Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Legislação, Aspectos e Impactos e
Licenciamento Ambiental
Identificação dos dispositivos legais da questão ambiental no Brasil e análise dos aspectos com impactos
ambientais significativos e dos elementos que compõem o processo de licenciamento ambiental.
Prof. Renildes Matos de Freitas
1. Itens iniciais
Propósito
A aprendizagem da legislação e das questões ambientais como o licenciamento ambiental, em um país como
Brasil, com grande parte de seu território coberto por florestas, e em decorrência da preocupação ambiental
com o desenvolvimento sustentável, mostra-se uma ferramenta de orientação para os profissionais, frente aos
problemas ambientais, participando de forma ativa no diagnóstico desses problemas e na busca de soluções.
Objetivos
Identificar as principais leis que regem as questões ambientais, sua relevância e os seus princípios
jurídicos.
Identificar os aspectos e impactos ambientais.
Reconhecer o processo de licenciamento ambiental.
Introdução
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
• 
• 
• 
1. Fundamentos da legislação ambiental
Vamos começar!
Fundamentos da legislação ambiental
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Quadro regulatório ambiental
As principais peças e autoridades da legislação ambiental
Partes do meio ambiente são relativamente fáceis de identificar quando abrangidas pela lei ambiental. 
Exemplo
A maioria das pessoas, provavelmente, concordaria que o meio ambiente inclui o mundo natural, como
campos, florestas, rios, oceanos, mares, dunas de areia, animais, plantas e áreas ribeirinhas. No entanto,
algumas pessoas podem se surpreender ao saber que a legislação ambiental também tem algo a dizer
sobre o ambiente construído. 
As áreas de preocupação para a legislação ambiental incluem espaços verdes em cidades, parques públicos,
represas, pontes, estradas, edifícios, shoppings, calçadas, estacionamentos e escolas. A legislação ambiental
pode tratar de questões relacionadas à saúde ambiental, tanto a saúde humana quanto a saúde do ambiente
natural, em todas essas áreas. 
Precisamos de leis ambientais para proteger e conservar o meio ambiente e para reparar os danos anteriores
ao meio ambiente. A legislação ambiental, frequentemente, tenta responder a perguntas sobre quem deve
pagar pelos danos causados ao meio ambiente, bem como quem deve pagar para evitar danos futuros a ele.
As leis evoluem para refletir os objetivos e valores atuais da sociedade.
A lei reflete as escolhas feitas nas esferas dos três poderes de governo: legislativo, judiciário e executivo. Uma
compreensão básica de nosso sistema de governo é importante para aprender como as leis que afetam o
meio ambiente se encaixam. 
Neste módulo, você será apresentado às principais leis que regem as questões ambientais, sua relevância, e
aos princípios jurídicos nas quais foram embasadas. Tendo em vista que, após a leitura do material, você
entenderá a grande responsabilidade em realizar a gestão dos recursos naturais, atendendo à legislação e à
sustentabilidade.
Quais são as principais peças da legislação ambiental brasileira e as principais autoridades
regulatórias?
A legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais complexas e bem fundamentadas do mundo.
Podemos destacar:
Constituição Federal: Artigo 225
O artigo 225 (e outras disposições constitucionais que atribuem competências aos três níveis de
governo para legislar e proteger o meio ambiente).
A Constituição Federal do Brasil, de 1988, contém um capítulo especial sobre questões ambientais,
estabelecendo: o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, conferindo a todos o direito
de usufruir de um ambiente saudável, enquanto obriga os cidadãos e o governo a preservá-lo. A
Constituição Federal definiu alguns princípios que norteiam a legislação ambiental. De um lado,
enfatiza a conservação e proteção dos recursos naturais, impondo ao Poder Público o dever de
conservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e a necessidade de estabelecer uma
gestão de ecossistemas e espécies. Em outro sentido, a Constituição Federal garante acesso e
difusão de informações ambientais. Sob este critério, o governo tem a possibilidade de exigir, para
qualquer atividade que possa causar dano ambiental, uma avaliação do impacto ambiental, que será
publicada e divulgada. Em termos de responsabilidade ambiental, a Constituição Federal Brasileira
cria uma responsabilidade objetiva para aqueles que exploram recursos minerais. Se a atividade de
exploração causar algum dano ambiental e ou degradação, o responsável deve realizar todas as
atividades necessárias para restituir o dano. Além disso, ela determina que aquelas atividades que
causam danos ao ambiente tenham seus atores sendo objeto das respectivas multas e penalidades,
ou sanções administrativas.
Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981: Lei de Política Nacional do Meio Ambiente
A Lei 6.938 estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente, seus objetivos e mecanismos de
formulação e aplicação. Ela determina que a política ambiental no Brasil tem como objetivo principal a
preservação, melhoria e restituição das qualidades ambientais, assegurando as condições
socioeconômicas, de segurança nacional, bem como a proteção da dignidade humana. Esta lei
estabelece penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, no descumprimento
das medidas necessárias à prevenção e correção dos danos causados pela degradação da qualidade
ambiental. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões de qualidade ambiental,
Zoneamento ambiental, Avaliação de impactos ambientais (AIA), Estudo de impacto ambiental (EIA) e
relatório de impacto ambiental (RIMA), Licenciamento ambiental e Auditoria ambiental.
Lei 9.433/1997: Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos
A Lei de Recursos Hídricos estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema
Nacional de Recursos Hídricos. A lei define a água como um recurso natural escasso, dotado de valor
econômico, que pode ter múltiplos usos: consumo humano, produção de energia, transporte e coleta
de esgoto.
Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais
A Lei de Crimes Ambientais tem como objetivo principal a reparação de danos ambientais, incluindo
ações para prevenir e combater esses danos. A lei prevê a aplicação de pena e os tipos de crimes
ambientais.
Lei 11.445/2007: Lei de Política Nacional de Saneamento Básico
A Lei de Política Nacional de Saneamento Básico (reformulada pela Lei 14.026/2020, que atualiza o
ordenamento jurídico nacional de saneamento básico).
A Política Nacional de Saneamento Básico estabelece diretrizes para o abastecimento de água;
coleta, tratamento e destinação final de esgoto e drenagem pluvial. Também cobre a coleta,
tratamento e descarte de resíduos sólidos e efluentes líquidos industriais.
Lei 12.305/2010: Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece instrumentos e diretrizes para os
setores públicos e empresas para lidar com os resíduos. Por meio da PNRS, as organizações devem
ser transparentes na gestão dos seus resíduos. O PNRS é um marco para prevenir danos ambientais
causados por descarte incorreto de resíduos.
Lei 12.651 / 2012: Lei Florestal
O Novo Código Florestal Brasileiro prevê a proteção da vegetação nativa, Áreas de Preservação
Permanente e Áreas de Reserva Legal; exploração florestal, fornecimento de matéria-prima florestal,
controle da origem dos produtos florestais e controle e prevenção de incêndios florestais, e prevê
instrumentos financeiros para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Além dessas, existem várias leis e decretos federais que regem tópicos ambientais. Entre elas, podemos citar:
1 Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985
Lei de Ação Coletiva.
2
Lei 9.795/1999
Lei da Política Nacional de Educação Ambiental.
3
Lei 9.985/2000
Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
4
Lei 10.650,de 16 de abril de 2003
Acesso à informação ambiental.
5
Decreto 6.040/2007
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável e Pessoas e Comunidades Tradicionais.
6
Lei 12.187/2009
Lei de Política Nacional sobre Mudança do Clima.
7
Lei Complementar 140/2011
Esclarece e delimita as competências ambientais de cada esfera de governo no Brasil, com o
objetivo de evitar conflitos e sobreposições, inclusive no que se refere ao licenciamento ambiental.
8
Lei 12.587/2012
Lei Nacional de Política Urbana.
9
Decreto 7.747/2012
Política de Proteção Territorial e Ambiental de Terras Indígenas.
10
Lei 13.123/2015
Lei de Política Nacional de Biodiversidade.
Legislação ambiental
Princípios ambientais da legislação
A concepção e a aplicação do direito ambiental moderno foram moldadas por um conjunto de princípios e
conceitos, mas não apenas na área jurídica. Esses princípios se baseiam na análise de como preservar a
natureza e no entendimento da sociedade no que tange a essas questões. Há uma diversidade de princípios,
que variam segundo cada autor. Salientaremos, aqui, os principais.
Princípio do desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável implica dois objetivos
principais: a proteção ambiental e o desenvolvimento
econômico. O desenvolvimento econômico pode ser
referido como um meio de redução da pobreza, no qual,
priorizam-se as necessidades das pessoas, principalmente
das que vivem na pobreza. Mesmo que a geração atual
esteja buscando o desenvolvimento econômico e a redução
da pobreza, isso não deve causar danos ao meio ambiente
do qual as futuras gerações dependerão para atender às
suas necessidades.
Em outras palavras, embora o desenvolvimento sustentável
reconheça o desenvolvimento econômico como meio de
alcançar o alívio da pobreza, ele o limita no terreno da
proteção ambiental, para as necessidades das gerações presentes e futuras.
Princípio da precaução
