Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

EJANE ANAHI CAMILO RUIZ 
 
RESENHA – AS ESCOLAS HISTÓRICAS E AS ESCOLAS METÓDICAS 
 
Resenha apresentada no terceiro semestre de História – América Latina, da 
Universidade Federal da Integração Latino-Americana. 
Disciplina: Teoria e Metodologia da História 
Profa. Dra. Cleusa Gomes. 
 
Foz do Iguaçu – PR 
2012 
Resenha 
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Portugal: Publicações Europa 
América, 1983. 
BOURDÉ, Guy; MARTIN, Hervé. As Escolas Metódicas. Portugal: Publicações Europa 
América, 1983. 
 
Rejane Anahí Camilo Ruiz 
 
As ideias das filosofias da Historia literalmente se fizeram presente no séc. XVIII, pré-
revolução francesa e no séc. XIX, onde houve a criação de um modo de pensar, de 
dar sentido a historia, onde a historia encontra uma função, serventia (civilização, 
progresso, a perfeição do homem). No séc. XX houve uma relaboração, revisou-se 
toda a questão das filosofias da historia com a Escola do Annales, com a Nova 
Historia e os prós-estruturantes e o Neo Marxismo. 
Os filósofos da historia implantaram o modo de pensamento para a historia, onde é 
colocada em discussão a ideia do homem universal, (europeu, branco, sexo 
masculino, dotado de seus direitos e deveres), construindo a própria noção do ser, 
construção de um homem moderno. 
O iluminismo no séc. XVIII foi o grande responsável pelo o movimento de ideias na 
Europa, nas luzes, onde nasce à ideia do devir na Historia, nasce a ideia da matéria, 
nasce a ideia da evolução das espécies, nasce a ideia do progresso, a marcha do 
espírito. 
O idealista Kant, considerado o grande filósofo da era moderna, e um dos pensadores 
mais influentes da modernidade, foi o primeiro autor a colocar em questão de como a 
espécie humana é dotada de racionalidade, revelada através da crítica do juízo e partir 
deste se forme o entendimento, portanto a base da racionalidade, da modernidade. 
Para ele a força motriz do homem traz o progresso da espécie. 
Kant diferente de Rousseau que escreve a historia fictícia foi o primeiro pensador 
através de uma historia real, que tem matéria, uma forma empírica de pensar a 
realidade, pensar a racionalidade, no entanto não é a historia dos historiadores e sim 
uma historia pensada no âmbito filosófico. Para Kant a historia é pensada no sentido 
da vida, do ser. Para ele a filosofia da historia firma-se na ideia da moralidade (ritos, 
passagens e costumes). 
A natureza tem um plano (evolução da espécie humana) realizável através do 
homens, que estão dotados de alguns princípios e tem como projeto a racionalidade, 
onde o objetivo do homem é atingir o estado da cultura, se diferenciando mais uma 
vez da discussão do Rousseau. 
Ele é o primeiro pensador a pensar a natureza e a cultura. O homem não tem que 
pensar em sua natureza e sim na sua cultura, pois essa sim traz a evolução. Para 
Kant o homem não é homem quanto indivíduo, o homem é espécie. O que diferencia 
os homens dos outros seres vivos é que estes tem consciência da morte. Através de 
sua obra o postulado da vida eterna da espécie humana na filosofia da historia se 
desempenha o postulado da imortalidade da alma na filosofia moral. 
Kant tem duas questões fundamentais, a questão do juízo e do entendimento, onde o 
homem deve ter uma percepção da realidade, uma experimentação, e com essas 
duas se cria a percepção sensorial e moral e partir disso cria-se a ideia do 
entendimento. 
Fez uma epistemologia entre o racionalismo dedutivo e o racionalismo indutivo. 
