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Doenças Exantemáticas 1
Doenças Exantemáticas
SARAMPO 
Doença viral infectocontagiosa, prevenivel por vacina
Causa vasculite generalizada 
É uma doença de notificação compulsória
Etiologia
RNA vírus da família Paramyxoviridae e gênero Morbillivirus
Transmissão
Por secreções nasofaríngeas, aerossóis 
O vírus continua viável por até 1hora suspenso no ar
Os pacientes transmitem o vírus no período de 3 dias antes até 4 a 6 
dias após o início da erupção
Quadro clínico
Período de incubação dura de 7 a 21 dias ou de 8 a 12 dias
Pródromos: de 4 a 7 dias
Febre alta com o auge no aparecimento do exantema
Coriza hialina
Conjuntivite com fotofobia e lacrimejamento
Prostração
Cefaleia
Tosse seca e constante
Manchas de Koplik: patognomônico, lesões avermelhadas com 
manchas brancas no centro na superfície interna da bochecha ao 
nível dos pré-molares.
Doenças Exantemáticas 2
Fase toxêmica/exantemática:
Exantema maculopapular morbiliforme generalizado
Surge inicialmente na região retroauricular com progressão 
cefalocaudal 
Pode confluir 
Período de convalescença:
O exantema desaparece na mesma progressão como evoluiu, 
tornando-se acastanhado e deixando uma descamação furfurácea 
A tosse pode durar por mais tempo
Linfadenopatia cervical e occipital pode ser proeminente
A persistência da febre pode indicar complicação
Diagnóstico
Anamnese + exame físico + epidemiologia
Sorologia Elisa. Detecção de anticorpos IgM específicos 1 a 2 dias 
após aparecimento do exantema), soroconversão ou aumento na 
Doenças Exantemáticas 3
titulação de anticorpos IgG 4x entre a fase aguda e a fase de 
covalescença)
Detecção viral por RT  PCR em amostras de orofaringe, nasofaringe, 
urina, liquor ou em tecidos do corpo (pós-óbito).
Tratamento
Manutenção da hidratação
Antitérmicos
Vitamina A 
6 meses: 50.000 unidades/dia VO 1x ao dia por 2 dias 
entre 6 e 12 meses: 100.000 unidades por dia VO 1x ao dia por 2 
dias 
 12 meses: 200.000 unidades VO 1x ao dia por 2 dias 
Prevenção
Vacinação com a tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) aos 12 
meses
Vacinação com a tetraviral (tríplice + varicela) aos 15 meses
Imunoglobulina até 6 dias após exposição
RUBÉOLA 
Etiologia
Togavírus  Vírus RNA, do gênero Rubivirus e da família
Matonaviridae
Transmissão
Perdigotos contaminados inalados por pessoas susceptíveis 
Transmissibilidade 7 dias antes a 57 dias após o aparecimento do 
exantema
Via transplacentária = síndrome da rubéola congênita 
Quadro clínico
Período de incubação de 14 a 21 dias
Doenças Exantemáticas 4
Pródromos 
Febre baixa
Dor de garganta
Olhos vermelhos
Dor de cabeça
Anorexia
Linfadenopatia
Exantema: dura cerca de 3 dias 
Exantema maculopapular róseo
Início em face e progressão cefalocaudal
 Sinal de Forchheimer: lesões petequiais em palato mole
Sinal de Theodor: a linfonodomegalia cervical, principalmente 
retroauricular
Doenças Exantemáticas 5
Síndrome da rubéola congênita
Surdez
Catarata
Cardiopatia
Microcefalia
Retardo psicomotor
Baixo peso ao nascer
Púrpura neonatal
Óbito
Diagnóstico
Clínica + laboratório + epidemiologia
Leucopenia
Neutropenia
Trombocitopenia
Sorologia IgM e IgG
RTPCR
Tratamento
Sintomático
Prevenção
Vacinação com a tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) aos 12 
meses
Vacinação com a tetraviral (trípice + varicela) aos 15 meses
Vacinação até 72h após contato para pacientes susceptível
Isolamento de 7 dias após o início do exantema
VARICELA
Doença de notificação obrigatória para casos graves internados e óbitos
Etiologia
Doenças Exantemáticas 6
Vírus varicela-zoster, vírus de DNA da família Herpesviridae
Permanece latente no organismo após infecção primária
Transmissão
Contato com secreções de orofaringe e das lesões cutâneas = 
disseminação aérea ou contato direto
Transmissibilidade: 1 a 2 dias antes do exantema, até todas as lesões 
formarem crosta
Quadro clínico
Incubação de 10 a 21 dias
Pródromos: ocorre particularmente em crianças mais velhas e adultos 
24 a 48h antes do exantema
Febre
Cefaleia
Anorexia
Mal-estar
Dor abdominal leve
Exantema
Exantema polimórfico pruriginoso 
Início em couro cabeludo e face, com progressão cefalocaudal e 
centrípeta
Pode acometer inclusive mucosas 
Presença simultânea de lesões em várias fases de evolução
Doenças Exantemáticas 7
Síndrome da varicela congênita
Pouco frequente
Lesões cicatriciais cutâneas 
Malformações de membros
Malformações cerebrais
Coriorretinite
Catarata
Microfitalmia
Diagnóstico
Essencialmente clínico
Para diagnóstico de certeza: sorologia, isolamento viral e citologia das 
lesões (células gigantes mutinucleadas)
Tratamento
Analgésicos
Antitérmicos
Anti-histaminico
Aciclovir 20mg/Kg/dose, 5x ao dia por 5 dias.
