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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
A palavra “ginástica” tem origem no grego gymnádzein, cuja tradução mais próxima seria "treinar". Talvez por
isso, no passado, dizer “fazer ginástica” era uma maneira genérica de dizer que uma pessoa iria praticar um
exercício físico. Atualmente, esse mesmo termo diz respeito a modalidades (como as ginásticas artística e
rítmica) e grupos de movimentos especí�cos e com diferentes objetivos, como, por exemplo, a melhora do
equilíbrio e aumento da força física.
Nesta aula, vamos abordar algumas das diferentes formas que o conteúdo ginástico pode ser abordado no
contexto escolar, tanto as principais modalidades como as formas de exercícios de condicionamento físico e
de conscientização corporal.
Vamos começar?
Aula 1
GINÁSTICAS
Olá, estudante! A palavra “ginástica” tem origem no grego gymnádzein, cuja tradução mais próxima seria
"treinar". 
31 minutos
OUTRAS MANIFESTAÇÕES DAS PRÁTICAS CORPORAIS
 Aula 1 - Ginásticas
 Aula 2 - Lutas 
 Aula 3 - Danças 
 Aula 4 - Competências docentes 
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
170 minutos
MOVIMENTO GINÁSTICO EUROPEU
Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) da Educação Física é um documento considerável que auxilia
professores a pensarem o ensino dos conteúdos, sejam eles procedimentais, conceituais ou atitudinais das
diferentes manifestações da cultura corporal de movimento (danças, ginásticas, lutas, brincadeiras, jogos e
esportes), no Ensino Fundamental e Médio.
A ginástica, com suas diversas características, está presente em nossa sociedade, mídia, práticas discursivas,
ginásios, clubes, diversos eventos esportivos e escolas de diversas formas. Partindo dessa premissa,
compreende-se que é fundamental que os alunos possam conhecer, vivenciar e expressar as possibilidades
da ginástica na escola.
No âmbito conceitual, podemos apresentar aos alunos, através de aulas expositivas, a história, as principais
competições, os atletas brasileiros e estrangeiros que mais se destacam, os principais aparelhos, os
fundamentos e as capacidades físicas envolvidas na prática dessa modalidade.
As três principais modalidades de ginásticas que podem ser abordadas em uma aula de Educação Física são a
acrobática, artística e rítmica. Em princípio, pode ser explicado aos alunos o que são os esportes técnico-
combinatórios de forma generalizada e, em seguida, abordar as modalidades de maneira especí�ca, levando
em consideração as principais características de cada uma delas.
Ginástica acrobática - o conteúdo da ginástica acrobática irá promover o contato físico entre os estudantes,
para que seja possível trabalhar com técnicas especí�cas. Por isso, faz-se necessária a atenção redobrada do
professor, para que não haja desrespeito entre as pessoas, evitando situações desconfortáveis e até mesmo
de assédio. Serão demonstrados exemplos pelo professor e colocados em prática, como, por exemplo, a
elaboração de uma “pirâmide humana” que pode ser somente feminina, somente masculina ou mista. Força,
agilidade, equilíbrio e estabilidade são características fundamentais exigidas dos ginastas acrobatas pela
modalidade.
Ginástica artística - experimentar diferentes elementos da ginástica, como equilíbrio, saltos, giros, rotações e
acrobacias. Vivenciar práticas da ginástica geral individualmente e em pequenos grupos. Através da exibição
de vídeos pode-se mostrar aos alunos os principais nomes brasileiros no esporte, como Rebeca Andrade e
Dayane dos Santos.
Ginástica rítmica – o professor poderá levar os alunos a identi�car os principais aparelhos da modalidade,
como a corda, o arco, as maças e a �ta. Alguns deles podem ser improvisados para que os alunos
experimentem movimentos como lançar e recuperar, além de realizar movimentos circulares, giros e piruetas
com os aparelhos.
Por sua vez, deixando o caráter competitivo de lado, a ginástica de condicionamento físico também pode ser
abordada nas aulas de Educação Física Escolar, uma vez que podemos traçar o paralelo do termo ginástica
(que no passado se referia a qualquer tipo de exercício) com as práticas atuais de exercícios físicos nas
academias. Pode-se apresentar os benefícios, capacidades físicas desenvolvidas e as principais características
das práticas de musculação, spinning, zumba, cross�t, entre outras ginásticas contemporâneas que visam o
condicionamento físico, saúde e estética.
Em contraste à ginástica de condicionamento físico estão as ginásticas de conscientização corporal,
popularmente conhecidas como ginásticas alternativas. Essas ginásticas possuem como principais
características: a suavidade – movimentos leves e lentos; o holístico – visualizar e exercitar o ser humano
como um todo e não somente as partes do corpo; e o lúdico – utilizar situações divertidas para se exercitar
(como nas aulas de artes circenses). Essas ginásticas também fazem parte do currículo escolar e podem servir
de base para re�exões sobre o motivo de podermos utilizar essas outras formas de se exercitar e, na prática,
os alunos vivenciarem aulas mais relaxantes em contraste com as aulas quase sempre agitadas do cotidiano
escolar.
GINÁSTICAS DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
Na história da Educação Física no Brasil, a prática da ginástica já serviu como instrumento para higienizar e
moralizar a população preparando indivíduos fortes para a guerra, educando e disciplinando os  corpos  que
serviriam  ao  modelo  econômico-industrial em ascensão  (já que as longas  jornadas de trabalho e as
péssimas condições exigiam e/ou cobravam  pessoas  fortes  e resistentes).
Atualmente, ao analisar o âmbito esportivo, temos principalmente a ginástica rítmica (GR) e a
ginástica artística (GA). Ambas aparecem tanto no currículo do Ensino Fundamental como no do Ensino
Médio e podem ser adaptadas para prática escolar.
A GR apresenta a possibilidade de o professor trabalhar coreogra�as, movimentos com músicas e
coordenação motora, e é importante mostrar aos alunos como a dança se mistura com essa modalidade de
ginástica.
Para uma aula de GA, o professor poderá levar os alunos a experimentarem movimentos como rolamentos,
saltos, giros e exercícios de equilíbrio dinâmico e estático.
Tanto para aulas de GA como de GR, é importante o professor se valer de mídias como internet e vídeos para
ilustrar as duas modalidades, caso a turma não conheça as principais características desses esportes.
Atualmente, surge a ginástica de condicionamento físico (GCF) com o objetivo de moldar corpos estruturais
e simétricos e, ao mesmo tempo, criar diferentes situações sociais e afetivas. Devemos diferenciar esse tipo de
ginástica em relação às modalidades esportivas (como a artística e rítmica), pois ela tem um caráter
competitivo ao ser analisado fora do âmbito escolar.
Na contemporaneidade, as academias de musculação são um dos principais espaços para o desenvolvimento
da prática de ginástica para a população em geral (não relacionada ao campo do esporte de alto rendimento).
As academias surgiram como uma alternativa ao chamado “mercado �tness” que vende a promessa de beleza
e saúde por meio de produtos e serviços. Já não se limitam à classe média, mas estão em diversos espaços,
oferecendo em um só local uma prática de ginástica diversi�cada, atendendo a vários interesses dentro da
gama Se-Movimentar. No entanto, modelos cada vez mais populares de beleza física (magreza para mulheres
e hipertro�a para homens), academias, publicidade e estratégias de marketing de apoio prometendo
"milagres" são divulgados pela mídia.
As habilidades  e competências  para uma aula como essa envolvem: a identi�cação e o reconhecimento das
motivações/necessidades que exercem in�uência  direta  sobre  os  praticantes de GCF; a compreensão, a
crítica e a análise dos diferentes tipos de GCF; a compreensão  acerca  de alguns critérios  e/ou fundamentos
básicos da GCF e a organização de uma série de exercícios físicos envolvendo movimentos, elementos e
gestualidades da modalidade deCurriculares Nacionais para a
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Aula 4
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https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tsc/article/view/14874GCF escolhida pelo professor.
