avaliar qual é a melhor opção para o momento de vida dela”, disse a ginecolo-
gista Cristina Guazzeli.
Se a pessoa passou pelo grupo, será encaminhada para uma consulta com o médico gine-
cologista disponível no local. Se não teve interesse em participar, a marcação poderá ocorrer 
pessoalmente na UBS ou hospital.
(https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/10/26/diu-no-sus-5-passospara-conseguir-colocar-o-dispositivo-
-de-graca.ghtml. Acesso em 17.11.2018. Adaptado)
De acordo com o estabelecido pela Lei n. 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências, o relato apresenta uma situação em que, está sen-
do atendida, entre outros princípios, a diretriz do SUS de
a) participação esclarecida.
b) livre escolha.
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c) individualidade.
d) universalidade.
e) beneficência.
queStãO 5 (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/2019) Uma família de São Paulo recebeu 
um amigo vindo da Austrália para passar as festas de final de ano aqui no Brasil. Após a ceia, 
o australiano começou a passar mal, tendo sido necessário levá-lo a um serviço de saúde 
público para atendimento médico. Nessa situação, qual princípio do SUS foi atendido?
a) Da integralidade.
b) Da equidade.
c) Da regionalização.
d) Da hierarquização.
e) Da universalidade.
queStãO 6 (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/2019) A respeito dos serviços 
privados de assistência à saúde, nos termos da lei n. 8.080/1990, assinale a alternativa correta.
a) Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação exclusiva, so-
mente por iniciativa própria, no uso de suas atribuições e dentro das regras de universalização 
da saúde, de profissionais liberais, independentemente de estarem legalmente habilitados, e de 
pessoas jurídicas de direito privado ou público, na promoção, proteção e recuperação da saúde.
b) Exigem autorização expressa do poder público, que deverá conceder tal serviço por meio 
de licitações, por se tratar de dever exclusivo do Estado promover serviços dessa natureza.
c) É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assis-
tência à saúde, salvo por meio de doações de organismos internacionais vinculados à Organiza-
ção das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimo.
d) Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema 
Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas 
e os instrumentos que forem firmados.
e) Serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do 
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições paraseu funcionamento.
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queStãO 7 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) A Lei n. 141/2012 
reforça o papel avaliador do Conselho de Saúde, preconizado na Constituição Federal e na Lei 
n. 8.142/1990. Os Conselhos de Saúde devem avaliar alguns instrumentos que se referem à 
execução das ações e serviços de saúde, no âmbito do SUS, dentre os quais incluem-se,
a) o Plano de Saúde, a Programação Anual de Saúde, o Resultado da Execução Orçamentária 
e Financeira e o Relatório de Gestão.
b) o Plano de Saúde, a Relação dos Recursos Humanos Contratados e o Relatório de Gestão.
c) o Relatório de Gestão, a Lista das Notas de Empenho das Ações e Serviços de Saúde e o 
Resultado da Execução Orçamentária e Financeira.
d) o Plano Plurianual, a Programação Anual de Saúde e o Relatório de Gestão.
e) a Lista de Emissão das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), o Plano de Saúde e o 
Relatório de Gestão.
queStãO 8 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) O planejamento no 
Sistema Único de Saúde é uma função gestora que, além de requisito legal, é um dos meca-
nismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do SUS. Para 
tanto, o Decreto n. 7.508 de 2011 veio reforçar esse processo de planejamento da saúde sendo 
ascendente e integrado, do nível local até o federal, considerando os respectivos Conselhos 
de Saúde. Diante disso, para esse processo de planejamento exige-se:
a) Realizar o planejamento da saúde em âmbito estadual devendo ser respeitados os aspec-
tos centralizados da política do governo, a partir das necessidades dos seus órgãos estadu-
ais, não incluindo as necessidades dos municípios.
b) Elaborar planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes 
federativos, devendo conter metas de saúde e, ainda considerar, os serviços e as ações pres-
tados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS.
c) Pactuar as etapas do processo e os prazos dos planejamentos municipais em consonância 
apenas com o planejamento nacional, considerando as decisões da Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT).
d) Formular o Mapa da Saúde para contribuir, essencialmente, na identificação das doenças, 
a fim de orientar o planejamento flexível dos entes federativos.
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e) Seguir as diretrizes do Conselho Nacional de Saúde observadas para a elaboração dos pla-
nos de saúde, de acordo com as características assistenciais da rede de Câncer nos municípios.
queStãO 9 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) A regionalização e hierarquização do 
Sistema Único de Saúde (SUS) são definidas pelo art. 198 da Constituição Federal de 1988. 
No processo de organização das regiões de saúde, uma das dificuldades diz respeito às ca-
racterísticas geográficas do território nacional. O estado do Amapá apresenta duas regionais 
de saúde com diversas disparidades de acesso, com vastas áreas abrangidas por Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas e com vazios assistenciais importantes. O Decreto no 7.508, 
de 2011, busca equacionar dificuldades como estas, com vistas a assegurar a integralidade 
da assistência, por meio de:
a) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), com novos arranjos tecnológicos 
em saúde com vistas à elaboração de planos regionais de saúde.
b) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), na tentativa de fixar pro-
fissionais de saúde em todos os municípios de acordo com sua capacidade instalada.
c) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), com a instauração das 
Comissões Intergestores Regionais (CIR) com intuito de articularem os gestores na constru-
ção dos sistemas regionais.
d) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de garantir se-
gurança jurídica na relação interfederativa constitutiva de uma região de saúde e de suas 
responsabilidades.
e) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de estabelecer um 
plano de metas sobre quantidade de procedimentos a serem alcançados em cada município 
de acordo com seus consórcios intermunicipais.
queStãO 10 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Um dos grandes problemas que as 
gestões públicas encontram na execução orçamentário-financeira do Sistema Único de Saúde 
(SUS) é caracterizar o que são “ações e serviços de saúde”. Santos (2014) argumenta que a 
legislação deveria ocupar-se em definir melhor essa categoria, haja vista que muitos gestores 
aplicam os recursos da saúde nos seus “determinantes/condicionantes”, e não nas ações 
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de saúde propriamente ditas. Assim, a Lei n. 141/2012 foi elaborada com essa preocupação. 
Esta lei, exclui do elenco de “ações e serviços públicos de saúde” as despesas realizadas com:
a) O desenvolvimento científico e tecnológico e o controle de qualidade promovidos por insti-
tuições vinculadas direta ou indiretamente ao SUS.
b) A remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade cujas ações incluem os 
encargos sociais.
c) As capacitações e treinamentos do pessoal de saúde de instituições vinculadas direta ou 
indiretamente ao SUS.
d) As ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e impres-
cindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde.
e) O pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive de servidores da saúde.
queStãO 11 (CESPE/FUB) A respeito do planejamento em saúde, formulação e implementação 
de políticas públicas no âmbito do SUS, julgue os itens que se seguem.
No plano de saúde, instrumento referencial do PlanejaSUS, está definido o que se deseja alcan-
çar no período de quatro anos, a partir da análise situacional de saúde da população e da res-
pectiva gestão do SUS, assim como da viabilidade e exequibilidade técnica, financeira e política.
queStãO 12 (FUNCERN/IF-RN/2015) sobre o Sistema Único de Saúde (SUS),
a) os instrumentos de planejamento do SUS (PlanejaSUS) são o Plano de Saúde (PS), a Pro-
gramação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG).
b) a Região de Saúde deve, para ser instituída, conter, no mínimo, ações e serviços de atenção 
primária, urgência e emergência, atenção psicossocial e atenção obstétrica e neonatal.
c) a direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) controla e fiscaliza os procedimentos 
dos serviços privados de saúde.
d) os representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público podem ser membros dos 
Conselhos de Saúde.
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queStãO 13 (IPAD/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2010) O funcionamento do Sistema de Pla-
nejamento do SUS tem por base a formulação e/ou revisão periódica de quais instrumentos?
a) Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão.
b) Programação Pactuada Integrada, Plano de Saúde e Relatório Anual de Gestão.
c) Plano Plurianual, Programação Anual de Saúde e Programação Pactuada Integrada.
d) Plano de Saúde, Relatório Anual de Gestão e Plano Plurianual.
e) Programação Anual de Saúde, Programação Pactuada Integrada e Plano Plurianual.
queStãO 14 (ESAF/MPOG/2012) Sobre o Plano de Saúde é correto afirmar:
a) é instrumento referencial no qual devem estar refletidas as necessidades e peculiaridades 
próprias de cada esfera, configurando-se como a base para a execução, o acompanhamento, 
a avaliação e a gestão do sistema de saúde.
b) tem como bases legais para sua elaboração a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Or-
çamentária Anual.
c) sua estrutura formal deve explicitar a análise dos resultados obtidos na execução (física, 
orçamentária e financeira) de cada programa apresentado.
d) define as ações que, em seu período de vigência, irão garantir o alcance dos objetivos e o 
cumprimento das metas do Relatório Anual de Gestão.
e) é o instrumento que regula os repasses e transferências financeiras do Fundo Nacional de 
Saúde para os estados e municípios.
queStãO 15 (CESPE/TRT – 8ª REGIÃO/2016) Assinale a opção que apresenta corretamente 
o conceito do princípio da integralidade da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
a) Priorização da oferta de ações e serviços aos segmentos populacionais que enfrentam 
maiores riscos de adoecer e morrer em decorrência da desigualdade social.
b) Ações de promoção, recuperação e reabilitação da saúde e prevenção de riscos, com 
garantia de continuidade do atendimento na rede de serviços de saúde, abrangendo-se as 
dimensões biológicas, psicológicas e sociais.
c) Distribuição racional dos recursos de saúde no território brasileiro, de acordo com as 
necessidades da população.
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d) Ordenação do sistema de saúde e o estabelecimento de fluxos assistenciais entre os serviços.
e) Atendimento disponível a todos os cidadãos, independentemente da classe social, cor, cren-
ça religiosa, idade, escolaridade e local de residência.
queStãO 16 (CESPE/MS/2010) Com base na Lei n. 8.142/1990, o SUS poderá contar com o 
conselho de saúde e com a conferência de saúde, que se reúnem a cada três anos com os 
representantes dos vários segmentos sociais.
queStãO 17 (CESPE/FHS-SE/2009) Acerca da Lei n. 8.142/1990, que dispõe sobre a partici-
pação da comunidade na gestão do SUS, julgue o item subsequente.
Essa lei define que o SUS deverá contar com a conferência de saúde, em cada esfera de governo, 
como uma de suas instâncias colegiadas.
queStãO 18 (QUESTÃO INÉDITA/2018) O financiamento do SUS é de responsabilidade das 
três esferas de gestão – União, estados e municípios.
queStãO 19 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Constituição 
Federal de 1988.
A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prioridades 
da política do Estado na área da saúde pública.
queStãO 20 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Lei n. 8.080/1990.
A Lei n. 8.080/1990 dispõe sobre as transferências de recursos e as instâncias de controle 
social no SUS.
queStãO 21 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Lei n. 8.142/1990.
A Lei n. 8.142/1990 traz em seu texto a forma de transferência de recursos entre as esferas 
de governo.
queStãO 22 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente ao Controle Social 
no SUS.
No SUS, as instâncias colegiadas de controle social são os conselhos de saúde e as confe-
rências de saúde, ambas em caráter permanente.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 23 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente a organização do SUS.
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade 
crescentes. Segue bases filosóficas (princípios doutrinários).
queStãO 24 (VUNESP/PREFEITURA DE BURITIZAL-SP/2018/) O SUS é a primeira política pú-
blica no Brasil a adotar constitucionalmente a participação popular como um de seus princí-
pios, fato de grande relevância social e política, pois tal princípio se constitui na garantia de que 
a população participará do processo de formulação e controle das políticas públicas de saúde.
Esse princípio é denominado
a) controle institucional.
b) controle social.
c) descentralização administrativa.
d) controle federativo.
e) controle estatal.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
GABARITO
1. b
2. e
3. b
4. d
5. e
6. e
7. a
8. b
9. d
10. e
11. C
12. a
13. a
14. a
15. b
16. E
17. C
18. C
19. C
20. E
21. C
22. E
23. C
24. b
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LEGISLAÇÃO DO SUS
GABARITO COMENTADO
queStãO 1 (VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/2019) Saúde é um direito de cidadania 
de todas as pessoas, e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e 
serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, 
ou outras características sociais ou pessoais.
(Ministério da Saúde. http://portalms.saude.gov.br/ sistema-unico-de-saude/ principios-do-sus)
O texto se refere ao princípio dos Sistema Único de Saúde (SUS) denominado
a) regionalização.
b) universalidade.
c) centralização.
d) integralidade.
e) equidade.
Letra b.
O princípio que garante acesso universal e gratuito a todas as ações e serviços de saúde 
ofertados pelo SUS é a UNIVERSALIDADE.
queStãO 2 (UFSC/UFSC/2019) Com relação aos princípios do Sistema Único de Saúde 
(SUS), assinale a alternativa correta.
a) Universalidade do acesso, igualdade da assistência e autonomia.
b) Centralização, equidade e participação popular.
c) Integralidade da assistência, complexidade no acesso e universalidade da atenção.
d) Participação popular, estabelecimento de prioridades e autonomia.
e) Equidade, universalidade do acesso e integralidade da assistência.Letra e.
Os princípios do SUS estão explicitados na Lei n. 8.080/1990, dentre os quais, a assertiva “e” 
traz três deles de forma correta.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 3 (VUNESP/IPREMM-SP/2019) A Política Nacional de Saúde LGBT (Lésbicas, 
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros) norteia e legitima as necessidades 
e especificidades de uma população, e sua formulação seguiu as diretrizes de governo ex-
pressas no Programa Brasil sem Homofobia. Essa atenção diferenciada a uma determinada 
população específica visa ao atendimento de um dos princípios do SUS, qual seja,
a) universalidade.
b) equidade.
c) descentralização.
d) participação da comunidade.
e) integralidade.
Letra b.
Uma questão excelente para exemplificar o princípio da equidade no Sistema Único de Saúde.
Observe que não há uma discriminação ao se falar em atenção diferenciada, mas uma forma 
de justiça social ao admitir que essa população específica necessita de um atendimento dire-
cionado e políticas que resguardem e protejam ainda mais os seus direitos.
queStãO 4 (VUNESP/TJ-SP/2019) Texto associado
DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça
Por Carolina Dantas, G1
26.10.2018
O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos disponíveis de graça no BRASIL, com eficá-
cia superior a 99%. No Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos implementam nas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS) e em hospitais públicos, sem nenhum tipo de custo.
O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal. Ele é disponibilizado em Unidades 
Básicas de Saúde e hospitais com atendimento ginecológico. Pode ser colocado desde a ado-
lescência até a menopausa. É importante pesquisar na internet a UBS mais próxima da sua 
casa e ligar para descobrir se o procedimento está disponível.
Após encontrar a unidade mais próxima que coloca o dispositivo, a paciente precisa ir até o 
local. Os médicos recomendam a participação em um grupo de planejamento familiar. Ele não 
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LEGISLAÇÃO DO SUS
é obrigatório, mas é importante para conhecer todos os métodos anticoncepcionais disponíveis 
e entender se o perfil condiz com o DIU, por exemplo.
“A gente imagina que conhece os métodos, mas a gente não conhece. Existem muitos mitos, 
fantasias relacionadas a vários métodos anticoncepcionais. Então é importante a paciente 
ouvir e poder avaliar qual é a melhor opção para o momento de vida dela”, disse a ginecolo-
gista Cristina Guazzeli.
Se a pessoa passou pelo grupo, será encaminhada para uma consulta com o médico gine-
cologista disponível no local. Se não teve interesse em participar, a marcação poderá ocorrer 
pessoalmente na UBS ou hospital.
(https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/10/26/diu-no-sus-5-passospara-conseguir-colocar-o-dispositivo-
-de-graca.ghtml. Acesso em 17.11.2018. Adaptado)
De acordo com o estabelecido pela Lei n. 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências, o relato apresenta uma situação em que, está sen-
do atendida, entre outros princípios, a diretriz do SUS de
a) participação esclarecida.
b) livre escolha.
c) individualidade.
d) universalidade.
e) beneficência.
Letra d.
Questão espetacular!
Note que atende a diversos princípios e outras diretrizes do SUS, como integralidade, por 
exemplo, por ofertar, não só o DIU, mas o que mais a paciente necessitar.
No entanto, a questão quer uma diretriz e dentre as opções, somente a universalidade é uma 
das diretrizes do SUS. O fato de ser gratuito e acessível para todas as mulheres, torna o relato 
um exemplo da diretriz mencionada.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 5 (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/2019) Uma família de São Paulo recebeu 
um amigo vindo da Austrália para passar as festas de final de ano aqui no Brasil. Após a ceia, 
o australiano começou a passar mal, tendo sido necessário levá-lo a um serviço de saúde 
público para atendimento médico. Nessa situação, qual princípio do SUS foi atendido?
a) Da integralidade.
b) Da equidade.
c) Da regionalização.
d) Da hierarquização.
e) Da universalidade.
Letra e.
Mais uma questão que tangencia o princípio/diretriz da universalidade.
Acesso gratuito e universal (PARA TODOS).
queStãO 6 (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/2019) A respeito dos 
serviços privados de assistência à saúde, nos termos da Lei n. 8.080/1990, assinale a 
alternativa correta.
a) Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação exclusiva, so-
mente por iniciativa própria, no uso de suas atribuições e dentro das regras de universalização 
da saúde, de profissionais liberais, independentemente de estarem legalmente habilitados, e de 
pessoas jurídicas de direito privado ou público, na promoção, proteção e recuperação da saúde.
b) Exigem autorização expressa do poder público, que deverá conceder tal serviço por meio 
de licitações, por se tratar de dever exclusivo do Estado promover serviços dessa natureza.
c) É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assis-
tência à saúde, salvo por meio de doações de organismos internacionais vinculados à Organiza-
ção das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimo.
d) Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema 
Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas 
e os instrumentos que forem firmados.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
e) Serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do 
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.
Letra e.
a) Errada. De acordo com a Lei n. 8.080/1990: os serviços privados de assistência à saúde 
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente ha-
bilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da 
saúde.
b) Errada. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
c) Errada. O único erro da assertiva é a substituição da palavra “inclusive” por “salvo”.
d) Errada. Texto revogado através da Lei n. 13.097/15
e) Certa. Na prestação de serviços privadosde assistência à saúde, serão observados os 
princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde 
(SUS) quanto às condições para seu funcionamento.
queStãO 7 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) A Lei n. 141/2012 
reforça o papel avaliador do Conselho de Saúde, preconizado na Constituição Federal e na Lei 
n. 8.142/1990. Os Conselhos de Saúde devem avaliar alguns instrumentos que se referem à 
execução das ações e serviços de saúde, no âmbito do SUS, dentre os quais incluem-se,
a) o Plano de Saúde, a Programação Anual de Saúde, o Resultado da Execução Orçamentária 
e Financeira e o Relatório de Gestão.
b) o Plano de Saúde, a Relação dos Recursos Humanos Contratados e o Relatório de Gestão.
c) o Relatório de Gestão, a Lista das Notas de Empenho das Ações e Serviços de Saúde e o 
Resultado da Execução Orçamentária e Financeira.
d) o Plano Plurianual, a Programação Anual de Saúde e o Relatório de Gestão.
e) a Lista de Emissão das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), o Plano de Saúde e o 
Relatório de Gestão.
Letra a.
Essa é uma questão de prova muito interessante, ao mesclar a Lei Complementar n. 141/2012 
com o planejamento do SUS, pode causar uma certa hesitação do candidato em marcar a 
alternativa correta.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
De acordo com o art. 41 da LC n. 141/2012, os Conselhos de Saúde, no âmbito de suas atribui-
ções, avaliarão a cada quadrimestre o relatório consolidado do resultado da execução orça-
mentária e financeira no âmbito da saúde e o relatório do gestor da saúde sobre a repercussão 
da execução desta Lei Complementar nas condições de saúde e na qualidade dos serviços de 
saúde das populações respectivas e encaminhará ao Chefe do Poder Executivo do respectivo 
ente da Federação as indicações para que sejam adotadas as medidas corretivas necessárias.
Os instrumentos para o planejamento no SUS são o Plano de Saúde, as respectivas Progra-
mações Anuais e o Relatório de Gestão.
E tudo isso ratificado ainda pela Lei n. 8.142/1990, que traz os Conselhos de Saúde como um 
dos responsáveis pelo controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive em seus aspectos 
econômicos e financeiros, em seus respectivos âmbitos de gestão.
queStãO 8 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) O planejamento no 
Sistema Único de Saúde é uma função gestora que, além de requisito legal, é um dos mecanis-
mos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do SUS. Para tanto, o 
Decreto n. 7.508 de 2011 veio reforçar esse processo de planejamento da saúde sendo ascen-
dente e integrado, do nível local até o federal, considerando os respectivos Conselhos de Saúde. 
Diante disso, para esse processo de planejamento exige-se:
a) Realizar o planejamento da saúde em âmbito estadual devendo ser respeitados os aspec-
tos centralizados da política do governo, a partir das necessidades dos seus órgãos estadu-
ais, não incluindo as necessidades dos municípios.
b) Elaborar planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes 
federativos, devendo conter metas de saúde e, ainda considerar, os serviços e as ações pres-
tados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS.
c) Pactuar as etapas do processo e os prazos dos planejamentos municipais em consonância 
apenas com o planejamento nacional, considerando as decisões da Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT).
d) Formular o Mapa da Saúde para contribuir, essencialmente, na identificação das doenças, 
a fim de orientar o planejamento flexível dos entes federativos.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
e) Seguir as diretrizes do Conselho Nacional de Saúde observadas para a elaboração dos pla-
nos de saúde, de acordo com as características assistenciais da rede de Câncer nos municípios.
Letra b.
a) Errada. O planejamento em Saúde é ascendente e deve seguir do âmbito municipal para as 
demais esferas.
b) Certa. O plano de Saúde é um dos instrumentos do planejamento em Saúde. o Plano de 
Saúde deve apresentar as diretrizes e os objetivos que irão orientar a gestão da política de 
saúde nos próximos quatro anos, organizados na forma programática, identificando as res-
pectivas metas e os indicadores, de forma a permitir o monitoramento e a avaliação posterior.
c) Errada. Todo processo de planejamento no âmbito do SUS, deve ser integrado em todos os 
âmbitos de gestão.
d) Errada. O mapa de saúde tem um objetivo muito mais amplo, de acordo com o art. 17 do 
Decreto n. 7.508/2011, o Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de 
saúde e orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o esta-
belecimento de metas de saúde.
e) Errada. De acordo com o Decreto n. 7.508/2011, o Conselho Nacional de Saúde estabe-
lecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com 
as características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e nas 
Regiões de Saúde.
queStãO 9 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) A regionalização e hierarquização do 
Sistema Único de Saúde (SUS) são definidas pelo art. 198 da Constituição Federal de 1988. 
No processo de organização das regiões de saúde, uma das dificuldades diz respeito às ca-
racterísticas geográficas do território nacional. O estado do Amapá apresenta duas regionais 
de saúde com diversas disparidades de acesso, com vastas áreas abrangidas por Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas e com vazios assistenciais importantes. O Decreto n. 7.508, 
de 2011, busca equacionar dificuldades como estas, com vistas a assegurar a integralidade 
da assistência, por meio de:
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LEGISLAÇÃO DO SUS
a) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), com novos arranjos tecnológicos 
em saúde com vistas à elaboração de planos regionais de saúde.
b) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), na tentativa de fixar pro-
fissionais de saúde em todos os municípios de acordo com sua capacidade instalada.
c) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), com a instauração das 
Comissões Intergestores Regionais (CIR) com intuito de articularem os gestores na cons-
trução dos sistemas regionais.
d) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de garantir segurança ju-
rídica na relação interfederativa constitutiva de uma região de saúde e de suas responsabilidades.
e) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de estabelecer um 
plano de metas sobre quantidade de procedimentos a serem alcançados em cada município 
de acordo com seus consórcios intermunicipais.
Letra d.
Uma questão que vai “direto ao ponto”, uma vezque trata especificamente sobre o Contrato 
Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP). O Decreto n. 7.508/2011, dispõe de uma se-
ção completa para tratar sobre tal contrato e como um instrumento de valor legal, cumpre o 
papel de disciplinar a relação Inter federativa no âmbito de uma região de saúde.
queStãO 10 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Um dos grandes problemas que as 
gestões públicas encontram na execução orçamentário-financeira do Sistema Único de Saú-
de (SUS) é caracterizar o que são “ações e serviços de saúde”. Santos (2014) argumenta que 
a legislação deveria ocupar-se em definir melhor essa categoria, haja vista que muitos gesto-
res aplicam os recursos da saúde nos seus “determinantes/condicionantes”, e não nas ações 
de saúde propriamente ditas. Assim, a Lei n. 141/2012 foi elaborada com essa preocupação. 
Esta lei, exclui do elenco de “ações e serviços públicos de saúde” as despesas realizadas com:
a) O desenvolvimento científico e tecnológico e o controle de qualidade promovidos por insti-
tuições vinculadas direta ou indiretamente ao SUS.
b) A remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade cujas ações incluem os 
encargos sociais.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
c) As capacitações e treinamentos do pessoal de saúde de instituições vinculadas direta ou 
indiretamente ao SUS.
d) As ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e impres-
cindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde.
e) O pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive de servidores da saúde.
Letra e.
A Lei Complementar n. 141/2012 traz em seu texto, dentre outras coisas, o que são e o que 
não são consideradas ações e serviços de Saúde.
A questão requer que o candidato saiba o que não pode ser considerado ação ou serviço 
de Saúde.
a, b, c, d) Erradas. Todas as assertivas são consideradas despesas com ações e serviços de 
Saúde, conforme o art. 3º da Lei n. 141/2012.
e) Certa. De acordo com o art. 4º da Lei n. 141/2012, não constitui uma despesa com ações 
e serviços de Saúde.
queStãO 11 (CESPE/FUB) A respeito do planejamento em saúde, formulação e implementa-
ção de políticas públicas no âmbito do SUS, julgue os itens que se seguem.
No plano de saúde, instrumento referencial do PlanejaSUS, está definido o que se deseja alcan-
çar no período de quatro anos, a partir da análise situacional de saúde da população e da res-
pectiva gestão do SUS, assim como da viabilidade e exequibilidade técnica, financeira e política.
Certo.
Essa questão está de acordo com a Portaria n. 2.135, traz as definições acerca do plano de 
saúde e suas características.
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queStãO 12 (FUNCERN/IF-RN/2015) sobre o Sistema Único de Saúde (SUS),
a) os instrumentos de planejamento do SUS (PlanejaSUS) são o Plano de Saúde (PS), a 
Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG).
b) a Região de Saúde deve, para ser instituída, conter, no mínimo, ações e serviços de atenção 
primária, urgência e emergência, atenção psicossocial e atenção obstétrica e neonatal.
c) a direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) controla e fiscaliza os procedimentos 
dos serviços privados de saúde.
d) os representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público podem ser membros dos 
Conselhos de Saúde.
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 2.135 de 2013, os instrumentos para o planejamento no âmbito 
do SUS são o Plano de Saúde, as respectivas Programações Anuais e o Relatório de Gestão.
queStãO 13 (IPAD/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2010) O funcionamento do Sistema de Pla-
nejamento do SUS tem por base a formulação e/ou revisão periódica de quais instrumentos?
a) Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão.
b) Programação Pactuada Integrada, Plano de Saúde e Relatório Anual de Gestão.
c) Plano Plurianual, Programação Anual de Saúde e Programação Pactuada Integrada.
d) Plano de Saúde, Relatório Anual de Gestão e Plano Plurianual.
e) Programação Anual de Saúde, Programação Pactuada Integrada e Plano Plurianual.
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 2.135 de 2013, os instrumentos para o planejamento no âmbito 
do SUS são o Plano de Saúde, as respectivas Programações Anuais e o Relatório de Gestão.
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queStãO 14 (ESAF/MPOG/2012) Sobre o Plano de Saúde é correto afirmar:
a) é instrumento referencial no qual devem estar refletidas as necessidades e peculiaridades 
próprias de cada esfera, configurando-se como a base para a execução, o acompanhamento, 
a avaliação e a gestão do sistema de saúde.
b) tem como bases legais para sua elaboração a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual.
c) sua estrutura formal deve explicitar a análise dos resultados obtidos na execução (física, 
orçamentária e financeira) de cada programa apresentado.
d) define as ações que, em seu período de vigência, irão garantir o alcance dos objetivos e o 
cumprimento das metas do Relatório Anual de Gestão.
e) é o instrumento que regula os repasses e transferências financeiras do Fundo Nacional de 
Saúde para os estados e municípios.
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 2.135 de 2013, o Plano de Saúde, instrumento central de plane-
jamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde de cada 
esfera da gestão do SUS para o período de quatro anos, explicita os compromissos do gover-
no para o setor saúde e reflete, a partir da análise situacional, as necessidades de saúde da 
população e as peculiaridades próprias de cada esfera.
queStãO 15 (CESPE/TRT – 8ª REGIÃO/2016) Assinale a opção que apresenta corretamente 
o conceito do princípio da integralidade da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
a) Priorização da oferta de ações e serviços aos segmentos populacionais que enfrentam 
maiores riscos de adoecer e morrer em decorrência da desigualdade social
b) Ações de promoção, recuperação e reabilitação da saúde e prevenção de riscos, com garantia 
de continuidade do atendimento na rede de serviços de saúde, abrangendo-se as dimensões 
biológicas, psicológicas e sociais.
c) Distribuição racional dos recursos de saúde no território brasileiro, de acordo com as 
necessidades da população.
d) Ordenação do sistema de saúde e o estabelecimento de fluxos assistenciais entre os serviços.
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e) Atendimento disponível a todos os cidadãos, independentemente da classe social, cor, 
crença religiosa, idade, escolaridade e local de residência.
Letra b.
Para Roncalli (2003), é o reconhecimento na prática dos serviços de que:
• cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
• as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo 
indivisível e não podem ser compartimentalizadas;
• as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, 
formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar 
assistência integral.
queStãO 16 (CESPE/MS/2010) Com base na Lei n. 8.142/1990, o SUS poderá contar com o 
conselho de saúde e com a conferência de saúde, que se reúnem a cada três anos com os 
representantes dos vários segmentos sociais.
Errado.
As instâncias colegiadas do SUS são: conselhos (permanentes) e conferências (a cada 4 anos).
queStãO 17 (CESPE/FHS-SE/2009) Acerca da Lei n. 8.142/1990, que dispõe sobre a partici-
pação da comunidade na gestão do SUS, julgue o item subsequente.
Essa lei define que o SUS deverá contar com a conferência de saúde, em cada esfera de governo, 
como uma de suas instâncias colegiadas.
Certo.
As instâncias colegiadas do SUS são: conselhos (permanentes) e conferências (a cada 4 anos).
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 18 (QUESTÃO INÉDITA/2018) O financiamento do SUS é de responsabilidade das 
três esferas de gestão – União, estados e municípios.
Certo.
a gestão e o financiamento do SUS são compartilhados, ou seja, de responsabilidade de todas 
as esferas de governo.
queStãO 19 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Constituição 
Federal de 1988.
A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prioridades 
da política do Estado na área da saúde pública.
Certo.
a Carta Magna de 1988 é a primeira Constituição a contemplar o SETOR SAÚDE no seu texto 
(arts. 196 ao 200).
queStãO 20 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Lei n. 8.080/1990.
A Lei n. 8.080/1990 dispõe sobre as transferências de recursos e as instâncias de controle 
social no SUS.