Liderou uma ideia de idealismo transcendental, que o homem carrega alguns 
conceitos já determinados, onde não se sabe realmente como é o mundo, mas é 
forçado pela percepção a conhecer esse mundo, estabelecendo assim o pensamento, 
formando uma ideia de fenômenos e formas. Antes de passar pelo racional, deve se 
passar pelo sensorial, para se ter uma ideia empírica da realidade. A ciência para Kant 
se constitui de juízos analíticos e sintéticos. O objeto de intuição não pode ser 
conceitual, o acontecimento deve estar inserido em um tempo. 
Traz a ideia de pluralidade e totalidade, onde através de categorias que dão as bases 
na formação dos juízos sintéticos. Redimensiona todas ou algumas questões que 
haviam sido vistas anteriormente tal como as de Aristóteles e Platão. Para o Kant 
somente é possível o pensamento que tem critica. Fundamenta que não somos 
capazes de conhecer inteiramente os objetos reais, o nosso conhecimento sobre o 
objeto se limita ao que somos capazes de pensar sobre ele. A razão vem em primeiro 
lugar. O primeiro pensador a estabelecer a relação entre sujeito e objeto, sendo que o 
objeto tem um grande intermediário que é o entendimento. 
Hegel, basicamente discípulo de Kant, considerado também fenomenólogo, tinha 
também um vinculo com o idealismo. Incorpora a questão importante da dialética, 
(tese, antítese e síntese) usado posteriormente no Marxismo. Em 1805 produziu sua 
grande obra “A femenologia do espírito”, outra teoria transcendental. Para ele o 
homem chegaria a um patamar de racionalidade fazendo a elevação do espírito. 
De formação religiosa luterana, influenciado pelas luzes, participa desse processo e 
espera a difusão das ideias das luzes através das conquistas napoleônicas. Tinha 
confiança na ciência e fé na razão. Eleva a fé luterana ao sentimento subjetivo e a 
certeza racional. 
A teoria Hegeliana tem como pressuposto a elevação do espírito. Para Kant a questão 
era a perfeição da espécie e para Hegel a perfeição do espírito. Apresenta-se como 
um teórico do Estado Prussiano, que tinha uma necessidade de se homogeneizar 
como Estado neste então. 
Todo o universo deve ser pensando com ampla dedução abrangendo todos os 
conhecimentos possíveis, a lógica, partindo das ideias abstratas e intelectuais, pensa 
uma ideia sistêmica de universo, a filosofia da natureza que examina a difusão de 
ideias e o mundo natural e a filosofia do espírito, tomada de consciência do espírito 
através da tomada da historia universal. 
Auguste Comte da uma base importantíssima para o positivismo, que foi a corrente 
mais importante do séc. XIX no ponto de vista das ciências humanas e sociais. Seus 
trabalhos aderem à ideia nacionalista. Produz uma obra muito importante “O curso de 
filosofia positiva”, que trata da formação das ciências e da evolução da sociedade, o 
primeiro trabalho que pensa a ciência humana, abrangendo assim as ciências sociais. 
Evidenciou o caráter irredutível da realidade social. O primeiro pensador que enfrenta 
o dilema de uma ciência onde o sujeito e o objeto podem ser confundidos, em que um 
homem entrega-se ao estudo de outro homem no âmbito social. 
Criou as chamadas leis dos três estados (teológico, metafísico e cientifico) uma forma 
metodológica de pensar a estrutura da inteligência humana. Tais leis apresentam-se 
como uma teoria do conhecimento e revela-se como uma teoria da historia. Hegel 
pensava o espírito através das três leis da dialética e Comte através das três leis do 
estado. Imagina que o progresso humano se dá por etapas, segundo a essência da lei 
dos três estados. Esse movimento possibilitaria a evolução do estado. Fundou a 
sociologia na ciência da observação, pensa em um modo de agir, colocar na pratica 
suas ideias. 
No positivismo o espírito humano reconhece a impossibilidade de obter noções 
absolutas, há uma renúncia em procurar a origem e o destino do universo, se 
empenhando unicamente em descobrir através do raciocínio e da observação suas 
leis efetivas, de sucessão e semelhança. 