O princípio da precaução visa evitar que o dano aconteça, em vez de administrá-lo depois que ocorreu. Na
linguagem comum, isso significa “é melhor prevenir do que remediar”. 
O princípio da precaução denota o dever de prevenir danos, quando está em nosso poder fazê-lo,
mesmo quando todas as evidências não estão disponíveis. 
Em suma, o princípio da precaução apoia a tomada de ação protetora antes que haja prova científica completa
de um risco; isto é, a ação não deve ser adiada simplesmente porque faltam informações científicas
completas.
Princípio de prevenção
O princípio de prevenção permite que ações sejam tomadas para proteger o meio ambiente em um estágio
inicial. Não se trata apenas de reparar os danos depois de ocorridos, mas de evitar que ocorram.
Resumindo
É melhor prevenir do que reparar. 
O princípio da prevenção tem semelhança com o princípio da precaução, veja as principais diferenças a seguir.
O princípio da prevenção é amparado pela legislação ambiental que estabelece procedimentos de
autorização, bem como a adoção de compromissos internacionais e nacionais sobre padrões ambientais,
acesso a informações ambientais e a necessidade de realização de avaliações de impacto ambiental em
relação à conduta de certas atividades propostas. O princípio preventivo pode, portanto, assumir diversas
formas, incluindo o uso de penalidades e a aplicação de regras de responsabilidade.
Princípio do poluidor-pagador
O princípio do poluidor-pagador fornece um acordo abrangente de responsabilidade ambiental e atribuição de
custos que ajuda a gerenciar os custos de danos ao meio ambiente, estabelecendo uma abordagem na qual,
sempre que possível, os custos devem ser suportados por aqueles que causam o dano. 
O princípio do poluidor-pagador significa que os custos de controle e remediação da poluição devem
ser providos por aqueles que causam poluição e não pela comunidade em geral.
O princípio é particularmente relevante na concepção de uma política, sendo considerado em caso de dano
ambiental. O princípio pode cobrir tanto os custos diretos de controle e remediação quanto custos indiretos
para a sociedade e o meio ambiente.
Princípio da informação e da publicidade
Este princípio fornece à sociedade civil acesso às informações ambientais mantidas pelas autoridades
públicas. 
As informações ambientais incluem dados sobre o estado de ar, água, solo, terra, diversidade biológica e
energia, licenciamento, estudo de impacto ambiental e políticas que se relacionam com o meio ambiente. Ou
seja, é um mecanismo importante para aumentar a transparência, ajudar o público a participar de forma eficaz
e responsabilizar o governo na tomada de decisões.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Regulamentações ambientais
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Princípios ambientais da legislação
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Princípio da precaução 
Este trata de questões que causam
destruição e danos ao meio ambiente, por
meio de análises científicas sobre matérias
ainda não comprovadas.
Princípio da prevenção 
Este lida com o ato direto do ser
humano que traz destruição ao meio
ambiente.
Verificando o aprendizado
Questão 1
(FEPESE- 2019) Assinale a alternativa que apresenta um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente.
A
Plano diretor
B
Perícia ambiental
C
Impacto de vizinhança
D
Cadastro rural ambiental
E
Zoneamento ambiental
A alternativa E está correta.
São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões de qualidade ambiental, Zoneamento
ambiental, Avaliação de impactos ambientais (AIA), Estudo de impacto ambiental (EIA) e Relatório de
impacto ambiental (RIMA).
Questão 2
(FCC – 2008) Sobre o princípio do poluidor-pagador, é correto afirmar:
A
Não encontra fundamento na Constituição Federal e em nenhum outro diploma legal pátrio.
B
Prescreve a obrigação que o poluidor tem de reparar os danos causados ao meio ambiente.
C
Confunde-se com o princípio do usuário-pagador.
D
É um princípio implícito no ordenamento jurídico.
E
Expressa a cobrança pelo uso dos recursos naturais que, ao serem explorados, geram poluição.
A alternativa B está correta.
O princípio do poluidor-pagador, segundo o qual deve haver a internalização dos custos ambientais na
atividade produtiva, possui dois caracteres: preventivo (tributação, investimento) repressivo (indenização).
2. Aspectos e impactos ambientais
Vamos começar!
Questões ambientais e suas consequências
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Aspectos e impactos ambientais
Todas as organizações, como consequência de suas atividades, causam no meio ambiente, em maior ou
menor medida, um impacto ambiental. Hoje em dia, a sociedade exige que as organizações se envolvam em
cuidar do meio ambiente e, em resposta a essas demandas, elas têm visto, em seus sistemas de gestão
ambiental, uma oportunidade para melhorar seu comportamento ambiental. 
A implantação de um sistema de gestão ambiental permite à organização identificar aspectos ambientais
derivados de suas atividades, que podem ter um impacto no meio ambiente e, consequentemente,
estabelecer as ações pertinentes para agir sobre eles e minimizar seus efeitos negativos. Veja, a seguir, a
diferença entre eles.
Aspecto Ambiental
É o elemento de atividades, produtos ou
serviços de uma organização que pode interagir
com o meio ambiente.
Impacto Ambiental
É qualquer mudança no meio ambiente, seja
adversa ou benéfica, como resultado dos
aspectos ambientais totais ou parciais.
Pode-se dizer que aspectos ambientais são peças resultantes de uma atividade, produto ou serviço, que
podem afetar as condições naturais do meio ambiente, levando a alterações ou modificações específicas
(impacto ambiental). Portanto, há um relacionamento:
Para atuar nos impactos ambientais, a organização deve, previamente, identificar todos os seus aspectos
ambientais, para, então, avaliar e priorizar aqueles em que deverá agir. A fimde realizar com sucesso a
identificação e avaliação de seus aspectos ambientais, a organização deve ser clara sobre suas possíveis
áreas de incidência e, consequentemente, os impactos ambientais que gera ou pode gerar. 
Possíveis causas-efeitos derivados dos diferentes aspectos
ambientais e seus impactos
As possíveis causas e efeitos estão listados a seguir, derivados dos diferentes aspectos ambientais e seus
impactos. As possíveis áreas de incidência são:
Resíduos
Causa (Aspecto ambiental):
Resíduos perigosos
Resíduos inertes
Lixo urbano
Efeito (Impacto ambiental):
Contaminação do solo
Contaminação de águas subterrâneas
Dano a biodiversidade
Bioacumulação
Riscos de saúde humana
Atmosfera
Causa (Aspecto ambiental):
Emissões
Efeito (Impacto ambiental):
Destruição da camada de ozônio
Efeito estufa
Chuva ácida
Poluição atmosférica
Riscos de saúde humana
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Água
Causa (Aspecto ambiental):
Efluentes líquidos com lançamentos em corpos d’água
Efeito (Impacto ambiental): 
Eutrofização
Diminuição da biodiversidade
Morte de espécies aquáticas
Risco de saúde humana
Ambiente Exterior
Causa (Aspecto ambiental):
Ruídos e vibrações
Odores
Efeito (Impacto ambiental):
Efeitos locais:
Geração de ruído
Vibrações, odores e fumos
Risco de saúde humana
Substâncias Perigosas
Causa (Aspecto ambiental):
Armazenamento
Transporte
Efeito (Impacto ambiental):
Contaminação do solo
Contaminação de águas subterrâneas
Poluição atmosférica
Riscos de saúde humana
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Recursos naturais
Causa (Aspecto ambiental):
Consumo de água
Consumo de energia
Consumo de combustível
Consumo de madeira, papel, ...
Efeito (Impacto ambiental):
Esgotamento dos Recursos Naturais:
Energia
Água
Matéria prima
Solo
Causa (Aspecto ambiental): 
Uso e ocupação do solo
Efeito (Impacto ambiental):
Poluição de águas subterrâneas
Poluição de água da superfície
Perda de biodiversidade
Riscos de saúde humana
Para atuar nos impactos ambientais, o primeiro passo é identificar os aspectos associados à organização, e
então, avaliá-los determinando quais são prioritários, ou seja, aqueles que podem, potencialmente, gerar um
maior impacto ambiental, e, consequentemente, ser capaz de agir sobre eles.
Ao atuar sobre esses aspectos identificados como prioritários, a organização estabelece uma série de
objetivos e metas, como pode ser visto na imagem seguinte:
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Estabelecimento de objetivos e metas de melhoria ambiental associados aos seus
aspectos significativos
Identificação dos aspectos ambientais
Identificação
Para saber quais são as circunstâncias em que atividades, produtos e serviços interagem com o meio
ambiente e, portanto, quais são os impactos e aspectos ambientais, é imprescindível conhecer os aspectos
ambientais associados a esses impactos.
A identificação dos aspectos ambientais deve fazer referência a ambas as atividades desenvolvidas
pela organização, quanto aos produtos ou serviços da mesma.
Os aspectos ambientais identificados devem ser todos aqueles associados às atividades, aos produtos ou
serviços que a organização pode controlar e nos quais pode-se esperar que tenha uma influência. Isso implica
a definição dos processos diferenciados de identificação para as diferentes categorias de aspectos
ambientais:
Organizações e atividades
Aqueles associados às organizações e às
atividades realizadas por elas para a fabricação
de seus produtos e prestação dos seus
serviços.
Produtos manufaturados
Aqueles associados a produtos manufaturados
(tentando minimizar os principais impactos
ambientais em toda a gestão do ciclo de vida
do produto).
Na identificação dos aspectos ambientais, a organização deve levar em consideração as diferentes condições
em que exerce a sua atividade, bem como os diferentes processos e operações. Para obtenção de resultados
ideais, é importante seguir uma série de etapas:
 