Todos maiores de 12 anos 
Portadores de:
Doença cutânea crônica
Doença pulmonar crônica
Usuários crônicos de corticosteroides, mesmo aerossol
Usuários de salicilatos 
Doenças Exantemáticas 8
Prevenção
Vacinação com tetraviral aos 15 meses 
Vacinação varicela isolada aos 18 meses PNI ou 4 anos MS
Imunoglobulina para: 
Imunodeprimidos
Gestantes
Menores de 9 meses internados
Filhos de mães que desenvolveram a doença 5 dias antes ou 2 dias 
depois do parto
Alguns prematuros
Complicações 
A principal é a infecção cutânea bacteriana secundária por S. aureus
Síndrome de Reye: associação da infecção por influenza e varicela com 
uso de AAS  sintomas bifásicos, inicia com os sintomas da doença de 
base, seguido por encefallopatia aguda → pode levar a morte
EXANTEMA SÚBITO
Conhecido como roséola 
Etiologia
Herpes vírus humano 6 e 7
HHV6 é mais comum que o HHV7
Transmissão
Perdigotos
Período de transmissibilidade é principalmente durante o período febril
Quadro clínico
Período de incubação de 5 a 15 dias
Início súbito de febre alta contínua que dura de 3 a 4 dias, sem toxemia 
e cessa bruscamente
No período de febre podemos observar:
Doenças Exantemáticas 9
Bom estado geral
Irritabilidade
Anorexia
Convulsão febril (lembrando que o exantema súbito é uma das 
causas mais comuns de convulsão febril)
Linfonodomegalia cervical suboccipital
Hiperemia de orofaringe, palpebral e de membrana timpânica
Exantema surge de modo súbito após o período febril 
Exantema maculopapular róseo
Inicia no ronco e dissemina cabeça e membros
Duração de horas a 2 ou 3 dias 
Desaparece sem deixar descamação ou hiperpimentação
O exantema pode até passa despercebido 
Diagnóstico
Essencialmente clínico: Anamnese + exame físico
Pode ser coletados sorologia e PCR para detecção do DNA viral, mas 
não há recomendação
Tratamento
Apenas sintomático
Prevenção
Não existe
Complicações 
São raras
Doenças Exantemáticas 10
Encefalite
Desmielinização aguda disseminada
Cerebelite
Hepatite
Miocardite
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
Síndrome clínica conhecida popularmente como doença do beijo
Etiologia
Vírus Epstein-Barr EBV
DNA vírus da família herpesvírus, do tipo y-herpesvírus
EBV1 é o mais comum
EBV2 tem potencial oncogênico
Transmissão
Secreções orais
Contato sexual
Pessoas infectadas podem eliminar o vírus cerca de até 6 meses após 
a doença aguda, e de forma intermitente durante toda a vida 
(reativação)
Quadro clínico
Período de incubação de 30 a 50 dias 
A maioria dos sintomas duram menos de 10 dias 
Febre
Cefaleia
Mal-estar
Linfonodomegalia
Esplenomegalia
Hepatomegalia é mais rara
Doenças Exantemáticas 11
Dor de garganta com hipertrofia de amígdalas e exsudato
Petéquias em palato
Sinal de Hoagland= edema periorbitário
Exantema
Na evolução normal da doença não ocorre exantema
Pode ser desencadeada pela administração de penicilina ou 
ampicilina ao paciente
O exantema maculopapular leve e pruriginoso resultado de uma 
hipersensibilidade transitória à penicilina
Diagnóstico
Sintomas típicos com leucograma evidenciando linfócitos atípicos
O diagnóstico é confirmado por sorologia IgM e IgG ou detecção do 
genoma viral por PCR
TratamentoSintomático
