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Realização: Apoio: 
 
OS CONCEITOS DE ESPAÇO, TERRITÓRIO, REGIÃO, 
PAISAGEM E LUGAR E SUA APLICAÇÃO NO CURRÍCULO DE 
GEOGRAFIA DO ENSINO BÁSICO NO BRASIL 
THE CONCEPTS OF SPACE, TERRITORY, REGION, 
LANDSCAPE AND PLACE AND THEIR APPLICATION IN THE 
GEOGRAPHY CURRICULUM OF BASIC EDUCATION IN BRAZIL 
Simone Affonso da Silva 
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) 
simone.silva@igdema.ufal.br 
 
Resumo: O currículo de Geografia no ensino básico brasileiro se apropria dos principais 
conceitos utilizados no âmbito da Ciência Geográfica, no entanto, tais conceitos adquirem 
diferentes conteúdos ao longo da história do pensamento geográfico, bem como passam por 
modificações também no âmbito do ensino de geografia. Com base numa revisão de literatura, 
este artigo busca explicitar as nuances dos conceitos de espaço, território, região, paisagem e 
lugar no escopo das competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
para o Ensino Fundamental Anos Finais (EFAF) e para o Ensino Médio (EM). Nossa análise 
mostrou a predominância de alguns conceitos geográficos em detrimento de outros e também o 
predomínio de certas nuances no que diz respeito às escolas de pensamento. Por exemplo, 
embora conste na BNCC a temática regional e as discussões sobre paisagem e lugar, tais 
conceitos são mais restritos ao EFAF, sendo predominantes os conceitos de espaço e território. 
Concluímos que, de certa maneira, isso reflete os debates hegemônicos no âmbito acadêmico. 
Palavras-chave: Base Nacional Comum Curricular (BNCC); Epistemologia da Geografia; Ensino 
de Geografia. 
 
Abstract: The Geography curriculum in Brazilian basic education adopts the main concepts used 
within the scope of Geographic Science, however, such concepts acquire different contents 
throughout the history of geographic thought, as well as undergoing modifications also within the 
scope of geography teaching. Based on a literature review, this article seeks to explain the 
nuances of the concepts of space, territory, region, landscape and place in the scope of the 
competencies and skills of the National Common Curricular Base (BNCC) for Elementary 
Education Final Years (EFAF) and for o High School (EM). Our analysis showed the 
predominance of some geographic concepts over others and also the predominance of certain 
nuances with regard to schools of thought. For example, although regional themes and 
discussions about landscape and place appear in the BNCC, such concepts are more restricted 
to the EFAF, with the concepts of space and territory being predominant. We conclude that, in a 
certain way, this reflects hegemonic debates in the academic scope. 
Keywords: National Common Curricular Base (BNCC); Epistemology of Geography; Teaching 
Geography. 
 
Introdução 
O currículo de Geografia no ensino básico se apropria dos principais 
conceitos utilizados no âmbito da Ciência Geográfica, no entanto, tais conceitos 
adquirem diferentes conteúdos ao longo da história do pensamento geográfico, 
bem como passam por modificações também no âmbito do ensino de geografia. 
mailto:simone.silva@igdema.ufal.br
 
 Realização: Apoio: 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia (Brasil/MEC, 1998a, 
1998b) enfocam os conceitos de paisagem, território e lugar e as escalas local e 
global, a partir de tópicos que abordam as paisagens e a diversidade territorial 
no Brasil. O conceito de região não aparece como um conceito basilar no 
documento. A Geografia teria por objetivo estudar as relações entre o processo 
histórico na formação sociedades humanas e o funcionamento da natureza por 
meio da leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. 
Já as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica 
(Brasil/MEC, 2013), os conceitos de região e território se relacionam com as 
especificidades da educação no campo (pedagogia da terra; sustentabilidade 
ambiental, pedagogia da alternância; ambientes escolar e laboral), da educação 
indígena (docentes específicos, ensino intercultural e bilíngue, ordenamento 
jurídico e modelo de gestão próprios) e da educação quilombola (docentes 
específicos, valorização da diversidade cultural). 
Por fim, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil/MEC, 2018), 
a região aparece como um dos conceitos fundamentais da geografia e o princípio 
de diferenciação de áreas como a base do raciocínio geográfico (diversidades 
ambientais e culturais; transformações na paisagem de diferentes região ao 
redor do mundo), juntamente ao conceito de território (identidade socioterritorial; 
formação territorial do Brasil; formação de territórios e fronteiras em diferentes 
tempos e espaços; relações de poder que determinam as territorialidades e o 
papel geopolítico dos Estados-nações) e ao conceito de espaço (formas de 
representação do espaço por meio da cartografia; identificação de 
diferenciações espaciais decorrentes de fenômenos naturais e sociais; 
transformações espaciais decorrentes das atividades humanas). 
Além dessa síntese inicial, veremos adiante as nuances dos conceitos de 
espaço, território, região, paisagem e lugar e sua abordagem na BNCC. 
 
