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Polícia Militar (PMPB) e do Corpo de Polícia Militar (PMPB) e do Corpo de Bombeiros MilitarBombeiros Militar
(CBMPB) do Estado (CBMPB) do Estado da Paraíbada Paraíba
PMPB/CBMPBPMPB/CBMPB
Soldado PM Combatentes - QPCSoldado PM Combatentes - QPC
Soldado BM Combatentes – QBMP - 0Soldado BM Combatentes – QBMP - 0
Aditivo N.º 001 ao Edital N.º 001/2018 – CFSd PM/BM 2018Aditivo N.º 001 ao Edital N.º 001/2018 – CFSd PM/BM 2018
MR120-2018MR120-2018
    
DADOS DA OBRADADOS DA OBRA
Título da obra:Título da obra: Polícia Militar (PMPB) e do Polícia Militar (PMPB) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMPB)Corpo de Bombeiros Militar (CBMPB)
do Estado da do Estado da ParaíbaParaíba
Cargo:Cargo: Soldado PM CombatenteSoldado PM Combatentes - QPC e s - QPC e Soldado BM Combatentes – QBMP - 0Soldado BM Combatentes – QBMP - 0
(Baseado no Aditivo N.º 001 ao Edital (Baseado no Aditivo N.º 001 ao Edital N.º 001/2018 – CFSd PM/BM 2018)N.º 001/2018 – CFSd PM/BM 2018)
• Língua Portuguesa• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico• Raciocínio Lógico
• Geograa da Paraíba• Geograa da Paraíba
• História da • História da ParaíbaParaíba
• Noções de Informática• Noções de Informática
• Noções de Direito Constitucional• Noções de Direito Constitucional
• Noções de Direito Penal• Noções de Direito Penal
• Noções de Direito Processual Penal• Noções de Direito Processual Penal
• Noções de Direito Militar• Noções de Direito Militar
• Legislação Extravagante• Legislação Extravagante
• Noções de Sociologia• Noções de Sociologia
AutorasAutoras
JaquelineJaqueline
SilvanaSilvana
Gestão de ConteúdosGestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de SouzaEmanuela Amaral de Souza
Diagramação/ Editoração EletrônicaDiagramação/ Editoração Eletrônica
Elaine CristinaElaine Cristina
Igor de OliveiraIgor de Oliveira
Camila LopesCamila Lopes
Thais RegisThais Regis
Produção EditoralProdução Editoral
Suelen Domenica PereiraSuelen Domenica Pereira
Júlia AntoneliJúlia Antoneli
CapaCapa
Joel Ferreira dos SantosJoel Ferreira dos Santos
    
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
CURSO ONLINECURSO ONLINE
PPARABÉNS! ARABÉNS! ESTE É ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃOO PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO..
A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas.vida das pessoas.
VVamos ajudar você a amos ajudar você a alcançar o tão alcançar o tão desejado cargo público.desejado cargo público.
Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim aNossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a
matéria é organizada de forma que matéria é organizada de forma que otimize o tempo do otimize o tempo do candidato. Anal corremos contra o tempo,candidato. Anal corremos contra o tempo,
por isso a preparação é muito importante.por isso a preparação é muito importante.
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line, questões comentadas e line, questões comentadas e treinamentos com simulados online.treinamentos com simulados online.
Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida!Desejamos-lhe muito sucesso nesta nova etapa da sua vida!
Obrigado e bons estudos!Obrigado e bons estudos!
*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.
PASSO 1PASSO 1
Acesse:Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaportewww.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado noDigite o código do produto no campo indicado no
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O código encontra-se no verso O código encontra-se no verso da capa da apostila.da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17Ex: FV054-17
PASSO 3PASSO 3
Pronto!Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.Você já pode acessar os conteúdos online.
    
SUMÁRIOSUMÁRIO
Língua PortuguesaLíngua Portuguesa
1. 1. Compreensão Compreensão e e intelecção intelecção de de textos. .....textos. .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................8383
2. 2. Tipologia Tipologia textual. textual. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................8585
3. 3. Coesão Coesão e e coerência. coerência. ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................86................86
4. 4. Figuras Figuras de de linguagem. ....................linguagem. ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0707
5. Ortograa.5. Ortograa.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4444
6. Acentuação gráca.6. Acentuação gráca. ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................47................47
7. 7. Emprego Emprego do do sinal sinal indicativo indicativo de de crase. ......crase. ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................7171
8. 8. Formação, Formação, classe classe e e emprego emprego de de palavras. palavras. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................0707Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam doisAssim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fonemas. Sim! É o caso de “xoxo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/;”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxitáxi ee crucixocrucixo também são exemplostambém são exemplos
de dífonosde dífonos..  Quando uma letra representa dois fonemas temos um Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso decaso de  dífono.dífono.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.phphttp://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa SacconiNossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redaçãoPortuguês: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1  / Wiliam Roberto Cereja, Thereza   / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. RCochar Magalhães. – 7ªed. Reform. eform. – São Paulo:– São Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
    
44
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
QuestõesQuestões
1-)1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-(PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014)BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há umEm todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO emdígrafo, EXCETO em
(A) prazo.(A) prazo.
(B) cantor.(B) cantor.
(C) trabalho.(C) trabalho.
(D) professor.(D) professor.
1-)1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal(A) prazo – “pr” é encontro consonantal
(B) cantor – “an” é dígrafo(B) cantor – “an” é dígrafo
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dí(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafografo
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí-(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí-
grafografo
RESPOSTA: “A”.RESPOSTA: “A”.
2-)2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-(PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014)BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os iAssinale a alternativa em que os itenstens
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to-destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to-
das as palavras da sequência.das as palavras da sequência.
(A) Externo – precisa – som – usuário.(A) Externo – precisa – som – usuário.
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
2-)2-) Coloquei entre barras ( / / ) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representadoo fonema representado
pela letra destacada:pela letra destacada:
(A) Externo (A) Externo /s/ – pr/s/ – precisa /s/ ecisa /s/ – som /s/ – som /s/ – usuário /z/– usuário /z/
(B) (B) Gente Gente /j/ /j/ – – segurança segurança /g/ /g/ – – adjunto adjunto /j/ /j/ – – Japão Japão /j//j/
(C) (C) Chefe Chefe /x/ /x/ – – caixas caixas /x/ /x/ – – deixo deixo /x/ /x/ – – exatamenteexatamente
 /z/ /z/
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/ (D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/ 
RESPOSTA: “D”.RESPOSTA: “D”.
3-)3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014)FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue“Seja Sangue
Bom!” Na sílaba nal da palavra “sangue”, encontramosBom!” Na sílaba nal da palavra “sangue”, encontramos
duas letras representando um único duas letras representando um único fonema. Esse fenôme-fonema. Esse fenôme-
no também está presente em:no também está presente em:
A) cartola.A) cartola.B) problema.B) problema.
C) guaraná.C) guaraná.
D) água.D) água.
E) nascimento.E) nascimento.
3-)3-) Duas letras representando um único fonema = dí-Duas letras representando um único fonema = dí-
grafografo
A) cartola = não há dígrafoA) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafoB) problema = não há dígrafo
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”)C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”)
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”)D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”)
E) nascimento = dígrafo: scE) nascimento = dígrafo: sc
RESPOSTA: “E”.RESPOSTA: “E”.
ESTRUTURA DAS PALAVRASESTRUTURA DAS PALAVRAS
As palavras podem ser analisadas sob o As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vistaponto de vista
de sua estrutura signicativa. Para isso, nós as dividimosde sua estrutura signicativa. Para isso, nós as dividimos
em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
tido. A palavratido. A palavra inexplicávelinexplicável, por exemplo, é constituída por, por exemplo, é constituída por
três elementos signicativos:três elementos signicativos:
In = elemento indicador de negaçãoIn = elemento indicador de negação
Explic – elemento que contém o signicado básico daExplic – elemento que contém o signicado básico da
palavrapalavra
Ável = elemento indicador de possibilidadeÁvel = elemento indicador de possibilidade
Estes elementos formadores da palavra recebem oEstes elementos formadores da palavra recebem o
nome denome de morfemas.morfemas.  Através da união das informações  Através da união das informações
contidas nos três morfemas decontidas nos três morfemas de inexplicávelinexplicável, pode-se en-, pode-se en-
tender o signicado pleno dessa palavra:tender o signicado pleno dessa palavra: “aquilo que não“aquilo que não
tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornartem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
claro”.claro”.
MORFEMAS = são as menores unidades signicativasMORFEMAS = são as menores unidades signicativas
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
Classicação dos morfemas:Classicação dos morfemas:
Radical, lexema ou semantema –Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-é o elemento por-
tador de signicado. É através do radical que ptador de signicado. É através do radical que podemos forodemos for--
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras damar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
mesma família. Exemplo:mesma família. Exemplo: pequeno, pequeni pequeno, pequenininho, ninho, pequenez.pequenez.  
O conjunto de palavras que se agrupam em torno de umO conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
mesmo radical denomina-semesmo radical denomina-se família de palavrasfamília de palavras..
Axos –Axos – elementos que se juntam ao radical antes (oselementos que se juntam ao radical antes (os
prexosprexos) ou depois () ou depois (suxossuxos) dele. Exemplo: bel) dele. Exemplo: belezaeza (su (su--
xo),xo), pre prever (prexo),ver (prexo), ininel.el.
Desinências -Desinências - Quando se conjuga o verboQuando se conjuga o verbo amar amar , ob-, ob-
têm-se formas comotêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,amava, amavas, amava, amávamos,
amáveis, amavamamáveis, amavam. Estas modicações ocorrem à medida. Estas modicações ocorrem à medida
que o verbo vai sendo exionado em número (singular eque o verbo vai sendo exionado em número (singular eplural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Tambémplural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
ocorrem se modicarmos o tempo e o modo do verboocorrem se modicarmos o tempo e o modo do verbo
((amava, amara, amasse,amava, amara, amasse,  por exemplo). Assim, podemos  por exemplo). Assim, podemos
concluir que existem morfemas que indicam as exões dasconcluir que existem morfemas que indicam as exõesdas
palavras. Estes morfemas sempre surgem no m das palapalavras. Estes morfemas sempre surgem no m das pala--
vras variáveis e recebem o nome devras variáveis e recebem o nome de desinênciasdesinências. Há. Há desi-desi-
nências nominaisnências nominais e e desinências verbais.desinências verbais.
•• Desinências nominaisDesinências nominais: indicam o gênero e o número: indicam o gênero e o número
dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
tuma opor as desinênciastuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/ -o/-a: garoto/garota; menino/ 
menina.menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizarPara a indicação de número, costuma-se utilizar
o morfemao morfema –s,–s, que indica o plural em oposição à ausência que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular:de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/  garoto/garotos; garota/ 
 garotas;  garotas; menino/meninosmenino/meninos; ; menina/meninas.menina/meninas. No caso dosNo caso dos
nomes terminados emnomes terminados em –r –r  e e –z,–z, a desinência de plural assu- a desinência de plural assu-
me a formame a forma -es-es:: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
    
55
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais:• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências em nossa língua, as desinências
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinênciasverbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências
que indicam o modo e o tempo (que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-desinências modo-tem-
poraisporais) e outras que indicam ) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver-o número e a pessoa dos ver-
bos (bos (desinência número-pessoaisdesinência número-pessoais):):
cant-á-va-mos:cant-á-va-mos:
cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo-cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência mo-
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-
vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a vo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primei-primei-
ra pessoa do plural)ra pessoa do plural)
cant-á-sse-is:cant-á-sse-is:
cant: radical / -á-: vogal cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência mo-temática / -sse-:desinência mo-
do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti-do-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjunti-
vo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segundavo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
 pessoa do plural pessoa do plural))
Vogal temáticaVogal temática
Entre o radicalEntre o radical cant-cant-  e as desinências verbais, surge  e as desinências verbais, surge
sempre o morfemasempre o morfema –a.–a.  Este morfema, que liga o radical  Este morfema, que liga o radical
às desinências, é chamado deàs desinências, é chamado de vogal temáticavogal temática. Sua função. Sua função
é ligar-se ao radical, constituindo o chamadoé ligar-se ao radical, constituindo o chamado tematema. É ao. É ao
tema (tema (radical + vogal temáticaradical + vogal temática) que se acrescentam as de-) que se acrescentam as de-
sinências. Tsinências. Tanto os verbos canto os verbos como os nomes omo os nomes apresentam vo-apresentam vo-
gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática gais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indicaindica
as conjugações:as conjugações: -a -a (da 1.ª conjugação = cantar), (da 1.ª conjugação = cantar), -e-e (da 2.ª (da 2.ª
conjugação = escrever) econjugação = escrever) e –i–i (3.ªconjugação = partir). (3.ªconjugação = partir).
• Vogais temáticas nominais• Vogais temáticas nominais: São: São -a,-a,  -e,-e, e e -o,-o, quando quando
átonas nais, como emátonas nais, como em mesa, artista, perda, escola, base,mesa, artista, perda, escola, base,
combatecombate. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas. Nestes casos, não poderíamos pensar que essas
terminações são desinências indicadoras de gênero, poisterminações são desinências indicadoras de gênero, pois
mesamesa ee escola,escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de exão. por exemplo, não sofrem esse tipo de exão.
A estas vogais temáticas se liga a desinência indicadoraA estas vogais temáticas se liga a desinência indicadora
de plural:de plural: mesa-s, escola-s, perda-smesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados. Os nomes terminados
em vogais tônicas (em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caquisofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não, por exemplo) não
apresentam vogal temática.apresentam vogal temática.
• Vogais temáticas verbais:• Vogais temáticas verbais:  São  São -a, -e-a, -e   ee -i-i, que ca-, que ca-
racterizam três grupos de verbos a que se dá o nome deracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de
conjugaçõesconjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a-a per-per-tencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temáticatencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática
éé -e-e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal
temáticatemática -i-i pertencem à terceira conjugação. pertencem à terceira conjugação.
  
InterxosInterxos
São os elementos (vogais ou consoantes) que se in-São os elementos (vogais ou consoantes) que se in-
tercalam entre o radical e o suxo, para facilitar ou mestercalam entre o radical e o suxo, para facilitar ou mes--
mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Pormo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por
exemplo:exemplo:
Vogais: frutVogais: frutí í fero, gasfero, gasôômetro, carnmetro, carní í voro.voro.
Consoantes: cafeConsoantes: cafe z  z al, sonoal, sonollento, frioento, frior r ento.ento.
Formação das PalavrasFormação das Palavras
Há em PortuguêsHá em Português palavras primitivas,  palavras primitivas, palavras deriva-palavras deriva-
das, palavras simples, palavras compostas.das, palavras simples, palavras compostas.
Palavras primitivasPalavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-: aquelas que, na língua portugue-
sa, não provêm de outra palavra:sa, não provêm de outra palavra: pedra, or pedra, or..
Palavras derivadasPalavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-: aquelas que, na língua portugue-
sa, provêm de outra palavra:sa, provêm de outra palavra: pedreiro, oricultura. pedreiro, oricultura.
Palavras simples:Palavras simples: aquelas que possuem um só radic aquelas que possuem um só radical:al:
azeite, cavaloazeite, cavalo..
Palavras compostasPalavras compostas: aquelas que possuem mais de: aquelas que possuem mais de
um radical:um radical: couve-or, planaltocouve-or, planalto..
* As palavras compostas podem ou não ter seus ele-* As palavras compostas podem ou não ter seus ele-
mentos ligados por hífen.mentos ligados por hífen.
Processos de Formação de Processos de Formação de PalavrasPalavras
Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-Na Língua Portuguesa há muitos processos de forma-
ção de palavras. Entre eles, os mais comunsção de palavras. Entre eles, os mais comuns são a derivação,são a derivação,
a composição, a onomatopeia, a abreviaçãoa composição, a onomatopeia, a abreviação ee o hibridismo. o hibridismo.
Derivação por Acréscimo de AxosDerivação por Acréscimo de Axos
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri-
vadas) pela anexação de axos à palavra primitiva. A derivadas) pela anexação de axos à palavra primitiva. A deri--
vação pode ser:vação pode ser: prexal, suxal prexal, suxal ee parassintética parassintética..
Prexal (ou prexação)Prexal (ou prexação): a palavra nova é obtida por: a palavra nova é obtida por
acréscimo de prexo.acréscimo de prexo.
In In feliz feliz des des lealleal
Prexo Prexo radical radical prexo prexo radicalradical
Suxal(ou suxaçãoSuxal (ou suxação): a palavra nova é obtida por): a palavra nova é obtida por
acréscimo de suxo.acréscimo de suxo.
Feliz Feliz mente mente leal leal dadedade
Radical Radical suxo suxo radical radical suxosuxo
Parassintética:Parassintética: a palavra nova é obtida pelo  a palavra nova é obtida pelo acréscimoacréscimo
simultâneosimultâneo de prexo e suxo. Por parassíntese formam- de prexo e suxo. Por parassíntese formam-
se principalmente verbos.se principalmente verbos.
En trist ecer En trist ecer 
Prexo Prexo radical radical suxosuxo
Em Em tard tard ecerecer
prexo prexo radical radical suxosuxo
Outros Tipos de DerivaçãoOutros Tipos de Derivação
Há dois casos em que a palavra derivada é formadaHá dois casos em que a palavra derivada é formada
sem que haja a presença de axos. São eles:sem que haja a presença de axos. São eles: a derivaçãoa derivação
regressivaregressiva ee a derivação imprópria a derivação imprópria..
Derivação regressivaDerivação regressiva: a palavra nova é obtida por re-: a palavra nova é obtida por re-
dução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formaçãodução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
de substantivos derivados de verbos.de substantivos derivados de verbos.
 janta janta  (s  (substantivo) ubstantivo) - deriv- deriva de a de jantar (vjantar (verbo) erbo) / / pescapesca
(substantivo) – deriva de pescar (verbo)(substantivo) – deriva de pescar (verbo)
    
66
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Derivação imprópriaDerivação imprópria: a palavra nova (derivada) é ob-: a palavra nova (derivada) é ob-
tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-tida pela mudança de categoria gramatical da palavra pri-
mitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somentemitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas somente
na classe gramatical.na classe gramatical.
Não entendi o porquê da brigaNão entendi o porquê da briga. (o substantivo “porquê”. (o substantivo “porquê”
deriva da conjunçãoderiva da conjunção porque porque))
Seu olhar me fascina!Seu olhar me fascina! ( (olharolhar aqui é substantivo, derivaaqui é substantivo, deriva
do verbo olhar).do verbo olhar).
**** DicaDica: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da: A derivação regressiva “mexe” na estrutura da
palavra e geralmente transforma verbos em substantivos:palavra e geralmente transforma verbos em substantivos:
caça = dericaça = deriva de caçar, saque = deriva de va de caçar, saque = deriva de sacarsacar..
A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,A derivação imprópria não “mexe” com a palavra,
apenas faz com que ela pertença a uma classe gramaticalapenas faz com que ela pertença a uma classe gramatical
“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira-“imprópria” da qual ela realmente, ou melhor, costumeira-
mente faz parte. A alteração acontece devido à presença demente faz parte. A alteração acontece devido à presença de
outros termos, como artigos, por exemplo:outros termos, como artigos, por exemplo:
O verde das matas!O verde das matas!  (o adjetivo “verde” passou a fun- (o adjetivo “verde” passou a fun-
cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”)cionar como substantivo devido à presença do artigo “o”)
ComposiçãoComposição
Haverá composição quando se juntarem dois ou maisHaverá composição quando se juntarem dois ou mais
radicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos deradicais para formar uma nova palavra. Há dois tipos de
composição:composição: justaposição justaposição ee aglutinação aglutinação..
JustaposiçãoJustaposição: ocorre quando os elementos que for-: ocorre quando os elementos que for-
mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos-mam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapos-
tos:tos:  para-raios,  para-raios, corre-corre, corre-corre, guarda-roupa, guarda-roupa, segunda-feira,segunda-feira,
 girassol. girassol.
Composição por aglutinação:Composição por aglutinação: ocorre quando os ele- ocorre quando os ele-
mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me-mentos que formam o composto aglutinam-se e pelo me-
nos um deles perde sua integridade sonora:nos um deles perde sua integridade sonora: aguardenteaguardente
(água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna +(perna +
alta), vinagre (vinho + acre).alta), vinagre (vinho + acre).
Outros processos de formação de palavras:Outros processos de formação de palavras:
Onomatopeia –Onomatopeia – é a palavra que procura reproduziré a palavra que procura reproduzir
certos sons ou ruídos:certos sons ou ruídos: reco-reco, tique-taque, fom-fom.reco-reco, tique-taque, fom-fom.
Abreviação –Abreviação – é a redução de é a redução de palavras até o limite per-palavras até o limite per-
mitido pela compreensão:mitido pela compreensão: motomoto (motocicleta), (motocicleta), pneu pneu (pneu- (pneu-mático),mático), metrômetrô (metropolitano), (metropolitano), fotofoto (fotograa). (fotograa).
* Observação:* Observação:  
- Abreviatura- Abreviatura: é a redução na graa de certas palavras,: é a redução na graa de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini-limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini-
ciais:ciais: p p. ou. ou pág. pág. (para página), (para página), srsr.. (para senhor). (para senhor).
- Sigla:- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual seé um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas:que se grafam de duas formas: IBGE, MECIBGE, MEC (siglas puras);(siglas puras);
DETRANDETRAN ou ou Detran, PETROBRASDetran, PETROBRAS ou ou PetrobrasPetrobras (siglas impu-(siglas impu-
ras).ras).
- Hibridismo- Hibridismo: é a palavra formada com elementos: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas dioriundos de línguas diferentes.ferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://wwwhttp://www.brasilescola.com/grama.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-tica/estrutura-e-
formacao-de-palavras-i.htmformacao-de-palavras-i.htm
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões sobre Estrutura das PalavrasQuestões sobre Estrutura das Palavras
1-)1-) ((RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN-RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊN-
CIA SOCIAL – CEPERJCIA SOCIAL – CEPERJ /2014) A  /2014) A palavra “infpalavra “infraestrutura” é raestrutura” é for-for-
mada pelo seguinte processo:mada pelo seguinte processo:
A) suxaçãoA) suxação
B) prexaçãoB) prexação
C) parassínteseC) parassíntese
D) justaposiçãoD) justaposição
E) aglutinaçãoE) aglutinação
1-) Infra = prexo + estrutura – temos a junção de um1-) Infra = prexo + estrutura – temos a junção de um
prexo com um radical, portanto: derivação prexal (ouprexo com um radical, portanto: derivação prexal (ou
prexação).prexação).
RESPOSTA: “B”.RESPOSTA: “B”.
2-)2-) (SECRETARIADE EST(SECRETARIA DE ESTADO DE DEFEADO DE DEFESA SOCIAL/MG –SA SOCIAL/MG –
AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014)AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014)
O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, éO vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é
um exemplo de:um exemplo de:
a) palavra compostaa) palavra composta
b) palavra primitivab) palavra primitiva
c) palavra derivadac) palavra derivada
d) neologismod) neologismo
2-)2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
ao radical “triste” foram ao radical “triste” foram acrescidos o prexo “en” e o suxoacrescidos o prexo “en” e o suxo“ido”“ido”, ou seja, , ou seja, “entristecido“entristecido” é ” é palavra derivada do palavra derivada do processoprocesso
de formação de palavras chamado de: prexação e suxade formação de palavras chamado de: prexação e suxa--
ção. Para o exercício, ção. Para o exercício, basta “derivada”!basta “derivada”!
RESPOSTA: “C”.RESPOSTA: “C”.
    
77
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕESCLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
 Adjetivo Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com característica do ser e se relaciona com o substantivo, con-o substantivo, con-
cordando com este em gênero e cordando com este em gênero e número.número.
 As praias brasileir As praias brasileiras estão poluídas.as estão poluídas.
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivosPraias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
Locução adjetivaLocução adjetiva
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesmacessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição +coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição +
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu-substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu-
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Porção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: avesexemplo: aves da noiteda noite (aves (aves noturnasnoturnas), paixão), paixão sem freiosem freio  
(paixão(paixão desenfreadadesenfreada).).
Observe outros exemplos:Observe outros exemplos:
de de águia águia aquilinoaquilino
de de aluno aluno discentediscente
de de anjo anjo angelicalangelical
de de ano ano anualanual
de de aranha aranha aracnídeoaracnídeo
de de boi boi bovinobovino
de de cabelo cabelo capilarcapilar
de de cabra cabra caprinocaprino
de de campo campo campestre campestre ou ou ruralrural
de de chuva chuva pluvialpluvial
de de criança criança puerilpueril
de de dedo dedo digitaldigital
de de estômago estômago estomacal estomacal ou ou gástricogástrico
de de falcão falcão falconídeofalconídeo
de de farinha farinha farináceofarináceo
de de fera fera ferinoferino
de de ferro ferro férreoférreo
de de fogo fogo ígneoígneo
de de garganta garganta guturalgutural
de de gelo gelo glacialglacial
de de guerra guerra bélicobélico
de de homem homem viril viril ou ou humanohumano
de de ilha ilha insularinsular
de de inverno inverno hibernal hibernal ou ou invernalinvernal
de de lago lago lacustrelacustre
de de leão leão leoninoleonino
de de lebre lebre leporinoleporino
de de lua lua lunar lunar ou ou selênicoselênico
de de madeira madeira lígneolígneo
de de mestre mestre magistralmagistralde de ouro ouro áureoáureo
de de paixão paixão passionalpassional
de de pâncreas pâncreas pancreáticopancreático
de de porco porco suíno suíno ou ou porcinoporcino
dos dos quadris quadris ciáticociático
de de rio rio uvialuvial
de de sonho sonho oníricoonírico
de de velho velho senilsenil
de de vento vento eólicoeólico
de de vidro vidro vítreo vítreo ou ou hialinohialino
de de virilha virilha inguinalinguinal
de de visão visão óptico óptico ou ou óticoótico
** ObservaçãoObservação: nem toda locução adjetiva possui um: nem toda locução adjetiva possui um
adjetivo correspondente, com o mesmo signicado. Poradjetivo correspondente, com o mesmo signicado. Por
exemplo: Vi as alunasexemplo: Vi as alunas da 5ª sérieda 5ª série. / O muro. / O muro de tijolosde tijolos caiu. caiu.
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):Sintática):
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (funçãoO adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuandodentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeitocomo adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
ou do objeto).ou do objeto).
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:Observe alguns deles:
Estados e cidades Estados e cidades brasileiras:brasileiras:
 Alagoas  Alagoas alagoanoalagoano
 Amapá  Amapá amapaenseamapaense
 Aracaju  Aracaju aracajuano ou aracajuensaracajuano ou aracajuensee
 Amazonas  Amazonas amazonense ou baréamazonense ou baré
Belo Belo Horizonte Horizonte belo-horizontinobelo-horizontino
Brasília brasilienseBrasília brasiliense
Cabo Cabo Frio Frio cabo-friensecabo-friense
Campinas Campinas campineiro campineiro ou ou campinensecampinense
    
88
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Adjetivo Pátrio CompostoAdjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:Observe alguns exemplos:
 África  África afro- / Cultura afro-americanafro- / Cultura afro-americanaa
 Alemanha  Alemanha germano- ou teuto-/Competiçõgermano- ou teuto-/Competições teuto-inglesases teuto-inglesas
 América  América américo- / Companamérico- / Companhia américo-africanahia américo-africana
Bélgica Bélgica belgo- belgo- / / Acampamentos Acampamentos belgo-francesesbelgo-franceses
China China sino- sino- / / Acordos Acordos sino-japonesessino-japoneses
Espanha Espanha hispano- hispano- / / Mercado Mercado hispano-portuguêshispano-português
Europa Europa euro- euro- / / Negociações Negociações euro-americanaseuro-americanas
França França franco- franco- ou ou galo- galo- / / Reuniões Reuniões franco-italianasfranco-italianas
Grécia Grécia greco- greco- / / Filmes Filmes greco-romanosgreco-romanos
Inglaterra Inglaterra anglo- anglo- / / Letras Letras anglo-portuguesasanglo-portuguesas
Itália Itália ítalo- ítalo- / / Sociedade Sociedade ítalo-portuguesaítalo-portuguesa
 Japão  Japão nipo- / Assnipo- / Associações nipo-brasociações nipo-brasileirasileiras
Portugal Portugal luso- luso- / / Acordos Acordos luso-brasileirluso-brasileirosos
Flexão dos adjetivosFlexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gO adjetivo varia em gênero, número e grau.ênero, número e grau.
  