A filosofia positivista foi amplamente usada em diversos países no séc. XIX incluindo o 
Brasil que usou o movimento nacionalista para a estruturação do Estado. 
Spengler e Tonybee introduziram o conceito de civilização, a historia pensada através 
das civilizações. Spengler viveu no período Belle Époque, produziu “Esboço de uma 
morfologia universal”, publicou no período entre guerras, 1918.Com a derrota da 
Alemanha e o período inquietante escreveu “O declínio do Ocidente” anunciando de 
certa forma a supremacia alemã e colocando que o Ocidente esta em declínio. Fez 
uma reflexão teórica sobre a ciência e a arte através do conjunto das civilizações. 
Trabalhou no âmbito comparativo dentro das civilizações. Como ele trabalha com 
civilizações que declinam, não trabalha com uma visão essencialmente linear, 
apresenta as descontinuidades. 
Para ele o que determina a historia não é a luta de classes, a consciência, não é a 
racionalidade e sim a própria energia natural da civilização. 
Tonybee, historiador inglês, trabalha com o ciclo das civilizações, nascimento, 
crescimento e declínio. Desenvolve no âmbito da hierarquização das tarefas no plano 
intelectual, refletindo a divisão do trabalho da sociedade industrial. Contesta os 
historiadores franceses pela atitude de seguir os “positivistas” tradicionais aos 
inovadores dos “Annales”. De certo modo anuncia o estruturalismo, (Ocidente, Oriente 
etc). 
A Historia Erudita é a primeira vertente no oficio de interpretação dos textos, uma 
escola metódica dos historiadores profissionais, anterior da criação da disciplina 
histórica. A escola erudita serve de base para a escola metódica. A primeira vez que 
se pensa no ponto de vista historiográfico em uma forma de interpretação que passa 
pelo método, este historiográfico, não filosófico nem sociológico. Inicia-se a critica ao 
documento, averiguação da autenticidade dos documentos. 
De 1800 a 1870 aparecem efetivamente às instituições históricas, para os positivistas 
com a publicação da Revista Histórica na França. Inicia-se também a critica aos 
documentos, que é essencial para os historiadores. 
A Escola Metódica, Positivista ou Histórica, situa-se no período mais importante da 
França, entre o período de 1870 a 1940 na terceira república, um momento propulsor 
do ponto de vista europeu, onde são fomentados os Estados Nações, período propício 
para os grandes nacionalismos. Momento da profissionalização da historia, com uma 
critica a filosofia da historia, já que a escola metódica é muito mais historiográfica, 
vinculada aos acontecimentos reais. Período de muitas ideologias políticas, semeado 
de ideias republicanas e do imperialismo. 
Publicada em 1876, a Revista Histórica não possuía um caráter somente de estudo, 
mas, sobretudo de manifesto que reúne grandes intelectuais e grandes temas. Tentou 
de grande forma cobrir a historia europeia. 
Duas questões principais no trabalho do historiador, o inventario das fontes e a critica 
aos documentos. Os historiadores participavam na reforma do ensino secundário e no 
ensino superior, criaram também as chamadas cátedras. 
Aparecem os chamados grandes manuais, que serão muito importantes para a 
França, por exemplo, o Lavisse trabalhou com a historia da França. A tentativa de criar 
um inventário Frances, uma historia francesa possuía três pressupostos ideológicos, o 
primeiro era a tentativa de mostrar aos cidadãos franceses que deviam ser cientistas, 
conhecer sua historia e fomentar a ideia do republicanismo, muito forte também a 
questão do nacionalismo, ideia de cidadania, servidão ao país e por último a chamada 
conquista colonial, momento em que a Europa esta tomando posse de suas colônias, 
ou esta levando para estas o seu ideário (nosso país é o ideal, temos democracia, 
republicanismo). Desenvolve-se então uma disciplina histórica aliada a um discurso 
ideológico. 
