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MONITORIA PARASITOLOGIA Monitor: Lucas Isaque @mundodaparasitologia Giardíase • Agente etiológico: Giardia lamblia • Protozoário flagelado do intestino delgado. • Principais vítimas: crianças (devido aos hábitos de higiene e isso favorece uma consequência da infecção: retardo no desenvolvimento e a síndrome da má absorção). • Morfologia: cisto e trofozoíto. • Forma de infecção: cisto. • Forma de multiplicação: trofozoíto. • Transmissão: via oro-fecal (principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados pelo cisto). • Possui ciclo: monoxênico, onde o homem é o único hospedeiro (definitivo). Giardíase • Sintomatologia: geralmente é assintomático, mas, pode estar relacionado com quadros clínicos de diarreia aguda ou com formas crônicas de diarreia e má-absorção intestinal. • Os casos sintomáticos dependem de fatores não bem conhecidos e estão relacionados com a cepa, número de cistos ingeridos, deficiência imunitária do paciente e pela baixa acidez no suco gástrico. • diarreia do tipo aquosa, explosiva, de odor fétido, acompanhada de gases com distensão e dores abdominais, estão associados problemas de má absorção de gorduras e nutrientesEssas deficiências nas absorções de nutrientes em crianças, podem ter efeitos graves causando diarreia, esteatorreia, irritabilidade, náuseas, vômitos e dores de cabeça. Giardíase • Diagnóstico: • Clínico: baseia-se nas observações dos sintomas característicos da doença. • Laboratorial: identificação de cisto ou trofozoíto no EPF. • Fezes formadas: procura-se cistos. • Fezes diarreicas: procura-se trofozoítos. • Fluído duodenal: ocorre a pesquisa dos trofozoítos em biopsia jejunal. • Imunológico: pesquisa de anticorpos presentes no soro do paciente e a presença de antígenos presentes nas fezes do paciente. • Molecular: pesquisa do DNA parasitário pela PCR. Giardíase • Profilaxia: higiene pessoal, saneamento básico, proteção dos alimentos, tratamento de água, diagnóstico e tratamento de todos os doentes, não roer unhas. Tricomoníase • Agente etiológico: Trichomonas vaginalis. • Protozoário flagelado que habita no trato geniturinário humano. • É uma doença sexualmente transmissível. • Morfologia e forma infectante: trofozoíto. • Local de infecção: trato geniturinário do homem e mulher (ele não sobrevive fora desse sistema). • Reprodução: fissão binária longitudinal. • Transmissão: via sexual e não sexual (secreções, congênita, compartilhamento de objetos pessoais. • Possui ciclo: monoxênico, onde o homem é o único hospedeiro (definitivo). • O homem é considerado o vetor, por ser assintomático. Tricomoníase • Sintomas: • Homem: assintomático, mas pode apresentar uretrite com fluxo leitoso ou sensação e prurido na uretra. • Mulher: corrimento vaginal de cor amarelo-esverdeada, bolhoso e com ódor fétido mais frequente no período pós-menstrual, prurido na região vulvovaginal. A mulher ainda apresenta dores e dificuldades nas relações sexuais, desconforto no orgão genital, dor ao urinar e a sua frequência miccional é diminuida. Além disso, a sua vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas, com erosão e vários pontos hemorrágicos. Tricomoníase • Diagnóstico: • Clínico: não é muito seguro, pois a infecção pode ser confundida com outras DST’s. • Laboratorial: é essencial para o diagnóstico e diferenciação das DST’s. É feita uma coleta do material urogenital e é utilizado o microscópio para poder realizar a leitura. • Homem: secreção uretral e prostática, urina; sêmen, coleta pela manhã, não urinar, não usar medicamentos para tricomoníase há 15 dias, uso de swab, swab molhado em solução salina. • Mulher: não realizar a higiene vaginal por 18 a 24h, não ter feito uso de medicamentos tricomonicidas há 15 dias, os Trichomonas vaginalis são abundantes após a menstruação, preservação da amostra, utilizar espéculo não lubrificado e swab de algodão não absorvente. Tricomoníase • Profilaxia: uso de preservativos, redução do número de parceiros, tratamento imediato e eficaz para os parceiros sexuais. Amebíase • Agente etiológico: Entamoeba histolytica. • É uma infecção parasitária do cólon. • Sua locomoção é pelos pseudopodes. • Morfologia: cisto e trofozoíto. • Transmissão: oro-fecal (principalmente pela ingestão de água ou comida contaminadas pelo cisto desse protozoário). • Possui ciclo: monoxênico, onde o homem é o único hospedeiro (definitivo). • Localização: intestino grosso. • Reprodução: fissão binária. Amebíase • Sintomas: Amebíase intestinal • Invasiva: com sinais e sintomas, trofozoítos hematofágos (com hemácias no seu