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PUERPÉRIO
Thamires Antunes
CONCEITO
 Puer = criança
 Parere = dar a luz
 O Ministério da Saúde conceitua o puerpério no
período do ciclo grávido puerperal em que as
modificações locais e sistêmicas, provocadas pela
gravidez e parto no organismo da mulher, retornam à
situação do estado pré-gravídico.
 Tem início duas horas após a saída da placenta e seu
término é imprevisto.
FASES DO PUERPÉRIO
(MINISTÉRIO DA SAÚDE)
Imediato: 1º ao 10º 
dia
Tardio 11º ao 42º dia
Remoto > 43º dia
❖ ÚTERO
▪ Peso inicial pós-parto 1.000g peso final 40 a 60 g
▪ Altura: 15 cm (diminuindo cerca de 1 cm ao dia). No primeiro dia,
pós-parto, atinge a altura do umbigo.
▪ No final da primeira semana, o fundo uterino encontra-se cerca de
cinco dedos horizontais acima da síntese púbica.
▪ Por volta do 12º ao 14º dia, torna-se novamente pélvico.
▪ A involução uterina é rápida nos primeiros dias e mais lenta nos dias
seguintes.
❖ ÚTERO
▪ No puerpério imediato há formação do globo de segurança que
tampona os vasos sangrantes, com duração de poucas horas. A
seguir há um relaxamento.
▪ Largura: 9 cm
▪ Consistência dura
▪ Sensibilidade - indolor à apalpação
Os lóquios são secreções provenientes do útero,
produzidas no período pós-parto, durante
aproximadamente 1 mês.
Até 3 dias: 
rubros
Do 3º ao 10º 
dia: fuscos, 
marrom-
acastanhados, 
serossanguínea
Após o 10º dia: 
flava, cor 
amarelada a 
branca, 
desaparecendo 
até 20º dia 
A partir do 21º 
dia: alba, com 
cor branca
▪ Pode ter: Edema , fissuras na comissura labial;
▪ Na região perineal: episiotomia (cicatrização até 20 
dias) ou lacerações. Avaliar deiscência de sutura;
▪ Botões hemorroidários: regridem espontaneamente ou 
não;
▪ Estado geral: sudorese, calafrios, palidez, sonolenta e 
tremores ocasionais logo após o parto.
▪ SSVV: PA ↓; T: ↑(até 38⁰ C em 24h); FC ↓; FR: padrão 
costo abdominal.
▪ Sistema cardiovascular: perda esperada de 500ml de 
sangue no parto vaginal; 
▪ Volume sanguíneo permanece ↑pela migração de 
líquidos e pelo ↑do retorno sanguíneo do leito vascular 
placentário
▪ Sistema Hematológico: ↓ do volume do plasma, 
aumento do hematócrito com retorno até 5 semanas, 
hemoglobina restabelece valor prévio até 60 d, 
leucocitose.
▪ Sist. Endócrino: com a saída da placenta: ↓HCG, 
estrogênio e progesterona e ↑da ocitocina e prolactina. 
▪ Sist. Renal: Até 3 meses para restabelecer estado pré-
gravídico. O tônus vesical ↓pode levar a incontinência 
urinária, pode haver retenção, aumento da frequência 
miccional.
➢ Sist. Gastrointestinal: Nos primeiros dias do puerpério,
habitualmente há uma constipação intestinal.
Recomenda se dieta rica em fibras, bastante líquidos e
deambulação precoce.
➢ Sist.tegumentar: hiperpigmentação regride lentamente, 
elasticidade da pele ↓; estrias violáceas tornam-se 
esbranquiçadas; diastase de reto abdominal regride 
até 6 meses.
➢ Peso: retorno individual, perda de 2 a 3kg logo após o 
parto
➢ NO PUERPÉRIO IMEDIATO, Avaliar:
➢ involução uterina de 15 em 15’ até 2 horas;
➢ Quantidade e característica dos lóquios.
➢ Apalpar o útero para assegurar-se de este estar bem
contraído.
➢ Observar a coloração das mucosas.
➢ Verificar sinais vitais (PA e P), a cada 30', ou com
maior frequência se houver indicação.
➢ NO PUERPÉRIO IMEDIATO, Avaliar:
Inspecionar incisão cirúrgica para
detectar possível formação de
hematoma.
Estar alerta para a possibilidade de
hipotonia ou atonia uterina;
Se necessário:
Administrar oxitocina endovenosa
conforme prescrição.
Realizar massagem e/ou expressão
uterina.
massagem uterina 
➢ NO PUERPÉRIO IMEDIATO, Avaliar:
A deambulação está indicada:
Após 4 horas para parto normal, com ou sem
episiotomia
Após 6 horas para partos sob anestesia peridural
Após 8 a 12 horas para partos sob anestesia
raquidiana. Nestes, a puérpera deverá ser mantida em
décubito dorsal até completar 12 horas ou segundo
recomendação médica.
➢ NO PUERPÉRIO IMEDIATO, Avaliar:
Inspecionar diariamente o períneo, orientando sobre
os cuidados com as incisões cirúrgicas e as
lacerações suturadas.
Cesárea e laqueadura tubária:
Retirar curativo após 8 a 12 horas.
Lavar a incisão com água e sabão.
Manter a incisão limpa e seca
➢ NO PUERPÉRIO IMEDIATO, Avaliar:
Lavar com água e sabonete três vezes ao dia e após
as evacuações e micções
Manter a incisão limpa e seca
Verificar diariamente a cor, odor, aspecto e
quantidade dos lóquios.