Metodologia 
 Trata-se de uma revisão de literatura pautada em levantamento 
bibliográfico e documental, utilizando autores que abordam os conceitos 
geográficos e documentos que regem o currículo do ensino básico no Brasil. 
 
 Realização: Apoio: 
Resultados e discussões 
Para Harvey (2015), há três acepções mais gerais sobre a categoria 
“espaço”: i) o espaço absoluto, considerado uma coisa em si mesma, tendo sua 
existência tomada independente da matéria circundante, e visto como recipiente 
ou compartimento no qual se dispõe ou depositam outras coisas; ii) o espaço 
relativo, que surge a partir da interação entre as coisas; iii) o espaço relacional, 
contido nas coisas mesmas, em face do qual um objeto existe apenas na medida 
em que contém (e representa em si mesmo) relações com outros objetos. 
No entanto, Harvey (2015) defende que o espaço é, ao mesmo tempo, 
absoluto, relativo e relacional, embora se possa reconhecer cada uma dessas 
acepções separadamente em função das circunstâncias. Destarte, a questão “O 
que é o espaço?” seria substituída pela questão “Como é que diferentes práticas 
humanas criam e usam diferentes concepções de espaço?”, argumenta Harvey. 
Conforme assinala o autor, não há regras para decidir onde e quando um quadro 
espacial é preferível a outro, embora a decisão de utilizar uma ou outra 
concepção dependa certamente da natureza dos fenômenos considerados. 
A matriz elaborada por Harvey (2012), apresentada no Quadro 1, a seguir, 
relaciona as acepções de espaço absoluto, relativo e relacional às noções de 
espaço material, de representações do espaço e de espaços de representação 
de Lefebvre (1979). Ainda que tal matriz apresente inconsistências já que os 
conceitos utilizados por Harvey e Lefebvre não são diretamente compatíveis, 
conforme argumenta Haesbaert (2008), ela nos é especialmente interessante na 
medida em que explicita diversas maneiras de se apreender o espaço, nos 
permitindo vislumbrar a dimensão espacial para além da perspectiva do espaço 
absoluto, sobretudo em sua relação com as representações do espaço. 
Outra questão central colocada por Harvey (2012) é que essas diversas 
acepções de espaço não devem ser tomadas de forma isolada, havendo o 
imperativo de construirmos um entendimento pautado na tensão dialética entre 
os diversos componentes da matriz que compõe o Quadro 1. 
Certas competências e habilidades para o Ensino Fundamental Anos 
Finais (EFAF) e o Ensino Médio (EM) da BNCC se aproximam de algumas 
nuances indicadas por Harvey (2012), conforme indicamos no Quadro 2. 
 