Determinar as condições de operação e circunstâncias em que se devem identificar os aspectos.
Identificar operações e processos em atividades e operações definidas no estágio anterior.
Realizar a análise das etapas associadas às operações e aos processos.
Realizar a identificação de aspectos em cada um dos estágios.
1. 
2. 
3. 
4. 
Realizar a elaboração de formulários e cadastro de aspectos.
 
É importante notar que a identificação dos aspectos ambientais deve ser realizada no início da implantação do
Sistema de Gestão Ambiental, sendo, posteriormente, adequado realizar anualmente ou quando houver
qualquer mudança nas atividades, nos produtos ou serviços que envolvem o aparecimento de novos aspectos
ambientais ou modificações significativas nos aspectos já identificados. 
Determinar as condições de operação e circunstâncias em que os
aspectos devem ser identificados
As diferentes condições de operação devem ser consideradas:
Condições normais;
Condições anormais (partidas, paradas, manutenção etc.);
Situações de incidentes, acidentes ou emergências (derramamentos acidentais, vazamentos, incêndios
etc.).
Além disso, a dimensão temporal deve ser considerada, ou seja, os aspectos ambientais gerados como
consequência do atual desenvolvimento da atividade, tais como possíveis aspectos derivados de atividades
passadas e futuras. Veja a imagem a seguir.
Identificação de aspectos
Identificar operações e processos
A organização deve dividir todas as operações e processos associados à sua atividade, produto ou serviço
suscetíveis para gerar um impacto no meio ambiente, em situações operacionais normais e anormais.
Uma ferramenta simples para realizar essa identificação são os fluxogramas, que permitem à
organização visualizar todas as operações ou estágios associados à fabricação de um produto, à
prestação de um serviço ou à execução de uma atividade.
Também é muito útil e prático haver um plano da empresa, no qual são identificadas as diferentes atividades e
instalações. Para realizar essa análise, recomenda-se começar pelas atividades fundamentais associadas à
atividade, fabricação de produtos ou prestação de serviços, para, então, identificar as operações auxiliares
possíveis que existam (serviços administrativos, manutenção de instalações, refeitório, vestiários etc.). Veja o
fluxograma a seguir.
5. 
• 
• 
• 
Fluxograma de estágios de operação fabril
Análise das etapas
Uma vez que as operações e processos tenham sido selecionados, o seguinte deve ser feito:
Analisar cada uma das operações ou estágios de todos os diagramas de fluxo; identificando, para cada
um deles, todos os insumos (água, energia, combustível, materiais e consumíveis etc.) e saídas
(descargas de água, resíduos, emissões etc.), incluindo atividades principais, auxiliares e de serviço.
Essas entradas e saídas constituem os aspectos ambientais.
 
Especificar as situações de risco, identificando o risco por zonas.
 