Gênero dos AdjetivosGênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classicam-se em:tantivos, classicam-se em:
BiformesBiformes  - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino:- têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele exiona no feminino somente o último elemento:Se o adjetivo é composto e biforme, ele exiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, ao moço norte-americano, a
moça norte-americana.moça norte-americana.* Exceção* Exceção:: surdo-mudo e surda-muda.surdo-mudo e surda-muda.
UniformesUniformes  - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino:- têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz  homem feliz e mulher feliz ..
Se o adjetivo é composto e uniforme, ca invariável no feminino:Se o adjetivo é composto e uniforme, ca invariável no feminino: conito político-social e desavença conito político-social e desavença político-spolítico-social.ocial.
Número dos AdjetivosNúmero dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simplesPlural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples se exionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a exão numérica dos substanOs adjetivos simples se exionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a exão numérica dos substan--
tivos simples:tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o aCaso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, cará invariável,djetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, cará invariável,  ou seja, se a palavra que ou seja, se a palavra que
estiver qualicando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavraestiver qualicando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinzacinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualicando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualicando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en--
tão, invariável. Logo:tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.camisas cinza, ternos cinza.  
Veja outros exemplos:Veja outros exemplos:
Motos vinhoMotos vinho (mas: (mas: motos verdesmotos verdes))
Paredes musgoParedes musgo (mas:(mas: paredes brancas paredes brancas).).
Comícios monstroComícios monstro (mas: (mas: comícios grandiososcomícios grandiosos).).
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Adjetivo CompostoAdjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenasmalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
o último elemento concorda com o substantivo a que seo último elemento concorda com o substantivo a que se
refere; os demais cam na forma masculina, singular. Casorefere; os demais cam na forma masculina, singular. Caso
um dos elementos que formam o adjetivo composto sejaum dos elementos que formam o adjetivo composto seja
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto caráum substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto cará
invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente,invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente,
um substantivo, porém, se estiver qualicando um elum substantivo, porém, se estiver qualicando um elemenemen--
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é umvra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro carásubstantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro cará
invariável. Veja:invariável. Veja:
Camisas rosa-claro.Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e Calças azul-escuras e camisas verde-marcamisas verde-mar..
TTelhados marrom-café e elhados marrom-café e paredes verde-claras.paredes verde-claras.
** ObservaçãoObservação::
--  Azul-marinho,  Azul-marinho, azul-celeste, azul-celeste, ultravioletaultravioleta  e qualquer  e qualquer
adjetivo composto iniciado por “adjetivo composto iniciado por “cor-de-cor-de-...” são sempre in-...” são sempre in-
variáveis:variáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidosroupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos
cor-de-rosa.cor-de-rosa.
- O adjetivo composto s- O adjetivo composto surdo-mudourdo-mudo tem os dois ele-tem os dois ele-
mentos exionados:mentos exionados: crianças surdas-mudas.crianças surdas-mudas.
Grau do AdjetivoGrau do Adjetivo
Os adjetivos se exionam em grau para indicar a iOs adjetivos se exionam em grau para indicar a intennten--
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
oo comparativocomparativo e oe o superlativosuperlativo..
ComparativoComparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característicasbuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser deatribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual-igual-
dade,dade, de de superioridadesuperioridade ou de ou de inferioridade.inferioridade.  
Sou tão alto como vocêSou tão alto como você. . = Compa= Comparativo de rativo de IgualdadeIgualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo daNo comparativo de igualdade, o segundo termo dacomparação é introduzido pelas palavrascomparação é introduzido pelas palavras como, quantocomo, quanto ou ou
quãoquão..
Sou mais alto (do) que vocêSou mais alto (do) que você. . = = Comparativo Comparativo de Supe-de Supe-
rioridade Analíticorioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre osNo comparativo de superioridade analítico, entre os
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
riorrior. A forma é analítica porque pedimos auxílio . A forma é analítica porque pedimos auxílio a “a “mais...domais...do
queque” ou “” ou “mais...quemais...que”.”.
O Sol é maior (do) O Sol é maior (do) que a Terra.que a Terra. = Comparativo de Supe- = Comparativo de Supe-
rioridade Sintéticorioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo deAlguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. Sãosuperioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São
eles:eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
 grande/maior grande/maior, baixo/inferior, baixo/inferior..
Observe que:Observe que:
a) As formasa) As formas menor e pior menor e pior  são comparativos de supe- são comparativos de supe-
rioridade, pois equivalem arioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais maumais pequeno e mais mau, res-, res-
pectivamente.pectivamente.
b)b) Bom, mau, grande e pequenoBom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas têm formas sintéticas
((melhor, pior, maior e menor)melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-, porém, em comparações fei-
tas entre duas qualidades de tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-seum mesmo elemento, deve-se
usar as formas analíticasusar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grandemais bom, mais mau,mais grandee mais pequenoe mais pequeno. Por exemplo:. Por exemplo:
Pedro é maior do que PauloPedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- - Comparação de dois ele-
mentos.mentos.
Pedro é mais grande que pequenoPedro é mais grande que pequeno  - comparação de  - comparação de
duas qualidades de um mesmo elemento.duas qualidades de um mesmo elemento.
Sou menos alto (do) que vocêSou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe-. = Comparativo de Infe-
rioridaderioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.Sou menos passivo (do) que tolerante.
SuperlativoSuperlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo evado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e
apresenta as seguintes modalidades:apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo AbsolutoSuperlativo Absoluto:: ocorrequando a qualidade de ocorre quando a qualidade de
um ser é intensicada, sem relação com outum ser é intensicada, sem relação com outros seres. Apreros seres. Apre--senta-se nas formas:senta-se nas formas:
1-) Analítica:1-) Analítica:  a intensicação é feita com o auxílio  a intensicação é feita com o auxílio
de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Porde palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo:exemplo: O concurseiro é muito esforçado.O concurseiro é muito esforçado.
 2-)  2-) SintéticaSintética: nesta, há o acréscimo de suxos. Por: nesta, há o acréscimo de suxos. Por
exemplo:exemplo: O concurseiro é O concurseiro é esforçadíssimo.esforçadíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:Observe alguns superlativos sintéticos:
benéco - benecentíssimobenéco - benecentíssimo
bom - boníssimo ou ótimobom - boníssimo ou ótimo
comum - comuníssimocomum - comuníssimo
cruel - crudelíssimocruel - crudelíssimo
difícil - dicílimodifícil - dicílimo
doce - dulcíssimodoce - dulcíssimo
fácil - facílimofácil - facílimo
el - delíssimoel - delíssimo
Superlativo RelativoSuperlativo Relativo:: ocorre quando a qualidade de ocorre quando a qualidade de
um ser é intensicada em relação a um conjunto de seres.um ser é intensicada em relação a um conjunto de seres.
Essa relação pode ser:Essa relação pode ser:
1-) De Superioridade1-) De Superioridade::  Essa matériaEssa matéria  é a mais fácil deé a mais fácil de
todas.todas.
 2-) De  2-) De InferioridadeInferioridade::  Essa matériaEssa matéria  é a menos fácil deé a menos fácil de
todas.todas.
* Note bem:* Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbiosdos advérbios muito, extremamente, muito, extremamente, excepcionalmente,excepcionalmente, an- an-
tepostos ao adjetivo.tepostos ao adjetivo.
    
1010
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po-duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po-
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituídapular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída
pelo radical do adjetivo latino + um dos suxospelo radical do adjetivo latino + um dos suxos -íssimo,-íssimo,
-imo ou érrimo-imo ou érrimo:: delíssimo, facílimo, paupérrimo.delíssimo, facílimo, paupérrimo. A formaA forma
popular é constituída do radical do adjetivo português + opopular é constituída do radical do adjetivo português + o
suxosuxo -íssimo-íssimo:: pobríssimo, agilís pobríssimo, agilíssimo.simo.
3-) Os adjetivos terminados em –3-) Os adjetivos terminados em –ioio fazem o superlativofazem o superlativo
com dois “ii”:com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo;frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- os termi-
nados em –nados em –eio,eio, com apenas um “i”:com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheiofeio - feíssimo, cheio
– cheíssimo– cheíssimo..
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://wwwhttp://www.soportugues..soportugues.com.br/secoecom.br/secoes/morf/morf32.s/morf/morf32.
phpphp
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
AdvérbioAdvérbio
Compare estes exemplos:Compare estes exemplos:
O ônibus chegou.O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontemO ônibus chegou ontem..
 Advérbio Advérbio é uma palavra invariável que modica o sen é uma palavra invariável que modica o sen--
tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,tido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo,
de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do própriode modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio
advérbio.advérbio.
Estudei bastante.Estudei bastante. = modicando o verbo = modicando o verbo estudeiestudei
Ele canta muito bem!Ele canta muito bem! = intensicando outro advérbio = intensicando outro advérbio
(bem)(bem)
Ela tem os olhos muito clarosEla tem os olhos muito claros. = relação com um adje-. = relação com um adje-
tivo (claros)tivo (claros)
Quando modica um verbo, o advérbio pQuando modica um verbo, o advérbio pode acrescenode acrescen--
tar ideia de:tar ideia de:
Tempo:Tempo: Ela chegou tardeEla chegou tarde..Lugar:Lugar: Ele mora aquiEle mora aqui..
ModoModo: Eles agiram mal: Eles agiram mal..
Negação:Negação: Ela não saiu de casa.Ela não saiu de casa.
Dúvida:Dúvida: Talvez ele volte.Talvez ele volte.
Flexão do AdvérbioFlexão do Advérbio
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre-Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre-
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios,sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios,
porém, admitem a variação em grau. Observe:porém, admitem a variação em grau. Observe:
Grau ComparativoGrau Comparativo
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modoForma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo
que o comparativo do adjetivo:que o comparativo do adjetivo:
- de igualdade:- de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): tão + advérbio + quanto (como): Re-Re-
nato fala tão alto quanto João.nato fala tão alto quanto João.
- de inferioridade:- de inferioridade: menos + advérbio + que (do que): menos + advérbio + que (do que):
Renato fala menos alto do que João.Renato fala menos alto do que João.
- de superioridade:- de superioridade:
1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que):1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): RenatoRenato
fala mais alto do que João.fala mais alto do que João.
2-) Sintético: melhor ou pior que (do que):2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato falaRenato fala
melhor que Joãomelhor que João..
Grau SuperlativoGrau Superlativo
O superlativo pode ser analítico ou sintético:O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico- Analítico: acompanhado de outro advérbio:: acompanhado de outro advérbio: RenatoRenato
fala muito altofala muito alto..
muito = muito = advérbio de advérbio de intensidade intensidade / / alto = alto = advérbio deadvérbio de
modomodo
- Sintético:- Sintético: formado com suxos: formado com suxos: Renato fala altíssimoRenato fala altíssimo..
** ObservaçãoObservação: as formas diminutivas (cedinho, perti-: as formas diminutivas (cedinho, perti-
nho, etc.) são comuns na língua nho, etc.) são comuns na língua popular.popular.
Maria mora pertinho daquiMaria mora pertinho daqui. (muito perto). (muito perto)
 A criança levantou c A criança levantou cedinhoedinho. (muito cedo). (muito cedo)
Classicação dos AdvérbiosClassicação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que exprime, o advér-De acordo com a circunstância que exprime, o advér-bio pode ser de:bio pode ser de:
LugarLugar:: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à es-
querda, ao lado, em volta.querda, ao lado, em volta.
TempoTempo::hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
m, anal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,m, anal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
imediatamente, primeiramente, imediatamente, primeiramente, provisoprovisoriamente, sucessiva-riamente, sucessiva-
mente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, demente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de
vez em quando, de quando em vez em quando, de quando em quando, a qualquer momen-quando, a qualquer momen-
to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.to, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
ModoModo:: bem, mal, bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,assim, adrede, melhor, pior, depressa,
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, àacinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, dessetoa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam ema pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em
“-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa-“-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa-
cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen-cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen-
te, bondosamente, generosamente.te, bondosamente, generosamente.
ArmaçãoArmação:: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmentevamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente..
NegaçãoNegação:: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, denão, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
DúvidaDúvida:: acaso, porventura, possivelmente, provavel-acaso, porventura, possivelmente, provavel-
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabemente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe..
Intensidade:Intensidade:   muito, demais, pouco, tão, em excesso,muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-
saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo,todo,
de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-
demente, bemdemente, bem  (quando aplicado a propriedades graduá-  (quando aplicado a propriedades graduá-
veis).veis).
    
1111
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
ExclusãoExclusão:: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen-apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen-
te, simplesmente, só, unicamente.te, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:Por exemplo: Brando, oBrando, o
vento apenas move a copa das árvores.vento apenas move a copa das árvores.
Inclusão:Inclusão:  ainda, até, mesmo, inclusivamente, tambémainda, até, mesmo, inclusivamente, também..
Por exemplo:Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante aO indivíduo também amadurece durante a
adolescência.adolescência.
Ordem:Ordem:   depois, primeiramente, ultimamente.depois, primeiramente, ultimamente. PorPor
exemplo:exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meusmeusamigos por comparecerem à festa.amigos por comparecerem à festa.
* Saiba que:* Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo:ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: FicareiFicarei
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menoso mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
tarde possíveltarde possível..
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mentemente,,
em geral suxamos apenas o último: Por exemplo:em geral suxamos apenas o último: Por exemplo: O alunoO aluno
respondeu calma e respeitosamenterespondeu calma e respeitosamente..
Distinção entre Advérbio e Pronome Distinção entre Advérbio e Pronome IndenidoIndenido
Há palavras comoHá palavras como muito, bastantemuito, bastante, que podem apare-, que podem apare-
cer como advérbio e como pronome indenido.cer como advérbio e como pronome indenido.
AdvérbioAdvérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
advérbio eadvérbio e não sofre exõesnão sofre exões. Por exemplo:. Por exemplo: Eu corri muitoEu corri muito..Pronome IndenidoPronome Indenido: relaciona-se a um substantivo e: relaciona-se a um substantivo e
sofre exõessofre exões. Por exemplo:. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.Eu corri muitos quilômetros.
** Dica:Dica: Como saber se a palavraComo saber se a palavra bastantebastante é advérbioé advérbio
(não varia, não se exiona) ou pronome indenido (varia,(não varia, não se exiona) ou pronome indenido (varia,
sofre exão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante”sofre exão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante”
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der parapor “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para
substituir por “muitos” substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja:(ou muitas), é um pronome. Veja:
1-)1-) Estudei bastante para o concursoEstudei bastante para o concurso. . ((estudei muitoestudei muito,,
pois “muitos” não dá!). = advérbiopois “muitos” não dá!). = advérbio
2-)2-) Estudei bastantes capítulos para Estudei bastantes capítulos para o concursoo concurso. (estudei. (estudei
muitosmuitos capítulos) = pronome indenido capítulos) = pronome indenido
Advérbios InterrogativosAdvérbios Interrogativos
São as palavras:São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?onde? aonde? donde? quando? como?
 por quê?  por quê?  nas interrogações diretas ou indiretas, referentes nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
às circunstâncias de às circunstâncias de lugarlugar, tempo, modo , tempo, modo e causa. Veja:e causa. Veja:
Interrogação Interrogação Direta Direta Interrogação Interrogação IndiretaIndireta
Como Como aprendeu? aprendeu? Perguntei Perguntei como como aprendeu.aprendeu.
Onde Onde mora? mora? Indaguei Indaguei onde onde morava.morava.
Por Por que que choras? choras? Não Não sei sei por por que que choras.choras.
 Aonde vai?  Aonde vai? Perguntei aoPerguntei aonde ia.nde ia.
Donde Donde vens? vens? Pergunto Pergunto donde donde vens.vens.
Quando Quando voltas? voltas? Pergunto Pergunto quando quando voltas.voltas.
Locução AdverbialLocução Adverbial
Quando há duas ou mais palavras que exercem funçãoQuando há duas ou mais palavras que exercem função
de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
mente por uma mente por uma preposição. Veja:preposição. Veja:
lugarlugar:: à esquerda, à direita, de longe, de perto, paraà esquerda, à direita, de longe, de perto, para
dentro, por aquidentro, por aqui, etc., etc.armação:armação:   por certo, sem dúvida por certo, sem dúvida, etc., etc.
modomodo:: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, emàs pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
 geral, frente a frente geral, frente a frente, etc., etc.
tempotempo:: de noite, de dia, de vez em de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hojequando, à tarde, hoje
em dia, nunca maisem dia, nunca mais, etc., etc.
* Observações* Observações::
- tanto a locução adverbial como oadvérbio modi- tanto a locução adverbial como o advérbio modi--
cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
Chegou muito cedo.Chegou muito cedo. (advérbio) (advérbio)
 Joana é muito bela Joana é muito bela. (adjetivo). (adjetivo)
De repente correram para a ruaDe repente correram para a rua. (verbo). (verbo)
- Usam-se, de preferência, as formas- Usam-se, de preferência, as formas mais bemmais bem e e maismais
malmal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Essa matéria é mais bem interessante que Essa matéria é mais bem interessante que aquela.aquela.
Nosso aluno foi o mais Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!bem colocado no concurso!- O numeral “primeiro”, ao modicar o verbo, é advér- O numeral “primeiro”, ao modicar o verbo, é advér--
bio:bio: Cheguei primeiro.Cheguei primeiro.
- Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução- Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
adverbial desempenham na oração a função de adjuntoadverbial desempenham na oração a função de adjunto
adverbial, classicando-se de acordo com as circunstânadverbial, classicando-se de acordo com as circunstân--
cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
Exemplo:Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala.Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-= adjunto ad-
verbial de intensidade (ligado verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)ao adjetivo “cansada”)
Trovejou muito ontem. =Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, dade e de tempo, respectivamente.respectivamente.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
phpphp
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere- ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
ArtigoArtigo
O artigo integra as dez classes gramaticais, denindo-O artigo integra as dez classes gramaticais, denindo-
se como o termo variável que serve para individualizar ouse como o termo variável que serve para individualizar ou
generalizar o substantivo, indicando, também, o gênerogeneralizar o substantivo, indicando, também, o gênero
(masculino/feminino) e o número (singular/plural).(masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem emOs artigos se subdividem em denidos denidos (“o” e as va-(“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) eriações “a”[as] e [os]) e  indenidos indenidos (“um” e as variações(“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).“uma”[s] e “uns”).
    
1212
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Artigos denidosArtigos denidos – São aqueles usados para indicar – São aqueles usados para indicar
seres determinados, expressos de forma individual:seres determinados, expressos de forma individual:
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudamO concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam
muitomuito..
Artigos indenidosArtigos indenidos – São aqueles usados para indicar– São aqueles usados para indicar
seres de modo vago, impreciso:seres de modo vago, impreciso:
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foramUma candidata foi aprovada! Umas candidatas foramaprovadas!aprovadas!
Circunstâncias em que os artigos se manifestam:Circunstâncias em que os artigos se manifestam:
* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
numeral “ambos”:numeral “ambos”:
 Ambos os conc Ambos os concursos cobrarursos cobrarão tal conteúdo.ão tal conteúdo.
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso
do artigo, outros não:do artigo, outros não:
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
* Quando indicado no singular, o artigo denido pode* Quando indicado no singular, o artigo denido pode
indicar toda uma espécie:indicar toda uma espécie:
O trabalho dignica o homem.O trabalho dignica o homem.
* No caso de nomes próprios personativos, denotando* No caso de nomes próprios personativos, denotandoa ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o usoa ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
do artigo:do artigo:
Marcela é a mais extrovertida das Marcela é a mais extrovertida das irmãs.irmãs.
O Pedro é o xodó da família.O Pedro é o xodó da família.
* No caso de os nomes próprios personativos estarem* No caso de os nomes próprios personativos estarem
no plural, são determinados pelo uso do artigo:no plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas...Os Maias, os Incas, Os Astecas...
* Usa-se o artigo depois do pronome indenido to* Usa-se o artigo depois do pronome indenido to--
do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso deledo(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele
(o artigo), o (o artigo), o pronome assume a noção de pronome assume a noção de qualquerqualquer..
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
dos. (qualquer classe)dos. (qualquer classe)
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
facultativo:facultativo:
Preparei o meu curso. Preparei meu curso.Preparei o meu curso. Preparei meu curso.
* A utilização do artigo indenido pode indicar uma* A utilização do artigo indenido pode indicar uma
ideia de aproximação numérica:ideia de aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
* O artigo também é usado para substantivar palavras* O artigo também é usado para substantivar palavras
pertencentes a outras classes gramaticais:pertencentes a outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de Não sei o porquê de tudo isso.tudo isso.
* Há casos em que o artigo denido não pode ser* Há casos em que o artigo denido não pode ser
usado:usado:
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas:- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas:
O professor visitará Roma.O professor visitará Roma.
MasMas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
sença do artigo será obrigatória:sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a belaO professor visitará a bela
Roma.Roma.
- antes de pronomes de tratamento:- antes de pronomes de tratamento:
Vossa Senhoria sairá agora? Vossa Senhoria sairá agora? 
Exceção:Exceção:  O senhor vai à festa? O senhor vai à festa? 
-- após o papós o pronome relativo “cujoronome relativo “cujo” e suas ” e suas variações:variações:
Esse é o Esse é o concurso cujas provas foram anuladas? concurso cujas provas foram anuladas? 
Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htmhttp://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português:novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília  / Emília Amaral... [et al.]. – São Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.Paulo: FTD, 2000.SACCO-SACCO-
NINI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa SacconiNossa gramática completa Sacconi. 30ª ed.. 30ª ed.
RevRev. São . São Paulo: Nova Geração, Paulo: Nova Geração, 2010.2010.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
ConjunçãoConjunção
Além da preposição, há outra palavra também invariá-Além da preposição, há outra palavra também invariá-
vel que, na frase, é usada como elemento de vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con-ligação: a con-
 junção. Ela ser junção. Ela serve para ligar ve para ligar duas orações ou duas orações ou duas palavrasduas palavras
de mesma função em uma oração:de mesma função em uma oração:
O concurso será realizado nas cidades de CampinasO concurso será realizado nas cidades de Campinas ee  
São Paulo.São Paulo.
 A prova não s A prova não será fácil,erá fácil, por isso por isso estou estudando muito. estou estudando muito.
  
Morfossintaxe da ConjunçãoMorfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
cem propriamente uma função sintática: sãocem propriamente uma função sintática: são conectivos.conectivos.
Classicação da ConjunçãoClassicação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, asDe acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
conjunções podem ser classicadas emconjunções podem ser classicadas em coordenativascoordenativas ee  
subordinativassubordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados. No primeiro caso, os elementos ligados
pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade delamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
sentido que cada um dos sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundoelementos possui. Já no segundo
caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-
pende da existência do pende da existência do outro. Veja:outro. Veja:
Estudei muito,Estudei muito, masmas ainda não compreendi o conteúdo. ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:Podemos separá-las por ponto:
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.
Já em:Já em:
    
1313
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
EsperoEspero queque eu  eu seja aprovada no concurso!seja aprovada no concurso!
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois aNão conseguimos separar uma oração da outra, pois a
segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-segunda “completa” o sentido da primeira (da oração prin-
cipal):cipal):
Espero o quê?Espero o quê? Ser aprovada. Ser aprovada. Nesse período temos uma Nesse período temos uma
oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerceoração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce
a função de objeto direto do verbo da oração principal).a função de objeto direto do verbo da oração principal).
Conjunções CoordenativasConjunções Coordenativas
São aquelas que ligam orações de sentido completoSão aquelas que ligam orações de sentido completo
e independente ou termos da oração que têm a mesmae independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em:função gramatical. Subdividem-se em:
1) Aditivas1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando: ligam orações ou palavras, expressando
ideia de acréscimo ou adição. São elas:ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não),e, nem (= e não),
não só... mas também, não só... como também, bem como,não só... mas também, não só... como também, bem como,
não só... mas ainda.não só... mas ainda.
 A sua pesquisa é clar A sua pesquisa é claraa ee objetiva. objetiva.
Não só dança,Não só dança, mas tambémmas também canta. canta.
2) Adversativas2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex-: ligam duas orações ou palavras, ex-
pressando ideia de contraste ou compensação. São elaspressando ideia de contraste ou compensação. São elas::
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, nãomas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não
obstante.obstante.
Tentei chegar mais cedo,Tentei chegar mais cedo, porém porém não consegui. não consegui.
3) Alternativas3) Alternativas: ligam orações ou : ligam orações ou palavras, expressan-palavras, expressan-
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que sedo ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se
realizam separadamente. São elas:realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já...ou, ou... ou, ora... ora, já...
 já, quer já, quer... quer... quer, seja... seja, talvez., seja... seja, talvez... talvez... talvez.
Ou escolho agora, ou co sem Ou escolho agora, ou co sem presente de aniversário.presente de aniversário.
4) Conclusivas4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração: ligam a oração anterior a uma oração
que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elque expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas:as:
logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, porlogo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por
isso, assim.isso, assim.
Marta estava bem preparada para o teste,Marta estava bem preparada para o teste, portanto portanto não não
cou nervosa.cou nervosa.
Você nos ajudou muito; terá,Você nos ajudou muito; terá, pois pois , nossa gratidão. , nossa gratidão.
5) Explicativas5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração: ligam a oração anterior a uma oraçãoque a explica, que justica a ideia nela contida. São elas:que a explica, que justica a ideia nela contida. São elas:
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Não demore, que o Não demore, que o lme já vai começar.lme já vai começar.
Falei muito,Falei muito, pois pois não gosto do silêncio! não gosto do silêncio!
Conjunções SubordinativasConjunções Subordinativas
São aquelas que ligam dSão aquelas que ligam duas orações, sendo uma delasuas orações, sendo uma delas
dependente da outra. A oração dependente, introduzidadependente da outra. A oração dependente, introduzida
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome depelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-ora-
ção subordinada.ção subordinada. Veja o exemplo:Veja o exemplo: O baile já tinha começadoO baile já tinha começado
quando ela chegouquando ela chegou..
O baile já tinha começado: oração principalO baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)
ela chegou: oração subordinadaela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se emAs conjunções subordinativas subdividem-se em inte-inte-
 grantes grantes e e adverbiaisadverbiais::
1. Integrantes -1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada porIndicam que a oração subordinada por
elas introduzida completa ou integra o sentido da principal.elas introduzida completa ou integra o sentido da principal.
Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja,seja,
as orações subordinadas substantivas. São elas:as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se.que, se.
Quero que você volte. (Quero sua Quero que você volte. (Quero sua volta)volta)
2. Adverbiais-2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinadaIndicam que a oração subordinada
exerce a função de adjunto adverbial da principal. exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acor-De acor-
do com a cdo com a circunstância que expressam, classicam-se em:ircunstância que expressam, classicam-se em:
a) Causaisa) Causais: introduzem uma oração que é causa da: introduzem uma oração que é causa da
ocorrência da oração principal. São elas:ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como porque, que, como
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez
que, porquanto, já que, desde que,que, porquanto, já que, desde que, etc. etc.
Ele não fez a pesquisa porque não Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.dispunha de meios.
b) Concessivasb) Concessivas: introduzem uma oração que expressa: introduzem uma oração que expressa
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir suaideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização. São elas:realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, seembora, ainda que, apesar de que, se
bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto,  
etc.etc.
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
c) Condicionais:c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. Sãohipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
elas:elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desdese, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que,que, a menos que, sem que, etc. etc.
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
** Dica** Dica: você deve ter percebido que a conjunção con-: você deve ter percebido que a conjunção con-
dicional “se” também é conjunção integrante. A diferença édicional “se” também é conjunção integrante. A diferença é
clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima,
ela nos dá a ideia da condição para que recebamos umela nos dá a ideia da condição para que recebamos um
telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
Não seiNão sei se farei o concursose farei o concurso......
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: oNão há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o
verbo da oração principal (sei) pede complemento (objetoverbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto
direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”). Portanto,
a oração em destaque exerce a função de objeto direto daa oração em destaque exerce a função de objeto direto da
oração principal, sendo classicada como oração subordioração principal, sendo classicada como oração subordi--
nada substantiva objetiva direta.nada substantiva objetiva direta.d) Conformativasd) Conformativas: introduzem uma oração que expri-: introduzem uma oração que expri-
me a conformidade de um fato com outro. São elas:me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-confor-
me, como (= conforme), segundo, consoanteme, como (= conforme), segundo, consoante, etc., etc.
O passeio ocorreu como havíamos planejado.O passeio ocorreu como havíamos planejado.
e) Finaise) Finais: introduzem uma oração que expressa a na: introduzem uma oração que expressa a na--
lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
São elas:São elas: para que, a  para que, a m de que, m de que, que, porque (= que, porque (= para que),para que),
queque, etc., etc.
TToque o sinal oque o sinal para que todos para que todos entrem no salão.entrem no salão.
f) Proporcionaisf) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-: introduzem uma oração que expres-
sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência dosa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
expresso na principal. São elas:expresso na principal. São elas: à medida que, à proporçãoà medida que, à proporção
que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quantoquanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
menos... (menos),menos... (menos), etc.etc.
    
1414
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
O preço ca mais caro à O preço ca mais caro à medida que os produtos escasmedida que os produtos escas--
seiam.seiam.
* Obs* Observaçãoervação: são incorretas as locuções proporcio-: são incorretas as locuções proporcio-
naisnais à medida em que, na medida que e na medida em que.à medida em que, na medida que e na medida em que.
g) Temporaisg) Temporais: introduzem uma oração que : introduzem uma oração que acrescentaacrescenta
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oraçãouma circunstância de tempo ao fato expresso na oraçãoprincipal. São elas:principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que,quando, enquanto, antes que, depois que,
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assimlogo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim
que, agora que, mal (= assim que),que, agora que, mal (= assim que), etc. etc.
 A briga começou assi A briga começou assim que saímos da festa.m que saímos da festa.
h) Comparativash) Comparativas: introduzem uma oração que expres-: introduzem uma oração que expres-
sa ideia de comparação com referência à oração principal.sa ideia de comparação com referência à oração principal.
São elas:São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como,como, assim como, tal como, como se, (tão)... como,
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
que nem, que (combinado com menos ou mais),que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
i) Consecutivasi) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa: introduzem uma oração que expressa
a consequência da principal. São elas:a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modode sorte que, de modo
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, queque, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra(tendo como antecedente na oração principal uma palavracomo tal, tão, cada, tanto, tamanho),como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. etc.
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora doEstudou tanto durante a noite que dormiu na hora do
exame.exame.
Atenção:Atenção: Muitas conjunções não têm classicação úniMuitas conjunções não têm classicação úni--
ca, imutável, devendo, portanto, serca, imutável, devendo, portanto, ser classicadas de acor-classicadas de acor-
do com o sentido que apresentam no contextodo com o sentido que apresentam no contexto  (grifo  (grifo
da Zê!).da Zê!).
O bom relacionamento entre as conjunções de umO bom relacionamento entre as conjunções de um
texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa-texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa-
rágrafos, bem como a compreensão ecaz de seu conteúrágrafos, bem como a compreensão ecaz de seu conteú--
do. Interagindo com palavras de outras cldo. Interagindo com palavras de outras classes gramaticaisasses gramaticais
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases eessenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbiostextos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que see numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que sepode chamar depode chamar de “a arquitetura textual”“a arquitetura textual”, isto9. 9. Sintaxe Sintaxe da da oração oração e e do do período .........período .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................63..............63
10. 10. Pontuação. Pontuação. ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................50............50
11. 11. Concordância Concordância nominal nominal e e verbal. .....................verbal. ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................52..............52
12. 12. Colocação Colocação pronominal. pronominal. ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0707
13. 13. Regência Regência nominal nominal e e verbal. .....verbal. .........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................58........58
14. 14. Equivalência Equivalência e e transformação transformação de de estruturas. estruturas. ......................................................................................................................................................................................................................................................................88............88
15. Paralelismo sintático.15. Paralelismo sintático....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................04...........04
16. 16. Relações Relações de de sinonímia sinonímia e e antonímia. ....antonímia. .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................76.........76
Raciocínio LógicoRaciocínio Lógico
1. 1. Lógica Lógica proporcional. proporcional. .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01.............01
2. 2. Argumentação Argumentação lógica. lógica. ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................09...........093. 3. Raciocínio Raciocínio sequencial. sequencial. ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01...........01
4. 4. Raciocínio Raciocínio lógico lógico quantitativo. .............................quantitativo. ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................01...........01
5. 5. Raciocínio Raciocínio lógico lógico analítico. ...................analítico. ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01.............01
6. 6. Diagramas Diagramas lógicos. lógicos. ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................13................13
7. 7. Análise Análise combinatória. combinatória. ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................30.............30
8. 8. Probabilidade Probabilidade ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................30..........30
Geografa da ParaíbaGeografa da Paraíba
1. 1. Formação Formação do do território território paraibano. paraibano. ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 0101
2. Geograa física: 2. Geograa física: relevo, clima, vegetação, hidrograa.relevo, clima, vegetação, hidrograa. ....................................................................................................................................................................................................................................04..........04
3. Geograa humana: aspectos econômicos, sociais e 3. Geograa humana: aspectos econômicos, sociais e culturais.culturais. ......................................................................................................................................................................................................06..............06
História da ParaíbaHistória da Paraíba
O sistema de Capitanias Hereditárias e a anexação do território da Paraíba à capitania de O sistema de Capitanias Hereditárias e a anexação do território da Paraíba à capitania de Pernambuco; .....Pernambuco; ...........................................é, o con-, isto é, o con-
 junto d junto das relações as relações que que garantem a garantem a coesão coesão do do enunciado.enunciado.
O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-O sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
cimento do valor relacional das conjunções, uma vez quecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que
estas interferem semanticamente no enunciado.estas interferem semanticamente no enunciado.
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
 junções tanto na leitura  junções tanto na leitura como na produção dcomo na produção de textos. Nose textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-à expres-
são de circunstâncias fundamentais à condução da história,são de circunstâncias fundamentais à condução da história,
como as noções de tempo, nalidade, causa e consequêncomo as noções de tempo, nalidade, causa e consequên--
cia. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a li-cia. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a li-
nha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso dasnha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das
exposições e argumentações construídas por meio de cexposições e argumentações construídas por meio de con-on-
trastes e oposições, que implicam o uso das adversativas etrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e
concessivas.concessivas.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
InterjeiçãoInterjeição
InterjeiçãoInterjeição  é a palavra invariável que exprime emo-  é a palavra invariável que exprime emo-
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada deguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas simmaneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
rente de uma situação particulrente de uma situação particularar, um momento ou um , um momento ou um con-con-
texto especíco. Exemplos:texto especíco. Exemplos:
 Ah, como eu queria vol Ah, como eu queria voltar a ser criança!tar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeiçãoah: expressão de um estado emotivo = interjeição
Hum! Esse pudim estava Hum! Esse pudim estava maravilhoso!maravilhoso!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
çãoção
O signicado das interjeições está vinculado O signicado das interjeições está vinculado à maneiraà maneira
como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
do que a expressão vai adquirir em cada contexto em quedo que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:for utilizada. Exemplos:
Psiu!Psiu!
contexto: alguém pronunciando esta expressão na ruacontexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
; signicado da interjeição (sugestão):; signicado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!“Estou te chamando!
Ei, espere!” Ei, espere!” 
Psiu!Psiu!
contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
nicado da interjeição (sugestão):nicado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!” “Por favor, faça silêncio!” 
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforiapuxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
puxa: interjeição; tom da fala: decepçãopuxa: interjeição; tom da fala: decepção
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,alegria,
tristeza, dor, etc.tristeza, dor, etc.
 Ah, deve ser muito interes Ah, deve ser muito interessante!sante!
b) Sintetizar uma frase apelativa.b) Sintetizar uma frase apelativa.
Cuidado! Saia da minha frente.Cuidado! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por:As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos:a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, ÔOh!, Ah!, Ó, Ô
b) palavrasb) palavras: Oba! Olá! Claro: Oba! Olá! Claro!!
c) grupos de palavras (locuções interjetivas):c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!Meu Deus!
Ora bolas!Ora bolas!
    