Ao considerar que a GCF está cada vez mais presente no cotidiano dos alunos, esmagado pelos dispositivos
midiáticos, é urgente a ampliação da sua prática pedagógica tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino
Médio. No Fundamental introduzindo o assunto e propondo alguma de suas práticas como os treinos
funcionais e, no Médio, ampliando as discussões sobre o culto ao corpo dito perfeito e com práticas, como
musculação e ginástica localizada.
Outra prática de ginástica, cujo conteúdo pode ser desenvolvido nas escolas são as das práticas de ginásticas
alternativas ou de conscientização corporal. Ao contrário da maioria das ginásticas de academia (visando
condicionamento físico), essas práticas têm embasamento principalmente em 3 características: suavidade,
ludicidade e holismo.
Suavidade: caracterizada por ser uma ginástica com movimentos leves e suaves, como, por exemplo, os
alunos podem vivenciar na prática uma aula de yoga, tai chi chuan ou simplesmente uma aula de
alongamento acompanhada de uma música relaxante. 
Ludicidade: utilizar jogos e brincadeiras para o treinamento físico, como pode ser observado nas aulas
de circo.
Holismo: as ginásticas com essa característica tendem a observar o ser humano como um todo (corpo e
mente) e não como partes do corpo (como ocorre ao treinar musculação). São exemplos a
antiginástica e o pilates.
GINÁSTICA DE CONSCIÊNCIA CORPORAL NA ESCOLA
A ginástica pode ser vista de diversas formas: como uma modalidade esportiva que cabe dentro da escola
pelo seu caráter cultural, diversidade de movimentos e opções para o movimentar, assim como a GA e a GR.
A prática da GR desenvolve a coordenação motora, a percepção corporal, a lateralidade, a consciência
corporal de movimentos físicos e estéticos e contribui para o desenvolvimento e aprimoramento do esquema
corporal.
A GA possui amplo repertório de exercícios, que podem ser executados através de combinações entre si. Dela
fazem parte os mais diferentes tipos de ações motoras, com uma técnica característica para cada movimento
ou gesto. Seus elementos básicos de movimentação são essencialmente variados e, se aplicados com uma
visão educativa, tornam-se fundamentais para as aulas de educação física escolar, lembrando que tanto a GA
como a GR possuem caráter competitivo e que os professores podem também abordar o funcionamento das
competições dos esportes técnicos combinatórios.
Já as GCF normalmente não possuem o caráter competitivo. O currículo da disciplina de Educação Física, ao
colocar foco sobre as GCF, traz para a escola e para o processo de ensino/aprendizagem dos alunos
conteúdos básicos da cultura de movimento,  promovendo a  discussão  e o envolvimento  com  temáticas  do
cotidiano e revelando, assim, seu compromisso pedagógico, educacional, político e social.
Dentro das aulas, podem ser abordados conteúdos como ginástica localizada, musculação, pilates, spinning,
jump, treinamento funcional, etc., e o professor deverá utilizar sua criatividade para que os alunos possam
vivenciar nas aulas práticas algumas dessas modalidades. Uma sugestão é uma aula de Aeroboxe (aula que
mistura movimentos de lutas acompanhados por música em um ritmo sincronizado). Com as devidas
adaptações também podem ser realizadas aulas de treinamento funcional através de circuitos nos quais os
alunos podem intercalar exercícios aeróbicos (pular corda, corridas, etc.) e de força (�exão de braço,
agachamento, etc.).
Não podemos deixar de lado as ginásticas de conscientização corporal ou ginásticas alternativas que são
mencionadas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular de 2018).
As práticas corporais alternativas reúnem um conjunto de saberes �losó�cos orientais e ocidentais que se
diferem da racionalidade ocidental moderna. O adjetivo “alternativo” às práticas corporais associa-se a uma
outra abordagem do gesto físico, diferente do apregoado pela sociedade burguesa. Atualmente o indicado é
trocar o termo “ginástica alternativa” por “ginásticas integralistas”.  
É relevante destacar que as práticas corporais alternativas incluem não apenas práticas de origem oriental,
mas também aquelas originárias do Ocidente. Algumas delas são fundamentadas em princípios inspirados em
manifestações culturais orientais, enquanto outras se aproximam mais de técnicas terapêuticas.
Exempli�cando, podemos citar a eutonia, a antiginástica, o método Feldenkrais, a ginástica holística, as danças
holísticas, as danças circulares, pilates e watsu.
No Brasil, as ginásticas de conscientização corporal foram assim denominadas por serem práticas alternativas
às abordagens técnicas, focadas em rendimento e mecânica do movimento. Essas práticas têm como objetivo
promover a percepção e individualização do movimento, valorizando o sutil, a sensibilização, o contato com o
natural e o fazer em grupo, sem buscar resultados baseados em ganhar ou perder, mas sim no
desenvolvimento do ser.
Para Matthiessen (1999), essas ginásticas abordam a “tomada da consciência corporal”, o trato com o corpo
“como um todo” pela execução de movimentos lentos, prazerosos, capazes de
levar o indivíduo à interiorização contra uma prática comumente desenvolvida nesse meio cuja base assenta-
se na realização de exercícios considerados repetitivos, estereotipados e mecânicos.
Para Darido (2013), na escola, as ginásticas de conscientização corporal têm intuito pedagógico, porém, elas
também são utilizadas na sociedade com intuito terapêutico – de prevenção ou reabilitação – estético e de
relaxamento ou estimulação.
Nesse sentido, podemos destacar que as ginásticas de conscientização corporal tornam-se um conteúdo
escolar indicado nos anos iniciais e �nais do Ensino Fundamental e também no ensino Médio, pautado em
concepções e metodologias críticas advindas do Movimento Renovador e que são elementos da cultura
corporal de movimento, portanto, indispensável nas aulas de Educação Física.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! no vídeo resumo da nossa aula sobre conhecimentos da educação física na escola vamos ver
como as diferentes faces da ginástica podem ser abordadas na escola, tanto a ginástica como o esporte, como
preparação física e cuidado com o corpo e as ginásticas alternativas.
Vamos lá?
 Saiba mais
Dicas para elaboração de Aulas – Site Impulsiona
O site do Impulsiona pode ser uma excelente opção para buscar novas ideias para as aulas de Educação
Física.
https://impulsiona.org.b/
No Impulsiona, você encontra uma série de recursos para ajudar a desenvolver atividades e aulas
dinâmicas e atrativas para seus alunos, incluindo planos de aula, jogos e brincadeiras, atividades para
diferentes faixas etárias e dicas de como trabalhar diferentes modalidades esportivas.
Além disso, o site conta com um blog repleto de artigos e matérias que podem ajudar a aprimorar seus
conhecimentos na área, abordando temas como saúde, nutrição, inclusão e diversidade.
Outro ponto positivo do Impulsiona é a possibilidade de criar uma conta gratuita como professor, com a
qual você pode ter acesso a recursos exclusivos e interagir com outros pro�ssionais da área.
Instituto Claro – Esportes Combinatórios
Outra dica para auxiliar na elaboração de aulas é consultar o site do Instituto Claro, que conta com
diversas sugestões que podem ser aplicadas em salas de aula ou na quadra. Em uma das páginas do
portal estão ideias para aulas sobre esportes técnico-combinatórios (como é o caso da ginástica, por
exemplo) com um plano de aula que aborda elementos conceituais e transversais, como a sua lógica
interna e externa, podendo ser aplicado tanto no ensino remoto como no ensino presencial. O objetivo
aqui é levar o aluno a relacionar conhecimentos acerca dos esportes técnico-combinatórios, tendo por
base conceitos e procedimentos especí�cos sobre esse tipo de esporte.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
As lutas são consideradas uma manifestação cultural que faz parte da história e da identidade dos povos,
sendo praticadashá milhares de anos em diversas partes do mundo.
Além de sua importância cultural, as lutas também têm um papel importante na promoção da saúde e do
bem-estar dos indivíduos. Essas práticas podem contribuir para o desenvolvimento físico, motor, cognitivo e
social dos praticantes, além de serem utilizadas como uma forma de combater o sedentarismo e o estresse.