Identificar as fases do ciclo de vida do produto para identificar os aspectos associados. Recomenda-se
levar em consideração as fases ou estágios em que a empresa tem mais capacidade de atuação, como
a fase de uso, transporte para o cliente, uso de materiais que compõem o produto e a embalagem.
Identificar os aspectos
Após a divisão das diferentes operações e situações em que um impacto é gerado, o próximo passo é definir,
de forma precisa, cada um dos aspectos ambientais identificados, a fim de obter os dados necessários para
cada aspecto.
Para realizar essa identificação de aspectos ambientais, recomenda-se classificar todos os aspectos
que foram definidos: emissões atmosféricas, resíduos perigosos, resíduos inertes, derramamentos
de água, consumo de energia, consumo de água etc. 
Outros tipos de informações que devem ser levados em consideração para cada aspecto são:
1
1
Considerar a magnitude do aspecto: ou seja, a quantidade. Para quantificar um aspecto é importante
definir previamente as unidades: dados absolutos(quilos, toneladas etc.) ou relativos (tonelada de
resíduo/ volume de produção).
2
2
Levar em consideração períodos específicos de obtenção dos dados, para garantir uma
comparação objetiva.
• 
• 
• 
33
Determinar a origem do aspecto em cada uma das entradas para os diferentes processos
identificados (consumo de água da rede, consumo de papel reciclado etc.) e, também, o destino dos
aspectos de saída (descarregados para coletor, aterro etc.).
4
4
Considerar as características físico-químicas, pelo menos de forma aproximada e qualitativa, para,
depois, ser capaz de determinar a própria tipificação do aspecto em uma categoria ou outra. Por
exemplo, um resíduo pode ser classificado como industrial ou perigoso, dependendo de suas
características físico-químicas.
Registrar os aspectos identificados
A última etapa nesse processo de identificação dos aspectos ambientais associados à atividade ou ao
produto de uma organização é o seu registro. Cada organização define o modelo e o número de formatos a
serem usados para esse tipo de registro, podendo criar diferentes formatos para cada uma das situações:
condições normais, anormais, de emergência e para aspectos do produto.
Os registros permitirão que a organização visualize o total de aspectos com todos os dados coletados: etapas
/ processos em que é gerado, magnitude, características físico-químicas, entre outros.
Avaliação dos aspectos ambientais
Avaliação
Uma vez identificados os aspectos ambientais, a organização deve definir critérios para avaliar a importância
deles, isto é, estabelecer critérios que irão condicionar se determinado aspecto ambiental tem impactos
significativos ou não.
Ao realizar a avaliação dos aspectos ambientais previamente identificados, cada organização define os
critérios nos quais se baseará para determinar a importância do impacto causado por cada um dos aspectos.
Esses critérios de avaliação devem ser:
Gerais
Para que possam ser aplicados a diferentes
aspectos ambientais.
Reproduzíveis
Para que possam ser aplicados aos mesmos
aspectos ambientais em condições ou
situações diferentes.
Elegíveis para testes independentes
Para que possam ser aplicados por diferentes
pessoas e com obtenção dos mesmos
resultados.
Na imagem a seguir, vamos decompor os diferentes tipos de critérios de avaliação que podem ser aplicados.
A avaliação será feita em todos os aspectos ambientais sob as diferentes condições de operação, normais ou
anormais, como no caso de incidentes e acidentes ou emergências.
Tipos de critérios de avaliação
Condições normais / anormais
Os critérios avaliados em condições normais e anormais de funcionamento da organização são:
Magnitude
A magnitude do aspecto pode ser considerada como:
A quantidade ou volume do aspecto gerado, emitido, derramado ou consumido. São aplicados
principalmente em aspectos ambientais do consumo de materiais ou substâncias, consumo de
água e energia, geração de resíduos etc. A coleta desses dados pode ser realizada de duas
maneiras: absoluta (toneladas, quilogramas etc.) ou relativo (toneladas de emissões/ horas
trabalhadas).
A frequência, referindo-se à duração ou repetição do aspecto ambiental. Este critério,
geralmente se aplica em aspectos como ruído gerado, emissões, odores etc.
A extensão, referindo-se à área ou superfície afetada. Este critério se aplica, principalmente ao
aspecto de solos contaminados.
Periculosidade
Trata-se do perigo, da gravidade ou da toxicidade. Este critério é interpretado como a propriedade
que pode caracterizar um aspecto ambiental, dando maior relevância para aqueles que, por sua
natureza, são os mais prejudiciais para o meio ambiente.
Limites de referência
É o critério que reflete o impacto que um aspecto pode ter quanto mais próximo estiver de um limite
legal ou previamente definido. Porém, no critério definido, a possibilidade de sobrecarga não deve
ultrapassar o limite legal, devido ao cumprimento da legislação ambiental expressa pela organização
em sua política ambiental.
• 
• 
• 
Sensibilidade do meio
Deve ser levado em consideração que, em uma organização, a condição ou o impacto ambiental
gerado por um aspecto ambiental está diretamente relacionado com o ambiente em que ele ocorre.
Portanto, ao se estabelecer a escala de valores do critério, isso será feito de modo a atribuir mais
importância a um aspecto que esteja em um local mais sensível ao meio ambiente. A aplicação deste
critério é realizada para os diferentes aspectos ambientais, e dependendo do ambiente em que
ocorre, são atribuídas escalas de valores que variam entre muito baixa, baixa, média e alta.
Regulamentação
É interpretado como a existência de algum requisito legal, ou outro tipo de exigência (códigos de boas
práticas industriais, acordos com autoridades públicas etc.), a que a organização se submete e que é
aplicável ao aspecto ambiental, para que seja fornecido um valor maior ou menor a ele.
Situações de emergência
A fim de determinar previamente os critérios gerados em situações de emergência e/ou acidente, é necessário
identificar quais são as situações de risco que podem afetar a atividade normal da organização e ter impacto
sobre o meio ambiente (incêndio, explosões, rompimentos de tanques, derramamentos etc.). 
Uma vez que todas as operações, atividades ou serviços em que podem ocorrer acidentes ou situações de
emergência, com seus devidos aspectos ambientais, a próxima etapa é estimar a probabilidade de que isso
possa acontecer, associado com as características do meio ambiente e as consequências que possam ser
produzidas nele, permitindo realizar a estimativa do risco ambiental de cada evento. 
Essa avaliação de risco deve documentar adequadamente as estimativas e julgamentos emitidos e
as fontes de informação utilizadas. 
Os critérios de avaliação são:
Probabilidade/ Frequência
Esta estimativa deve ser feita a partir da proporção de perigos que foram identificados. A frequência
pode ser determinada por meio de instrumentos, tais como:
dados históricos da organização;
dados históricos do setor ou atividade;
bancos de dados históricos de acidentes;
informações sobre fabricantes, fornecedores etc;
bibliografia especializada etc.
Extensão
Este critério se refere ao espaço de influência do impacto em relação ao entorno, considerando que
possa ser natural, humano ou socioeconômico, atribuindo maior importância desse risco à área de
influência mais limpa ou mais extensa. Cada organização deve definir a área de influência ou os
limites a serem considerados.
• 
• 
• 
• 
• 
Perigo
Este critério refere-se à periculosidade intrínseca das substâncias, ou seja, marca o grau em que a
substância pode ter um efeito sobre o meio ambiente, dependendo de sua toxicidade, a possibilidade
de acúmulo, corrosividade e as possíveis interações com outros incidentes, que podem causar
aumento no efeito da substância.
Sensibilidade do meio
Este critério refere-se à qualidade do ambiente em que pode ocorrer a situação de risco, emergência
ou acidente. Em outras palavras, a área e suas características devem ser levadas em consideração.
Aspectos do produto
A identificação dos aspectos ambientais associados ao produto tem importância crescente do ponto de vista
da estratégia ambiental. O mercado mundial começou a valorizar o conceito do Ecodesign, por meio do qual
se pretende introduzir critérios ambientais na geração de produtos para minimizar os principais impactos
ambientais ao longo do seu ciclo de vida.
Para avaliar os aspectos do produto, podem ser estabelecidos os seguintes critérios:
Magnitude
Este critério se refere à quantidade ou volume
do aspecto gerado, emitido, despejado ou
consumido nas diferentes fases da vida do
produto. Em outras palavras, seria medir os
aspectos diretamente relacionados ao produto
nas diferentes etapas de seu processo de
produção, uso, distribuição e fim da vida útil.
Perigo
Este critério se refere à quantidade ou volume
do aspecto gerado, emitido, despejado ou
consumido nas diferentes fases da vidado
produto. Em outras palavras, seria medir os
aspectos diretamente relacionados ao produto
nas diferentes etapas de seu processo de
fabricação, uso, distribuição e fim da vida útil.
Metodologia de avaliação
Metodologia de avaliação dos aspectos ambientais
Uma vez identificados os aspectos ambientais, a organização deve determinar os critérios de avaliação que irá
aplicar, a fim de priorizar o impacto. Ao determinar ou escolher os critérios de avaliação, recomenda-se levar
em consideração os dois tipos de critérios a seguir:
 