Observar diariamente a involução uterina
Estar alerta para sinais de infecção puerperal:
Hipertermia
Dor
Lóquios fétidos
▪ Hemorragias 
▪ Distúrbios tromboembólicos ( fibrinogênio e fator VIII de 
coagulação, normaliza com 2 sem)
▪ Infecção puerperal ( contaminação, higiene)
▪ Infecção das vias urinárias
▪ Distúrbios da mama
▪ Distúrbios do humor
Fatores de risco
Estratificação de risco
▪ 4 T’s: tônus, trauma, tecido e trombina 
▪ Inversão uterina
▪ Hematomas
▪ Administração de ferro na gravidez
▪ Atenção e intervenção precoce na principais causas de 
hemorragia pós-parto
▪ Observação rigorosa no puerpério imediato
▪ Evitar episiotomia
▪ Manejo ativo para dequitação.
▪ Histórico de 
tromboflebite
▪ Obesidade
▪ Cesariana
▪ Parto a fórceps
▪ Idade materna > 35a
▪ Multiparidade 
▪ Anemia e discrasias 
sanguíneas
▪ Varicosidade
▪ Imobilização prolongada
▪ Infecção puerperal
 Fatores predisponentes:
▪ Heparina
▪ Repouso no leito
▪ Analgesia
▪ Deambulação gradual com uso de meias elásticas 
Tipo Sinais e sintomas
T.V. superficial V. safena; dor na panturrilha, 
vermelhidão, mialgia e Homans+
T.V. profunda 2s após o parto. Tremores, febre. Mal 
estar
Tromboflebite 
pélvica
10 a 14d pós parto. Tremores, febre, 
rigidez
Embolia pulmonar Dor torácia intensa e repentina, 
dispnéia grave, tosse, apreensão, 
taquicardia, hemoptise e febre (> 38 C)
▪ Deambulação precoce
▪ Exercícios ativos e passivos
▪ Anticoagulantes
▪ Posição adequada no leito (evitar Fowler por longos 
períodos)
▪ Avaliar sinais vitais/atenção para dispnéia;
▪ Pesquisar sinais de inflamação (edema, Homans +);
▪ Estimular deambulação precoce.
▪ Administrar terapia anti-coagulante conforme 
prescrição e obs. sinais de sangramento.
▪ Manter sulfato de protamina disponível;
▪ Orientar para uso de anticoagulantes
▪ Classificação: 
➢ Cistite 
➢ Pielite.
▪ Tratamento:
▪ Hidratação oral
▪ Antibióticos segundo antibiograma
▪ Culturas de controle a cada 4 a 8d
▪ Triagem pré-natal para bacteriúria assintomática
▪ Orientar para cuidados de higiene pessoal e 
esvaziamento de bexiga freqüente
▪ Controle de SSVV de 4/4h
▪ Estimular ingesta hídrica.
Fatores predisponentes:
▪ Na gravidez:
▪ Baixo nível sócio-econômico, anemia e desnutrição.
▪ Infecções (aparelho genital, urinário e pulmonar)
▪ Diabetes /imunossupressão
▪ No parto:
▪ Parto prolongado
▪ Bolsa rota
▪ Toques sucessivos
▪ Cuidados de higiene
▪ Cesariana
▪ No puerpério :
▪ Perdas sanguíneas
▪ Contaminação da ferida 
operatória. 
▪ Infecção de períneo vagina e cérvix
▪ Endometrite
▪ Parametrite
▪ Anexite
▪ Tromboflebite pélvica séptica
▪ Peritonite
▪ Choque séptico
▪ Avaliação de dor, febre, mal estar, lóquios, 
SSVV(taquicardia)
▪ Administrar antibióticos e medicamentos
▪ Orientar cuidados perineais
▪ Blues ou síndrome da Tristeza pós-parto
▪ Até 80% das mães
▪ Primeiros dias do puerpério
▪ Desaparecem em 14 dias
▪ Depressão Puerperal
▪ 30 a 200 casos em 100.000
▪ Geralmente após a 1ª sem.
▪ Psicose Puerperal
▪ Rompimento com a realidade
▪ 2 a 3 sem. Pós-parto
Referências
 Barros, S. M. O. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica: Guia para prática assistencial.2 ed. 
São Pulo: Roca, 2009BRASIL, MS. Parto aborto e Puerpério: assistência humanizada à mulher. 
Brasília: MS, 2001.
 Cabral. I. C. Enfermagem noCuidado Materno e Neonatal. Série Incrivelmente fácil. Rio de 
Janeiro: Guanabara koogan, 2005.
 Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas públicas. Parto, aborto e puerpério: assistência 
humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: . Acesso em: 11 de 
junho de 2017.
 Ministério da Saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2005. Disponível em:http://www.ess.ufrj.br . Acesso em: 11de junho de 
2017.
 OMS-OPAS. Recomendações para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia 
obstétrica, 2018.
 Revista Gaucha de Enfermagem- Porto Alegre RS. Consulta Puerperal de Enfermagem, uma 
realidade na cidade de Ponta Grossa Para Brasil, Raveli APX 2008, mar;29(1):54/9. Acesso em 
11 de junho 2017. 
 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: O enfermeiro na assistência à puérpera na atenção 
primária à saúde Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011.acesso em 11 de junho de 2017.
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