1515
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Classicação das InterjeiçõesClassicação das Interjeições
Comumente, as interjeições expressam sentido de:Comumente, as interjeições expressam sentido de:
AdvertênciaAdvertência:: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten- Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Aten-
ção! Olha! Alerta!ção! Olha! Alerta!
AfugentamentoAfugentamento:: Fora! Passa! Rua!Fora! Passa! Rua!
Alegria ou SatisfaçãoAlegria ou Satisfação:: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
AlívioAlívio:: Arre! Uf! Ufa! Ah! Arre! Uf! Ufa! Ah!
Animação ou EstímuloAnimação ou Estímulo:: Vamos! Força! Coragem! Âni-Vamos! Força! Coragem! Âni-
mo! Adiante!mo! Adiante!
Aplauso ou AprovaçãoAplauso ou Aprovação:: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
ConcordânciaConcordância:: Claro! Sim! Pois não! Tá!Claro! Sim! Pois não! Tá!
Repulsa ou DesaprovaçãoRepulsa ou Desaprovação:: Credo! Ih! Francamente!Credo! Ih! Francamente!
Essa não! Chega! Basta!Essa não! Chega! Basta!
Desejo ou IntençãoDesejo ou Intenção:: Pudera! Tomara! Oxalá! QueiraPudera! Tomara! Oxalá! Queira
Deus!Deus!
DesculpaDesculpa:: Perdão!Perdão!
Dor ou TristezaDor ou Tristeza:: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
Dúvida ou Dúvida ou IncredulidadeIncredulidade:: Que nada! Qual o quê!Que nada! Qual o quê!
Espanto ou AdmiraçãoEspanto ou Admiração:: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê!Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê!
Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
Impaciência ou ContrariedadeImpaciência ou Contrariedade:: Hum! Raios! Puxa! Pô!Hum! Raios! Puxa! Pô!
Ora!Ora!
Pedido de AuxílioPedido de Auxílio:: Socorro! Aqui! Piedade!Socorro! Aqui! Piedade!
Saudação, Chamamento ou InvocaçãoSaudação, Chamamento ou Invocação:: Salve! Viva!Salve! Viva!
 Adeus! Olá! Alô! Ei! T Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorrchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deuso! Valha-me, Deus!!
SilêncioSilêncio:: Psiu! Silêncio!Psiu! Silêncio!
Terror ou MedoTerror ou Medo:: Credo! Cruzes! Minha nossa!Credo! Cruzes! Minha nossa!
* Saiba que* Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,: As interjeições são palavras invariáveis,
isto é, não sofrem variação em gênero, número e grauisto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
cíco, algumas interjeições sofrem variação em grau. Nãocíco, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
se tratade um processo natural desta classe de palavra,se trata de um processo natural desta classe de palavra,
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos:Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinhooizinho, bravíssimo, até loguinho..
Locução InterjetivaLocução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam umaOcorre quando duas ou mais palavras formam uma
expressão com sentido de interjeição:expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, VirgemOra bolas!, Virgem
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!TToda frase mais ou oda frase mais ou menos breve dita em menos breve dita em tom exclama-tom exclama-
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análisetivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise
dos termos que a compõem:dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha-Macacos me mordam!, Valha-
me Deus!, Quem me dera!me Deus!, Quem me dera!
* Observações:* Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
Por exemplo:Por exemplo:
Ué!Ué!   (= Eu (= Eu não esperavnão esperava por essaa por essa!)!)
PerdãoPerdão! ! (= Peço-lhe (= Peço-lhe que me desculpe.)que me desculpe.)
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classeso seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem-gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exem-
plo:plo:
Viva! Basta!Viva! Basta! (Verbos) (Verbos)
Fora! Francamente!Fora! Francamente! (Advérbios) (Advérbios)
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
frase” porque sozinha pode constituir frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Poruma mensagem. Por
exemplo:exemplo:
Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo:tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!Miau!
Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!,quá!, etc. etc.
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativoexclamativo
e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!”  (Olavo Bilac) (Olavo Bilac)
Oh! a jornada negra!”Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)(Olavo Bilac)
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português – Literatura, Produção de Português – Literatura, Produção de TTextos & Gramáticaextos & Gramática
– volume único– volume único / Samira  / Samira YYousseff Campedelli, Jésus Barbosaousseff Campedelli, Jésus Barbosa
Souza. – 3. Ed. – Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.São Paulo: Saraiva, 2002.NumeralNumeral
NumeralNumeral  é a palavra variável que indica quantidade  é a palavra variável que indica quantidade
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes-numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes-
soas ou coisas ou o lugar soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determi-que elas ocupam numa determi-
nada sequência.nada sequência.
* Note bem: os numerais traduzem, em * Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o quepalavras, o que
os números indicam em relação aos seres. Assim, quandoos números indicam em relação aos seres. Assim, quando
aa expressão é colocada em números (1, 1.º, expressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se1/3, etc.) não se
trata de numerais, mas sim de algarismostrata de numerais, mas sim de algarismos..
Além dos numerais mais conhecidos, já Além dos numerais mais conhecidos, já que reetem aque reetem a
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala-
vras consideradas numerais porque denotam quantidade,vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos:proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,década,
dúzia, par, ambos(as), novena.dúzia, par, ambos(as), novena.
Classicação dos NumeraisClassicação dos Numerais
- Cardinais:- Cardinais: indicam quantidade exata ou determina- indicam quantidade exata ou determina-
da de seres:da de seres: um, dois, cem milum, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm, etc. Alguns cardinais têm
sentido coletivo, como por exemplo:sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé-século, par, dúzia, dé-
cada, bimestre.cada, bimestre.
- Ordinais:- Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém  indicam a ordem, a posição que alguém ouou
alguma coisa ocupa numa determinada sequência:alguma coisa ocupa numa determinada sequência: primei- primei-
ro, segundo, centésimo,ro, segundo, centésimo, etc. etc.
* Observação importante:* Observação importante:
As palavrasAs palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,anterior, posterior, último, antepenúltimo,
nal e penúltimonal e penúltimo também indicam posição dos seres, mastambém indicam posição dos seres, mas
são classicadas como adjetivos, não ordinais.são classicadas como adjetivos, não ordinais.
- Fracionários- Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou: indicam parte de uma quantidade, ou
seja, uma divisão dos seres:seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos,meio, terço, dois quintos, etc. etc.
    
1616
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
- Multiplicativos:- Multiplicativos:  expressam ideia de multiplicação  expressam ideia de multiplicação
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au-dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au-
mentada:mentada: dobro, triplo, quíntuplo,dobro, triplo, quíntuplo, etc. etc.
Flexão dos numeraisFlexão dos numerais
Os numerais cardinais que variam em gênero sãoOs numerais cardinais que variam em gênero são um/ um/ 
uma, dois/duasuma, dois/duas e os que indicam  e os que indicam centenas decentenas de duzentos/du-duzentos/du-
 zentas zentas em diante: em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
centascentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número:em número: milhões, bilhões, trilhõesmilhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais. Os demais cardinais
são invariáveis.são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e Os numerais ordinais variam em gênero e número:número:
 primeiro  primeiro segundo segundo milésimomilésimo
 primeira  primeira segunda segunda milésimamilésima
 primeiros  primeiros segundos segundos milésimosmilésimos
 primeiras  primeiras segundas segundas milésimasmilésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quandoOs numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas:atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforçoFizeram o dobro do esforço
e conseguiram o triplo de produção.e conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numeraisQuando atuam em funções adjetivas, esses numeraisexionam-se em gênero e número:exionam-seem gênero e número: Teve de tomar doses tri-Teve de tomar doses tri-
 plas do medicamento. plas do medicamento.
Os numerais fracionários exionam-se em gênero eOs numerais fracionários exionam-se em gênero e
número. Observe:número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ um terço/dois terços, uma terça parte/ 
duas terças partes.duas terças partes.
Os numerais coletivos exionam-se em número:Os numerais coletivos exionam-se em número: umauma
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grauÉ comum na linguagem coloquial a indicação de grau
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização denos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como:sentido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...” “Me empresta duzentinho...” 
É artigo de primeiríssima qualidade!É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona.O time está arriscado por ter caído na segundona.   (=(=
segunda divisão de futebol)segunda divisão de futebol)
Emprego e Leitura dos NumeraisEmprego e Leitura dos Numerais
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga-- Os numerais são escritos em conjunto de três alga-
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma derismos, contados da direita para a esquerda, em forma de
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto umacentenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma
separação através de ponto ou espaço correspondente aseparação através de ponto ou espaço correspondente a
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.
- Em sentido gurado, usa-se o numeral para indicar- Em sentido gurado, usa-se o numeral para indicar
exagero intencional, constituindo a gura de linguagemexagero intencional, constituindo a gura de linguagem
conhecida como hipérbole:conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes Já li esse texto mil vezes..
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e Nasci em mil novecentos e noventa e dois.dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
 * * MasMas, se a centena começa por “zero” ou termina por, se a centena começa por “zero” ou termina por
dois zeros, usa-se o dois zeros, usa-se o “e”:“e”:
Seu salário será de mil e quSeu salário será de mil e quinhentos reais.inhentos reais. (R$1.500,00)(R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais.Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00) (R$1.040,00)
- Para designar papas, reis, imperadores, séculos e - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-par-
tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais atétes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
décimo e, a partir daí, os cardinais,décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeraldesde que o numeral
venha depois do substantivo;venha depois do substantivo;
Ordinais CardinaisOrdinais Cardinais
 João Paulo II (segundo João Paulo II (segundo) ) TTomo XV (quinze)omo XV (quinze)
D. D. Pedro Pedro II II (segundo) (segundo) Luís Luís XVI XVI (dezesseis)(dezesseis)
 Ato II (segundo)  Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)Capítulo XX (vinte)
Século Século VIII VIII (oitavo) (oitavo) Século Século XX XX (vinte)(vinte)
Canto Canto IX IX (nono) (nono) João João XXIII XXIII ( ( vinte vinte e e três)três)
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
como ordinal:como ordinal: XXX Feira do Bordado. XXX Feira do Bordado. (trigésima)(trigésima)
** Dica: Ord** Dica: Ordinal lembrainal lembra ordordem. Memorize assim, porem. Memorize assim, por
associação. Ficará mais fácil!associação. Ficará mais fácil!
- Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o- Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
 Artigo 1.° (primeiro)  Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)Artigo 10 (dez)
 Artigo 9.° (nono)  Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)Artigo 21 (vinte e um)
- Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se- Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
refere a dois seres. Signicam “um e outro”, “os dois” (ourefere a dois seres. Signicam “um e outro”, “os dois” (ou
“uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados“uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Sua utilização exige a presença do artigo posposto:Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos Ambos
os concursos realizarão suas provas no mesmo dia.os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-O arti-
go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:  
 Ambos esses min Ambos esses ministros falarão à impristros falarão à imprensa.ensa.
Função sintática do NumeralFunção sintática do Numeral
O numeral tem mais de uma função sintática:O numeral tem mais de uma função sintática:
- se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o- se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se zernumeral assumirá a função de adjunto adnominal; se zer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objetopapel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
direto ou indireto.direto ou indireto.
Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
Objeto direto = cinco casasObjeto direto = cinco casas
Núcleo do objeto direto = casasNúcleo do objeto direto = casas
Adjunto adnominal = cincoAdjunto adnominal = cinco
Objeto indireto = de duasObjeto indireto = de duas
Núcleo do objeto indireto = duasNúcleo do objeto indireto = duas
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Quadro de alguns numeraisQuadro de alguns numerais
Cardinais Cardinais Ordinais Ordinais Multiplicativos Multiplicativos FracionáriosFracionários
um um primeiro primeiro - - --
dois dois segundo segundo dobro, dobro, duplo duplo meiomeio
três três terceiro terceiro triplo, triplo, tríplice tríplice terçoterço
quatro quatro quarto quarto quádruplo quádruplo quartoquarto
cinco cinco quinto quinto quíntuplo quíntuplo quintoquinto
seis seis sexto sexto sêxtuplo sêxtuplo sextosexto
sete sete sétimo sétimo sétuplo sétuplo sétimosétimo
oito oito oitavo óctuplo oitavo óctuplo oitavooitavo
nove nove nono nono nônuplo nônuplo nononono
dez dez décimo décimo décuplo décuplo décimodécimo
onze onze décimo décimo primeiro primeiro - - onze onze avosavos
doze doze décimo décimo segundo segundo - - doze doze avosavos
treze treze décimo décimo terceiro terceiro - - treze treze avosavos
catorze catorze décimo décimo quarto quarto - - catorze catorze avosavos
quinze quinze décimo décimo quinto quinto - - quinze quinze avosavos
dezesseis dezesseis décimo décimo sexto sexto - - dezesseis dezesseis avosavos
dezessete dezessete décimo décimo sétimo sétimo - - dezessete dezessete avosavos
dezoito dezoito décimo décimo oitavo oitavo - - dezoito dezoito avosavos
dezenove dezenove décimo décimo nono nono - - dezenove dezenove avosavos
vinte vinte vigésimo vigésimo - - vinte vinte avosavos
trinta trinta trigésimo trigésimo - - trinta trinta avosavos
quarenta quarenta quadragésimo quadragésimo - - quarenta quarenta avosavos
cinqüenta cinqüenta quinquagésimo quinquagésimo - - cinquenta cinquenta avosavos
sessenta sessenta sexagésimo - sexagésimo - sessenta sessenta avosavos
setenta setenta septuagésimo septuagésimo - - setenta setenta avosavos
oitenta oitenta octogésimo octogésimo - - oitenta oitenta avosavos
noventa noventa nonagésimo nonagésimo - - noventa noventa avosavoscem cem centésimo centésimo cêntuplo cêntuplo centésimocentésimo
duzentos duzentos ducentésimo ducentésimo - - ducentésimoducentésimo
trezentos trezentos trecentésimo trecentésimo - - trecentésimotrecentésimo
quatrocentos quatrocentos quadringentésimo quadringentésimo - - quadringentésimoquadringentésimo
quinhentos quinhentos quingentésimo quingentésimo - - quingentésimoquingentésimo
seiscentos seiscentos sexcentésimo sexcentésimo - - sexcentésimosexcentésimo
setecentos setecentos septingentésimo septingentésimo - - septingentésimoseptingentésimo
oitocentos oitocentos octingentésimo octingentésimo - - octingentésimooctingentésimo
novecentos nongentésimonovecentos nongentésimo
ou ou noningentésimo noningentésimo - - nongentésimonongentésimo
mil mil milésimo milésimo - - milésimomilésimo
milhão milhão milionésimo milionésimo - - milionésimomilionésimo
bilhão bilhão bilionésimo bilionésimo - - bilionésimobilionésimo
    
1818
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
fontes de pesquisa:fontes de pesquisa:
http://wwwhttp://www.soportugues..soportugues.com.br/secoecom.br/secoes/morf/morf40.s/morf/morf40.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
PreposiçãoPreposição
PreposiçãoPreposição  é uma palavra invariável que serve para  é uma palavra invariável que serve para
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece,ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece,
normalmente há uma subordinação do segundo termo emnormalmente há uma subordinação do segundo termo em
relação ao primeiro. As preposições são muito importantesrelação ao primeiro. As preposições são muito importantes
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textualna estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual
e possuem valores semânticos indispensáveis para a com-e possuem valores semânticos indispensáveis para a com-
preensão do texto.preensão do texto.
Tipos de PreposiçãoTipos de Preposição
1.1. Preposições essenciaisPreposições essenciais: palavras que atuam exclusi-: palavras que atuam exclusi-
vamente como preposições:vamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás,contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás,
atrás de, dentro de, para com.atrás de, dentro de, para com.
2.2. Preposições acidentaisPreposições acidentais: palavras de outras classes: palavras de outras classes
gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
formadas por uma derivação imprópria:formadas por uma derivação imprópria: como, durante, ex-como, durante, ex-
ceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, vistoceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto..
3.3. Locuções prepositivasLocuções prepositivas: duas ou mais palavras va-: duas ou mais palavras va-
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra élendo como uma preposição, sendo que a última palavra é
uma (preposição):uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao ladoabaixo de, acerca de, acima de, ao lado
de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de,de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de,
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, porem frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por
causa de, por cima de, por trás causa de, por cima de, por trás de.de.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se aA preposição é invariável, no entanto pode unir-se a
outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê-outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê-
nero ou em número. Ex:nero ou em número. Ex: por + o = pelo  por + o = pelo por + a = pela.por + a = pela.
* Essa concordância não é característica da preposição,* Essa concordância não é característica da preposição,
mas das palavras às quais ela se mas das palavras às quais ela se une.une.
Esse processo de junção de uma preposição com Esse processo de junção de uma preposição com outraoutra
palavra pode se dar a partir dos processos de:palavra pode se dar a partir dos processos de:
1.1. CombinaçãoCombinação: união da preposição “a” com o artigo: união da preposição “a” com o artigo
“o”(s), ou com o advérbio “onde”:“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos.ao, aonde, aos. Os vocá-Os vocá-
bulos não sofrem alteração.bulos não sofrem alteração.
2.2. ContraçãoContração: união de uma preposição com outra pa-: união de uma preposição com outra pa-
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema:lavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de +de +
o =o = dodo , em +  , em + a =a = nana , per +  , per + os =os = pelos pelos , de +  , de + aquele =aquele = dada--
quelequele , em + isso = , em + isso = nissonisso..
3.3. CraseCrase: é a fusão de vogais idênticas:: é a fusão de vogais idênticas: àà  (“a” prepo- (“a” prepo-
sição + “a” artigo),sição + “a” artigo), àquiloàquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do(“a” preposição + 1.ª vogal do
pronome “aquilo”).pronome “aquilo”).
Dicas sobre preposiçãoDicas sobre preposição
- O “a” pode funcionar como preposição, pronome- O “a” pode funcionar como preposição, pronome
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”
seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindoseja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo
para determiná-lo como um substantivo singular e femi-para determiná-lo como um substantivo singular e femi-
nino.nino.
 A matéria que estudei é fácil! A matéria que estudei é fácil!
- Quando é preposição, além de - Quando é preposição, além de ser invariável, liga doisser invariável, liga dois
termos e estabelece relação de subordinação termos e estabelece relação de subordinação entre eles.entre eles.
Irei à festa sozinha.Irei à festa sozinha.
Entregamos a or à Entregamos a or à professorprofessora!a!
*o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.*o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição.
-- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
lugar e/ou a função de um substantivo.lugar e/ou a função de um substantivo.
Nós trouxemos a apostila. = NósNós trouxemos a apostila. = Nós aa trouxemos. trouxemos.
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidasRelações semânticas (= de sentido) estabelecidas
por meio das preposições:por meio das preposições:
Destino =Destino = Irei a Salvador.Irei a Salvador.
Modo =Modo = Saiu aos prantos.Saiu aos prantos.
Lugar =Lugar = Sempre a seu lado.Sempre a seu lado.Assunto =Assunto = Falemos sobre futebol.Falemos sobre futebol.
Tempo =Tempo = Chegarei em instantes.Chegarei em instantes.
Causa =Causa = Chorei de saudade. Chorei de saudade.
Fim ou nalidade =Fim ou nalidade = Vim para car.Vim para car.
Instrumento =Instrumento = Escreveu a lápis.Escreveu a lápis.
Posse =Posse = Vi as roupas da mamãe. Vi as roupas da mamãe.
Autoria =Autoria = livro de Machado de  livro de Machado de AssisAssis
Companhia =Companhia = Estarei com ele amanhã.Estarei com ele amanhã.
Matéria =Matéria = copo de cristal.copo de cristal.
Meio =Meio = passeio de barco. passeio de barco.
OrigemOrigem = Nós somos do Nordeste.= Nós somos do Nordeste.
Conteúdo =Conteúdo = frascos de perfumefrascos de perfume..
Oposição =Oposição = Esse movimento é contra o que eu pensoEsse movimento é contrao que eu penso..
Preço =Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.Essa roupa sai por cinquenta reais.
* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
cuções adverbiais (cuções adverbiais ( para trás para trás ouou por trás por trás) e na locução pre-) e na locução pre-positivapositiva por trás de. por trás de.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ 
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
PronomePronome
PronomePronome  é a palavra variável que substitui ou acom-é a palavra variável que substitui ou acom-
panha um substantivo (nome), qualicando-o de algumapanha um substantivo (nome), qualicando-o de alguma
forma.forma.
O homem julga que é superior à natureza, por isso oO homem julga que é superior à natureza, por isso o
homem destrói a natureza...homem destrói a natureza...
    
1919
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Utilizando pronomes, teremos:Utilizando pronomes, teremos:
O homem julga que é superior à natureza, por issoO homem julga que é superior à natureza, por isso eleele  
aa destrói... destrói...
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termosFicou melhor, sem a repetição desnecessária de termos
(homem e natureza).(homem e natureza).
Grande parte dos pronomes não possuem signicGrande parte dos pronomes não possuem signicadosados
xos, isto é, essas palavras só adquirem signicação dentroxos, isto é, essas palavras só adquirem signicação dentrode um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio doscia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
nomes interrogativos e indenidos, os demais pronomesnomes interrogativos e indenidos, os demais pronomes
têm por função principal apontar para as pessoas do dis-têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situaçãocurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica,
os pronomes apresentam uma forma especíca para cadaos pronomes apresentam uma forma especíca para cada
pessoa do discurso.pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? assaltada? 
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se
fala]fala]
 A carteira dela estava vazia quando ela  A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
se fala]se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavrasEm termos morfológicos, os pronomes são palavras
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referênciaro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
através do pronome seja coerente em termos de gêneroatravés do pronome seja coerente em termos de gênero
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do deFala-se de Roberta. Ele quer participar do desle da nossle da nos--
sa escola neste ano.sa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualica “escola” = concordância[nossa: pronome que qualica “escola” = concordância
adequada]adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância[neste: pronome que determina “ano” = concordância
adequada]adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Robert[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-a” = concor-
dância inadequada]dância inadequada]
Existem seis tipos de pronomes:Existem seis tipos de pronomes:  pessoais, possessivos, pessoais, possessivos,
demonstrativos, indenidos, relativosdemonstrativos, indenidos, relativos ee interrogativos interrogativos..
Pronomes PessoaisPronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicandoSão aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreveQuem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomesassume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di-“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di-
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência àrige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à
pessoa ou às pessoas de quem se fala.pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
ções que exercem nas orações, podendo ser doções que exercem nas orações, podendo ser do caso retocaso reto
ouou do caso oblíquodo caso oblíquo..
Pronome RetoPronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
ça,ça, exerce a função de exerce a função de sujeito:sujeito: NósNós lhe ofertamos ores. lhe ofertamos ores.
Os pronomes retos apresentam exão de número, gêOs pronomes retos apresentam exão de número, gê--
nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última anero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal exão, uma vez que marca a pessoa do discurso.principal exão, uma vez que marca a pessoa do discurso.Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim conDessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con--
gurado:gurado:
  
- 1.ª pessoa do singular: eu- 1.ª pessoa do singular: eu
- 2.ª pessoa do singular: tu- 2.ª pessoa do singular: tu
- 3.ª pessoa do singular: ele, ela- 3.ª pessoa do singular: ele, ela
- 1.ª pessoa do plural: nós- 1.ª pessoa do plural: nós
- 2.ª pessoa do plural: vós- 2.ª pessoa do plural: vós
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas- 3.ª pessoa do plural: eles, elas
  
* Atenção* Atenção: esses pronomes não costumam ser usa-: esses pronomes não costumam ser usa-
dos como complementos verbais na língua-padrão. Frasesdos como complementos verbais na língua-padrão. Frases
comocomo “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram“Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
eu até aqui” eu até aqui” , comuns na língua oral cotidiana, devem ser, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
mal, devem ser usados osmal, devem ser usados os  pronomes  pronomes oblíquosoblíquos  correspon-  correspon-
dentes:dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-“Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
me até aqume até aqui”.i”.
* Observação* Observação: frequentemente observamosa omissão: frequentemente observamos a omissão
do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porquedo pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque
as próprias formas verbais marcam, através de suas desi-as próprias formas verbais marcam, através de suas desi-
nências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto:nências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto:
Fizemos boa viagemFizemos boa viagem. (Nós). (Nós)
  
Pronome OblíquoPronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
tença,tença, exerce a função de complemento verbal (objetoexerce a função de complemento verbal (objeto
direto ou indireto):direto ou indireto): Ofertaram-Ofertaram-nosnos ores ores. (objeto indireto). (objeto indireto)
* Observação* Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-: o pronome oblíquo é uma forma va-
riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
dica a função diversa que eles desempenham na oração:dica a função diversa que eles desempenham na oração:
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquopronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquomarca o complemento da oração.marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo comOs pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos oua acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.tônicos.
Pronome Oblíquo ÁtonoPronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que nãoSão chamados átonos os pronomes oblíquos que não
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônicasão precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
fraca:fraca: Ele me deu um presente.Ele me deu um presente.
TTabela dos pronomes abela dos pronomes oblíquos átonosoblíquos átonos
 - 1.ª pessoa do singular - 1.ª pessoa do singular (eu)(eu): me: me
- 2.ª pessoa do singular- 2.ª pessoa do singular (tu):(tu): te te
- 3.ª pessoa do singular- 3.ª pessoa do singular (ele, ela)(ele, ela): o, a, lhe: o, a, lhe
- 1.ª pessoa do plural- 1.ª pessoa do plural (nós)(nós): nos: nos
- 2.ª pessoa do plural- 2.ª pessoa do plural (vós)(vós): vos: vos
- 3.ª pessoa do plural- 3.ª pessoa do plural (eles, elas)(eles, elas): os, as, lhes: os, as, lhes
    
2020
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
* Observações:* Observações:
-- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já seO “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en-apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en-
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Portre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por
acompanhar diretamente uma preposição, o pronomeacompanhar diretamente uma preposição, o pronome
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomesOs pronomes me, te, nosme, te, nos ee vos vos podem tanto ser objetos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos.diretos como objetos indiretos.Os pronomesOs pronomes o, a, oso, a, os ee as as atuam exclusivamente como atuam exclusivamente como
objetos diretos.objetos diretos.
- Os pronomes- Os pronomes me, te, lhe, nos, vosme, te, lhe, nos, vos ee lhes lhes podem com- podem com-
binar-se com os pronomesbinar-se com os pronomes o, os, a, as,o, os, a, as, dando origem a  dando origem a for-for-
mas comomas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-laslhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las..
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
TrouxesTrouxeste o te o pacote?pacote?
Sim, entreguei-to ainda há pouco.Sim, entreguei-to ainda há pouco.
Não contaram a novidade a vocês? Não contaram a novidade a vocês? 
Não, no-la contaram.Não, no-la contaram.
No Brasil, essas combinações não são usadas; até mes-No Brasil, essas combinações não são usadas; até mes-
mo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.mo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
* Atenção:* Atenção: Os pronomes Os pronomes o, os, a, aso, os, a, as assumem formas assumem formasespeciais depois de certas terminações verbais.especiais depois de certas terminações verbais.
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
assume a formaassume a forma lo, los, lalo, los, la ouou las las, ao mesmo tempo que a, ao mesmo tempo que a
terminação verbal é suprimida. Por exemplo:terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
z + o = -loz + o = -lo
fazeis + o = fazei-lofazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-ladizer + a = dizê-la
- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
assume as formasassume as formas no, nos, na, nasno, nos, na, nas. Por exemplo:. Por exemplo:
viram + o: viram-noviram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nosrepõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-naretém + a: retém-na
tem + as = tem-nastem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo TônicoPronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidosOs pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
por preposições, em geral as ppor preposições, em geral as preposiçõesreposições a, para, dea, para, de ee com com..
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a funçãoPor esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônicade objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
forte.forte.
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
 - 1.ª pessoa do singular - 1.ª pessoa do singular (eu)(eu): mim, comigo: mim, comigo
- 2.ª pessoa do singular- 2.ª pessoa do singular (tu):(tu): ti, contigo ti, contigo
- 3.ª pessoa do singular- 3.ª pessoa do singular (ele, ela)(ele, ela): si, consigo, ele, ela: si, consigo, ele, ela
- 1.ª pessoa do plural- 1.ª pessoa do plural (nós):(nós): nós, conosco nós, conosco
- 2.ª pessoa do plural- 2.ª pessoa do plural (vós):(vós): vós, convosco vós, convosco
- 3.ª pessoa do plural- 3.ª pessoa do plural (eles, elas):(eles, elas): si, consigo, eles, elas si, consigo, eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-pronome tô-
nico são a primeira nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). Aspessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
demais repetem a forma do pronome demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre prono-- As preposições essenciais introduzem sempre prono-
mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do casomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso dareto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
língua formal, os pronomes costumam ser usados destalíngua formal, os pronomes costumam ser usados desta
forma:forma:
Não há mais nada entre mim e ti.Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.Não há nenhuma acusação contra mim.Não vá sem mim.Não vá sem mim.
* Atenção* Atenção: Há construções em que a preposição, ape-: Há construções em que a preposição, ape-
sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu-sar de surgir anteposta a um pronome, serve para introdu-
zir uma oração cujo verbo está no innitivo. Nesses casos,zir uma oração cujo verbo está no innitivo. Nesses casos,
o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for umo verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um
pronome, deverá ser do caso reto.pronome, deverá ser do caso reto.
TroTrouxeram vários vestidos uxeram vários vestidos para eu para eu experimentarexperimentar..Não vá sem eu mandar.Não vá sem eu mandar.
* A frase: “* A frase: “Foi fácilFoi fácil   para mim resolver aquela  para mim resolver aquela questão!”questão!”
eestá correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.stá correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
A ordem direta seria:A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil paraResolver aquela questão foi fácil para
mim!mim!
- A combinação da preposição “com” e alguns prono-- A combinação da preposição “com” e alguns prono-
mes originou as formas especiaismes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,comigo, contigo, consigo,
conoscoconosco ee  convosco.  convosco.  Tais pronomes oblíquos tônicos fre-  Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
quentemente exercem a função de adjunto adverbial dequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.companhia.
Ele carregava o documento Ele carregava o documento consigo.consigo.
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
Ela veio até mim, mas nada falou.Ela veio até mim, mas nada falou.
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de)Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de)
inclusão, usaremos as formas retas:inclusão, usaremos as formas retas:
Todos foram bem na prova, até eu!Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) (=inclusive eu)
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoaispor “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras comosão reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,outros, mesmos, próprios,
todos, ambostodos, ambos ou algum numeral.ou algum numeral.
VocVocê terá ê terá de viajar com nós de viajar com nós todos.todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as másEstávamos com vós outros quando chegaram as más
notícias.notícias.
Ele disse que iria com nós três.Ele disse que iria com nós três.
Pronome ReexivoPronome Reexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
nem como objetos direto ou nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeitoindireto, referem-se ao sujeito
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a açãoda oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.expressa pelo verbo.
Quadro dos pronomes reexivos:Quadro dos pronomes reexivos:
- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me lembro disso.Eu não me lembro disso.
- 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.- 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Conhece a ti mesmo.Conhece a ti mesmo.
    