Na presença de obstrução importante das vias aéreas superiores pela 
hipertrofia de amígdalas
Dexametasona 0,25mg/kg de 6/6h
Complicações 
Obstrução de via aérea superior
Meningoencefalite
Anemia hemolítica e trmbocitopenia
Rotura esplênica
DOENÇA DE KAWASAKI
Doença inflamatória aguda sistêmica, manifestada como uma vasculite de 
artérias de médio calibre com predileção pelas artérias coronárias 
Etiologia
Causa não é totalmente definida
Doenças Exantemáticas 12
Suspeita-se de origem infecciosa e uma predisposição genética 
Transmissão
Não se sabe se é uma doença transmissível 
Quadro clínico
A doença é autolimitada, pode durar de 2 a 12 semanas e as 
manifestações podem não estar todas presentes simultaneamente
Febre é considerado o primeiro sintoma da doença  1 dia de febre = 
primeiro dia de doença
Elevada, geralmente acima de 38,5°C
Pouco responsiva a antitérmicos 
Duração por um período maior ou igual a 5 dias 
Conjuntivite 
Geralmente precoce
Bilateral
Não exsudativa 
Alterações de mucosa oral
Lábios hiperemiados, edemaciados e rachados
Faringite não exsudativa
Língua em aspecto de morango
Exantema polimórfico
Costuma ser precoce
Pode ser maculopapular, escarlatiniforme, urticariforme, 
micropustular, psoriásico
Linfadenopatia cervical
Menos frequente
Linfadenopatia única, maior que 1,5cm
Alterações de extremidades 
Eritema de palmas de mãos e plantas de pés associado ou não a 
um edema endurecido no dorso de mãos e pés
Doenças Exantemáticas 13
Na fase de recuperação: descamação em extremidades 
Outros achados 
Cardiovasculares: ritmo de galope, taquicardia, derrame 
pericárdico, miocardite linfocítica, redução da perfusão periférica;
Aparelho respiratório: infiltrado peribrônquico ou intersticial;
Gastrointestinal: diarreia, vômitos, hepatite, icterícia, hidropsia da 
vesícula biliar;
Urinário: uretrite, hidrocele
Sistema nervoso central: irritabilidade, meningite asséptica, 
paralisia facial;
Artrite: acomete grandes articulações e comporta-se de forma 
autolimitada
Fâneros: deformidades ungueais denominadas linhas de Beau.
Diagnóstico
Baseia-se em achados clínicos
Doenças Exantemáticas 14
Achados laboratoriais: não são utilizados como critérios diagnósticos
Aumento da VHS e da PCR
Leucocitose com desvio à esquerda 
Ferritina sérica elevada
Aumento de linfócitos na fase de convalescença
Plaquetose nos casos mais graves na segunda semana da doença; 
poucas crianças desenvolve plaquetopenia de consumo
Linfopenia da fase aguda
Linfocitose na convalescença
Anemia normo/normo
Leucocitúria
Discreto aumento de transaminasees
Pleocitose liquórica sem hipoglicorraquia 
Aumento de triglicérides
Hiponatremia: associada a um risco elevado de aneurismas de 
coronária
Ecocardiograma: dilatações de coronárias, aneurismas de 
tamanhos variados
Doença de Kawasaki incompleta 
Doenças Exantemáticas 15
Critérios laboratoriais complementares 
Anemia
Contagem de plaquetas 450.000 após o sétimo dia de febre
Albumina 3,0 g/dL
Nível ALT elevado
Contagem de leucócitos 15.000/mm³
10 leucócitos/campo no exame de urina
A SBP (baseada no consenso europeu de reumatologia 
pediátrica), considera também a hiponatremia para o 
diagnóstico da DK
incompleta.