Nesta aula, vamos explorar diferentes modalidades de lutas, suas características e benefícios para a saúde e a
qualidade de vida dos praticantes. Também vamos discutir a importância em abordar as lutas de forma crítica
e consciente, levando em consideração os aspectos culturais envolvidos e evitando a reprodução de
estereótipos e preconceitos.
Vamos iniciar nossos estudos!
Aula 2
LUTAS 
Olá, estudante! As lutas são consideradas uma manifestação cultural que faz parte da história e da
identidade dos povos, sendo praticadas há milhares de anos em diversas partes do mundo.
33 minutos
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/esportes-tecnico-combinatorios-da-ginastica-ao-skate/
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/esportes-tecnico-combinatorios-da-ginastica-ao-skate/
INTRODUÇÃO ÀS LUTAS
As lutas na dimensão cultural das práticas corporais são consideradas como uma forma de expressão que
re�ete os valores e crenças das sociedades em que estão inseridas. Essas práticas envolvem uma série de
elementos simbólicos que fazem parte da cultura corporal de uma sociedade, sendo vistas como uma forma
de expressão cultural que se relaciona com outras práticas corporais, como a dança, a ginástica e os esportes
em geral.
O ensino de artes marciais nas aulas de educação física é importante, pois proporciona aos alunos uma
oportunidade de vivenciar uma cultura diferente da sua, além de desenvolver habilidades motoras especí�cas,
como coordenação, agilidade, força e �exibilidade. Além disso, as artes marciais têm uma dimensão educativa
que pode contribuir para a formação dos alunos em aspectos como respeito, disciplina, autocon�ança e
superação de limites.
De acordo com Coelho Junior e Marinho (2015), as lutas são consideradas como uma manifestação cultural
que faz parte da história e da identidade dos povos. Essas práticas têm sido utilizadas como uma forma de
preservação cultural e de valorização da identidade de diferentes povos. No contexto brasileiro, por exemplo,
a capoeira é reconhecida como patrimônio cultural imaterial do país e representa uma forma de resistência e
luta contra a opressão e a marginalização dos escravos africanos. Ainda no solo tupiniquim, devemos destacar
o Huka-Huka luta indígena pertencente aos povos da região do Alto Xingu.
Além disso, as lutas também têm um papel importante na educação física e na promoção da saúde. Segundo
Oliveira et al. (2020), elas podem contribuir para o desenvolvimento físico, motor, cognitivo e social dos
praticantes, sendo indicadas para todas as faixas etárias. Essas práticas também têm sido utilizadas como
uma forma de combater o sedentarismo e o estresse, bem como para melhorar a qualidade de vida e o bem-
estar dos indivíduos.
No entanto, é importante destacar que os esportes de combate na dimensão cultural das práticas corporais
também podem reproduzir e reforçar estereótipos e preconceitos presentes na sociedade. Nesse sentido, é
fundamental que essas práticas sejam realizadas de forma consciente e crítica.
Artes Marciais e lutas de todo o mundo podem ser abordadas nas aulas de Educação Física. O judô, por
exemplo, teve sua origem no Japão, no século XIX, como uma forma de educação física e moral,
desenvolvendo técnicas de projeção e imobilização do oponente. O karatê é uma arte marcial que se originou
em Okinawa, no século XIX, e é caracterizado pela combinação de socos, chutes e golpes com as mãos
abertas. O boxe, originário da Inglaterra do século XVIII, é um esporte de combate que consiste em socos com
os punhos, buscando a vitória por nocaute ou por pontuação. O wushu, por sua vez, é uma arte marcial
chinesa que engloba diversas práticas, incluindo movimentos de defesa e ataque, além de elementos
acrobáticos.
O ensino dessas lutas nas aulas pode contribuir para o desenvolvimento físico, cognitivo e social dos alunos.
Além disso, essas práticas corporais possuem uma dimensão cultural signi�cativa, já que estão enraizadas em
valores, crenças, mitos e tradições de diferentes grupos étnicos e sociais que as praticam. Portanto, é
importante que os professores estejam preparados para ensinar essas lutas de forma segura e adequada,
respeitando as características e especi�cidades de cada uma delas, bem como as diferentes capacidades e
habilidades dos alunos.
Em suma, as lutas na dimensão cultural das práticas corporais representam uma forma de expressão
relacionada com a história e a identidade dos povos. Essas práticas podem contribuir para a promoção da
saúde e do bem-estar dos indivíduos, bem como para a preservação e valorização da cultura de diferentes
povos.
LUTAS NO MUNDO
De acordo com Soares et al. (2009), as lutas são uma expressão cultural que envolve habilidades motoras
especí�cas, valores éticos e morais, além de representarem uma forma de resistência e luta por direitos. Além
disso, essas práticas são consideradas como uma forma de construção e expressão da identidade cultural de
um povo, já que são transmitidas de geração em geração e estão relacionadas com as suas histórias e
memórias.
No entanto, é importante ressaltar que a dimensão cultural das lutas pode ser alvo de interpretações
equivocadas e estereotipadas. Isso ocorre quando essas práticas são vistas apenas como formas de agressão
e violência, sem levar em consideração seus aspectos simbólicos e culturais. Segundo Machado e Nunes
(2014), a compreensão das lutas como uma prática violenta está relacionada com a difusão de uma cultura de
massa que valoriza a força física e a competitividade em detrimento da técnica e da estratégia.
Podemos observar o crescente espaço do MMA (Mixed Martial Arts) nas grandes mídias e, com ele, o destaque
para lutadores e o foco em determinadas artes marciais que são evidentes no esporte, como o Boxe, o Muay
Thai (também conhecido como boxe tailandês) e o Jiu-Jitsu Brasileiro. Dessa forma, nas aulas de Educação
Física, cabe ao professor comentar e levar os alunos a vivenciar na prática movimentos dessas lutas tão
relevantes na atualidade.
As lutas de matriz indígena e africana possuem uma grande importância cultural e histórica, representando
uma forma de resistência e de preservação da identidade desses povos. Essas práticas corporais têm uma
dimensão cultural signi�cativa, uma vez que estão enraizadas em valores, crenças, mitos e tradições dos
diferentes grupos étnicos e sociais que as praticam.
As lutas indígenas são uma manifestação cultural que se originou na América pré-colombiana, e que envolve
técnicas de combate corpo a corpo, além de atividades rituais e cerimoniais. Segundo Oliveira e Barroso
(2018), essas práticas estão ligadas à relação dos povos indígenas com a natureza e com os seres divinos,
sendo vistas como uma forma de estabelecer uma comunicação com o mundo espiritual. No Brasil, as lutas
entre os povos ancestrais são realizadas como uma forma de treinamento para a guerra e a caça, além de ser
uma forma de celebração.
Destacamos as seguintes lutas dos indígenas brasileiros:
Nhandeva, luta praticada pelos índios Guarani. A luta consiste em uma disputa entre dois lutadores, que
devem �car em pé em um círculo de aproximadamente 3 metros de diâmetro. 
Huka-huka, luta praticada pelos indígenas da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. O objetivo é
derrubar o adversário, utilizando técnicas de agarramento e imobilização.
Huka Pakore, luta  praticada pelos indígenas Xavante, no Mato Grosso, e seu objetivo é derrubar o
adversário, utilizando apenas os braços e as mãos. 
Entre as lutas de matriz africana mais conhecidas está a Capoeira,uma prática que surgiu no Brasil durante a
época de exploração imperialista de Portugal, e que foi desenvolvida pelos escravos africanos como forma de
defesa contra os donos e mercadores de escravos. Segundo Ramos (2005), a capoeira era uma forma de
resistência à opressão e à violência dos colonizadores, representando uma expressão da cultura e da
identidade dos povos afrodescendentes no Brasil.
No entanto, é importante destacar que as lutas de matriz indígena e africana enfrentam desa�os para a sua
valorização e preservação. Durante muitos anos, a prática da Capoeira foi proibida por lei, na tentativa de
eliminar as tradições e culturas de matrizes africanas. Segundo Gomes (2015), essas práticas são, muitas
vezes, estigmatizadas e marginalizadas pela sociedade, sendo vistas como formas de violência ou de práticas
sem valor cultural.