Errado.
A Lei Orgânica que dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos é a 
Lei n. 8.142/1990.
queStãO 21 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente à Lei n. 8.142/1990.
A Lei n. 8.142/1990 traz em seu texto a forma de transferência de recursos entre as esferas 
de governo.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Certo.
Em seu art. 3º, a Lei n. 8.142/1990 explicita a forma de transferência de recursos:
Art. 3º Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e 
automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal […].
queStãO 22 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente ao Controle Social 
no SUS.
No SUS, as instâncias colegiadas de controle social são os conselhos de saúde e as confe-
rências de saúde, ambas em caráter permanente.
Errado.
Os conselhos de saúde são permanentes e deliberativos e as conferências acontecem, de 
forma ordinária, a cada 4 anos.
queStãO 23 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item seguinte, referente a organização do SUS.
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade cres-
centes. Segue bases filosóficas (princípios doutrinários).
Certo.
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade cres-
centes. Sua base filosófica é composta pelos princípios doutrinários do SUS: universalidade, 
integralidade e equidade.
queStãO 24 (VUNESP/PREFEITURA DE BURITIZAL-SP/2018) O SUS é a primeira política públi-
ca no Brasil a adotar constitucionalmente a participação popular como um de seus princípios, 
fato de grande relevância social e política, pois tal princípio se constitui na garantia de que a 
população participará do processo de formulação e controle das políticas públicas de saúde.
Esse princípio é denominado
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
a) controle institucional.
b) controle social.
c) descentralização administrativa.
d) controle federativo.
e) controle estatal.
Letra b.
O princípio/diretriz do SUS que prevê a participação da sociedade civil organizada na gestão 
dos SUS é chamado de participação social, controle social ou participação da comunidade.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
REFERÊNCIAS
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wordpress.com/2009/04/orientacaoconselheirosdesaudeces-sp.pdf. Acesso em: 20 fev. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Decreto n. 7.508 de 28 de junho de 2011. Brasília, DF: Ministério 
da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 8.080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF: Ministério 
da Saúde, 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Brasília, DF: Ministério 
da Saúde, 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 399 de 22 de fevereiro de 2006. Brasília, DF: Minis-
tério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde; OPAS, Organização Pan-americana da Saúde. Sistema de Pla-
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http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-pes-
soal_12465.pdf
CIAMPONE, M. H.T.; KURCGANT, P. O ensino de administração em enfermagem no Brasil: o 
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
[S.l.]: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2012. Disponível em: https://unasus2.
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MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. J. Administração e liderança em enfermagem. Porto Alegre, RS: 
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MATOS, E.; PIRES, D. A organização do trabalho da enfermagem na perspectiva dos trabalha-
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NASCIMENTO, José Orcélio do; REIS, Mauricio Pardo dos. Planejamento estratégico situacio-
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PAIM, J. S. Planejamento em Saúde para não especialistas. In: CAMPOS, G. W. S. et al. Tratado 
de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2012.
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REIS, Manoela Cerqueira et al. O planejamento estratégico situacional como um importante 
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ROCHA, J. S. Y. Manual de Saúde Pública & Saúde Coletiva no Brasil. São Paulo: Atheneu, 2012.
SILVA, A. J. M. Epidemiologia e planejamento em Saúde. In: ROUQUAYROL, M. Z.; GURGEL, M. 
Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
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Natale Souza
SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
SOUZA, L. E. P. F.; VIANA, A. L. A. Gestão SUS: descentralização, regionalização e participação 
social. In: PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. A. Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: 
Medbook, 2014.
TEXEIRA, C. F. Planejamento em saúde: conceitos, métodos e experiências. Salvador: EDUFBA, 
2010.
Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada 
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela 
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora 
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente 
em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: 
Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO DO 
SUS 
Evolução Histórica da Organização do 
SUS no Brasil 
Livro Eletrônico
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 4
1. A Saúde na Colônia e no Império .............................................................................................. 7
2. Início da República – 1889 até 1930 (República Velha) ...................................................... 7
3. O Nascimento da Previdência Social ...................................................................................... 9
4. Era Vargas – 1930 a 1964 .........................................................................................................12
5. Autoritarismo – 1964 A 1984 .................................................................................................. 14
6. Fim da Ditadura e Nova República (1985 – 1988) .............................................................. 23
7. A VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituição de 1988 .....................................24
8. O Nascimento do SUS (Período Pós-Constituinte) ............................................................28
Questões de Concurso ................................................................................................................. 36
Gabarito ...........................................................................................................................................43
Referências Bibliográficas ..........................................................................................................44
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Evolução Histórica da Organização do SUS no Brasil
LEGISLAÇÃO DO SUS
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Introdução
Para compreendermos melhor o SUS, precisamos voltar um pouco ao passado e saber o 
que tínhamos antes da criação de um sistema universal e igualitário.
Para a análise da realidade hoje existente, é necessário conhecer os determinantes históri-
cos envolvidos neste processo. Assim como nós somos frutos do nosso passado e da nossa 
história, o setor da saúde também sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo 
qual o Brasil passou ao longo do tempo (POLIGNANO, 2001).
Não há como entender o SUS que temos sem fazer um retorno no tempo. Para entender-
mos o nosso sistema de saúde, suas dificuldades e avanços, precisamos fazer uma viagem ao 
passado e perceber como as ações e serviços de saúde eram ofertados antes da criação de 
um sistema para todos.
A História das Políticas de Saúde no Brasil tem sido tema constante de vários certames. 
Mesmo não fazendo parte diretamente da Legislação do SUS, o seu entendimento facilita a 
compreensão do contexto atual e a resolução de muitas questões de prova. As bancas co-
bram, nos editais, questões bem específicas, inclusive com datas e períodos da história do 
país. Logo, o entendimento da história, a memorização de fatosmarcantes e datas importan-
tes são primordiais para gabaritar as questões relacionadas a este tema.
Mas, por que entender a história das políticas de saúde no Brasil? Já imaginaram se al-
guém que você acaba de conhecer criasse um conceito sobre seu modo de viver? Não seria 
nada bom. Para que possamos perceber alguém na sua essência, temos que conhecer seu 
contexto atual e um pouco do seu passado. Assim é com o Sistema Único de Saúde. Não 
podemos julgá-lo, entender seu momento atual, sua legislação, sem saber em que contexto 
histórico ele foi concebido.
Para falar da História das Políticas de Saúde no Brasil, didaticamente dividiremos os mesmos 
períodos dos livros de história, sinalizando o contexto político, social e sanitário de cada época. 
Desta forma, você perceberá que toda oferta de serviços e ações de saúde estão ligados a estes 
fatores, facilitando assim a apreensão do conteúdo.
A História das Políticas de Saúde no Brasil é objeto de estudo da Saúde Pública. Mas, como po-
demos conceituar saúde pública? Há uma variedade de conceitos, mas todos convergem para a 
seguinte afirmação: é um campo diferenciado do saber da prática de saúde. É uma especialidade 
que se distingue das demais porque se volta para o coletivo. Exige para seu desenvolvimento co-
nhecimentos específicos e altamente diferenciados. A saúde pública é a disciplina que trata da pro-
teção da saúde no nível populacional. Neste sentido, procura melhorar as condições de saúde das 
comunidades através da promoção de estilos de vida saudáveis, das campanhas de sensibilização, 
da educação e da investigação. Para tal, conta com a participação de especialistas em medicina, 
biologia, enfermagem, sociologia, estatística, veterinária e outras ciências e áreas. (CAMPOS,2002).
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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Para analisarmos a história das políticas de saúde no país, faz-se necessário a definição de 
algumas premissas importantes, a saber:
Para Polignano (2001):
1. a evolução histórica das políticas de saúde está relacionada diretamente a evolução político-so-
cial e econômica da sociedade brasileira, não sendo possível dissociá-los;
2. a lógica do processo evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na sociedade 
brasileira, sofrendo a forte determinação do capitalismo a nível internacional;
3. a saúde nunca ocupou lugar central dentro da política do estado brasileiro, sendo sempre deixa-
da na periferia do sistema, como uma moldura de um quadro, tanto no que diz respeito a solução 
dos grandes problemas de saúde que afligem a população, quanto na destinação de recursos dire-
cionados ao setor saúde. Somente nos momentos em que determinadas endemias ou epidemias se 
apresentam como importantes em termos de repercussão econômica ou social dentro do modelo 
capitalista proposto é que passam a ser alvo de uma maior atenção por parte do governo, trans-
formando-se pelo menos em discurso institucional, até serem novamente destinadas a um plano 
secundário, quando deixam de ter importância. Podemos afirmar que de um modo geral os proble-
mas de saúde tornam-se foco de atenção quando se apresentam como epidemias e deixam de ter 
importância quando os mesmos se transformam em endemias.
4. as ações de saúde propostas pelo governo sempre procuram incorporar os problemas de saúde 
que atingem grupos sociais importantes de regiões socioeconômicas igualmente importantes den-
tro da estrutura social vigente; e preferencialmente tem sido direcionada para os grupos organizados 
e aglomerados urbanos em detrimento de grupos sociais dispersos e sem uma efetiva organização;
5. A conquista dos direitos sociais (saúde e previdência) tem sido sempre uma resultante do poder 
de luta, de organização e de reivindicação dos trabalhadores brasileiros e, nunca uma dádiva do 
estado, como alguns governos querem fazer parecer.
6. Devido a uma falta de clareza e de uma definição em relação à política de saúde, a história da saú-
de permeia e se confunde com a história da previdência social no Brasil em determinados períodos.
7. a dualidade entre medicina preventiva e curativa sempre foi uma constante nas diversas políticas 
de saúde implementadas pelos vários governos.
A seguir, passaremos a analisar as políticas de saúde no Brasil de acordo com os períodos 
históricos.
A Constituição Federal de 1988 deu nova forma à saúde no Brasil, estabelecendo-a como 
direito universal. A saúde passou a ser dever constitucional de todas as esferas de governo, 
sendo que antes era apenas da União e relativo ao trabalhador segurado. O conceito de saú-
de foi ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas. A assistência é concebida de 
forma integral (preventiva e curativa). Definiu-se a gestão participativa como importante ino-
vação, assim como comando e fundos financeiros únicos para cada esfera de governo (BRA-
SIL, 1988).
Antes da Constituição Federal de 1988, o Brasil não possuía uma Política de Saúde orga-
nizada e nem voltada para a população – as ações eram realizadas, apenas, com interesse 
econômico e de acordo com o modo de produção.
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A saúde era EXCLUDENTE e CONTRIBUTIVA, ou seja, apenas quem podia pagar a medicina 
privada e quem contribuía com a previdência social /INPS – Instituto Nacional da Previdência 
Social – tinha acesso. À outra parte da população cabia o atendimento nas Santas Casas de 
Misericórdia (SOUZA, 2018).
001. (EBSERH/IDECAN/UPE- ENFERMEIRO ASSISTENCIAL) Antes da criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS), a saúde não era considerada um direito social. O SUS foi institucionali-
zado no Brasil com a:
a) Lei n. 8.080/1990.
b) Lei n. 8.142/1990.
c) Declaração de Alma-Ata.
d) Constituição Federal de 1967.
e) Constituição de 1988
O SUS é institucionalizado no Brasil com a Constituição Federal de 1988. Seus ideais foram 
propostos no movimento sanitário, que teve como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde:
• sua regulamentação se deu através das LOS – Leis Orgânicas da Saúde n. 8.080/1990 
e n. 8.142/1990.
• a Declaração de Alma-Ata foi o resultado da PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL 
DE CUIDADOS PRIMÁRIOS EM SAÚDE, que aconteceu em 1978.
Letra e.
O PULO DO GATO
Faz-se necessário o conhecimento de fatos históricos do Brasil, pois as bancas pedem datas, 
períodos e fatos marcantes.
Para facilitar o entendimento, iremos falar do contexto político-social de cada período histórico e 
descrever a situação sanitária e como eram as ações e serviços da época. Destacando, em cada 
período, OS FATOS MARCANTES E CONSTANTES EM PROVAS.
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1. A SAúde nA ColônIA e no ImpérIo
O tipo de organização política do império era de um regime de governo unitário e centraliza-
dor, e que era incapaz de dar continuidadee eficiência na transmissão e execução à distância 
das determinações emanadas dos comandos centrais. A carência de profissionais médicos no 
Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme, para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro, em 1789, 
só existiam quatro médicos exercendo a profissão (SALLES, 1971).
De acordo com o autor supracitado, a inexistência de uma assistência médica estruturada 
fez com que proliferassem pelo país os Boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam a ma-
nipulação das fórmulas prescritas pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a 
iniciativa de indicá-los, fato comuníssimo até hoje.
Em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico – Cirúrgico – no Real Hospital 
Militar da Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano, foi criada a Escola de Ci-
rurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na Administra-
ção Pública colonial, até mesmo na área da saúde. Como sede provisória do Império Portu-
guês e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das atenções, não 
só na área econômica, mas no setor das ações sanitárias também.
Era necessário, então, criar rapidamente centros de formação de médicos, que até então eram 
quase inexistentes em razão, em parte, da proibição de ensino superior nas colônias. Assim, por 
ordem real, foram fundadas as academias médico-cirúrgicas no Rio de Janeiro e na Bahia, na pri-
meira década do século XIX, logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do país 
(POLIGNANO, 2011).
Até 1850, as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
• delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais;
• controle de navios e saúde dos portos.
2. IníCIo dA repúblICA – 1889 Até 1930 (repúblICA VelhA)
A Proclamação da República, em 1889, foi embalada na ideia de modernizar o Brasil. A ne-
cessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade, escravistas até pouco antes, com o 
mundo capitalista mais avançado favoreceu a redefinição dos trabalhadores brasileiros como 
capital humano. (RONCALLI, 2002)
Segundo o autor supracitado, o cenário político e econômico girava em torno da instalação 
do modo de produção capitalista, fazendo surgir as primeiras indústrias. Mas, ainda assim, o 
modelo predominante era agrário-exportador (café, borracha e açúcar). Precárias condições 
de trabalho e de vida das populações urbanas fizeram surgir movimentos operários – em fun-
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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ção das péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de direitos traba-
lhistas, o movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país, uma em 1917 e 
outra em 1919 – que resultaram em embriões de legislação trabalhista e previdenciária.
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de um controle sani-
tário mínimo da capital do império, tendência que se alongou por quase um século.
Neste período, não era o conjunto de problemas de saúde da população que demandavam 
ações de saúde, e sim aqueles que estavam diretamente ligados ao interesse ECONÔMICO! 
Emerge o modelo assistencial SANITARISTA/CAMPANHISTA, considerado o primeiro modelo 
de atenção no Brasil. As suas ações eram voltadas para grupos específicos e suas ações eram 
pontuais.
Segundo POLIGNANO (2001), o quadro sanitário era caótico devido à inexistência de um 
modelo sanitário que tivesse como objeto de ação a promoção e a prevenção, deixando as 
cidades à mercê das epidemias. Tinha-se o predomínio das doenças transmissíveis, grandes 
epidemias e doenças pestilenciais, fruto da imigração, migração, formação de aglomerados e 
das precárias condições de saneamento básico, tendo como principais problemas de saúde:
• febre amarela;
• varíola;
• tuberculose;
• sífilis;
• endemias rurais.
Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz como Diretor do Depar-
tamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela na 
cidade do Rio de Janeiro. Foi criado um verdadeiro exército de 1.500 pessoas que passaram a 
exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre amarela. A falta de 
esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” causam revolta na 
população.
A onda de insatisfação se agrava com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal n. 1261, de 31 
de outubro de 1904, que instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o território nacional. 
Surge, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como a re-
volta da vacina. Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o modelo campanhista obteve 
importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a febre 
amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o modelo proposto e o tornou hegemônico 
como proposta de intervenção na área da saúde coletiva saúde durante décadas. (POLIGNANO, 
2001, p. 03)
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Evolução Histórica da Organização do SUS no Brasil
LEGISLAÇÃO DO SUS
Natale Souza
O PULO DO GATO
Vale atentar para o movimento da Revolta da Vacina e o impacto que a vacinação obrigatória 
contra a VARÍOLA causa no contexto da saúde.
Neste período, Oswaldo Cruz organizou a diretoria geral de saúde pública. Na reforma pro-
movida por Oswaldo Cruz foram incorporados como elementos das ações de saúde:
− o registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de 
importância da população;
− a introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
− a fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.
Em 1920, Carlos Chagas reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, então ligado ao 
Ministério da Justiça, e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica rotineira de 
ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz, que era puramente fiscal e policial.
3. o nASCImento dA preVIdênCIA SoCIAl
A acumulação capitalista advinda do comércio exterior tornou possível o início do proces-
so de industrialização no país, que se deu principalmente no eixo Rio – São Paulo.
Tal processo foi acompanhado de uma urbanização crescente e da utilização de imigran-
tes, especialmente europeus (italianos, portugueses), como mão de obra nas indústrias, visto 
que os mesmos já possuíam grande experiência neste setor, que já era muito desenvolvido 
na Europa.
O PULO DO GATO
Os operários na época não tinham quaisquer garantias trabalhistas, tais como: férias, jornada 
de trabalho definida, pensão ou aposentadoria. (SOUZA, 2018)
Segundo Souza (2018), os imigrantes, especialmente os italianos (anarquistas), traziam 
consigo a história do movimento operário na Europa e dos direitos trabalhistas que já tinham 
sido conquistados pelos trabalhadores europeus, e, desta forma, procuraram mobilizar e orga-
nizar a classe operária no Brasil na luta pelas conquistas dos seus direitos.
Em função das péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de direi-
tos trabalhistas, o movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país, uma 
em 1917 e outra em 1919.
Através destes movimentos, os operáriose serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade 
que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo 
cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do 
que o sistema puder oferecer para todos (BRASIL, 1990).
DICA
A noção de equidade advém da igualdade material aristoté-
lica, que é tratar os desiguais de forma desigual, dentro das 
suas desigualdades, para assim alcançar uma verdadeira 
igualdade. Também podemos acrescentar as ideias de justiça 
social, ou seja, prioridade assegurada para quem mais precisa 
(AZEVEDO,2013).
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Fonte: http://mariolobato.blogspot.com.br/2012/12/cotas-equidade-politicas-afirmativas.html
queStãO 2 (CESPE/TRT – 8ª REGIÃO/2013) Acerca do princípio da equidade no Sistema 
Único de Saúde (SUS), assinale a opção correta.
a) O princípio da equidade no SUS é restrito à atenção básica, por ser esse um serviço de 
menor custo e de amplo alcance, que atende ao cidadão brasileiro onde ele esteja.
b) As modalidades atuais de repasses intergovernamentais e de remuneração dos serviços 
em saúde atendem ao princípio de equidade no SUS.
c) A promoção de equidade no SUS deve ser realizada por meio da preferência de atendimento 
aos usuários de baixa renda.
d) A oferta de serviços que privilegiam os grupos menos vulneráveis, um pressuposto do SUS, 
compromete a resolutividade da atenção básica.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
e) A equidade no SUS pressupõe a oferta de serviços de saúde de todos os níveis de acordo 
com a complexidade que cada caso requeira, até o limite da capacidade do sistema.
Letra e.
Equidade – é assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade 
que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo ci-
dadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que 
o sistema puder oferecer para todos.
Integralidade – para Roncalli (2003) É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
•	 cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
•	 as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo 
indivisível e não podem ser compartimentalizadas;
•	 as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, 
formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar 
assistência integral.
Enfim:
O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por 
um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde 
(RONCALLI, 2003).
Não esqueça que integralidade consiste na continuidade da assistência, e isso deixa claro 
as noções de promoção, proteção e recuperação da saúde. Pois o homem não é “só”, existe 
família, histórico de vida, sociedade que o cerca, contextos econômicos, políticos e sociais 
que devem ser analisados e compreendidos para uma assistência adequada. Após essa 
análise podemos “tratar” do corpo como um todo e não em (partes), ofertando a este o ser-
viço de acordo com sua real necessidade.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 3 (IBFC/HEMOMINAS/2013) Os transplantes de medula óssea são procedimentos 
de alta complexidade e custo e que consomem importante montante dos recursos do SuS, 
beneficiando um número relativamente pequeno de pessoas. Ao assumir o financiamento 
desses procedimentos o setor público age de acordo com um princípio do SuS, que é a:
a) Integralidade.
b) Universalidade.
c) Equidade.
d) Hierarquização.
Letra c.
De acordo com Brasil (2000):
Se o SUS oferecesse exatamente o mesmo atendimento para todas as pessoas, da mesma ma-
neira, em todos os lugares, estaria provavelmente oferecendo coisas desnecessárias para alguns, 
deixando de atender às necessidades de outros, mantendo as desigualdades. Logo, a equidade é o 
preceito doutrinário do SUS que afirma a Justiça Social.
queStãO 4 (FRAMINAS/PREFEITURA DE ITABIRITO-MG/2013) São princípios do Serviço 
Único de Saúde (SUS), exceto:
a) Universalidade.
b) Integralidade.
c) Equidade.
d) Similaridade.
Letra d.
O princípios do SUS são descritos no art. 7º da Lei n. 8.080/1990. Dentre os citados na ques-
tão, apenas similaridade não é um princípio. Reforçando: universalidade, integralidade e Equi-
dade são princípios DOUTRINÁRIOS DO SUS!
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 5 (IBFC/ILSL/2013) O princípio do Sistema Único de Saúde – SUS, definido conjunto 
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos – 
exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, é a:
a) Integralidade.
b) Equidade.
c) Universalidade.
d) Humanização.
Letra a.
De acordo com o art. 7º da Lei n. 8.080: “Integralidade é o conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos – exigido para cada caso em 
todos os níveis de complexidade do sistema”.
queStãO 6 (AOCP/EBSERH/2015) “Reconhecimento na prática dos serviços de saúde pú-
blica de que cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; as ações 
de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não 
podem ser compartimentalizadas; e, as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos 
graus de complexidade, formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz 
de prestar assistência total.” É correto afirmar que esse trecho implica-se à
a) equidade.
b) integralidade.
c) resolubilidade.
d) universalidade.
Letra b.
Não esqueça que integralidade consiste na continuidade da assistência, e isso deixa claro as 
noções de promoção, proteção e recuperação da saúde. Pois o homem não é “só”, existe 
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
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família, histórico de vida, sociedade que o cerca, contextos econômicos, políticos e sociaiscomeçaram a conquistar alguns direitos sociais.
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Evolução Histórica da Organização do SUS no Brasil
LEGISLAÇÃO DO SUS
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Assim, em 24 de janeiro de 1923, foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei Eloy Chaves, 
marco inicial da previdência social no Brasil. Por meio desta lei, foram instituídas as Caixas de 
Aposentadorias e Pensões (CAPS).
O avanço do capitalismo no Brasil faz com que a classe trabalhadora exija melhores condições 
de trabalho. Os primeiros movimentos grevistas em 1917 e 1919 foram marcantes na nossa his-
tória, por resultarem na intervenção do Estado frente às condições de trabalho (SOUZA, 2018).
O PULO DO GATO
Podemos afirmar que a Lei Eloy Chaves, de 1923, é o marco da previdência social no Brasil, ou 
seja, é o primeiro momento em que o Estado faz a assunção de ações específicas para este 
grupo, através da instituição das caixas de aposentadorias e pensões – CAPS.
Características das CAP’S:
• formulada por instituição ou grandes empresas;
• ofertavam aposentadorias e pensões;
• serviços funerários, socorro médico para a família, medicamento por preço especial;
• assistência por acidente de trabalho;
• financiamento e gestão: trabalhador e empregador;
• assistência médica para o empregado e família.
• a primeira CAP foi a dos ferroviários; e a segunda, dos marítimos;
• Não esquecer que eram por grandes empresas;
• E o ESTADO não participava do financiamento das CAPS, logo, o financiamento era BI-
PARTITE!
Sempre que cair em prova qual foi o marco inicial da previdência no Brasil ou em que mo-
mento o Estado assume a responsabilidade frente à saúde dos trabalhadores, lembre-se da Lei 
Eloy Chaves (1923) e da criação das CAPS. O fato do Estado não participar do financiamento 
não nega a primeira assertiva.
Mendes (1993), afirma:
No que diz respeito às ações de assistência, o surgimento de um modelo de prestação de serviços 
de assistência médica esteve condicionado ao amadurecimento do sistema previdenciário brasi-
leiro, que teve, como suas práticas fundantes, as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS). No 
mesmo ano de surgimento das Caixas, 1923, é promulgada a Lei Eloy Chaves, considerada por mui-
tos autores como o marco do início da Previdência Social no Brasil. As CAPS eram organizadas por 
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empresas e administradas e financiadas por empresários e trabalhadores e eram responsáveis por 
benefícios pecuniários e serviços de saúde para alguns empregados de empresas específicas, em 
sua maioria de importância estratégica. Entre 1923 e 1930 foram criadas mais de 40 CAPS cobrindo 
mais de 140 mil beneficiários. No período das CAPS, pelo menos até 1930, a assistência médica era 
colocada como prerrogativa fundamental deste embrionário sistema previdenciário e foi bastante 
desenvolvida a estruturação de uma rede própria.
002. (EBSERH/BIOMÉDICO/IADES/MCO/2014) Antes da criação do SUS, o Ministério da Saú-
de atuava na área de assistência à saúde por meio de alguns poucos hospitais especializados, 
além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP), em regiões espe-
cíficas do País. Nesse período, a assistência à saúde mantinha uma vinculação muito próxima 
com determinadas atividades e o caráter contributivo do sistema existente gerava uma divisão 
da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que 
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta). Considerando as informações apre-
sentadas, é correto afirmar que esses grupos são os (as):
a) profissionais de saúde e a população leiga.
b) previdenciários e os não previdenciários.
c) anarquistas e os socialistas.
d) sindicalizados e os autônomos.
e) populações propensas a endemias e as populações urbanas.
Exemplo de questão que o candidato deve fazer grifos e identificar qual é a verdadeira “per-
gunta” de prova. Vamos lá: ao ler este enunciado, devemos ficar atentos ao período histórico 
e à característica da assistência à saúde. Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços de 
saúde era EXCLUDENTE. Uma parcela da população CONTRIBUÍA COM A PREVIDÊNCIA (os 
trabalhadores) e a maioria dependia das instituições filantrópicas. Uma pequena parcela podia 
pagar os serviços médicos particulares. Qual o objetivo da questão? Saber quais eram os dois 
grupos, logo, existiam os que contribuíam – PREVIDENCIÁRIOS, e os que não contribuíam – 
NÃO PREVIDENCIÁRIOS.
Letra b.
003. (EBSERH/MCO/2014) O momento inicial de responsabilização do Estado pela regulação 
da concessão de benefícios e serviços, especialmente de assistência médica, aconteceu com a:
a) criação do Funrural.
b) aprovação da Lei Eloy Chaves.
c) criação da Consolidação das Leis de Trabalho.
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d) criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões.
e) criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos.
Questão traz uma “pegadinha”. Vamos decifrá-la? O Estado se responsabiliza pelos trabalha-
dores, em um PRIMEIRO MOMENTO, a partir da criação das CAPS, pela LEI ELOY CHAVES. 
Onde está a confusão? Muitos confundem responsabilização do Estado com a participação no 
financiamento. As CAPS – Caixas de aposentadorias e pensões tinham uma gestão BIPARTITE 
(Empresas e Trabalhadores) e para os IAPS o financiamento era TRIPARTITE (o Estado, como 
era responsável pela gerência, também participava do financiamento). Para resumir: a Lei Eloy 
Chaves é o marco inicial da previdência social no país, pois é, neste momento – em 1923 – 
que o Estado assume a responsabilidade, mesmo que incipiente, da assistência à saúde da 
classe trabalhadora (lembrar que as ações são dirigidas apenas aos contribuintes das grandes 
empresas).
Letra b.
004. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE-UFRN/2013) O surgimento das primei-
ras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS) é o marco inicial da atividade estatal em 
relação à assistência médica. A Lei de 1923, na qual o governo instituiu e regulamentou tais 
entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde n. 8080.
d) Lei Orgânica da Saúde n. 8142.
A Lei Eloy Chaves, em 1923, traz em seu texto a criação das Caixas de Aposentarias e Pen-
sões – CAPS.
Letra b.
4. erA VArgAS – 1930 A 1964
A crise do café e a crise política da Velha República desencadearam um golpe de Estado 
conhecido como Revolução de 30. Neste contexto, a indústria passa ser a maior responsável 
pelo acúmulo de capital.
O primeiro governo Vargas é reconhecido pela literatura como um marco na configuração 
de políticas sociais no Brasil. As mudanças institucionais que ocorreram, a partir de 1930, 
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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moldaram a política pública brasileira, estabelecendo um arcabouço jurídico e material que 
conformaria o sistema de proteção social até um período recente (CAMPOS, 2000).
Em 1933, as CAPS são UNIFICADAS e são criados os Institutos de Aposentadorias e Pen-
sões – IAPS, garantindo benefícios assegurados aos associados:
• aposentadoria;
• pensão em caso de morte: para os membros de suas famílias ou para os beneficiários;
• assistência médica e hospitalar;
• socorros farmacêuticos, mediante indenização pelo preço do custo acrescido das des-
pesas de administração.
O PULO DO GATO
• Os IAPS surgem da necessidade política do Estado estender a todas as categorias do 
operariado urbano organizado os benefícios da previdência;
• O primeiro IAP foi o dos MARÍTIMOS – IAPM;
• Seu FINANCIAMENTO era TRIPARTITE (o governo assumiu a GESTÃO financeira).
Em 1941, aconteceu a I Conferência Nacional de Saúde, e a criação da Fundação Serviço 
Especial de Saúde Pública (FSESP) ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial, como consequência 
do convênio firmado entre os governos brasileiro e norte-americano, durante a segunda guerra 
mundial, em 1942.
Segundo Roncali (2002), a FSESP tinha como atribuições centrais, naquele momento, sane-
ar a Amazônia e a região do Vale do Rio Doce, onde se produziam borracha e minério de ferro, 
matérias-primas estratégicas para o esforço de guerra americano, tendo em vista os altos 
índices de malária e febre amarela que atingiam os trabalhadores desta região. Além disso, 
teve um importante papel no declínio da mortalidade infantil por doenças imunopreveníveis.
A unificação das CAPS, criadas em 1923, em IAPS, no ano de 1933, é um dos fatos mais 
importantes da história da previdência no país. Observe que, com a criação dos IAPS, o governo 
assume a GESTÃO financeira. Os benefícios passam a ser por CATEGORIAS PROFISSIONAIS 
DO OPERARIADO URBANO. O acesso aos serviços de saúde continua sendo CONTRIBUTIVO 
e EXCLUDENTE. E o modelo sanitarista/campanhista ainda é o predominante (SOUZA, 2018).
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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5. AutorItArISmo – 1964 A 1984
O regime militar que se instala a partir de 1964, de caráter ditatorial e repressivo, procura 
utilizar-se de forças policiais e do exército e dos atos de exceção para se impor.
O governo militar implantou reformas institucionais que afetaram profundamente a saúde 
pública e a medicina previdenciária.
O regime autoritário, instaurado após o golpe militar de 1964, trouxe, como consequência imediata 
para as políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação da sociedade nos rumos 
da previdência. De outro lado, também provocou uma centralização crescente da autoridade decisó-
ria, marcada pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), resultado da fusão dos 
vários IAPS, em 1966 (Oliveira & Teixeira, 1985, Mendes, 1993)
Com a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPS) no Instituto Nacional 
de Previdência Social (INPS), em 1966, concentraram-se todas as contribuições previdenciá-
rias, ao mesmo tempo em que o novo órgão passou a gerir as aposentadorias, as pensões e a 
assistência médica de todos os trabalhadores formais, embora excluíssem dos benefícios os 
trabalhadores rurais e uma gama de trabalhadores urbanos informais (POLIGNANO, 2002).