Tratamento
O objetivo é diminuir o processo inflamatório e diminuir o risco de 
aneurismas de coronária
Iniciada até o 10° dia de febre, diminui em 5 vezes o risco de 
desenvolvimento de aneurismas de coronárias
Imunoglobulina 2g/kg EV 
Ácido acetilsalicílico em dose anti-inflamatória até melhora da febre: 
80100mg/Kg/dia dividido em 4 tomadas 6/6h)
Doenças Exantemáticas 16
Ácido acetilsalicílico em dose antitrombótica após 48h sem febre, por at
´8 semanas: 35mg/kg/dia 
Prevenção
Não se sabe
Complicações 
Aneurisma de coronária
Disfunção de múltiplos órgãos
Perda auditiva neurossensorial
Síndrome de ativação macrofágica
Pericardite
ERITEMA INFECCIOSO 
Etiologia
Parvovírus humano B19
Esse vírus tem como células-alvo, a linhagem eritroide 
Transmissão
Por perdigotos
Transmissibilidade ocorre cinco a 10 dias após a exposição, dura cerca 
de cinco dias e no período exantemático a pessoa já não costuma ser 
transmissor
Quadro clínico
Incubação de 4 a 14 dias
Não há pródromos
Primeiro sinal: exantema maculopapular em face, que se concentra na 
região das bochechas, poupando região perioral, testa e nariz → 
aspecto de “asa de borboletaˮ ou “face esbofeteadaˮ
Doenças Exantemáticas 17
Evolui acometendo MMSS e MMII, inicialmente em face extensora, 
posteriormente flexora e por fim o tronco → aspecto rendilhado 
Exantema pode persistir por período longo e pode se exacerbar ou 
reaparecer quando a criança é exposta ao sol, após exercícios e a 
temperaturas altas e/ou baixas
Afebril
Pode acompanhar artralgias e artrites
Síndrome das luvas e meias
Apresentação incomum
Lesões purpúricas simétricas e eritematosas indolores nas mãos e 
nos pés, eventualmente, na bochecha, cotovelos, joelhos e nádegas
Diagnóstico
Essencialmente clínico
Diagnóstico de certeza com sorologia IgM e IgG para parvovírus 
humano B19 ou PCR para detecção de RNA viral
Hemograma pode mostrar uma redução de hemoglobinas e de 
reticulócitos
Tratamento
Doenças Exantemáticas 18
Sintomático
Transfusão sanguínea na presença de anemia grave
Prevenção
Não há
Complicações 
Crise aplásica transitória em pacientes com anemia hemolítica crônica 
→ febre, mal-estar, letargia, sinais de anemia profunda(palidez, 
taquicardia e taquipneia
Em grávidas pode causar aborto, óbito fetal, anemia fetal ou hidropisia
DOENÇA MÃOPÉBOCA
Trata-se de uma entervirose 
Etiologia
Coxsackie A 16 ou enterovirus 71
Transmissão
Fecal-oral
Transmissibilidade antes do aparecimento dos sintomas até semanas 
após a infecção
Quadro clínico
Pródromos
Febre baixa
Irritabilidade
Anorexia
Exantema
Lesões vesiculares na boca que rapidamente se rompem, 
transformando-se em úlceras dolorosas de tamanho variável
Lesões papulovesiculares em mãos e pés
Em lactentes é frequente o acometimento perineal
Lesões desaparecem sem deixar cicatrizes
Doenças Exantemáticas 19
Diagnóstico
Essencialmente clínico
Tratamento
Sintomático
Prevenção
Cuidados higiênicos
Crianças afetadas devem ser afastadas da creche e do convívio com 
outras crianças
Complicações 
Raramente ocorre disseminação grave da doença, como mioclonias, 
tremores, ataxia e paralisia de nervos cranianos, que evolui para 
falência cardiorrespiratória
DENGUE
Etiologia
Vírus da dengue é um vírus de RNA do gênero Flavivírus da família 
Flaviviridae
Existem 4 sorotipos: DEN1, DEN2, DEN3 E DEN4
Transmissão
Transmissão vetorial pela picada do mosquito Aedes aegyptis
Quadro clínico
Doenças Exantemáticas 20
Fase febril: 27 dias, a maioria não evolui para a fase crítica 
Febre alta 39 a 40°C de surgimento abrupto 
Prostração
Cefaleia
Dor retroorbitária
Exantema maculopapular difuso e progressivo que não poupa as 
mãos e os pés
Mialgia
Artralgia
Diarreia
Anorexia