2121
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.Ela deu a si um presente.
 Antônio convers Antônio conversou consigo mesmou consigo mesmo.o.
- 1.ª pessoa do plural (nós): nos.- 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rioLavamo-nos no rio..
- 2.ª pessoa do plural (vós): vos.- 2.ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneciastes com esta conquistaVós vos beneciastes com esta conquista..
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se Eles se conheceram.conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.Elas deram a si um dia de folga.
* O pronome é reexivo quando se refere à mesma* O pronome é reexivo quando se refere à mesma
pessoa do pronome subjetivo (sujeito):pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade** É pronome recíproco quando indica reciprocidade
de ação:de ação:
Nós nos amamos.Nós nos amamos.
Olhamo-nos calados.Olhamo-nos calados.
Pronomes de Pronomes de TraTratamentotamento
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
to, a segunda pessoa),to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-utilizam o verbo na terceira pes-
soasoa. Alguns exemplos:. Alguns exemplos:
Vossa Alteza (V. A.)Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques= príncipes, duques
Vossa Eminência (V. E.Vossa Eminência (V. E.mama ) ) = cardeais = cardeais
Vossa RVossa Reverendeverendíssima íssima (V(V. V. Ver.er.mama ) ) = sacerdotes e religio-= sacerdotes e religio-
sos em geralsos em geral
Vossa Excelência (V. Ex.ª)Vossa Excelência (V. Ex.ª) = ociais de patente superior = ociais de patente superior
à de coronel, à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,e de Tribunais,
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú-governadores, secretários de Estado, presidente da Repú-
blica (sempre por extenso)blica (sempre por extenso)
Vossa Magnicência (V. Mag.ª)Vossa Magnicência (V. Mag.ª) = reitores de universi- = reitores de universi-
dadesdades
Vossa Majestade (V. M.)Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imp = reis, rainhas e imperadoreseradores
Vossa Senhoria (V. S.Vossa Senhoria (V. S.aa ) ) = comerciantes em geral, ociais = comerciantes em geral, ociais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários deaté a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de
igual categoriaigual categoria
Vossa MeritíssimaVossa Meritíssima  (sempre por extenso) = para juízes  (sempre por extenso) = para juízes
de direitode direito
Vossa SantidadeVossa Santidade  (sempre por extenso) = tratamento  (sempre por extenso) = tratamento
cerimoniosocerimonioso
Vossa OnipotênciaVossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus (sempre por extenso) = Deus
Também são pronomes de tratamentoTambém são pronomes de tratamento o senhor, a se-o senhor, a se-
nhoranhora e e você, vocêsvocê, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre-. “O senhor” e “a senhora” são empre-
gados no tratamento cerimonioso; “gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra-você” e “vocês”, no tra-
tamento tamento familiar.familiar. VocêVocê ee vocês vocês são largamente empregadossão largamente empregados
no português do Brasil; em algumas regiões, a formano português do Brasil; em algumas regiões, a forma tutu é é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a formade uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma
vósvós  tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou
literária.literária.
* Observações:* Observações:
* Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de* Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “tratamento que possuem “VossaVossa(s)” são empregados em(s)” são empregados em
relação à pessoa com quem falamos:relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Se-Espero que V. Ex.ª, Se-
nhor Ministro, compareça a este nhor Ministro, compareça a este encontro.encontro.
  
** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
da pessoa:da pessoa: Todos os membros da C.P.I. armaram que SuaTodos os membros da C.P.I. armaram que SuaExcelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-
 priedade. priedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma for-- Os pronomes de tratamento representam uma for-
ma indireta de nos dirigirmos aos ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Aonossos interlocutores. Ao
tratarmos um deputado por tratarmos um deputado por VossVossa Excelência, por exemplo,a Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que estamos nos endereçando à excelência que esse deputadoesse deputado
supostamentetem para poder ocupar o cargo que ocupa.supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-- 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
 jam-se à  jam-se à 2.ª 2.ª pessoa,pessoa, toda a concordância deve ser feitatoda a concordância deve ser feita
com a 3.ª pessoacom a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os p. Assim, os verbos, os pronomes possessi-ronomes possessi-
vos e os pronomes oblíquos vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a elesempregados em relação a eles
devem car na 3.ª pessoa.devem car na 3.ª pessoa.
Basta que V. Ex.ªBasta que V. Ex.ª cumpracumpra  a terça parte dasa terça parte das suassuas pro- pro-
messas, para quemessas, para que seusseus eleitores eleitores lhelhe quem reconhecidos. quem reconhecidos.
- Uniformidade de - Uniformidade de TTratamento: quando escrevemos ouratamento: quando escrevemos ou
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longonos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém deAssim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nosQuando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelosteus cabelos. (. (erradoerrado))
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nosQuando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
seus cabelosseus cabelos. (. (corretocorreto) = terceira pessoa do singular) = terceira pessoa do singular
ouou
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nosQuando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelosteus cabelos. (. (corretocorreto) = segunda pessoa do singular) = segunda pessoa do singular
Pronomes PossessivosPronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramaticalSão palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
(coisa possuída).(coisa possuída).
Este caderno é meu.Este caderno é meu.  (meu = possuidor: 1ª pessoa do  (meu = possuidor: 1ª pessoa do
singular)singular)
NÚMERO NÚMERO PESSOA PESSOA PRONOMEPRONOME
singular primeirasingular primeira meu(s), minha(s)meu(s), minha(s)
singular segundasingular segunda teu(s), tua(s)teu(s), tua(s)
singular terceirasingular terceira seu(s), sua(s)seu(s), sua(s)
plural primeiraplural primeira nosso(s), nossa(s)nosso(s), nossa(s)
plural segundaplural segunda vosso(s), vossa(s)vosso(s), vossa(s)
plural terceiraplural terceira seu(s), sua(s)seu(s), sua(s)
    
2222
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
* Note que* Note que: A forma do : A forma do possessivo depende da pessoapossessivo depende da pessoa
gramatical a que gramatical a que se refere;se refere; o gênero e o o gênero e o número concordamnúmero concordam
com o objeto possuídocom o objeto possuído:: Ele trouxe seu apoio e sua contribui-Ele trouxe seu apoio e sua contribui-
ção naquele momento difícilção naquele momento difícil..
* Observações* Observações::
- A forma “seu” não é um possessivo quando resultar- A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
da alteração fonética da palavra senhor:da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,Muito obrigado,seu Joséseu José..
- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
se. Podem ter outros empregos, como:se. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade:a) indicar afetividade: Não faça isso, minha lha.Não faça isso, minha lha.
b) indicar cálculo aproximado:b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40Ele já deve ter seus 40
anosanos..
c) atribuir valor indenido ao substantivo:c) atribuir valor indenido ao substantivo: Marisa temMarisa tem
lá seus defeitos, mas eu gosto muito lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.dela.
- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo ca na 3.ª pessoa:o pronome possessivo ca na 3.ª pessoa: Vossa ExcelênciaVossa Excelência
trouxe sua mensagem? trouxe sua mensagem? 
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-
vo concorda com o mais próximo:vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros eTrouxe-me seus livros e
anotaçõesanotações..
- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
quos átonos assumem valor de possessivo:quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lheVou seguir-lhe
os passosos passos. (= Vou seguir seus . (= Vou seguir seus passos)passos)
- O adjetivo “- O adjetivo “respectivorespectivo” equivale a “” equivale a “devido, seu, pró-devido, seu, pró-
 prio prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para
que não ocorra redundância:que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivosColoque tudo nos respectivos
lugares.lugares.
Pronomes DemonstrativosPronomes Demonstrativos
São utilizados para explicitar a posição de certa palavraSão utilizados para explicitar a posição de certa palavra
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode serem relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.
*Em relação ao espaço*Em relação ao espaço::
- Este(s), esta(s)- Este(s), esta(s) ee  isto =  isto = indicam o que está perto daindicam o que está perto da
pessoa que fala:pessoa que fala:
Este material é meu.Este material é meu.
- Esse(s), essa(s)- Esse(s), essa(s) ee  isso  isso = indicam o que está perto da = indicam o que está perto da
pessoa com quem se fala:pessoa com quem se fala:
Esse material em sua carteira é seu? Esse material em sua carteira é seu? 
-- Aquele(s), aquela(s) Aquele(s), aquela(s) ee aquilo = aquilo = indicam o que está dis-indicam o que está dis-
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quemtante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem
se fala:se fala:
 Aquele material não é noss Aquele material não é nosso.o.
Vejam aquele prédio!Vejam aquele prédio!
*Em relação ao tempo*Em relação ao tempo::
- Este(s), esta(s)- Este(s), esta(s) ee isto = isto = indicam o tempo presente emindicam o tempo presente em
relação à pessoa que fala:relação à pessoa que fala:
Esta manhã farei a prova do concurso!Esta manhã farei a prova do concurso!
- Esse(s), essa(s)- Esse(s), essa(s) ee isso isso = indicam o tempo passado, po- = indicam o tempo passado, po-
rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
soa que fala:soa que fala:
Essa noite dormi mal; só Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!pensava no concurso!
--  Aquele(s),  Aquele(s), aquela(s)aquela(s) ee  aquilo =  aquilo = indicam um afasta-indicam um afasta-
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempomento no tempo, referido de modo vago ou como tempo
remoto:remoto:
Naquele tempo, os Naquele tempo, os professores eram valorizados.professores eram valorizados.
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que *Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala-se fala-
rá ou escreverá):rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s)- Este(s), esta(s) ee  isto = isto = empregados quando se querempregados quando se quer
fazer referência a alguma coisa sobre a qual fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:ainda se falará:
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
tograa, tograa, concordâncconcordância.ia.
- Esse(s), essa(s)- Esse(s), essa(s) ee isso isso = utilizados quando  = utilizadosquando se pretendese pretende
fazer referência a alguma coisa sobre a qual fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:já se falou:
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
mos!mos!
  - Este e aquele - Este e aquele são empregados quando se quer fa-são empregados quando se quer fa-
zer referência a termos já mencionados;zer referência a termos já mencionados; aqueleaquele  se refere  se refere
ao termo referido em primeiro lugar eao termo referido em primeiro lugar e esteeste para o referido para o referido
por último:por último:
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
este está mais bem colocado que aquele.este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],(= este [São Paulo],
aquele [Palmeiras])aquele [Palmeiras])
ouou
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
aquele está mais bem colocado que este.aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo],(= este [São Paulo],
aquele [Palmeiras])aquele [Palmeiras])
- Os pronomes demonstrativos podem - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ouser variáveis ou
invariáveis, observe:invariáveis, observe:
Variáveis:Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s)la(s)..
Invariáveis:Invariáveis: isto, isso, aquilo.isto, isso, aquilo.
* T* Também aparecem como ambém aparecem como pronomes demonstrativos:pronomes demonstrativos:
-- o(s), a(s)o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e: quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos porpuderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouviNão ouvi oo que disseste que disseste. (Não ouvi aquilo que . (Não ouvi aquilo que disseste.)disseste.)
Essa rua não éEssa rua não é aa que te indiquei que te indiquei. (não é aquela que te. (não é aquela que te
indiquei.)indiquei.)
-- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s)mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em: variam em
gênero quando têm caráter reforçativo:gênero quando têm caráter reforçativo:
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Eu mesma rez os exercícios.Eu mesma rez os exercícios.
Elas mesmas zeram isso.Elas mesmas zeram isso.
Eles próprios cozinharam.Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problemaOs próprios alunos resolveram o problema..
    
2323
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
-- semelhante(s)semelhante(s):: Não tenha semelhante atitudeNão tenha semelhante atitude..
- tal, tais- tal, tais:: TTal absurdo eu al absurdo eu não comenteria.não comenteria.
* Note que:* Note que:
- Em frases como:- Em frases como: O referido deputado e o Dr. AlcidesO referido deputado e o Dr. Alcides
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este.eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-(ou en-
tão:tão: este solteiro, aquele casado)este solteiro, aquele casado)  -- esteeste se refere à pessoa se refere à pessoamencionada em último lugar;mencionada em último lugar; aqueleaquele, à mencionada em, à mencionada em
primeiro primeiro lugar.lugar.
- O pronome demonstrativo- O pronome demonstrativo taltal  pode ter conotação  pode ter conotação
irônica:irônica: A menina foi a tal que ameaço A menina foi a tal que ameaçou o professou o professor? r? 
- Pode ocorrer a contração das preposições- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, ema, de, em  
com pronome demonstrativo:com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,àquele, àquela, deste, desta,
disso, nisso, no,disso, nisso, no, etc:etc: Não acreditei no que estava vendoNão acreditei no que estava vendo. (no. (no
= naquilo)= naquilo)
Pronomes IndenidosPronomes Indenidos
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso,São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan-dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan-
tidade indeterminada.tidade indeterminada.
 Alguém  Alguém entrou entrou no no jardim jardim e e destruiu destruiu as as mudas mudas recémrecém-plantadas.-plantadas.
Não é difícil perceber que Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa“alguém” indica uma pessoa
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de formade quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
conhecida ou não se quer reveconhecida ou não se quer revelarlar. . Classicam-se em:Classicam-se em:
-- Pronomes Indenidos SubstantivosPronomes Indenidos Substantivos: assumem o lu-: assumem o lu-
gar do ser ou dgar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.a quantidade aproximada de seres na frase.
São eles:São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
 guém, outrem, quem, tudo. guém, outrem, quem, tudo.
 Algo o incomoda?  Algo o incomoda? 
Quem avisa amigo é.Quem avisa amigo é.
-- Pronomes Indenidos AdjetivosPronomes Indenidos Adjetivos: qualicam um ser: qualicam um serexpresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidadeexpresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles:aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).cada, certo(s), certa(s).
Cada povo tem seus costumes.Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias Certas pessoas exercem várias prossões.prossões.
* Note que* Note que: Ora são pronomes indenidos substanti: Ora são pronomes indenidos substanti--
vos, ora pronomes indenidos adjetivos:vos, ora pronomes indenidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s)algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),(= muito, muitos),  
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.Menos palavras e mais ações.
 Alguns se content Alguns se contentam pouco.am pouco.
Os pronomes indenidos podem ser divididos em vaOs pronomes indenidos podem ser divididos em va--
riáveis e invariáveis. Observe:riáveis e invariáveis. Observe:
VariáveisVariáveis = = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
vária, tanta, outra, quanta, vária, tanta, outra, quanta, qualquerqualquer, quaisquer , quaisquer * *  , alguns, ne- , alguns, ne-
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,outras, quantas.outras, quantas.
InvariáveisInvariáveis  = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,  = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada.algo, cada.
** Qualquer Qualquer  é composto de é composto de qual + quer qual + quer  (do verbo (do verbo que-que-
rer rer ), por isso seu plural é), por isso seu plural é quaisquer quaisquer  (única palavra cujo plu- (única palavra cujo plu-
ral é feito em seu interior).ral é feito em seu interior).
- Todo- Todo ee todatoda no singular e junto de artigo signicano singular e junto de artigo signica
inteiro;inteiro; sem artigo, equivale asem artigo, equivalea qualquerqualquer ou aou a todas as:todas as:
TToda a cidade oda a cidade está enfeitada.está enfeitada. (= a cidade inteira)(= a cidade inteira)
TToda cidade oda cidade está enfeitada.está enfeitada. (= todas as cidades) (= todas as cidades)
Trabalho todo o dia.Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)(= o dia inteiro)
TrTrabalho todo abalho todo dia.dia. (= todos os dias)(= todos os dias)
São locuções pronominais indenidasSão locuções pronominais indenidas:: cada qual,cada qual,
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
certo), tal e qual, tal ou qual, certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra,um ou outro, uma ou outra, etc.etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.Cada um escolheu o vinho desejado.
Indenidos SistemáticosIndenidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indenidos,Ao observar atentamente os pronomes indenidos,
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
ção de sentido. É o caso de:ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algoalgum/alguém/algo, que têm, que têm
sentido armativo, esentido armativo, e nenhum/ninguém/nada,nenhum/ninguém/nada,  que têm  que têm
sentido negativo;sentido negativo; todo/tudotodo/tudo, que indicam uma totalidade, que indicam uma totalidade
armativa, earmativa, e nenhum/nadanenhum/nada, que indicam uma totalidade, que indicam uma totalidade
negativa;negativa; alguém/ninguém,alguém/ninguém,  que se referem à pessoa, e  que se referem à pessoa, e
algo/nadaalgo/nada, que se referem à coisa;, que se referem à coisa; certocerto, que particulariza,, que particulariza,
ee qualquer qualquer , que generaliza., que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes naEssas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitasconstrução de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que ostos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
pronomes indenidos destacados imprimem às armaçõespronomes indenidos destacados imprimem às armações
de que fazem parte:de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultadoproduziu qualquer resultado
 prático. prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não sãoCertas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
 pessoas quais pessoas quaisquer.quer.
**NenhumNenhum é contração deé contração de nem um,nem um, forma mais enfática,forma mais enfática,
que se refere à que se refere à unidade. Repare:unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.Nenhum candidato foi aprovado.
Nem um candidato foi aprovado.Nem um candidato foi aprovado. ((um,um, nesse caso, é nu- nesse caso, é nu-
meral)meral)
    
2424
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes RelativosPronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionadosSão aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzemanteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
as orações subordinadas adjetivas.as orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que arma a superioridade deO racismo é um sistema que arma a superioridade de
um grupo racial sobre outros.um grupo racial sobre outros.
((arma a superioridade de um arma a superioridade de um grupo racial sobre outrosgrupo racial sobre outros  = oração subordinada adjetiva).= oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”refere-se à palavra “sistema”
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavrae introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
“sistema” é antecedente do pronome relativo“sistema” é antecedente do pronome relativo queque..
O antecedente do pronome relativo pode ser o O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-prono-
me demonstrativome demonstrativo o, a, os, aso, a, os, as..
Não sei o que você está Não sei o que você está querendo dizerquerendo dizer..
 Às  Às vezes, vezes, o o antecedente antecedente do do pronome pronome relativo relativo não não vemvem
expresso.expresso.
Quem casa, quer casa.Quem casa, quer casa.
Observe:Observe:
Pronomes relativos variáveis =Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, oso qual, cujo, quanto, os
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantasquantas..
Pronomes relativos invariáveis =Pronomes relativos invariáveis = quem, que, ondequem, que, onde..
Note que:Note que:
- O pronome “que” é - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,o relativo de mais largo emprego,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
tituído portituído por o qual, a qual, os quais, as quais,o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu quando seu
antecedente for um substantivo.antecedente for um substantivo.
O trabalho queO trabalho que eu z refere-se à  eu z refere-se à corrupçãocorrupção. (= o qual). (= o qual)
 A cantora que  A cantora que acabou de acabou de se apresentar é péssimase apresentar é péssima. (= a. (= a
qual)qual)
Os trabalhos queOs trabalhos que eu z referem-se à corrupção eu z referem-se à corrupção. (= os. (= os
quais)quais)
 As cantoras que  As cantoras que se apresentaram eram se apresentaram eram péssimaspéssimas. (= as. (= as
quais)quais)
-- O qual, os quais, a qualO qual, os quais, a qual ee as quais as quais são exclusivamente são exclusivamente
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamentepronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente
para vericar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (quepara vericar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que
podem ter podem ter várias classicações) são pronomes várias classicações) são pronomes relativos. Trelativos. Too--
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa pordos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qualRegressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual
me deixou encantadome deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria. O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade. ambiguidade. Veja:Veja: Regressando de São Paulo, visitei o Regressando de São Paulo, visitei o sítiosítio
de minha tia, que me deixou encantadode minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou (quem me deixou
encantado: o sítio ou minha tia?).encantado: o sítio ou minha tia?).
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitasEssas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
dúvidas?dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-(com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-
sese o qual / a qualo qual / a qual))
- O relativo “que” às vezes equivale a- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa queo que, coisa que, e, e
se refere a uma oração:se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixouNão chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a de ser poeta, que era a sua vocação natural.sua vocação natural.
- O pronome - O pronome “cujo“cujo”: exprime posse; ”: exprime posse; não concorda comnão concorda com
o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o conse-
quente (o ser possuído, com o qual concorda em gêneroquente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero
e número); não se usa are número); não se usa artigo depois tigo depois deste pronome; “cujodeste pronome; “cujo””
equivale aequivale a do qual,0101
A A criação criação da da Capitania Capitania da da Paraíba: Paraíba: ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0202
As As expedições expedições de de conquista conquista da da Paraíba(1574Paraíba(1574-1585); -1585); .............................................................................................................................................................................................................................................................. 0505
O O europeus europeus na na Paraíba; Paraíba; ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................07.............07
Os Os povos povos indígenas indígenas na na Paraíba; Paraíba; .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................08...........08
A A fundação fundação da da Paraíba; Paraíba; ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................11.............11
Os Os Holandeses Holandeses na na Paraíba; Paraíba; ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................1414
A Inquisição A Inquisição na Paraíba na Paraíba e a e a expulsão expulsão dos Jesuítas; dos Jesuítas; ......................................................................................................................................................................................................................................................................1818
A A Paraíba e Paraíba e a a independência independência do do Brasil; Brasil; ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................22..............22
A A Paraíba Paraíba e e a a Revolução Revolução Praieira; Praieira; .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................24.........24
O O Ronco Ronco da da Abelha Abelha na na Paraíba; Paraíba; .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................27...........27
A A Paraíba e Paraíba e a a Guerra Guerra do do Paraguai; Paraguai; ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................3131
A A Revolta Revolta do do Quebra-Quilos; Quebra-Quilos; ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................33................33
A A Revolta Revolta de de Princesa; Princesa; .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................36.............36
    
SUMÁRIOSUMÁRIO
O O Movimento Movimento Revolucionário Revolucionário de de 1930; 1930; ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................38............38
A Paraíba A Paraíba e a e a Revolução constitucionalista Revolução constitucionalista de 1932; de 1932; .............................................................................................................................................................................................................................................................. 4343
A A Paraíba e Paraíba e a a intentona Comunista intentona Comunista de 1935; de 1935; ............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 4545
A A Paraíba e Paraíba e a a Segunda Segunda Guerra Guerra Mundial; Mundial; ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................47............47
A A Paraíba Paraíba e e as as ligas ligas Camponesas. ....................Camponesas. ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................5050
Noções de InformáticaNoções de Informática
1. 1. Conceito Conceito de de Internet Internet e e Intranet. ........Intranet. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01..............01
2. Ferramentas e aplicativos de navegação, de c2. Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupo de discussão, de orreio eletrônico, de grupo de discussão, de busca e pesquisa.busca e pesquisa. ........ ............ 0101
3. Principais aplicativos para edição de textos, planilhas eletrônicas, geração de material escrito, audiovisual e3. Principais aplicativos para edição de textos, planilhas eletrônicas, geração de material escrito,da qual, dos quais, das quais.do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem Existem pessoas pessoas cujas cujas ações ações são são nobres.nobres.
  (antecedente) (consequente)  (antecedente) (consequente)
*interpretação do pronome *interpretação do pronome “cujo“cujo” na frase ” na frase acima:acima: açõesações
das pessoasdas pessoas. É como se lêssemos “de trás para frente”. Ou-. É como se lêssemos “de trás para frente”. Ou-
tro exemplo:tro exemplo:
Comprei o livro cujo autor é famoso.Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro)(= autor do livro)
** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro-** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro-
nome:nome:
O autor,O autor, aa cujo livro você se referiu, está aqui! cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-(referiu-
sese aa))
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por - “Quanto” é pronome relativo quando tem por an-an-
tecedente um pronome indenido: tanto tecedente um pronome indenido: tanto (ou variações) e(ou variações) e
tudo:tudo:
EmprestEmprestei ei tantos tantos quantos quantos foram foram necessnecessários.ários.
  (antecedente)  (antecedente)
Ele Ele fez fez tudo tudo quanto quanto havia havia faladofalado..
  (antecedente)  (antecedente)
- O pronome “quem” - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem-se refere a pessoas e vem sem-
pre precedido de preposição.pre precedido de preposição.
É É um um professor professor a a quem quem muito muito devemosdevemos..
  (preposição)  (preposição)
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar:tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A A
casa onde morava foi assaltada.casa onde morava foi assaltada.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar- Na indicação de tempo, deve-se empregar quandoquando  
ouou em queem que..
Sinto saudades da época em que (quando) morávamosSinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.no exterior.
- Podem ser utilizadas como p- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-ronomes relativos as pa-
lavras:lavras:
- como- como (= pelo qual) – desde que precedida das pala-(= pelo qual) – desde que precedida das pala-
vrasvras modo, maneira ou formamodo, maneira ou forma::
Não me parece correto o Não me parece correto o modo como você agiu semanamodo como você agiu semana
 passada. passada.
-- quandoquando (= em que) – desde que tenha como antece- (= em que) – desde que tenha como antece-
dente um nome que dê ideia de tempo:dente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videoga-Bons eram os tempos quando podíamos jogar videoga-
me.me.
- Os pronomes relativos permitem reunir duas - Os pronomes relativos permitem reunir duas oraçõesorações
numa só frase.numa só frase.
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-
 porte. porte.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
    
2525
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
ocorrer a elipse do relativo “que”:ocorrer a elipse do relativo “que”:  A  A sala sala estava estava cheia cheia dede
 gente que conversava, gente que conversava, (que)(que) ria, observava.ria, observava.
Pronomes InterrogativosPronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
retas ou indiretas. Assim como os pronomes indenidos,retas ou indiretas. Assim como os pronomes indenidos,referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso.referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso.
São pronomes interrogativos:São pronomes interrogativos: que, quem, qual que, quem, qual (e variações), (e variações),
quantoquanto (e variações). (e variações).
Com quem andas? Com quem andas? 
Qual seu nome? Qual seu nome? 
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
Sobre os pronomes:Sobre os pronomes:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem funçãoO pronome pessoal é do caso reto quando tem função
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquode sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento.quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.ele irá me ajudar.
 2. Maria  2. Maria foi embora foi embora para casa, para casa, pois não pois não sabia se sabia se deviadevia
lhe ajudar.lhe ajudar.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao casoexercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
reto. Já na segunda oração, o reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce funçãopronome “lhe” exerce função
de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso.Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso.
O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta paraO pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
a segunda pessoa do singular (tu/você):a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia seMaria não sabia se
devia ajudar..devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).. Ajudar quem? Você (lhe).
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ouOs pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
diferentemente dos segundos, que são sempre precedidosdiferentemente dos segundos, que são sempre precedidos
de preposição.de preposição.
- Pronome oblíquo átono:- Pronome oblíquo átono: Joana Joana meme perguntou o que perguntou o que
eu estava fazendo.eu estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico:- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou Joana perguntou para para mimmim  
o que eu estava fazendo.o que eu estava fazendo.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://wwwhttp://www.soportugues..soportugues.com.br/secoecom.br/secoes/morf/morf42.s/morf/morf42.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SubstantivoSubstantivo
SubstantivoSubstantivo é a classe gramatical dé a classe gramatical de palavras variáveis,e palavras variáveis,
as quais denominam todos os seres que existem, sejamas quais denominam todos os seres que existem, sejam
reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenôme-reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenôme-
nos, os substantivos também nomeiam:nos, os substantivos também nomeiam:
-lugares:-lugares: Alemanha, Portugal Alemanha, Portugal
-sentimentos:-sentimentos: amor, saudadeamor, saudade
-estados:-estados: alegria, tristezaalegria, tristeza
-qualidades:-qualidades: honestidade, sinceridadehonestidade, sinceridade......
-ações:-ações: corrida, pescaria...corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivoMorfossintaxe do substantivo
Nas orações, geralmente o Nas orações, geralmente o substantivo exerce funçõessubstantivo exerce funções
diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleodiretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
do sujeito,dos complementos verbais (objeto direto oudo sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-
nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,
como núcleo do predicativo do sujeito, do obcomo núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou comojeto ou como
núcleo do vocativo. Também encontramos substantivosnúcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
verbiais - quando essas funções são desempenhadas porverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.grupos de palavras.
Classicação dos SubstantivosClassicação dos Substantivos
Substantivos Comuns e PrópriosSubstantivos Comuns e Próprios
Observe a denição:Observe a denição:
CidadeCidade:: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca-ca-
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda aBrasil, toda a
sede de município é cidade). 2. O sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (emcentro de uma cidade (em
oposição aos bairros).oposição aos bairros).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casasQualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamadae edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
cidadecidade. Isso signica que a palavra. Isso signica que a palavra cidadecidade é um substantivo é um substantivo
comum.comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres deSubstantivo Comum é aquele que designa os seres de
uma mesma espécie de forma genérica:uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,cidade, menino,
homem, mulher, país, cachorro.homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.Estamos voando para Barcelona.
  
O substantivoO substantivo BarcelonaBarcelona designa apenas um ser da es- designa apenas um ser da es-péciepécie cidadecidade.. BarcelonaBarcelona é um substantivo próprio – aqueleé um substantivo próprio – aquele
que designa os seres de uma mesma que designa os seres de uma mesma espécie de forma par-espécie de forma par-
ticular:ticular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, BrasilLondres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil..
  