A história positivista tem como pressuposto primeiro a questão da política, é a partir 
dos relatos dos grandes nomes políticos da historia em detrimento dos outros 
assuntos. Tudo isso pensado a partir de uma reforma do ensino. 
A Revista histórica não tem pretensão a nenhum partido, nem a nenhuma política, tem 
mais um formato de manifesto, sem vínculos. Grandes colaboradores da revista eram 
protestantes. A revista trabalha com a ideia de método cientifico e deve usar textos 
eminentemente científicos, e garantir a objetividade. Escreve boletins críticos 
consagrados da bibliografia francesa, orienta todas as questões no que diz respeito 
aos tempos contemporâneos da França naquele então. 
Embora a Escola Metódica proclame a imparcialidade, ela não tem nada de parcial. A 
revista histórica, que propagou a escola metódica tomou posição ao favor dos 
governos oportunistas. 
Marx um grande pensador em sua em sua época e em tempos atuais também proveio 
de uma família da burguesia judaica, depois toda a família se converte ao 
protestantismo e ele também esta tomado por esse pensamento das luzes, inserindo-
se também no movimento iluminista. 
Grande leitor e crítico de Hegel, quando jovem já colocava e discutia as filosofias de 
Hegel, os trabalhos iniciais de Marx estão todos discutindo a evolução do espírito, 
pensando através da razão o que Hegel tinha trabalhado anteriormente, fazendo uma 
critica ao próprio pensamento do Hegel, entendendo que essa evolução do espírito 
que é pensado pelo Hegel através da racionalidade, ela estava muito no plano 
idealista e o Marx vai pensar essa questão através do concreto, do material, para ele 
não existe ideias soltas, ideias que pertencem apenas ao espírito do ser, portanto as 
ideias devem estar vinculadas a um homem concreto inserido em um contexto 
concreto, que possui uma historicidade concreta na materialidade. Um dos primeiros 
pensadores nessa tradição alemã a pensar o homem inserido na historicidade em uma 
materialidade, situada nas relações de produção e nas relações sociais. 
Entre 1845 a 1850 convive fortemente com seu interlocutor intelectual Engels, que 
refez, rediscutiu e publicou a obra do Capital parte dois e três. 
O período em que Marx produz é onde a França esta vivendo os seus momentos de 
glória e acaba sendo muito observada no âmbito da teoria marxista dentro da ideia 
que Marx desenvolve, não somente observada neste país, mas em todos os que Marx 
viveu na Europa. 
Juntamente com os anarquistas tem uma relação muito forte com a liga dos 
comunistas e dos trabalhadores, inclusive estabelece uma polemica ao produzir nesse 
então a obra “Miséria da filosofia”. Em 1848 produz um dos manifestos mais 
importantes que foi o “Manifesto do Partido Comunista”, período em que a França esta 
vivendo a Comuna de Paris, onde se tenta tomar o poder via o socialismo. 
Considerado o manifesto mais importante do Partido Comunista, todos os partidos 
comunistas do mundo se apropriam desse manifesto incluindo a União Soviética, e a 
partir desse manifesto é fundada a liga nacional dos trabalhadores. Marx era ao 
mesmo tempo pensador e extremamente ativista. 
Observa a chamada luta de classes na França e produz uma de suas obras mais 
importantes nessa discussão que é “O 18 brumário de Luis Bonaparte”, mostrando o 
campo de luta de classes e tomadas de poder na França. 
Acompanha a fundação da chamada Associação Internacional dos Trabalhadores, que 
influencia as fundações dos partidos comunistas dos países europeus neste momento. 
O primeiro pensamento da Europa que traz a tona um ativismo muito forte, que 
questiona os fundamentos do capitalismo do estado, que está em seu inicio. Seu 
pensamento é colocado em xeque com outro modelo de sociedade que não seja 
capitalista, mas que possa ser dos trabalhadores, que possa ser socialista. Marx sofre 
um embate teórico não só no ponto de vista do seu pensamento, mas dentro da 
formação dos chamados comitês dos trabalhadores porque é gerado um grande 
embate entre os anarquistas e os socialistas. 