Assim, é fundamental promover a valorização e o reconhecimento das lutas de matriz indígena e africana,
contribuindo para a preservação da cultura e da identidade desses povos. Para isso, é necessário promover a
divulgação e a difusão dessas práticas, além de respeitar e valorizar a diversidade cultural e étnica dos povos
que as praticam.
LUTAS BRASILEIRAS
As artes marciais são uma excelente opção de atividade física para incluir no programa de Educação Física
escolar, pois proporcionam o desenvolvimento de habilidades físicas, cognitivas e sociais dos alunos. No
entanto, é importante considerar que o ensino das artes marciais deve ser realizado de forma adequada,
seguindo as orientações pedagógicas e técnicas especí�cas da modalidade escolhida.
No campo das dimensões culturais e das práticas corporais, se faz necessário levar os alunos a re�etirem e
compreenderem que luta é diferente de briga, que as lutas estão ligadas a fatores culturais e sociais e até
mesmo como mecanismos de defesa pessoal. Também é importante escolher uma modalidade adequada às
características dos alunos e às instalações da escola e escolher artes marciais (ou lutas) que os alunos
consigam acessar facilmente. Por exemplo, se existe academia que ensina capoeira na região, a chance é que
mais alunos tenham tido contato com essa luta, e ele vale para karatê, jiu-jitsu, entre outras. Cabe ao
educador analisar o contexto no qual a comunidade está inserida para incentivar ainda mais a participação
dos alunos nas aulas.
O ensino das artes marciais deve ser estruturado em etapas, respeitando a evolução dos alunos. É importante
começar com exercícios de alongamento e aquecimento, seguidos por atividades especí�cas da modalidade,
como chutes, socos, quedas e imobilizações. Aos poucos, os alunos podem ser introduzidos em técnicas mais
complexas e aplicá-las em simulações de combate controladas.
Durante as aulas, é importante enfatizar os valores éticos e morais das artes marciais, como respeito,
disciplina, autocontrole e solidariedade. Esses valores são essenciais para a formação integral dos alunos e
devem ser incentivados e praticados durante toda a aula.
A nossa luta de matriz africana mais conhecida é a capoeira, que combina luta, dança, música e cultura
popular. Sua origem é controversa, mas é amplamente reconhecida como uma prática desenvolvida pelos
escravos africanos trazidos para o Brasil. Acredita-se que a capoeira tenha surgido no contexto da resistência
dos escravos, que encontraram na luta uma forma de se defender e se rebelar contra a opressão dos seus
senhores. No entanto, a prática era ilegal e perseguida pelas autoridades brasileiras, que viam na capoeira
uma ameaça à ordem pública e à segurança do país.
Foi somente no �nal do século XIX e início do século XX que a capoeira começou a ser reconhecida como uma
forma de arte e cultura brasileira. Nesse período, muitos capoeiristas se apresentavam nas ruas e em espaços
públicos, popularizando a prática e atraindo a atenção de intelectuais, artistas e estudiosos da cultura
popular. A capoeira pode ser ensinada de forma lúdica, utilizando músicas e movimentos básicos, de forma a
estimular a coordenação motora e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
Para uma abordagem mais crítica e re�exiva sobre o ensino de artes marciais nas aulas de Educação Física, é
importante enfatizar a importância de não reproduzir estereótipos e preconceitos em relação às diferentes
culturas que desenvolveram as artes marciais. Deve-se enfatizar a diversidade cultural e valorizar os aspectos
técnicos e estratégicos das artes marciais, compreendendo que a força física não é o único fator determinante
para o sucesso nessas práticas. Esse tipo de abordagem pode ser utilizado ao ensinar lutas de todo o mundo,
como, por exemplo, Judô (e mostrar um pouco do contexto e da cultura japonesa), do Muay Thai (sobre a
Tailândia), Taekwondo (Coreia), entre outros.
Para Gomes (2015), o ensino de artes marciais nas escolas pode ser uma ferramenta poderosa para
desenvolver habilidades físicas, cognitivas e socioemocionais nos alunos, promovendo valores como
disciplina, respeito e autocontrole. Para isso se faz necessário também que os professores busquem as
melhores maneiras de se ensinar técnicas, como quedas, socos, chutes e imobilizações, de maneira lúdica e
segura para os alunos.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
No vídeo resumo da nossa aula sobre Conhecimentos da Educação Física na Escola vamos ver como é
importante abordar as mais diferentes lutas no ambiente escolar. Tanto as artes marciais mais conhecidas no
mundo, como judô e karatê, como as lutas de raízes indígenas, como o huka-huka, passando pelas dimensões
conceituais, atitudinais e procedimentais do processo de ensino e aprendizagem das lutas. Vamos lá?
 Saiba mais
Dica de Leitura – Artigo sobre o ensino de lutas nas escolas
O artigo As lutas na educação física escolar, escrito pelo professor Heraldo Simões Ferreira, é uma das
dicas de leitura para complementar os conhecimentos sobre o assunto. Nele, o pesquisador buscou
compreender como os professores de educação física estão utilizando o bloco de conteúdos proposto
nos Parâmetros Curriculares Nacionais - Educação Física, no que se refere à prática das lutas. Para isso,
foram entrevistados pro�ssionais e analisadas as aulas de 50 professores do Ceará.
Dica de Filme – Besouro
Para se apropriar mais da Capoeira, vale a pena assistir ao �lme Besouro (2009), dirigido por João Daniel
Tikhomiro� e inspirado na história de Besouro Mangangá, um lendário capoeirista baiano do início do
século XX. O �lme mistura elementos de ação, drama, romance e fantasia para contar a história de
Besouro, interpretado por Aílton Carmo, um jovem negro que enfrenta o racismo e a opressão em uma
sociedade dominada pelos brancos. Na trama, Besouro é um capoeirista habilidoso que luta contra a
exploração dos trabalhadores e a violência policial, enquanto se apaixona por Dinorá (Jéssica Barbosa),
https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/428
�lha de um fazendeiro branco. Ele é perseguido pelo temido coronel Venâncio (Sérgio Laurentino), que o
considera uma ameaça à sua autoridade, e precisa enfrentar desa�os sobrenaturais para se tornar o
lendário Besouro Mangangá.
O �lme é uma homenagem à cultura afro-brasileira e à capoeira, uma expressão cultural e esportiva que
mistura dança, música e luta. A produção conta com cenas de luta impressionantes, coreografadas por
mestres de capoeira, e uma trilha sonora envolvente, com destaque para as músicas de Carlinhos Brown
e do grupo Olodum.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
A dança é uma forma de arte que utiliza o movimento corporal como meio de expressão. Além disso, a dança
também é uma atividade física que pode trazer inúmeros benefícios à saúde, como melhora da �exibilidade,
coordenação, condicionamento físico e bem-estar emocional. Nesta aula, vamos explorar a importância da
dança nas aulas de educação física e como ela pode ser trabalhada em diferentes contextos educacionais.
Também vamos abordar as suas de�nições e classi�cações, desde asdanças de salão até a dança
contemporânea, e discutiremos as suas características e benefícios para a saúde.
Nesse contexto, torna-se importante apresentar e discutir as danças de matrizes africanas e indígenas para
que os alunos tenham conhecimento da dimensão cultural dessa prática corporal, conhecendo novas formas
de se movimentar e expressar.
Vamos começar?
INTRODUÇÃO ÀS DANÇAS
A dança é uma forma de arte que se expressa através do movimento do corpo. Ela está presente em diversas
culturas ao redor do mundo e possui uma longa história, sendo considerada uma das formas mais antigas de
expressão humana. Ao longo dos anos, a dança evoluiu e se diversi�cou, dando origem a diferentes estilos e
gêneros.
Aula 3
DANÇAS 
Olá, estudante! A dança é uma forma de arte que utiliza o movimento corporal como meio de expressão.