Substantivos Concretos e AbstratosSubstantivos Concretos e Abstratos
  
Substantivo ConcretoSubstantivo Concreto: é aquele que designa o ser : é aquele que designa o ser queque
existe, independentemente de outros seres.existe, independentemente de outros seres.
ObservaçãoObservação: os substantivos concretos designam se-: os substantivos concretos designam se-
res do mundo real e do mundo imaginário.res do mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real:Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, homem, mulher, cadeira, cobra,
Brasília.Brasília.
Seres do mundo imaginário:Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-saci, mãe-d’água, fantas-
ma.ma.
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Substantivo AbstratoSubstantivo Abstrato: é aquele que designa seres que: é aquele que designa seres que
dependem de outros para se manifestarem ou existidependem de outros para se manifestarem ou existirem.rem.
Por exemplo: a beleza não existe por si só, não podePor exemplo: a beleza não existe por si só, não pode
ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes-ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes-
soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro sersoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser
para se manifestar. Portanto, a palavrapara se manifestar. Portanto, a palavra belezabeleza é um subs- é um subs-
tantivo abstrato.tantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualida-Os substantivos abstratos designam estados, qualida-des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem serdes, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
abstraídos, e sem os quais não podem existir:abstraídos, e sem os quais não podem existir: vidavida (estado),(estado),  
rapidezrapidez (qualidade)(qualidade) , viagem , viagem (ação)(ação) , saudade , saudade (sentimento)(sentimento)..
Substantivos ColetivosSubstantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou-Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou-
tra abelha, mais outra abelha.tra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxameEle vinha pela estrada e foi picado por um enxame..
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
cessário repetir o substantivo:cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha.mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duasNo segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan-palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan-
tivo no singular (tivo no singular (enxameenxame) para designar um conjunto de) para designar um conjunto de
seres da mesma espécie (seres da mesma espécie (abelhasabelhas).).
O substantivo enxame é um substantivoO substantivo enxame é um substantivo coletivocoletivo..
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
mesmo estando no singular, designa um conjunto mesmo estando no singular, designa um conjunto de seresde seres
da mesma espécie.da mesma espécie.
SuSubsbstatantntivivo colo coletetivivoo CoConjunjuntnto de:o de:
aasssseemmbblleeiiaa ppeessssooaas s rreeuunniiddaass
aallccaatteeiiaa lloobbooss
aacceerrvvoo lliivvrrooss
aannttoollooggiiaa ttrreecchhoos s lliitteerráárriioos s sseelleecciioonnaaddooss
aarrqquuiippééllaaggoo iillhhaass
bbaannddaa mmúússiiccooss
bbaannddoo ddeessoorrddeeiirroos s oou u mmaallffeeiittoorreess
bbaannccaa eexxaammiinnaaddoorreess
bbaattaallhhããoo ssoollddaaddooss
ccaarrdduummee ppeeiixxeess
ccaarraavvaannaa vviiaajjaannttees s ppeerreeggrriinnooss
ccaacchhoo ffrruuttaass
ccaanncciioonneeiirroo ccaannççõõeess, , ppooeessiiaas s llíírriiccaass
ccoollmmeeiiaa aabbeellhhaass
ccoonnccíílliioo bbiissppooss
ccoonnggrreessssoo ppaarrllaammeennttaarreess, , cciieennttiissttaass
elencoelenco atores de uma peça ou lmeatores de uma peça ou lme
eessqquuaaddrraa nnaavviioos s dde e gguueerrrraa
eennxxoovvaall rroouuppaass
ffaallaannggee ssoollddaaddooss, , aannjjooss
ffaauunnaa aanniimmaaiis s dde e uumma a rreeggiiããoo
ffeeiixxee lleennhhaa, , ccaappiimm
oraora vegetais de uma regiãovegetais de uma região
ffrroottaa nnaavviioos s mmeerrccaanntteess, , ôônniibbuuss
ggiirrâânnddoollaa ffooggoos s dde e aarrttiiffíícciioo
hhoorrddaa bbaannddiiddooss, , iinnvvaassoorreess
 junta junta médicos, bois, credores,médicos, bois, credores,
examinadoresexaminadores
 júri júri juradosjurados
lleeggiiããoo ssoollddaaddooss, , aannjjooss, , ddeemmôônniiooss
lleevvaa pprreessooss, , rreeccrruuttaass
mmaallttaa mmaallffeeiittoorrees s oou u ddeessoorrddeeiirrooss
mmaannaaddaa bbúúffaallooss, , bbooiiss, , eelleeffaanntteess,,
mmaattiillhhaa ccããees s dde e rraaççaa
mmoollhhoo cchhaavveess, , vveerrdduurraass
mmuullttiiddããoo ppeessssooaas s eem m ggeerraall
nuvemnuvem insetos (gafanhotos,insetos (gafanhotos,
mosquitos, etc.)mosquitos, etc.)
ppeennccaa bbaannaannaass, , cchhaavveess
ppiinnaaccootteeccaa ppiinnttuurraass, , qquuaaddrrooss
qquuaaddrriillhhaa llaaddrrõõeess, , bbaannddiiddooss
ramalheteramalhete oresores
rreebbaannhhoo oovveellhhaass
rreeppeerrttóórriioo ppeeççaas s tteeaattrraaiiss, , oobbrraas s mmuussiiccaaiiss
rrééssttiiaa aallhhoos s oou u cceebboollaass
rroommaanncceeiirroo ppooeessiiaasns naarrrraattiivvaass
rreevvooaaddaa ppáássssaarrooss
ssíínnooddoo ppáárrooccooss
ttaallhhaa lleennhhaa
ttrrooppaa mmuuaarreess, , ssoollddaaddooss
ttuurrmmaa eessttuuddaanntteess, , ttrraabbaallhhaaddoorreess
vvaarraa ppoorrccooss
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Formação dos SubstantivosFormação dos Substantivos
Substantivos Simples e CompostosSubstantivos Simples e Compostos
Chuva -Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre asubst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra.terra.
O substantivoO substantivo chuvachuva é formado por um único elemento é formado por um único elemento
ou radical. É um substantivo simples.ou radical. É um substantivo simples.
Substantivo SimplesSubstantivo Simples: é aquele formado por um único: é aquele formado por um único
elemento.elemento.
Outros substantivos simples:Outros substantivos simples: tempo, sol, sofátempo, sol, sofá, etc. Veja, etc. Veja
agora: O substantivoagora: O substantivo guarda-chuva guarda-chuva é formado por dois ele- é formado por dois ele-
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo CompostoSubstantivo Composto: é aquele formado por dois ou: é aquele formado por dois ou
mais elementos. Outros exemplos:mais elementos. Outros exemplos: beija-orbeija-or, , passatempopassatempo..
  
Substantivos Primitivos e DerivadosSubstantivos Primitivos e Derivados
Substantivo PrimitivoSubstantivo Primitivo: é aquele que não d: é aquele que não deriva de ne-eriva de ne-
nhuma outra palavra da própria língua pornhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O subs-tuguesa. O subs-
tantivotantivo limoeiro,limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se originoupor exemplo, é derivado, pois se originou
a partir da palavraa partir da palavra limãolimão..
Substantivo DerivadoSubstantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-: é aquele que se origina de ou-
tra palavra.tra palavra.
Flexão dos substantivosFlexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre exão (variação). A palavravel quando sofre exão (variação). A palavra menino,menino, por por
exemplo, pode sofrer variações para indicar:exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural:Plural: meninos /meninos / Feminino:Feminino: menina /menina / Aumentativo:Aumentativo:
meninão /meninão / Diminutivo:Diminutivo: menininhomenininho
Flexão de GêneroFlexão de Gênero
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeitovendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
a todos os substantivos de nossa língua, quer se rerama todos os substantivos de nossa língua, quer se reram
a seres animais providos de sexo, quer designem apenasa seres animais providos de sexo, quer designem apenas
“coisas”:“coisas”: o gato/a gata; o bo gato/a gata; o banco, a casa.anco, a casa.  
Na língua portuguesa, há dois gêneros:Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino emasculino e
feminino.feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos Pertencem ao gênero masculino os substantivosque podem vir precedidos dos artigosque podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.o, os, um, uns. Veja Veja
estes títulos de lmes:estes títulos de lmes:
O velho e o mar O velho e o mar 
Um Natal inesquecívelUm Natal inesquecível
Os reis da praiaOs reis da praia
  
Pertencem ao gênero feminino os substantivos quePertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigospodem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:a, as, uma, umas:
 A história sem m A história sem m
Uma cidade sem passadoUma cidade sem passado
 As tartarugas ninjas As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos UniformesSubstantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Substantivos BiformesSubstantivos Biformes  (= duas formas): apresentam  (= duas formas): apresentam
uma forma para cada gênero:uma forma para cada gênero: gato –  gato – gata, homem gata, homem – mulher– mulher,,
 poeta – poetisa, prefeito - prefeita poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos UniformesSubstantivos Uniformes: apresentam uma única forma,: apresentam uma única forma,
que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Classicam-se em:Classicam-se em:
- Epicenos- Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se: referentes a animais. A distinção de sexo se
faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fêmea”:faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fêmea”: aa
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacacobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.ré fêmea.
- Sobrecomuns- Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a: substantivos uniformes referentes a
pessoas de ambos os sexos:pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a víti-a criança, a testemunha, a víti-
ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.indivíduo.
- Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros- Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in-: in-
dicam o sexo das pessoas por meio do artigo:dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e ao colega e a
colega, o doente e a doente, o artista e a artista.colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba queSaiba que: Substantivos de origem grega terminados: Substantivos de origem grega terminados
emem emaema ou ou omaoma são masculinos: são masculinos: o fonema, o poema, o sis-o fonema, o poema, o sis-
tema, o sintoma, o teorema.tema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu signicado:variam em seu signicado:
o águiao águia (vigarista)(vigarista) e a águia e a águia (ave; perspicaz)(ave; perspicaz)
o cabeçao cabeça (líder)(líder) e a cabeça e a cabeça (parte do corpo)(parte do corpo)
o capitalo capital (dinheiro)(dinheiro) e a capital e a capital (cidade)(cidade)
o comao coma (sono mórbido)(sono mórbido) e a coma e a coma (cabeleira, juba)(cabeleira, juba)
o lenteo lente (professor)(professor) e a lente e a lente (vidro de aumento)(vidro de aumento)
o moralo moral (estado de espírito)(estado de espírito) e a moral e a moral (ética; conclusão)(ética; conclusão)o praça (soldado raso)o praça (soldado raso) e a praça e a praça (área pública)(área pública)
o rádioo rádio (aparelho receptor)(aparelho receptor) e a rádio e a rádio (estação emissora)(estação emissora)
Formação do Feminino dos Substantivos BiformesFormação do Feminino dos Substantivos Biformes
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a:- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: alunoaluno
- aluna.- aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino:masculino: freguês - freguesafreguês - freguesa
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
de três formas:de três formas:
1- troca-se -ão por -oa. =1- troca-se -ão por -oa. =  patrão – patroa patrão – patroa  
2- 2- troca-se troca-se -ão -ão por por -ã. -ã. == campeão - campeãcampeão - campeã
3- troca-se 3- troca-se -ão por -ão por ona. ona. == solteirão - solteironasolteirão - solteirona
* Exceções* Exceções:: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão -barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão -
sultanasultana
- Substantivos terminados em -or:- Substantivos terminados em -or:
acrescenta-se acrescenta-se -a ao -a ao masculino masculino == doutor – doutora doutor – doutora
troca-se troca-se -or -or por por -triz: -triz: == imperador - imperatriz imperador - imperatriz 
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-côn-
sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa/ duqueduque
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
nal por -a:nal por -a: elefante - elefantaelefante - elefanta
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
no e no feminino:no e no feminino: bode – cabra / boi - vacabode – cabra / boi - vaca
- Substantivos que formam o feminino de maneira es-- Substantivos que formam o feminino de maneira es-
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina, réu - réczar – czarina, réu - ré
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos UniformesFormação do Feminino dos Substantivos Uniformes
EpicenosEpicenos::
Novo jacaré escapa de Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. IssoNão é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma formaforma
para indicar o masculino e o feminino.para indicar o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só formaAlguns nomes de animais apresentam uma só forma
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houvermados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especicar o sexo, utilizam-se palavrasa necessidade de especicar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea.macho e fêmea.
 A cobra macho pic A cobra macho picou o marinheiro.ou o marinheiro.
 A cobra fêmea esc A cobra fêmea escondeu-se na bananeirondeu-se na bananeira.a.
SobrecomunsSobrecomuns::
Entregue as crianças à naturezaEntregue as crianças à natureza..
A palavraA palavra criançascrianças se refere tanto a seres do  se refere tanto a seres do sexo mas-sexo mas-
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nemculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
o artigo nem um possível adjetivo permitem identicar oo artigo nem um possível adjetivo permitem identicar o
sexo dos seres a sexo dos seres a que se refere a que se refere a palavra. Veja:palavra. Veja:
 A criança choron A criança chorona chamava-se João.a chamava-se João.
 A criança choron A criança chorona chamava-se Maria.a chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura =a criatura =  João é uma  João é uma boa criatura. boa criatura. Maria é uma Maria é uma boaboa
criaturacriatura..
o cônjuge =o cônjuge = O cônjuge O cônjuge de João de João faleceu. faleceu. O cônjuge O cônjuge dede
Marcela faleceuMarcela faleceu
Comuns de Dois GênerosComuns de Dois Gêneros::
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depoisMotorista tem acidente idêntico 23 anos depois..
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, umaÉ impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
vez que a palavra motorista é vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.um substantivo uniforme.
A distinção de gênero pode ser feita através da análiseA distinção de gênero pode ser feita através da análise
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti-do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti-
vo:vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovemo colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran-- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran-
cês - repórter cês - repórter francesafrancesa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos- A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros.dois gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuadaa) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
preferência pelo masculino:preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvensO menino descobriu nas nuvens
os personagens dos contos de carochinhaos personagens dos contos de carochinha..
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini-b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini-
no:no: O problema está nas mulheres de mais idade, que nãoO problema está nas mulheres de mais idade, que não
aceitam a personagem.aceitam a personagem.
- Diz-se:- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modeloo (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográco Ana Belmonte.fotográco Ana Belmonte.
   Observe Observe o o gênero gênero dos dos substantivos substantivos seguintes:seguintes:
Masculinos:Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dóo tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, omaracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
 proclama, o pernoi proclama, o pernoite, o púbis.te, o púbis.
Femininos:Femininos: a dinamite, a derme, a a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, ahélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,entorse, a libido,
a cal, a faringe, a a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).cólera (doença), a ubá (canoa).
  
- São - São geralmente masculinos geralmente masculinos os substantivos os substantivos de ori-de ori-
gem gem grega grega terminados terminados em em -ma:-ma: o grama (peso), o quilo-o grama (peso), o quilo-
 grama,  grama, o o plasma, plasma, o o apostema, apostema, o o diagrama, diagrama, o o epigrama, epigrama, oo
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, otelefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, oeczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
ma, o hematoma.ma, o hematoma.
  
* Exceções:* Exceções:  a cataplasma, a celeuma, a eumaa cataplasma, a celeuma, a euma, etc., etc.
  
Gênero dos Nomes de CidadesGênero dos Nomes de Cidades:: Com raras exceções,Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.nomes de cidades são femininos.
 A histórica Ouro Pr A histórica Ouro Preto.eto.
 A dinâmica São P A dinâmica São Paulo.aulo.
 A acolhedora P A acolhedora Porto Alegre.orto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.Uma Londres imensa e triste.
Exceções:Exceções:  o Rio de Janeiro, o Cairo, o o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.Porto, o Havre.
Gênero e SignicaçãoGênero e Signicação
Muitos substantivos têm uma signicação no masculiMuitos substantivos têm uma signicação no masculi--
no e outra no feminino. Observe:no e outra no feminino. Observe:
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica oso baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai àmovimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), afrente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
 po), o  po), o cisma (separação religiosa, dissidência), cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma a cisma (ato(ato
de cismar, desconança), o cinza (a cor cinzenta), a cinzade cismar, desconança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), odade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (pólipo,a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobracoral (cobra
venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administraçãovenenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
da crisma da crisma e de outros se de outros sacramentos), a cacramentos), a crisma (sacramenrisma (sacramentoto
da conrmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), oda conrmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-vege-
tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
 pena grande das asas das  pena grande das asas das aves), o grama (unidade de pesaves), o grama (unidade de peso),o),a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lentecipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), abons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotivanascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o palaa vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o vogaro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).(remador), a voga (moda).
Flexão de Número do Flexão de Número do SubstantivoSubstantivo
Em português, há dEm português, há dois números gramaticais: o singulois números gramaticais: o singularar,,
que indica um ser ou que indica um ser ou um grupo de seres, um grupo de seres, e e o plural, queo plural, que
indica mais de um indica mais de um ser ou grupo de ser ou grupo de seres. seres. A característicaA característica
do plural é o “s” nal.do plural é o “s” nal.
  
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Plural dos Substantivos SimplesPlural dos Substantivos Simples
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”:“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – pai – pais; ímã –
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural).ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção:Exceção: cânoncânon
- cânones.- cânones.
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
em “ns”:em “ns”: homem - homens.homem - homens.
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-
ral pelo acréscimo ral pelo acréscimo de “es”:de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.revólver – revólveres; raiz - raízes.
* Atenção* Atenção: O plural de caráter é caracteres.: O plural de caráter é caracteres.
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul exionam-- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul exionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”:se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintal - quintais; quintais; cara-cara-
col – caracóis; hotel - hotéis.col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções:Exceções: mal e males, cônsulmal e males, cônsul
e cônsules.e cônsules.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural deplural de
duas maneiras:duas maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”:- Quando oxítonos, em “is”: canil - caniscanil - canis
- Quando - Quando paroxítonos, em “eis”:paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseismíssil - mísseis..
ObservaçãoObservação: a palavra réptil pode formar seu plural de: a palavra réptil pode formar seu plural de
duas maneiras:duas maneiras: répteis ou reptisrépteis ou reptis (pouco usada). (pouco usada).
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
duas maneiras:duas maneiras:
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
acréscimo de acréscimo de “es”:“es”: ás – ases / retrós - ás – ases / retrós - retrosesretroses
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, cam inva2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, cam inva--
riáveis:riáveis: o lápis o lápis - os - os lápis lápis / / o ônibus o ônibus - os - os ônibus.ônibus.
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
de três maneiras.de três maneiras.
1- substituindo o -ão por -ões:1- substituindo o -ão por -ões: ação - açõesação - ações
2- substituindo o -ão por -ães:2- substituindo o -ão por -ães: cão - cãescão - cães
3- substituindo o -ão por -ãos:3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos grão - grãos
- Os substantivos terminados em “x” cam invariáveis:- Os substantivos terminados em “x” cam invariáveis:
o látex - os látex.o látex - os látex.
Plural dos Substantivos CompostosPlural dos Substantivos Compostos
- A formação do plural dos substantivos compostos- A formação do plural dos substantivos compostos
depende da forma como são grafados, do tipo de palavrasdepende da forma como são grafados, do tipo de palavras
que formam o composto e da relação que estabelecem en-que formam o composto e da relação que estabelecem en-
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-setre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
como os substantivos simples:como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, gi-aguardente/aguardentes, gi-
rassol/girassol/girassóis, pontapé/pontapés, rassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmeque-malmequer/malmeque-
res.res.
O plural dos substantivos compostos cujos elementosO plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas esão ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
-- Flexionam-se os dois elementosFlexionam-se os dois elementos, quando formados, quando formados
de:de:
substantivo + substantivo =substantivo + substantivo = couve-or e couves-orescouve-or e couves-ores  
substantivo + adjetivo =substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-amor-perfeito e amores-per-
feitosfeitos  
adjetivo + substantivo =adjetivo + substantivo =  gentil-homem  gentil-homem e e gentis-ho-gentis-ho-
mensmens
numeral + substantivo =numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feirasquinta-feira e quintas-feiras
-- Flexiona-se somente o segundo elementoFlexiona-se somente o segundo elemento, quando, quando
formados de:formados de:
verbo + substantivo =verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável =palavra invariável + palavra variável = alto-falante e al-alto-falante e al-
to-falantesto-falantes
palavras repetidas ou imitativas =palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-reco-reco e reco-re-
coscos
-- Flexiona-se somente o primeiro elementoFlexiona-se somente o primeiro elemento, quando, quando
formados de:formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo =substantivo + preposição clara + substantivo = água-água-
de-colônia e de-colônia e águas-de-colôniaáguas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo =substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-cava-
lo-vapor e cavalos-vapor lo-vapor e cavalos-vapor 
substantivo + substantivo que funciona como determi-substantivo + substantivo que funciona como determi-
nante do primeiro, ou seja, especica a função ou o tipo donante do primeiro, ou seja, especica a função ou o tipo dotermo anterior:termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-re- palavra-chave - palavras-chave, bomba-re-
lógio- bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe-espa-lógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe-espa-
da - peixes-espada.da - peixes-espada.
-- Permanecem invariáveisPermanecem invariáveis, quando formados de:, quando formados de:
verbo + advérbio =verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-forao bota-fora e os bota-fora  
verbo + substantivo no plural =verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-o saca-rolhas e os sa-
ca-rolhasca-rolhas
** Casos EspeciaisCasos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deuso louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-viso bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-quereso bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Plural das Palavras SubstantivadasPalavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outrasAs palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as exões próprias dos substantivos.no plural, as exões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.nãos.
* Observação* Observação: numerais substantivados terminados: numerais substantivados terminados
em “s” ou “z” não variam no em “s” ou “z” não variam no plural:plural: Nas provas mensais con-Nas provas mensais con-
segui muitos seis e alguns dez.segui muitos seis e alguns dez.
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Plural dos DiminutivosPlural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” nalFlexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” nal
e acrescenta-se o suxo diminutivo.e acrescenta-se o suxo diminutivo.
 pãe(s) + zinhos = pãezinhos pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + animai(s) + zinhos zinhos = = animaizinhosanimaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhosbotõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhoschapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhosfarói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhostren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhascolhere(s) + zinhas = colherezinhas
ore(s) + zinhas = orezinhasore(s) + zinhas = orezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhasmão(s) + zinhas = mãozinhas
 papéi(s) + zinhos = papeizinhos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhasnuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhosfuni(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhostúnei(s) + zinhos = tuneizinhos
 pai(s) + zinhos = paizinhos pai(s) + zinhos = paizinhos
 pé(s) + zinhos = pezinhos pé(s) + zinhos = pezinhos
 pé(s) + zitos = pezitos pé(s) + zitos = pezitos
Plural dos Nomes Plural dos Nomes Próprios PersonativosPróprios Personativos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoasDevem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
sempre que a terminação preste-se à exão.sempre que a terminação preste-se à exão.
Os Napoleões também são derrotados.Os Napoleões também são derrotados.
 As Raquéis e Esteres. As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos EstrangeirosPlural dos Substantivos Estrangeiros
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
critos como na lcritos como na língua original, acrescentando-se “s” (excetoíngua original, acrescentando-se “s” (exceto
quando terminam em “s” ou “z”):quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.os shows, os shorts, os jazz.
Substantivos já aportuguesados exionam-se de acorSubstantivos já aportuguesados exionam-se de acor--
do com as regras de nossa língua:do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, osos clubes, os chopes, os
 jipes, os  jipes, os esportes, as esportes, as toaletes, os toaletes, os bibelôs, os bibelôs, os garçons, os garçons, os ré-ré-
quiens.quiens.
Observe o exemplo:Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
Plural com Mudança de TimbrePlural com Mudança de Timbre
Certos substantivos formam o plural com mudança deCertos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fatotimbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (fonético chamado metafonia (plural metafônicoplural metafônico).).
Singular PluralSingular Plural
Corpo Corpo (ô) (ô) corpos corpos (ó)(ó)
esforço esforçosesforço esforços
fogo fogosfogo fogos
forno fornosforno fornos
fosso fossosfosso fossos
imposto impostosimposto impostos
olho olhosolho olhos
osso osso (ô) (ô) ossos ossos (ó)(ó)
ovo ovosovo ovos
 poço  poço poçospoços
 porto  porto portosportos
 posto  posto postospostos
tijolo tijolostijolo tijolos
Têm a vogal tônica fechada (ô):Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-adornos, almoços, bol-
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, sorosrolos, soros, etc., etc.
* Observação* Observação: distinga-se molho (ô) = caldo (molho: distinga-se molho (ô) = caldo (molho
de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Particularidades sobre o Número dos Particularidades sobre o Número dos SubstantivosSubstantivos
- Há substantivos que só se usam no singular:- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, oo sul, o
norte, o leste, o oeste, a fé,norte, o leste, o oeste, a fé, etc. etc.
- Outros só no plural:- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as feas espadas/os paus (naipes de baralho), as fezeszes..
- Outros, enm, têm, no plural, sentido diferente do- Outros, enm, têm, no plural, sentido diferente do
singular:singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
bom nome) e honras (homenagem, títulos).bom nome) e honras (homenagem, títulos).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
com sentido de plural:com sentido de plural:
 Aqui morreu muito negro. Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelasCelebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas.improvisadas.
Flexão de Grau do Flexão de Grau do SubstantivoSubstantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimirGrau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
as variações de tamanho dos seres. Classica-se em:as variações de tamanho dos seres. Classica-se em:
-- Grau NormalGrau Normal - Indica um ser de  - Indica um ser de tamanho considera-tamanho considera-
do normal. Por exemplo:do normal. Por exemplo: casacasa
-- Grau AumentativoGrau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho- Indica o aumento do tamanho
do ser. Classica-se em:do ser. Classica-se em:
AnalíticoAnalítico = o substantivo é acompanhado de um adje- = o substantivo é acompanhado de um adje-
tivo que indica grandeza. Por exemplo:tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grandecasa grande..
SintéticoSintético = é acrescido ao substantivo um suxo indi = é acrescido ao substantivo um suxo indi--
cador de aumento. Por exemplo:cador de aumento. Por exemplo: casarãocasarão..
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
-- Grau DiminutivoGrau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho - Indica a diminuição do tamanho
do ser. Pode ser:do ser. Pode ser:
AnalíticoAnalítico = substantivo acompanhado de um adjetivo = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez. Por exemplo:que indica pequenez. Por exemplo: casa pequenacasa pequena..
SintéticoSintético = é acrescido ao substantivo um suxo indi= é acrescido ao substantivo um suxo indi--
cador de diminuição. Por exemplo:cador de diminuição. Por exemplo: casinha.casinha.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.phphttp://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
VerboVerbo
VerboVerbo é a palavra que se exiona em pessoa, núme é a palavra que se exiona em pessoa, núme--
ro, tempo e modo. A estes tipos de exão verbal dá-se oro, tempo e modo. A estes tipos de exão verbal dá-se o
nome denome de conjugaçãoconjugação (por isso também se diz que verbo(por isso também se diz que verbo
é a palavra que pode ser conjugada)é a palavra que pode ser conjugada)..  Pode indicar, entre  Pode indicar, entre
outros processos: ação (outros processos: ação (amarrar amarrar ), estado (), estado (sousou), fenômeno), fenômeno
((choveráchoverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).); ocorrência (nascer); desejo (querer).
Estrutura das Formas Estrutura das Formas VerbVerbaisais
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentarDo ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
os seguintes elementos:os seguintes elementos:
-- RadicalRadical: é a parte invariável, que expressa o signica: é a parte invariável, que expressa o signica--
do essencial do verbo. Por exemplo:do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-amfal-ei; fal-ava; fal-am..
(radical(radical falfal-)-)
-- TemaTema: é o radical seguido da vogal temática que in-: é o radical seguido da vogal temática que in-
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r.fala-r. São três as conjugações:São três as conjugações:
1.ª - Vogal Temática -1.ª - Vogal Temática - AA -- (falar),(falar), 2.ª - Vogal Temática -2.ª - Vogal Temática -
EE -- (vender),(vender), 3.ª - Vogal Temática -3.ª - Vogal Temática - II - - (partir)(partir)..
-- Desinência modo-temporalDesinência modo-temporal: é o elemento que de-: é o elemento que de-
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
faláfalávavamosmos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo) ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
 / / falafalassesse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
-- Desinência Desinência número-pessnúmero-pessoaloal: é o elemento que de-: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª osigna a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número (sin-u 3.ª) e o número (sin-
gular ou plural):gular ou plural):
falafalamosmos (indica a  (indica a 1.ª pessoa 1.ª pessoa do plural.) do plural.) // falavafalavamm (in- (in-
dica a 3.ª pessoa do plural.)dica a 3.ª pessoa do plural.)
* Observação* Observação: o verbo: o verbo pôr  pôr , assim como seus derivados, assim como seus derivados
((compor, repor, depor compor, repor, depor ), pertencem à 2.ª conjugação, pois a), pertencem à 2.ª conjugação, pois a
forma arcaica do verboforma arcaica do verbo  pôr  pôr   era era  poer  poer . A vogal “e”, apesar. A vogal “e”, apesar
de haver desaparecido do innitivo, revela-se em algumasde haver desaparecido do innitivo, revela-se em algumas
formas do verbo:formas do verbo: põe, pões, põem, põe, pões, põem, etc. etc.
Formas Rizotônicas e ArrizotônicasFormas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estruturaAo combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acentobemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
tônico cai no radical do verbo:tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amoopino, aprendam, amo, por, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não caiexemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
opinei, aprenderão, amaríamosopinei, aprenderão, amaríamos..
Classicação dos VerbosClassicação dos Verbos
Classicam-se em:Classicam-se em:
-- RegularesRegulares: são aqueles que apresentam o radical: são aqueles que apresentam o radical
inalterado durante a conjugação e desinências idênticas àsinalterado durante a conjugação e desinências idênticas às
de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Porde todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por
exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju-exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju-gados no presente do Modo Indicativo:gados no presente do Modo Indicativo:
cant cant oo   falfaloo
cant cant asas   falfalasas
cant cant aa   falfalasas
cant cant amosamos   falfalamosamos
cant cant aisais   falfalaisais
cant cant amam falfalamam
** Dica:Dica: Observe que, retirando os radicais, as desi-Observe que, retirando os radicais, as desi-
nências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-senências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se
idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que seidênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se
repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju-repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju-
gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.
Substitua o radical “Substitua o radical “cant cant ” e coloque o “” e coloque o “and and ” (radical do ” (radical do ver-ver-bo andar). Viu? Fácil!bo andar). Viu? Fácil!
-- IrregularesIrregulares: são aqueles cuja exão provoca altera: são aqueles cuja exão provoca altera--
ções no radical ou nas desinências:ções no radical ou nas desinências: faço, z, farei, zesse.faço, z, farei, zesse.
* Observação* Observação: alguns verbos sofrem alteração no ra-: alguns verbos sofrem alteração no ra-
dical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o casodical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso
de:de: corrigir/corricorrigir/corri j  j o, ngir/no, ngir/n j  j o, too, toc c ar/toar/toququeiei, por exemplo, por exemplo..
Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque oTais alterações não caracterizam irregularidade, porque o
fonema permanece inalterado.fonema permanece inalterado.
-- DefectivosDefectivos: são aqueles que não apresentam conju-: são aqueles que não apresentam conju-
gação completa. Os principais sãogação completa. Os principais são adequar, precaver, com-adequar, precaver, com-
 putar putar, reaver, reaver, abolir, abolir, falir, falir..
-- ImpessoaisImpessoais: são os verbos que não têm sujeito : são os verbos que não têm sujeito e, nor-e, nor-
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Osmalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:principais verbos impessoais são:
** haverhaver, quando sinônimo de, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-existir, acontecer, realizar-
sese ou ou fazer fazer  (em orações temporais). (em orações temporais).
Havia muitos candidatos no dia da Havia muitos candidatos no dia da prova.prova. (Havia = Exis-(Havia = Exis-
tiam)tiam)
Houve duas guerras mundiais.Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)(Houve = Aconteceram)
Haverá debates hoje.Haverá debates hoje. (Haverá = (Haverá = RealizarRealizar-se-ão)-se-ão)
Viajei a Madri há Viajei a Madri há muitos anos.muitos anos. (há = faz)(há = faz)
** fazer, ser e estarfazer, ser e estar (quando indicam tempo) (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorososna Europa.Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o Era primavera quando o conheci.conheci.
Estava frio naquele dia.Estava frio naquele dia.
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
* Todos os* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoaisverbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais :: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer,escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “ etc. Quando, porém, se constrói, “ Amanheci cansado Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido gurado. Qual”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido gurado. Qual--
quer verbo impessoal, empregado em sentido gurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugaçãoquer verbo impessoal, empregado em sentido gurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.completa.
 Amanheci cansado. Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)(Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo.Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)(Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem.Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)(Sujeito desinencial: eu)
* São impessoais, ainda:* São impessoais, ainda:
- o verbo- o verbo passar  passar  (seguido de preposição), indicando tempo: (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis. Já passa das seis.
- os verbos- os verbos bastar bastar  e e chegar chegar , seguidos da preposição , seguidos da preposição “de”“de”, indicando suciência:, indicando suciência:
Basta de tolices.Basta de tolices.
Chega de promessasChega de promessas..
- os verbos- os verbos estar estar  e e car car  em orações como “ em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não ca bem, Fica mal”,Está bem, Está muito bem assim, Não ca bem, Fica mal”, sem referência a sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “eleele está mal está mal”). Podemos, nesse caso, classicar o sujeito como hipotético,”). Podemos, nesse caso, classicar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo- o verbo dardar ++ para para da lí da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:ngua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila? Dá para me arrumar uma apostila? 
-- UnipessoaisUnipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas : são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. Sãonas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbosunipessoais os verbos constar, convir, serconstar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais ((= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,cacarejar, cricrilar,miar, latir, piar miar, latir, piar ).).
* Observação* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem gurada:: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem gurada:
TTeu irmão eu irmão amadureceu bastanteamadureceu bastante..
O que é que aquela garota está cacarejando? O que é que aquela garota está cacarejando? 
Principais verbos unipessoais:Principais verbos unipessoais:
1.1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser  (preciso, necessário): (preciso, necessário):
Cumpre estudarmos bastante.Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante)(Sujeito: estudarmos bastante)
Parece que vai chover.Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)(Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova.É preciso que chova. (Sujeito: que chova)(Sujeito: que chova)
2.2. fazer e ir fazer e ir , em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção queque..
Faz dez anos que viajei à Europa.Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à (Sujeito: que viajei à Europa)Europa)
Vai paraVai para (ou(ou Vai em Vai em ouou Vai por Vai por )) dez anos que não a vejo. dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)(Sujeito: que não a vejo)
* Observação* Observação:: todos os sujeitos apontados são todos os sujeitos apontados são oracionaisoracionais..
-- Abundantes Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas emdas formas regulares terminadas em -ado-ado ou ou -ido-ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular)., surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “O particípio regular (terminado em “–do” –do” ) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos terter ee haver;haver; o irregular é em-o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os pregado na voz passiva, ou seja, com os verbosverbos ser, carser, car ee estar.estar. Observe:Observe:
Innitivo Innitivo Particípio Particípio Regular Regular Particípio Particípio IrregularIrregular
 Aceitar  Aceitar Aceitado Aceitado AceitoAceito
 Acender  Acender Acendido Acendido AcesoAceso
 Anexar  Anexar Anexado Anexado AnexoAnexo
Benzer Benzer Benzido Benzido BentoBento
Corrigir Corrigir Corrigido Corrigido CorretoCorreto
Dispersar Dispersar Dispersado Dispersado DispersoDisperso
    
3333
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Eleger Eleger Elegido Elegido EleitoEleito
Envolver Envolver Envolvido Envolvido EnvoltoEnvolto
Imprimir Imprimir Imprimido Imprimido ImpressoImpresso
Inserir Inserir Inserido Inserido InsertoInserto
Limpar Limpar Limpado Limpado LimpoLimpo
Matar Matar Matado Matado MortoMorto
Misturar Misturar Misturado Misturado MistoMisto
Morrer Morrer Morrido Morrido MortoMorto
Murchar Murchar Murchado Murchado MurchoMurcho
Pegar Pegar Pegado Pegado PegoPego
Romper Romper Rompido Rompido RotoRoto
Soltar Soltar Soltado Soltado SoltoSolto
Suspender Suspender Suspendido Suspendido SuspensoSuspenso
Tingir Tingir Tingido Tingido TintoTinto
Vagar Vagar Vagado Vagado VagoVago
** Importante:Importante:
-- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular:irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/ abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/ 
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
-- Anômalos Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois:: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: serser ((sou, sois,sou, sois, fui) efui) e
irir ((fui, ia, vadesfui, ia, vades))..
  