As políticas de saúde do primeiro período da ditadura, que compreendeu a fase do “milagre 
brasileiro”, entre 1968 e 1974, foram caracterizadas por uma síntese, produto de reorganiza-
ções setoriais do sanitarismo campanhista do início do século e do modelo de atenção médica 
previdenciária do período populista (LUZ, 1991).
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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A partir de então, foi criada uma estrutura considerável em torno da Previdência Social, 
com uma clara vinculação aos interesses do capital nacional e internacional. Neste sentido, 
o Estado passa a ser o grande gerenciador do sistema de seguro social, à medida em que au-
mentou o seu poder nas frentes econômica e política, pelo aumento nas alíquotas e também 
no controle governamental através da extinção da participação dos usuários na gestão do 
sistema, antes permitida na vigência das CAPS e dos IAPS (MENDES, 1993).
Este sistema foi se tornando cada vez mais complexo tanto do ponto de vista administrati-
vo quanto financeiro dentro da estrutura do INPS, que acabou levando à criação de uma estru-
tura própria administrativa, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social 
(INAMPS) em 1977 (POLIGNANO, 2001).
Segundo Carvalho & Goulart (1998):
Já na metade da década de 1970, é criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social 
(SINPAS), do qual fazia parte o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência 
Social) que mantém a estratégia de compra de serviços do setor privado, justificada na época por 
ser tecnicamente mais viável, mas que se tratava, em síntese de “uma perversa conjugação entre 
estatismo e privatismo” (Carvalho & Goulart, 1998).
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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Neste contexto, o modelo médico privatista/curativo surge e se torna hegemônico. Vale 
ressaltar que este modelo tem como foco a DOENÇA E O DOENTE, não atuando sobre as ne-
cessidades reais da população. Grandes hospitais são criados para atendimento daqueles que 
contribuíam, fortalecendo o caráter EXCLUDENTE das ações e serviços de saúde e ratificando 
o perfil contributivo. O modelo sanitarista não deixa de existir.
A Conferência Internacional sobre a Atenção Primária à Saúde, realizada em Alma-A-
ta (localizada no atual Cazaquistão), em 1978, foi o ponto culminante na discussão contra 
a elitização da prática médica, bem como contra a inacessibilidade dos serviços médicos 
às grandes massas populacionais. Na Conferência, reafirmou-se ser a saúde um dos direitos 
fundamentais do homem, sob a responsabilidade política dos governos, e reconhece-se a sua 
determinação Intersetorial (BRASIL, 2011).
Segundo Roncali (2002), a população com baixos salários, contidos pela política econômi-
ca e pela repressão, passou a conviver com o desemprego e as suas graves consequências 
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sociais, como aumento da marginalidade, das favelas, da mortalidade infantil. O modelo de 
saúde previdenciário começa a mostrar as suas mazelas.
• Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os 
principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indica-
dores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo), além das seguintes consequências:
• aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-
-hospitalar de complexidade crescente;
• diminuição do crescimento econômico com a respectiva repercussão na arrecadação 
do sistema previdenciário, reduzindo as suas receitas;
• incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginali-
zados, que, sem carteira assinada e contribuição previdenciária, viam-se excluídos do 
sistema;
• desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e 
para realização de obras por parte do governo federal;
• O não repasse pela União de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário, 
visto ser esse tripartite (empregador, empregado e união).
Na tentativa de conter custos e combater fraudes, o governo criou em 1981 o Conselho 
Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS. (POLIG-
NANO, 2001).
Segundo o autor supracitado, o CONASP passa a absorver em postos de importância al-
guns técnicos ligados ao movimento sanitário, o que dá início à ruptura, por dentro, da domi-
nância dos anéis burocráticos previdenciários. O plano inicia-se pela fiscalização mais rigorosa 
da prestação de contas dos prestadores de serviços credenciados, combatendo-se as fraudes.
• O CONASP é criado em 1981, com o intuito de aumentar a produtividade, melhorar a qua-
lidade da assistência e equilibrar as ações ofertadas à população urbana e rural. Essas 
ações estão ligadas à formação deste conselho, que contava com técnicos integrantes 
do movimento sanitário, que já estava se articulando;
• A Conferência de Alma-Ata, em 1978, foi a PRIMEIRA Conferência que trouxe para dis-
cussão a ATENÇÃO PRIMÁRIA, e o resultado de suas discussões dispararam no mundo 
um olhar diferenciado para a forma de ofertar ações e serviços de saúde. Podemos 
dizer que as primeiras ações descentralizadas no Brasil, as AIS (Ações Integradas em 
Saúde), que nascem entre 1983/1984, são o MARCO INICIAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
NO BRASIL.
O PULO DO GATO
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005. (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES/EBSERH/2013/ENFERMEI-
RO) Na evolução do sistema de saúde no Brasil, foram elaboradas legislações específicas 
governamentais que “estruturaram” a formação do SUS, formando uma “linha do tempo”. Um 
órgão foi criado, em 1977, e fez parte do Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social 
(SIMPAS). Este órgão foi o grande prestador da assistência médica e funcionava à custa de 
compra de serviços médicos hospitalares, do setor privado. O órgão referenciado no texto é o:
a) SINAN.
b) SIMPAS.
c) INPS.
d) INAMPS.
e) SIN.
Uma questão que exige do candidato memorização de datas. Para facilitar a resolução, sugiro 
uma linha cronológica. O que devemos grifar nesta questão? O órgão prestador de assistência 
médica. Fica mais fácil lembrar: em 1923, através da Lei Eloy Chaves, as CAPS são criadas, e 
em 1933, estas são unificadas em IAPS. Em 1966, nasce de forma INSTITUCIONALIZADA – A 
PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL, através do INPS – Instituto Nacional da Previdência Social. 
Este era responsável pelas aposentadorias e pensões. Em 1977, é criada a parte da assistência 
médica do INPS, conhecida como INAMPS – que prestou ASSISTÊNCIA MÉDICA AOS PREVI-
DENCIÁRIOS ATÉ A CRIAÇÃO DO SUS.
Letra d.
006. (PREFEITURA DE PRESIDENTE DUTRA/MA/2012/LUDUS) Com relação ao Sistema 
Único de Saúde (SUS) e seus princípios, foram muitos os passos percorridos antes de chegar-
mos ao nível de evolução do SUS atual. Sobre este assunto relacione a primeira coluna com a 
segunda coluna. POLÍTICAS (coluna 1)
1. SUDS
2. CONASP
3. AIS
4. VIII Conferência Nacional de Saúde
5. SUS
CARACTERÍSTICAS (coluna 2)
(  )	� Ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a As-
sembleia Constituinte.
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(  )	� Convênios com municípios e Estados, permitindo pela primeira vez o uso de recursos 
da previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população;
(  )	� Descentralização do INAMPS e forte apoio dos governadores.
(  )	� Deu início a programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou 
a AIH
(  )	� Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o 
usuário tenha que comprovar qualquer contribuição prévia.
Marque a alternativa que traz a sequência correta da segunda coluna:
a) 4, 1, 3, 2, 5
b) 4, 3, 1, 2, 5
c) 3, 4, 1, 2, 5
d) 1, 3, 5, 4, 2
e) 4, 5, 3, 1, 2
Na ordem da primeira coluna: a VIII Conferência Nacional de Saúde foi o espaço de ampla 
discussão sobre os rumos da saúde; as AIS foram as primeiras ações na atenção primária no 
Brasil e tiveram como característica a interiorização das ações e serviços de saúde e realiza-
ram convênios com municípios e Estados, permitindo, pela primeira vez, o uso de recursos 
da previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população; o SUDS foi a 
estratégia ponte entre o INAMPS e o SUS, já que toda a estrutura do extinto INAMPS passa a 
ser do Estado; o CONASP foi instituído para tentar reverter a crise do INPS em 1981 e, dentre 
outras ações, deu início à programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS 
e criou a AIH (Autorização de Internação Hospitalar); o SUS, é o conjunto de ações e serviços 
de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o usuário tenha que comprovar qualquer 
contribuição prévia.
Letra b.
007. (EBSERH/IADES/MCO/2014) No que se refere ao agrupamento dos IAPs no Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS), é correto afirmar que ele ocorreu durante a (o):
a) Primeira República.
b) Era Vargas.
c) ditadura militar.
d) governo de João Goulart.
e) Nova República.
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Esta questão requer memorização de datas marcantes. Mais uma vez, sugiro a elaboração de 
UMA LINHA DO TEMPO – COM OS FATOS MARCANTES/PERÍODOS HISTÓRICOS. Vamos lá: 
em que ano o INPS é criado? – 1966. Em que período da história do Brasil? – durante a Dita-
dura Militar.
Letra b.
Este modelo excludente (INPS/INAMPS) provocou, então, uma capitalização crescente do 
setor privado. No entanto, a precariedade do sistema, não só da área da saúde, mas em toda 
a área social, provocou uma insatisfação cadavez maior, comprometendo a legitimidade do 
regime militar. (RONCALI, 2001)
Os indicadores de saúde da época, entre eles o Coeficiente de Mortalidade Infantil, pioravam 
assustadoramente, mesmo em grandes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte. Intensificam-
-se movimentos sociais e as pressões de organismos internacionais, de modo que, já no governo 
Geisel, entre 1974 e 1979, há uma preocupação maior em minimizar os efeitos das políticas ex-
cludentes através de uma expansão na cobertura dos serviços, mas o anel técnico-burocrático 
criou entraves.
Segundo Polignano (2002), o CONASP encontrou oposição da Federação Brasileira de 
Hospitais e de medicina de grupo (anel técnico-burocrático), que viam nesta tentativa a perda 
da sua hegemonia dentro do sistema e a perda do seu status.
Para se mencionar a forma desses grupos atuarem, basta citar que eles opuseram e con-
seguiram derrotar dentro do governo, com a ajuda de parlamentares, um dos projetos mais 
interessantes de modelo sanitário, que foi o PREV-SAÚDE (1976), que depois de seguidas dis-
torções acabou por ser arquivado. (MENDES, 1993).
Segundo Teixeira (1989), no bojo das lutas por políticas mais universalistas e do processo 
de abertura política em fins dos anos 1970, o movimento dos profissionais de saúde e de in-
telectuais da área de saúde coletiva por mudanças no modelo se amplia. Com o crescimento 
da insatisfação popular, personificada, politicamente, na vitória da oposição em eleições parla-
mentares, este movimento, que ficou conhecido como Movimento pela Reforma Sanitária, se 
amplia mais ainda com a incorporação de lideranças políticas sindicais e populares e também 
de parlamentares interessados na causa.
Um dos marcos deste movimento ocorreu em 1979, durante o I Simpósio Nacional de Po-
lítica de Saúde, conduzido pela comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Já neste mo-
mento foi discutida uma proposta de reorganização do sistema de saúde colocada pelo Centro 
Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), o representante legítimo do movimento sanitário. 
Nesta proposta, já há menção a um Sistema Único de Saúde, de caráter universal e descentra-
lizado (WERNECK, 1998).
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Devido ao agravamento da crise financeira, o sistema redescobre quinze anos depois a 
existência do setor público de saúde, e a necessidade de se investir nesse setor, que trabalhava 
com um custo menor e atendendo a uma grande parcela da população carente de assistência.
Em 1983, foi criado a AIS (Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial (Pre-
vidência-Saúde-Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o se-
tor público, procurando integrar ações curativas-preventivas e educativas ao mesmo tempo 
(SOUZA, 2018).
Assim, a Previdência passaria a comprar e pagar serviços prestados por estados, municí-
pios, hospitais filantrópicos, públicos e universitários.
Segundo Souza (2018), este período coincidiu com o movimento de transição democrática, 
com eleição direta para governadores e vitória esmagadora de oposição em quase 21 de todos 
os estados nas primeiras eleições democráticas deste período – 1982.
Por outro lado, além dos movimentos populares internos pela democratização e por uma 
política sanitária de caráter mais universalista e do panorama mundial apontar para a concre-
tização de novas alternativas para os sistemas de saúde centradas na Atenção Primária, ins-
titucionalmente, muitos avanços foram conseguidos a partir da atuação de componentes do 
movimento sanitário dentro da estrutura do governo (SOUZA, 2018).
A metade dos anos 1980 é marcada por uma profunda crise de caráter político, social 
e econômico. A previdência, ao fim de sua fase de capitalização e com problemas de caixa 
oriundos de uma política que estimulava a corrupção e o desvio de verbas, se apresentava sem 
capacidade para dar conta das demandas criadas. Na outra ponta, o regime autoritário teria 
que buscar formas de legitimação diante da insatisfação popular. (RONCALI, 2001).
008. (PREFEITURA DE PONTA GROSSA-PR/2011/FAFIPA) Sobre a Conferência de Alma-Ata 
(1978) analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
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I – Refere que os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde basea-
dos em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e social-
mente aceitáveis.
II – Reconhece como necessária a união de países desenvolvidos para incremento de tec-
nologias duras em países pouco desenvolvidos com o intuito de fortalecer a equidade 
em saúde.
III – Afirma que o desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica in-
ternacional é de importância fundamental para realização da meta de Saúde para Todos 
no Ano 2000 e para a redução da lacuna existente entre o estado de saúde dos países 
em desenvolvimento e o dos desenvolvidos.
IV – Foi realizada no Brasil e é considerada um marco na história do país, pois fomentou a 
discussão sobre saúde universal, sendo precursora da Constituição Federal de 1988.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, II e III estão corretas.
A Declaração de Alma-Ata aconteceu na antiga URSS, no Cazaquistão, sendo a primeira Confe-
rência que traz a atenção primária como estratégia de organização do sistema de saúde apro-
priado e efetivo para responder às reais necessidades de saúde da população. Na realização 
de ações na atenção primária, utiliza-se a tecnologia leve (vínculo, acolhimento, abordagem 
integral, utilização de conhecimentos científicos e respeito à individualidade) e levedura (mes-
mas ações da tecnologia leve, mas há utilização de instrumentais e equipamentos), conceitos 
trazidos por Emerson Merhy. A tecnologia dura refere-se ao instrumental complexo em seu 
conjunto, englobando todos os equipamentos para tratamentos, exames e a organização de 
informações. A assertiva III traz o que foi pactuado na Conferência Internacional de Promoção 
da Saúde – Otawa/Canadá/1986.
Letra a.
009. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
Anteriormente à promulgação da Constituição Federal de 1988, o sistema nacional de saúde 
pautava-se por um conceito de saúde amplo; além da ausência de doenças, a saúde era con-
cebida como um estado influenciado por determinantes sociais.
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Antes da promulgação da Constituição de 1988, o sistema de saúde era excludente e se pauta-
va em ações previdenciárias, com foco na medicina privativa. O conceito de saúde era reduzido 
à ausência de doença e não eravisto de forma ampla.
Letra b.
6. FIm dA dItAdurA e noVA repúblICA (1985 – 1988)
O movimento das DIRETAS JÁ (1985) e a eleição de Tancredo Neves marcaram o fim do 
regime militar, gerando diversos movimentos sociais, inclusive na área de saúde, que culmina-
ram com a criação das associações dos secretários de saúde estaduais (CONASS) ou muni-
cipais (CONASEMS), e com a grande mobilização nacional por ocasião da realização da VIII 
Conferência Nacional de Saúde (Congresso Nacional, 1986), a qual lançou as bases da refor-
ma sanitária e do SUDS – Sistema Único Descentralizado de Saúde (POLIGNANO, 2001).
Juntamente a estes acontecimentos, cresce o Movimento Sanitário brasileiro, que teve, como ponto 
alto de sua articulação, a VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, em Brasília. O momento po-
lítico propício, com o advento da Nova República, pela eleição indireta de um presidente não militar 
desde 1964, além da perspectiva de uma nova Constituição, contribuíram para que a VIII Conferên-
cia Nacional de Saúde fosse um marco e, certamente, um divisor de águas dentro do Movimento 
pela Reforma Sanitária. Com uma participação de cerca de cinco mil pessoas, entre profissionais 
de saúde, usuários, técnicos, políticos, lideranças populares e sindicais, a VIII Conferência criou a 
base para as propostas de reestruturação do Sistema de Saúde brasileiro a serem defendidas na As-
sembleia Nacional Constituinte, instalada no ano seguinte. O Relatório da Conferência, entre outras 
propostas, destaca o conceito ampliado de saúde, a qual é colocada como direito de todos e dever 
do Estado (Polignano, 2001).
Estes fatos ocorreram também, em concomitância com a eleição da Assembleia Nacional 
Constituinte, em 1986, e a promulgação da nova Constituição, em 1988.
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7. A VIII ConFerênCIA nACIonAl de SAúde e A ConStItuIção de 1988
A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do que uma reforma setorial. 
O movimento sanitário emergia juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida 
social do período da DITADURA MILITAR.
A constituinte de 1988, no capítulo VIII da Ordem social e na seção II referente à Saúde, 
define no artigo 196 que:
[...] a saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas 
que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O SUS é definido pelo artigo 198 da Constituição Federal de 1988, do seguinte modo:
[...] as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e cons-
tituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais;
III – Participação da comunidade.
Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, com recursos do orçamento da segu-
ridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
O PULO DO GATO
O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE?
− Grande marco da reforma sanitária brasileira;
− Participação pela primeira vez dos usuários;
− Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
− Conceito ampliado de saúde;
− Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
− Instituição de um Sistema Único de Saúde;
− A partir dela se modificaram as bases de organização, deliberação e representação 
das Conferências Nacionais de Saúde.
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O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseado na 
formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando 
resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere 
à saúde coletiva, consolidando-o como um dos direitos da CIDADANIA. Esta visão refletia o 
momento político porque passava a sociedade brasileira, recém-saída de uma ditadura militar, 
em que a cidadania nunca foi um princípio de governo. Embalada pelo movimento das Diretas 
Já, a sociedade procurava garantir na nova constituição os direitos e os valores da democracia 
e da cidadania (SOUZA, 2018).
O PULO DO GATO
Antes da implantação do SUS, em um momento conhecido como ESTADUALIZAÇÃO DA SAÚ-
DE OU ESTRATÉGIA PONTE, foi implantado em alguns estados O SUDS (SISTEMA UNIFICADO 
E DESCENTRALIZADO EM SAÚDE).
Sua implantação ocorreu com o intuito de FORTALECER os estados no processo de DESCEN-
TRALIZAÇÃO das ações e serviços para os municípios – processo conhecido como MUNICIPA-
LIZAÇÃO. Esta estratégia, o SUDS, aconteceu entre 1987e 1989 e, à medida que os municípios 
assumiam a gestão e execução das ações através do SUS, eram descredenciados do SUDS.
010. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A VIII Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em 1986, foi um acontecimento importante que influenciou a criação do SUS. Em 
relação ao Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, marque a alternativa CORRETA:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a realização 
de Conferências Estaduais e Municipais.
b) O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e do mo-
vimento sindical, mas não houve apoio político.
c) O movimento da Reforma Sanitária Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração de 
uma nova Constituição Federal.
d) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático e 
pela sua dinâmica processual.
e) O SUS foi criado através da Lei n. 8.080 de 19 de setembro de 1990.
A VIII CNS foi a primeira conferência a permitir participação popular e teve apoio do governo, já 
que o momento histórico era de resgate de dívidas sociais. Vale ressaltar que a 8ª Conferência 
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Nacional de Saúde não cria o SUS e sim traz os ideais, a filosofia e as bases para a criação de 
um sistema para todos.
Letra d.
011. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A reforma sanitária foi o principal movi-
mento na construção do SUS vigente no Brasil. O marco referencial definitivo na institucionali-
zação das propostas desse movimento foi:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde/1986.
b) A IX Conferência Nacional de Saúde/1993.
c) A Conferência Internacional de Alma Ata/1978.
d) A política das ações integradas de saúde/1980.
e) A Assembleia Nacional Constituinte/1988.
Uma boa questão de prova e requer leitura atenta. Qual proposta a 8ª Conferência Nacional de 
Saúde discutiu? – A criação de um sistema de saúde para todos. E esta “solicitação” foi defini-
tiva emque marco histórico/jurídico? – Na Assembleia Constituinte de 1988 – em que o SUS 
é institucionalizado.
Letra e.
012. (PREFEITURA DE SALVADOR-BA/2011/CESGRANRIO) De acordo com as políticas pú-
blicas de saúde, historicamente na 8ª Conferência Nacional de Saúde, no tocante à participa-
ção, resultaram as seguintes diretrizes, EXCETO a;
a) afirmação do princípio da participação das entidades representativas.
b) reformulação das ações integradas de saúde.
c) constituição de um novo conselho nacional, composto por representantes.
d) formação de conselhos de saúde municipal, regional e estadual, cuja composição deveria 
incluir representantes indicados pelo governo.
e) eleição da direção das unidades de saúde pelos seus trabalhadores e usuários.
A VIII CNS traz, como uma das principais diretrizes, a participação da população – através dos 
conselhos e conferências que devem ter caráter paritário (50% de representação dos usuários) 
e os membros eleitos em plenária. A assertiva traz que os membros seriam indicados pelo 
governo – o que torna falsa a afirmação.
Letra d.
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013. (PREFEITURA DE VALENÇA-RJ/2012/FUNCAB) O Movimento de Reforma Sanitária con-
solidou-se no Brasil no final da década de 1970, em um cenário de crise econômica, que agravou 
ainda mais a qualidade de vida da população e aumentou as necessidades e atenção à saúde. Em 
relação a esse movimento, é INCORRETO afirmar que:
a) se estruturou, durante o período mais repressivo da ditadura militar e teve Sérgio Arouca 
como um dos principais militantes.
b) foi responsável pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS –, trans-
formado depois no Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social – INAMPS.
c) por incentivo do movimento, surgem projetos de saúde comunitária e as Conferências de 
Saúde são transformadas em espaços de participação popular.
d) entre as bandeiras defendidas pela reforma sanitária estavam o acesso de todo brasileiro 
às ações de saúde de forma integral.
e) as propostas da reforma sanitária foram concretizadas na Constituição Federal de 1988.
A assertiva se torna incorreta ao afirmar que o INPS (criado em 1966 – após unificação dos 
IAPS) foi transformado em INAMPS (parte do INPS que prestava assistência médica aos con-
tribuintes).
Letra b.
014. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/UFMT/2010) Sobre a Reforma Sanitá-
ria brasileira, analise as afirmativas.
I – Constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transforma-
ção sanitária gestada desde a década de 70 do século XX.
II – Deve ser entendida simplesmente como uma reforma setorial.
III – Na busca de viabilidade para as intervenções propostas pela Reforma Sanitária, utili-
zou-se unicamente de dois caminhos: legislativo-parlamentar e técnico-institucional.
IV – Os princípios e as diretrizes da Reforma foram sistematizados na 8ª Conferência Na-
cional de Saúde, destacando-se: conceito ampliado de saúde; Sistema Único de Saúde 
(SUS) e participação popular. Estão corretas as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
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Evolução Histórica da Organização do SUS no Brasil
LEGISLAÇÃO DO SUS
Natale Souza
A VIII CNS constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transfor-
mação sanitária gestada desde a década de 1970, principalmente pela CEBES, e nunca preten-
deu ser apenas uma reforma de setor – basta lembrar que a mesma aconteceu concomitan-
temente à várias outras reformas e que o SUS proposto está em constante construção –; não 
há um marco final da reforma e sim mudanças de acordo o cenário político/epidemiológico e 
social. Por este motivo, podemos afirmar que o viés filosófico garante a sua continuidade.
Letra c.
8. o nASCImento do SuS (período póS-ConStItuInte)
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamentado 
em 19 de setembro de 1990 através da Lei n. 8.080. Esta lei define o modelo operacional do 
SUS, propondo a sua forma de organização e de funcionamento.
A saúde passa a ser definida de uma forma mais abrangente, de acordo com o art. 3º:
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, 
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, atividade física o transpor-
te, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
O SUS é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos 
e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta, e 
das fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar do SUS em 
caráter complementar (SOUZA,2018).
O Sistema Único de Saúde, garantido pela Constituição e regulado pela LOS, prevê um 
sistema com princípios doutrinários e organizativos. Os princípios doutrinários dizem respeito 
às ideias filosóficas que permeiam a implementação do sistema e personificam o conceito 
ampliado de saúde e o princípio do direito à saúde.
O PULO DO GATO
Os princípios organizativos orientam a forma como o sistema deve funcionar, tendo, como eixo 
filosófico norteador, os princípios doutrinários.
Faremos a seguir uma breve discussão a respeito destes princípios, mas reforçaremos 
quando versarmos sobre a Lei n. 8.080/1990.
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Foram definidos como princípios doutrinários do SUS:
• UNIVERSALIDADE – o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pesso-
as, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais 
ou pessoais;
• EQUIDADE – é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à 
saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve 
estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida;
• INTEGRALIDADE – significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de 
saúde procurar atender a todas as suas necessidades.
Princípios Doutrinários e Organizativos
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A universalidade da atenção: a ideia de universalidade, ou seja, a saúde como um direito de 
cidadania foi, certamente, o que melhor representou o sepultamento do modelo excludente 
anterior, em que somente os contribuintes da previdência social tinham direito à assistência à 
saúde. A cidadania, antes regulada, passaa se aproximar mais do princípio de cidadania plena 
e, pelo menos com relação à saúde, todos os indivíduos passaram a ter esse direito, garantido 
pelo Estado.
A equidade: como desdobramento da ideia de universalidade, o princípio da equidade asse-
gura que a disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos 
grupos de indivíduos. Em linhas gerais, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, 
ou seja, alocando recursos onde as necessidades são maiores (Cordeiro, 2001).
A integralidade da atenção: o terceiro princípio doutrinário do SUS é o da integralidade. Este 
princípio deve ser entendido como relativo à prática de saúde, interpretada como o ato médico 
individual, e também com relação ao modelo assistencial.
O princípio da integralidade é, pois (Brasil, 1990c):
(...) o reconhecimento na prática dos serviços de que:
– cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
– as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e 
não podem ser compartimentalizadas;
– as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também 
um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
O PULO DO GATO
O homem é um ser integral e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde 
também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.
A regionalização e a hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis de 
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a de-
finição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a 
uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo 
tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus 
problemas).
O controle social: o controle social, outro dos princípios fundantes do SUS, foi, sem dúvida, 
a corporificação do processo de redemocratização brasileira dentro das políticas públicas. 
Como destacamos anteriormente, a Lei n. 8.142, de dezembro de 1990, resgata os artigos que 
regulamentam o controle social, estabelecendo que (Brasil, 1990b):
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O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em 
cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias 
colegiadas:
I – A Conferência de Saúde; e
II – O Conselho de Saúde.
A descentralização: um outro princípio organizativo do SUS é o da descentralização, que é 
entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saú-
de entre os vários níveis de governo. A descentralização parte do princípio de que a realidade 
local é a determinante principal para o estabelecimento de políticas de saúde. (Brasil, 1990).
015. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
O SUS pode ser entendido como um esquema composto por um núcleo comum ético-filosófi-
co, que concentra os princípios doutrinários, e uma forma de organização e operacionalização, 
que são os princípios organizativos.
Os princípios do SUS são definidos na Lei Orgânica n. 8.080/1990, em seu art. 7º. Há uma di-
visão teórica sobre o tema: princípios doutrinários (universalidade, equidade e integralidade) e 
organizativos (descentralização dos serviços, regionalização e hierarquização da rede e parti-
cipação social).
Certo.
016. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
O principal objetivo da reforma sanitária brasileira foi mudar as regras relativas aos benefí-
cios da previdência social, mudança que resultou na criação do Instituto Nacional da Previdên-
cia Social.
O principal objetivo da Reforma Sanitária foi a criação de um sistema de saúde para todos.
Errado.
017. (2014/IADES/SES-DF) Um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema cen-
tral em todos os debates acerca das reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. 
Esse princípio diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais”, de modo 
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a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e 
social entre os membros de uma dada sociedade.
O princípio descrito é o da
a) integralidade.
b) universalidade.
c) discricionariedade.
d) proporcionalidade.
e) equidade.
O artigo 7º, inciso IV, da Lei n. 8.080, de 1990, prescreve que é princípio do SUS a igualdade da 
assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. No entanto, muitas 
vezes é necessário tratar pessoas de maneira desigual como forma de se atingir a igualdade.
Nesse contexto, BAHIA (2001) traz:
A noção de equidade diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” de modo 
a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social 
entre os membros de uma dada sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é o reconhe-
cimento da desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas 
dessas desigualdades são injustas e devem ser superadas.
Fonte: http://www.saude.ba.gov.br/pdf/OS_PRINCIPIOS_DO_SUS.pdf
Letra e.
018. (2015/IADES/EBSERH) As atividades de saúde pública no Brasil, até meados do século 
19, limitavam-se à delegação das atribuições sanitárias para as juntas municipais e ao controle 
dos navios e da saúde nos portos. Em relação a esse período, é correto afirmar que o maior 
interesse estava relacionado ao estabelecimento de
a) um controle sanitário mínimo da capital do Império – a cidade do Rio de Janeiro.
b) campanhas de vacinação nacionais para a erradicação da varíola e da malária.
c) conselhos locais de saúde para a administração dos hospitais públicos.
d) grupos de pesquisa voltados para catalogação e estudos de doenças tropicais.
e) intercâmbios, no âmbito da saúde pública, com outros países da América Latina, para uma 
ação comum de combate às epidemias causadas por doenças tropicais.
No período citado, as ações de saúde estavam voltadas para diminuir as perdas econômicas 
geradas pelas epidemias causadas pelas doenças pestilenciais, que apresentavam alta mor-
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talidade e, consequentemente, perda de mão de obra. Não era a saúde da população que era 
foco de atenção e sim o cuidado sanitário mínimo da capital do Império – Rio de Janeiro.
Polignano (2002), afirma:
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade da organizaçãode uma estrutura sanitária mí-
nima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
1 – Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;
2 – Controle de navios e saúde dos portos;
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de um controle sanitário 
mínimo da capital do império, tendência que se alongou por quase um século.
Letra a.
019. (2014/IADES/EBSERH) Considerando que as Ações Integradas de Saúde (AIS) começa-
ram a ser implementadas em meados da década de 1980, é correto afirmar que suas principais 
diretrizes eram o (a)
a) combate a endemias e a vacinação em massa.
b) concentração das estratégias de ações em saúde pública e a itinerância das equipes de 
saúde.
c) universalização, a acessibilidade, a descentralização, a integralidade e a participação co-
munitária.
d) rapidez no combate a epidemias, a vacinação em massa e a vigilância sanitária animal.
e) combate a pestes e epidemias, as ações educacionais nacionais sobre cuidados com a 
saúde e a vigilância alimentar.
Fleury, 1991, afirma:
A medida mais duradoura e importante do Plano do CONASP foram as Ações Integradas de Saúde 
(AIS) que expressavam de forma mais evidente as propostas do movimento sanitário. As AIS anun-
ciavam, em 1983, nada menos que a alteração da atenção à saúde, ao conter princípios da univer-
salização de acesso, descentralização, participação comunitária, regionalização e hierarquização 
das ações e maior participação dos prestadores públicos. As AIS consistiam, na prática, no repasse 
de verbas do INAMPS aos demais níveis federativos, o que reanimou os serviços locais de saúde ou 
permitiu sua criação, principalmente no nível de atenção básica. O novo sistema promoveu também 
a integração das ações de prestadores públicos ao criar comissões interinstitucionais nos níveis 
locais, regionais, estadual e federal.