Em 1857 começa os esboços do que vai ser o Capital, publica os Princípios da 
Economia em 1857, Critica da Economia Capitalista em 1859 e publica o primeiro 
volume do Capital em 1867. Produz na mesma época que a Escola Positivista, 
pensando em outro paradigma. 
Em 1843 Marx redige uma critica ao Hegel na obra “Critica a filosofia do direito de 
Hegel”, o Estadonão determina a sociedade civil, portanto quem determina o Estado é 
a sociedade civil, é a infraestrutura, é a superestrutura que determina o Estado. 
Usando a questão econômica para essa definição. Discute a questão da alienação do 
trabalhador, sujeito as relações de produção, a questão do capitalismo determinando 
as relações, sendo assim o pensamento marxista deu forma aos seus princípios 
fundamentais. 
Podemos citar no materialismo histórico conceitos tais como, as forças produtivas 
(fontes de energia, matérias primas e a tecnologia), as forças produtivas não são 
somente materiais, são igualmente humanas. Segundo o conceito do materialismo 
histórico as relações de produção implicam as relações do homem social, político e 
ideológico. As relações de produção remetem as relações sociais que os homens 
estabelecem entre si com o intuito de produzir e dividir entre si os bens e os serviços. 
As forças produtivas e as relações de produção constituem a infraestrutura econômica, 
que trazendo para os dias de hoje seria a propriedade privada do capitalismo (rede de 
comunicação mundial) e as relações de produção seria atualmente tudo o que mantém 
essa infraestrutura, conceitos que fomentam a base do capitalismo. É a infraestrutura 
econômica (capitalismo) que determina os outros ambitos. 
A superestrutura jurídica e política (leis, regulamentos e ideologias) são formadas 
pelas instituições políticas, jurídicas, religiosas e as formas do Estado. Marx traz em 
questão também na superestrutura as artes, os símbolos, a arquitetura, enquadrando 
no âmbito ideológico. Foi criticado por colocar todo o mundo das mentalidades como 
ideologia e para ele a ideologia é falsa. Marx levanta o conceito da bipolarização onde 
de um lado esta a infraestrutura no âmbito econômico e no outro lado a superestrutura 
ideológica. Uma determinação entre os níveis da realidade social, o econômico 
determinando os outros níveis. 
O que caracteriza a época capitalista segundo Marx é a mercadoria que pertence ao 
trabalhador, que é a sua força de trabalho, e seu trabalho na forma de um trabalho 
assalariado. O modo de produção de Marx é o primeiro objeto teórico suscetível de 
exprimir um todo social, passando por toda uma estrutura que é base de uma 
sociedade e determina todas as relações sociais. Diferentemente do que os 
positivistas observavam que abrangia somente o campo político. 
Percebendo a exploração na força de trabalho dos proletariados, Marx estabelece a 
dialética, vendo possibilidades de emancipação com a tomada dos meios de 
produção. Cada modo de produção foi definido pelas relações de produção, o modo 
antigo relacionado com a escravatura, segundo o modo de produção feudal, 
estabelecido com a servidão e finalmente a finalmente o modo de produção capitalista 
estabelecendo a relação do assalariado após a revolução industrial. A relação se 
estabelece no trabalho. 
Marx trabalha como Hegel com a ideia da dialética (tese, antítese e síntese), trabalha 
com a ideia da contradição na luta de classes e trabalha também com o conceito 
fundamental da ideia da práxis (teoria da prática, da ação) idealizando que a teoria 
caminha ao lado da prática. No entanto ele reverte essa dialética de Hegel que 
colocava que a ideia que determinava a realidade social, para Marx é a realidade 
social que determina a ideia, retoma a ideia da contradição.

Mais conteúdos dessa disciplina