Critérios que permitem a melhoria contínua: são aqueles baseados em medições quantitativas e que
variam ao longo do tempo (magnitude, frequência etc.).
Critérios que não permitem melhoria contínua: são aqueles que, em princípio, não variam no tempo,
como a natureza do aspecto, a toxicidade etc. Portanto, a contribuição desses critérios para o valor de
significância final não devem ser fator determinante, uma vez que, ao aplicá-lo, será obtido sempre o
mesmo valor, independentemente das medidas tomadas.
Seleção da quantidade ou número de critérios
É aconselhável não selecionar muitos critérios para um mesmo aspecto, pois dificultam o manuseio e podem
levar a resultados de avaliação confusos. Recomenda-se a escolha de, no máximo, dois ou três critérios por
aspecto. Por outro lado, não se deve selecionar critérios idênticos, sendo que se pode determinar um tipo de
• 
• 
critério para uma série de aspectos e outros tipos de critérios para o resto dos aspectos. No entanto, não é
recomendado usar diferentes tipos para a mesma família de aspectos, como, por exemplo:
Aspectos ambientais Critérios Aplicados
Resíduos perigosos
Magnitude (quantidade)
Periculosidade
Descargas de água
Uso de substâncias
Ruído externo
Magnitude (frequência)
Sensibilidade do Meio
Emissões atmosféricas
Solo potencialmente contaminado
Magnitude (extensão)
Periculosidade
Tabela de aspectos ambientais e possíveis critérios aplicados.
Renildes Matos de Freitas.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Avaliação dos aspectos ambientais
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Critérios de avaliação dos aspectos ambientais
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
(CESGRANRIO 2011) No que se refere aos termos e definições estabelecidos pela NBR-ISO 14001, analise as
afirmativas a seguir.
 
I – Melhoria contínua é o processo recorrente de avançar com o sistema de gestão ambiental, de forma
específica, em todas as áreas e atividades da organização, de maneira coerente com os objetivos e metas
estabelecidas anualmente.
II – Aspecto ambiental se constitui como um elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente.
III – Sistema de gestão ambiental é a parte de um sistema da gestão de uma organização, utilizada para
desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus aspectos nesse campo.
IV – Prevenção de poluição consiste no uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou
energia para evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou combinada) a geração, emissão ou descarga
de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos ambientais adversos.
 
Está correto apenas o que se afirma em
A
I e II.
B
I e III.
C
II e IV.
D
III e IV.
E
II, III e IV.
A alternativa E está correta.
Todas as alternativas estão corretas.
A melhoria é instituída a partir de metas e objetivos, para que o sistema avance. O aspecto ambiental é
constituído de elementos das atividades, de produtos ou serviços de uma organização que pode interagir
com o meio ambiente. A instalação de um sistema de gestão ambiental permite à organização identificar
aspectos ambientais derivados de suas atividades, que podem ter um impacto no meio ambiente e,
consequentemente, estabelecer as ações pertinentes para agir sobre eles e minimizar seus efeitos
negativos. Ao prevenir a poluição, busca-se reduzir ou controlar a geração, emissão ou descarga de
qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos ambientais adversos.
Questão 2
(INEP – 2013) Para avaliar os aspectos e impactos ambientais na cadeia produtiva de uma “peça X”, de uma
empresa de usinagem de componentes mecânicos, tomou-se por base o fluxo de processos, desde a entrada
da matéria-prima, a usinagem em torno e as operações complementares de acabamento, até a embalagem
final da peça. A partir desse fluxo, o técnico responsável identificou os aspectos e os impactos ambientais
provenientes do processo de fabricação da “peça X”, relacionados no quadro a seguir.
ASPECTOS
AMBIENTAIS IMPACTOS AMBIENTAIS ENQUADRAMENTO
DO IMPACTO
CLASSIFICAÇÃO
DO IMPACTO
consumo de
energia elétrica
redução de recurso
natural (perda de áreas
de vegetação para
construção de usinas
hidrelétricas)
crítico significativo
descarte de
estopas
contaminadas com
óleo
aumento de quantidade
de resíduos a tratar
moderado
avaliação de
significância
transporte de óleo
contaminação do solo e
da água
crítico significativo
ar comprimido da
rede contaminado
com óleo
poluição atmosférica e
redução da qualidade do
ar
crítico significativo
derramamento de
óleo
contaminaçao do solo e
da água
crítico desprezivel
descarte de graxa
contaminada
contaminação do solo e
da água
crítico significativo
consumo de óleo
de corte (mineral/
solúvel)
redução de recursos
naturais não renováveis
crítico significativo
Aspectos, impactos ambientais, enquadramento e classificação do impacto da fabricação da "peça X" de uma
empresa de usinagem
Adaptada de NBR ISO 14004
Considerando o quadro, assinale a alternativa correta.
A
A classificação do aspecto “derramamento de óleo" está incorreta com relação ao impacto ambiental de
contaminação de solo e água, pois não pode ser considerado um aspecto desprezível.
B
O “descarte de estopas contaminadas com óleo" não precisa ser contemplado na relação de aspectos e
impactos ambientais, pois esses materiais serão descartados e tratados em empresa terceirizada.
C
O impacto ambiental “poluição atmosférica e redução da qualidade do ar" pode ser classificado como
moderado.
D
A frequência em que uma situação pode gerar impacto apresenta menor relevância na construção da matriz
de aspectos e impactos.
E
O consumo de óleo de corte, ainda que sofra mudanças quanto aos insumos, mantém seu enquadramento no
que se refere ao impacto ambiental.
A alternativa A está correta.
A classificação do aspecto "derramamento de óleo" tem um enquadramento crítico, logo, seu impacto não
pode ser desprezível.
3. Licenciamento ambiental
Vamos começar!
Licenciamento ambiental
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A competência das entidades federativas para licenciar
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) consagrou o licenciamento ambiental como instrumento
administrativo, pelo qual o órgão competente autoriza e estabelece as condições, restrições e medidas de
controle ambiental que devem ser obedecidas pelo empresário, pela pessoa física ou jurídica, para localizar,
instalar, expandir e operar empreendimento ou atividades que possam causar degradação ambiental. Ou seja,
qualquer construção, instalação, ampliação, operação de estabelecimentos e atividades que utilizem recursos
ambientais eficazes ou potencialmente poluentes, ou capazes de causar degradação ambiental, devem ter
prévio licenciamento do órgão público competente.
O objetivo do licenciamento é garantir a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
ambiental favorável à vida, visando garantir o desenvolvimento socioeconômico, a segurança
nacional e a proteção da dignidade da vida humana. 
Em primeiro lugar, para ser licenciado, é necessário identificar qual é o ente federal competente para o fazer.
O processo, a fiscalização e a concessão das licenças serão realizadaspor órgãos do governo municipal,
estadual ou federal, dependendo de diversos aspectos, como o tipo de atividade desenvolvida ou o porte. 
A competência para licenciar é descentralizada: cada ente federativo tem seu próprio órgão ambiental
responsável pelo licenciamento. No caso da União, por exemplo, o órgão licenciador é o órgão ambiental
federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). De acordo com a
Resolução CONAMA nº 237/97, a competência legal para licenciar, quando definida em função dos impactos
ambientais, ocorre de forma territorial, conforme pode ser observado a seguir:
Competência Municipal
Se os impactos diretos são locais, devendo
respeitar os princípios e fundamentos gerais
previstos pela legislação federal.
Competência Estadual
Se os impactos diretos são regionais ou
atingem dois ou mais municípios, devendo
respeitar os princípios e fundamentos gerais
previstos pela legislação federal.
Competência do Governo Federal
(União)
Se os impactos diretos afetarem questões de
dimensões nacionais, ou atingirem dois ou mais
estados, seus princípios devem servir de
padrão para os estados e municípios.
Além disso, a Lei Complementar nº 140/11 (dispõe que: “fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do 
caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum
relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em
qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora [...]”.) definiu as competências para
o licenciamento ambiental em decorrência da atividade praticada nos seguintes termos:
GOVERNO
FEDERAL
(UNIÃO)
Energia Nuclear, Mar Territorial, Plataforma Continental, Zona
Econômica Exclusiva, Terras Indígenas, Unidade de Conservação
Estabelecida pela União (exceto áreas de proteção ambiental).
 