Letra c.
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020. (2014/IADES/EBSERH) A 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) foi um marco do pro-
cesso de formulação de um novo modelo de saúde pública universal. Acerca do tema, assinale 
a alternativa que indica um dos principais encaminhamentos dessa conferência.
a) A ruptura com a cisão estrutural entre saúde pública e medicina curativa individual e com a 
intensa privatização que, então, caracterizava o sistema de saúde brasileiro.
b) A socialização do sistema de saúde brasileiro e a privatização da medicina privada.
c) A fomentação das instituições superiores de ensino em saúde e a viabilização de estudos 
em especializações médicas pouco exploradas até então.
d) A criação de uma indústria nacional farmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares.
e) A criação de um modelo previdenciário com financiamento obrigatório da União e garan-
tia de uso de percentual elevado do produto interno bruto (PIB) brasileiro nas ações de saúde 
pública.
Segundo Falleiros e Lima (2010):
A VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) foi o principal marco desse processo de formulação 
de um novo modelo de saúde pública universal, visando romper com a cisão estrutural entre saú-
de pública e medicina curativa individual, e com a intensa privatização que então caracterizava 
o sistema de saúde brasileiro. Reunindo um amplo espectro de alianças, a VIII CNS contou com a 
participação de milhares de representantes de diversas entidades da sociedade civil, profissionais 
de saúde, usuários do sistema e prestadores de serviços de saúde públicos.
Letra a.
021. (2013/IADES/EBSERH) Sabe-se que houve importante evolução na história da Saúde 
Pública no Brasil. Sobre essa evolução, principalmente na organização do Sistema de Saúde, 
assinale a alternativa correta.
a) A crise da Previdência Social, no início dos anos 1970, fez surgir o Conselho Consultivo de 
Administração de Saúde Previdenciária (CONASP).
b) No relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a saúde passa a ser definida ape-
nas como o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, trabalho e lazer.
c) O fundamento legal do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Constituição Federal de 1988, 
regulamentado na Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que trata do financiamento 
da saúde e da participação popular e na Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que 
dispõe sobre a organização e regulação das ações de saúde.
d) A realidade social, na década de oitenta do século passado, era de inclusão da maior parte 
dos cidadãos no direito à saúde, que se constituía na assistência prestada pelo Instituto Nacio-
nal de Previdência Social, restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam.
e) A Reforma Sanitária Brasileira sempre pretendeu ser mais que apenas uma reforma seto-
rial.
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De acordo com Paim (2008), a Reforma Sanitária Brasileira não se reduzia a uma política de 
proteção social ou a uma reforma setorial (da Saúde), buscando uma “reforma geral” da socie-
dade brasileira.
Letra e.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (EBSERH/IDECAN/UPE-ENFERMEIRO ASSISTENCIAL) Antes da criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS), a saúde não era considerada um direito social. O SUS foi institucionali-
zado no Brasil com a:
a) Lei n. 8.080/1990.
b) Lei n. 8.142/1990.
c) Declaração de Alma-Ata.
d) Constituição Federal de 1967.
e) Constituição de 1988
002. (EBSERH/BIOMÉDICO/IADES/MCO/2014) Antes da criação do SUS, o Ministério da Saú-
de atuava na área de assistência à saúde por meio de alguns poucos hospitais especializados, 
além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP), em regiões espe-
cíficas do País. Nesse período, a assistência à saúde mantinha uma vinculação muito próxima 
com determinadas atividades e o caráter contributivo do sistema existente gerava uma divisão 
da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que 
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta). Considerando as informações apre-
sentadas, é correto afirmar que esses grupos são os (as):
a) profissionais de saúde e a população leiga.
b) previdenciários e os não previdenciários.
c) anarquistas e os socialistas.
d) sindicalizados e os autônomos.
e) populações propensas a endemias e as populações urbanas.
003. (EBSERH/MCO/2014) O momento inicial de responsabilização do Estado pela regulação 
da concessão de benefícios e serviços, especialmente de assistência médica, aconteceu com a:
a) criação do Funrural.
b) aprovação da Lei Eloy Chaves.
c) criação da Consolidação das Leis de Trabalho.
d) criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões.
e) criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dosMarítimos.
004. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE-UFRN/2013) O surgimento das primei-
ras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS) é o marco inicial da atividade estatal em 
relação à assistência médica. A Lei de 1923, na qual o governo instituiu e regulamentou tais 
entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
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c) Lei Orgânica da Saúde n. 8080.
d) Lei Orgânica da Saúde n. 8142.
005. (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES/EBSERH/2013/ENFERMEI-
RO) Na evolução do sistema de saúde no Brasil, foram elaboradas legislações específicas 
governamentais que “estruturaram” a formação do SUS, formando uma “linha do tempo”. Um 
órgão foi criado, em 1977, e fez parte do Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social 
(SIMPAS). Este órgão foi o grande prestador da assistência médica e funcionava à custa de 
compra de serviços médicos hospitalares, do setor privado. O órgão referenciado no texto é o:
a) SINAN.
b) SIMPAS.
c) INPS.
d) INAMPS.
e) SIN.
006. (PREFEITURA DE PRESIDENTE DUTRA/MA/2012/LUDUS) Com relação ao Sistema 
Único de Saúde (SUS) e seus princípios, foram muitos os passos percorridos antes de chegar-
mos ao nível de evolução do SUS atual. Sobre este assunto relacione a primeira coluna com a 
segunda coluna. POLÍTICAS (coluna 1)
1. SUDS
2. CONASP
3. AIS
4. VIII Conferência Nacional de Saúde
5. SUS
CARACTERÍSTICAS (coluna 2)
(  )	� Ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a As-
sembleia Constituinte.
(  )	� Convênios com municípios e Estados, permitindo pela primeira vez o uso de recursos 
da previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população;
(  )	� Descentralização do INAMPS e forte apoio dos governadores.
(  )	� Deu início a programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou 
a AIH
(  )	� Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o 
usuário tenha que comprovar qualquer contribuição prévia.
Marque a alternativa que traz a sequência correta da segunda coluna:
a) 4, 1, 3, 2, 5
b) 4, 3, 1, 2, 5
c) 3, 4, 1, 2, 5
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d) 1, 3, 5, 4, 2
e) 4, 5, 3, 1, 2
007. (EBSERH/IADES/MCO/2014) No que se refere ao agrupamento dos IAPs no Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS), é correto afirmar que ele ocorreu durante a (o):
a) Primeira República.
b) Era Vargas.
c) ditadura militar.
d) governo de João Goulart.
e) Nova República.
008. (PREFEITURA DE PONTA GROSSA-PR/2011/FAFIPA) Sobre a Conferência de Alma-Ata 
(1978) analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I – Refere que os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde basea-
dos em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e social-
mente aceitáveis.
II – Reconhece como necessária a união de países desenvolvidos para incremento de tec-
nologias duras em países pouco desenvolvidos com o intuito de fortalecer a equidade 
em saúde.
III – Afirma que o desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica in-
ternacional é de importância fundamental para realização da meta de Saúde para Todos 
no Ano 2000 e para a redução da lacuna existente entre o estado de saúde dos países 
em desenvolvimento e o dos desenvolvidos.
IV – Foi realizada no Brasil e é considerada um marco na história do país, pois fomentou a 
discussão sobre saúde universal, sendo precursora da Constituição Federal de 1988.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, II e III estão corretas.
009. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
Anteriormente à promulgação da Constituição Federal de 1988, o sistema nacional de saúde 
pautava-se por um conceito de saúde amplo; além da ausência de doenças, a saúde era con-
cebida como um estado influenciado por determinantes sociais.
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010. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A VIII Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em 1986, foi um acontecimento importante que influenciou a criação do SUS. Em 
relação ao Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, marque a alternativa CORRETA:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a realização 
de Conferências Estaduais e Municipais.
b) O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e do mo-
vimento sindical, mas não houve apoio político.
c) O movimento da Reforma Sanitária Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração de 
uma nova Constituição Federal.
d) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático e 
pela sua dinâmica processual.
e) O SUS foi criado através da Lei n. 8.080 de 19 de setembro de 1990.
011. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A reforma sanitária foi o principal movi-
mento na construção do SUS vigente no Brasil. O marco referencial definitivo na institucionali-
zação das propostas desse movimento foi:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde/1986.
b) A IX Conferência Nacional de Saúde/1993.
c) A Conferência Internacional de Alma Ata/1978.
d) A política das ações integradas de saúde/1980.
e) A Assembleia Nacional Constituinte/1988.
012. (PREFEITURA DE SALVADOR-BA/2011/CESGRANRIO) De acordo com as políticas pú-
blicas de saúde, historicamente na 8ª Conferência Nacional de Saúde, no tocante à participa-
ção, resultaram as seguintes diretrizes, EXCETO a;
a) afirmação do princípio da participação das entidades representativas.
b) reformulação das ações integradas de saúde.
c) constituição de um novo conselho nacional, composto por representantes.
d) formação de conselhos de saúde municipal, regional e estadual, cuja composição deveria 
incluir representantes indicados pelo governo.
e) eleição da direção das unidades de saúde pelos seus trabalhadores e usuários.
013. (PREFEITURA DE VALENÇA-RJ/2012/FUNCAB) O Movimento de Reforma Sanitária 
consolidou-se no Brasil no final da década de 1970, em um cenário de crise econômica, que 
agravou ainda mais a qualidade de vida da população e aumentou as necessidades e atenção 
à saúde. Em relação a esse movimento, é INCORRETO afirmar que:
a) se estruturou, durante o período mais repressivo da ditadura militar e teve Sérgio Arouca 
como um dos principais militantes.
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Evolução Histórica da Organização do SUS no Brasil
LEGISLAÇÃO DO SUS
Natale Souza
b) foi responsável pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS –, trans-
formado depois no Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social – INAMPS.
c) por incentivo do movimento, surgem projetos de saúde comunitária e as Conferências de 
Saúde são transformadas em espaços de participação popular.
d) entre as bandeiras defendidas pela reforma sanitária estavam o acesso de todo brasileiro 
às ações de saúde de forma integral.
e) as propostas da reforma sanitária foram concretizadas na Constituição Federal de 1988.
014. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/UFMT/2010) Sobre a Reforma Sanitá-
ria brasileira, analise as afirmativas.
I – Constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transforma-
ção sanitária gestada desde a década de 70 do século XX.
II – Deve ser entendida simplesmente como uma reforma setorial.
III – Na busca de viabilidade para as intervenções propostas pela Reforma Sanitária, utili-
zou-se unicamente de dois caminhos: legislativo-parlamentar e técnico-institucional.
IV – Os princípios e as diretrizes da Reforma foram sistematizados na 8ª Conferência Na-
cional de Saúde, destacando-se: conceito ampliado de saúde; Sistema Único de Saúde 
(SUS) e participação popular. Estão corretas as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
015. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
O SUS pode ser entendido como um esquema composto por um núcleo comum ético-filosófi-
co, que concentra os princípios doutrinários, e uma forma de organização e operacionalização, 
que são os princípios organizativos.
016. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue o item que se segue.
O principal objetivo da reforma sanitária brasileira foi mudar as regras relativas aos benefí-
cios da previdência social, mudança que resultou na criação do Instituto Nacional da Previdên-
cia Social.
017. (2014/IADES/SES-DF) Um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema cen-
tral em todos os debates acerca das reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. 
Esse princípio diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais”, de modo 
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e 
social entre os membros de uma dada sociedade.
O princípio descrito é o da
a) integralidade.
b) universalidade.
c) discricionariedade.
d) proporcionalidade.
e) equidade.
018. (2015/IADES/EBSERH) As atividades de saúde pública no Brasil, até meados do século 
19, limitavam-se à delegação das atribuições sanitárias para as juntas municipais e ao controle 
dos navios e da saúde nos portos. Em relação a esse período, é correto afirmar que o maior 
interesse estava relacionado ao estabelecimento de
a) um controle sanitário mínimo da capital do Império – a cidade do Rio de Janeiro.
b) campanhas de vacinação nacionais para a erradicação da varíola e da malária.
c) conselhos locais de saúde para a administração dos hospitais públicos.
d) grupos de pesquisa voltados para catalogação e estudos de doenças tropicais.
e) intercâmbios, no âmbito da saúde pública, com outros países da América Latina, para uma 
ação comum de combate às epidemias causadas por doenças tropicais.
019. (2014/IADES/EBSERH) Considerando que as Ações Integradas de Saúde (AIS) começa-
ram a ser implementadas em meados da década de 1980, é correto afirmar que suas principais 
diretrizes eram o (a)
a) combate a endemias e a vacinação em massa.
b) concentração das estratégias de ações em saúde pública e a itinerância das equipes de 
saúde.
c) universalização, a acessibilidade, a descentralização, a integralidade e a participação co-
munitária.
d) rapidez no combate a epidemias, a vacinação em massa e a vigilância sanitária animal.
e) combate a pestes e epidemias, as ações educacionais nacionais sobre cuidados com a 
saúde e a vigilância alimentar.
020. (2014/IADES/EBSERH) A 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) foi um marco do pro-
cesso de formulação de um novo modelo de saúde pública universal. Acerca do tema, assinale 
a alternativa que indica um dos principais encaminhamentos dessa conferência.
a) A ruptura com a cisão estrutural entre saúde pública e medicina curativa individual e com a 
intensa privatização que, então, caracterizava o sistema de saúde brasileiro.
b) A socialização do sistema de saúde brasileiro e a privatização da medicina privada.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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c) A fomentação das instituições superiores de ensino em saúde e a viabilização de estudos 
em especializações médicas pouco exploradas até então.
d) A criação de uma indústria nacional farmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares.
e) A criação de um modelo previdenciário com financiamento obrigatório da União e garan-
tia de uso de percentual elevado do produto interno bruto (PIB) brasileiro nas ações de saúde 
pública.
021. (2013/IADES/EBSERH) Sabe-se que houve importante evolução na história da Saúde 
Pública no Brasil. Sobre essa evolução, principalmente na organização do Sistema de Saúde, 
assinale a alternativa correta.
a) A crise da Previdência Social, no início dos anos 1970, fez surgir o Conselho Consultivo de 
Administração de Saúde Previdenciária (CONASP).
b) No relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a saúde passa a ser definida ape-
nas como o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, trabalho e lazer.
c) O fundamento legal do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Constituição Federal de 1988, 
regulamentado na Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que trata do financiamento 
da saúde e da participação popular e na Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que 
dispõe sobre a organização e regulação das ações de saúde.
d) A realidade social, na década de oitenta do século passado, era de inclusão da maior parte 
dos cidadãos no direito à saúde, que se constituía na assistência prestada pelo Instituto Nacio-
nal de Previdência Social, restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam.
e) A Reforma Sanitária Brasileira sempre pretendeu ser mais que apenas uma reforma seto-
rial.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
Natale Souza
GABARITO
1. e
2. b
3. b
4. b
5. d
6. b
7. b
8. a
9. b
10. d
11. e
12. d
13. b
14. c
15. C
16. E
17. e
18. a
19. c
20. a
21. e
Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santanaque devem ser analisados e compreendidos para uma assistência adequada. Após essa 
análise podemos “tratar” do corpo como um todo e não em (partes), ofertando a este o serviço 
de acordo com sua real necessidade.
queStãO 7 (FUNCAB/SEDS-TO/2014) Assegurar ações e serviços de todos os níveis de 
acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem 
privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme 
suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. Essa definição 
caracteriza qual doutrina do SUS?
a) Equidade.
b) Resolubilidade.
c) Universalidade.
d) Integralidade.
Letra a.
De acordo com Brasil (1990):
É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, 
more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será 
atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.
queStãO 8 (FADESP/COREN-PA/2013) Um jovem, 26 anos de idade, procurou a unidade 
municipal de saúde do seu bairro com queixas de lesões avermelhadas no braço direito, 
região cervical e tórax posterior. O profissional de saúde que o atendeu, suspeitando de 
hanseníase, avaliou-o e descartou a possibilidade da doença. Precisando, contudo, referen-
ciá-lo ao médico dermatologista para diagnóstico e tratamento das lesões, informado pelo 
técnico de enfermagem que as consultas de especialidades estavam suspensas por tempo 
indeterminado. Na situação relatada e de acordo com a Lei n. 8.080 de 19/09/90, considera-se 
que, nesse caso, foi ferido o princípio do SUS relativo à
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
a) equidade.
b) acessibilidade.
c) universalidade.
d) integralidade.
Letra d.
À medida que a esse indivíduo foi cerceado o direito de ser atendido em um serviço, de nível 
de complexidade maior, que resolveria seu problema (para o caso citado), foi ferido o princípio 
da integralidade.
queStãO 9 (IPEFAE/CISMARPA/2015) O princípio do SUS que se refere à atenção à saúde, 
levando em consideração as necessidades específicas de pessoas ou grupo de pessoas, ain-
da que minoritários em relação ao total da população, é:
a) Integralidade.
b) Universalidade.
c) Equidade.
d) Descentralização.
Letra a.
A integralidade na atenção à saúde consiste no direito que as pessoas têm de serem aten-
didas no conjunto de suas necessidades e no dever que o Estado tem de oferecer serviços 
de saúde organizados para atender estas necessidades de forma integral. No que concerne 
à integralidade, como princípio do SUS, devemos visualizar a “pessoa como um todo” e que 
suas necessidades sejam assistidas através de ações integradas de promoção da saúde, 
prevenção de doenças, além da cura e reabilitação; com a articulação intersetorial, interdis-
ciplinar, intergovernamental e institucional, com o intento de melhorar os níveis de saúde e a 
qualidade de vida das pessoas.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Esse princípio é um dos mais preciosos termos para demonstrar que a atenção à saúde deve 
levar em consideração as necessidades específicas de pessoas ou grupos de pessoas, ainda 
que minoritários em relação ao total da população (XIMENES; CUNHA, 2005).
queStãO 10 (FAPEC-AL/PREFEITURA DE ÁGUA BRANCA-AL/2013) Que princípio diz que, o 
SUS deve disponibilizar serviços que promovam a justiça social, que canalizem maior atenção 
aos que mais necessitam, diferenciando as necessidades de cada um?
a) Equidade
b) Regionalização
c) Integralidade
d) Universalidade
Letra a.
Lembrando – Equidade = Justiça Social.
queStãO 11 (2015/COMPERVE/UFRN) Um dos princípios do Sistema Único de Saúde deter-
mina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao 
acesso às ações e serviços de saúde. Trata-se do princípio de
a) Igualdade.
b) Equidade.
c) Universalidade.
d) Integralidade.
Letra c.
É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a uni-
versalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, 
assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do 
Governo: municipal, estadual e federal (LUCIETTO, 2011).
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 12 (INSTITUTO MAIS/PREFEITURA DE SANTANA DE PARNAÍBA-SP/2012) Na Cons-
tituição Federal de 1988, precisamente no Art. 196, aponta que: “a saúde é direito de todos…”. 
Tal apontamento refere-se ao princípio da
a) Integralidade.
b) Equidade.
c) Universalidade.
d) Regionalização.
Letra c.
De acordo com os preceitos do SUS, o DIREITO de acesso de TODOS traduz o princípio da 
Universalidade.
queStãO 13 (IDECAN/INCA/2017) Assegurar ações e serviços de saúde a todo e qualquer 
cidadão, sem privilégios, sem barreiras e independente de onde esse cidadão venha morar, é 
um princípio doutrinário do SUS denominado:
a) Equidade.
b) Integralidade.
c) Aplicabilidade.
d) Descentralização.
DICA
Se a questão enfatizar o “acesso a todos os NÍVEIS DE ASSI-
TÊNCIA” => UNIVERSALIDADE
Se enfatizar o “acesso em todos os NÍVEIS DE COMPLEXIDA-
DE” => INTEGRALIDADE
Se enfatizar a “assistência SEM PRECONCEITOS E PRIVILÉ-
GIOS” => EQUIDADE / IGUALDADE
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 14 (IDECAN/INCA/2017) Com relação aos princípios doutrinários do SUS – Sistema 
Único de Saúde, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Equidade.
b) Integralidade.
c) Universalidade.
d) Descentralização.
Parte inferior do formulário
Letra d.
Os princípios doutrinários do SUS (base filosófica), são: universalidade, integralidade e 
equidade.
queStãO 15 (IADES/SES-DF/2014) Um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o 
tema central em todos os debates acerca das reformas dos sistemas de saúde no mundo oci-
dental. Esse princípio diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais”, 
de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento 
pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade.
O princípio descrito é o da
a) integralidade.
b) universalidade.
c) discricionariedade.
d) proporcionalidade.
e) equidade.
Letra e.
Justiça Social, Tratamento desigual aos desiguais, ofertar mais a quem mais precisa = EQUIDADE.– em 1999; pós-graduada 
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela 
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora 
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em 
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação 
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde /Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2011. 291 p. (Coleção Para Entender a 
Gestão do SUS 2011, 1) Disponível em: . Acesso em: 07/05/2016
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde (SUS): prin-
cípios e conquistas/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. Brasília: Ministério da Saúde, 
2000. 44p. Il. Disponível em: . Acesso em: 07/05/2016
BRASIL. Decreto 4.628, de 24 de janeiro de 1923 (Lei Eloy Chaves). Crea, em cada uma das 
empresas de estradas de ferro existentes no país, uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para 
os respectivos empregados. [Citado 2006 Dez 13]. Disponível em: http://www.ccs.uel.br/espa-
coparasaude/v8n1/v8n1_artigo_3.pdf. Acesso em: 15/05/2016
CAMPOS, Marco Antonio Lopes e FERREIRA, Cristiani Terezia Martins. Evolução Histórica 
das Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Disponível em: https://www.google.com.br/search?-
q=CAMPOS%2C+Marco+Antonio+Lopes+e+FERREIRA%2C+Cristiani+Terezia+Martins.+EVO-
LUÇÃO+HISTÓRICA+DAS+POLÍTICAS+PÚBLICAS+DE+SAÚDE+NO&oq=CAMPOS%2C. Acesso 
em: 07/05/2016.
FALLEIROS, Ialê e FRANÇA, Júlio Cesar. Saúde como direito de todos e dever do Estado. 
in: A Constituinte e o Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://observatoriohistoria.coc.
fiocruz.br/local/File/na-corda-bamba-cap_8.pdf.
Acesso em: 16/03/2018.
FLEURY, S. 1991. Avaliação Comparativa das Ações Integradas de Saúde. Saúde em Debate, 
n. 3. Fevereiro.
PAIM, JS. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica [online]. Sal-
vador: EDUFBA; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008. 356 p. ISBN 978-85-7541-359-3. Available from 
SciELO Books. Disponível em: http://books.scielo.org/id/4ndgv/pdf/paim-9788575413593.pdf.
POLIGNANO, M. V. (2001). Histórias das Políticas de Saúde no Brasil: Uma Pequena Revi-
são. Cadernos do Internato Rural. Faculdade de Medicina/UFMG. Belo Horizonte, MG.
RONCALI, Angelo Giuseppe. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil e 
a construção do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.professores.uff.br/jorge/
desenv_pol_pub_saude_brasil.pdf. Acesso em 16/05/2014
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SUS
História das Políticas de Saúde no Brasil
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LegiSLação do SUS
Natale Souza
 
Sumário
apresentação .....................................................................................................................................................................3
História das Políticas de Saúde no Brasil ..........................................................................................................4
1. evolução Histórica das Políticas de Saúde no Brasil .............................................................................4
1.1. a Saúde na Colônia e no império ......................................................................................................................6
1.2. início da República 1889 até 1930 (República Velha) .........................................................................7
1.3. o Nascimento da Previdência Social ............................................................................................................9
1.4. era Vargas – 1930 a 1964 ..................................................................................................................................12
1.5. autoritarismo – 1964 a 1984 ..........................................................................................................................13
1.6. Fim da ditadura e Nova República (1985 – 1988) ...............................................................................21
1.7. o Nascimento do SUS (Período Pós-Constituinte) ...........................................................................25
Resumo ...............................................................................................................................................................................37
Referências .......................................................................................................................................................................39
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LegiSLação do SUS
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ApresentAção
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual 
de Feira de Santana – em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade 
Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela Fundação Osvaldo Cruz – FIO-
CRUZ, em 2004, e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como edu-
cadora/pesquisadora pela FIOCRUZ no Projeto Caminhos do Cuidado, estando há 16 anos na 
docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: 
Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Sou autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Concursos Psi-
cologia; Legislação do SUS – comentada e esquematizada; Políticas de Saúde, Legislação do 
SUS e Saúde Coletiva 500 questões, descomplicando a Saúde Pública e a Saúde Coletiva. De 
capítulos, nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas de Enfermagem, 1000 Questões 
Residências em Enfermagem, Manuais para concursos e residências 1, 2, 3, 4 e 5.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como 
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas. 
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estudo dos conhecimentos específicos 
de Enfermagem e da legislaçãoespecífica do SUS, assim como aos milhares de profissionais 
que desejam ingressar em uma carreira pública.
Com o objetivo de melhorar continuamente, sempre solicitamos que, após a leitura desta 
aula, avalie-a.
 
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LegiSLação do SUS
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HiSTÓRia daS PoLÍTiCaS de SaÚde No BRaSiL
1. evolução HistóricA dAs políticAs de sAúde no BrAsil
Para compreendermos melhor o SUS, precisamos voltar um pouco ao passado e saber o 
que tínhamos antes da criação de um sistema universal e igualitário.
Para a análise da realidade hoje existente, é necessário conhecer os determinantes históri-
cos envolvidos neste processo. Assim como nós somos frutos do nosso passado e da nossa 
história, o setor da saúde também sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo 
qual o Brasil passou ao longo do tempo (POLIGNANO, 2001).
Não há como entender o SUS que temos sem fazer um retorno no tempo. Para entender-
mos o nosso sistema de saúde, suas dificuldades e avanços, precisamos fazer uma viagem 
ao passado e perceber como as ações e serviços de saúde eram ofertados antes da criação 
de um sistema para todos. 
A história das políticas de saúde no Brasil tem sido tema constante de vários certames. 
Mesmo não fazendo parte diretamente da Legislação do SUS, o seu entendimento facilita a 
compreensão do contexto atual e a resolução de muitas questões de prova. As bancas cobram 
nos editais questões bem específicas, inclusive com datas e períodos da história do país. 
Logo, o entendimento da história, a memorização de fatos marcantes e datas importantes 
são primordiais para gabaritar as questões inerentes a este tema.
Mas por que entender a história das políticas de saúde no Brasil? Já imaginaram se al-
guém que você acaba de conhecer criasse um conceito sobre seu modo de viver? Não seria 
nada bom. Para que possamos perceber alguém na sua essência, temos que conhecer seu 
contexto atual e um pouco do seu passado. Assim é com o Sistema Único de Saúde. Não 
podemos julgá-lo, entender seu momento atual, sua legislação sem saber em que contexto 
histórico ele foi concebido.
Para falar da história das políticas de saúde no Brasil, didaticamente dividiremos os 
mesmos períodos dos livros de história, sinalizando o contexto político, social e sanitário de 
cada época. Desta forma, você perceberá que toda oferta de serviços e ações de saúde estão 
ligados a estes fatores, facilitando assim a apreensão do conteúdo.
A História das Políticas de Saúde no Brasil é objeto de estudo da Saúde Pública. Mas, como po-
demos conceituar saúde pública? Há uma variedade de conceitos, mas todos convergem para a 
seguinte afirmação: é um campo diferenciado do saber da prática de saúde. É uma especialidade 
que se distingue das demais porque se volta para o coletivo. Exige para seu desenvolvimento 
conhecimentos específicos e altamente diferenciados. A saúde pública é a disciplina que trata da 
proteção da saúde no nível populacional. Neste sentido, procura melhorar as condições de saúde das 
comunidades através da promoção de estilos de vida saudáveis, das campanhas de sensibilização, 
da educação e da investigação. Para tal, conta com a participação de especialistas em medicina, 
biologia, enfermagem, sociologia, estatística, veterinária e outras ciências e áreas. (CAMPOS, 2002).
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História das Políticas de Saúde no Brasil
LegiSLação do SUS
Natale Souza
Para analisarmos a história das políticas de saúde no país, faz-se necessário a definição 
de algumas premissas importantes, a saber:
Para Polignano (2001):
1. A evolução histórica das políticas de saúde está relacionada diretamente à evolução 
político-social e econômica da sociedade brasileira, não sendo possível dissociá-los;
2. A lógica do processo evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na 
sociedade brasileira, sofrendo a forte determinação do capitalismo a nível internacional;
3. A saúde nunca ocupou lugar central dentro da política do Estado brasileiro, sendo sempre 
deixada na periferia do sistema, como uma moldura de um quadro, tanto no que diz respeito 
à solução dos grandes problemas de saúde que afligem a população, quanto à destinação de 
recursos direcionados ao setor saúde. Somente nos momentos em que determinadas endemias 
ou epidemias se apresentam como importantes em termos de repercussão econômica ou social 
dentro do modelo capitalista proposto é que passam a ser alvo de uma maior atenção por par-
te do governo, transformando-se pelo menos em discurso institucional, até serem novamente 
destinadas a um plano secundário, quando deixam de ter importância. Podemos afirmar que 
de um modo geral os problemas de saúde tornam-se foco de atenção quando se apresentam 
como epidemias e deixam de ter importância quando se transformam em endemias.
4. As ações de saúde propostas pelo governo sempre procuram incorporar os problemas 
de saúde que atingem grupos sociais importantes de regiões socioeconômicas igualmente 
importantes dentro da estrutura social vigente e preferencialmente tem sido direcionada para 
os grupos organizados e aglomerados urbanos em detrimento de grupos sociais dispersos 
e sem uma efetiva organização;
5. A conquista dos direitos sociais (saúde e previdência) tem sido sempre uma resultante 
do poder de luta, de organização e de reivindicação dos trabalhadores brasileiros e nunca 
uma dádiva do estado, como alguns governos querem fazer parecer.
6. Devido a uma falta de clareza e de uma definição em relação à política de saúde, a 
história da saúde permeia e se confunde com a história da previdência social no Brasil em 
determinados períodos.
7. A dualidade entre medicina preventiva e curativa sempre foi uma constante nas diversas 
políticas de saúde implementadas pelos vários governos.
A seguir, passaremos a analisar as políticas de saúde no Brasil de acordo com os períodos 
históricos.
A Constituição Federal de 1988 deu nova forma à saúde no Brasil, estabelecendo-a como 
direito universal. A saúde passou a ser dever constitucional de todas as esferas de governo, 
sendo que antes era apenas da União e relativo ao trabalhador segurado. O conceito de saúde 
foi ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas. A assistência é concebida de forma 
integral (preventiva e curativa). Definiu-se a gestão participativa como importante inovação, 
assim como comando e fundos financeiros únicos para cada esfera de governo (BRASIL, 1988).
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História das Políticas de Saúde no Brasil
LegiSLação do SUS
Natale Souza
Antes da Constituição Federal de 1988, o Brasil não possuía uma Política de Saúde orga-
nizada e nem voltada para a população – as ações eram realizadas, apenas, com interesse 
econômico e de acordo com o modo de produção.
A saúde era EXCLUDENTE e CONTRIBUTIVA, ou seja, apenas quem podia pagar a medicina 
privada e quem contribuía com a previdência social, o INPS– Instituto Nacional da Previdência 
Social, tinha acesso. À outra parte da população cabia o atendimento nas Santas Casas de 
Misericórdia (SOUZA, 2018).