interior) presentes nas evacuações, alterações nas mucosas e a presença de anticorpos específicos no soro do paciente. • Não invasiva: discurso assintomático, ausência de trofozoítos hematofágos nas fezes, a mucosa se apresenta normal e tem ausência de anticorpos. Colites: • Não desintéricas: o paciente tem de 2 a 4 evacuações por dia, apresenta fezes moles e pastosas, pode apresentar muco e sangue nas fezes. Apresenta um desconforto abdominal com cólicas e seu intestino funciona normal, e ausência de febre. • Desintéricas: o paciente apresenta 8 a 10 evacuações por dia com colicas intestinais, diarreia com sangue, apresenta febre moderada e dor abdominal. Amebíase • Dores locais: no abdômen. • No aparelho gastrointestinal: diarreia, sangue nas fezes ou flatulência. • No corpo: fadiga, febre ou perda de apetite. • Também é comum: perda de peso. • Diagnóstico: • Clínico: não é o mais indicado, pois os sintomas apresentam-se a outras doenças. • Laboratorial: o exame de fezes é o mais utilizados para a identificação de cistos e trofozoítos. • Fezes formadas: procuram-se cistos. • Fezes diarreicas: procuram-se trofozoítos. Amebíase • Profilaxia: tratar os casos sintomáticos que já existem, detectar e tratar os portadores assintomáticos, criação de programas de controles para identificar e combater as fontes de infecção, criação de programas sanitários: lavar as mãos, lavar os alimentos, tratamento da água, proteção dos alimentos e a criação de saneamento básico. Malária • Agente etiológico: Plasmodium sp. • É uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos ela fêmea infectada do mosquito Anopheles. • Hospedeiro invertebrado: inseto (vetor). • Hospedeiro definitivo: homem. • Ciclo biológico: heteroxênico. • Morfologia: Esporozoíto, Merozoito, Esquizonte, Trofozoíto, Microgametócito, Macrogametócito, Oocineto e Oocisto. • Transmissão: picada do inseto (mais comum), transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas. Plasmodium falciparum Microgametócito Macrogametócito Esquizonte Esporozoíto Merozoíto Gametócito Malária • Sintomas: febre alta (acesso malárico – ruptura dos eritrócitos ao final da esquizogonia, e é acompanhada de sudorese), calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, dispnéia, convulsão, hemorragia. • Plasmodium falciparum, P. ovale, P. vivax (febre terçã), P. malariae (febre quartã). Malária • Diagnóstico: • Clínico: além dos sintomas clássicos da doença, principalmente a febre, deve-se resgatar informações sobre a área de residência e relatos de viagens nas áreas endêmicas. • Laboratorial: pesquisa do parasito no sangue periférico, realizado pelo método da gota espessa ou pelo esfregaço sanguíneo. É utilizado a microscopia ótica para a visualização do parasito. • Gota espessa: é utilizado para o diagnóstico específico da malária, ele avalia a parasitemia do paciente expressos em cruzes. • + = 1 – 10 parasitos por 100 campos • ++ = 11 – 100 parasitos por 100 campos • +++ = 1 – 10 parasitos por gota espessa • ++++ = mais de 10 parasitos porgota espessa Malária • Profilaxia: • Individual: uso de mosquiteiros, roupas que protejam os braços e as pernas, telar portas e janelas, uso de repelentes. • Coletivo: uso de mosquiteiros, saneamento básico, limpeza dos criadouros, melhoramento da moradia e das condições de trabalho. Esquistossomose • Agente etiológico: Schistosoma mansoni • Doença Tropical Negligenciada (DTN), é a segunda doença parasitária que mais mata pessoa no mundo. • Hospedeiro intermediário: Biomphalaria sp. (straminea, glabrata e tenagophila), são os vetores dessa doença. • Hospedeiro definitivo: Homem. • Ciclo biológico: heteroxênico. • Morfologia: cercária, miracídio, ovos, vermes adultos. • Forma infectante para o H.D: cercária • Forma infectante para o H.I: miracídio. • Transmissão: penetração ativa da cercária na pele do hospedeiro intermediário. • Habitat: os vermes vivem no sistema porta (vasos mesentéricos). Esquistossomose • Diagnóstico: • Clínico: deve ser feito a anamnese do paciente. • Laboratorial: exame parasitológico de fezes: procura de ovos do parasito presente nas fezes e ou nos tecidos do paciente. • Profilaxia: diagnóstico e tratamento da população, saneamento básico, educação sanitária, redução das populações dos moluscos, uso de botas e luvas para manipular águas contaminadas, melhoria de condições socioeconômicas e evitar o contato com lagos contaminados. EXERCÍCIO Próxima monitoria eu entrego • Sobre o Schistosoma mansoni, descrevam: • MORFOLOGIA • HOSPEDEIROS • TRANSMISSÃO • CICLO BIOLÓGICO • PATOLOGIA, SINAIS E SINTOMAS • DIAGNÓSTICO • PROFILÁXIA