 Realização: Apoio: 
Quadro 1 – Uma matriz dos possíveis significados do espaço como palavra-chave 
 Espaço material 
(espaço experimentado) 
Representações do espaço 
(conceitualizado) 
Espaços de representação(espaço vivido) 
Espaço 
absoluto 
Muros, pontes, portas, 
solo, teto, ruas, edifícios, 
cidades, montanhas, 
continentes, extensões de 
água, marcadores 
territoriais, fronteiras e 
barreiras físicas, 
condomínios fechados 
Mapas cadastrais e 
administrativos; geometria 
euclidiana; descrição de 
paisagem; metáforas do 
confinamento, espaço aberto, 
localização, arranjo e posição 
(comando e controle 
relativamente fáceis) – 
Newton e Descartes 
Sentimentos de satisfação 
em torno do círculo familiar; 
sentimento de segurança ou 
encerramento devido a confi-
namento; sentimento de 
poder conferido pela proprie-
dade, comando e dominação 
sobre o espaço; medo de 
outros que “não são dali”. 
Espaço 
(tempo) 
relativo 
Circulação e fluxo de 
energia, água, ar, 
mercadorias, povos, 
informação, dinheiro, 
capital; acelerações e 
diminuições na fricção da 
distância. 
Cartas temáticas e topológi-
cas (ex: o sistema de metrô 
de Londres); geometrias e 
topologias não euclidianas; 
desenhos de perspectiva; 
metáforas de saberes loca-
lizados, de movimento, mobi-
lidade, deslocamento, acele-
ração, distanciamento e com-
pressão do espaço-tempo 
(comando e controle difíceis 
requerendo técnicas sofis-
ticadas). Einstein e Riemann 
Ansiedade por não chegar 
na aula no horário; atração 
pela experiência do 
desconhecido; frustração 
num engarrafamento; 
tensões ou divertimentos 
resultantes da compressão 
espaço-tempo, da 
velocidade, do movimento. 
Espaço 
(tempo) 
relacional 
Fluxos e campos de 
energia eletromagnética; 
relações sociais; superfí-
cies econômicas e de 
renda potenciais; concen-
trações de poluição; 
potenciais de energia; 
sons, odores e sensações 
trazidas pelo vento. 
Surrealismo; existencialismo; 
psicogeografias; ciberespaço; 
metáforas de incorporação de 
forças e de poderes (comando 
e controle muito difíceis – teo-
ria do caos, dialética, relações 
internas, matemáticas quânti-
cas) – Leibniz, Whitehead, 
Deleuze, Benjamin. 
Visões, fantasmas, desejos, 
frustrações, lembranças, 
sonhos, fantasmas, estados 
psíquicos (ex: agorafobia, 
vertigem, claustrofobia) 
Fonte: Harvey (2012, p.23). 
 
Quadro 2 – Conceito de espaço na BNCC e suas nuances 
Ensino Fundamental Anos Finais 
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3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação 
do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do 
espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, 
distribuição, extensão, localização e ordem. 
Espaço material em 
sua intersecção 
com os espaços 
absoluto, relativo e 
relacional. 
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens 
cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das 
geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações 
geográficas 
Representações do 
espaço em sua 
relação com os 
espaços absoluto e 
relativo 
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(EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a 
circulação geral da atmosfera [...] 
(EF06GE04) Descrever o ciclo da água [...] 
(EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo 
planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da 
história [...] 
(EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina [...] 
(EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, 
distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados [...] 
Espaço material em 
sua intersecção 
com o espaço 
relativo 
(EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e 
tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos 
espaços urbanos e rurais da América e da África. 
Espaço material em 
sua intersecção 
com o espaço 
relacional 
 
 Realização: Apoio: 
(EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização 
e recentralização das atividades econômicas a partir do capital 
estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo [...] 
(EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos 
da América Latina [...] 
(EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da 
América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, 
políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas 
e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valora-
ção na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos. 
(EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e 
numéricas dos mapas. 
(EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis 
topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e 
estruturas da superfície terrestre. 
(EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive 
utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e 
econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, 
regionalizações e analogias espaciais. 
(EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação 
cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, 
ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e 
ocupação de solos da África e América. 
Representações do 
espaço em sua 
relação com os 
espaços absoluto e 
relativo 
Ensino Médio 
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(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em 
diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, 
ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que 
contribuem para o raciocínio geográfico. 
Espaço material em 
sua intersecção 
com os espaços 
absoluto, relativo e 
relacional. 
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das 
mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a 
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função 
de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais 
[...]. 
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estru-
turação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos 
(fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de 
valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões 
políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais. 
Espaço material em 
sua intersecção 
com o espaço 
relativo 
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, 
classes sociais e sociedades com culturas distintas diante das transfor-
mações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de 
trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e 
contextos. 
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e 
renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a 
processos de estratificação e desigualdade socioeconômica. 
Espaço material em 
sua intersecção 
com o espaço 
relacional 
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor 
argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, 
ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de 
dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos 
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, 
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros). 
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, 
diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais [...] 
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da socie-
dade brasileira – com base na análise de documentos (dados, tabelas, 
mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os 
problemas identificados [...] 
Representações do 
espaço em sua 
relação com os 
espaços absoluto e 
relativo 
Fonte: Organizado pela autora com base em Brasil/MEC (2018). 
 