001. (EBSERH/IDECAN/UPE- ENFERMEIRO ASSISTENCAL) Antes da criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS), a saúde não era considerada um direito social. O SUS foi instituciona-
lizado no Brasil com a:
a) Lei n. 8.080/90.
b) Lei n. 8.142/90.
c) Declaração de Alma-Ata.
d) Constituição Federal de 67.
e) Constituição de 1988
O SUS é institucionalizado no Brasil com a Constituição Federal de 1988. Seus ideais foram 
propostos no movimento sanitário, que teve como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde:
Sua regulamentação se deu através das LOS – Leis Orgânicas da Saúde 8.080/90 e 8.142/90.
A Declaração de Alma-Ata foi o resultado da PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE 
CUIDADOS PRIMÁRIOS EM SAÚDE, que aconteceu em 1978.
Faz-se necessário o conhecimento de fatos históricos do Brasil, pois as bancas pedem datas, 
períodos e fatos marcantes.
Letra e.
Para facilitar o entendimento, iremos falar do contexto político-social de cada período 
histórico e descrever a situação sanitária e como eram as ações e serviços da época. Desta-
caremos, em cada período, OS FATOS MARCANTES E CONSTANTES EM PROVAS.
1.1. A sAúde nA colôniA e no império
O tipo de organização política do Império era de um regime de governo unitário e centraliza-
dor e que era incapaz de dar continuidade e eficiência na transmissão e execução a distância 
das determinações emanadas dos comandos centrais. A carência de profissionais médicos 
no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. Para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro, em 
1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão (SALLES, 1971).
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LegiSLação do SUS
Natale Souza
De acordo com o autor supracitado, a inexistência de uma assistência médica estruturada 
fez com que proliferassem pelo país os Boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam 
a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios 
tomavam a iniciativa de indicá-los, fato comuníssimo até hoje.
Em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico Cirúrgico no Real Hospital Militar 
da Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano foi criada a Escola de Cirurgia 
do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração 
pública colonial, até mesmo na área da saúde. Como sede provisória do império português e 
principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das atenções, não só na 
área econômica, mas no setor das ações sanitárias também.
Era necessário, então, criar rapidamente centros de formação de médicos, que até então 
eram quase inexistentes em razão, em parte, da proibição de ensino superior nas colônias. 
Assim, por ordem real, foram fundadas as academias médico-cirúrgicas, no Rio de Janeiro e 
na Bahia, na primeira década do século XIX, logo transformadas nas duas primeiras escolas 
de medicina do país (POLIGNANO, 2001).
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
• Delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais;
• Controle de navios e saúde dos portos.
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de um controle 
sanitário mínimo da capital do império, tendência que se alongou por quase um século.
Neste período, não era o conjunto de problemas de saúde da população que demandavam 
ações de saúde, e sim aqueles que estavam diretamente ligados ao interesse ECONÔMICO! 
Emerge o modelo assistencial SANITARISTA/CAMPANHISTA, considerado o primeiro modelo 
de atenção no brasil. As suas ações eram voltadas para grupos específicos e ações pontuais.
1.2. início dA repúBlicA 1889 Até 1930 (repúBlicA velHA)
A Proclamação da República, em 1889, foi embalada na ideia de modernizar o Brasil. A 
necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade, escravistas até pouco antes, 
com o mundo capitalista mais avançado favoreceu a redefinição dos trabalhadores brasileiros 
como capital humano (RONCALLI, 2002).
Segundo este autor, o cenário político e econômico girava em torno da instalação do 
modo de produção capitalista, surgindo as primeiras indústrias. Mas, ainda assim, o modelo 
predominante era agrário-exportador (café, borracha e açúcar). Precárias condições de tra-
balho e de vida das populações urbanas fizeram surgir movimentos operários, em função das 
péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de direitos trabalhistas. O 
movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país, uma em 1917 e outra 
em 1919, que resultaram em embriões de legislação trabalhista e previdenciária.
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Segundo Polignano (2001), o quadro sanitário era caótico, devido à inexistência de um 
modelo sanitário que tivesse como objeto de ação a promoção e prevenção, deixando as 
cidades à mercê das epidemias. Tinha-se o predomínio das doenças transmissíveis, grandes 
epidemias e doenças pestilenciais, fruto da imigração, migração, formação de aglomerados e 
das precárias condições de saneamento básico, tendo como principais problemas de saúde:
• Febre amarela
• Varíola
• Tuberculose
• Sífilis
• Endemias rurais
Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz como Diretor do Departa-
mento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre-amarela na cidade 
do Rio de Janeiro. Foi criado um verdadeiro exército de 1.500 pessoas que passaram a exercer 
atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-amarela. A falta de esclareci-
mentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” 5 causam revolta na população.
A onda de insatisfação se agrava com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal n. 
1261, de 31 de outubro de 1904, que instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o 
território nacional. Surge, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido 
na história como a Revolta da Vacina. Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o 
modelo campanhista obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, con-
seguindo inclusive erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu 
o modelo proposto e o tornou hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde 
coletiva saúde durante décadas (POLIGNANO, 2001, p. 3).
DICA
Vale atentar para o movimento da Revolta da Vacina e o im-
pacto que a vacinação obrigatória contra a VARÍOLA causou 
no contexto da saúde.
Neste período Oswaldo Cruz organizou a diretoria geral de saúde pública. Na reforma 
promovida por Oswaldo Cruz foram incorporados como elementos das ações de saúde:
• O registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de im-
portância da população;
• A introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
• A fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.
Em 1920, Carlos Chagas reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, então ligado ao 
Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica rotineirade 
ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz, que era puramente fiscal e policial.
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1.3. o nAscimento dA previdênciA sociAl
A acumulação capitalista advinda do comércio exterior tornou possível o início do processo 
de industrialização no país, que se deu principalmente no eixo Rio – São Paulo.
Tal processo foi acompanhado de uma urbanização crescente e da utilização de imigrantes, 
especialmente europeus (italianos, portugueses), como mão-de-obra nas indústrias, visto que 
possuíam grande experiência neste setor, que já era muito desenvolvido na Europa.
Os operários na época não tinham quaisquer garantias trabalhistas, tais como: férias, 
jornada de trabalho definida, pensão ou aposentadoria (SOUZA, 2018).
Segundo Souza (2018), os imigrantes, especialmente os italianos (anarquistas), traziam 
consigo a história do movimento operário na Europa e dos direitos trabalhistas que já tinham 
sido conquistados pelos trabalhadores europeus, e desta forma procuraram mobilizar e or-
ganizar a classe operária no Brasil na luta pelas conquistas dos seus direitos.
Em função das péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de 
direitos trabalhistas, o movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país, 
uma em 1917 e outra em 1919.
Por meio destes movimentos, os operários começaram a conquistar alguns direitos sociais.
Assim que, em 24 de janeiro de 1923, foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei Eloy 
Chaves, marco inicial da previdência social no Brasil. Através desta lei foram instituídas as 
Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs).
O avanço do capitalismo no Brasil faz com que a classe trabalhadora exija melhores condi-
ções de trabalho. Os primeiros movimentos grevistas em 1917 e 1919 foram marcantes na nossa 
história, por resultarem na intervenção do estado frente às condições de trabalho (SOUZA, 2018).
Podemos afirmar que a Lei Eloy chaves, em 1923, é o marco da previdência social no brasil, 
ou seja, é o primeiro momento que o estado faz a assunção de ações específicas para este 
grupo, através da instituição das caixas de aposentadorias e pensões – CAPs.
Características das CAPs:
• Formulada por instituição ou grandes empresas;
• Ofertavam aposentadorias e pensões;
• Serviços funerários, socorro médico para a família, medicamento por preço especial;
• Assistência por acidente de trabalho;
• Financiamento e gestão: trabalhador e empregador;
• Assistência médica para o empregado e família.
• A primeira CAP foi a dos ferroviários; e a segunda, dos marítimos;
• Não esquecer que eram por grandes empresas;
E o ESTADO não participava do financiamento das CAPs, logo o financiamento era BIPARTITE!
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DICA
Sempre que cair em prova qual foi o marco inicial da previdência 
no Brasil ou em que momento o Estado assume a responsabi-
lidade frente à saúde dos trabalhadores, lembre-se da Lei Eloy 
Chaves (1923) e da criação das CAPs. O fato do Estado não 
participar do financiamento não nega a primeira assertiva.
Mendes (1993) afirma:
No que diz respeito às ações de assistência, o surgimento de um modelo de prestação de serviços 
de assistência médica esteve condicionado ao amadurecimento do sistema previdenciário brasi-
leiro, que teve, como suas práticas fundantes, as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). 
No mesmo ano de surgimento das Caixas, 1923, é promulgada a Lei Eloy Chaves, considerada por 
muitos autores como o marco do início da Previdência Social no Brasil. As CAPs eram organizadas 
por empresas e administradas e financiadas por empresários e trabalhadores e eram responsáveis 
por benefícios pecuniários e serviços de saúde para alguns empregados de empresas específicas, 
em sua maioria de importância estratégica. Entre 1923 e 1930 foram criadas mais de 40 CAPs 
cobrindo mais de 140 mil beneficiários. No período das CAPs, pelo menos até 1930, a assistência 
médica era colocada como prerrogativa fundamental deste embrionário sistema previdenciário e 
foi bastante desenvolvida a estruturação de uma rede própria.
002. (EBSERH/BIOMÉDICO/IADES/MCO/2014) Antes da criação do SUS, o Ministério da 
Saúde atuava na área de assistência à saúde por meio de alguns poucos hospitais especiali-
zados, além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP), em regiões 
específicas do País. Nesse período, a assistência à saúde mantinha uma vinculação muito 
próxima com determinadas atividades e o caráter contributivo do sistema existente gerava 
uma divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da 
população que podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta). Considerando as 
informações apresentadas, é correto afirmar que esses grupos são os (as):
a) profissionais de saúde e a população leiga.
b) previdenciários e os não previdenciários.
c) anarquistas e os socialistas.
d) sindicalizados e os autônomos.
e) populações propensas a endemias e as populações urbanas.
Exemplo de questão que o candidato deve fazer grifos e identificar qual é a verdadeira “pergunta” 
de prova. Vamos lá: ao ler este enunciado, devemos ficar atentos ao período histórico e à carac-
terística da assistência à saúde. Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços de saúde era 
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LegiSLação do SUS
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EXCLUDENTE. Uma parcela da população CONTRIBUÍA COM A PREVIDÊNCIA (os trabalhadores) 
e a maioria dependia das instituições filantrópicas. Uma pequena parcela podia pagar os serviços 
médicos particulares. Qual o objetivo da questão? Saber quais eram os dois grupos, logo existiam 
os que contribuíam – PREVIDENCIÁRIOS, e os que não contribuíam – NÃO PREVIDENCIÁRIOS.
Letra b.
003. (EBSERH/MCO/2014) O momento inicial de responsabilização do Estado pela regulação 
da concessão de benefícios e serviços, especialmente de assistência médica, aconteceu com a:
a) criação do Funrural.
b) aprovação da Lei Eloy Chaves.
c) criação da Consolidação das Leis de Trabalho.
d) criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões.
e) criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos.
Questão traz uma “pegadinha”. Vamos decifrá-la? O Estado se responsabiliza pelos trabalhado-
res, em PRIMEIRO MOMENTO, a partir da criação das CAPs, pela LEI ELOY CHAVES. Onde está a 
confusão? Muitos confundem responsabilização do Estado com a participação no financiamen-
to. As CAPs – Caixas de aposentadorias e pensões tinham uma gestão BIPARTITE (Empresas 
e Trabalhadores) e os IAPS o financiamento era TRIPARTITE (o Estado, como era responsável 
pela gerência, também participava do financiamento). Para resumir: a Lei Eloy Chaves é o marco 
inicial da previdência social no país, pois é, neste momento – em 1923 – que o Estado assume a 
responsabilidade,mesmo que incipiente, da assistência à saúde da classe trabalhadora (lembrar 
que as ações são dirigidas apenas aos contribuintes das grandes empresas).
Letra b.
004. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE-UFRN/SELEÇÃO 2013) O surgimento 
das primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) é o marco inicial da atividade estatal 
em relação à assistência médica. A Lei de 1923, na qual o governo instituiu e regulamentou 
tais entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde n. 8080.
d) Lei Orgânica da Saúde n. 8142.
A lei Eloy Chaves, em 1923, traz em seu texto a criação das Caixas de Aposentarias e Pen-
sões – CAPs.
Letra b.
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1.4. erA vArgAs – 1930 A 1964
A crise do café e a crise política da Velha República desencadearam um golpe de Estado conhe-
cido como Revolução de 30. A indústria passa a ser a maior responsável pelo acúmulo de capital.
O primeiro governo Vargas é reconhecido pela literatura como um marco na configuração 
de políticas sociais no Brasil. As mudanças institucionais que ocorreram, a partir de 1930, 
moldaram a política pública brasileira, estabelecendo um arcabouço jurídico e material que 
conformaria o sistema de proteção social até um período recente (CAMPOS, 2000).
Em 1933, as CAPs são UNIFICADAS e são criados os Institutos de Aposentadorias e Pen-
sões – IAPS, garantindo benefícios assegurados aos associados:
• Aposentadoria;
• Pensão em caso de morte: para os membros de suas famílias ou para os beneficiários;
• Assistência médica e hospitalar;
• Socorros farmacêuticos, mediante indenização pelo preço do custo acrescido das des-
pesas de administração.
Os IAPS surgem, da necessidade política do Estado estender a todas as categorias do opera-
riado urbano organizado os benefícios da previdência;
O primeiro IAP foi o dos MARÍTIMOS – IAPM;
Seu FINANCIAMENTO era TRIPARTITE (o governo assumiu a GESTÃO financeira).
Em 1941 aconteceu a I Conferência Nacional de Saúde, e a criação do Serviço Espe-
cial de Saúde Pública (SESP) ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial, como consequência do 
convênio firmado entre os governos brasileiro e norte-americano, durante a segunda guerra 
mundial, em 1942.
Segundo Roncali (2002), a Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) tinha como atri-
buições centrais, naquele momento, sanear a Amazônia e a região do vale do rio Doce, onde 
se produziam borracha e minério de ferro, matérias-primas estratégicas para o esforço de 
guerra americano, tendo em vista os altos índices de malária e febre amarela que atingiam os 
trabalhadores desta região. Além disso, teve um importante papel no declínio da mortalidade 
infantil por doenças imunopreveníveis.
A unificação das CAPs, criadas em 1923, em IAPS, no ano de 1933 é um dos fatos mais 
importantes da história da previdência no país. Observe que, com a criação dos IAPS, o governo 
assume a GESTÃO financeira. Os benefícios passam a ser por CATEGORIAS PROFISSIONAIS 
DO OPERARIADO URBANO. O acesso aos serviços de saúde continua sendo CONTRIBUTIVO 
e EXCLUDENTE. E o modelo sanitarista/campanhista ainda é o predominante (SOUZA, 2018).
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Construção histórica da 
Previdência Social do Brasil
CAPS – 1923
IAPS – 1933
1.5. AutoritArismo – 1964 A 1984
O regime militar que se instala a partir de 1964, de caráter ditatorial e repressivo, procura 
utilizar-se de forças policiais e do exército e dos atos de exceção para se impor.
O governo militar implantou reformas institucionais que afetaram profundamente a saúde 
pública e a medicina previdenciária.
O regime autoritário, instaurado após o golpe militar de 1964, trouxe, como consequência 
imediata para as políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação da socie-
dade nos rumos da previdência. De outro lado, também provocou uma centralização crescente 
da autoridade decisória, marcada pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), 
resultado da fusão dos vários IAPs, em 1966 (OLIVEIRA; TEIXEIRA, 1985; MENDES, 1993).
Com a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) no Instituto Nacional 
de Previdência Social (INPS), em 1966, concentraram-se todas as contribuições previdenciá-
rias, ao mesmo tempo em que o novo órgão passou a gerir as aposentadorias, as pensões e 
a assistência médica de todos os trabalhadores formais, embora excluíssem dos benefícios 
os trabalhadores rurais e uma gama de trabalhadores urbanos informais (POLIGNANO, 2002).
As políticas de saúde do primeiro período da ditadura, que compreendeu a fase do “milagre 
brasileiro”, entre 1968 e 1974 foram caracterizadas por uma síntese, produto de reorganizações 
setoriais do sanitarismo campanhista do início do século e do modelo de atenção médica 
previdenciária do período populista (LUZ, 1991).
A partir de então foi criada uma estrutura considerável em torno da Previdência Social, com uma 
clara vinculação aos interesses do capital nacional e internacional. Neste sentido, o Estado passa 
a ser o grande gerenciador do sistema de seguro social, na medida em que aumentou o seu poder 
nas frentes econômica e política, pelo aumento nas alíquotas e também no controle governamental 
através da extinção da participação dos usuários na gestão do sistema, antes permitida na vigência 
das CAPs e dos IAPs. (MENDES, 1993)
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Este sistema foi se tornando cada vez mais complexo tanto do ponto de vista adminis-
trativo quanto financeiro dentro da estrutura do INPS, que acabou levando a criação de uma 
estrutura própria administrativa, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência 
Social (INAMPS) em 1977 (POLIGNANO, 2001).
Segundo Carvalho e Goulart (1998):
Já na metade da década de 1970, é criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social 
(SINPAS), do qual fazia parte o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência 
Social) que mantém a estratégia de compra de serviços do setor privado, justificada na época por 
ser tecnicamente mais viável, mas que se tratava, em síntese de “uma perversa conjugação entre 
estatismo e privatismo”.
CAPs
1923 – Lei Eloy Chaves
(por grande empresa)
IAPs
1933
Primeiro Governo Getúlio Vargas
INPS
1966
Ditaduta Militar
INAMPS
1977
Ditadura Militar
CONASP
1981/82
Conselho Consultivo – Crise
Neste contexto, o modelo médico privatista/curativo surge e se torna hegemônico. Vale 
ressaltar que, este modelo, tem como foco a DOENÇA E O DOENTE, não atuando sobre as 
necessidades reais da população. Grandes hospitais são criados para atendimento daqueles 
que contribuíam, fortalecendo o caráter EXCLUDENTE das ações e serviços de saúde e rati-
ficando o perfil contributivo. O modelo sanitarista não deixa de existir.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANGELA BARBOSA CARREIRO LIMA - 03454006317, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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A Conferência Internacional sobre a Atenção Primária à Saúde, realizada em Alma-Ata 
(localizada no atual Cazaquistão), em 1978, foi o ponto culminante na discussão contra a 
elitização da prática médica, bem como contra a inacessibilidade dos serviços médicos às 
grandes massas populacionais. Na Conferência, reafirmou-se ser a saúde um dos direitos 
fundamentais do homem, sob a responsabilidade política dos governos, e reconhece-se a sua 
determinação Intersetorial (BRASIL, 2011).
Segundo Roncali (2002), a população com baixos salários, contidos pela política econômi-
ca e pela repressão, passou a conviver com o desemprego e as suas graves consequências 
sociais, como aumento da marginalidade, das favelas, da mortalidade infantil. O modelo de 
saúde previdenciário começa a mostrar as suas mazelas:
• Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os 
principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indica-
dores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo), além das seguintes consequências:
• Aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-hos-
pitalar de complexidade crescente;
• Diminuição do crescimento econômico com a respectiva repercussão na arrecadação 
do sistema previdenciário reduzindo as suas receitas;
• Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados, 
que, sem carteira assinada e contribuição previdenciária, viam-se excluídos do sistema;
• Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e para 
realização de obras por parte do governo federal;
• O não repasse pela união de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário, 
visto ser esse tripartite (empregador, empregado e união).
Na tentativa de conter custos e combater fraudes, o governo criou em 1981 o Conselho Consul-
tivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS (POLIGNANO, 2001).
Segundo o autor supracitado, o CONASP passa a absorver em postos de importância alguns 
técnicos ligados ao movimento sanitário, o que dá início a ruptura, por dentro, da dominância 
dos anéis burocráticos previdenciários. O plano inicia-se pela fiscalização mais rigorosa da 
prestação de contas dos prestadores de serviços credenciados, combatendo-se as fraudes.
O CONASP é criado em 1981, com o intuito de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade 
da assistência e equilibrar as ações ofertadas à população urbana e rural. Essas ações estão 
ligadas à formação deste conselho, que contava com técnicos integrantes do movimento sani-
tário, que já estava se articulando.
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A Conferência de Alma-Ata, em 1978, foi a PRIMEIRA Conferência que trouxe para dis-
cussão a ATENÇÃO PRIMÁRIA, e o resultado de suas discussões dispararam no mundo um 
olhar diferenciado para a forma de ofertar ações e serviços de saúde. Podemos dizer que as 
primeiras ações descentralizadas no Brasil, as AIS (Ações Integradas em Saúde), que nascem 
entre 1983/84, são o MARCO INICIAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL.
005. (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES/EBSERH/2013/ ENFERMEI-
RO) Na evolução do sistema de saúde no Brasil, foram elaboradas legislações específicas 
governamentais que “estruturaram” a formação do SUS, formando uma “linha do tempo”. Um 
órgão foi criado, em 1977, e fez parte do Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social 
(SIMPAS). Este órgão foi o grande prestador da assistência médica e funcionava à custa de 
compra de serviços médicos hospitalares, do setor privado. O órgão referenciado no texto é o:
a) SINAN.
b) SIMPAS.
c) INPS.
d) INAMPS.
e) SIN.
Uma questão que exige do candidato memorização de datas. Para facilitar resolução, sugiro 
uma linha cronológica como a que consta na página 19 deste material. O que devemos grifar 
nesta questão? – O órgão prestador de assistência médica. Fica mais fácil lembrar: em 1923, 
através da Lei Eloy Chaves as CAPs são criadas, em 1933 estas são unificadas em IAPS. Em 
1966 nasce de forma INSTITUCIONALIZADA – A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL, através do 
INPS – Instituto Nacional da Previdência Social. Este era responsável pelas aposentadorias e 
pensões. Em 1977, é criada a parte da assistência médica do INPS, conhecida como INAMPS 
– que prestou ASSISTÊNCIA MÉDICA AOS PREVIDENCIÁRIOS ATÉ A CRIAÇÃO DO SUS
Letra d.
006. (PREFEITURA DE PRESIDENTE DUTRA/MA/2012/LUDUS) Com relação ao Sistema 
Único de Saúde (SUS) e seus princípios, foram muitos os passos percorridos antes de che-
garmos ao nível de evolução do SUS atual. Sobre este assunto relacione a primeira coluna 
com a segunda coluna. 
POLÍTICAS (coluna 1)
1. SUDS
2. CONASP
3. AIS
4. VIII Conferência Nacional de Saúde
5. SUS
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CARACTERÍSTICAS (coluna 2)
( ) Ampla discussão sobre os rumos do sistema de saúde e sugeriu propostas para a Assem-
bleia Constituinte.
( ) Convênios com municípios e Estados, permitindo pela primeira vez o uso de recursos da 
previdência para financiar serviços de saúde oferecidos a toda população.
( ) Descentralização do INAMPS e forte apoio dos governadores.
( ) Deu início a programação das atividades de assistência no âmbito do INAMPS e criou a AIH.
( ) Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o usuário 
tenha que comprovar qualquer contribuição prévia.
Marque a alternativa que traz a sequência correta da segunda coluna:
a) 4, 1, 3, 2, 5.
b) 4, 3, 1, 2, 5.
c) 3, 4, 1, 2, 5.
d) 1, 3, 5, 4, 2.
e) 4, 5, 3, 1, 2.
Na ordem da primeira coluna: A VIII foi o espaço de ampla discussão sobre os rumos da saúde; 
as AIS foram as primeiras ações na atenção primária no Brasil e tiveram como característica a 
interiorização das ações e serviços de saúde e realizaram convênios com municípios e Estados, 
permitindo pela primeira vez o uso de recursos da previdência para financiar serviços de saúde 
oferecidos a toda população; o SUDS foi a estratégia ponte entre o INAMPS e o SUS, onde toda 
a estrutura do extinto INAMPS passa a ser do estado; o CONASP foi instituído para tentar rever-
ter a crise do INPS em 1981 e dentre outras ações, deu início a programação das atividades de 
assistência no âmbito do INAMPS e criou a AIH (Autorização de Internação Hospitalar); o SUS, 
Conjunto de ações e serviços de saúde que são oferecidos gratuitamente sem que o usuário 
tenha que comprovar qualquer contribuição prévia.
Letra b.
007. (EBSERH/IADES/MCO/2014) No que se refere ao agrupamento dos IAPs no Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS), é correto afirmar que ele ocorreu durante a (o):
a) Primeira República.
b) Era Vargas.
c) Ditadura Militar.
d) Governo de João Goulart.
e)Nova República.
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Esta questão requer memorização de datas marcantes. Mais uma vez sugiro a elaboração de 
UMA LINHA DO TEMPO, COM OS FATOS MARCANTES/PERÍODOS HISTÓRICOS. Vamos lá: em 
que ano o INPS é criado? – 1966. Em que período da história do Brasil? – Ditadura Militar.
Letra c.
Este modelo excludente (INPS/INAMPS) provocou, então, uma capitalização crescente 
do setor privado, no entanto, a precariedade do sistema, não só da área da saúde, mas em 
toda a área social, provocando insatisfação cada vez maior, comprometendo a legitimidade 
do regime militar (RONCALI,2001)
Os indicadores de saúde da época, entre eles o Coeficiente de Mortalidade Infantil, pio-
ravam assustadoramente, mesmo em grandes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte. 
Intensificam-se movimentos sociais e as pressões de organismos internacionais, de modo 
que, já no governo Geisel, entre 1974 e 1979, há uma preocupação maior em minimizar os 
efeitos das políticas excludentes através de uma expansão na cobertura dos serviços, mas o 
anel técnico-burocrático criou entraves.
Segundo Polignano (2002), o CONASP encontrou oposição da Federação Brasileira de 
Hospitais e de medicina de grupo (anel técnico-burocrático), que viam nesta tentativa a perda 
da sua hegemonia dentro do sistema e a perda do seu status.
Para se mencionar a forma desses grupos atuarem, basta citar que eles opuseram e con-
seguiram derrotar dentro do governo com a ajuda de parlamentares um dos projetos mais 
interessantes de modelo sanitário, que foi o PREV-SAÚDE (1976), que depois de seguidas 
distorções acabou por ser arquivado (MENDES, 1993).
Segundo Teixeira (1989), no bojo das lutas por políticas mais universalistas e do processo 
de abertura política em fins dos anos 1970, o movimento dos profissionais de saúde e de in-
telectuais da área de saúde coletiva por mudanças no modelo se amplia. Com o crescimento 
da insatisfação popular, personificada, politicamente, na vitória da oposição em eleições 
parlamentares, este movimento, que ficou conhecido como Movimento pela Reforma Sanitá-
ria, se amplia mais ainda com a incorporação de lideranças políticas sindicais e populares e 
também de parlamentares interessados na causa. 
Um dos marcos deste movimento ocorreu em 1979, durante o I Simpósio Nacional de 
Política de Saúde, conduzido pela comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. Já neste 
momento foi discutida uma proposta de reorganização do sistema de saúde colocada pelo 
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), o representante legítimo do movimento sa-
nitário. Nesta proposta, já há menção a um Sistema Único de Saúde, de caráter universal e 
descentralizado (WERNECK, 1998)
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Devido ao agravamento da crise financeira, o sistema redescobre quinze anos depois a 
existência do setor público de saúde e a necessidade de se investir nesse setor, que trabalhava 
com um custo menor e atendendo a uma grande parcela da população carente de assistência.
Em 1983 foi criado a AIS (Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial (Previdên-
cia-Saúde-Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor público, 
procurando integrar ações curativas-preventivas e educativas ao mesmo tempo (SOUZA, 2018).
Assim, a Previdência passaria a comprar e pagar serviços prestados por estados, muni-
cípios, hospitais filantrópicos, públicos e universitários.
Alma-Ata
1978
AIS
1983
Segundo Souza (2018), este período coincidiu com o movimento de transição democrática, 
com eleição direta para governadores e vitória esmagadora de oposição em quase 21 todos 
os estados nas primeiras eleições democráticas deste período – 1982.
Por outro lado, além dos movimentos populares internos pela democratização e por uma 
política sanitária de caráter mais universalista e do panorama mundial apontar para a con-
cretização de novas alternativas para os sistemas de saúde centradas na Atenção Primária, 
institucionalmente, muitos avanços foram conseguidos a partir da atuação de componentes 
do movimento sanitário dentro da estrutura do governo (SOUZA, 2018).
A metade dos anos 1980 é marcada por uma profunda crise de caráter político, social 
e econômico. A previdência, ao fim de sua fase de capitalização e com problemas de caixa 
oriundos de uma política que estimulava a corrupção e o desvio de verbas se apresentava 
sem capacidade para dar conta das demandas criadas. Na outra ponta, o regime autoritário 
teria que buscar formas de legitimação diante da insatisfação popular (RONCALI, 2001).
008. (PREFEITURA DE PONTA GROSSA-PR/2011/FAFIPA) Sobre a Conferência de Alma-Ata 
(1978) analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I – Refere que os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em 
métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis.
II – Reconhece como necessária a união de países desenvolvidos para incremento de tecnolo-
gias duras em países pouco desenvolvidos com o intuito de fortalecer a equidade em saúde.
III – Afirma que o desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica inter-
nacional é de importância fundamental para realização da meta de Saúde para Todos no Ano 
2000 e para a redução da lacuna existente entre o estado de saúde dos países em desenvolvi-
mento e o dos desenvolvidos.
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IV – Foi realizada no Brasil e é considerada um marco na história do país, pois fomentou a dis-
cussão sobre saúde universal, sendo precursora da
Constituição Federal de 1988.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, II e III estão corretas.
A Declaração de Alma-Ata aconteceu na antiga URSS, no Cazaquistão, sendo a primeira Con-
ferência que traz a atenção primária como estratégia de organização do sistema de saúde, 
apropriado e efetivo para responder às reais necessidades de saúde da população.
Na realização de ações na atenção primária, utiliza-se a tecnologia leve (vínculo, acolhimento, abor-
dagem integral, utilização de conhecimentos científicos e respeito à individualidade) e leve-dura 
(mesmas ações da tecnologia leve, mas há utilização de instrumentais e equipamentos), conceitos 
trazidos por Emerson Merhy. A tecnologia dura refere-se ao instrumental complexo em seu conjunto, 
englobando todos os equipamentos para tratamentos, exames e a organização de informações.
A assertiva III traz o que foi pactuado na Conferência Internacional de Promoção da Saúde – 
Otawa/Canadá /1986.
Letra a.
009. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS,julgue os itens que se seguem.
Anteriormente à promulgação da Constituição Federal de 1988, o sistema nacional de saúde 
pautava-se por um conceito de saúde amplo; além da ausência de doenças, a saúde era con-
cebida como um estado influenciado por determinantes sociais
a) Certa.
b) Errada.
Antes da promulgação da Constituição de 1988, o sistema de saúde era excludente e se pautava 
em ações previdenciárias, com foco na medicina privativa. O conceito de saúde era reduzido à: 
ausência de doença e não visto de forma ampla.
Letra b.
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1.6. Fim dA ditAdurA e novA repúBlicA (1985 – 1988)
O movimento das DIRETAS JÁ (1985) e a eleição de Tancredo Neves marcaram o fim do 
regime militar, gerando diversos movimentos sociais, inclusive na área de saúde, que cul-
minaram com a criação das associações dos secretários de saúde estaduais (CONASS) ou 
municipais (CONASEMS), e com a grande mobilização nacional por ocasião da realização da 
VIII Conferência Nacional de Saúde (CONGRESSO NACIONAL, 1986), a qual lançou as bases da 
reforma sanitária e do SUDS – Sistema Único Descentralizado de Saúde (POLIGNANO, 2001).