Além disso, a dança também é uma atividade física que pode trazer inúmeros benefícios à saúde, como
melhora da �exibilidade, coordenação, condicionamento físico e bem-estar emocional.
33 minutos
Historicamente, a dança tem sido utilizada para diversos �ns, como rituais religiosos, celebrações,
entretenimento e comunicação. Na Grécia Antiga, por exemplo, a dança era vista como uma forma de arte
nobre e era praticada em festivais em homenagem aos deuses. Segundo Katz (1992), a dança na Grécia Antiga
era vista como uma manifestação de harmonia entre corpo e mente, e era considerada uma forma de
meditação em movimento.
Na Idade Média, a dança era utilizada como forma de entretenimento nas cortes reais e entre a nobreza.
Segundo Sampaio (2002), a dança tinha um caráter cortesão e galante, e era praticada como uma forma de
demonstrar habilidade e elegância.
Com o passar dos anos, novos estilos de dança foram surgindo e se desenvolvendo, como a dança de salão, o
ballet, a dança contemporânea e o hip hop, por exemplo. Cada estilo possui suas próprias características e
técnicas especí�cas, o que permite que a dança continue evoluindo e se renovando ao longo do tempo.
Além disso, a dança também possui benefícios para a saúde física e mental, como melhora da coordenação,
�exibilidade, condicionamento físico e bem-estar emocional.
A dança brasileira é diversa e rica em in�uências culturais, como o samba, o frevo, a dança do carnaval, entre
outros. Além disso, o Brasil também possui uma cena de dança contemporânea em ascensão, com artistas
que exploram novas formas de movimento e linguagens (SOBRAL, 2014).
Por sua vez, as danças de matriz africana são aquelas trazidas pelos escravos africanos durante a colonização
do Brasil. Elas deram origem a estilos como o maracatu, jongo, frevo e o mais conhecido deles, que é o samba.
Todas são caracterizadas por movimentos ritmados e expressivos que representam as crenças e tradições
dessas culturas (COSTA, 2014).
O samba tem uma história rica e interessante, que remonta à época do Brasil colônia e incorpora in�uências
de outras culturas, sendo um elemento importante na construção da identidade cultural do país (DINIZ, 2006).
As danças de matriz indígena são aquelas praticadas pelas comunidades indígenas do Brasil, como o toré e o
carimbó, e re�etem a relação dessas culturas com a natureza e com as divindades (ALMEIDA, 2013).
As danças de matriz africana e indígena são uma parte importante do patrimônio cultural brasileiro. Elas
representam a in�uência dessas culturas na formação do país e são uma forma de expressão artística e
religiosa para muitas comunidades. Essas danças possuem uma história rica e complexa, que é importante
para a compreensão da diversidade cultural do Brasil.
Essas danças são importantes não apenas como formas de expressão cultural, mas também como
instrumentos de resistência e luta por direitos. Durante muito tempo, essas práticas foram perseguidas e
criminalizadas pelas autoridades brasileiras, mas, hoje, têm sido cada vez mais valorizadas e reconhecidas
como patrimônio cultural do país.
No mundo, a dança também é presente em diversas culturas e países, como o ballet clássico da Rússia, a
dança �amenca da Espanha, o tango da Argentina, a dança do leão da China, entre outros. Cada cultura
possui suas próprias tradições e estilos de dança, o que permite a troca e o aprendizado de novas formas de
movimento.
Como vimos, é possível explorar no âmbito conceitual as diferentes formas de dança e suas características
especí�cas, bem como compreender a importância da dança na cultura e na sociedade ao longo da história.
DANÇAS NO BRASIL E NO MUNDO
As danças podem ser utilizadas como meio de comunicação, celebração, religiosidade, entre outras
�nalidades. No contexto da Educação Física, as danças são importantes ferramentas de desenvolvimento
motor, cognitivo e socioafetivo dos estudantes, contribuindo para sua formação integral.
A classi�cação das danças pode ser feita de diferentes maneiras, levando em consideração aspectos como
origem, características estilísticas, movimentos, ritmo, dentre outros. De acordo com a International Dance
Council (CID) existem 10 categorias principais de dança: ballet, dança contemporânea, dança folclórica, dança
de salão, dança de rua, dança étnica, dança teatral, dança popular, dança religiosa e dança social.
Cada categoria de dança possui suas particularidades, que podem ser exploradas de diferentes formas no seu
ensino. Por exemplo, o ballet é uma dança clássica que enfatiza a técnica, a postura e a elegância, enquanto a
dança de rua valoriza a expressividade, a criatividade e a espontaneidade. Já a dança folclórica busca
preservar as tradições culturais de um determinado grupo étnico ou região.
Para a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a dança é considerada uma das áreas de conhecimento
obrigatórias para a Educação Física, desde a educação infantil até o ensino médio. Nesse sentido, a BNCC
destaca a importância do desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à dança, como a
percepção espacial, temporal e rítmica, o conhecimento e respeito pelas diversas manifestações culturais e a
capacidade de se expressar artisticamente.
O samba é um dos ritmos brasileiros mais conhecido mundialmente, com uma história que remonta ao século
XIX. Originado a partir da mistura de elementos musicais africanos e indígenas, o samba se tornou uma
importante forma de expressão popular, especialmente nas comunidades negras do Rio de Janeiro e da Bahia.
Essa dança surge inicialmente nos quilombos, locais onde os escravos africanos fugidos se refugiavam e
mantinham suas tradições culturais. Após a abolição da escravatura, essa cultura se espalhou pelos morros e
bairros periféricos – locais onde a população recém alforriada se instalou.
Também podemos destacar como danças de matrizes africanas o maracatu, o jongo e o forró. O maracatu é
uma dança de cortejo que se popularizou no estado de Pernambuco e é muito associada ao Carnaval.
Acompanhada por tambores e outros instrumentos de percussão, é uma importante manifestação cultural
nordestina e um símbolo de resistência negra.
O jongo é uma dança originária da região do Vale do Paraíba, que envolve canto e dança, acompanhados por
instrumentos de percussão. De origem africana, foi trazida pelos escravos e é considerada uma forma de
resistência cultural, tendo sido declarada patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN em 2005.
O forró é uma dança típica do Nordeste brasileiro, que se espalhou por todo o país e se tornou um dos
principais símbolos da nossa cultura. É uma dança de pares, acompanhada por sanfona, zabumba e triângulo,
tendo suas origens nas festas juninas do Nordeste.
As danças indígenas são diversas e ricas em cultura e história. Aqui vamos destacar o cateretê, o toré e o
kuarup.
O cateretê é uma dança de origem indígena, que celebra a natureza e os elementos da cultura, como a caça e
a pesca. É uma dança de roda, acompanhada por instrumentos de percussão e �autas, e é considerada um
patrimônio imaterial brasileiro.
O toré é uma dança sagrada praticada pelos povosindígenas do Brasil, como os Guarani, Kaingang e Xavante,
e é uma importante forma de expressão religiosa e cultural dessas comunidades.
O kuarup é uma dança sagrada praticada pelos povos indígenas do Alto Xingu, no estado do Mato Grosso, e é
uma homenagem aos mortos e uma celebração da renovação da vida.
A compreensão e valorização da diversidade cultural presente nas danças brasileiras e do mundo é uma das
competências previstas na BNCC para o ensino de Educação Física, contribuindo para o desenvolvimento do
senso crítico, apreciação e respeito pela pluralidade cultural.
DANÇAS AFRICANAS E INDÍGENAS
Segundo Barbosa et al. (2018), o ensino de danças na educação física pode contribuir para o desenvolvimento
de habilidades psicomotoras, sociais e cognitivas dos alunos, além de promover a interação social e a
cooperação. Na dimensão conceitual é importante abordar as mais diversas danças existentes, desde as
clássicas, como o balé, assunto que abre espaço para temas transversais ao discutir a questão da prática de
dança em relação ao gênero. Ou seja, o importante é levar os alunos a re�etirem que a dança é para todos,
independente de gênero, extrato social, etc.