 
 Realização:Apoio: 
Moraes (2005) e Becker (2005) destacam a definição de território 
enquanto substrato do Estado-Nação, logo, um espaço de exercício de poder 
centralizado no Estado. Nesse sentido, o território é uma materialidade terrestre 
que abriga o patrimônio natural de um país, suas estruturas de produção e os 
espaços de reprodução da sociedade. Porém, face às rupturas de paradigmas 
nos anos 1990, Souza (2000) destaca a noção de território a partir das relações 
de poder em suas diversas escalas espaciais e temporais e em diferentes 
formas, prescindindo qualquer institucionalização político-jurídico-administrativa. 
Para Haesbaert (2005) há: territórios vinculados ao ciberespaço, controlado por 
meios informacionais sofisticados; o fortalecimento de territórios-rede, marcados 
pela descontinuidade e pela fragmentação (articulada) que possibilita a 
passagem constante de um território a outro, em detrimento dos territórios-zona, 
pautados num mosaico padrão de unidades territoriais em área, geralmente 
excludentes; território como abrigo e como recurso, sobretudo para populações 
cujos escassos recursos de sobrevivência fazem com que dependam de aportes 
físicos do meio. Por sua vez, Becker (2005) ressalta a concepção de território 
como espaço identitário e como espaço de prática social, que se aplica ao 
espaço geográfico estatal e ao espaço identitário e à apropriação simbólica. 
 
Quadro 3 – Concepções de território na BNCC e suas nuances 
Ensino Fundamental Anos Finais 
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(EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacio-
nais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo 
os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas. 
(EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, 
considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia 
e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões. 
(EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e 
país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, 
com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e 
suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra. 
(EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no 
contexto geopolítico [...] 
(EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o 
movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na 
Europa, na Ásia e na Oceania. 
Território como 
substrato do 
Estado-Nação 
(EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as 
territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades 
remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de 
ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, 
como direitos legais dessas comunidades. 
 
Território como 
abrigo e recurso; 
como espaço 
identitário; como 
espaço de prática 
social 
(EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e 
comunicação na configuração do território brasileiro. 
Territórios-rede 
 
 Realização: Apoio: 
(EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no 
Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base 
na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. 
Territórios-zona 
(EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação 
cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, 
ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e 
ocupação de solos da África e América. 
Território como 
substrato do 
Estado-Nação; 
Territórios-rede; 
Territórios-zona 
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2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e 
espaços, mediante a compreensão das relações de poder que deter-
minam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações. 
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes 
territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na 
construção, consolidação e transformação das sociedades. 
Território 
enquanto 
substrato do 
Estado-Nação 
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(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio 
(espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextuali-
zando e relativizando visões dualistas (civilização / barbárie, nomadismo 
/ sedentarismo, esclarecimento / obscurantismo, cidade / campo etc.). 
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espa-
ço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando 
o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, 
Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os 
conflitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-
cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas. 
(EM13CHS603) Analisar a formação de diferentes países, povos e 
nações e de suas experiências políticas e de exercício da cidadania, 
aplicando conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, sistemas 
e regimes de governo, soberania etc.). 
Território como 
substrato do 
Estado-Nação; 
como abrigo e 
recurso; como 
espaço identitário; 
como espaço de 
prática social 
(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em 
suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, 
no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque às culturas juvenis. 
Território como 
espaço identitário; 
como espaço de 
prática social 
Fonte: Organizado pela autora com base em Brasil/MEC (2018). 
 