Juntamente a estes acontecimentos, cresce o Movimento Sanitário brasileiro, que teve, como ponto 
alto de sua articulação, a VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, em Brasília. O momento po-
lítico propício, com o advento da Nova República, pela eleição indireta de um presidente não-militar 
desde 1964, além da perspectiva de uma nova Constituição, contribuíram para que a VIII Conferên-
cia Nacional de Saúde fosse um marco e, certamente, um divisor de águas dentro do Movimento 
pela Reforma Sanitária. Com uma participação de cerca de cinco mil pessoas, entre profissionais 
de saúde, usuários, técnicos, políticos, lideranças populares e sindicais, a VIII Conferência criou 
a base para as propostas de reestruturação do Sistema de Saúde brasileiro a serem defendidas 
na Assembleia Nacional Constituinte, instalada no ano seguinte. O Relatório da Conferência, entre 
outras propostas, destaca o conceito ampliado de saúde, a qual é colocada como direito de todos 
e dever do Estado (POLIGNANO, 2001).
Estes fatos ocorreram também em concomitância com a eleição da Assembleia Nacional 
Constituinte em 1986 e a promulgação da nova Constituição em 1988.
1.6.1. a Viii Conferência Nacional de Saúde e a Constituição de 1988
A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do que uma reforma setorial. 
O movimento sanitário emergia juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida 
social do período da DITADURA MILITAR.
A constituinte de 1988 no capítulo VIII da Ordem social e na seção II referente à Saúde 
define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante 
políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
O SUS é definido pelo artigo 198 da Constituição Federal de 1988, do seguinte modo: “As 
ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e cons-
tituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
• Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
• Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais;
• Participação da comunidade Parágrafo único - o sistema único de saúde será financia-
do, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, além de outras fontes”.
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O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE?
• Grande marco da reforma sanitária brasileira;
• Participação pela primeira vez dos usuários;
• Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
• Conceito ampliado de saúde;
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• Instituição de um Sistema Único de Saúde;
• A partir dela se modificaram as bases de organização, deliberação e representação das 
Conferências Nacionais de Saúde.
 
O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseado na formu-
lação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o 
compromisso do estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere a saúde coletiva, 
consolidando-o como um dos direitos da CIDADANIA. Esta visão refletia o momento político porque 
passava a sociedade brasileira, recém-saída de uma ditadura militar onde a cidadania nunca foi um 
princípio de governo. Embalada pelo movimento das Diretas Já, a sociedade procurava garantir na 
nova constituição os direitos e os valores da democracia e da cidadania (SOUZA, 2018).
Antes da implantação do SUS, em um momento conhecido como ESTADUALIZAÇÃO DA 
SAÚDE OU ESTRATÉGIA PONTE, foi implantado em alguns estados O SUDS (SISTEMA UNIFI-
CADO E DESCENTRALIZADO EM SAÚDE).
Sua implantação ocorreu com o intuito de FORTALECER os estados no processo de DESCEN-
TRALIZAÇÃO das ações e serviços para os municípios – processo conhecido como MUNICIPA-
LIZAÇÃO. Esta estratégia, o SUDS, aconteceu entre 1987e 1989 e à medida que os municípios 
assumiam a gestão e execução das ações através do SUS, eram descredenciados do SUDS.
010. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A VIII Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em 1986, foi um acontecimento importante que influenciou a criação do SUS. Em 
relação ao Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, marque a alternativa CORRETA:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais porque impulsionou a realização de 
Conferências Estaduais e Municipais.
b) O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira teve grande participação popular e do movi-
mento sindical, mas não houve apoio político.
c) O movimento da Reforma Sanitária Brasileira criou o SUS e impulsionou a elaboração de uma 
nova Constituição Federal.
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d) A VIII Conferência Nacional de Saúde diferiu das demais pelo seu caráter democrático e pela 
sua dinâmica processual.
e) O SUS foi criado através da Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990.
A VIII CNS foi a primeira conferência há permitir participação popular e teve apoio do governo, 
já que o momento histórico era de resgate de dívidas sociais. Vale ressaltar que a 8ª, não cria 
o SUS e sim traz os ideais, a filosofia e as bases para a criação de um sistema para todos.
Letra d.
011. (PREFEITURA DE TERESINA-PI/2011/NUCEPE) A reforma sanitária foi o principal 
movimento na construção do SUS vigente no Brasil. O marco referencial definitivo na institu-
cionalização das propostas desse movimento foi:
a) A VIII Conferência Nacional de Saúde/86.b) A IX Conferência Nacional de Saúde/93.
c) A Conferência Internacional de Alma Ata/78.
d) A política das ações integradas de saúde/80.
e) A Assembleia Nacional Constituinte/88.
Uma boa questão de prova e requer leitura atenta. Qual proposta a 8ª discutiu? – A criação de 
um sistema de saúde para todos. E esta “solicitação” foi definitiva em que marco histórico/
jurídico? – Na Assembleia Constituinte de 1988 – onde o SUS é institucionalizado.
Letra e.
012. (PREFEITURA DE SALVADOR-BA/2011/CESGRANRIO) De acordo com as políticas 
públicas de saúde, historicamente na 8ª Conferência Nacional de Saúde, no tocante à parti-
cipação, resultaram as seguintes diretrizes, EXCETO a;
a) afirmação do princípio da participação das entidades representativas.
b) reformulação das ações integradas de saúde.
c) constituição de um novo conselho nacional, composto por representantes.
d) formação de conselhos de saúde municipal, regional e estadual, cuja composição deveria 
incluir representantes indicados pelo governo.
e) eleição da direção das unidades de saúde pelos seus trabalhadores e usuários.
A VIII CNS traz como uma das principais diretrizes, a participação da população, através dos 
conselhos e conferências que devem ter caráter paritário (50% de representação dos usuários) 
e os membros eleitos em plenária. A assertiva traz que os membros seriam indicados pelo 
governo, o que torna falsa a afirmação.
Letra d.
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013. (PREFEITURA DE VALENÇA-RJ/2012/FUNCAB) O Movimento de Reforma Sanitária 
consolidou-se no Brasil no final da década de 1970, em um cenário de crise econômica, que 
agravou ainda mais a qualidade de vida da população e aumentou as necessidades e atenção 
à saúde. Em relação a esse movimento, é INCORRETO afirmar que:
a) se estruturou, durante o período mais repressivo da ditadura militar e teve Sérgio Arouca 
como um dos principais militantes.
b) foi responsável pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS –, transfor-
mado depois no Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social – INAMPS.
c) por incentivo do movimento, surgem projetos de saúde comunitária e as Conferências de 
Saúde são transformadas em espaços de participação popular.
d) entre as bandeiras defendidas pela reforma sanitária estavam o acesso de todo brasileiro às 
ações de saúde de forma integral.
e) as propostas da reforma sanitária foram concretizadas na Constituição Federal de 1988.
A assertiva se torna incorreta ao afirmar que o INPS (criado em 1966 – após unificação dos IAPs) 
foi transformado em INAMPS (parte do INPS que prestava assistência médica aos contribuintes).
Letra b.
014. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/UFMT/SELEÇÃO 2010) Sobre a Re-
forma Sanitária brasileira, analise as afirmativas.
I – Constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transformação 
sanitária gestada desde a década de 70 do século XX.
II – Deve ser entendida simplesmente como uma reforma setorial.
III – Na busca de viabilidade para as intervenções propostas pela Reforma Sanitária, utilizou-se 
unicamente de dois caminhos: legislativo-parlamentar e técnico-institucional.
IV – Os princípios e as diretrizes da Reforma foram sistematizados na 8ª Conferência Nacional 
de Saúde, destacando-se: conceito ampliado de saúde; Sistema Único de Saúde (SUS) e parti-
cipação popular. Estão corretas as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
A VIII CNS constitui uma proposta abrangente de mudança social e um processo de transforma-
ção sanitária gestada desde a década de 70, principalmente pela CEBES e nunca pretendeu ser 
apenas uma reforma de setor – basta lembrar que a mesma aconteceu concomitantemente à 
várias outras reformas e que o SUS proposto está em constante construção. Não há um marco 
final da reforma e sim mudanças de acordo o cenário político/epidemiológico e social. Por este 
motivo podemos afirmar que o viés filosófico garante a sua continuidade.
Letra c.
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LegiSLação do SUS
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1.7. o nAscimento do sus (período pós-constituinte)
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamentado 
em 19 de setembro de 1990 através da Lei n. 8.080. Esta lei define o modelo operacional do 
SUS, propondo a sua forma de organização e de funcionamento.
A saúde passa a ser definida de uma forma mais abrangente, de acordo com o art. 3º: “A 
saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a mora-
dia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, atividade física o 
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”.
O SUS é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos 
e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e 
das fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar do SUS em 
caráter complementar (SOUZA, 2018).
O Sistema Único de Saúde, garantido pela Constituição e regulado pela LOS, prevê um 
sistema com princípios doutrinários e organizativos. Os princípios doutrinários dizem respeito 
às ideias filosóficas que permeiam a implementação do sistema e personificam o conceito 
ampliado de saúde e o princípio do direito à saúde.
Os princípios organizativos orientam a forma como o sistema deve funcionar, tendo, como eixo filosófico 
norteador, os princípios doutrinários.
015. (IBFC/EBSERH-2015) Assinale a alternativa correta sobre a evolução histórica da organi-
zação do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto 
à implantação da Reforma Administrativa Federal, quando ficou estabelecido que o Ministério 
da Saúde seria o responsável pela formulação e coordenação da Política Nacional de Saúde e 
ficaram as seguintes áreas de competência: política nacional de saúde; atividades médicas e 
paramédicas; ação preventiva em geral, vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, 
fluviais e aéreos; controle de drogas, medicamentos e alimentos e pesquisa médico-sanitária.
a) 1963.
b) 1969.
c) 1956.
d) 1961.
e) 1967.
Conforme Brasil (2017), com a implantação da Reforma Administrativa Federal, em 25 de fe-
vereiro de 1967, ficou estabelecido que o Ministério da Saúde seria o responsável pela formu-
lação e coordenação da Política Nacional de Saúde, que até então não havia saído do papel. 
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Ficaram as seguintes áreas de competência: política nacional de saúde; atividades médicas e 
paramédicas; ação preventiva em geral, vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, 
fluviais e aéreos; controle de drogas, medicamentos e alimentos e pesquisa médico-sanitária.
Letra e.
016.(IBFC/EBSERH/2015) Assinale a alternativa correta sobre a evolução histórica da or-
ganização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) 
quanto ao ano em que as Secretarias de Saúde e de Assistência Médica foram englobadas, 
passando a constituir a Secretaria Nacional de Saúde, para reforçar o conceito de que não 
existia dicotomia entre Saúde Pública e Assistência Médica.
a) 1990.
b) 1956.
c) 1974.
d) 1967.
e) 1969.
De acordo com Brasil (2017), o Ministério da Saúde passou por diversas reformas na estrutura. 
Destaca-se a reforma de 1974, na qual as Secretarias de Saúde e de Assistência Médica foram 
englobadas, passando a constituir a Secretaria Nacional de Saúde, para reforçar o conceito de 
que não existia dicotomia entre Saúde Pública e Assistência Médica.
Letra c.
17. (2016/IBFC/EBSERH/(HU-FURG) Considerando o histórico da construção do Sistema Único 
de Saúde-SUS, assim como o papel das Conferências Nacionais de Saúde, analise as sentenças 
abaixo, classificando-as como V(verdadeira) ou F (falsa).
A seguir, assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo:
( ) A 8ª Conferência Nacional de Saúde aprovou as diretrizes para a criação do Sistema Único 
de Saúde (SUS).
( ) A 9ª Conferência Nacional de Saúde teve como principal demanda a descentralização da 
saúde, que seria obtida com a municipalização dos serviços.
( ) A 8ª Conferência Nacional de Saúde resultou, quase que de imediato, na implantação do Sis-
tema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) e na incorporação do INAMPS ao Ministério 
da Saúde, ambos no período que antecedeu à Constituição da República Federativa de 1988.
a) V, V, V.
b) F, F, V.
c) F, F, F.
d) V, F, V
e) V, V, F.
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Assertiva I. Verdadeira. Apesar de ser institucionalizado somente com a promulgação da Cons-
tituição Federal de 1988, as diretrizes do SUS foram pensadas e aprovadas na VIII CNS, advinda 
de um longo processo de reforma Sanitária.
Assertiva II. Verdadeira. O tema central da IX CNS foi “Municipalização é o caminho”, e a muni-
cipalização se configura como a operacionalização da diretriz do SUS, descentralização com 
direção único em cada esfera de governo.
Assertiva III. Falsa. A VIII CNS, como comentado na assertiva I, resultou na base “filosófica” 
para a criação do SUS.
Letra e.
017. (CESPE/2018/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o 
item a seguir.
O plano de descentralização da saúde do Conselho Nacional de Administração da Saúde Pre-
videnciária, de 1982, resultou da adoção das ações integradas de saúde (AIS) para fortalecer o 
atendimento previdenciário da época.
Certo
Errado
O plano de descentralização do CONASP vem romper com as ações integradas de saúde (AIS) 
através de um amplo processo de descentralização das ações para a construção de um Sistema 
Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS).
Errado.
018. (CESPE/2018/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o 
item a seguir.
Antes da implantação do SUS, as ações predominantes do Ministério da Saúde eram de pro-
moção da saúde e prevenção de doenças, voltadas para campanhas de vacinação e controle 
de endemias.
Certo
Errado
Ainda no modelo Snitarista/Campanhista, ações se desenvolviam com o intuito de controlar e 
erradicar algumas endemias e algumas doenças preveníveis por vacinação.
Certo.
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019. (CESPE/2018/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o 
item a seguir.
O plano de interiorização das ações de saúde e saneamento foi implantado exclusivamente 
com vistas à resolução do déficit em saúde da população rural.
Certo
Errado
Diante de uma questão assim, já podemos através do “exclusivamente” inferir que está incorreta. 
Além do mais, o plano de interiorização das ações de saúde e saneamento foi implantado com 
ênfase no combate às doenças transmissíveis e encaminhamentos de doentes; desenvolvimen-
to de ações de saúde de baixo custo, e disseminação de unidades de saúde tipo miniposto; e 
ampla participação da comunidade.
Errado.
020. (CESPE/2018/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o 
item a seguir.
O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira foi, inicialmente, um movimento da intelectualidade 
universitária e dos profissionais de saúde; os setores sindicais e os movimentos populares se 
incorporaram ao movimento posteriormente.
Certo
Errado
O movimento da Reforma Sanitária teve seu início no âmbito acadêmico, visto que não foi 
somente uma Reforma para o setor saúde, mas com o cenário desfavorável enfrentado pelos 
profissionais da saúde e pela população que necessitava de atendimento, estes profissionais 
logo se incorporaram ao movimento que posteriormente atingiu os setores sindicais e movi-
mentos populares.
Certo.
22. (2015/VUNESP/HCFMUSP) O projeto de reforma sanitária influenciou a construção do SUS 
(Sistema Único de Saúde), que apresenta princípios relacionados aos seus aspectos legais, con-
cepção de saúde e definição do papel do Estado. Os serviços de saúde devem ser estruturados 
de maneira que haja uma ordenação da prestação de acordo com as demandas apresentadas. 
Está-se falando do princípio da
a) categorização.
b) regionalização.
c) centralização.
d) universalização.
e) hierarquização.
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Alternativa A. Incorreta. Não é considerado um princípio do SUS.
Alternativa B. Incorreta. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que 
já existem, visando o comando unificado desses serviços.
Alternativa C. Incorreta. Não é considerado um princípio do SUS. Cuidado para não cair em 
pegadinhas e confundir com o princípio da descentralização.
Alternativa D. Incorreta. A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Esta-
do assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas 
as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou 
pessoais. Ou seja, acesso literalmente universal.
Alternativa E. Correta. No âmbito do Sistema Único de Saúde, a prestação de serviços será 
hierarquizada de acordo com as necessidades apresentadas pelo usuário.
Letra e.
021. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL/RN) A Constituição Federal de 1988 in-
cluiu, no capítulo da seguridade social, a saúde como direito de todos e dever do Estado, 
fundamentando a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS passa a ser o principal 
norteador na condução das políticas de saúde do Brasil, incorporando o conceito ampliado 
de saúde e entendendo a saúde como cidadania. A partir de então, as políticas públicas de 
saúde no Brasil.
a) Priorizam a assistência nas unidades de atenção primária em saúde que,O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANGELA BARBOSA CARREIRO LIMA - 03454006317, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 16 (FCC/TJ-PE/2012) Em situação hipotética, um indivíduo adulto vítima de fratura 
em membro inferior esquerdo perpassa o seguinte percurso de atendimento: atendimento 
móvel, hospitalar em pronto-socorro e acompanhamento domiciliar para a reabilitação. 
As ações combinadas no atendimento em diferentes âmbitos de atenção à saúde correspon-
dem ao princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde denominado
a) equidade.
b) integralidade.
c) universalidade.
d) descentralização.
e) resiliência.
Letra b.
O acesso de forma articulada e contínua em todos de níveis de complexidade do sistema = 
integralidade.
queStãO 17 (FUNCAB/PREFEITURA DE PORTO VELHO-RO/2009) O princípio do Sistema Único 
de Saúde (SUS) que extinguiu o privilégio de acesso dos trabalhadores do mercado formal aos 
serviços de saúde com financiamento público, à época do INAMPS-MPAS, é:
a) equidade;
b) universalidade;
c) descentralização;
d) integralidade;
e) intersetorialidade.
Letra b.
Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços e ações de saúde eram ofertados apenas aos 
trabalhadores (previdenciários/contribuintes). Após a promulgação da CF/1988, e a criação 
do SUS, o acesso ao sistema de saúde passa a ser UNIVERSAL.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 18 (BIO-RIO/FUNDAÇÃO SAÚDE/2014) A Lei Federal 8.080 de 1990 estabelece que 
é dever do Estado garantir as condições que assegurem acesso universal e igualitário às 
ações e serviços de saúde. Ao se permitir o acesso à tecnologia de alto custo apenas aos 
cidadãos que possuem planos privados de saúde, há uma contradição em relação ao seguinte 
princípio básico do Sistema Único de Saúde (SUS):
a) integridade.
b) equidade.
c) hierarquização.
d) municipalização.
e) integração.
Letra b.
O SUS deve seguir o princípio doutrinário da equidade, onde se deve ofertar mais para quem 
mais precisa. A situação apresentada acima contradiz o princípio da equidade.
queStãO 19 (FUNCAB/SESAU-RO/2009) Quando uma Secretaria de Saúde investe mais re-
cursos onde há maior carência na tentativa de diminuir as desigualdades, ela está agindo 
em consonância com o princípio da:
a) universalidade.
b) equidade.
c) descentralização.
d) intersetorialidad.;
e) integralidade.
Letra b.
O SUS deve seguir o princípio doutrinário da equidade, onde se deve ofertar mais para quem 
mais precisa.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
queStãO 20 (IBFC/CEP/2015) No modo tradicional dos sistemas de saúde, é notória a frag-
mentação da atitude dos outros profissionais de saúde, reduzindo o usuário a mero sistema 
biológico, desconsiderando seu sofrimento e outros aspectos envolvidos na sua qualidade de 
vida. Assim, deve ser considerada uma mudança na atitude do profissional no encontro com 
seus clientes, no qual deverá reconhecer demandas e necessidades de saúde, bem como incor-
porar ações de promoção, prevenção assim como ações curativas e reabilitadoras. Essa mu-
dança de atitude é uma aplicação na rotina dos serviços de saúde do seguinte princípio do SUS:
a) Universalidade.
b) Integralidade.
c) Equidade.
d) Autonomia do usuário.
Letra b.
O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por 
um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde 
(RONCALLI, 2003).
1.3. quaiS SãO OS PrincíPiOS que regem a OrganizaçãO dO SuS?
Os princípios do SUS, de forma teórica, são divididos em doutrinários (vistos no item 
anterior) e organizativos (os outros que constam no art. 7º da Lei n. 8.080/1990. Dentre 
esses últimos, podemos citar como mais importantes:
•	 Regionalização e hierarquização – os serviços devem ser organizados em níveis de 
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e 
com a definição da população a ser atendida. Isto implica a capacidade dos serviços 
em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem 
como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de 
resolubilidade (solução de seus problemas) (BRASIL, 1990).
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O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que 
devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os servi-
ços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tec-
nológica. (De acordo com o Decreto n. 7.508/2011, a atenção primária é uma das portas de entrada 
do sus e ordenadora do sistema)
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conheci-
mento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações 
de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das 
ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. Além disso, 
a aproximação das ações e serviços dos usuários e a oferta desses de acordo com a real ne-
cessidade do território.
O conceito de REDE hierarquizada e regionalizada terá um conceito ampliado a partir do 
Decreto n. 7.508/2011. Quanto mais capilarizada a rede, mais facilmente será alcançada a 
diretriz/princípio da integralidade.
•	 Resolubilidade – é a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou 
quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspon-
dente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. 
Caso não haja capacidade de resolvê-lo o indivíduo deve ser referenciado para outro 
nível de atenção.
ENTENDA COMO A CAPACIDADE DE RESOLVER SUAS PRÓPRIAS ATRIBUIÇÕES!
•	 Descentralização – é entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto 
às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que 
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
quantona rede de atenção 
à saúde, estão concentradas em locais específicos do território.
b) Preconizam a realização de ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação da 
saúde, fundamentando-se na integralidade e priorizando as ações curativas.
c) Garantem o acesso universal aos serviços de saúde realizados nas Unidades Básicas e o 
atendimento para serviços de alta complexidade através da saúde suplementar.
d) Baseiam-se na justiça social para superar as desigualdades na assistência e garantem o 
acesso gratuito aos serviços públicos de saúde.
Alternativa A. Incorreta. Não há priorização de assistência na atenção primária, mas por estar 
mais próxima da população, esta é considerada a porta de entrada do sistema, estando presente 
na maioria do território brasileiro.
Alternativa B. Incorreta. Note que a alternativa começa de forma correta, mas ao final afirma 
que há uma priorização das ações curativas, quando, na verdade, temos a priorização de ações 
preventivas, sem detrimento das curativas.
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Alternativa C. Incorreta. O atendimento nos serviços de alta complexidade podem ser hierarqui-
zados para a rede complementar ao SUS, em caráter de convênio.
Alternativa D. Correta. As políticas de saúde que vigoram no País, trazem em consonância com 
os ideais do SUS, o princípio da Equidade (Justiça Social), bem como a gratuidade dos serviços 
de atenção à Saúde.
Letra d.
022. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL-RN) Em meio a uma profunda crise econô-
mica e política do Estado brasileiro surge, no final da década de 1970 e início dos anos 1980, 
o Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, que defendia um sistema de saúde universal, 
em contraposição ao modelo médico assistencial privatista, então vigente, que se apresentava 
cada vez mais ineficiente, caro e excludente. O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira
a) propôs estratégias como as Ações Integradas em Saúde para o alcance de um sistema de 
saúde mais integrado que foram implantadas após a Constituição de 1988.
b) teve a participação de profissionais de saúde, de intelectuais da saúde coletiva e de lideranças 
políticas, mas sem a colaboração de parlamentares.
c) teve seu ponto alto na VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, a qual produziu 
um relatório que pouco influenciou no Sistema Único de Saúde.
d) gerou mudanças no sistema de saúde, alcançando mudanças institucionais importantes e 
apontando alternativas centradas na Atenção Primária em Saúde.
Alternativa A. Incorreta. As ações integradas de Saúde foram implantadas a partir de 1982, 
após a criação do CONASP.
Alternativa B. Incorreta. Teve a participação de profissionais de saúde, de intelectuais da saúde 
coletiva e de lideranças políticas, contando também com a colaboração de parlamentares.
Alternativa C. Incorreta. O movimento da Reforma Sanitária teve seu ponto alto na VIII Conferên-
cia Nacional de Saúde, realizada em 1986, a qual produziu um relatório que serviu como base 
ideológica e filosófica para a criação do Sistema Único de Saúde.
Alternativa D. Correta. O movimento da Reforma Sanitária foi um marco importantíssimo para 
as diversas mudanças que ocorreram nas políticas de saúde no Brasil, sobretudo, após a 
promulgação da Constituição Federal de 1988, que institucionalizou as ideias surgidos na VIII 
Conferência Nacional de Saúde, criando assim o SUS.
Letra d.
023. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL-RN) As políticas públicas, dentre elas as 
políticas de saúde, traduzem a forma como o Estado interfere na vida da sua população. No 
Brasil, considerando o período que vai desde o início do século XX até a implementação do 
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Sistema Único de Saúde, as ações do Estado direcionadas à resolução dos problemas de 
saúde da população caracterizaram -se como excludentes e com clara dicotomia entre as 
ações de saúde pública e as de assistência à saúde. Em oposição a esse modelo de atenção, 
no final da década de 1970 surge o Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, que defendia
a) a reorganização do sistema de saúde para tornar-se descentralizado e integral.
b) ações de assistência à saúde vinculadas à previdência e com a participação popular.
c) ênfase na extensão da cobertura e nas ações realizadas nos serviços hospitalares.
d) ações de assistência à saúde ofertadas pelo Estado e financiadas pelo setor privado.
Alternativa A. Correta. O movimento da reforma sanitária trazia como bandeira um Sistema de 
Saúde Universal, gratuito, descentralizado e que contemplasse a integralidade da assistência.
Alternativa B. Incorreta. Os ideais trazidos pelo movimento da Reforma Sanitária buscavam 
romper com a assistência previdenciária que até então predominava no país.
Alternativa C. Incorreta. Os novos ideais incorporados à Saúde, a partir do movimento da reforma 
sanitária, visavam o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.
Alternativa D. Incorreta. Uma das defesas do movimento da Reforma era o financiamento da 
Saúde pelo Estado, que passou a ser compartilhado entre os entes Federativos, após a Consti-
tuição de 1988 e suas respectivas legislações infraconstitucionais.
Letra a.
024. (IADES/2018/SES-DF) O Movimento Sanitário Brasileiro, intensificado a partir das dé-
cadas de 1970 e 1980 em consonância com as lutas pelo processo de redemocratização da 
sociedade brasileira, teve como ponto alto da própria articulação a(o)
a) VIII Conferência Nacional de Saúde.
b) Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata.
c) I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde.
d) Relatório Lalonde.
e) 9ª Conferência Global de Promoção da Saúde.
Alternativa A. Correta. O principal marco da Reforma Sanitária foi a VIII Conferência Nacional 
de Saúde, realizada em 1986 e originou as bases ideológicas e filosóficas do Sistema único de 
Saúde (SUS).
Alternativa B. Incorreta. A Conferência de Alma-Ata tem uma grande importância, principalmente 
para o fortalecimento da Atenção Básica, mas a assertiva requer o marco em nível nacional.
Alternativa C. Incorreta. Vide alternativa B. Alma-Ata foi a primeira Conferência Internacional 
sobre Cuidados Primários de Saúde.
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Alternativa D. Incorreta. Embora guarde sua importância na história, o relatório em pauta foi 
um marco importante para ressignificação de práticas sanitárias, principalmente no Canadá.
Alternativa E. Incorreta. Assim como as outras, essa Conferência teve sua importância, contudo 
estamos buscando uma assertiva que trate sobre as modificações advindas de movimentos 
realizados em âmbito nacional.
Letra a.
025. (COMPERVE/2018/SESAP-RN) A 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada 
em março de 1986, foi um marco para as mudanças na área da saúde que se seguiram aofim 
do Regime Militar no Brasil. Essa conferência contou com a participação de mais de 4.000 
pessoas, reunindo instituições de saúde, representantes da sociedade civil, dos grupos profis-
sionais e dos partidos políticos. Dentre as principais resoluções da 8ª Conferência Nacional 
de Saúde, encontram-se:
a) adoção de um conceito amplo de saúde, segundo o qual saúde é o resultado das condições 
de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da produção; criação 
de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde de previdência, por meio de 
ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social, cabendo à saúde, inicialmente, 
maior parcela de recursos, de modo a suprir a ausência dos recursos previdenciários.
b) adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de condições dig-
nas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde; criação de um Sistema 
Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência, por meio de ampla Reforma Sanitária; 
constituição de um orçamento social que englobe os recursos destinados às políticas sociais.
c) adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de condições 
dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde; criação de um Sis-
tema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência, por meio de ampla Reforma 
Sanitária; constituição de um orçamento social, cabendo à saúde, inicialmente, maior parcela 
de recursos, de modo a suprir a ausência dos recursos previdenciários.
d) adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado das condições 
de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da produção; cria-
ção de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde de previdência, por meio 
de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social que englobe os recursos 
destinados às políticas sociais.
Alternativa A. Incorreta. A assertiva incorre em erro quando afirma que a separação entre saúde 
e previdência ocorreu de forma gradual.
Alternativa B. Correta. Uma condensação dos principais objetivos alcançados após a VIII Con-
ferência Nacional de Saúde.
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Alternativa C. Incorreta. O erro da assertiva está em afirmar que dentro do orçamento social a 
saúde tem a maior parte.
Alternativa D. Incorreta. Também incorre em erro quando menciona a separação gradual entre 
saúde e previdência.
Letra b.
026. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013). No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue os itens que se seguem.
O SUS pode ser entendido como um esquema composto por um núcleo comum ético-filosófico, 
que concentra os princípios doutrinários, e uma forma de organização e operacionalização, que 
são os princípios organizativos.
a) Certa
b) Errada
Os princípios do SUS são definidos na Lei Orgânica n. 8.080/90, em seu art. 7º. Há uma divisão 
teórica sobre o tema: princípios doutrinários (universalidade, equidade e integralidade) e organizati-
vos (descentralização dos serviços, regionalização e hierarquização da rede e participação social).
Letra a.
027. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/CESPE/2013) No que diz respeito à evolução das políticas de 
saúde no Brasil e à criação do SUS, julgue os itens que se seguem.
O principal objetivo da reforma sanitária brasileira foi mudar as regras relativas aos benefícios da 
previdência social, mudança que resultou na criação do Instituto Nacional da Previdência Social.
a) Certa.
b) Errada.
O principal objetivo da Reforma Sanitária foi a criação de um sistema de saúde para todos.
Letra b.
028. (2014/IADES/SES-DF) Um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema cen-
tral em todos os debates acerca das reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. 
Esse princípio diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais”, de modo 
a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e 
social entre os membros de uma dada sociedade.
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O princípio descrito é o da
a) integralidade.
b) universalidade.
c) discricionariedade.
d) proporcionalidade.
e) equidade.
O art. 7º, inciso IV, da Lei n. 8.080 de 1990 prescreve que é princípio do SUS a igualdade da 
assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. No entanto, muitas 
vezes é necessário tratar pessoas de maneira desigual como forma de se atingir a igualdade.
Nesse contexto, Bahia (2001) traz:
A noção de equidade diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” de 
modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal 
e social entre os membros de uma dada sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é o 
reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que 
muitas dessas desigualdades são injustas e devem ser superadas.
Letra e.