-- Auxiliares: Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. OSão aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principalverbo principal  
(aquele que exprime a ideia (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa dasacompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais:formas nominais: innitivo, gerúndioinnitivo, gerúndio ou ou particípio particípio..
  
Vou Vou espantar espantar todos!todos!
(verbo (verbo auxiliar) auxiliar) (verbo (verbo principal principal no no innitivo)innitivo)
   Está Está chegando chegando a a hora!hora!
(verbo (verbo auxiliar) auxiliar) (verbo (verbo principal principal no no gerúndio)gerúndio)
* Observação* Observação: os verbos auxiliares mais usados : os verbos auxiliares mais usados são:são: ser, estar, ter e haver.ser, estar, ter e haver.
Conjugação dos Conjugaçãodos Verbos AuxiliaresVerbos Auxiliares
SER - Modo IndicativoSER - Modo Indicativo
Presente Presente Pret.Perfeito Pret.Perfeito Pret. Pret. Imp. Imp. Pret.mais-que-perfPret.mais-que-perf. . Fut.do Fut.do Pres. Pres. Fut. Fut. Do Do PretéritoPretérito
sou sou fui fui era era fora fora serei serei seriaseria
és és foste foste eras eras foras foras serás serás seriasserias
é foi é foi era era fora fora será será seriaseria
somos somos fomos fomos éramos éramos fôramos fôramos seremos seremos seríamosseríamos
sois sois fostes fostes éreis éreis fôreis fôreis sereis sereis seríeisseríeis
são foram são foram eram eram foram foram serão serão seriamseriam
    
3434
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
SER - Modo SubjuntivoSER - Modo Subjuntivo
Presente Presente Pretérito Pretérito Imperfeito FuturoImperfeito Futuro
que que eu eu seja seja se se eu eu fosse fosse quando quando eu eu for for 
que que tu tu sejas sejas se se tu tu fosses fosses quando quando tu tu foresfores
que que ele ele seja seja se se ele ele fosse fosse quando quando ele ele for for 
que que nós nós sejamos sejamos se se nós nós fôssemos fôssemos quando quando nós nós formosformosque que vós vós sejais sejais se se vós vós fôsseis fôsseis quando quando vós vós fordesfordes
que que eles eles sejam sejam se se eles eles fossem fossem quando quando eles eles foremforem
SER - Modo ImperativoSER - Modo Imperativo
Armativo NegativoArmativo Negativo
sê sê tu tu não não sejas sejas tutu
seja seja você você não não seja seja vocêvocê
sejamos sejamos nós nós não não sejamos sejamos nósnós
sede sede vós vós não não sejais sejais vósvós
sejam sejam vocês vocês não não sejam sejam vocêsvocês
SER - Formas NominaisSER - Formas Nominais
Innitivo Innitivo Impessoal Impessoal Innitivo Innitivo Pessoal Pessoal Gerúndio Gerúndio ParticípioParticípio
ser ser ser ser eu eu sendo sendo sidosido
   seres seres tutu
ser eleser ele
sermos nóssermos nós
serdes vósserdes vós
serem elesserem eles
ESTAR - Modo IndicativoESTAR - Modo Indicativo
  
Presente Presente Pret. Pret. perf. perf. Pret. Pret. Imp. Imp. Pret.mais-q-perf. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.doPres. Fut.doPretéFut.doPreté..
estou estou estive estive estava estava estivera estivera estarei estarei estariaestaria
estás estás estiveste estiveste estavas estavas estiveras estiveras estarás estarás estariasestarias
está está esteve esteve estava estava estivera estivera estará estariaestará estaria
estamos eestamos estivemos stivemos estávamos estávamos estivéramos estivéramos estaremos estaremos estaríamosestaríamos
estais estais estivestes estivestes estáveis estáveis estivéreis estivéreis estareis estarestareis estaríeisíeis
estão estão estiveram estiveram estavam estavam estiveram estiveram estarão estarão estariamestariam
ESTESTAR - AR - Modo Subjuntivo e ImperativoModo Subjuntivo e Imperativo
Presente Presente Pretérito Pretérito Imperfeito Imperfeito Futuro Futuro Armativo Armativo NegativoNegativo
esteja esteja estivesse estivesse estiverestiver
estejas estejas estivesses estivesses estiveres estiveres está está estejasestejas
esteja esteja estivesse estivesse estiver estiver esteja esteja estejaesteja
estejamos estejamos estivéssemos estivéssemos estivermos estivermos estejamos estejamos estejamosestejamos
estejais estejais estivésseis estivésseis estiverdes estiverdes estai estai estejaisestejais
estejam estejam estivessem estivessem estiverem estiverem estejam estejamestejam estejam
    
3535
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
ESTAR - Formas NominaisESTAR - Formas Nominais
Innitivo Innitivo Impessoal Impessoal Innitivo Innitivo Pessoal Pessoal Gerúndio Gerúndio ParticípioParticípio
estar estar estar estar estando estando estadoestado
  estares  estares
estarestar
estarmosestarmos
estardesestardes
estaremestarem
HAVER - Modo IndicativoHAVER - Modo Indicativo
Presente Presente Pret. Pret. Perf. Perf. Pret. Pret. Imp. Imp. Pret.Mais-Q-PerfPret.Mais-Q-Perf. . Fut.do Fut.do Pres. Pres. Fut.doPreté.Fut.doPreté.  
hei hei houve houve havia havia houvera houvera haverei haverei haveriahaveria
hás hás houveste houveste havias havias houveras houveras haverás haverás haveriashaverias
há há houve houve havia havia houvera houvera haverá haverá haveriahaveria
havemos havemos houvemos houvemos havíamos havíamos houvéramos houvéramos haveremos haveremos haveríamoshaveríamos
haveis haveis houvestes houvestes havíeis havíeis houvéreis houvéreis havereis havereis haveríeishaveríeis
hão hão houveram houveram haviam haviam houveram houveram haverão haverão haveriamhaveriam
HAVER - Modo Subjuntivo e ImperativoHAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente Presente Pretérito Pretérito Imperfeito Imperfeito Futuro Futuro Armativo Armativo NegativoNegativo
 ja  ja houvesse houvesse houverhouver
hajas hajas houvesses houvesses houveres houveres há há hajashajas
haja haja houvesse houvesse houver houver haja haja hajahaja
hajamos hajamos houvéssemos houvéssemos houvermos houvermos hajamos hajamos hajamoshajamos
hajais hajais houvésseis houvésseis houverdes houverdes havei hajaishavei hajais
hajam hajam houvessem houvessem houverem houverem hajam hajam hajamhajam
HAVER - Formas NominaisHAVER - Formas Nominais
Innitivo Innitivo Impessoal Impessoal Innitivo Innitivo Pessoal Pessoal Gerúndio Gerúndio ParticípioParticípio
haver haver haver haver havendo havendo havidohavido
  haveres  havereshaverhaver
havermoshavermos
haverdeshaverdes
haveremhaverem
TER - Modo IndicativoTER - Modo Indicativo
Presente Presente Pret. Pret. Perf. Perf. Pret. Pret. Imp. Imp. Preté.mais-q-perf. Preté.mais-q-perf. Fut. Fut. Do Do Pres. Pres. Fut. Fut. Do Do Preté.Preté.  
tenho tenho tive tive tinha tinha tivera tivera terei terei teriateria
tens tens tiveste tiveste tinhas tinhas tiveras tiveras terás terás teriasterias
tem tem teve teve tinha tinha tivera tivera terá terá teriateria
temos temos tivemos tivemos tínhamos tínhamos tivéramos tivéramos teremos teremos teríamosteríamos
tendes tendes tivestes tivestes tínheis tínheis tivéreis tivéreis tereis tereis teríeisteríeis
têm têm tiveram tiveram tinham tinham tiveram tiveram terão terão teriamteriam
    
3636
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
TER TER - - Modo Modo Subjuntivo Subjuntivo e e ImperativoImperativo
Presente Presente Pretérito Pretérito Imperfeito Imperfeito Futuro Futuro Armativo Armativo NegativoNegativo
tenha tenha tivesse tivesse tivertiver
tenhas tenhas tivesses tivesses tiveres tiveres tem tem tenhastenhas
tenha tenha tivesse tivesse tiver tiver tenha tenha tenhatenha
tenhamos tenhamos tivéssemos tivéssemos tivermos tivermos tenhamos tenhamos tenhamostenhamos
tenhais tenhais tivésseis tivésseis tiverdes tiverdes tende tende tenhaistenhais
tenham tenham tivessem tivessem tiverem tiverem tenham tenham tenhamtenham
-- PronominaisPronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, seme, te, se, nos, vos, se, na, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reexibilidade (mesma pessoa do sujeito, expressando reexibilidade ( pronominais ac pronominais acidentaisidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (próprio sentido do verbo ( pronominais ess pronominais essenciaisenciais). Veja:). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, seme, te, se, nos, vos, se. São poucos:. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-seabster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reexibilidade já, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo:está implícita no radical do verbo. Por exemplo:Arrependi-me de ter estado lá Arrependi-me de ter estado lá..
A ideia é de que a A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrantema, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada cdo verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de om o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reereforço da ideia ree--
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependoEu me arrependo
Tu te arrependesTu te arrependes
Ele se arrependeEle se arrepende
Nós nos arrependemosNós nos arrependemos
Vós vos arrependeisVós vos arrependeis
Eles se arrependemEles se arrependem
  
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Emsentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chamaformando o que se chama voz reexivavoz reexiva. Por exemplo:. Por exemplo: A garota se penteava. A garota se penteava.
A reexibilidade é acidental, pois A reexibilidade é acidental, pois a ação reexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:a ação reexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota A garota
 penteou-me. penteou-me.
  
* Observações* Observações::
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem funçãonão possuem função
sintática.sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-minais - são osminais - são os verbos reexivosverbos reexivos. Nos verbos reexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na . Nos verbos reexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à dopessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feriEu me feri. . == EuEu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; meme (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos VerbaisModos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. ExistemDá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:três modos:
IndicativoIndicativo - indica uma certeza, uma realidade: - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o Eu estudo para o concurso.concurso.
SubjuntivoSubjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: - indica uma dúvida, uma possibilidade: TTalvez eu estude alvez eu estude amanhã.amanhã.
ImperativoImperativo - indica uma ordem, um pedido: - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!Estude, colega!
Formas NominaisFormas Nominais
Além desses três modos, o Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadasadvérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.formas nominais. Observe:Observe:
    
3737
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
1-)1-) InnitivoInnitivo
1.1-)1.1-) Impessoal Impessoal: exprime a signicação do verbo de modo vago e indenido, podendo ter valor e função de substan: exprime a signicação do verbo de modo vago e indenido, podendo ter valor e função de substan--
tivo. Por exemplo:tivo. Por exemplo:
Viver é Viver é lutarlutar.. (= vida é luta)(= vida é luta)
É indispensável combater a É indispensável combater a corrupção.corrupção. (= combate à) (= combate à)
O innitivo impessoal podO innitivo impessoal pode apresentare apresentar-se no presente (forma simples) ou no -se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.É preciso ler este livro.Era preciso ter lido este livro.Era preciso ter lido este livro.
1.2-)1.2-) Innitivo PessoalInnitivo Pessoal: é o innitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não: é o innitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do iapresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, exiona-se da seguinte maneira:mpessoal; nas demais, exiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES =2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teresteres (tu)(tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS =1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termostermos (nós) (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES =2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdesterdes (vós) (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM =3.ª pessoa do plural: Radical + EM = teremterem (eles) (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.colocação.
2-)2-) GerúndioGerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns Saindo de casa, encontrei alguns amigos.amigos. (função de advérbio)(função de advérbio)
 Água fervendo, pele ardendo. Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)(função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
TrabalhandoTrabalhando (1)(1) , aprenderás o valor do  , aprenderás o valor do dinheiro.dinheiro.
Tendo trabalhadoTendo trabalhado (2)(2) , aprendeu o valor do dinheir , aprendeu o valor do dinheiro.o.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1-1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando fuEnquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.tebol.
2 –2 – Sim, senhora!Sim, senhora! Vou estar vericandoVou estar vericando!!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento daEm 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar vericandovou estar vericando” refere-se a um futuro em andamento,” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “exigindo, no caso, a construção “vericareivericarei” ou “” ou “vou vericar vou vericar ”.”.
3-)3-) ParticípioParticípio: quandoaudiovisual e
outros. .................................................................................................................................................................................................................09outros. .................................................................................................................................................................................................................09
4. Pacote Microsoft Ofce.4. Pacote Microsoft Ofce. ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................09........09
Noções de Direito ConstitucionalNoções de Direito Constitucional
1. Dos Direitos e Garantias Fundamentais em Espécie; 1. Dos Direitos e Garantias Fundamentais em Espécie; .......................................................................................................................01.......................................................................................................................01
1.2. Direito à vida; .........................................................................................................................................................................................011.2. Direito à vida; .........................................................................................................................................................................................01
1.3. Direito à 1.3. Direito à Liberdade; Liberdade; .............................................................................................................................................................................01.............................................................................................................................................................................01
1.4. Princípio da Igualdade (Art. 5° I); ....................................................................................................................................................011.4. Princípio da Igualdade (Art. 5° I); ....................................................................................................................................................01
1.5. Princípio da legalidade e da Anterioridade Penal (Art. 5° ll, XXXIX); .................................................................................011.5. Princípio da legalidade e da Anterioridade Penal (Art. 5° ll, XXXIX); .................................................................................01
1.6. Liberdade da Manifestação do Pensament1.6. Liberdade da Manifestação do Pensamento (Art. 5° lV); o (Art. 5° lV); .......................................................................................................01.......................................................................................................01
1.7. Inviolabilidade da Intimidade. Vida Privada, Honra e Imagem (Art. 5° X); ......................................................................011.7. Inviolabilidade da Intimidade. Vida Privada, Honra e Imagem (Art. 5° X); ......................................................................01
1.8. Inviolabilidade do Lar (Art. 5° XI); ...................................................................................................................................................011.8. Inviolabilidade do Lar (Art. 5° XI); ...................................................................................................................................................01
1.9. Sigilo de Correspondência e de Comunicação (Art. 5° XII); ..................................................................................................011.9. Sigilo de Correspondência e de Comunicação (Art. 5° XII); ..................................................................................................01
1.10. Liberdade de Locomoção (Art. 5° XV); .......................................................................................................................................011.10. Liberdade de Locomoção (Art. 5° XV); .......................................................................................................................................01
1.11. Direito de Reunião e de As1.11. Direito de Reunião e de Associação (Art. 5° XVI, XVII, XVIII, XIXsociação (Art. 5° XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI); , XX e XXI); ................................................................01................................................................01
1.12. Direito de Propriedade (Art. 5° XXII e XXIII); ............................................................................................................................011.12. Direito de Propriedade (Art. 5° XXII e XXIII); ............................................................................................................................01
1.13. Vedação ao Racismo (Art. 5° XLII); ...............................................................................................................................................011.13. Vedação ao Racismo (Art. 5° XLII); ...............................................................................................................................................01
1.14. Garantia às Integridades Física e Moral do Preso (Art. 5° XLIX); 1.14. Garantia às Integridades Física e Moral do Preso (Art. 5° XLIX); ......................................................................................01......................................................................................01
1.15. Vedação às Provas Ilícitas (Art. 5° LVI); .......................................................................................................................................011.15. Vedação às Provas Ilícitas (Art. 5° LVI); .......................................................................................................................................01
1.16. Princípio da Presunção de Inocência (Art. 5° LVII); ................................................................................................................011.16. Princípio da Presunção de Inocência (Art. 5° LVII); ................................................................................................................01
1.17. Privilegia Contra a Auto- Incriminação (Art. 5° LXIII). ................................................................................................................011.17. Privilegia Contra a Auto- Incriminação (Art. 5° LXIII). ................................................................................................................01
2. Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42); ................................................................................332. Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42); ................................................................................33
3. Da Segurança Pública (art.144). ...............................................................................................................................................................,343. Da Segurança Pública (art.144). ...............................................................................................................................................................,34
Noções de Direito PenalNoções de Direito Penal
1. 1. Princípios Princípios constitucionais constitucionais do do Direito Penal. Direito Penal. .........................................................................................................................................................................................................................................................................01...............01não é empregado na f: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o ormação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-resul-
tado de uma ação terminada, exionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo:tado de uma ação terminada, exionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatosTerminados os exames, os candidatos
saíram.saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função deQuando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo:adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna Ela é a aluna escolhida pela turma.escolhida pela turma.
  (Ziraldo)  (Ziraldo)
Tempos VerbaisTempos Verbais
TTomando-se como referência o momento em que se omando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.ocorrer em diversos tempos.
    
3838
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
1. Tempos do Modo Indicativo1. Tempos do Modo Indicativo
- Presente- Presente - Expressa um fato atual: - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido  - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que num momento anterior ao atual, mas que não foi completamentenão foi completamente
terminado:terminado: Ele estudava as  Ele estudava as lições quando foi interrompido.lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:- Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: EleEle
estudou as lições ontem à noiteestudou as lições ontem à noite..
- Pretérito-mais-que-perfeito- Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as liçõesEle já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).quando os amigos chegaram. (forma simples).- Futuro do Presente- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual:- Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: EleEle
estudará as lições amanhã.estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:- Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eleSe ele
 pudesse, estudaria um pouco  pudesse, estudaria um pouco mais.mais.
2. Tempos do Modo Subjuntivo2. Tempos do Modo Subjuntivo
-- Presente Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.É conveniente que estudes para o exame.
-- Pretérito Imperfeito Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogoEu esperava que ele vencesse o jogo..
ObservaçãoObservação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo:sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, parSe ele viesse ao clube, participaria do campeonato.ticiparia do campeonato.
-- Futuro do Presente -Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual:futuro em relação ao atual: Quando ele vierQuando ele vier
à loja, levará as encomendas.à loja, levará as encomendas.
ObservaçãoObservação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo:: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: SeSe
ele vier à loja, levará as ele vier à loja, levará as encomendas.encomendas.**** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( =descobre = forma do presente indicando passado ( = descobriradescobrira /  / descobriudescobriu))
No próximo nal de semana,No próximo nal de semana, faço a prova!faço a prova!
faço = forma do presente indicando futuro ( =faço = forma do presente indicando futuro ( = fareifarei))
Modo IndicativoModo Indicativo
Presente do IndicativoPresente do Indicativo
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugação conjugação Desinência Desinência pessoalpessoal
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantO cantO vendO vendO partO partO OO
cantaS cantaS vendeS vendeS parteS parteS SS
canta canta vende vende parte parte --
cantaMOS cantaMOS vendeMOS vendeMOS partiMOS partiMOS MOSMOS
cantaIS cantaIS vendeIS vendeIS partIS partIS ISIS
cantaM cantaM vendeM vendeM parteM parteM MM
Pretérito Perfeito do IndicativoPretérito Perfeito do Indicativo
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugação conjugação Desinência Desinência pessoalpessoal
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
canteI canteI vendI vendI partI partI II
cantaSTE cantaSTE vendeSTE vendeSTE partISTE partISTE STESTE
cantoU cantoU vendeU vendeU partiU partiU UU
cantaMOS cantaMOS vendeMOS vendeMOS partiMOS partiMOS MOSMOS
cantaSTES cantaSTES vendeSTES partIvendeSTES partISTES STES STESSTES
cantaRAM cantaRAM vendeRAM vendeRAM partiRAM partiRAM RAMRAM
    
3939
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeitoPretérito mais-que-perfeito
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugação conjugação Des. Des. temporal temporal Desinência Desinência pessoalpessoal
   1.ª/2.ª 1.ª/2.ª e e 3.ª 3.ª conj.conj.
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantaRA cantaRA vendeRA vendeRA partiRA RA partiRA RA ØØ
cantaRAS cantaRAS vendeRAS vendeRAS partiRAS partiRAS RA RA SS
cantaRA cantaRA vendeRA vendeRA partiRA RA partiRA RA ØØ
cantáRAMOS cantáRAMOS vendêRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS partíRAMOS RA RA MOSMOS
cantáREIS cantáREIS vendêREIS vendêREIS partíREIS partíREIS RE RE ISIS
cantaRAM cantaRAM vendeRAM vendeRAM partiRAM partiRAM RA RA MM
Pretérito Imperfeito do IndicativoPretérito Imperfeito do Indicativo
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3ª. 3ª. conjugaçãoconjugação
CANTAR VENDER PARTIRCANTAR VENDER PARTIR
cantAVA cantAVA vendIA vendIA partIpartIAA
cantAVcantAVAS AS vendIAS vendIAS partASpartAS
CantAVA CantAVA vendIA vendIA partIpartIAA
cantÁVcantÁVAMOS AMOS vendÍAMOS vendÍAMOS partÍAMOSpartÍAMOS
cantÁVEIS cantÁVEIS vendÍEIS vendÍEIS partÍEISpartÍEIS
cantAVAM cantAVAM vendIAM vendIAM partIpartIAMAM
Futuro do Presente do IndicativoFuturo do Presente do Indicativo
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugaçãoconjugação
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantar cantar ei ei vender vender ei ei partir partir eiei
cantar cantar ás ás vender vender ás ás partir partir ásás
cantar cantar á á vender vender á á partir partir áá
cantar cantar emos emos vender vender emos emos partir partir emosemos
cantar cantar eis eis vender vender eis eis partir partir eiseis
cantar cantar ão ão vender vender ão ão partir partir ãoão
Futuro do Pretérito do IndicativoFuturo do Pretérito do Indicativo
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugaçãoconjugação
CANTAR VENDER PARTIRCANTAR VENDER PARTIR
cantarIA cantarIA venderIA venderIA partirIApartirIAcantarIAS cantarIAS venderIAS venderIAS partirIASpartirIAS
cantarIA cantarIA venderIA venderIA partirIApartirIA
cantarÍAMOS cantarÍAMOS venderÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOSpartirÍAMOS
cantarÍEIS cantarÍEIS venderÍEIS venderÍEIS partirÍEISpartirÍEIS
cantarIAM cantarIAM venderIAM venderIAM partirIAMpartirIAM
    
4040
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Presente do SubjuntivoPresente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente doPara se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª 1.ª conjug. conjug. 2.ª 2.ª conjug. conjug. 3.ª 3.ª conju. conju. Desinên. Desinên. pessoal pessoal Des. Des. temporal temporal Des.temporalDes.temporal
1.ª 1.ª conj. conj. 2.ª/3.ª 2.ª/3.ª conj.conj.
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantE cantE vendA vendA partA partA E E A A ØØ
cantES cantES vendAS vendAS partAS partAS E E A A SS
cantE cantE vendA vendA partA partA E E A A ØØ
cantEMOS cantEMOS vendAMOS vendAMOS partAMOS partAMOS E E A A MOSMOS
cantEIS cantEIS vendAIS vendAIS partAIS partAIS E E A A ISIS
cantEM cantEM vendAM vendAM partAM partAM E E A MA M
Pretérito Imperfeito do Pretérito Imperfeito do SubjuntivoSubjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.mero e pessoa correspondente.
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugação conjugação Des. Des. temporal temporal Desin. Desin. pessoalpessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantaSSE cantaSSE vendeSSE vendeSSE partiSSE partiSSE SSE SSE ØØ
cantaSSES cantaSSES vendeSSES vendeSSES partiSSES SSE partiSSES SSE SS
cantaSSE cantaSSE vendeSSE vendeSSE partiSSE SSE partiSSE SSE ØØ
cantáSSEMOS cantáSSEMOS vendêSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS partíSSEMOS SSE SSE MOSMOS
cantáSSEIS cantáSSEIS vendêSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS partíSSEIS SSE SSE ISIS
cantaSSEM cantaSSEM vendeSSEM vendeSSEM partiSSEM partiSSEM SSE SSE MM
Futuro do Futuro do SubjuntivoSubjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número etendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.pessoa correspondente.
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugação conjugação Des. Des. temporal temporal Desin. Desin. pessoalpessoal
   1.ª 1.ª /2.ª /2.ª e e 3.ª 3.ª conj.conj.
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantaR cantaR vendeR vendeR partiR partiR ØØ
cantaRES cantaRES vendeRES vendeRES partiRES partiRES R R ESES
cantaR cantaR vendeR vendeR partiR partiR R R ØØ
cantaRMOS cantaRMOS vendeRMOS vendeRMOS partiRMOS partiRMOS R R MOSMOS
cantaRDES cantaRDES vendeRDES vendeRDES partiRDES partiRDES R R DESDES
cantaREM cantaREM vendeREM vendeREM partiREM partiREM R R EMEM
    
4141
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Modo ImperativoModo Imperativo
Imperativo ArmativoImperativo Armativo
Para se formar o imperativo armativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segundaPara se formar o imperativo armativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” nal. As demais pessoas vêm, sem alteração, “S” nal. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:do presente do subjuntivo. Veja:
Presente Presente do do Indicativo Indicativo Imperativo Imperativo Armativo Armativo Presente Presente do do SubjuntivoSubjuntivo
Eu Eu canto canto --- --- Que Que eu eu cantecante
TTu u cantas cantas CantA CantA tu tu Que Que tu tu cantescantes
Ele Ele canta canta Cante Cante você você Que Que ele ele cantecante
Nós Nós cantamos cantamos Cantemos Cantemos nós nós Que Que nós nós cantemoscantemos
Vós Vós cantais cantais CantAI CantAI vós vós Que Que vós vós canteiscanteis
Eles Eles cantam cantam Cantem Cantem vocês vocês Que Que eles eles cantemcantem
Imperativo NegativoImperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.presente do subjuntivo.
   Presente Presente do do Subjuntivo Subjuntivo Imperativo Imperativo NegativoNegativo
Que Que eu eu cante cante ------
Que Que tu tu cantes cantes Não Não cantes cantes tutu
Que Que ele ele cante cante Não Não cante cante vocêvocê
Que Que nós nós cantemos cantemos Não Não cantemos cantemos nósnós
Que Que vós vós canteis canteis Não Não canteis canteis vósvós
Que Que eles eles cantem cantem Não Não cantem cantem eleseles
Observações:Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se apliou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem cam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente:- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).sê (tu), sede (vós).
Innitivo PessoalInnitivo Pessoal
1.ª 1.ª conjugação conjugação 2.ª 2.ª conjugação conjugação 3.ª 3.ª conjugaçãoconjugação
CANTAR CANTAR VENDER VENDER PARTIRPARTIR
cantar cantar vender vender partirpartir
cantarES cantarES venderES venderES partirESpartirES
cantar vender partircantar vender partir
cantarMOS cantarMOS venderMOS venderMOS partirMOSpartirMOS
cantarDES cantarDES venderDES venderDES partirDESpartirDES
cantarEM cantarEM venderEM venderEM partirEMpartirEM
* Observações* Observações::
- o verbo- o verbo parecer  parecer  admite duas construções: admite duas construções:
Elas parecem gostar de você.Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)(forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você.Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção:(verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de voc parece gostarem de vocêê).).
- o verbo- o verbo pegar  pegar  possui dois particípios (regular e irregular): possui dois particípios (regular e irregular):
Elvis tinha pegado minhas apostilas.Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.Minhas apostilas foram pegas.
    