Sobre o conceito de região, Silva (2018) pontua que há concepções mais 
holísticas que partem do exame da relação sociedade-natureza, a exemplo das 
formulações de La Blache (1954) e de Hartshorne (1978) a respeito das regiões 
homogêneas. Ambos os autores concebiam a região homogênea como o 
resultado da diferenciação espacial produzida pela interação de múltiplos fatores 
naturais e humanos numa dada porção da superfície terrestre. Seria justamente 
o caráter exclusivo dessa combinação, regido por específicas relações causais, 
que culminaria na diferenciação espacial e, portanto, na formação de regiões. 
Em contraste, a concepção de região nodal ou funcional é mais restrita do 
ponto de vista do conjunto de critérios de diferenciação selecionados, que variam 
segundo os interesses do pesquisador ou a finalidade da regionalização. Dessa 
forma, uma região pode ser caracterizada por um critério único ou por um 
conjunto pré-estabelecido de critérios, podendo ser um artifício, ou seja, 
 
 Realização: Apoio: 
caracterizada pela subjetividade e resultante de um método de classificação de 
áreas. Nesse panorama, sobressaem as formulações de Grigg (1974) e Faissol 
(1973, 1975), pautadas na Teoria dos Sistemas e em técnicas quantitativas, na 
busca pela formulação de modelos a serem aplicados em diferentes e contextos. 
Baseados nas teorias marxistas, Massey (1978, 1981), Markusen (1981) 
e Corrêa (1986) focam a Lei do Desenvolvimento Desigual e Combinado e o 
protagonismo da divisão territorial do trabalho nos processos de geração e 
acirramento das diferenciações e desigualdades ou disparidades regionais. 
Mais recentemente, se destacam abordagens que relacionam o fenômeno 
urbano e metropolitano aos processos de regionalização do espaço, como as 
contribuições de Scott, Agnew, Soja e Storper (2001) sobre as cidades-regiões 
globais e de Lencioni (2006, 2015) sobre a constituição de megarregiões. 
 
Quadro 4 – Concepções de região na BNCC e suas nuances 
Ensino Fundamental Anos Finais 
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(EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, 
considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e 
asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras. 
(EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticose históricos, inclusive 
utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do 
Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e 
analogias espaciais. 
(EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e 
histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras. 
Regiões 
homogêneas 
(EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da 
cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da 
geomorfologia, da biogeografia e da climatologia. 
(EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em 
informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em 
mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas. 
(EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e 
usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania. 
Regiões 
funcionais 
(EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina [...] e as 
principais políticas migratórias da região. 
(EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para 
o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para 
as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações 
a partir do pós-guerra. 
(EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do 
continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e regionais 
de cooperação nesses cenários. 
(EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e 
recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e 
chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil. 
(EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do 
processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes 
regiões do mundo e suas consequências no Brasil. 
 
Regiões no 
âmbito da 
divisão 
territorial do 
trabalho 
Fonte: Organizado pela autora com base em Brasil/MEC (2018). 
 
 
 Realização: Apoio: 
Para Alves e Scarlato (2019), na geografia de cunho possibilista de Paul 
Vidal La Blache, os conceitos de lugar e de região são indistintos. O lugar/região 
representa a interação única de fatores físicos e humanos. Ademais, seria por 
meio dos lugares que se pode compreender o conceito de gênero de vida 
trabalhado por La Blache, nos marcos da Geografia Tradicional. 
Contudo, a partir da segunda metade do século XX, a aproximação entre 
Geografia e fenomenologia teria trazido novas perspectivas sobre o conceito de 
lugar, ao ressaltar a subjetividade no tocante ao espaço geográfico. Este não 
mais seria compreendido como resultado de processos de adaptação entre 
sociedade e natureza regidos por causas e efeitos, mas de forma que transcende 
a sua simples materialidade produzida por tais processos, considerando-se, 
portanto, a percepção que o ser humano possui do espaço geográfico e como 
ela influencia sua relação com ele. Logo, a totalidade seria criada entre a 
intersubjetividade e as representações simbólicas baseadas nas experiências 
existenciais, possibilitando o surgimento de uma identidade entre as pessoas e 
os lugares. Yi-Fu Tuan teria se destacado dessa corrente de pensamento. 
Alves e Scarlato (2019) apontam que Milton Santos teria ido além da 
fenomenologia, abrindo novas vertentes para o conceito de lugar. Para Santos, 
a globalização criou laços de solidariedade entre os sujeitos e os lugares, 
transformando estes no lócus de encontro das adversidades, já que os lugares 
são condição e suporte de relações globais que sem eles não se realizariam. 
Já, no encontro do materialismo histórico com a Geografia, o conceito de 
lugar teria sido relacionado ao conceito de cotidiano e adquirido o caráter de 
espaço vivido, o lócus de reprodução da vida, tomando como plano de fundo o 
mundo moderno, de natureza intrinsecamente urbano-industrial, que mesmo os 
espaços agrários e rurais estariam sobre os ditames das lógicas urbano-
industriais, pontuam Alves e Scarlato (2019). Amélia Damiani e Ana Fani 
Alessandri Carlos seriam dois expoentes dessa vertente do conceito de lugar. 
Acerca do conceito de paisagem, Furlan (2019) argumenta que se trata 
de uma busca pela superação da dicotomia homem-meio ou sociedade-natureza 
na medida em que o conceito contém tempo e espaço, natureza e cultura, ciência 
e estética. Ao longo da história do pensamento geográfico, diversos autores e 
 