029. (IADES/EBSERH/2015) As atividades de saúde pública no Brasil, até meados do século 
19, limitavam-se à delegação das atribuições sanitárias para as juntas municipais e ao controle 
dos navios e da saúde nos portos. Em relação a esse período, é correto afirmar que o maior 
interesse estava relacionado ao estabelecimento de
a) um controle sanitário mínimo da capital do Império – a cidade do Rio de Janeiro.
b) campanhas de vacinação nacionais para a erradicação da varíola e da malária.
c) conselhos locais de saúde para a administração dos hospitais públicos.
d) grupos de pesquisa voltados para catalogação e estudos de doenças tropicais.
e) intercâmbios, no âmbito da saúde pública, com outros países da América Latina, para uma 
ação comum de combate às epidemias causadas por doenças tropicais.
No período citado, as ações de saúde estavam voltadas para diminuir as perdas econômicas 
geradas pelas epidemias causadas pelas doenças pestilenciais, que apresentavam alta morta-
lidade e consequentemente perda de mão de obra. Não era a saúde da população que era foco 
de atenção e sim o cuidado sanitário mínimo da capital do Império – Rio de Janeiro.
Polignano (2002) afirma:
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade da organização de uma estrutura sanitária 
mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.
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Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:
1 - Delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;
2 - Controle de navios e saúde dos portos;
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de um controle sanitário 
mínimo da capital do império, tendência que se alongou por quase um século.
Letraa.
030. (IADES/EBSERH/2014) Considerando que as Ações Integradas de Saúde (AIS) co-
meçaram a ser implementadas em meados da década de 1980, é correto afirmar que suas 
principais diretrizes eram o(a)
a) combate a endemias e a vacinação em massa.
b) concentração das estratégias de ações em saúde pública e a itinerância das equipes de saúde.
c) universalização, a acessibilidade, a descentralização, a integralidade e a participação 
comunitária.
d) rapidez no combate a epidemias, a vacinação em massa e a vigilância sanitária animal.
e) combate a pestes e epidemias, as ações educacionais nacionais sobre cuidados com a saúde 
e a vigilância alimentar.
Fleury (1991) afirma:
A medida mais duradoura e importante do Plano do CONASP foram as Ações Integradas de Saú-
de (AIS) que expressavam de forma mais evidente as propostas do movimento sanitário. As AIS 
anunciavam, em 1983, nada menos que a alteração da atenção à saúde, ao conter princípios da 
universalização de acesso, descentralização, participação comunitária, regionalização e hierarqui-
zação das ações e maior participação dos prestadores públicos. As AIS consistiam, na prática, no 
repasse de verbas do Inamps aos demais níveis federativos, o que reanimou os serviços locais de 
saúde ou permitiu sua criação, principalmente no nível de atenção básica. O novo sistema promoveu 
também a integração das ações de prestadores públicos ao criar comissões interinstitucionais nos 
níveis locais, regionais, estadual e federal.
Letra c.
33. (2014/IADES/EBSERH) A 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) foi um marco do pro-
cesso de formulação de um novo modelo de saúde pública universal. Acerca do tema, assinale 
a alternativa que indica um dos principais encaminhamentos dessa conferência.
a) A ruptura com a cisão estrutural entre saúde pública e medicina curativa individual e com a 
intensa privatização que, então, caracterizava o sistema de saúde brasileiro.
b) A socialização do sistema de saúde brasileiro e a privatização da medicina privada.
c) A fomentação das instituições superiores de ensino em saúde e a viabilização de estudos 
em especializações médicas pouco exploradas até então.
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d) A criação de uma indústria nacional farmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares.
e) A criação de um modelo previdenciário com financiamento obrigatório da União e garantia de 
uso de percentual elevado do produto interno bruto (PIb) brasileiro nas ações de saúde pública.
Segundo Falleiros e Lima (2010):
A VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) foi o principal marco desse processo de formulação 
de um novo modelo de saúde pública universal, visando romper com a cisão estrutural entre saú-
de pública e medicina curativa individual, e com a intensa privatização que então caracterizava o 
sistema de saúde brasileiro. Reunindo um amplo espectro de alianças, a VIII CNS contou com a 
participação de milhares de representantes de diversas entidades da sociedade civil, profissionais 
de saúde, usuários do sistema e prestadores de serviços de saúde públicos.
Letra a.
34. (2013/IADES/EBSERH) Sabe-se que houve importante evolução na história da Saúde Pública 
no Brasil. Sobre essa evolução, principalmente na organização do Sistema de Saúde, assinale 
a alternativa correta.
a) A crise da Previdência Social, no início dos anos 1970, fez surgir o Conselho Consultivo de 
Administração de Saúde Previdenciária (Conasp).
b) No relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a saúde passa a ser definida apenas 
como o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, trabalho e lazer.
c) O fundamento legal do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Constituição Federal de 1988, re-
gulamentado na Lei Federal no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que trata do financiamento 
da saúde e da participação popular e na Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que 
dispõe sobre a organização e regulação das ações de saúde.
d) A realidade social, na década de oitenta do século passado, era de inclusão da maior parte 
dos cidadãos no direito à saúde, que se constituía na assistência prestada pelo Instituto Nacional 
de Previdência Social, restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam.
e) A Reforma Sanitária Brasileira sempre pretendeu ser mais que apenas uma reforma setorial.
De acordo com Paim (2008), a Reforma Sanitária Brasileira não se reduzia a uma política de 
proteção social ou a uma reforma setorial (da Saúde), buscando uma “reforma geral” da socie-
dade brasileira.
Letra e.
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ReSUMo
Antes da Constituição Federal de 1988, o Brasil não possuía um sistema de saúde organi-
zado, as ações e serviços de saúde eram EXCLUDENTES e CONTRIBUTIVOS, ou seja, apenas 
quem podia pagar a medicina privada e quem contribua com a previdência social / INPS 
–Instituto Nacional da Previdência Social tinha acesso. À outra parte da população cabia o 
atendimento nas Santas Casas de Misericórdia.
Ao longo da construção histórica da sociedade brasileira, diversos foram os momentos 
que também interessam à evolução histórica das políticas de saúde no Brasil.
Abaixo, vamos listar as principais datas e seus respectivos marcos.
• 1923 – CAPS: marco inicial da previdência Social no Brasil. Criadas pela Lei Eloi Chaves. 
Momento inicial em que o Estado assume a responsabilidade pelas ações de saúde dos 
trabalhadores. Eram por grandes empresas e a gestão feita pelas empresas e empregados;
• 1933 – Unificação das CAPS em IAPS – Institutos de Aposentadorias e Pensões. Passam 
a ser por categoria profissional e sua gestão era tripartite: governo (gestão financeira), 
empregadores e empregados;
• 1953– Criação do Ministério da Saúde. O foco de ação eram ações e programas de saúde, 
incluindo vacinação e o controle de endemias/epidemias - ações de promoção e prevenção;
• 1966 – Criação do Instituto Nacional da Previdência Social. Ratifica a dicotomia entre a 
prevenção e a assistência à saúde. Sistema EXCLUDENTE, só tinha acesso os trabalha-
dores formais (previdenciários/contribuintes);
• 1977 – Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social –
INAMPS: responsável pela assistência médica dos previdenciários;
• 1978 – Primeira Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde, aconteceu 
em Alma-Ata e foi um marco na Atenção Primária em todo mundo. Impulsionou mudan-
ças na organização do sistema de saúde no Brasil;
• 1982 – Criação do CONASP: Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária 
(CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a política de Ações Integradas de 
Saúde (AIS), em 1983. Estas constituíram uma estratégia de extrema importância para 
o processo de descentralização da saúde;
• 1983/84 – Implementação das AIS. Ações Integradas em Saúde como componente ori-
ginalmente subalterno do Plano do CONASP e como redefinição democratizante de uma 
política racionalizadora que passou a ter mais espaço com o avanço das lutas democráticas;
• 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde. Sendo a primeira a permitir a participação 
popular. Pode ser considerada o maior marco do movimento sanitário. Seu relatório tem 
caráter importantena Construção de um sistema de saúde para todos;
• 1988 – Promulgação da Carta Magna de 1988. A primeira a contemplar o SETOR SAÚDE 
em seus artigos: 196 ao 200 – Institucionaliza o SUS;
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• 1987/89 – Criação do SUDS – Sistema Único Descentralizado de Saúde. Conhecido como 
estratégia ponte ou “estadualização” da Saúde. Teve grande importância no processo de 
Descentralização das ações e serviços de saúde;
• 1990 – Edição das Leis Orgânicas da Saúde: Lei n. 8.080/1990, que dispõe sobre a organi-
zação do SUS, e a Lei n. 8.142/1990, que dispõe sobre o controle social e o financiamento 
do SUS.
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ReFeRÊNCiaS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde / Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. 291 p. (Coleção Para Entender a 
Gestão do SUS 2011, 1) Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_en-
tender_gestao_sus_v.1.pdf. Acesso em: 14 jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios 
e conquistas. Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 
44p. Il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf. Acesso 
em: 14 jan. 2023.
BRASIL. Decreto 4.628, de 24 de janeiro de 1923 (Lei Eloy Chaves). Crea, em cada uma das 
empresas de estradas de ferro existentes no país, uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para 
os respectivos empregados. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/his-
toricos/dpl/DPL4682-1923.htm. Acesso em: 14 jan. 2023.
CAMPOS, Marco Antonio Lopes; FERREIRA, Cristiani Terezia Martins. Evolução histórica das 
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FALLEIROS, Ialê; FRANÇA, Júlio Cesar. Saúde como direito de todos e dever do Estado. In: A 
Constituinte e o Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://observatoriohistoria.coc.fiocruz.
br/local/File/na-corda-bamba-cap_8.pdf. Acesso em: 14 jan. 2023.
FLEURY, S. Avaliação Comparativa das Ações Integradas de Saúde. Saúde em Debate, n. 3, 1991.
PAIM, Jairnilson Silva. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica 
[online]. Salvador: EDUFBA. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008. 356 p. ISBN 978-85-7541-359-3.
POLIGNANO, Marcus Vinícius. Histórias das Políticas de Saúde no Brasil: uma pequena revisão. 
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RONCALI, Angelo Giuseppe. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil e a 
construção do Sistema Único de Saúde. Disponível em: https://www.professores.uff.br/jorge/wp-
-content/uploads/sites/141/2017/10/desenv_pol_pub_saude_brasil.pdf. Acesso em: 14 jan. 2023.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/historicos/dpl/DPL4682-1923.htm
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http://observatoriohistoria.coc.fiocruz.br/local/File/na-corda-bamba-cap_8.pdf
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Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada 
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela 
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora 
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em 
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação 
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
Constituição Federal 1988 – Arts 
194 a 200
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230724211590
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 
1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa 
Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde 
Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como 
Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto 
Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós-graduação e 
preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
Natale Souza
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Constituição Federal de 1988 (Artigos 194 a 200) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Artigos Constitucionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Constituição Federal de 1988 – Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
 
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
Natale Souza
APReseNTAçãoAPReseNTAção
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS (Universidade Estadual 
de Feira de Santana) em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC (Universidade 
Estadual de Santa Cruz) em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004 e Mestre em 
Saúde Coletiva.
Atualmente, sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como 
Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) no projeto Caminhos do 
Cuidado. Há 16 anos sou docente em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, 
ministrando as seguintes disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de 
Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos, pela editora Concursos Psicologia, 
Legislação do SUS, comentada e esquematizada / Políticas de Saúde, Legislação do SUS e 
Saúde Coletiva 500 questões, pela editora Sanar. Também sou autora de capítulos contidos 
nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas de Enfermagem, editora Sanar; 1000 
Questões Residências em Enfermagem, editora Sanar. Estou ainda em fase de finalização 
de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como 
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas. 
Apaixonei-me pela docência e, hoje, dedico meu tempo ao estudo dos conhecimentos 
específicos de enfermagem e da legislação específica do SUS e também aos milhares de 
profissionais que desejam ingressar em uma carreira pública.
 
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
Natale Souza
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (ARTIGOS 194 A 200)CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (ARTIGOS 194 A 200)
1 . iNTRodUção1 . iNTRodUção
A Constituição Federal de 1988 é um marco muito importante para o nosso país: foi a 
primeira Carta Magna promulgada após o período em que a população viveu sob a égide 
de um governo ditatorial. Além disso, cabe ressaltar a grande importância desse marco 
jurídico no âmbito da Saúde Pública no Brasil.
Antes da promulgação da Constituição de 1988, a saúde no Brasil tinha caráter 
predominantemente excludente, ou seja, apenas uma parte da população – que, em sua 
maioria, era contribuinte da previdência – possuía acesso aos serviços de saúde. Somente 
a partir de 1988 e, efetivamente, após os anos 90, com a promulgação das Leis Orgânicas 
da Saúde, o Estado passa a tutelar a saúde e ser responsável por promover o acesso da 
população aos serviços de saúde.
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira Carta Magna a dedicar um capitulo 
para tratar exclusivamente da saúde, inserindo-a no orçamento da Seguridade Social, 
juntamente com a Previdência e a Assistência Social, formando, assim, o chamado tripé 
da Seguridade Social.
DICA
A Constituição Federal de 1988 é considerada um marco 
na história do nosso país, principalmente para a área da 
saúde, pois é a primeira que traz no seu texto artigos que 
contemplam este setor .
sempre que cair em prova o histórico da Constituição, 
lembre-se que ela “nasce” da solicitação do povo e, por este 
motivo, é conhecida como cidadã . o período histórico no 
qual foi desenvolvida (pós-ditatura) fez com que o povo, 
naquele momento, solicitasse o “resgate da dívida social” e, 
consequentemente, uma nova constituição . o movimento 
sanitário foi um dos “movimentos” dentre os muitos que 
ocorreram no país .
O movimento sanitário teve como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde, mas nunca 
pretendeu ser apenas uma reforma setorial.
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
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1 .1 . ARTigos CoNsTiTUCioNAis1 .1 . ARTigos CoNsTiTUCioNAis
1 .1 .1 . segURidAde soCiAL
Para entender a Constituição de 1988 e as “pegadinhas” que as bancas costumam pedir, 
iniciaremos pelos artigos 194 e 195 (TÍTULO VIII, SEÇÃO I, DA SEGURIDADE SOCIAL).
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social.
DICA
este artigo traz o conceito da seguridade social, bastante 
cobrado em provas . Além disso, nele consta o tripé da 
seguridade social: saúde, previdência e assistência social .
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos:
I – Universalidade da cobertura e do atendimento;
II – Uniformidade e Equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – Irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – Equidade na forma de participação no custeio;
VI – Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis 
específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência 
e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
VII – Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados 
e do Governo nos órgãos colegiados.
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DICA
os objetivos são sempre cobrados em prova . observe que 
todos trazem em seu contexto e interpretação situações 
de equidade e igualdade, perpassando o princípio da 
democracia . Atentem-se ao termo quadripartite e quem 
são os responsáveis pela gestão .
001. 001. (FCC/TJ-AP/2014) A Constituição Federal estabelece no artigo 194 que a Seguridade 
Social pode ser compreendida como
a) conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas 
a assegurar os direitos relativos à saúde, à segurança alimentar e à assistência social.
b) sistema de cobertura eventual de diferentes contingências sociais que podem alcançar a 
população em seu ciclo de vida, sua trajetória laboral e em situações de renda insuficiente.
c) conjunto de direitos e seguranças que os cidadãos tenham acesso, para dar cobertura, 
reduzir ou prevenir situações de risco e de vulnerabilidades sociais.
d) uma cobertura que não depende do custeio individual direto, mas é estabelecida a 
contrapartida como responsabilidade do usuário como “forma de pagamento” pelo serviçopúblico prestado gratuitamente.
e) uma cobertura que depende do custeio individual indireto.
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O conceito de seguridade social, conforme o artigo 194 da CF, compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar 
os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Logo, não resta dúvidas 
de que a assertiva correta é a letra C.
Letra c.
002. 002. (FCC/MPE-AM/2013) Segundo a literalidade da Constituição Federal de 1988, a 
universalidade da cobertura e do atendimento, a irredutibilidade do valor dos benefícios 
e a diversidade da base de financiamento são
a) fundamentos da seguridade social.
b) princípios da seguridade social.
c) elementos da seguridade social.
d) valores da seguridade social.
e) objetivos da seguridade social.
A Seguridade Social é um dos assuntos mais cobrados em prova. Seus 7 objetivos estão 
descritos no artigo 194 da Constituição Federal de 1988; dentre eles, podemos citar: a 
universalidade da cobertura e do atendimento, a irredutibilidade do valor dos benefícios 
e a diversidade da base de financiamento.
Letra e.
003. 003. (FCC/INSS/2012) É correto afirmar que a Seguridade Social compreende
a) a Assistência Social, a Saúde e a Previdência Social.
b) a Assistência Social, o Trabalho e a Saúde.
c) o Sistema Tributário, o Lazer e a Previdência Social.
d) a Educação, a Previdência Social e a Assistência Social.
e) a Cultura, a Previdência Social e a Saúde.
O que chamamos de tripé da seguridade social: saúde, previdência e assistência social.
Letra a.
004. 004. (FCC/TRT - 15ª REGIÃO-SP/2009) A seguridade social, além de outros, tem como 
objetivos a
a) iniquidade na forma de participação no custeio.
b) distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
c) redutibilidade do valor dos benefícios.
d) centralização da administração mediante gestão única.
e) unidade da base de financiamento estatal.
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A Seguridade Social é um dos assuntos mais cobrados em prova. Seus 7 objetivos estão 
descritos no artigo 194 da Constituição Federal de 1988; dentre eles, temos: distributividade 
na prestação dos benefícios e serviços.
Letra b.
005. 005. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA – PI/2016) Ao dispor sobre a Seguridade Social, a 
Constituição Federal determina que
a) a seguridade social se destina a assegurar tão somente os direitos relativos à previdência 
e à assistência social.
b) a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo 
e de filiação facultativa.
c) é permitida a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado 
facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
d) a diversidade da base de financiamento é um dos objetivos da seguridade social.
e) a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social poderá contratar com 
o Poder Público, mas não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, 
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 
órgãos colegiados.
Letra d.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide 
Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
I – dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
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I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
II – dos trabalhadores;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição 
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas 
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência 
Social; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
DICA
CoNCURsos PRogNÓsTiCos: todo e qualquer sorteio 
de números, loteria, aposta, inclusive a realizada em 
reuniões hípicas .
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade 
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada 
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista 
as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada 
área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido 
em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória n. 526, de 2011) (Vide Lei n. 12.453, de 2011)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão 
da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANGELA BARBOSA CARREIRO LIMA - 03454006317, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, 
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção 
e farão jus aos benefícios nos termos da lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante 
a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus 
aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou 
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva 
de mão-de-obra. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização 
intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de 
trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 47, de 2005)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão 
de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo 
também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas 
“b” e “c” do inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde 
e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e 
dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que 
tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em 
lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) 
meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais 
de que tratam a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 103, de 2019)
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§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições 
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total 
ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita 
ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003) (Revogado 
pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral 
de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição 
mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
DICA
O artigo 195 traz o financiamento compartilhado. Atente-
se às ações que compõem a seguridade social, pois a sAÚde 
esTÁ iNCLUsA .
006. 006. (FCC/TRT - 15ª REGIÃO – SP/2009) Quanto à seguridade social, é INCORRETO que
a) a sua fonte de financiamento abrange os recursos provenientes dos orçamentos da 
União, do Distrito Federal e dos Municípios, além de contribuições sociais.
b) será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, na forma da lei.
c) os benefícios e os serviços da seguridade social poderão ser criados, majorados ou 
estendidos, na forma da lei, ainda que sem a correspondente fonte de custeio.
d) são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
e) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade 
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
É bem fácil encontrar a alternativa incorreta. Os benefícios e os serviços da seguridade 
social poderão ser criados, majorados ou estendidos, na forma da lei, desde que exista uma 
correspondente fonte de custeio.
Letra c.
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007. 007. (FCC/DPE-PA/2009) São receitas da seguridade social:
a) contribuições do empregador, da empresa e da entidade a tanto equiparada por lei, 
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho, pagos à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício
b) recursos provenientes apenas dos orçamentos de Estados, Distrito Federal e Municípios, 
mas não da União, a quem cabe apenas administrar o sistema.
c) contribuições do empregador, da empresa e da entidade a tanto equiparada por lei, incidentes 
exclusivamente sobre a folha de salários pagos a empregados, não incidindo contribuição sobre 
as demais remunerações porventura pagas a empresários, autônomos e cooperados.
d) contribuições de entidades legalmente qualificadas como beneficentes de assistência social, 
incidentes sobre a receita ou faturamento e as remunerações pagas aos respectivos empregados.
e) contribuições do trabalhador e dos demais segurados do regime geral de previdência 
social, inclusive quando beneficiários das aposentadorias concedidas por esse regime.
a) Certa. De acordo com o artigo 195, a seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes 
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de saláriose demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, 
à pessoa física que lhe preste serviço, MESMO sem vínculo empregatício
b) Errada. Nos termos do art. 195, a Seguridade Social também será financiada pela sociedade, 
diretamente, e pelos recursos dos orçamentos dos entes, indiretamente.
c) Errada. Conforme o Art. 195, I, a, posto anteriormente, a contribuição incide sobre o 
trabalhador ainda que não tenha vínculo empregatício, como o contribuinte individual e 
os autônomos.
d) Errada. Tais entidades estarão isentas às contribuições previdenciárias:
Art. 195 § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes 
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei
e) Errada. De acordo com o Art. 195 II, - do trabalhador e dos demais segurados da previdência 
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201;
Letra a.
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008. 008. (FCC/TRF - 3ª REGIÃO/2016) A seguridade social, segundo a Constituição Federal,
a) é financiada, inclusive, por contribuição incidente sobre a receita de concursos de prognósticos.
b) é vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais incidentes sobre 
a folha de salários, independentemente de seu valor.
c) deve ter o custeio previsto nos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e dos Territórios.
d) tem a gestão tripartite, dividindo-se entre Governo, empregadores e empregados.
e) isenta de contribuição todas as entidades beneficentes de assistência social.
De acordo com o art. 195:
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
Letra a.
009. 009. (FCC/FUNAPE/2017) Sob o ponto de vista constitucional da Organização da 
Seguridade Social,
a) nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, sem a correspondente 
fonte de custeio total, não havendo esta exigência para os casos de majoração de valores.
b) a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em 
lei, não poderá contratar com o Poder Público, salvo se vencedora do certame licitatório.
c) o prazo para a exigibilidade de contribuição social criada por lei para financiar a Seguridade 
Social é de 6 meses.
d) o prazo para a exigibilidade de contribuição social criada por lei para financiar a Seguridade 
Social é de 1 ano, com base no princípio da anualidade.
e) são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
De acordo com o parágrafo 7º do artigo 195, são isentas de contribuição para a seguridade social 
as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Letra e.
010. 010. (EBSERH /IADES\UFPI/2012) Qual é o conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social?
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a) Contribuição Social e Previdenciária.
b) Políticas Sociais e Econômicas.
c) Legislação Social.
d) Seguridade social.
e) Lei Orgânica da Saúde
Atente-se a esta questão. Ela traz o conceito de SEGURIDADE SOCIAL (Arts. 194 DA CF/88). 
Para lembrar e gabaritar, observe que, na pergunta, está explicitado o TRIPÉ DA SEGURIDADE 
SOCIAL – SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA.
Letra d.
011. 011. (EBSERH – HUC/AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2014) Nos termos do parágrafo 
único do art. 194 da Constituição Federal, compete ao Poder Público, nos termos da lei, 
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos, EXCETO:
a) universalidade da cobertura e do atendimento.
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
d) redutibilidade do valor dos benefícios.
e) equidade na forma de participação no custeio.
Esta questão já nos dá uma “dica”. Ela pergunta os OBJETIVOS da seguridade social. Lembre-
se que eles sempre perpassam os princípios da democracia, equidade, justiça social. Para 
responder, precisamos lembrar do parágrafo único do artigo supracitado.
Letra d.
012. 012. (EBSERH /AOCP /UFGD/2014) De acordo com a Constituição Federal, constituem 
objetivos da seguridade social, EXCETO:
a) universalidade da cobertura e do atendimento.
b) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
c) equidade na forma de participação no custeio.
d) diferenciação dos benefícios e serviços em relação às populações urbanas e às populações rurais.
e) diversidade da base de financiamento.
Esta questão também solicita OS OBJETIVOS DA SEGURIDADE SOCIAL. LOGO, PARÁGRAFO 
ÚNICO DO ART 194/CF-88. Lembre-se que os objetivos trazem a JUSTIÇA SOCIAL. Observe que a 
assertiva D afirma que deve haver diferenciação de benefícios entre indivíduos. Esta afirmativa 
fere o princípio da igualdade e da democracia. NESTE CASO: UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA.
Letra d.
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013. 013. (HUJM-UFMT/AOCP/2014) Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as 
corretas. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos:
I – limitação da cobertura e do atendimento.
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
III – irredutibilidade do valor dos benefícios.
IV – diversidade da base de financiamento.
a) apenas II e IV.
b) apenas I e IV.
c) apenas I, III e IV.
d) apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Para responder esta questão, releia os comentários das questões 2 e 3.
Resumo dos objetivos da Seguridade Social.
Letra d.
014. 014. (EBSERH/BIOMÉDICO/AOCP/CEARÁ/2014): De acordo com a Constituição Federal, é 
INCORRETO afirmar que:
a) a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em 
lei, poderá contratar com o Poder Público e dele receber benefícios ou incentivos fiscais 
os creditícios.
b) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade 
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
d) a lei poderá instituir outras fontes destinadasa garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social.
e) nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total.
Primeira dica: ler a questão completa e atentar-se à INCORRETA. As questões de provas 
com assertivas extensas devem ser lidas com cuidado, pois a tendência das bancas é trocar 
palavras, alterando, assim, o sentido do artigo. O conteúdo que devemos saber para gabaritar 
a questão: Art.195 (no texto, grifei os pontos importantes). Então, fazendo a leitura da letra 
a, EXISTE UMA AFIRMATIVA: A PESSOA JURÍDICA EM DÉBITO COM A SEGURIDADE SOCIAL 
PODERÁ CONTRATAR. Sabemos que, de acordo com o art. supracitado, a pessoa jurídica 
em débito não poderá contratar.
Letra a.
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
Natale Souza
015. 015. (EBSERH/HUOL-UFRN/IADES/2014) Com base no art. 195 da Constituição Federal de 
1988, a seguridade social será financiada:
a) pela parcela mais rica da população brasileira.
b) integralmente pelo Poder Público.
c) por toda a sociedade, de forma direta e indireta.
d) com o apoio de fundos internacionais de seguridade social.
e) unicamente a partir das contribuições dos trabalhadores para o Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço (FGTS).
Uma questão que também exige o conhecimento do art. 195. Como é feito o financiamento 
da Seguridade Social? “A seguridade social será financiada POR TODA A SOCIEDADE, DE 
FORMA DIRETA E INDIRETA.”
Letra c.
016. 016. (UFSCAR/EBSERH/AOCP/2015) O que é a Seguridade Social?
a) É um conjunto integrado de ações de iniciativa privada e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
b) É um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
c) São ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à educação, à previdência e à assistência social.
d) É a integração da iniciativa privada e da sociedade, promovendo ações para assegurar 
os direitos à saúde, à previdência e à educação.
e) É um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à educação.
Segundo o artigo 194 da CF: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”
Letra b.
017. 017. (UFJF/EBSERH/AOCP/2015) Acerca da Ordem Social, de acordo com a Constituição 
Federal brasileira, de 05 de outubro de 1988, é correto afirmar que
a) a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa exclusiva 
dos Poderes Públicos.
b) a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios e de contribuições sociais.
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
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c) a saúde é direito de todos e dever de cada cidadão.
d) não são de relevância pública as ações e serviços de saúde.
e) a assistência à saúde é exclusiva do Poder Público.
a) Errada. Segundo o artigo 194 da CF/88:
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade (...)
b) Certa. De acordo com o caput do artigo 195 da CF/88:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
c) Errada. Segundo a CF/88: “(...) a saúde é direito de todos e dever do Estado.”
d) Errada. Ainda de acordo com a CF/88: “(...) são de relevância pública as ações e serviços 
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, 
fiscalização e controle (...)”
e) Errada. A assistência à saúde não é exclusiva do poder público, pois a própria CF/88 diz 
que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Letra b.
018. 018. (UFG/EBSERH/AOCP/2015). Quanto à seguridade social, assinale a alternativa correta.
a) A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas, com acesso preferencial aos mais pobres.
b) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede centralizada e constitui um 
sistema único.
c) A União aplicará anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, valor não inferior 
a 15% (quinze por cento) da receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro.
d) As ações e serviços públicos de saúde não contarão com a participação da comunidade. 
e) A assistência à saúde é exclusiva do Poder Público.
a) Errada. Segundo o artigo 196 da CF/88:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário 
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
b) Errada. O Sistema Único de Saúde (SUS) é constituído por uma rede REGIONALIZADA E 
HIERARQUIZADA de ações e serviços públicos de saúde, COM ENFÂSE NA DESCENTRALIZAÇÃO.
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c) Certa. Segundo o inciso I, parágrafo 2º, do artigo 198:
a União aplicará o percentual correspondente a receita corrente líquida do respectivo exercício 
financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);
d) Errada. Uma das diretrizes do SUS é a participação da comunidade. As diretrizes estão 
listadas no artigo 198 da CF/88.
e) Errada. Só para relembrar: o artigo 199 diz que a assistência à saúde é livre à iniciativa 
privada.
Letra c.
019. 019. (HDT/TO-EBSERH/AOCP/2015) De acordo com a Constituição Federal, o Sistema Único 
de Saúde será financiado com recursos do orçamento da
a) Previdência Social, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
b) União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) Previdência Social e dos Municípios, além de outras fontes.
d) seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de 
outras fontes.
e) seguridade social e dos municípios, vedada qualquer outra fonte de financiamento.
Segundo o parágrafo 1º do artigo 198 da CF/88:
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento 
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras 
fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
Letra d.
020. 020. (UFPEL/EBSERH/AOCP/2015) Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar 
a seguridade social. Qualitem NÃO se enquadra nessa competência?
a) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
b) Equidade na forma de participação no custeio.
c) Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária.
d) Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo 
nos órgãos colegiados.
e) Universalidade da cobertura e do atendimento.
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Objetivos da Seguridade Social = artigo 194 da CF/88, que escreve:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, 
com base nos seguintes objetivos:
I – Universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade E equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – Irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – Equidade na forma de participação no custeio;
VI – Diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 
órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
A questão solicita a única assertiva que não está corretamente listada acima. Logo, letra c.
Letra c.
021. 021. (AOCP/EBSERH/CH-UFPA/2016) De acordo com o que dispõe a Constituição Federal, 
a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada
a) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, 
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
b) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, educação, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, ficando a gestão dos recursos de cada área sob a competência exclusiva 
do Ministério da Saúde.
c) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias para saúde e assistência social, ficando a 
gestão dos recursos sob a competência exclusiva do Ministério da Previdência Social.
d) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias para saúde, educação e assistência social 
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
e) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, educação, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
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De acordo com a Constituição Federal, no parágrafo 2º do artigo 195:
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
Letra a.
2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – SAÚDE2. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – SAÚDE
Começaremos o estudo com os artigos da Constituição Federal de 1988 que se encontram 
ligados propriamente à saúde. O Título VIII, Seção II, Da Saúde, é formado por um conjunto 
de cinco artigos. Você sabe quais são eles:
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Nossa Constituição Federal é tida como um MARCO na história do país, especialmente 
para a saúde, uma vez que é a primeira a trazer em seu texto artigos que contemplam o 
setor saúde.