Náuseas
Vômitos 
Fase crítica: início com a defervescência da febre, entre o 3° e 7° dia o 
início da doença, acompanhada do surgimento dos sinais de alarme
Letargia e/ou irritabilidade
Hipotensão postural e/ou lipotimia (sensação de desmaio)
Doenças Exantemáticas 21
Vômitos persistentes
Sangramento de mucosas
Serosites
Dor abdominal intensa e continua 
Hepatomegalia 2cm abaixo do rebordo costal direito
Aumento do hematócrito
Fase de recuperação: 
Reabsorção gradual do conteúdo extravasado
Melhora clínica progressiva 
Normalização ou aumento do débito urinário
Pode ocorrer bradicardia e alteração do ECG
Exantema com ou sem prurido generalizado
Diagnóstico
Anamnese + exame físico + epidemiologia 
Detecção do antígeno viral NS1 até o 5° dia de sintomas 
Sorologias IgM e IgG apenas após o 6° dia dos sintomas 
Estratificação de gravidade 
Doenças Exantemáticas 22
Tratamento
Critérios de internação hospitalarPresença de sinais de alarme ou de choque, sangramento grave ou 
comprometimento grave de
órgão (grupos C e D.
Recusa na ingestão de alimentos e líquidos.
Doenças Exantemáticas 23
Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade 
respiratória.
Diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde.
Comorbidades descompensadas como diabetes
mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de 
dicumarínicos, crise asmática etc.
Outras situações a critério clínico.
Critérios de alta hospitalar
Estabilização hemodinâmica durante 48 horas.
Ausência de febre por 48 horas.
Melhora visível do quadro clínico.
Hematócrito normal e estável por 24 horas.
Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3
Prevenção
Eliminar criadouros do mosquito: água parada
Uso de repelentes
Usar telas contra mosquito nas portas e janelas 
Vacina com vírus atenuado
ZIKA
Etiologia
Vírus Zika, um vírus de RNA da família Flaviviridae
Transmissão
Vetorial pelo mosquito Aedes aegypti
Transmissão congênita
Relação sexual
Transfusão sanguínea
Doenças Exantemáticas 24
Quadro clínico
Manifestações após período de incubação em média de 3 a 6 dias 
Febre baixa diferente das outras arboviroses
Exantema que pode ou não ser pruriginoso, afetando também as mão e 
os pés
Hiperemia conjuntival
Dor muscular e dor articular
ZIKA congênita
 Microcefalia
Atraso no crescimento do feto
Cérebro pequeno
Alteração nos olhos
Hipertonia 
Epilepsia
Irritabilidade
Mal formação do cérebro e das articulações
Diagnóstico
Anamnese + exame físico + epidemiologia
Até o 7° dia de infecção: RTPCR
Após 7 dias pode ser feito com sorologia IgM e IgG
Tratamento
Hidratação VO
Antitérmicos
Analgésicos
Anti-histamínicos, se prurido
ZIKA congênita 
Acompanhamento com neuropediatra, otorrino, oftalmo, 
fisioterapeuta e fono
Doenças Exantemáticas 25
Prevenção
Eliminar criadouros do mosquito: água parada
Uso de repelentes
Usar telas contra mosquito nas portas e janelas 
Preservativos durante relação sexual
Complicações 
Síndrome de Guillain-Barré
Abortamento e microcefalia
CHIKUNGUNYA
Etiologia
Vírus da chikungunya CHIKV
Da família Togaviridae
Gênero Alphavirus
Transmissão
Transmissão vetorial pelo Aedes aegypti ou albopictus
Transmissão congênita
Transfusão sanguínea
Quadro clínico
Início após período de incubação de 3 a 7 dias
Doenças Exantemáticas 26
Infecção recente
Febre alta repentina 39°C
Cefaleia
Dor muscular ou nas articulações (bilateral, simétrica, acometendo 
pequenas e grandes articulações, com ou sem edema)
Alteração na cor da pele
Manchas e placas avermelhadas 
Bolhas na pele de forma extensa principalmente nos bebês 
(impetigo bolhoso)
Sangramento nasal, gengival e equimoses
Aftas 
Crises convulsivas e meningoencefalite
Sinais de gravidade 
Acometimento neurológico