 Realização: Apoio: 
correntes de pensamento imprimiram sua perspectiva particular ao conceito de 
paisagem: a escola alemã o utilizou como método para descrever a unidade 
entre os fatores naturais e humanos; a escola francesa, cujo destaque foi Paul 
Vidal de La Blache, propôs o estudo da paisagem pelos gêneros de vida, que se 
caracterizaram pela interação do homem com o seu espaço físico; a escola 
anglo-saxã valorizou as concepções da paisagem cultural, em especial a partir 
das contribuições de Sauer; a ideia de paisagem ecológica ou natural surge na 
escola alemã mas é revisitada na escola americana e, especialmente, no Brasil 
a partir dos estudos que mesclam geomorfologia e ecologia. Para Furlan (2019), 
apesar das diversas conceituações, o termo paisagem sempre diz respeito a um 
conjunto de elementos e uma determinada extensão geográfica, ou seja, a 
paisagem é caracterizada por sua localização, composição e extensão. 
 
Quadro 5 – Concepções de paisagem e lugar na BNCC e suas nuances 
Ensino Fundamental Anos Finais 
H
a
b
ili
d
a
d
e
s
 
(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares 
de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos. 
(EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos 
processos de integração cultural e econômica nos contextos 
americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de 
vivência, marcas desses processos. 
Lugar como espaço vivido 
(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes 
tipos de sociedade, com destaque para os povos originários. 
(EF06GE06) Identificar as características das paisagens 
transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento 
da agropecuária e do processo de industrialização. 
(EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo [...] e de 
apropriação dos recursos hídricos [...], bem como suas vantagens 
e desvantagens em diferentes épocas e lugares. 
(EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a 
natureza a partir do surgimento das cidades. 
Lugar como interação de 
fatores físicos e humanos / 
gênero de vida; paisagens 
naturais; paisagem como um 
conjunto de fatores naturais e 
humanos 
(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios 
de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da 
formação territorial do Brasil. 
Lugar e paisagem segundo 
subjetividade humana; como 
representações simbólicas; 
como identidade entre as 
pessoas e os lugares 
(EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o 
consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim 
como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares. 
(EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia 
europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente 
em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência 
cultural em diferentes tempos e lugares. 
Lugar como lócus de 
encontro das adversidades 
(EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-
las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com 
base em aspectos da geomorfologia, biogeografia e climatologia. 
Paisagens naturais; paisa-
gem como um conjunto de 
fatores naturais e humanos 
 (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de 
viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando 
identidades e interculturalidades regionais. 
Paisagens culturais 
Fonte: Organizado pela autora com base em Brasil/MEC(2018). 
 
 Realização: Apoio: 
Considerações finais 
O breve resgate epistemológico dos conceitos de espaço, território, 
região, lugar e paisagem, à luz da história do pensamento geográfico, seguido 
do exame sobre como tais conceitos têm sido abordados no currículo de 
Geografia no ensino básico, em especial, na BNCC, nos mostrou a 
predominância de alguns conceitos e certas nuances. Por exemplo, embora 
conste a temática regional e as discussões sobre paisagem e lugar, contudo, 
mais restritos ao ensino fundamental, os conceitos predominantes são o de 
espaço e território e as escalas principais são a local, nacional e global. De certa 
maneira isso reflete os debates hegemônicos no âmbito acadêmico. 
 
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