Toda Constituição Federal é chamada de CARTA MAGNA. É por meio dessa carta magna 
que a saúde passa a ser INCLUDENTE, quer dizer, universal e igualitária. Aqui, nasce o nosso 
Sistema Único de Saúde (SUS).
Sempre que cair em prova o histórico da constituição, traga à memória que ela nasce 
da solicitação do povo e, por este motivo, é conhecida como cidadã. O período histórico 
no qual foi desenvolvida (pós-ditadura) fez com que o povo, naquele momento, solicitasse 
o “resgate da dívida social” e, consequentemente, uma nova constituição. O movimento 
sanitário foi um dos “movimentos” dentre os muitos que ocorreram no país.
O movimento sanitário teve como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde, mas 
nunca pretendeu ser apenas uma reforma setorial.
O primeiro artigo constitucional da saúde traz a obrigação do Estado e deixa claro que 
a SAÚDE é um direito de todos. Além disso, relaciona a existência de um sistema de saúde 
a uma política social e econômica. Veja abaixo as explicações de alguns conceitos presentes 
no art. 196.
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022. 022. (INÉDITA/2023) Em relação ao Título VIII, Seção II, (Da Saúde), da Constituição Federal 
de 1988, assinale a alternativa INCORRETA:
a) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada 
e constituem um sistema único.
b) É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capital estrangeiro na assistência 
à saúde no país, salvo nos casos previstos em lei.
c) A saúde é um direito apenas dos contribuintes, garantido mediante previdência social.
d) Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de 
saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo 
com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua área 
de atuação.
Veja o que traz o art. 196 da C/F de 1988:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário 
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-semais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o 
que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; 
o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do 
governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. 
Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com 
um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde – é o que se chama municipalização 
da saúde (BRASIL, 1990).
Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde 
diretamente voltadas aos seus cidadãos (MUNICIPALIZAÇÃO).
•	 Participação da comunidade – é a garantia constitucional de que a população, através 
de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas 
de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuá-
rios, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são 
as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde.
Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever de as 
instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população 
se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.
1.4. O FinanciamentO dO SuS
Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo 
federal, estadual e municipal (Financiamento Tripartite).
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Atente para a responsabilidade das esferas estadual e municipal em relação à contrapartida 
de recursos, ou seja, uso de recurso próprio no investimento em ações e serviços de saúde.
Os recursos federais para o SUS provêm do orçamento da Seguridade Social (que também 
financia a Previdência Social e a Assistência Social) acrescidos de outros recursos da União, 
constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada anualmente pelo Congresso Nacional.
Esses recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são divididos em duas partes: uma é 
retida para o investimento e custeio das ações federais; e a outra é repassada às secreta-
rias de saúde, estaduais e municipais, de acordo com critérios previamente definidos em 
função da população, necessidades de saúde e rede assistencial BRASIL, 1990).
Atualmente, a União é obrigada a investir, no mínimo 15% da sua própria receita líquida, 
em ações e serviços de saúde (contrapartida de recursos).
Em cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são somados aos aloca-
dos pelo próprio governo estadual, de suas receitas, e geridos pela respectiva secretaria de saú-
de, através de um fundo estadual de saúde. Desse montante, uma parte fica retida para as ações 
e os serviços estaduais, enquanto outra parte é repassada aos municípios, de acordo também 
com critérios específicos. Atualmente, os estados são obrigados a investirem, no mínimo 12% 
da sua própria receita líquida, em ações e serviços de saúde (contrapartida de recursos).
Finalmente, cabe aos próprios municípios destinar parte adequada de seu próprio Or-
çamento para as ações e serviços de saúde de sua população. Atualmente, os estados são 
obrigados a investirem, no mínimo 15% da sua própria receita líquida, em ações e serviços 
de saúde (contrapartida de recursos).
Assim, cada município irá gerir os recursos federais repassados a ele e os seus próprios 
recursos alocados pelo governo municipal para o investimento e custeio das ações de saúde 
de âmbito municipal. Também os municípios administrarão os recursos para a saúde através 
de um fundo municipal de saúde.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
O que é o fundo de saúde?
Conta especial, movimentada pelo gestor e fiscalizada pelos conselhos de saúde em cada 
esfera de governo. A existência do fundo em cada âmbito é condição sine qua non para rece-
bimento de recursos da união, como um dos pré-requisitos presentes na Lei n. 8.142/1990.
A criação dos fundos é essencial, pois asseguram que os recursos da saúde sejam geri-
dos pelo setor saúde, e não pelas secretarias de fazenda, em caixa único, estadual ou muni-
cipal, sobre o qual a Saúde tem pouco acesso.
Esclarecendo: por ser a saúde, um componente da Seguridade Social, pela Lei seus recursos 
compõem o também chamado Orçamento da Seguridade Social (OSS).
O orçamento é uma espécie de plano no qual são relacionadas as receitas (montante de 
recursos recolhidos através do pagamento de impostos pela população) e as despesas gastos 
com financiamento das ações e serviços, incluindo pagamento de pessoal e investimentos), 
isto é, o quanto vai se gastar e com o que.
O Orçamento da Seguridade Social é constituído pelas seguintes fontes:
•	 Contribuição sobre os salários pagos, sobre as vendas e sobre os lucros das empresas;
•	 Contribuição dos trabalhadores, descontada dos seus salários;
•	 Recursos arrecadados das vendas das loterias federais.
Esta receita deverá ser, então, distribuída entre as partes componentes do orçamento da: 
saúde, previdência e assistência social.
Além dos recursos do OSS, outras fontes são destinadas ao financiamento da saúde. São 
as chamadas fontes fiscais, que acumulam recursos provenientes de outros tipos de impos-
tos ou contribuições, como por exemplo, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Circula-
ção de Mercadorias (ICMS).
Os recursos destinados à saúde devem ser depositados nos Fundos de Saúde, federal, 
estaduais e municipais. Os Fundos são uma espécie de conta especial exclusiva do se-
tor, cuja movimentação deverá ser feita sob a fiscalização dos Conselhos de Saúde (Lei n. 
8.080/1990 – art. 33).
A concentração dos recursos nos Fundos de Saúde facilita a administração e a fiscaliza-
ção dos gastos que deverão estar previstos nos Planos de Saúde.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
A Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/1990) é clara quanto à obrigatoriedade da elaboração 
dos Planos de Saúde:
Art. 36.
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sis-
tema Único de Saúde (SUS) e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos 
de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública na área da saúde.
A existência de Fundos, Planos e Conselhos de Saúde são condições para que os recursos 
provenientes do Orçamento da Seguridade Social e da União sejam repassados para estados 
e municípios.
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Constituição Federal 1988 – Arts 194 a 200
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DICA
o artigo 197 da C/F de 88 vem para fortalecer a oBRigAção 
do estado frente às ações e serviços de saúde . Por este 
motivo, deixa explicitada na própria constituição a obrigação 
do poder público na criação de uma lei (LEIS ORGÂNICAS) 
que regulamentem, fiscalizem e controlem as ações de 
serviços de sAÚde! Memorize:
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023. 023. (INÉDITA/2023) As ações e serviços de saúde são de relevância pública, de acordo com 
o art. 197 da Constituição Federal, cabendo ao poder público dispor sobre sua:
a) Promoção, Regulamentação e controle.
b) Fiscalização, Execução e controle.
c) Regulamentação e Proteção.
d) Regulamentação, Fiscalização e Controle.
O art. 197 traz em seu texto:
(...) são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos 
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Letra d.
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DICA
Descentralização - não significa outra coisa senão a 
transferência de atribuições, em maior ou menor número, dos 
órgãos centrais para os órgãos locais ou para pessoas físicas 
ou jurídicas . Centralização é a convergência de atribuições, 
em maior ou menor número, para órgãos centrais .
DICA
esta pirâmide é a forma de demonstrar a regionalização e a 
hierarquização descritas no art . 198 da CF/88 . Vale ressaltar 
que, atualmente, falamos em uma Rede mais capilarizada 
e articulada (como será descrito quando discutirmos o 
decreto 7 .508/90 e a RAs) .
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Veja que a pirâmide está dívida em níveis de complexidade crescentes, como explicitado 
em texto constitucional.
ATENÇÃO PRIMÁRIA: A Política Nacional de Atenção Básica Portaria 2.436/17 considera os 
termos Atenção Básica (AB) e Atenção Primária à Saúde (APS), nas atuais concepções, como 
termos equivalentes. Neste nível, as ações e serviços de saúde são executados pelas seguintes 
equipes: Equipe de Saúde da Família (eSF); Equipe da Atenção Básica (eAB); Equipe de Saúde 
Bucal (eSB); Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB); Estratégia 
de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), dentre outros espaços da REDE que estão mais 
próximos da comunidade, devendo existir, por este motivo, vínculo e corresponsabilidade.
ATENÇÃO SECUNDÁRIA: neste nível, as ações são executadas pelas especialidades ou 
clínicas de especialistas. Observe que, quanto maior a complexidade, mais afastados da 
comunidade os profissionais estão.
ATENÇÃO TERCIÁRIA: nível onde as ações são executadas nos hospitais de grande porte 
e hospitais universitários.
Vamos exemplificar para facilitar:
Situação hipotética: imagine você enquanto profissional. Uma usuária do SUS que precisa fazer 
um exame preventivo (Papanicolau) deve procurar que nível de complexidade do sistema? 
Todos sabem que é a atenção básica/primária que desenvolve este tipo de ação. Logo, o 
exame foi realizado. Mas, ao chegar o resultado do exame, infelizmente, a usuária tem uma 
alteração celular. Pergunta: a atenção básica resolverá este problema? Não! Por este motivo, 
o caso da nossa usuária deverá ser hierarquizado para um nível de complexidade maior, neste 
caso, a atenção secundária. Lá, ela será atendida por um profissional especialista. Caso se 
confirme que há uma lesão mais grave, o caso será hierarquizado para a atenção terciária, 
que fará o procedimento de acordo com a necessidade!
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LegisLAção do sUs
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Vamos lá: cada nível de complexidade deve ofertar aos indivíduos os serviços que eles 
necessitam. E este “caminhar” deve ser contínuo e articulado, ou seja: o próprio SUS tem 
que dar condições de atendimento aos usuários, nos respectivos níveis, de acordo com a 
REAL necessidade de cada um.
ARTIGO 198 – PARÁGRAFOS 1º, 2º E 3º
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos 
do orçamento da:
DICA
Lembre-se: o financiamento do SUS é compartilhado, não 
sendo de obrigação apenas da União . As outras esferas de 
governo devem financiar o SUS através das CONTRAPARTIDAS. 
Versaremos sobre o tema nas aulas posteriores .
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em 
ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais 
calculados sobre: (CONTRAPARTIDA)
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§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários 
de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de 
acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para 
sua atuação.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, 
as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente 
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos 
da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição 
Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou 
de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento 
dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.
DICA
o artigo 198 pode ser considerado o mais denso dos artigos 
constitucionais do setor saúde . ele traz em seu caput 
(introdução) a forma de organização do SUS e, em seus incisos, 
as diretrizes que o Sistema Único de Saúde deverá seguir.
Algumas dicas para você:
• Toda diretriz é um princípio (visto1.5. FundamentaçãO legal
Neste item, faremos uma introdução dos principais marcos jurídicos do SUS. Estes serão 
destrinchados em aulas separadas.
1.5.1. Constituição Federal de 1988
Em 1988, concluiu-se o processo constituinte e foi promulgada a oitava Constituição do 
Brasil. A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prio-
ridades da política do Estado na área da saúde pública.
A Constituição Federal de 1988 define o conceito de saúde, incorporando novas dimensões.
Para se ter saúde, é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, como alimentação, 
moradia, emprego, lazer, educação etc.
O art. 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polí-
ticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
Com esse artigo fica definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseada na 
formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando 
resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere 
à saúde coletiva, consolidando-o como um dos direitos da cidadania (BRASIL, 1990).
Ao longo do ano de 1989, procederam-se negociações para a promulgação da lei comple-
mentar que daria bases operacionais à reforma e iniciaria a construção do SUS.
1.5.2. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde
A Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, pro-
teção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 
Essa lei regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, executados isolada 
ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de 
direito público ou privado (BRASIL, 1990).
queStãO 21 (CESPE/FHS-SE/2009) Com relação ao sistema de saúde brasileiro e o seu 
arcabouço legal, julgue o item a seguir.
A Lei n. 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a organização e a execução das ações e 
serviços de saúde, de caráter permanente ou eventual, no âmbito de todo o território nacional. 
Ou seja, ficam submetidos a essa lei a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e todos os 
municípios brasileiros.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Certo.
A Lei n. 8.080/1990 regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, exe-
cutados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais 
ou jurídicas de direito público ou privado.
A Lei n. 8.080/1990 institui o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações 
e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e mu-
nicipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público, de 
acordo com o art. 4º. A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde em 
caráter complementar.
A Lei n. 8.080/1990 trata:
• da organização, da direção e da gestão do SUS;
• da definição das competências e das atribuições das três esferas de governo;
• do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de assistência 
à saúde;
• da política de recursos humanos;
• dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento.
queStãO 22 (FCC/DPE-MA/2018) De acordo com o que dispõe a Lei de Organização do 
Sistema Único de Saúde, Lei n. 8.080/1990, quando for necessária a atuação complementar 
das entidades privadas, em razão de insuficiência de recursos do SUS,
a) A atuação se dará por meio de encampação do serviço da atividade particular, mediante prévia 
notificação a entidade privada, respeitando sempre a justa remuneração pelo serviço encampado.
b) Os critérios de remuneração dos serviços em atuação complementar serão delimitados por 
legislação específica.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
c) A garantia da qualidade do serviço prestada pelo particular deverá ser objeto de obser-
vância pela entidade privada, dispensadas, contudo, de observância das demais normas de 
direito público.
d) Quando os diretores, administradores ou gestores das entidades privadas estiverem 
exercendo mandatos eletivos ou cargos de confiança no Sistema Único de Saúde, a forma 
de efetivação da atuação complementar se dará por convênio ou contrato administrativo.
e) As entidades filantrópicas e sem fins lucrativos têm preferência para realizar a atividade 
complementar dentro do Sistema Único de Saúde.
Letra e.
a) Errada. No âmbito da Saúde, no tocante à participação das entidades privadas na assistên-
cia à mesma, não ocorre encampação.
b) Errada. De acordo com o art. 26 da Lei n. 8.080/1990, os critérios e valores para a remune-
ração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção 
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
c) Errada. O parágrafo único do art. 24, da Los 8.080, afirma que a participação complementar 
dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respei-
to, as normas de direito público.
d) Errada. A Lei n. 8.080/1990 é explicita quando afirma que aos proprietários, administra-
dores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou 
função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).
e) Certa. No parágrafo único do art. 24, a Lei n. 8.080/1990 traz que: a participação comple-
mentar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a 
respeito, as normas de direito público.
Enquanto que o art. 25 da mesma Lei, afirma que: na hipótese do artigo anterior, as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de 
Saúde (SUS).
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LEGISLAÇÃO DO SUS
1.5.3. Lei n. 8.142, de 28 de Dezembro de 1990
A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na 
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de 
recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências.Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo 
(BRASIL, 1990). O SUS conta em cada esfera de governo com as seguintes instâncias colegia-
das de participação da sociedade:
• a Conferência de Saúde; e
• o Conselho de Saúde.
Na Lei n. 8.142/1990, ficou estabelecido que a Conferência Nacional de Saúde (CNS) fosse 
realizada a cada quatro anos,
Com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor dire-
trizes para a formulação de políticas de saúde nos níveis correspondentes, convocadas pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.
Essas Conferências se realizam em um processo ascendente, desde Conferências Municipais 
de Saúde, passando por uma Conferência Estadual de Saúde em cada estado e culminando em 
uma Conferência Nacional de Saúde.
O Conselho de Saúde tem entre suas atribuições:
• fiscalizar a movimentação de recursos repassados à Secretaria de saúde e/ou Fundo 
de Saúde;
• propor critérios para a programação e para as execuções financeira e orçamentária dos 
Fundos de Saúde, acompanhando a movimentação e destinação de recursos (Resolução 
n. 453 do CNS, 2012).
queStãO 23 (FEPESE/PREFEITURA DE FRAIBURGO-SC/2019) De acordo com os princípios e 
as diretrizes do SUS, o Controle Social garante que a população participará do processo de:
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
a) formulação das políticas de saúde e de controle da sua execução exclusivamente no nível 
municipal.
b) formulação das políticas de saúde e de controle da sua execução em todos os níveis, desde 
o federal até o municipal.
c) execução e controle da sua execução sem intervir na formulação das políticas de saúde em 
todos os níveis, desde o federal até o municipal.
d) execução e controle da sua execução sem intervir na formulação das políticas de saúde 
exclusivamente no nível municipal.
e) formulação das políticas de saúde, de sua execução e de controle da sua execução exclu-
sivamente no nível federal.
Letra b.
O controle social exercido no Sistema Único de Saúde através dos Conselhos e das Conferências 
de Saúde, permite que a sociedade civil organizada participe da formulação das políticas de saúde 
e de controle da sua execução em todos os níveis, desde o federal até o municipal.
queStãO 24 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Segundo o Art. 4º, da Lei n. 8.142 de 1990, 
para receberem os recursos, transferidos do governo federal para Municípios, Estados e o Distrito 
Federal, tais entes devem contar com Fundo de Saúde; Conselho de Saúde, com composição
a) majoritária por usuários; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a 
saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.
b) paritária; plano de saúde; plano de ação em saúde definido em parceria público-privada; 
contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do 
Plano de Carreira, Cargos e Salários.
c) paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no 
respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.
d) majoritária por gestores e profissionais de saúde; plano de saúde; relatórios de gestão; 
contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Mesa de Negociação Per-
manente de Cargos e Salários.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
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e) paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no 
respectivo orçamento; Mesa de Negociação Permanente de Cargos e Salários.
Letra c.
Uma questão bem específica sobre a Lei n. 8.142/1990, mais diretamente sobre o seu art. 4º.
De acordo com tal dispositivo, para receberem os recursos, provenientes do Fundo Nacional de 
Saúde, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I – Fundo de Saúde;
II – Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de 
agosto de 1990;
III – plano de saúde;
IV – relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990;
V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de 
dois anos para sua implantação.
1.6. PlanejamentO nO SuS
A lei orgânica da Saúde 8.080, de 1990, em seu art. 16º, estabelece como atribuição da 
direção nacional a elaboração do Planejamento Estratégico no âmbito do SUS com a cola-
boração técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. E fortalece como atribuição 
municipal no art. 18: planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, 
além de gerir e executar o serviço de saúde, bem como participar do planejamento, programação 
e organização da rede regional.
As ações de gestão de saúde e suas competências estão fixadas nas leis orgânicas da 
saúde. Em seu art. 36, estabelece que o planejamento deva ser ascendente no nível local até o 
nacional, com articulação com os órgãos deliberativos, discutindo as necessidades políticas 
de saúde e alocação de recursos em plano de saúde.
Os planos de saúde trarão o respaldo para programação e atividades em cada nível de 
direção no SUS, o financiamento será abordado na proposta orçamentária, e as ações que 
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
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não estão inclusas no plano de saúde não terão recursos disponíveis nem transferências, 
exceto em situações emergenciais.
Para elaboração do plano, alguns aspectos serão levados em consideração: o perfil epide-
miológico local, além da organização dos serviços em cada esfera administrativa. O conselho 
Nacional de Saúde traçará as diretrizes que serão abordadas e fiscalizadas no plano de saúde.
A epidemiologia é a base para o planejamento em Saúde, é conhecida com a ciência da infor-
mação em saúde, pois suas analises geram conhecimento e respaldo para tomada de decisão.
Lei n. 8.142 em seu art. 4º reforça a importância do plano de saúde para liberação dos 
recursos. A lei em epigrafe coloca como situação sine qua non a presença do plano de saúde 
e relatório de gestão, bem como, fundo de saúde, conselho de saúde atuante e com compo-
sição paritária, a contrapartida de recursos e a comissão de elaboração do Plano de Carreira, 
Cargos e Salários (PCCS).
Reiterando Brasil e a Organização Mundial da Saúde no Manual Sistema de Planejamento 
do SUS (PlanejaSUS): uma construção coletiva – trajetória e orientações de operacionalização, 
aborda que o funcionamento e operacionalização do planejamento no SUS é realizado com base 
nos instrumento0s (Plano de Saúde e as respectivas programações e os relatório de gestão.
Essemanual supracitado (p.57), aborda o conceito de Plano de Saúde como: “o instru-
mento que, a partir de uma análise situacional, apresenta as intenções e os resultados a se-
rem buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas”.
Para elaborar o plano de Saúde alguns fatores devem ser levados em consideração, Brasil 
e OPAS:
No SUS, no que se refere o Planejamento, para atender os requisitos na elaboração do pla-
no de saúde, são necessários dois momentos básicos: análise situacional; e formulação dos 
objetivos, diretrizes e metas. De acordo com a Portaria n. 3.332/2006 (apud BRASIL; OPAS5, 
2009) são eixos que orientam esses momentos: as condições de saúde da população; os de-
terminantes e condicionantes de saúde; e a gestão em saúde.
A análise situacional tem como objetivo identificar problemas e servir de base para criação 
de medidas. É determinado a partir do processo de identificação, formulação e priorização de 
problemas em uma determinada realidade.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
Já a Programação Anual de Saúde como instrumento que reflete as intenções abordadas 
no plano de saúde, com detalhes dos objetivos, diretrizes e metas, ações e recursos financeiros 
para operacionalização do Plano de Saúde.
Brasil e OPAS, abordam os objetivos da Programação Anual de Saúde:
O Relatório Anual de Gestão é um instrumento importante para avaliação das ações, auditoria e contro-
le, é elaborado de acordo com a programação, deve conter as necessidades de ajuste do plano de saú-
de, cumprimento das ações contidas na programação anual, análise das execuções e recomendações.
O PlanejaSUS surgiu com o intuito de melhorar a resolubilidade, qualidade da gestão e 
atenção à saúde, fortalecendo a gestão nas três esferas de governo. Tem como objetivo 
central coordenar o processo de planejamento no SUS.
A política PlanejaSUS vem sendo definida em seu instrumento pelo Ministério da Saúde 
e Organização Pan-Americana da Saúde (p. 21) como “Sistema de Planejamento do Sistema 
Único de Saúde – PlanejaSUS – a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áre-
as de planejamento das três esferas de gestão do SUS”.
Foram criadas alguns portarias importante para ampliação e operacionalização desse 
planejamento em saúde:
• a Portaria n. 3.085, de 1º de dezembro de 2006 que regulamenta o Sistema de Planeja-
mento do SUS;
• a Portaria n. 3.332, de 28 de dezembro de 2006 no qual aprova orientações gerais rela-
tivas aos instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS;
• a Portaria n. 376, de fevereiro de 2007 que veio instituir incentivo financeiro para o Sistema 
de Planejamento do SUS; e
• a Portaria n. 1.885, de 9 de setembro de 2008 que criou incentivo financeiro para a 
implementação do Sistema de Planejamento do SUS.
A Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), já conduzia o processo de ges-
tão com um direcionamento para regionalização utilizada com estratégia, facilitando o 
acesso ao serviço de saúde, porém só com o Pacto pela Saúde, que as diretrizes surgiram 
para esse direcionamento.
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
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Outra legislação importante que fortalece a gestão de saúde e estabelece diretrizes para 
essa gestão no SUS, é a portaria n. 399 de 2006 do Ministério da Saúde – Pacto pela Saúde 
apresenta como eixo o Pacto de Gestão. Dentre as diretrizes apontadas no referido pacto, des-
centralização, regionalização, financiamento, programação pactuada e integrada, regulação, 
participação e controle social, planejamento, gestão do trabalho e Educação na Saúde.
Além disso, apresenta como instrumentos de planejamento o Plano Diretor de Regionali-
zação (PDR), o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da 
Atenção à Saúde (PPI). Além de estabelecer a organização da gestão em nível regional, que no 
Decreto n. 7.508 de 2011, fortaleceu e conceituou melhor as regiões de saúde.
A região de Saúde é conceituada pelo Decreto supracitado, como espaço geográfico 
com municípios limítrofe, podendo ser interestadual, desde que seja delimitado a partir de 
identidades culturais, econômicas e sociais, além de redes de comunicação e infraestru-
tura de transportes com apoio mutuo, visando organização, planejamento e a execução de 
ações e serviços de saúde.
Além desse conceito, o Decreto n. 7.508 de 2011, fortalece que a o planejamento da saúde 
é obrigatório para os entes públicos e servirá como estimulador para formulação de políticas 
para rede privada de assistência. O planejamento deve ser integrado e conter metas estabe-
lecidas, considerando o Mapa de saúde que contempla a rede privada (com complementa o 
SUS ou não).
Outro conceito importante apresentado é o de mapa de saúde que descreve geograficamen-
te a distribuição de recursos, ações, serviços de saúde (público e privado), considerando-se a 
capacidade instalada existente. O mapa servirá de base para identificar as necessidades de 
saúde e orientar o planejamento integrado e a criação das metas.
Apesar de dialogar com ideia de planejamento, evitar improvisos, planos, articulação de 
redes e alocação de recursos programados, existe outro fator que deve ser levado em con-
sideração pelos serviços, além da demanda programada pode surgir situações ditas como 
emergenciais, que devem ser colocadas em pautas, no que se refere a recursos e estrutura.
No SUS a legislação aborda com uma gestão coparticipativa, que envolve diversos autores 
nesse processo, e a valorização da participação da comunidade, abordada na Lei n. 8.142 – 
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SUS: Princípios, Diretrizes e Organização
LEGISLAÇÃO DO SUS
através dos conselhos e conferência, que corrobora com a participação da população na gestão 
política de saúde em todos os níveis federativos.
A Lei n. 8.142/1990 relata que 50% dos representantes devem ser usuários do serviço, e os 
demais 50% envolve profissionais, gestores e prestadores de serviço. As atribuições dos con-
selhos e sua função fiscalizadora foi reforçada na Lei Complementar n. 141/2012, trazendo a 
fiscalização de recursos da saúde como atribuição desse conselho.
1.6.1. Princípios e Diretrizes Normativas do Planejamento no SUS
Para Brasil (2015), as diretrizes estabelecidas pelo conjunto de normas que tratam so-
bre o planejamento no SUS, podem ser elencadas em sete princípios gerais que orientam os 
gestores das três esferas da Federação na organização de suas atividades de planejamento, 
com destaque para as disposições estabelecidas no Decreto n. 7.508, de 2011, na LC n. 141, 
de 2012, e especialmente na Portaria n. 2.135, de 25 de setembro de 2013, que define de for-
ma mais explícita as diretrizes atuais para o planejamento no SUS. Esses princípios estão 
apresentados a seguir.
O planejamento consisteem uma atividade obrigatória e contínua
O planejamento no SUS deve ser integrado à Seguridade Social e ao planejamento governamental geral
O planejamento deve respeitar os resultados das pactuações entre os gestores nas comissões intergesto-
res regionais, bipartite e tripartite 
O planejamento deve estar articulado constantemente com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS
O planejamento deve ser ascendente e integrado
O planejamento deve contribuir para a transparência e a visibilidade da gestão da saúde
o planejamento deve partir das necessidades de saúde da população
queStãO 25 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) A edição do Decreto 
n. 7.508/2011, e da Lei Complementar n. 141/2012, recolocaram o planejamento em saúde na 
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agenda do gestor do SUS, constituindo-se mecanismo fundamental para garantir a unicidade 
e os princípios constitucionais desse sistema de saúde. O planejamento governamental deve
a) partir das necessidades de saúde identificadas pela área de informática do Conselho 
Nacional de Saúde.
b) ser descendente e autônomo em nível de cada gestor do SUS.
c) ser autônomo em relação à alocação dos recursos orçamentários na Lei Orçamentária Anual 
(LOA) da área da saúde.
d) respeitar os resultados das pactuações entre os gestores definidas nas comissões inter-
gestores, bem como estar articulado constantemente com o monitoramento, a avaliação e a 
gestão do SUS.
e) estar articulado constantemente com a área administrativa e o monitoramento do Tribunal 
de Contas do Governo Federal.
Letra d.
a) Errada. O planejamento deve levar em consideração as necessidades de saúde. Todo pro-
cesso de planejamento tem seu início a partir dos municípios que estão mais próximos da 
realidade de saúde.
b) Errada. O planejamento em Saúde é ascendente e integrado do nível local até o Federal.
c) Errada. O planejamento em Saúde, não pode ser autônomo em Relação à LOA e sim deverá 
estar em consonância com a mesma.
d) Certa. A assertiva traduz de forma clara um dos princípios do planejamento em Saúde, o 
planejamento deve respeitar os resultados das pactuações entre os gestores nas comissões 
intergestores regionais, bipartite e tripartite e ainda é complementada com outro princípio 
quando diz que o planejamento deve estar articulado constantemente com o monitoramento, 
a avaliação e a gestão do SUS
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e) Errada. Conforme podemos analisar o planejamento deve estar articulado constantemente 
com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS.
1.6.2. Instrumentos de planejamento no SUS
Os instrumentos para o planejamento no âmbito do SUS são o Plano de Saúde, as respec-
tivas Programações Anuais e o Relatório de Gestão.
O planejamento é cíclico e o monitoramento deve ser feito em todas as etapas desse. Res-
salto a importância de todos os instrumentos de planejamento serem alinhados, como uma 
engrenagem, onde cada um tem sua importância, mas juntos formam um todo necessário.
Mas, fique atento(a), o Plano de Saúde é considerado o instrumento maior de planejamento 
no SUS.
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Os instrumentos do planejamento no SUS, interligam-se sequencialmente, compondo um pro-
cesso cíclico de planejamento para operacionalização integrada, solidária e sistêmica do SUS.
O Plano de Saúde, instrumento central de planejamento para definição e implementação 
de todas as iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período 
de quatro anos, explicita os compromissos do governo para o setor saúde e reflete, a partir da 
análise situacional, as necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de 
cada esfera.
A elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas necessidades de saúde da população.
O plano de saúde deve expressar a real necessidade da população, pois ele é o norte para a 
implementação das políticas de saúde, que devem ser a expressão clara das necessidades 
de um povo.
O Plano de Saúde deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências 
de Saúde e deve ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde respectivo e 
disponibilizado em meio eletrônico no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão (SARGSUS), 
disponível em www.saude.gov.br/sargsus.
queStãO 26 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Considerando as disposições legais do Planejamento 
da Saúde, a elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas necessidades de saúde da 
população, considerando:
I – Análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da 
Saúde.
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II – Definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e
III – o processo de monitoramento e avaliação.
Estão corretas:
a) todas.
b) apenas duas.
c) apenas uma.
d) nenhuma.
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 2.135 de 25 de dezembro de 2013, a elaboração do Plano de Saúde 
será orientada pelas necessidades de saúde da população, considerando:
I – análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da Saúde:
a) estrutura do sistema de saúde;
b) redes de atenção à saúde;
c) condições sociossanitárias;
d) fluxos de acesso;
e) recursos financeiros;
f) gestão do trabalho e da educação na saúde;
g) ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão;
II – definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e
III – o processo de monitoramento e avaliação.
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LEGISLAÇÃO DO SUS
Plano de Saúde
Não confunda o Plano de Saúde, que é um instrumento utilizado no planejamento e orça-
mento do governo na área da saúde, com Plano Plurianual – PPA, que é o documento que 
traz as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Algumas 
bancas tendem a trocar os conceitos.
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