ESTADOS
Tudo o que não pertence à União e aos Municípios (exceto áreas de
proteção ambiental).
 
MUNICÍPIO
Impactos locais definidos pelo Conselho de Meio Ambiente do Estado.
 
DISTRITO
FEDERAL
(BRASÍLIA)
Combinar a competência estadual e municipal.
Tabela de repartição das competênciasRenildes Matos de Freitas
No licenciamento, existe a possibilidade de que haja uma ação complementar ou subsidiária dos entes
federativos, ou seja, em ação complementar, quando um ente federativo, como um Município, tem
competência para licenciar, mas não tem órgão ambiental, o Estado do qual faz parte o substituirá. Já na
atividade subsidiária, o ente federativo pede outros auxílios para licenciar, no aspecto econômico,
administrativo ou técnico.
A Política Nacional do Meio Ambiente ‒ PNMA Lei Federal
nº 6.938, de 31/08/81 (alterada pela Lei Federal nº 7.804/89)
Uma atividade produtiva depende de estado de aprovação e deve consentir com as atuais leis brasileiras para
reduzir o risco potencial ao equilíbrio ambiental e à qualidade de vida humana. O licenciamento ambiental é
um processo administrativo, no qual um órgão ambiental competente de níveis federal, estadual ou municipal
estabelece procedimentos para conceder licenças à implementação, operação ou expansão de
empreendimentos, que potencialmente degradam o meio ambiente. 
A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e a Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA), que estabelece o licenciamento e revisão das atividades como um de
seus instrumentos e o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras. 
Atenção
É importante destacar que as questões relacionadas à proteção do meio ambiente estão centralizadas
no SISNAMA, que é composto por órgãos e agências da União, estados, Distrito Federal, municípios e
fundações, estabelecido por agências governamentais responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental. 
O SISNAMA possui a seguinte estrutura:
Órgão Superior
Conselho de Governo.
O Órgão Superior é formado pelo Conselho de
Governo (Casa Civil da Presidência da
República e todos os ministros), responsável
por elaborar a Política Nacional do Meio
Ambiente e as diretrizes para o meio ambiente
e os recursos naturais no país.
Órgão Consultivo e Deliberativo
Conama.
 
O Órgão Consultivo e Deliberativo é formado
pelo CONAMA, responsável por assessorar o
governo e dispõe sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente,
estabelecendo normas e padrões federais, que
deverão ser seguidos pelos estados e
municípios.
Órgão Central
MMA.
O Órgão Central é constituído pelo Ministério do
Meio Ambiente, responsável por planejar,
coordenar, controlar e supervisionar a Política
Nacional do Meio Ambiente e as diretrizes
fixadas para o meio ambiente.
Órgãos Executores
IBAMA e ICMBio.
 
Os Órgãos Executores são compostos pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e pelo
Instituto de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio ‒ Instituto Chico Mendes), que têm
como finalidade formular, coordenar, fiscalizar,
controlar e executar a política e as diretrizes
governamentais para o meio ambiente.
Órgãos Seccionais
Estados.
Os órgãos seccionais são os órgãos ou as
entidades estaduais responsáveis por
programas, projetos ambientais e pela
fiscalização de atividades capazes de
degradação dos recursos ambientais. Como
exemplo, podemos citar: o Instituto Estadual do
Ambiente (Inea), no Rio de Janeiro; a
Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb), em São Paulo; a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad), em Minas Gerais; a
Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em Santa
Catarina; e o Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) no Paraná.
Órgãos Locais
Municípios.
 