O professor deve buscar conhecimentos sobre diferentes estilos de dança e suas técnicas de movimento para
que suas aulas sejam atrativas também nas dimensões atitudinais e procedimentais. Além disso, é necessário
considerar as características e interesses dos alunos, para adaptar a atividade às suas necessidades,
capacidades e realidade social. Segundo Santos et al. (2019), o ensino de danças na educação física também
pode ser uma forma de valorizar e respeitar a diversidade cultural dos alunos, pois permite a exploração de
diferentes estilos e origens.
De acordo com Barbosa (2018) o ensino de danças na educação física deve envolver uma abordagem lúdica e
criativa, com atividades que estimulem a imaginação e a expressão corporal dos alunos. Além disso, é
importante que o professor crie um ambiente seguro e acolhedor, que permita aos alunos experimentarem e
se expressar sem medo de julgamentos.
Quando falamos do ensino de danças na escola, remetemos à valorização de estilos como o samba, o forró e
o frevo. De acordo com Souza e Menezes (2018), essa prática pedagógica no Brasil tem evoluído nos últimos
anos, com a inclusão de novos estilos, como a dança contemporânea e o hip hop, e uma maior preocupação
em adaptar as atividades às necessidades e interesses dos alunos. Danças de outros países, como o ballet e o
jazz também podem ser apresentados nos currículos, para que o aluno tenha contato com diferentes
movimentos artísticos e culturais.
De acordo com a BNCC, é importante que as escolas promovam o respeito e a valorização das diversidades
étnicas, culturais, sociais, religiosas e de gênero presentes na sociedade brasileira. Nesse sentido, o ensino de
danças de matrizes africanas e indígenas na Educação Física pode ser uma forma efetiva de cumprir esse
objetivo, promovendo a compreensão e o respeito pela diversidade cultural brasileira.
As danças de matrizes africanas, como o samba, o jongo, o maracatu e o forró, têm uma forte ligação com a
cultura afro-brasileira. Além de fazer parte da cultura popular, é também uma forma de resistência e
preservação das tradições. O ensino dessas danças na Educação Física pode proporcionar aos alunos uma
maior compreensão da cultura, além de desenvolver habilidades motoras, como o ritmo, a coordenação e a
expressão corporal.
Por sua vez, as danças indígenas, como o toré, o xondaro e o kuarup, têm uma forte ligação com a cultura dos
povos originários do Brasil e são consideradas uma importante forma de expressão artística e cultural. De
acordo com Ramos e Franco (2020), o ensino dessas danças na Educação Física pode contribuir para a
valorização da cultura indígena.
Por �m, segundo a BNCC, é necessário que as escolas desenvolvam práticas pedagógicas que promovam a
inclusão, a diversidade e a equidade, respeitando as diferenças e singularidades de cada estudante.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
No vídeo resumo da nossa aula sobre Conhecimentos da Educação Física na Escola, vamos ver como é
importante abordar as mais diferentes danças no ambiente escolar. Veremos as origens das danças clássicas
conhecidas no mundo, como o balé e a dança de salão, as danças de academia, como a zumba, e as de
matrizes africanas e indígenas, como o samba, o forró e o toré. A pedagogia sobre as danças passa pelas
dimensões conceituais, atitudinais e procedimentais do processo de ensino e aprendizagem. Vamos lá?
 Saiba mais
Filme: Vem dançar
Este �lme (nome original Take the Lead, de 2006 com direção de Liz Friedlander) é uma indicação para
buscar inspiração para as aulas de dança nas escolas. A obra aborda o tema da superação, misturando
diferentes ritmos de dança e destacando os principais medos enfrentados pelos jovens de uma escola
humilde de Nova York.
O personagem principal é Pierre Dulaine (interpretado por Antonio Banderas), um dançarino pro�ssional
de salão que se oferece como voluntário para dar aulas de dança em uma escola pública. No entanto, ele
logo se depara com a resistência dos alunos, que preferem o hip hop em vez de seu método clássico.
Mas, a partir desse con�ito, surge um novo estilo de dança que mescla os dois ritmos, com Pierre como
mentor.
O �lme é interessante por mostrar como os jovens têm preconceitos em relação à dança e às diferenças
culturais e físicas entre eles. Pierre apresenta uma abordagem mais desa�adora, incentivando o desejo
pela dança e instigando os alunos a incorporarem novidades nos passos ensinados.
Livros: dicas de leitura para se apropriar melhor dos temas
O livro Dança na escola: teorias, práticas e vivências foi organizado por Sonia Farias e Regina Amaral
(Editora Papirus, 2006). A obra reúne uma série de artigos que discutem os desa�os e as possibilidades
de trabalhar com dança na educação básica, trazendo re�exões teóricas, relatos de experiências e
sugestões de atividades para a prática pedagógica.
Outra opção é o livro Dança na Educação Infantil e Ensino Fundamental, de Joana Gomes (Editora Vozes,
2010), que apresenta uma abordagem prática para o ensino da dança nas séries iniciais, com sugestões
de atividades e planejamentos de aulas. O livro também discute a importância da dança na formação
integral dos alunos e sua contribuição para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante.
Nesta aula, discutiremos sobre as competências necessárias para a docência em Educação Física, bem como
as barreiras e desa�os que os professores enfrentam ao ensinar ginástica, luta e dança.  
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de�ne as ginásticas, lutas e danças como conteúdos obrigatórios
da Educação Física escolar da Educação Infantil ao Ensino Médio. Essas práticas têm como objetivo
desenvolver habilidades motoras, expressão corporal, criatividade, socialização, cultura e identidade. Para os
docentes dessa disciplina, devemos ressaltar a importância em equilibrar a dimensão do saber e do fazer no
processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, vamos explorar esses temas e demonstrar como podemos ser e�cazes no ensino das habilidades
necessárias.
Vamos começar?
SABER, FAZER, DESAFIOS E COMPETÊNCIAS
A Educação Física é uma disciplina que tem como objetivo promover o desenvolvimento integral do ser
humano, trabalhando aspectos físicos, cognitivos, sociais e emocionais. Dessa forma, a formação do professor
de Educação Física deve ser pautada em competências especí�cas que permitam o desenvolvimento de uma
prática pedagógica de qualidade.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as competências necessárias para a docência em
Educação Física incluem a capacidade de planejar, desenvolver, avaliar e adaptar atividades físicas que
atendam às necessidades e interesses dos alunos, além de promover a inclusão, o respeito à diversidade e o
desenvolvimento sustentável. Alémdisso, o professor de Educação Física deve ter uma visão crítica e re�exiva
sobre as práticas corporais e sua relação com a sociedade, bem como possuir habilidades de comunicação,
liderança e trabalho em equipe.
De acordo com Magalhães (2015), o professor de Educação Física precisa estar preparado para atender às
especi�cidades de cada aluno, considerando suas características individuais e coletivas, buscando sempre
promover a inclusão e a participação de todos. Nesse sentido, é importante que o professor tenha
Aula 4
COMPETÊNCIAS DOCENTES 
Olá, estudante.  Nesta aula, discutiremos sobre as competências necessárias para a docência em
Educação Física, bem como as barreiras e desa�os que os professores enfrentam ao ensinar ginástica,
luta e dança. 
30 minutos
conhecimento sobre o desenvolvimento motor e cognitivo dos alunos, bem como sobre as diferentes práticas
corporais existentes, de forma a planejar e adaptar atividades que sejam adequadas e desa�adoras para cada
um.
Em relação ao ensino de ginástica, luta e dança, pode-se dizer que é um dos grandes desa�os para os
professores de Educação Física devido às diferentes barreiras que podem surgir no processo de ensino dessas
modalidades, como a falta de recursos materiais, a escassez de espaços adequados e a falta de formação
especí�ca de professores.
Para Teixeira e Alves (2019), essas modalidades (luta, ginástica e dança), exigem um trabalho técnico apurado,
além de uma grande capacidade de planejamento e adaptação por parte dos professores. Somado a isso, os
autores destacam que essas modalidades apresentam uma grande variedade de movimentos e
possibilidades, o que pode di�cultar o processo de ensino e aprendizagem.
