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Bioquímica Clínica Aula-1 Introdução - Erros pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos Wesley Pimenta Cândido Biomédico Esp. em Metodologia do Ensino Superior e EAD Bioquímica Clínica??? Bioquímica Clínica, Química Clínica ou Química Fisiológica/Patológica, é uma ciência que está na interseção entre a química e a patologia; Bioquímica Clínica??? É responsável por investigar materiais orgânicos, como sangue, urina, líquido cefalorraquidiano, entre outros. Os resultados refletem as condições metabólicas e celulares responsáveis pelo desenvolvimento de patologias. Exames bioquímicos... Compreendem mais de 1/3 de todas as investigações laboratoriais em um hospital; Utilizados para: Triagem Diagnóstico Exclusão de diagnóstico Monitoramento de tratamento Monitoramento do curso da patologia Estabelecer prognóstico Fases de um exame laboratorial... Fase pré- analítica Fase analítica Fase pós- analítica Fase pré- analítica Fase pré-analítica... Procedimento Operacional Padrão (POP) da coleta; Orientações ao paciente; Identificação do paciente; Obtenção da amostra; Tipos de amostra; Processamento da amostra; Armazenamento da amostra; Transporte da amostra. Procedimentos pré-analíticos... 1. Recebimento e leitura da solicitação médica. 2. Orientações ao paciente (escritas ou verbais): Necessidade de jejum? Por quanto tempo? Restrição alimentar? Tipo de amostra Fornecimento de frasco, orientações de coleta; Quantidade de amostra que deve ser coletada; Cuidados com a manipulação da amostra, armazenamento e tempo para a entrega; Registro do horário da coleta e de entrega ao laboratório. Procedimentos pré-analíticos... 3. Coleta da amostra: Quantidade adequada; Identificação do paciente e da amostra; Informações sobre o caso clínico; Registro do paciente e da amostra; Tipo de tubo para coleta; Viabilidade da amostra; Tipos de amostras... Punção venosa Soro: Parte líquida do sangue; Coletar sem anticoagulante; Centrifugar após a coagulação. Plasma: Ureia, glicose, creatinina; Coletar com anticoagulante inibidor da glicólise; Obtido após centrifugação. Sangue total: Hemoglobina glicada. Tipos de amostras... Sangue Total x Plasma x Soro... Células Sanguíneas Sangue Total Plasma Fração líquida Fibrinogênio Plasma Fração líquida SoroFibrinogênio Tampas Anticoagulante Setor Material Analito Ativador de coágulo (sílica) Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Soro EDTA K2/K3 Hematologia Vidro ou plástico Sangue Total Ativador de coágulo + Gel Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Soro Citrato de Sódio Hematologia (coagulograma) Vidro Plasma Gel separador e ativador de coágulo a base de trombina Sorologia Plástico Soro Heparina de Lítio/Sódio Bioquímica e Imunologia Vidro Plasma Fluoreto de Potássio + EDTA K3 Bioquímica (Glicemia) Vidro ou plástico Plasma Tubos de coleta... Sequência de coleta... Coleta a vácuo... Punção arterial... Sangue arterial: Sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do coração para todos os tecidos; É essencialmente uniforme em composição em todo corpo; Nível hospitalar; UTI Gasometria: ângulo de 30 a 45° (artéria radial); ângulo de 45 – 60° (artéria braquial); ângulo de 45 – 90° (artéria femoral) Locais de punção arterial... Artéria radial Artéria Braquial Punção capilar Controle da glicemia Coagulação Fluidos corporais LCR Líquor (SNC) Sinovial Articulações Ascítico Cavidade peritoneal (abdômen) Pleural Espaço pleural (entre os pulmões) Pericárdico Fluido que reveste o coração Urina Provas bioquímicas; TOTG Teste Oral de Tolerância à Glicose Facilmente palpável; Braço sem realização de mastectomia; Braço sem infusão IV; Local sem hematoma, edema, contusão; Local sem múltiplas punções. Seleção da veia... Uso de bolsa de água quente por 5 minutos no local da punção, em seguida garrotear; NÃO DAR “TAPAS” NO LOCAL DA PUNÇÃO Não dobrar o braço após a coleta; Retirar objetos do braço do paciente a ser puncionado. Seleção da veia... Punção venosa; Punção digital; Punção do calcanhar pode causar lesões graves. Profundidade da lanceta: máximo 2,4 mm Coletar em macas com auxílio de outro profissional. Coagulação – Punção lóbulo da orelha Microcoleta de sangue capilar e venoso para neonatos e bebês... Técnica aplicada na coleta: Pode causar hemólise e liberação de K+ pelas Hemácias; Estase prolongada (garrote > 2 minutos) durante a punção venosa; Amostra insuficiente; Erros de cronometragem: ex: Urina de 24hs Variações na coleta... Recipiente incorretos; Local de coleta inadequado; Tubos de soro coletados antes dos tubos contendo anticoagulante; Armazenamento incorreto: K+, PO4 2-, enzimas das hemácias. Variações na coleta... Hemólise... Necessidade de nova coleta!!! Lipemia... Armazenamento, conservação e transporte... Possibilitar a manutenção da integridade dos elementos; Contribuir para estabilidade das substâncias químicas; Orientações ao paciente; Tempo máximo de 1 hora até o laboratório; Refrigeração 2-10 °C; Atividade enzimática estável por 4 dias entre 15-25°C; Turbulência excessiva resulta em hemólise. Fase analítica Equipamentos... Centrífuga; Espectrofotômetro; Densitômetro para eletroforese; Fotômetro de chama; Deionizador; Banho-maria; Estufa para secagem Centrifugação... Após repouso de 20-30 minutos para coagulação; Suave; Tempo determinado para o analito 3500 rpm x 5-10 min Retirar o soro rapidamente. Problemas analíticos... Calibração equipamento; Limpeza do instrumento; Qualidade dos reagentes; Controle de qualidade do equipamento; Manutenção de peças do equipamento; Limpeza de materiais laboratoriais... Vidraria Deve ser imersa, logo após o uso, em uma solução de detergente neutro (Extran) a 2,0%, por mínimo 1 h (over night); Secar a temperatura ambiente. Pipetas de vidro e tubos Colocadas após uso, submersas em frasco contendo solução de detergente a 2,0%; Enxaguados exaustivamente com água de torneira e lavados no mínimo 2 x com água destilada ou deionizada; Secar em estufa a 80°C. Limpeza de materiais laboratoriais... Ponteiras Colocadas após uso, submersas em frasco de boca larga contendo solução de detergente a 2,0% ou de NaOH a 1%; Agitar vigorosamente por cerca de 30 min e enxaguar exaustivamente com água de torneira e com água destilada; Secar em estufa a 37°C; Cubetas Lavadas após o uso com água deionizada; Fase pós- analítica Procedimentos pós-analíticos... Cálculos corretos? Há linearidade do método? Valores dos controles estão dentro do limite estabelecido? Há valores de referência? Resultados e quadro clínico são compatíveis? Fontes que afetam a interpretação dos resultados... Sexo; Idade; Dieta; Horário da coleta; Estresse e ansiedade; Postura do paciente; Fontes que afetam a interpretação dos resultados... Exercícios; Histórico médico do paciente; Gravidez; Ciclo menstrual; Medicamentos; MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. Rio de Janeiro: MedBook. 5. ed. 2009. ABNT. NBR 14500. Gestão da qualidade no laboratório clínico. 2000. Referências... Ministério da Saúde. ANVISA. RDC 302 - Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. 2005. ATÉ A PRÓXIMA AULA! Obrigado!!! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide35 Slide 36 Slide 37 Slide 38