Os órgãos locais são órgãos ou entidades
municipais responsáveis por programas
ambientais e pela fiscalização de atividades
utilizadoras de recursos ambientais nas suas
respectivas jurisdições, com o poder de aplicar
sanções cabíveis, interditar ou fechar
estabelecimentos que não estejam em
conformidade com a legislação.
A Lei n. 6.938/81, possui os mecanismos de formulação e aplicação de licenciamento ambiental. Também é
importante considerar as atividades potencialmente poluentes e os usuários dos recursos ambientais citados
nessa lei. Seguem alguns tipos de empresas e atividades que precisam licenciamento ambiental:
Extração mineral e tratamento
Indústria de celulose e papel
Indústria da borracha
Indústria de couro e peles
Indústria química
Indústria de produtos plásticos
Indústria têxtil, vestuário, calçados e tecidos
Indústria de alimentos e bebidas
Indústria de fumo
Obras civis
Projetos de geração e transmissão de energia
Serviços de utilidade pública
Transporte, terminais e armazéns
Empreendimentos e atividades turísticas
Atividades agrícolas
Uso de recursos naturais
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Saiba mais
Todas essas atividades precisam pagar ao Meio Ambiente uma Taxa de Fiscalização e Controle,
controlada pelo IBAMA. 
O licenciamento
Tipos de licenciamento
O licenciamento, em um primeiro momento, é realizado por três tipos de licença: prévia, de instalação e de
operação, estando cada tipo relacionado a diferentes fases do projeto do empreendimento pretendido:
concepção / planejamento, instalação / construção e operação. Ou seja, é um processo sistemático
estabelecido de acordo com um conjunto lógico de encadeamento.
Porém, em casos anômalos, tais fases serão estabelecidas de acordo com a peculiaridade do
empreendimento, podendo ser emitidas de forma independente ou sucessiva, em função do tipo de
empreendimento a ser realizado.
As licenças ambientais abordadas a seguir são estabelecidas pelo Decreto nº 99.274/90, em seu artigo 19, e
detalhadas na Resolução CONAMA nº 237/97. 
Licença prévia (LP)
Essa licença somente será concedida nos casos em que o
empreendimento apresentar viabilidade ambiental,
conformeverificado pelo Estudo de Impacto Ambiental
(EIA). Sua função é aprovar a localização e o projeto do
empreendimento, estabelecendo os requisitos básicos e as
condições a serem atendidas nas próximas fases de sua
implantação. Seu prazo de validade pode ser estendido até
o máximo de 5 (cinco) anos, caso tenha sofrido atrasos, a
pedido do titular da licença. A Licença Prévia não autoriza o
início de quaisquer obras destinadas à implantação do
empreendimento.
Licença de instalação (LI)
Autoriza a instalação / construção do
empreendimento, de acordo com as
especificações constantes dos programas e
projetos aprovados na licença anterior. Aprova
a pré-operação, visando obter dados e
elementos de desempenho necessários para
subsidiar a concessão da Licença de
Operação. 
Seu prazo de validade pode ser estendido até o
máximo de 6 (seis) anos, desde que
comprovada a manutenção do projeto original e
das condições ambientais existentes à época
de sua concessão. Essa Licença não autoriza o
início das atividades.
Licença de operação (LO)
Autoriza a operação do empreendimento, após verificação
do efetivo cumprimento das licenças anteriores, com base
em laudos de fiscalização, laudos de pré-operação, laudos
de auditoria ambiental, dados de monitoramento ou
qualquer meio técnico de verificação de porte e eficiência
das medidas de controle e mitigação ambiental
implementado.O prazo de validade dessa licença é de, no
mínimo 4 (quatro) anos, até no máximo 10 (dez) anos. Se for
concedida com prazo de validade inferior ao máximo,
poderá tê-lo prorrogado até o limite de 10 (dez) anos.
Veja os casos a seguir.
Manutenção das condições ambientais existentes no
momento da outorga;
Implementação voluntária de um programa de gestão ambiental eficiente;
Ausência de reclamações e apuração de registros e infração;
Correção de não conformidades da última auditoria ambiental realizada.
Além disso, devido às peculiaridades de alguns projetos, ou pelos recursos ambientais envolvidos, haverá
licenças ambientais específicas. Por exemplo, nas atividades de pequenas agroindústrias e de baixo impacto
ambiental, foram estabelecidas as seguintes licenças ambientais:
Licença Prévia e Licença de Instalação
(LPI)
Autoriza a localização e instalação de
matadouros e de estabelecimentos que
processam pescado.
Licença Única de Instalação e Operação
(LIO)
São indicadas para outras atividades do
agronegócio de pequeno porte e com baixo
impacto ambiental.
O empresário que construir, reformar, instalar ou operar em qualquer parte do território nacional, sem licença
ou autorização dos órgãos ambientais competentes, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
poluidores incorre na pena de prisão e /ou multa na Lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605, de 1998.
Procedimentos para obtenção
O licenciamento é um processo que se inicia com a apresentação do processo licitatório, ou seja, o pedido de
licenciamento é encaminhado ao órgão ambiental competente, onde serão informados os seguintes dados:
 
Nome da empresa e sigla (se houver).
Sigla da agência onde se candidatou à licença.
Modalidade da licença exigida.
Objetivo da licença.
Prazo de validade da licença (no caso de publicação da concessão da licença).
Tipo de atividade a ser desenvolvida.
Site de desenvolvimento de atividades.
Posteriormente, o órgão competente emitirá ao empreendedor o Termo de Referência. Esse documento
informará as diretrizes para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto
1. 
2. 
3. 
4. 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
Ambiental (RIMA), exigidos durante a Licença Prévia, orientando a equipe técnica e definindo o conteúdo,
escopo e métodos a serem utilizados na empresa a ser avaliada.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
É um documento técnico-científico que deve abranger os meios físicos, biológicos e socioeconômicos da
área em que o empreendimento será inserido. Identifica os impactos ambientais diretos e indiretos,
positivos e negativos, imediatos e de médio e longo prazo, temporários e permanentes.
Por ser o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) um documento técnico, de natureza industrial, ele guarda sigilo
público, cabendo ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) dar transparência ao empreendimento, uma vez
que é um resumo claro, com informações objetivas, para que qualquer parte interessada tenha acesso às
informações.
Saiba mais
A Lei nº 10.650/03 e a Resolução CONAMA nº 006/86 preveem que os dados e as informações de
órgãos e entidades devem ser publicamente acessíveis e disponíveis ao público em geral, e as licenças
ambientais devem ser publicadas em qualquer uma de suas modalidades, incluindo pedidos de
licenciamento. Porém, no que diz respeito ao sigilo industrial, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem
seu acesso restrito. 
Para obter a Licença de Instalação, é necessário elaborar um Plano de Controle Ambiental (PCA), contendo
projetos para minimizar os impactos ambientais negativos e maximizar os positivos, ambos identificados pelo
EIA/RIMA.
Existem outros estudos abordando os aspectos ambientais, que podem se configurar como
subsídios para a análise da licença exigida, tais como o Relatório de Controle Ambiental (RCA) e o
Plano de Ação Emergencial (PAE), entre vários.
Por fim, para a emissão da Licença de Operação e o início das atividades do empreendimento pretendido, os
equipamentos e as condições das Licenças Prévia e de Instalação serão fiscalizadas pelos órgãos
competentes.
Atualmente, o IBAMA sistematiza todas as informações produzidas nos empreendimentos cujos processos
licitatórios estão em andamento, como Pareceres Técnicos, Licenças, Notas Técnicas e Termos de Referência,
em sua ferramenta digital SisLic (Sistema de Licenciamento Ambiental).
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Tipos de Licenciamentos
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Procedimentos para obtenção de licenças
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Verificando o aprendizado
Questão 1
(AOCP – 2020) O licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com significativo impacto
ambiental, de âmbito nacional ou regional, deve ser solicitado
A
à Secretaria do Meio Ambiente.
B
ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
C
ao Ministério do Meio Ambiente.
D
às Prefeituras da área abrangida no projeto.
E
à Secretaria do Estado que abrange o projeto.
A alternativa B está correta.
Atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional são competências do
IBAMA.
Questão 2
(VUNESP ‒ 2013) Segundo o artigo n.º 58 do Regulamento da Lei n.º 997/76, aprovado pelo Decreto n.º
8.468/76 e alterado pelo Decreto n.º 47.397/02, o Licenciamento Ambiental pressupõe a existência de três
tipos de licenças:
A
Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação.
B
Licença Ambiental, Licença de Instalação e Licença de Operação.
C
Licença de Funcionamento, Licença de Exploração e Licença de Operação.
D
Licença de Funcionamento, Licença de Instalação e Licença de Operação.
E
Licença Preliminar, Licença Ambiental e Licença de Manejo.
A alternativa A está correta.
O licenciamento, em um primeiro momento, é feito por três tipos de licença: a prévia, a de instalação e a de
operação, estando cada tipo relacionado a diferentes fases do projeto do empreendimento pretendido:
concepção/ planejamento, instalação/ construção e operação.
4. Conclusão
Considerações finais
O meio ambiente refere-se a todos os aspectos do ambiente natural, incluindo terra, ar, água, flora e fauna,
bem como o ambiente humano (patrimônio cultural e edificado). Enquanto algumas áreas da lei ambiental são
projetadas para garantir a proteção do meio ambiente, outras são projetadas para controlar o uso humano dos
recursos naturais, estabelecendo um sistema de aprovações ambientais. A legislação ambiental existe em
níveis internacional,nacional, estadual e local. Algumas leis são relevantes para quase todas as áreas de
proteção ambiental. Por exemplo, a Constituição Federal dispõe, no caput de seu artigo 225, que o meio
ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental da pessoa humana. Outras leis estão
relacionadas a assuntos específicos, por exemplo, gestão de água, espécies ameaçadas ou vegetação nativa. 
Um registro de aspectos e impactos ambientais é uma ferramenta que empresas e projetos usam para resumir
os riscos e impactos que as atividades do projeto podem ter no meio ambiente e para criar uma estrutura para
priorizar e mitigar esses impactos potenciais.
Os dois componentes do registro são:
Aspectos ambientais: elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem
interagir com o meio ambiente.
Impactos ambientais: um impacto ambiental é o resultado da interação das atividades de uma
organização com o meio ambiente, ou seja, qual impacto elas realmente tiveram.
Ao priorizar o risco e os impactos de todos os aspectos ambientais de um determinado trabalho ou projeto,
esses elementos criam uma classificação que permite que as organizações tomem decisões mais bem
informadas sobre onde devem investir e utilizar seus recursos ambientais, melhorando seus resultados
ambientais.
O licenciamento ambiental consiste na autorização que o órgão ambiental concede para a execução de uma
obra ou atividade que pode, potencialmente, afetar os recursos naturais renováveis ou o meio ambiente. A
licença permite ao seu titular agir livremente, dentro de certos limites, na execução da respectiva obra ou
atividade; contudo, o alcance das ações ou omissões que venha a desenvolver é regulado pela autoridade
ambiental, em relação à prevenção, mitigação, correção, compensação e gestão dos efeitos ou impactos
ambientais que a obra ou atividade produz ou é capaz de produzir. Dessa forma, o licenciamento ambiental
tem finalidade preventiva ou cautelar, na medida em que visa eliminar ou, pelo menos, prevenir, mitigar ou
reverter, na medida do possível, os efeitos nocivos de uma atividade na natureza, recursos e meio ambiente.
Podcast
Ouça, neste podcast, um pouco mais sobre os assuntos tratados no tema.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ouvir o áudio.
Explore +
Para se aprofundar nos tópicos desenvolvidos neste conteúdo, pesquise os seguintes sites: 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA);
Centro Tecnológico de Saneamento Básico (CETESB);
• 
• 
• 
• 
• 
Ministério do Meio Ambiente.
Referências
AGUIAR, A. R. de. Direito do meio ambiente e participação popular. Brasília: IBAMA, 1994.
 