A dimensão do saber envolve o conhecimento teórico que o docente deve ter para lecionar na área de
educação física. Esse conhecimento pode ser adquirido por meio de formação acadêmica, cursos,
treinamentos e aprimoramento pessoal.
Segundo Lira et al. (2020), a formação acadêmica é essencial para a construção do conhecimento do docente,
pois permite o acesso a informações relevantes sobre o corpo humano, a �siologia, a anatomia e a
biomecânica, entre outras áreas. Além disso, o docente deve estar atualizado com as tendências e inovações
da área de educação física para oferecer um ensino de qualidade.
No entanto, ter apenas o conhecimento teórico não é su�ciente para a docência em educação física. O
docente também precisa desenvolver habilidades práticas para aplicar esse conhecimento em sala de aula.
A dimensão do fazer envolve as habilidades práticas que o docente deve ter para aplicar o conhecimento
teórico. Essas habilidades incluem a capacidade de planejar aulas, escolher as atividades mais adequadas para
cada faixa etária e objetivo, ensinar técnicas e habilidades especí�cas e avaliar o desempenho dos alunos.
É importante que o docente desenvolva uma metodologia de ensino que leve em consideração as
características dos alunos e as necessidades da instituição. Também é interessante que o professor elabore
atividades que sejam desa�adoras, mas não impossíveis, para os alunos, para que eles possam desenvolver
suas habilidades e se sentirem motivados.
DA TEORIA À PRÁTICA
O professor de Educação Física deve ser capaz de re�etir sobre sua prática, buscando constantemente
aprimorá-la e torná-la mais inclusiva e signi�cativa para os alunos. Os autores Souza Neto e Shigunov (2013),
destacam que a formação do professor de Educação Física deve ser pautada em uma perspectiva crítica e
re�exiva, que permita a compreensão das práticas corporais em sua relação com a sociedade e com as
questões de gênero, raça e diversidade cultural.
Em síntese, a docência em Educação Física requer um conjunto especí�co de competências e habilidades que
devem ser desenvolvidas ao longo da formação do professor, como liderança, gestão de sala de aula,
conhecimentos especí�cos dos conteúdos da disciplina, ética pro�ssional, trabalho em equipe e comunicação.
Ao adquirir essas competências, os professores de Educação Física poderão oferecer uma educação mais
completa e satisfatória para seus alunos, promovendo o desenvolvimento físico, social e emocional.
O ensino das temáticas ginástica, luta e dança representam algumas das vertentes da Educação Física que
envolve diversas barreiras e desa�os a serem superados pelos professores. Por outro lado, a superação
dessas barreiras pode trazer benefícios signi�cativos para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
A falta de recursos materiais e a escassez de espaços adequados podem ser barreiras signi�cativas para o
ensino de ginástica, luta e dança. Para Nascimento (2019), é importante que os professores tenham
criatividade e habilidade para adaptar as atividades às condições disponíveis, buscando sempre oferecer uma
prática pedagógica de qualidade para os alunos.
Outra barreira comum no ensino da ginástica, luta e dança é a resistência dos alunos em relação às atividades
propostas. Para Machado et al. (2018), a falta de interesse dos alunos pode estar relacionada à falta de
compreensão sobre a importância das atividades propostas. Nesse sentido, os autores ressaltam a
importância de um planejamento pedagógico cuidadoso, que contemple a explicação sobre os objetivos das
atividades e sua relação com a saúde e o bem-estar dos alunos.
A docência em educação física exige do pro�ssional a habilidade de articular teoria e prática de forma
e�ciente, conciliando o saber e o fazer em suas aulas. De acordo com Brasil (2012), a prática do docente de
Educação Física deve ser capaz de promover um ambiente de aprendizagem que estimule a participação ativa
dos alunos, fomentando a autonomia e o pensamento crítico, o professor deve estar aberto aos
questionamentos e inquietações dos alunos. Para isso, é necessário que o docente seja capaz de utilizar
diferentes estratégias pedagógicas e recursos didáticos, como jogos, brincadeiras, músicas e tecnologias, de
forma a tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes para os alunos. É importante que o docente seja capaz
de adaptar as atividades às características e habilidades dos alunos, para que todos possam participar de
forma ativa e signi�cativa. Por �m, o docente deve desenvolver habilidades sociais e emocionais, como
empatia, assertividade, resiliência e capacidade de trabalho em equipe (FERREIRA et al., 2021). Essas
habilidades são importantes para a construção de um ambiente de aprendizagem positivo e seguro, no qual
os alunos sintam-se motivados a participar e a interagir uns com os outros. O docente também deve ser capaz
de reconhecer e valorizar as diferenças individuais dos alunos, promovendo a inclusão e a diversidade.
ESTUDANDO E SE APROFUNDANDO: MÃOS NA MASSA
A docência em Educação Física exige competências especí�cas para que os pro�ssionais possam atuar de
forma e�ciente e e�caz no processo de ensino e aprendizagem. É fundamental que os professores sejam
capazes de identi�car as necessidades e características dos alunos, além de dominar os conteúdos e
metodologias próprias da área.
Segundo Betti e Zuliani (2012), as competências para a docência em Educação Física envolvem tanto a
dimensão técnica quanto a pedagógica. Na dimensão técnica, é necessário que o professor tenha domínio dos
conteúdos da área, bem como das técnicas e habilidades motoras envolvidas nas atividades propostas. Já na
dimensão pedagógica, é preciso que o professor seja capaz de planejar as aulas de forma criativa e adaptada
às necessidades dos alunos, além de ser capaz de avaliar e retroalimentar o processo de aprendizagem.
Além disso, é fundamental que os professores de Educação Física sejam capazes de lidar com a diversidade
presente em suas turmas. De acordo com Pinto (1999), a diversidade é uma característica da sociedade
contemporânea, e os professores devem estar preparados para trabalhar com alunos de diferentes origens,
raças, culturas e condições físicas e mentais.
Por �m, é importante destacar a importânciado desenvolvimento contínuo dos professores de Educação
Física. De acordo com Souza e Costa (2020), o processo de formação continuada permite que os professores
possam atualizar seus conhecimentos e habilidades, além de compartilhar experiências e discutir práticas
pedagógicas.
Apesar das barreiras e desa�os, o ensino dessas temáticas é fundamental para a formação dos alunos em
aspectos físicos, cognitivos e sociais. De acordo com Pereira et al. (2021), a prática dessas atividades pode
contribuir para o desenvolvimento de habilidades motoras, melhora da postura, aumento da autoestima,
desenvolvimento da criatividade e do trabalho em equipe.
Para superar as barreiras e desa�os do ensino em Educação Física, é importante que os professores sejam
capacitados para o ensino dessas atividades e que utilizem estratégias pedagógicas criativas e adaptadas às
necessidades dos alunos. Conforme destacam Batista e Bracht (2015), é fundamental que os professores de
Educação Física desenvolvam uma prática pedagógica que valorize as diferenças e que respeite as escolhas
dos alunos, sem reforçar estereótipos de gênero.
Outra estratégia importante para superar essas barreiras é a utilização de recursos tecnológicos e de mídias
sociais no processo de ensino e aprendizagem. A utilização de vídeos, aplicativos e plataformas digitais pode
ser uma forma e�ciente de motivar os alunos e auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades necessárias
para as atividades de ginástica, luta e dança.
É importante que o docente esteja em constante aprimoramento, buscando atualização em relação às
tendências e inovações da área de educação física, desenvolvendo habilidades de comunicação, resolução de
con�itos e adaptação a situações inesperadas, para que possa oferecer um ensino de qualidade e contribuir
para a formação integral dos alunos. Esse pro�ssional deve ser capaz de promover um ambiente de
aprendizagem que estimule a participação ativa dos alunos, fomentando a autonomia e o pensamento crítico.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
No vídeo resumo da nossa aula sobre Conhecimentos da Educação Física na Escola, poderemos veri�car a
importância em conhecer as competências necessárias para a docência em Educação Física, bem como as
barreiras e desa�os que os professores enfrentam ao ensinar ginástica, luta e dança.  Também falaremos das
principais di�culdades enfrentadas pelos professores ao ensinar essas e outras modalidades e como é
necessário desenvolver conhecimento sobre o saber e o fazer na docência da Educação Física. Vamos lá?