4242
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
fontes de pesquisa:fontes de pesquisa:
http://wwwhttp://www.soportugues..soportugues.com.br/secoecom.br/secoes/morf/morf54.s/morf/morf54.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões sobre Questões sobre VerbVerboo
1-)1-) (TRE/MS -(TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMOESTÁGIO – JORNALISMO  - TRE/MS –  - TRE/MS –
2014) A assertiva correta quanto à 2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:conjugação verbal é:
A) Houveram eleições em outros países este ano.A) Houveram eleições em outros países este ano.
B) Se eu vir você por aí, acabou.B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos.C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
D) Fazem três anos que não tiro férias.D) Fazem três anos que não tiro férias.
E) Esse homem possue muitos bens.E) Esse homem possue muitos bens.
1-)1-) Correções à frente:Correções à frente:
A) Houveram eleições em outros países este ano =A) Houveram eleições em outros países este ano =
houvehouve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegadoC) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
D) Fazem três anos que não tiro férias D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos= faz três anos
E) Esse homem possue muitos bens = possuiE) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.RESPOSTA: “B”.
2-)2-)   (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-(POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014)FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos eComplete as lacunas com os verbos, tempos e
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con-modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con-
cordância.cordância.
• O juiz agrário ainda não _________ no conito porque• O juiz agrário ainda não _________ no conito porque
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intersurgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - preté-vir - preté-
rito perfeito do indicativo)rito perfeito do indicativo)
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito dopostados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo)indicativo)
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na• Representantes do PCRT somente serão aceitos nacomposição da chapa quando se _________ de criticar acomposição da chapa quando se _________ de criticar a
atual diretoria do clubatual diretoria do clube, (abster-e, (abster-se - futuro do subjuntise - futuro do subjuntivo)vo)
A sequência correta, de cima para baixo, é:A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiveremA-) interveio - entretinham - abstiverem
B-) interviu - entretiveram - absteremB-) interviu - entretiveram - absterem
C-) intervém - entreteram - abstêmC-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiveremD-) interviera - entretêm - abstiverem
E-) intervirá - entretenham - abstiveramE-) intervirá - entretenham - abstiveram
2-)2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o ver- O verbo “intervir” deve ser conjugado como o ver-
bo “virbo “vir”. Este, no pretérito perfeito do ”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo ca “veio”,Indicativo ca “veio”,
portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele nãoportanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não
deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Comoderiva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como
não há outro item com a mesma opção, chegamos à res-não há outro item com a mesma opção, chegamos à res-
posta rapidamente!posta rapidamente!
RESPOSTA: “A”.RESPOSTA: “A”.
3-)3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO(POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO
– VUNESP/2014)– VUNESP/2014) Considere o trecho Considere o trecho a seguir.a seguir.
Já __________ alguns anos que estudos a respeito daJá __________ alguns anos que estudos a respeito da
utilização abusiva dosutilização abusiva dos smartphonessmartphones  estão sendo desen-  estão sendo desen-
volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos paravolvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para
associar alguns comportamentos dos adolescentes ao usoassociar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso
prolongado desses aparelhos, e _________ alertado os paisprolongado desses aparelhos, e _________ alertado os pais
para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aospara que avaliem a necessidade de estabelecer limites aosseus lhos.seus lhos.
De acordo com a norma-padrão da língua porDe acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,tuguesa,
as lacunas do texto devas lacunas do texto devem ser preenchidas, em ser preenchidas, correta e correta e res-res-
pectivamente, com:pectivamente, com:
(A) faz … haver … têm(A) faz … haver … têm
(B) fazem … haver … tem(B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm(C) faz … haverem … têm
(D) fazem … haverem … têm(D) fazem … haverem … têm
(E) faz … haverem … tem(E) faz … haverem … tem
3-)3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre exão) algunsJá FAZ (sentido de tempo: não sofre exão) alguns
anos que estudos a respeito da utilização abusiva dosanos que estudos a respeito da utilização abusiva dos
smartphonessmartphones  estão sendo desenvolvidos. Os especialistas estão sendo desenvolvidos. Os especialistas
acreditamacreditam HAVERHAVER  (sentido de existir: não varia) motivos  (sentido de existir: não varia) motivos
para associar alguns comportamentos dos adolescentes aopara associar alguns comportamentos dos adolescentes ao
uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com ouso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o
termo “os especialistas”) alertado otermo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliems pais para que avaliema necessidade de estabelecer limites aos seus lhos.a necessidade de estabelecer limites aos seus lhos.
Temos: faz, haver, têm.Temos: faz, haver, têm.
RESPOSTA: “A”.RESPOSTA: “A”.
Vozes do VerboVozes do Verbo
Dá-se o nome deDá-se o nome de voz voz  à maneira como se apresenta a à maneira como se apresenta a
ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicandoação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrarse este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
queque voz verbalvoz verbal não é exão, mas aspecto verbal. São trêsnão é exão, mas aspecto verbal. São três
as vozes verbais:as vozes verbais:
--  Ativa  Ativa == quando o sujeito é agente, isto é, pratica aquando o sujeito é agente, isto é, pratica a
ação expressa pelo verbo:ação expressa pelo verbo:
  
Ele Ele fez fez o o tra-tra-
balhobalho..
sujeisujeito to agentagente e ação ação objobjetoeto
(paciente)(paciente)
-- Passiva =Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo aquando o sujeito é paciente, recebendo a
ação expressa pelo verbo:ação expressa pelo verbo:
O O ttrraabbaallhho o fofoi i ffeeiitto o pp oo rr
ele.ele.
sujeito sujeito paciente paciente ação ação agenteagente
da passivada passiva
-- ReexivaReexiva   == quando o sujeito é, ao mesmo tempo,quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
    
4343
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
O menino feriu-seO menino feriu-se..
* Observação: não confundir o emprego reexivo do* Observação: não confundir o emprego reexivo do
verbo com a noção de reciprocidade:verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se.Os lutadores feriram-se. (um ao outro) (um ao outro)
Nós nos amamos.Nós nos amamos. (um ama o outro)(um ama o outro)
Formação da Voz PassivaFormação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos:A voz passiva pode ser formada por dois processos:
analíticoanalítico e e sintéticosintético..
1- Voz Passiva Analítica =1- Voz Passiva Analítica= Constrói-se da seguinte ma-Constrói-se da seguinte ma-
neira:neira:
Verbo SER + particípio do Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:verbo principal. Por exemplo:
 A es A escola cola será será pintada pelopintada pelos alunos alunos.s. (na ativa teríamos:(na ativa teríamos: osos
alunos pintarão a escolaalunos pintarão a escola))
O trabalho é feito por ele.O trabalho é feito por ele. (na ativa:(na ativa: ele faz o trabalho ele faz o trabalho))
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom-* Observação: o agente da passiva geralmente é acom-
panhado da preposiçãopanhado da preposição por  por , mas pode ocorrer a constru-, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposiçãoção com a preposição dede. Por exemplo:. Por exemplo: A cas A casa cou a cou cercadacercada
de soldadosde soldados..
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex-- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex-
plícito na frase:plícito na frase: A exposição ser A exposição será aberta amanhã.á aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes:ção das frases seguintes:
a)a) Ele fez o trabalhoEle fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo). (pretérito perfeito do Indicativo)
O trabalho foi feito por eleO trabalho foi feito por ele. (verbo. (verbo serser no pretérito per-no pretérito per-
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da vozfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)ativa)
b)b) Ele faz o trabalhoEle faz o trabalho. (presente do indicativo). (presente do indicativo)
O trabalho é feito por eleO trabalho é feito por ele. . ((serser no presente do indica-no presente do indica-
tivo)tivo)
c)c) Ele fará o trabalho.Ele fará o trabalho. (futuro do presente)(futuro do presente)
O trabalho será feito por eleO trabalho será feito por ele. (futuro do presente). (futuro do presente)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhasO vento ia levando as folhas. (gerúndio). (gerúndio)
 As folhas iam sendo l As folhas iam sendo levadas pelo vento.evadas pelo vento. (gerúndio) (gerúndio)
 2- Voz  2- Voz Passiva Sintética Passiva Sintética == A voz passiva sintética - ouA voz passiva sintética - ou
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui-pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui-
do do do do pronome apassivador “se”pronome apassivador “se”. Por exemplo:. Por exemplo:
 Abriram-se as ins Abriram-se as inscrições para o ccrições para o concurso.oncurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.Destruiu-se o velho prédio da escola.
* Observação: o agente não costuma vir expresso na* Observação: o agente não costuma vir expresso na
voz passiva sintética.voz passiva sintética.
Conversão da Voz Ativa na Voz PassivaConversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
tancialmente o sentido da frase.tancialmente o sentido da frase.
O O concurseiro concurseiro comprou comprou a a apostila.apostila. (Voz Ativa)(Voz Ativa)
Sujeito Sujeito da da Ativa Ativa objeto objeto DiretoDireto
 A apostila  A apostila foi comprada pelo concfoi comprada pelo concurseiro.urseiro.
(Voz Passiva)(Voz Passiva)
Sujeito Sujeito da da Passiva Passiva Agente Agente da da Passi-Passi-
vava
Observe que o objObserve que o objeto direto será o sujeito da eto direto será o sujeito da passiva; opassiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativosujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Observe:Observe:
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
nos.nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelosOs alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
mestres.mestres.
- Eu o acompanharei.- Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.Ele será acompanhado por mim.
* Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-* Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
terminado, não haverá complemento agente na passiva.terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo:Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
** Saiba que:** Saiba que:
- com os verbos neutros (- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reexiva,) não há voz ativa, passiva ou reexiva,
porque o sujeito não pode ser visto como agente, pacienteporque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
ou agente-paciente.ou agente-paciente.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
phpphp
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere- ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
QuestõesQuestões
1-)1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-(TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
RIO – FGV/2014 -RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida peloadaptada) A frase “que foi trazida pelo
instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
(A) que o instituto Endeavor traz;(A) que o instituto Endeavor traz;
(B) que o instituto Endeavor trouxe;(B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;(C) trazida pelo instituto Endeavor;
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor;(D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
(E) que traz (E) que traz o instituto o instituto EndeavorEndeavor..
    
4444
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
1-)1-) Se na voz passiva temos dois verbos, Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere-na ativa tere-
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – po verbal no pretérito – assim como na passiva).assim como na passiva).
RESPOSTA: “B”.RESPOSTA: “B”.
2-)2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 -(PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 -
adaptadaadaptada)) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO porAo passarmos a frase “...e É CONSIDERADO pormuitos o maior maratonista de todos os tempos” para amuitos o maior maratonista de todos os tempos” para a
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal:voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal:
A) consideravam.A) consideravam.
B) consideram.B) consideram.
C) considerem.C) considerem.
D) considerarão.D) considerarão.
E) considerariam.E) considerariam.
2-)2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonistaÉ CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
de todos os tempos = de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então nadois verbos na voz passiva, então na
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior maratoativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato--
nista de todos os tempos.nista de todos os tempos.RESPOSTA: “B”.RESPOSTA: “B”.
3-)3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –(TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADÁREA ADMINISTRATIVMINISTRATIVA – A – FCC/2014)FCC/2014)Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosarTranspondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re-uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re-
sultante deverá sersultante deverá ser
(A) terei glosado(A) terei glosado
(B) seria glosada(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada(C) haverá de ser glosada
(D) será glosada(D) será glosada
(E) terá sido glosada(E) terá sido glosada
3-)3-) “vou glosar uma observação de Machado de “vou glosar uma observação de Machado de Assis”Assis”
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas-– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas-
siva: uma observação de Machado de Assis será glosadasiva: uma observação de Machado de Assis será glosada
por mim.por mim.
RESPOSTA: “D”.RESPOSTA: “D”.
ORTOGRAFIAORTOGRAFIA
A ortograa é a parte da Fonologia que trata da corretaA ortograa é a parte da Fonologia que trata da correta
graa das palavras. É ela quem ordena qual som devemgraa das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua sãoter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográcos.grafados segundo acordos ortográcos.
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-
der ortograa é realizar muitos exercícios, ver as palavras,der ortograa é realizar muitos exercícios, ver as palavras,
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras éfamiliarizando-se com elas. O conhecimento das regras é
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e,necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e,
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti-em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti-
mologia (origem da palavra).mologia (origem da palavra).
Regras ortográcasRegras ortográcas
O fonema sO fonema s
S e não C/ÇS e não C/Ç
palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
cais emcais em nd, rg, rt, pel, corr nd, rg, rt, pel, corr  e e sent sent :: pretender - pretensão / pretender - pretensão /
expandir - expansão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-ascender - ascensão / inverter - inver-
são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertirsão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
- diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /- diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – sentir - sensível / consentir – consensual.consensual.
SS e não C e ÇSS e não C e Ç
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminemnomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
emem gred, ced, prim gred, ced, prim ou com verbos terminados por ou com verbos terminados por tir tir  ou ou
--meter meter :: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitiragredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
- admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -- admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
 percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com- percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
 prometer - comprom prometer - compromisso / submeter – sisso / submeter – submissão.ubmissão.
*quando o prexo termina com vogal que se junta *quando o prexo termina com vogal que se junta comcoma palavra iniciada pa palavra iniciada por “s”. Exemplos:or “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-a + simétrico - assimé-
trico / re + surgir – ressurgir.trico / re + surgir – ressurgir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
plos:plos: casse, falasse.casse, falasse.
C ou Ç e não S e SSC ou Ç e não S e SS
vocábulos de origem árabe:vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica:vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-cipó, Ju-
çara, caçula, cachaça, cacique.çara, caçula, cachaça, cacique.
suxossuxos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço:uço:   barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
esperança, carapuça, dentuço.esperança, carapuça, dentuço.
nomes derivados do verbonomes derivados do verbo ter ter :: abster - abstenção / de-abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos:após ditongos: foice, coice, traição.foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r)te, to(r)::
marte - marciano / infrator - marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.infração / absorto – absorção.
O fonema zO fonema z
S e não ZS e não Z
suxos:suxos: ês, esa, esiaês, esa, esia, , ee isaisa, quando o radical é subs-, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos:tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesabaronesa, princesa..
suxos gregos:suxos gregos: ase, ese, isease, ese, ise e e oseose:: catequese, metamor-catequese, metamor-
fose.fose.
formas verbaisformas verbais pôr  pôr  e e querer querer :: pôs, pus,  pôs, pus, quisera, quisera, quis, qui-quis, qui-
sesteseste..
nomes derivados de verbos com radicais terminadosnomes derivados de verbos com radicais terminados
emem “d“d” ” :: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.empresa / difundir – difusão.
    
4545
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
diminutivos cujos radicais terminam comdiminutivos cujos radicais terminam com “s” “s” :: Luís - Lui-Luís - Lui-
sinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.sinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
após ditongos:após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.coisa, pausa, pouso, causa.
verbos derivados de nomes cujo radical termina comverbos derivados de nomes cujo radical termina com
“s”:“s”:  anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisarar – pesquisar..
Z e não SZ e não S
suxossuxos “ez” “ez”  e e “eza” “eza”  das palavras derivadas de adjetivo: das palavras derivadas de adjetivo:
macio - maciez / rico – riqueza / macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza.belo – beleza.
suxossuxos “izar”“izar” (desde que o radical da palavra de ori- (desde que o radical da palavra de ori-
gem não termine com s):gem não termine com s): nal - nalizar / concreto – connal - nalizar / concreto – con--
cretizar.cretizar.
consoante de ligação se o radical consoante de ligação se o radical não terminar com “s”:não terminar com “s”:  
 pé + inho - pezinho / c pé + inho - pezinho / café + al - cafezalafé + al - cafezal
ExceçãoExceção: lápis + inho – : lápis + inho – lapisinho.lapisinho.
O fonema jO fonema j
G e não JG e não J
palavras depalavras de origem grega ou árabeorigem grega ou árabe:: tigela, girafa, ges-tigela, girafa, ges-
soso..
estrangeirismo, cuja letra G é originária:estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gimsargento, gim..
terminações:terminações: agem, igem, ugem, ege, ogeagem, igem, ugem, ege, oge (com pou- (com pou-
cas exceções):cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
ExceçãoExceção:: pajem. pajem.
terminações:terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugioágio, égio, ígio, ógio, ugio:: sortilégio,sortilégio,
litígio,relógio, refúgiolitígio, relógio, refúgio..
verbos terminados emverbos terminados em ger/girger/gir:: emergir, eleger, fugir,emergir, eleger, fugir,
mugir.mugir.
depois da letra “r” com poucas exceções:depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-emergir, sur-
 gir  gir ..
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina-depois da letra “a”, desde que não seja radical termina-
do com j:do com j: ágil, agenteágil, agente..
J e não GJ e não G
palavras de origem latinas:palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje jeito, majestade, hoje..
palavras de origem árabe, africana ou exótica:palavras de origem árabe, africana ou exótica:  jiboia, jiboia,
manjerona.manjerona.
palavras terminadas compalavras terminadas com ajeaje:: ultraje.ultraje.
O fonema chO fonema ch
X e não CHX e não CH
palavras de origem tupi, africana ou exótica:palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi,abacaxi,
 xucro. xucro.
palavras de origem inglesa e espanhola:palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagar- xampu, lagar-
tixatixa..
depois de ditongo:depois de ditongo: frouxo, feixefrouxo, feixe..
depois dedepois de “en”“en”:: enxurrada, enxada, enxoval.enxurrada, enxada, enxoval.
Exceção:Exceção: quando a palavra de origem não derive de quando a palavra de origem não derive de
outra iniciada com ch -outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) Cheio - (enchente)
CH e não XCH e não X
palavras de origem estrangeira:palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,chave, chumbo, chassi,
mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras “e” e “i”As letras “e” e “i”
Ditongos nasais são escritos com Ditongos nasais são escritos com “e”:“e”: mãe, põem.mãe, põem. Com Com“i”, só o ditongo interno“i”, só o ditongo interno cãibracãibra..
verbos que apresentam innitivo emverbos que apresentam innitivo em -oar, -uar-oar, -uar  são  são
escritos com escritos com “e”:“e”: caçoe, perdoe, tumultuecaçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos com. Escrevemos com
“i”,“i”, os verbos com innitivo em - os verbos com innitivo em -air, -oerair, -oer ee -uir -uir:: trai, dói,trai, dói,
 possui possui,, contribuicontribui..
* Atenção* Atenção  para as palavras que mudam de sentido  para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a graa “e” pela graa “i”:quando substituímos a graa “e” pela graa “i”: área (super-área (super-
fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
 / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân- / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
cia, que anda a pé), pião (brinquedo).cia, que anda a pé), pião (brinquedo).
* Dica:* Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
graa de uma palavra, há a possibilidade de consultar ograa de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
Vocabulário Ortográco da Língua Portuguesa (VOLP), elaVocabulário Ortográco da Língua Portuguesa (VOLP), ela--
borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra deborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra dereferência até mesmo para a criação de dicionários, poisreferência até mesmo para a criação de dicionários, pois
traz a graa atualizada das palavras (sem o traz a graa atualizada das palavras (sem o signicado). Nasignicado). Na
Internet, o endereço éInternet, o endereço é www.academia.org.br. www.academia.org.br.
Informações importantesInformações importantes
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
equivalentes:equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
lampar/relampadar.lampar/relampadar.
- Os símbolos das unidades de medida são escritos- Os símbolos das unidades de medida são escritos
sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plsem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-u-
ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo:ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km, 2kg, 20km,
120km/h.120km/h.
ExceçãoExceção para litro (L): para litro (L): 2 L, 150 L. 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
haver espaço entre o algarismo e o símbohaver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,lo: 14h, 22h30min,
14h23’34’14h23’34’’(= quatorze horas, vinte ’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e três minutos e trinta ee
quatro segundos).quatro segundos).
- O símbolo do real antecede o número sem espaço:- O símbolo do real antecede o número sem espaço:
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barraR$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
vertical ($).vertical ($).
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
tograatograa
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
çãoção / Emília Amaral... [et  / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
    
4646
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
HífenHífen
O hífen é um sinal diacrítiO hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado paraco (que distingue) usado para
ligar os elementos de palavras compostas (comoligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi-ex-presi-
dentedente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos
((ofereceram-me; vê-lo-eiofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a). Serve igualmente para fazer a
translineação de palavras, isto é, no m de uma linha, setranslineação de palavras, isto é, no m de uma linha, se--
parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).  
Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tográca:tográca:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam1. Em palavras compostas por justaposição que formam
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unemuma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
para formarem um novo signicado:para formarem um novo signicado: tio-avô, porto-ale-tio-avô, porto-ale-
 grense, luso-bras grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- ileiro, tenente-coronel, segunda- -fei--fei-
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
azul-escuro.azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
zoológicas:zoológicas: couve-or, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-couve-or, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
-menina, erva-doce, feijão-verde.-menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-além, aquém, re-
cémcém e e sem:sem:  além-maralém-mar, , recém-nascidorecém-nascido, , sem-número, recém-sem-número, recém--casado.-casado.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelomas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
uso:uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.meia,água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como:5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- ponte Rio-
Niterói, percurso Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-PLisboa-Coimbra-Portoorto e nas combinações e nas combinações
históricas ou ocasionais:históricas ou ocasionais:  Áustria-Hungria,  Áustria-Hungria, Angola-Brasil,Angola-Brasil,
etc.etc.
6. Nas formações com os prexos6. Nas formações com os prexos hiper-, interhiper-, inter- e- e susu--
perper- quando associados com outro termo que é iniciado- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”:por “r”: hiper-resihiper-resistente, stente, inter-racinter-racial, ial, super-racsuper-racional,ional, etc. etc.
7. Nas formações com os prexos7. Nas formações com os prexos ex-, vice-ex-, vice-:: ex-diretor,ex-diretor,
ex-presidente, ex-presidente, vice-governadorvice-governador, , vice-prefeito.vice-prefeito.
8. Nas formações com os prexos8. Nas formações com os prexos pós-, pré-pós-, pré-  ee pró-pró-::
 pré-natal, pré-esc pré-natal, pré-escolarolar, pró-europeu, pós-graduaç, pró-europeu, pós-graduação, etc.ão, etc.
9. Na ênclise e mesóclise:9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
10. Nas formações em que o prexo tem como se10. Nas formações em que o prexo tem como se--
gundo termo uma palavra iniciada por “h”:gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático,sub-hepático,
 geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar,,
super-homem.super-homem.
11. Nas formações em que o 11. Nas formações em que o prexo ou pseudoprexoprexo ou pseudoprexo
termina com a mesma vogal do segundo elemento:termina com a mesma vogal do segundo elemento: micromicro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação,-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. etc.
** O hífen é suprimid** O hífen é suprimido quando para formar outros ter-o quando para formar outros ter-
mos:mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
Lembrete da Zê!Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mudança de li-Ao separar palavras na translineação (mudança de li-
nha), caso a última palavra a ser escrita seja formada pornha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por
hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escrevereihífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei antianti
-inamatório-inamatório e, ao nal, coube apenas “ e, ao nal, coube apenas “anti-anti-”. Na próxima”. Na próximalinha escreverei:linha escreverei: “-inamatório“-inamatório” (hífen em ambas as linhas).” (hífen em ambas as linhas).
Não se emprega o hífen:Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que o prexo ou falso prexo1. Nas formações em que o prexo ou falso prexo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” outermina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
“s”“s”. Nesse caso, . Nesse caso, passa-se a duplicar passa-se a duplicar estas consoantes:estas consoantes: antir-antir-
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,minissaia,
microrradiogrmicrorradiograa, aa, etc.etc.
2. Nas constituições em que o prexo ou pseudopre2. Nas constituições em que o prexo ou pseudopre--
xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se comxo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
vogal diferente:vogal diferente: antiaéreo, extraescolarantiaéreo, extraescolar, , coeducação, autoes-coeducação, autoes-
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.cola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prexos3. Nas formações, em geral, que contêm os prexos“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial:“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-de-
sumano, inábil, sumano, inábil, desabilitardesabilitar,, etc. etc.
4. Nas formações co4. Nas formações com o pm o prexo “corexo “co”, mesmo quando o”, mesmo quando o
segundo elemento começar com “o”:segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-cooperação, coobriga-
ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.etc.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
de composição:de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
ta, etc.ta, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”:6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-benfei-
to, benquerer, benqueridoto, benquerer, benquerido, etc., etc.
- Os prexos- Os prexos  pós,  pós, prépré   ee  pró pró, em suas formas corres-, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,elemento seguinte,
não havendo hífen:não havendo hífen: pospor pospor, predeterminar, predeterminar, predeterminado,, predeterminado,
 pressuposto, propor pressuposto, propor..
- Escreveremos com hífen:- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-anti-horário, anti-infeccio-
so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
-humano, -humano, super-realissuper-realista, ta, alto-maralto-mar..
- Escreveremos sem hífen:- Escreveremos sem hífen:  pôr  pôr do do sol, sol, antirreforma,antirreforma,
antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
tograatograa
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
    
4747
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
QuestõesQuestões
1-)1-) (TRE/MS -(TRE/MS - ESTESTÁGIO – ÁGIO – JORNALISMOJORNALISMO - TRE/MS – 2014) - TRE/MS – 2014)
De acordo com a nova ortograa, assinale o item em queDe acordo com a nova ortograa, assinale o item em que
todas as palavras estão corretas:todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial.A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som.C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som.D) contrarregra – autopista – semi-aberto.D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutorE) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor..
1-)1-) Correção:Correção:
A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial = corretaA) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovoB) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som = hiC) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi--
droelétrica, ultrassomdroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiabertoD) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-
truturatrutura
RESPOSTA: “A”.RESPOSTA: “A”.
2-)2-) (TRE/MS -(TRE/MS - ESTESTÁGIO – ÁGIO – JORNALISMOJORNALISMO - TRE/MS – 2014) - TRE/MS – 2014)
De acordo com a nova ortograa, assinale o item em queDe acordo com a nova ortograa, assinaleo item em que
todas as palavras estão corretas:todas as palavras estão corretas:
A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial.A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial.
B) supracitado – semi-novo – telesserviço.B) supracitado – semi-novo – telesserviço.
C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som.C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som.
D) contrarregra – autopista – semi-aberto.D) contrarregra – autopista – semi-aberto.
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutorE) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor..
2-)2-) Correção:Correção:
A) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial = corretaA) autoajuda – anti-inamatório – extrajudicial = correta
B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovoB) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo
C) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som = hiC) ultrassosticado – hidro-elétrica – ultra-som = hi--
droelétrica, ultrassomdroelétrica, ultrassom
D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiabertoD) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto
E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraes-
truturatrutura
RESPOSTA: “A”.RESPOSTA: “A”.
3-)3-) (CASAL/AL -(CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDEADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ - COPEVE/ UFAL/2014)UFAL/2014)
Armandinho, personagem do cartunista AlexandreArmandinho, personagem do cartunista Alexandre
Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas”Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas”
“sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da-“sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, da-
das as frases abaixo,das as frases abaixo,
I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral.
II. A zona eleitoII. A zona eleitoral cava ___________ 200 metros de umral cava ___________ 200 metros de um
posto policial.posto policial.
III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.III. O condutor do automóvel __________ a lei seca.IVIV. Foi encontrada . Foi encontrada uma __________ soma de uma __________ soma de dinheiro nodinheiro no
carro.carro.
VV. O polici. O policial anunciou o __________ delial anunciou o __________ delito.to.
Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor-Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem cor-
retamente as lacunas das retamente as lacunas das frases.frases.
A) seção, acerca de, inigiu, vultosa, fragrante.A) seção, acerca de, inigiu, vultosa, fragrante.
B) seção, acerca de, inigiu, B) seção, acerca de, inigiu, vultuosa, agrante.vultuosa, agrante.
C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante.
D) seção, a cerca de, infringiu, D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, agrante.vultosa, agrante.
E) sessão, a cerca de, inigiu, vultuosa, E) sessão, a cerca de, inigiu, vultuosa, agrante.agrante.
3-)3-) Questão que envolve ortograa.Questão que envolve ortograa.
I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor)
II. A zona eleitoral II. A zona eleitoral cava A CERCA DE 200 metros de umcava A CERCA DE 200 metros de um
posto policial. (= aproximadamente)posto policial. (= aproximadamente)
III. O condutor do III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (reautomóvel INFRINGIU a lei seca. (re--lacione comlacione com infrinfrator)ator)
IVIV. Foi . Foi encontrada uma VULTOSA soma de encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro nodinheiro no
carro. (de grande vulto, volumoso)carro. (de grande vulto, volumoso)
V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacioneV. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione
com “pego nocom “pego no agraagra”)”)
Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / agranteSeção / a cerca de / infringiu / vultosa / agrante
RESPOSTA: “D”.RESPOSTA: “D”.
ACENTUAÇÃOACENTUAÇÃO
Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-
vras têm acento gráco e outras não; na pronúncia, ora sevras têm acento gráco e outras não; na pronúncia, ora se
dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Pordá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por
isso, vamos às regras!isso, vamos às regras!
Regras básicas – Acentuação tônicaRegras básicas – Acentuação tônica
A acentuação tônica está relacionada à intensidadeA acentuação tônica está relacionada à intensidade
com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquelacom que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela
que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se comoque se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sí-sí-
laba tônica.laba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos As demais, como são pronunciadas com menos
intensidade, são denominadas deintensidade, são denominadas de átonas.átonas.  
De acordo com a tonicidade, as palavras são classicaDe acordo com a tonicidade, as palavras são classica--
das como:das como:
OxítonasOxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba. Ex.:a última sílaba. Ex.: café – coração – Belém – atum – caju –café – coração – Belém – atum – caju –
 papel papel  
ParoxítonasParoxítonas  – São aquelas em que a sílaba tônica recai– São aquelas em que a sílaba tônica recai
na penúltima sílaba. Ex.:na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – sapatoútil – tórax – táxi – leque – sapato
– passível– passível
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
ProparoxítonasProparoxítonas  - São aquelas cuja sílaba tônica está- São aquelas cuja sílaba tônica está
na antepenúltima sílaba. Ex.:na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpanolâmpada – câmara – tímpano
– médico – ônibus– médico – ônibus
Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, masHá vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles coem nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:m uma sílaba somente:
são os chamadossão os chamados monossílabosmonossílabos..
Os acentosOs acentos
acento agudoacento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”, (´) – Colocado sobre as letras “a” e “i”,
“u” e “e“u” e “e” do grupo “em” - ” do grupo “em” - indica que estas letras represen-indica que estas letras represen-
tam as vogais tônicas de palavras comotam as vogais tônicas de palavras como  pá,  pá, caí, caí, público.público.
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbreSobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
aberto:aberto: herói – médico – céuherói – médico – céu (ditongos abertos).(ditongos abertos).
acento circunexoacento circunexo   (^) – colocado s(^) – colocado sobre as letras obre as letras “a”,“a”,
“e” e “e” e “o” indica, “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:além da tonicidade, timbre fechado: tâma-tâma-
ra – Atlântico – pêsames – supôs .ra – Atlântico – pêsames – supôs .
acento graveacento grave   (`) – indica a fusão da preposição “a”(`) – indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes:com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àquelesà – às – àquelas – àqueles
trematrema ( ̈ ) – De acordo  ( ̈ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmen-com a nova regra, foi totalmen-
te abolido das palavras.te abolido das palavras. Há umaHá uma exceção:exceção:  é utilizado emé utilizado em
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülle-mülle-
riano (de Müller)riano (de Müller)
tiltil (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo- (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
gais nasais:gais nasais: oração – melão – órgão – ímãoração – melão – órgão – ímã
Regras fundamentaisRegras fundamentais
Palavras oxítonasPalavras oxítonas::
Acentuam-se todas as oxítonas Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”terminadas em: “a”, “e”,,
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-Pará – café(s)– ci-
 pó(s) – Belém. pó(s) – Belém.
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
- Monossílabos tônicos- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se- terminados em “a”, “e”, “o”, se-
guidos ou não de guidos ou não de “s”:“s”: pá – pé – dó – há pá – pé – dó – há
- Formas verbais- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
seguidas deseguidas de lo, la, loslo, la, los,, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lolas: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
ParoxítonasParoxítonas::
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is:- i, is: táxi – lápis – júritáxi – lápis – júri
- us, um, uns:- us, um, uns: vírus – álbuns – fórumvírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps:- l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –automóvel – elétron - cadáver – tórax –
fórcepsfórceps
- ã, ãs, ão, ãos:- ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãosímã – ímãs – órfão – órgãos
-- ditongo oralditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou, crescente ou decrescente, seguido ou
não de “s”:não de “s”: água – pônei – mágoa – memóriaágua – pônei – mágoa – memória
**** DicaDica: Memorize a palavra: Memorize a palavra LINURXÃOLINURXÃO. Para quê? Re. Para quê? Re--
pare que esta palavra apresenta as terminações das paro-pare que esta palavra apresenta as terminações das paro-
xítonas que são acentuadas:xítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃOfórum), R, X, Ã, ÃO. Assim cará mais fácil a memorização!. Assim cará mais fácil a memorização!
Regras especiais:Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongosditongos
abertosabertos), que antes eram acentuados,), que antes eram acentuados,  perderam o acento perderam o acento  
de acordo com a nova regra, masde acordo com a nova regra, mas desde que estejam emdesde que estejam em
 palavras paroxítonas palavras paroxítonas..
** Alerta da Zê! ** Alerta da Zê! CuidadoCuidado: Se os ditongos abertos esti-: Se os ditongos abertos esti-
verem em uma palavra oxítona (verem em uma palavra oxítona (herói)herói) ou monossílaba ( ou monossílaba (céu)céu)  
ainda são acentuados:ainda são acentuados: dói, escarcéudói, escarcéu..
AntesAntes   AgoraAgora
assembléia assembleiaassembléia assembleia
idéia ideiaidéia ideia
 geléia  geléia geleiageleia
 jibóia  jibóia jiboiajiboia
apóia apóia (verbo (verbo apoiar) apoiar) apoiaapoia
 paranóico  paranóico paranoicoparanoico
Acento DiferencialAcento Diferencial
Representam os acentos grácos que, pelas regras deRepresentam os acentos grácos que, pelas regras de
acentuação, não se justicariam, mas são utilizados paraacentuação, não se justicariam, mas são utilizados para
diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavrasdiferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras
e/ou tempos verbais. Por exemplo:e/ou tempos verbais. Por exemplo:
Pôr Pôr (verbo) X (verbo) X por (preposipor (preposição) ção) / / pôde (pretérito pôde (pretérito perfeitoperfeito
de Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-de Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-
tivo do mesmo verbo).tivo do mesmo verbo).
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
Os demais casos de acento diferencial não são maisOs demais casos de acento diferencial não são mais
utilizadosutilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-
vo), pelo (preposição)vo), pelo (preposição). Seus signicados e classes gramati. Seus signicados e classes gramati--
cais são denidos pelo contexto.cais são denidos pelo contexto.
PolíciaPolícia para para o trânsito o trânsito para para realizar blitz  realizar blitz . = o primeiro. = o primeiro
“para” é verbo; o segundo, preposição (com relação de “para” é verbo; o segundo, preposição (com relação de --
nalidade).nalidade).
** Quando, na frase, der para substituir o “por” por** Quando, na frase, der para substituir o “por” por
“colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:“colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso porFaço isso por
você. você. / Posso / Posso pôr (colocar) mpôr (colocar) meus livros aqui? eus livros aqui? 
Regra do Hiato:Regra do Hiato:
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a se-Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, for a se-
gunda vogal do gunda vogal do hiato, acompanhado ou não de hiato, acompanhado ou não de “s”“s”, haverá, haverá
acento. Ex.:acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luíssaída – faísca – baú – país – Luís
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato qNão se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-uan-
do seguidos, na mesma sílaba, dedo seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, rl, m, n, r ouou z  z .. Ra-ul, Lu-iz,Ra-ul, Lu-iz,
sa-ir, ju-izsa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafoverem seguidas do dígrafo nhnh. Ex:. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vieremNão se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica:precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
Observação importanteObservação importante::
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formandoNão serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
hiato quando vierem depois de hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):ditongo (nas paroxítonas):
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
AntesAntes   AgoraAgora
bocaiúva bocaiuvabocaiúva bocaiuva
feiúra feiurafeiúra feiura
Sauípe SauipeSauípe Sauipe
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foiO acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
abolido:abolido:
AntesAntes   AgoraAgora
crêem creemcrêem creem
lêem leemlêem leem
vôo voovôo voo
enjôo enjooenjôo enjoo
**** Dica:Dica: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbosverbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem maisque, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
acento como antes:acento como antes: CRER, DAR, LER CRER, DAR, LER  e e VER.VER.
Repare:Repare:
1-)1-) O menino crê em você. / Os O menino crê em você. / Os meninos creem em você.meninos creem em você.
2-)2-) Elza Elza lê bem! / Tlê bem! / Todas leem bem!odas leem bem!
3-)3-) Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos queEspero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que
os garotos deem o recadoos garotos deem o recado!!
4-)4-) Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
Cuidado!Cuidado! Há o verbo vir:Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm àEle vem à tarde! / Eles vêm à
tarde!tarde!
As formas verbais que possuíam o acento tônico naAs formas verbais que possuíam o acento tônico na
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido deraiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
“e” ou “i” não serão mais acentuadas:“e” ou “i” não serão mais acentuadas:
AntesAntes   DepoisDepois
apazigúe apazigúe (apaziguar) (apaziguar) apazigueapazigue
averigúe averigúe (averiguar) (averiguar) averigueaverigue
argúi argúi (arguir) (arguir) arguiargui
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoaAcentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa
do plural de:do plural de: eletem – eles têm / ele vem – eles vêm (verboele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
vir)vir)
A regra prevalece também para os A regra prevalece também para os verbosverbos conter, obter,conter, obter,
reterreter, deter, abster: ele contém – , deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém eles contêm, ele obtém – eles– eles
obtêm, ele retém – obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm.eles retêm, ele convém – eles convêm.
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.
htmhtm
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-
coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São P– São Paulo:aulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
QuestõesQuestões
11-) (PREFEITURA DE -) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCALSÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 -TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptadaadaptada)) Assi-Assi-
nale a alternativa que contém duas palavras acentuadasnale a alternativa que contém duas palavras acentuadas
conforme a mesma regra.conforme a mesma regra.
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.(C) “Índice” (C) “Índice” e “dólares”e “dólares”..
(D) “Inacreditáveis” e “atribuí(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.dos”.
(E) “A(E) “Atribuídos” tribuídos” e “índie “índice”.ce”.
1-)1-)
(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = pa-(A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = pa-
roxítonaroxítona
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paro-(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paro-
xítonaxítona
(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxí-(C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxí-
tonatona
(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra(D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra
do hiatodo hiato
(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparo-(E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparo-
xítonaxítona
RESPOSTA: “B”.RESPOSTA: “B”.
2-)2-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL(SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
– FUNDATEC/2014 -– FUNDATEC/2014 - adaptada)adaptada)
Analise as armações que são feitas sobre acentuaçãoAnalise as armações que são feitas sobre acentuação
gráca.gráca.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘especícos’I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘especícos’
seja retirado, essas continuam sendo palavras da línguaseja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa.portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
rios’ e ‘país’ não é a mesma.rios’ e ‘país’ não é a mesma.
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.decrescente.
IVIV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ . Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em si-para diferenciá-la, em si-
tuação de uso, quanto à exão de número.tuação de uso, quanto à exão de número.
Quais estão corretas?Quais estão corretas?
A) Apenas I e III.A) Apenas I e III.
B) Apenas II e IV.B) Apenas II e IV.
C) Apenas I, II e IV.C) Apenas I, II e IV.
D) Apenas II, III e IV.D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.E) I, II, III e IV.
2-)2-)
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘especícos’I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘especícos’
seja retirado, essas continuam sendo palavras da línguaseja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa = portuguesa = teremos “transito” e “esteremos “transito” e “especico” – serão verpecico” – serão ver--
bos (correta)bos (correta)
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
rios’ e ‘país’ não é a mesma = rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminadavários é paroxítona terminada
em ditongo; país é a regra do hiato (correta)em ditongo; país é a regra do hiato (correta)
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há umhá um
hiato, por hiato, por isso a isso a acentuação (da acentuação (da - - í) = í) = incorreta.incorreta.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, emIV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em
situação de uso, quanto à exão de número = “vêm” é situação de uso, quanto à exão de número = “vêm” é utiuti--
lizado para a terceira pessoa do plural (correta)lizado para a terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: “C”.RESPOSTA: “C”.
    
