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266 UNIDADE 3 — ELEMENTOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EFETIVOS: MOTIVAÇÃO E AMBIENTE 1. Espere os alunos responderem. Os professores tendem a esperar mais pelas respostas de alunos para os quais têm grandes expectativas do que de outros alunos. Tempos de espera mais longos podem comunicar altas expectativas e aumentar o desempenho/realização do aluno (WENTZEL; BROPHY, 2014). 2. Evite distinções de desempenho/realização desnecessárias entre os alunos. Os resultados e notas da avaliação devem ser assunto privado entre os alunos e o professor, e não informação pública. Os alunos geralmente sabem quem é bom na escola e quem não é, mas você ainda pode comunicar com sucesso a expectativa de que todos os alunos, não apenas os mais capazes, são capazes de aprender (WEINSTEIN; MADISON; KUKLINSKI, 1995). 3. Trate todos os alunos igualmente. Chame alunos em todos os níveis de desempenho com a mesma frequência e passe a mesma quantidade de tempo com eles (MARZANO; PICKERING; POLLOCK, 2001). Em particular, proteja- se contra preconceitos. 4.4 ANSIEDADE E REALIZAÇÃO A ansiedade é uma companheira constante da educação. Todo aluno sente alguma ansiedade em algum momento durante a escola; mas, para alguns alunos, a ansiedade inibe seriamente a aprendizagem ou o desempenho, principalmente em testes. A principal fonte de ansiedade na escola é o medo do fracasso e, com ele, a perda da autoestima (PINTRICH; SCHUNK, 2002). Pessoas com baixo desempenho são particularmente propensas a se sentirem ansiosas na escola, mas de forma alguma são as únicas. Todos nós conhecemos alunos muito capazes, de alto desempenho, que também são muito ansiosos, talvez até apavorados de não serem perfeitos em qualquer tarefa escolar. A ansiedade pode bloquear o desempenho escolar de várias maneiras. Alunos ansiosos podem ter dificuldade em aprender em primeiro lugar, dificuldade em usar ou transferir o conhecimento que possuem e dificuldade em demonstrar seu conhecimento em testes (BANDALOS; YATES; THORNDIKE- CHRIST, 1995). Estudantes ansiosos tendem a ser excessivamente autoconscientes em ambientes de desempenho, um sentimento que desvia a atenção da tarefa em mãos. Uma forma particularmente comum de ansiedade debilitante é a ansiedade matemática. Muitos alunos (e adultos) simplesmente congelam quando recebem problemas de matemática, particularmente problemas com palavras (EVERSON et al.,1993). Você pode aplicar muitas estratégias para reduzir o impacto negativo da ansiedade no aprendizado e no desempenho. Claramente, criar um clima de sala de aula que seja receptivo, confortável e não competitivo ajuda. Dar aos alunos oportunidades de corrigir erros ou melhorar seu trabalho antes de entregá- lo também ajuda as crianças ansiosas, assim como fornecer instruções claras e inequívocas (WIGFIELD; ECCLES, 1989). Em situações de teste, os professores têm muitas maneiras de ajudar os alunos ansiosos a darem o melhor de si. Você pode evitar a pressão de tempo, dando aos alunos bastante tempo para fazer