Dor torácica, palpitação e arritmias 
Dispneia
Redução de diurese ou elevação abrupta de ureia e creatinina
Doenças Exantemáticas 27
Sinais de choque, instabilidade hemodinâmia
Vômitos persistentes
Sangramento de mucosas e descompensação de doeça de base 
Formas atípicas 
Diagnóstico
Anamnese + exame físico + epidemiologia
Confirmado por exames de sangue detectando o vírus ou os anticorpos 
contra o vírus PCRRNA
Exames laboratoriais são inespecíficos 
Leucopenia com linfopenia 1000 células/mm3 
Trombocitopenia  100000 é rara
VHS e PCR geralmente elevadas
Elevação discreta de enzimas hepáticas, creatinina e CPK
Tratamento
Sintomático + suporte clínico se necesário
Hidratação
Antitérmicos
Analgésicos
Repouso sem sobrecarga das articulações
Compressas frias nas articulações acometidas
Se evoluir com sinais de gravidade deve ser realizada a internação 
Doenças Exantemáticas 28
Prevenção
Eliminar criadouros do mosquito: água parada
Uso de repelentes
Usar telas contra mosquito nas portas e janelas 
Complicações 
Dor articular crônica
Mielorradiculopatias
Miocardite
Hepatite causada pelo víru
Doenças Exantemáticas 29
ESCARLATINA
Etiologia
Estreptococo beta hemolítico do grupo A Streptococcus pyogenes)
Estreptococos infectados por determinados bacteriófagos produzem 
exotoxinas pirogênicas estreptocócicas A, B e C que são responsáveis 
pelo exantema da escarlatina
Transmissão
Secreções respiratórias 
Período de transmissibilidade ocorre desde os pródromos até a 
resolução do quadro ou até 24h após início do tratamento (antibiótico)
Período de incubação de 4 a 7 dias.
Quadro clínico
Exantema eritematoso difuso que ocorre em associação a um episódio 
de faringite 
Pródromos
Febre alta 39°C a 40°C
Mal-estar e prostração
Cefaleia
Dor de garganta = faringite
Dor abdominal e até vômitos
Língua em frambroesa: papilas edemaciadas e avermelhadas
Exantema 
Aparece de 24 a 48h após período de incubação
Exantema micropapular em lixa: difuso, clareia a digitopressão, 
inicia-se em torno do pescoço e se espalha por tronco e membros, 
Doenças Exantemáticas 30
poupa palmas das mãos e plantas do pé.
Sinal de Pastia: acentuação do exantema em região de dobras 
Sinal de Filatov: bochechas eritematosas com palidez perioral
Descamação furfurácea: após o desaparecimento do exantema 
(após 3 a 4 dias do começo da erupção), inicialmente na face 
seguindo em direção caudal.
Descamação laminar: principalmente em mãos e pés 
Diagnóstico
É clínico
Cultura de swab de orofaringe é o padrão-ouro
Doenças Exantemáticas 31
Existe também o teste rápido de detecção de antígenos
Não é necessário solicitar exames complementares: no leucograma 
pode aparecer leucocitose com desvio a esquerda
Tratamento
Sintomático
Anti-histamínico se apresentar prurido
Analgésicos
Antitérmicos
Antibioticoterapia
Penicilinas 
Penicilina benzatina 600.000 unidade IM (se  27Kg), dose 
única ou 1.200.000 unidades IM (se  27Kg), dose única.
Amoxicilina 250mg/5mL por 10 dias 
Para alérgicos a penicilinas 
Azitromicina 200mg/5mL por 5 dias 
Eritromicina 50mg/mL por 10 dias
Clindamicina 150mg/mL por 10 dias
Cefalexina 500mg/5mL por 10 dias
Prevenção
Não há
Complicações 
Supurativas: linfadenite cervical, abscesso peritonsilar e abscesso 
retrofaringeano.
Não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite pós-
estreptocócica. 
A febre reumática é potencialmente prevenível quando o tratamento 
antibiótico é feito nos primeiros 9 dias de doença. 
Doenças Exantemáticas 32
Já a glomerulonefrite não é prevenível, mesmo com a 
antibioticoterapia adequada e precoce, se houver ocorrido infecção 
por uma cepa nefritogênica.

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