5050
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
PONTUAÇÃOPONTUAÇÃO
OsOs sinais de pontuaçãosinais de pontuação são marcações grácas que são marcações grácas que
servem para compor a coesão e a coerência textual, alémservem para compor a coesão e a coerência textual, além
de ressaltar especicidades semânticas e pragmáticas.de ressaltar especicidades semânticas e pragmáticas.Um texto escrito adquire diferentes signicados quandoUm texto escrito adquire diferentes signicados quando
pontuado de formas diversicadas. O uso da pontuaçãopontuado de formas diversicadas. O uso da pontuação
depende, em certos momentos, da intenção do autor dodepende, em certos momentos, da intenção do autor do
discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamentediscurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
relacionados ao contexto e ao relacionados ao contexto e ao interlocutorinterlocutor..
Principais funções dos sinais de pontuaçãoPrincipais funções dos sinais de pontuação
Ponto (.)Ponto (.)
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en-1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en-
cerrando o período.cerrando o período.
2- Usa-se nas abreviaturas:2- Usa-se nas abreviaturas:  pág. pág. (página),(página), CiaCia. (Com-. (Com-
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em nal de pepanhia). Se a palavra abreviada aparecer em nal de pe--
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o pontoríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto
de abreviatura marca, também, o m de período. Exemplo:de abreviatura marca, também, o m de período. Exemplo:
Estudei português, matemática, constitucional, etc.Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e não(e não
“etc..”)“etc..”)
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do
ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:
Haverá eleições em outubroHaverá eleições em outubro
O culto do vernáculo faz parO culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleãote do brio cívico. (Napoleão
Mendes de Almeida) ( Mendes de Almeida) ( ou:ou: Almeida Almeida.. ) )
4- Os números que identicam o ano não utilizam p4- Os números que identicam o ano não utilizam ponon--
to nem devem ter espaço a separá-los, bem como os nú-to nem devem ter espaço a separá-los, bem como os nú-
meros de CEP:meros de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.1975, 2014, 2006, 17600-250.
Ponto e Vírgula ( ; )Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância:importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos“Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelodão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
 pão  pão a a vida; vida; os os de de nenhum nenhum espírito espírito dão dão pelo pelo pão pão a a alma...alma...” ”   
(VIEIRA)(VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por2- Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas:vírgulas: Alguns quiseram2. 2. A A lei lei penal penal no no tempo. tempo. ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................04..........04
3. 3. A A lei lei penal penal no no espaço. espaço. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................05...........05
4. 4. Interpretação Interpretação da da lei lei penal. penal. ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................07................07
5. 5. Infração Infração penal: penal: espécies. espécies. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0909
6. Sujeito 6. Sujeito ativo e ativo e sujeito passivo sujeito passivo da infração da infração penal. penal. ..................................................................................................................................................................................................................................................................1111
7. 7. Tipicidade, Tipicidade, ilicitude, ilicitude, culpabilidade, culpabilidade, punibilidade. punibilidade. ..................................................................................................................................................................................................................................................................1111
8. Excludentes 8. Excludentes de ilide ilicitude e citude e de culpabilide culpabilidade. dade. .......................................................................................................................................................................................................................................................................15...............15
9. 9. Imputabilidade Imputabilidade penal. penal. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................20...........20
10. 10. Concurso Concurso de de pessoas. pessoas. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................21........21
11. Crimes contra 11. Crimes contra a pessoa (homicídio, a pessoa (homicídio, das lesões corporais, das lesões corporais, da rixa). da rixa). ..........................................................................................................................................................................22..............22
12. Crimes contra o 12. Crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão, extorsão mediantes sequestro).patrimônio (furto, roubo, extorsão, extorsão mediantes sequestro). ........................................................23........................................................23
13. Crimes contra a administração pública (peculato e suas formas, concussão, corrupção ativa e passiva,13. Crimes contra a administração pública (peculato e suas formas, concussão, corrupção ativa e passiva,
prevaricação) .........................................................................................................................................................................................................33prevaricação) .........................................................................................................................................................................................................33
    
SUMÁRIOSUMÁRIO
Noções de Direito Processual PenalNoções de Direito Processual Penal
Inquérito Inquérito Policial. Policial. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01........01
Da Da ação ação penal: penal: Espécies. Espécies. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................04...........04
Da Da prisão, prisão, das medidas das medidas cautelares e cautelares e da da liberdade provisória. .....liberdade provisória. ..............................................................................................................................................................................................................06...........06
Noções de Direito MilitarNoções de Direito Militar
Estatuto dos Policiais Militares da Paraíba (Lei 3.909/77): Da Hierarquia e da Disciplina (Art. 12 à 19), Do Valor PolicialEstatuto dos Policiais Militares da Paraíba (Lei 3.909/77): Da Hierarquia e da Disciplina (Art. 12 à 19), Do Valor Policial
Militar (Art. 26), Da Ética Policial Militar (ArMilitar (Art. 26), Da Ética Policial Militar (Art. 27 à 29), Dos Deveres Policiais Militares (Art. 30), Do Compromisso Policialt. 27 à 29), Dos Deveres Policiais Militares (Art. 30), Do Compromisso Policial
Militar (Art. 31), Militar (Art. 31), Do Comando e Do Comando e da Subordinação (Art. da Subordinação (Art. 33 à 39). 33 à 39). ..............................................................................................................................................................................................................0101
Lei Complementar Estadual nº 87/2008. Crime militar: caracterização do crime militar (art. 9º do CPM); propriamente eLei Complementar Estadual nº 87/2008. Crime militar: caracterização do crime militar (art. 9º do CPM); propriamente e
impropriamente militar. Violência contra superior (art.157 CPM); Violência contra inferior (art.175 CPM); Abandono deimpropriamente militar. Violência contra superior (art.157 CPM); Violência contra inferior (art.175 CPM); Abandono de
Posto (art.195 CPM); Embriaguez em serviço (art. 202 CPM); Dormir em serviço (art. 203 CPM). Justiça Militar Estadual.Posto (art.195 CPM); Embriaguez em serviço (art. 202 CPM); Dormir em serviço (art. 203 CPM). Justiça Militar Estadual.
Art. 125, Art. 125, §§ 3º, §§ 3º, 4º e 4º e 5º CF/88; 5º CF/88; Art. 187 Art. 187 a 198 a 198 ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................verão, praia e calor; outros, mon- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon-
tanhas, frio e cobertor tanhas, frio e cobertor ..
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc.tivos, decreto de lei, etc.
Ir ao supermercado;Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola;Pegar as crianças na escola;
Caminhada na praia;Caminhada na praia;
Reunião com amigos.Reunião com amigos.
Dois pontos (:)Dois pontos (:)
1- Antes de uma citação1- Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto2- Antes de um aposto
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio àTrês coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
tarde e calor à noite.tarde e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendoLá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo
a rotina de sempre.a rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou:Maria perguntou:
- Por que você não toma uma - Por que você não toma uma decisão? decisão? 
Ponto de Exclamação (!)Ponto de Exclamação (!)
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
susto, súplica, etc.susto, súplica, etc.
Sim! Claro que eu quero Sim! Claro que eu quero me casar com você!me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos2- Depois de interjeições ou vocativos Ai! Que susto! Ai! Que susto!
 João! Há quanto tempo! João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação (?)Ponto de Interrogação (?)
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?”  (Artur Aze- (Artur Aze-
vedo)vedo)
Reticências (...)Reticências (...)
1- Indica que palavras foram suprimidas:1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,Comprei lápis,
canetas, cadernos.canetas, cadernos.....
2- Indica interrupção violenta da frase.2- Indica interrupção violenta da frase.
“-“- Não... quero  Não... quero dizerdizer... é verdad... ... é verdad... AhAh!”!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida:3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: EsteEste
mal... pega doutor? mal... pega doutor? 
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito:4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,Deixa,
depois, o coração falar.depois, o coração falar.....
Vírgula (,)Vírgula (,)
Não se usa vírgulaNão se usa vírgula
* separando termos que, do ponto de vista sintático,* separando termos que, do ponto de vista sintático,
ligam-se diretamente entre si:ligam-se diretamente entre si:
- entre sujeito e predicado:- entre sujeito e predicado:
TTodos odos os os alunos alunos da da sala sala foram foram advertidos.advertidos.  
Sujeito predicadoSujeito predicado
    
5151
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
- entre o verbo e seus objetos:- entre o verbo e seus objetos:
O O trabalho trabalho custou custou sacrifício sacrifício aosaos
realizadores.realizadores.
VV.T.D.I. .T.D.I. O.D. O.D. O.I.O.I.
Usa-se a vírgula:Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial:a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-O café, em razão da sua abun-
dância, vem caindo de preço.dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção:b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. EstãoOs cerrados são secos e áridos. Estão
 produzindo, todavia, altas  produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas:c) das expressões explicativas ou corretivas:  As  As indús-indús-
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, nãotrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
querem abrir mão dos lucros altos.querem abrir mão dos lucros altos.
- Para marcar inversão:- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
chadas.chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:  Aos Aos
 pesquisadores, não  pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas:c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 deRecife, 15 de
maio de 1982.maio de 1982.
- Para separar entre si - Para separar entre si elementos coordenadoselementos coordenados (dis- (dis-
 postos em enumeração): postos em enumeração):
Era um garoto de 15 Era um garoto de 15 anos, alto, magro.anos, alto, magro.
 A ventan A ventania levoia levou árvores, u árvores, e telhados, e telhados, e pone pontes, e tes, e animais.animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e Nós queremos comer pizza; e vocês, churrascovocês, churrasco..
- Para isolar:- Para isolar:
- o aposto:- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei-São Paulo, considerada a metrópole brasilei-
ra, possui um trânsito caótico.ra, possui um trânsito caótico.
- o vocativo:- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.Ora, Thiago, não diga bobagem.
Observações:Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
são latinasão latina et ceteraet cetera, que signica “e outras coisas”, seria dis, que signica “e outras coisas”, seria dis--
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordopensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo
ortográco em vigor no Brasil ortográco em vigor no Brasil exige que empreguemos etc.exige que empreguemos etc.
precedido de vírgula:precedido de vírgula: Falamos de política, futebol, Falamos de política, futebol, lazerlazer, etc., etc.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-- As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação:binados o ponto de interrogação e o de exclamação: VocêVocê
falou isso para ela?!falou isso para ela?!
- Temos, ainda, sinais distintivos:- Temos, ainda, sinais distintivos:
1-)1-)  aa barra ( / ) barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa- = usada em datas (25/12/2014), sepa-
ração de siglas (IOF/UPC);ração de siglas (IOF/UPC);
2-) os2-) os  colchetes colchetes ([ ([ ])]) = usados em transcrições feitas = usados em transcrições feitas
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opçãopelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção
aos parênteses, principalmente na matemática;aos parênteses, principalmente na matemática;
3-) o3-) o asterisco ( * ) asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a = usado para remeter o leitor a
uma nota de rodapé ou no m do livro, para substituir umuma nota de rodapé ou no m do livro, para substituir um
nome que não se quer nome que não se quer mencionarmencionar..
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ 
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
la.htmla.htm
Português linguagens: volume 3Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- / Wiliam Roberto Cere-
 ja, There ja, Thereza Cochar za Cochar Magalhães. – Magalhães. – 7ªed. Ref7ªed. Reform. orm. – São – São Paulo:Paulo:
Saraiva, 2010.Saraiva, 2010.
SACCONISACCONI, Luiz Antônio., Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-Nossa gramática completa Sac-coniconi. 30ª ed. . 30ª ed. RevRev. São Paulo: Nova . São Paulo: Nova Geração, 2010.Geração, 2010.
QuestõesQuestões
1-)1-) (SAAE/SP -(SAAE/SP - FISCAL LEITURISFISCAL LEITURISTTAA - VUNESP - 2014) - VUNESP - 2014)
(SAAE/SP0101
Da Lei Complementar 096/10 Da Lei Complementar 096/10 (Lei de Organização e (Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Divisão Judiciárias do Estado da Paraíba). Estado da Paraíba). ......................................................................................0101
Legislação Legislação ExtravagantExtravagantee
Lei Lei nº nº 4.898/65 4.898/65 (Abuso (Abuso de de Autoridade). Autoridade). ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................01............01
Lei Lei nº nº 8.072/90 8.072/90 (Crimes (Crimes Hediondos). Hediondos). ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 0303
Lei Lei nº nº 9.455/97 9.455/97 (T(Tortura). ortura). .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................04.........04
Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Das disposições Preliminares (Art. 1º à 6º), Da prevençãoLei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Das disposições Preliminares (Art. 1º à 6º), Da prevenção
(Art. 70 à 85), Da Política de Atendimento (Art.86 à 97), Das medidas de proteção (Art. 98 à 102), Da prática de Ato(Art. 70 à 85), Da Política de Atendimento (Art.86 à 97), Das medidas de proteção (Art. 98 à 102), Da prática de Ato
Infracional (Art. 103 à 128), Das medidas Pertinentes aos Pais ou responsável (Art. 129 e 130), Do Conselho TutelarInfracional (Art. 103 à 128), Das medidas Pertinentes aos Pais ou responsável (Art. 129 e 130), Do Conselho Tutelar
(Art.131 (Art.131 à 1à 140) 40) ......................................................................................................................................................................................................05......................................................................................................................................................................................................05
Lei Lei nº nº 10.826/2003 10.826/2003 (Estatuto (Estatuto do do Desarmamento). Desarmamento). ..................................................................................................................................................................................................................................................................16..........16
Noções de SociologiaNoções de Sociologia
Reinvindicações Reinvindicações populares populares urbanas. urbanas. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................1717
Movimentos Movimentos sociais sociais e e lutas lutas pela pela moradia. .....moradia. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 2424
Movimentos Movimentos sociais sociais e e educação. ...........................educação. .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................26..............26
Movimentos Movimentos e e lutas lutas sociais sociais na na história história do do Brasil. Brasil. ......................................................................................................................................................................................................................................................................42..........42
Classes Classes Sociais Sociais e e movimentos movimentos sociais. ..............sociais. ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 5454
    
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Letra Letra e e Fonema Fonema .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................01.............01
Estrutura Estrutura das das Palavras Palavras ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 0404
Classes Classes de de Palavras Palavras e e suas suas Flexões Flexões ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0707
OrtograaOrtograa ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................44........44
Acentuação Acentuação ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4747
Pontuação Pontuação ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................50........50
Concordância Concordância VerbaVerbal l e e Nominal Nominal ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................52............52Regência Regência VerbVerbal al e e Nominal ............................Nominal ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................58.........58
Frase, Frase, oração oração e e período ...........................período ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 6363
Sintaxe Sintaxe da da Oração Oração e e do do Período .................Período ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................63.........63
TTermos ermos da da Oração............Oração.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................63...........63
Coordenação Coordenação e e Subordinação Subordinação ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................63..............63
Crase Crase ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................7171
Colocação Colocação Pronominal Pronominal ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................74..............74
Signicado das PalavrasSignicado das Palavras .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................76...........76
Interpretação Interpretação TTextual extual ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................8383
Tipologia Tipologia TTextual extual .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................85...........85
Gêneros Gêneros TTextuais extuais .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................86...........86
Coesão Coesão e e Coerência Coerência ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................8686
Reescrita Reescrita de de textos/Equivalência textos/Equivalência de de Estruturas .Estruturas ..........................................................................................................................................................................................................................................................................88.............88
Estrutura Estrutura TTextual extual ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................90...........90
Redação OcialRedação Ocial .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................91.............91
Funções Funções do do “que” “que” e e do do “se” ................“se” ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................100..100
VVariação ariação Linguística. Linguística. .........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................101.101
O O processo de processo de comunicação comunicação e e as as funções dfunções da a linguagem. ...............linguagem. ..................................................................................................................................................................................................................103.......103
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCOPROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO
Graduada pela Faculdade de Filosoa, Ciências e Letras de Graduada pela Faculdade de Filosoa, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual PaulistaAdamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp– Unesp
LETRA E FONEMALETRA E FONEMA
A palavraA palavra fonologiafonologia é formada pelos elementos gregos é formada pelos elementosgregos fonofono (“som, voz”) e (“som, voz”) e log, logialog, logia (“estudo”, “conhecimento”). Signica (“estudo”, “conhecimento”). Signica
literalmente “eliteralmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”studo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. . Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema dgua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto e comunicação linguística, quanto à sua organização e classicação. Cuida, também,à sua organização e classicação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortograa, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certasde aspectos relacionados à divisão silábica, à ortograa, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato dmaneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades naa fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem deNa língua falada, as palavras se constituem de fonemasfonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos grácos, chamados desímbolos grácos, chamados de letrasletras ouou grafemas grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de signicado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinçãobelecer uma distinção de signicado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:entre os pares de palavras:
amor amor – – ator ator / / morro morro – – corro corro / / vento vento - - centocento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica queCada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este formavocê - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os signicantes dos signos los signicantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras:inguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, / /m/, /b/, /a/, /v/,v/, etc. etc.
Fonema e LetraFonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráca do fonemaé a representação gráca do fonema. Na palavra. Na palavra saposapo, por, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-seexemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sêsê); já na palavra brasa, a ); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-seletra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê zê).).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, pode ser representado pelas letras z, s, x:x: zebra, casamento, exíl zebra, casamento, exílio.io.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/:- o fonema /sê/: textotexto
- o fonema /zê/:- o fonema /zê/: exibir exibir 
- o fonema /che/:- o fonema /che/: enxameenxame
- o grupo de sons /ks/:- o grupo de sons /ks/: táxitáxi
- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.
Tóxico =Tóxico = fonemas: fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: letras: t t ó ó x x i i c c oo
   1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 66
Galho =Galho = fonemas: fonemas: /g/a/lh/o/ /g/a/lh/o/ letras: letras: g g a a l l h h oo
   1 1 2 2 3 3 4 4 1 1 2 2 3 3 4 4 55
- As letras “m” e - As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas“n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: c. Observe os exemplos: compra, conta.ompra, conta. NestasNestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda:que as antecedem: /õ/. Veja ainda: navenave: o /n/ é um fonema;: o /n/ é um fonema; dançadança: o: o
“n” não é um fonema; o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.letras “a” e “n”.
- A letra h, - A letra h, ao iniciar uma palavra, não ao iniciar uma palavra, não representa fonema.representa fonema.
Hoje =Hoje = fonemas: fonemas: ho ho / / j j / / e e / / letras: letras: h h o o j j ee
   1 1 2 2 3 3 1 1 2 2 3 3 44
Classicação dos FonemasClassicação dos Fonemas
Os fonemas da língua portuguesa são classicados em:Os fonemas da língua portuguesa são classicados em:
1) Vogais1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos pAs vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que or uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso signica que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso signica que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Na produção de vogais, a boca ca aberta ou entreaNa produção de vogais, a boca ca aberta ou entrea--
berta. As vogais podem ser:berta. As vogais podem ser:
-- OraisOrais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/,: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/,
 /o/, /u/. /o/, /u/.
-- NasaisNasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-
sais.sais.
 /ã/: /ã/: fã, canto, tampafã, canto, tampa  
 / ẽ /: / ẽ /: dente, temperodente, tempero
 / ĩ/: / ĩ/: lindo, mimlindo, mim
 /õ/: /õ/: bonde, tombobonde, tombo
 / ũ /: / ũ /: nunca, algumnunca, algum
--  Átonas Átonas: pronunciadas com menor intensidade:: pronunciadas com menor intensidade: aaté,té,
bolbolaa..
-- TônicasTônicas: pronunciadas com maior intensidade: at: pronunciadas com maior intensidade: atéé,,
bboola.la.
Quanto ao timbreQuanto ao timbre, as vogais podem ser:, as vogais podem ser:
- Abertas:- Abertas: pé, lata, pó pé, lata, pó
- Fechadas:- Fechadas: mês, luta, amor mês, luta, amor 
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no nal das pa- Reduzidas - Aparecem quase sempre no nal das pa--
lavras:lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“(“genti”).genti”).
2) Semivogais2) Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais.Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais.
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela umauma
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemasestes fonemas
são chamados desão chamados de semivogaissemivogais. A diferença fundamental en-. A diferença fundamental en-
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de-tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de-
sempenham o papel de núcleo silábico.sempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavraObserve a palavra papai papai. Ela é formada de d. Ela é formada de duas sílabas:uas sílabas:
 pa -  pa - paipai. Na última sílaba, o fonema vocálico quese destaca. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tãoé o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão
forte quanto ele. É a forte quanto ele. É a semivogal. semivogal. Outros exemplos:Outros exemplos: saudade,saudade,
história, sériehistória, série..
3) Consoantes3) Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi-expi-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca-rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca-
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda-vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda-
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu-Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos:guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos:
 /b/, /t/, /d/, /v/ /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/ , /l/, /m/ , etc., etc.
Encontros VocálicosEncontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais eOs encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e
semivogais, sem consoantes intermediárias. É importantesemivogais, sem consoantes intermediárias. É importante
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos emreconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em
sílabas. Existem três tipos de encontros: osílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton-ditongo, o triton-
 go go ee o hiato. o hiato.
1) Ditongo1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
versa) numa mesma sílaba. Pode ser:versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
-- CrescenCrescentete: quando a semivogal vem antes da vogal:: quando a semivogal vem antes da vogal:
sé-riesé-rie (i = semivogal, e = vogal) (i = semivogal, e = vogal)
-- DecrescenteDecrescente: quando a vogal vem antes da semivo-: quando a vogal vem antes da semivo-
gal:gal: pai pai (a = vogal, i = semivogal) (a = vogal, i = semivogal)
-- OralOral: quando o ar sai apenas pela boca:: quando o ar sai apenas pela boca: pai pai
-- NasalNasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-
sais:sais: mãemãe
2) Tritongo2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal:Pode ser oral ou nasal: ParaguaiParaguai - Tritongo oral,- Tritongo oral, quãoquão - Tri- - Tri-
tongo nasal.tongo nasal.
3) Hiato3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra queÉ a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há maismais
de uma vogal numa mesma sílaba:de uma vogal numa mesma sílaba: saídasaída (sa-í-da), (sa-í-da),  poesia poesia  
(po-e-si-a).(po-e-si-a).
Encontros ConsonantaisEncontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
gal intermediária, recebe o nome degal intermediária, recebe o nome de encontro consonantalencontro consonantal..
Existem basicamente dois tipos:Existem basicamente dois tipos:
1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
e ocorrem numa mesma sílaba, como em:e ocorrem numa mesma sílaba, como em:  pe-dra,  pe-dra, pla-no,pla-no,
a-tle-ta, cri-sea-tle-ta, cri-se..
2-) os que resultam do contato de duas consoantes2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pertencentes a sílabas diferentes:pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, r por-ta, rit-mo, lis-tait-mo, lis-ta..
Há ainda grupos consonantais que surgem no inícioHá ainda grupos consonantais que surgem no início
dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis:dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis:  pneu,  pneu, gno-mo,gno-mo,
 psi-có-lo-go. psi-có-lo-go.
DígrafosDígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na es-De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
crita, por apenas uma letra:crita, por apenas uma letra: lixolixo - Possui quatro fonemas e - Possui quatro fonemas e
quatro letras.quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
crita, por duas letras:crita, por duas letras: bichobicho - Possui quatro fonemas e cinco - Possui quatro fonemas e cinco
letras.letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-
ram utilizadas duas letras: o ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.“c” e o “h”.
Assim,Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadaso dígrafo ocorre quando duas letras são usadas
 para representar um único f para representar um único fonemaonema ( (didi = dois + = dois + grafo grafo = le- = le-
tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafostra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos
que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:
consonantais e vocálicos.consonantais e vocálicos.
    
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LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos ConsonantaisDígrafos Consonantais
Letras Letras Fonemas Fonemas ExemplosExemplos
lh lh /lhe/ /lhe/ telhadotelhado
nh nh /nhe/ /nhe/ marinheiromarinheiro
ch ch /xe/ /xe/ chavechave
rr rr /re/ /re/ (no (no interior interior da da palavra) palavra) carrocarro
ss ss /se/ /se/ (no (no interior interior da da palavra) palavra) passopasso
qu qu /k/ /k/ (qu (qu seguido seguido de de e e e e i) i) queijo, queijo, quiaboquiabo
 gu  gu /g/ ( gu seguido de e e i) /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guiaguerra, guia
sc sc /se/ /se/ crescer crescer 
sç sç /se/ /se/ desçodesço
 xc  xc /se/ /se/ exceçãoexceção
Dígrafos VocálicosDígrafos Vocálicos
Registram-se na representação das vogais Registram-se na representação das vogais nasais:nasais:
Fonemas Fonemas Letras Letras ExemplosExemplos
 /ã/  /ã/ am am tampatampa
   an an cantocanto
 /ẽ/  /ẽ/ em em templotemplo
   en en lendalenda
 /ĩ/  /ĩ/ im im limpolimpo
   in in lindolindo
  õ/ õ/ om om tombotombo
on tontoon tonto
 /ũ/  /ũ/ um um chumbochumbo
   un un corcundacorcunda
* Observação:* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
 guitarra, aquil guitarra, aquilo.o. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentaraguentar, linguiça, , linguiça, aquífero.aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não ..). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Tamsão dígrafos. Também não hábém não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguoquase, averiguo) .) .
**** DicaDica: Conseguimos ouvir o s: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exom da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ emplos: Água = /agua/ nósnós
 pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temo pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 s, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não/gitara/ - não
 pronunciamos o  pronunciamos o “u”, então temo“u”, então temos dígrafo [aliás, dois s dígrafo [aliás, dois dígrafos: “dígrafos: “gu” e “rr”]gu” e “rr”].. Portanto: 8 letras e 6 fonemas)Portanto: 8 letras e 6 fonemas)..
DífonosDífonos

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