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
 
BRASIL. República Federativa do Brasil. Constituição de 1988. Consultado na Internet em: 03 dez. 2021.
 
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política nacional do Meio Ambiente.
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução do CONAMA nº 237,
de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre o Conselho Nacional de Meio Ambiente.
 
SANCHES, R. Avaliação de impacto ambiental e as normas de gestão ambiental da série IS0 14000:
característica técnicas, comparações e subsídios a integração. Dissertação de Mestrado – EESC/USP. São
Paulo, 2011.
• 
	Legislação, Aspectos e Impactos e Licenciamento Ambiental
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	Conteúdo interativo
	1. Fundamentos da legislação ambiental
	Vamos começar!
	Fundamentos da legislação ambiental
	Conteúdo interativo
	Quadro regulatório ambiental
	As principais peças e autoridades da legislação ambiental
	Exemplo
	Constituição Federal: Artigo 225
	Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981: Lei de Política Nacional do Meio Ambiente
	Lei 9.433/1997: Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos
	Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais
	Lei 11.445/2007: Lei de Política Nacional de Saneamento Básico
	Lei 12.305/2010: Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos
	Lei 12.651 / 2012: Lei Florestal
	Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985
	Lei 9.795/1999
	Lei 9.985/2000
	Lei 10.650, de 16 de abril de 2003
	Decreto 6.040/2007
	Lei 12.187/2009
	Lei Complementar 140/2011
	Lei 12.587/2012
	Decreto 7.747/2012
	Lei 13.123/2015
	Legislação ambiental
	Princípios ambientais da legislação
	Princípio do desenvolvimento sustentável
	Princípio da precaução
	Princípio de prevenção
	Resumindo
	Princípio do poluidor-pagador
	Princípio da informação e da publicidade
	Vem que eu te explico!
	Regulamentações ambientais
	Conteúdo interativo
	Princípios ambientais da legislação
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	2. Aspectos e impactos ambientais
	Vamos começar!
	Questões ambientais e suas consequências
	Conteúdo interativo
	Aspectos e impactos ambientais
	Aspecto Ambiental
	Impacto Ambiental
	Possíveis causas-efeitos derivados dos diferentes aspectos ambientais e seus impactos
	Resíduos
	Atmosfera
	Água
	Ambiente Exterior
	Substâncias Perigosas
	Recursos naturais
	Solo
	Identificação dos aspectos ambientais
	Identificação
	Organizações e atividades
	Produtos manufaturados
	Determinar as condições de operação e circunstâncias em que os aspectos devem ser identificados
	Identificar operações e processos
	Análise das etapas
	Identificar os aspectos
	1
	2
	3
	4
	Registrar os aspectos identificados
	Avaliação dos aspectos ambientais
	Avaliação
	Gerais
	Reproduzíveis
	Elegíveis para testes independentes
	Condições normais / anormais
	Magnitude
	Periculosidade
	Limites de referência
	Sensibilidade do meio
	Regulamentação
	Situações de emergência
	Probabilidade/ Frequência
	Extensão
	Perigo
	Sensibilidade do meio
	Aspectos do produto
	Magnitude
	Perigo
	Metodologia de avaliação
	Metodologia de avaliação dos aspectos ambientais
	Seleção da quantidade ou número de critérios
	Vem que eu te explico!
	Avaliação dos aspectos ambientais
	Conteúdo interativo
	Critérios de avaliação dos aspectos ambientais
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	Questão 2
	3. Licenciamento ambiental
	Vamos começar!
	Licenciamento ambiental
	Conteúdo interativo
	A competência das entidades federativas para licenciar
	Competência Municipal
	Competência Estadual
	Competência do Governo Federal (União)
	A Política Nacional do Meio Ambiente ‒ PNMA Lei Federal nº 6.938, de 31/08/81 (alterada pela Lei Federal nº 7.804/89)
	Atenção
	Órgão Superior
	Órgão Consultivo e Deliberativo
	Órgão Central
	Órgãos Executores
	Órgãos Seccionais
	Órgãos Locais
	Saiba mais
	O licenciamento
	Tipos de licenciamento
	Licença prévia (LP)
	Licença de instalação (LI)
	Licença de operação (LO)
	Licença Prévia e Licença de Instalação (LPI)
	Licença Única de Instalação e Operação (LIO)
	Procedimentos para obtenção
	Saiba mais
	Vem que eu te explico!
	Tipos de Licenciamentos
	Conteúdo interativo
	Procedimentos para obtenção de licenças
	Conteúdo interativo
	Verificando o aprendizado
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referências

Mais conteúdos dessa disciplina