 Saiba mais
Dica de leitura: ensino de lutas na escola
Uma sugestão de leitura é o artigo O ensino de lutas na Educação Física Escolar: uma revisão sistemática
da literatura, de autoria de Diego Luz Moura e Ivanildo Alves Lima da Silva Junior, da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Para sua elaboração, foram selecionados 19 artigos que
resultaram em três categorias: aspectos pedagógicos e metodológicos das lutas; violência e lutas no
contexto escolar; e formação docente. Os autores identi�caram que é necessário sistematizar o ensino
das lutas e re�etir sobre sua intervenção pedagógica, potencializar a formação inicial e continuada na
operacionalização, distanciar as lutas da ideia de violência e promover a escola como local de estudo e
propagação de conteúdo.
MOURA, D. L.; SILVA JUNIOR, I. A. L. da; ARAUJO, J. G. E.; SOUSA, C. B. de; PARENTE, M. L. da C. O ensino de
lutas na Educação Física Escolar: uma revisão sistemática da literatura. Pensar a Prática, Goiânia, v. 22,
2019. DOI: 10.5216/rpp.v22.51677.
Dica de livro: Ensino da educação física para a educação básica
Esta obra, de autoria de Fernando Luiz Bustamante Bueno Olivera, tem o intuito de auxiliar os futuros
professores a compreenderem como o ser humano e o corpo mudaram ao longo da história até os dias
atuais, passando por in�uências sociais, políticas, econômicas, ambientais, entre outras. Para o autor, é
necessário compreender que os docentes vão se deparar com alunos com bagagens de conhecimentos
heterogêneas, mas que não lhes trarão di�culdades, mas sim, potencialidades de trabalho, e que o
professor de Educação Física pode ser um agente ativo nas mudanças de seus alunos, no ensino infantil,
fundamental ou médio.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL E NO MUNDO
Nesta unidade, pudemos observar as principais características dos conteúdos de lutas, ginásticas e danças
dentro do contexto de ensino da Educação Física escolar. Em um primeiro momento, tivemos a oportunidade
de veri�car que a ginástica, com suas diversas características, está presente em nossa sociedade, mídia,
práticas discursivas, ginásios, clubes, diversos eventos esportivos e escolas de diversas formas. Partindo dessa
premissa, compreende-se que é fundamental que os alunos possam conhecer, vivenciar e expressar as
possibilidades da ginástica na escola. No âmbito conceitual, pudemos apresentar aos alunos, através de aulas
expositivas, a história, as principais competições, os atletas brasileiros e estrangeiros que mais se destacam,
os principais aparelhos, os fundamentos e as capacidades físicas envolvidas na prática dessas modalidades.
Em outro momento, tivemos a oportunidade de falar sobre as lutas que também são consideradas formas de
expressão que re�etem os valores e crenças das sociedades em que estão inseridas. Essas práticas envolvem
uma série de elementos simbólicos que fazem parte da cultura corporal de uma sociedade, forma de
expressão cultural que se relaciona com outras práticas, como a dança, a ginástica e os esportes em geral. O
ensino de artes marciais nas aulas de educação física é importante, pois proporciona aos alunos uma
oportunidade de vivenciar uma cultura diferente da sua, além de desenvolver habilidades motoras especí�cas,
como coordenação, agilidade, força e �exibilidade.
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
33 minutos
http://biblioteca-virtual.com/detalhes/ebook/608704f254aa8872fc616ef0
Mais adiante, mostramos como abordar as danças nas escolas, a arte que se expressa através do movimento
do corpo. Ela está presente em diversas culturas ao redor do mundo e possui uma longa história, sendo
considerada uma das formas mais antigas de expressão humana. Ao longo dos anos, a dança evoluiu e se
diversi�cou, dando origem a diferentes estilos e gêneros. Além disso, a dança também possui benefícios para
a saúde física e mental, como melhora da coordenação, �exibilidade, condicionamento físico e bem-estar
emocional.
Tanto em relação às lutas como às danças, pudemos observar também as manifestações indígenas e de
matrizes africanas, como o huka huka e a capoeira (lutas), o samba, o forró, o maracatu, cateretê, o toré
e o kuarup (danças).
Também abordamos a dicotomia entre teoria e prática. Veri�camos que a formação acadêmica é essencial
para a construção do conhecimento do docente, pois permite o acesso a informações relevantes sobre o
corpo humano, a �siologia, a anatomia e a biomecânica, entre outras áreas. Além disso, o docente deve estar
atualizado com as tendências e inovações da área de educação física para oferecer um ensino de qualidade.
No entanto, apenas o conhecimento teórico não é su�ciente para a docência em educação física. O docente
também precisa desenvolver habilidades práticas para aplicar esse conhecimento em sala de aula. A
dimensão do fazer envolve as habilidades práticas para aplicar o conhecimento teórico. Essas habilidades
incluem a capacidade de planejar aulas, escolher as atividades mais adequadas para cada faixa etária e o
objetivo, ensinar técnicas e habilidades especí�cas e avaliar o desempenho dos alunos.
REVISÃO DA UNIDADE
Olá, estudante!
Neste vídeo, vamos abordar os principais pontos desenvolvidos ao longo da unidade: as barreiras e
di�culdades no ensino das lutas, das ginásticas e das danças na escola, as dimensões do saber e do fazer, e a
característica do docente entre essas dimensões.
Vamos lá? 
ESTUDO DE CASOOlá, estudante.
Pensando em maneiras de diversi�car a formação, vamos ao nosso estudo de caso. Para contextualizar a
aprendizagem dos conteúdos desenvolvidos ao longo da unidade, imagine que você é professor de Educação
Física em uma escola pública, situada em um bairro carente. A escola dispõe de recursos limitados, mas tem
materiais su�cientes e adequados para qualquer tipo de aula da sua disciplina. De acordo com o currículo,
você deverá desenvolver aulas de dança para o 3º ano do Ensino Médio. A escola costuma fazer movimentos a
favor da diversidade e contra os estereótipos de gênero, mas, mesmo assim, alguns alunos, em sua maioria
do sexo masculino, acreditam que danças são apenas para as mulheres. Leve em consideração que um dos
documentos orientadores da educação brasileira, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) destaca a
importância de uma educação inclusiva, que valorize a diversidade e respeite as diferenças. Isso inclui a
promoção de uma cultura de respeito à diversidade de gênero, combatendo estereótipos e preconceitos
relacionados a questões de gênero e sexualidade. Além disso, a BNCC prevê que os alunos desenvolvam
habilidades socioemocionais, como a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro. Isso é
fundamental para combater a discriminação e o preconceito, incluindo aqueles relacionados a questões de
gênero. A BNCC também destaca a importância em abordar a questão de gênero de forma transversal, ou
seja, integrando-a a diferentes áreas do conhecimento. Isso inclui a revisão de materiais didáticos e a
promoção de atividades que combatam estereótipos de gênero e preconceitos. Por �m, esse documento
aponta que a escola deve formar cidadãos críticos e re�exivos, capazes de reconhecer e combater a
discriminação em todas as suas formas. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades de argumentação e o
estímulo ao diálogo e à re�exão sobre questões sobre os diversos tipos de preconceitos existentes. Então,
nessa situação, qual atitude você, como professor dessas turmas, deverá tomar? De que maneira poderá
abordar o conteúdo de danças de forma a incluir todos os alunos e combater o preconceito em relação ao
assunto?
 Re�ita
Olá, estudante!
Ao analisar o estudo de caso, tenha em mente que devemos compreender a importância da inclusão e
do combate ao preconceito em relação aos gêneros. A Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) enfatiza a necessidade de valorizar a diversidade e promover a equidade de gênero, bem como a
importância da Educação Física na formação de valores e na promoção da saúde e do bem-estar físico e
emocional dos estudantes.
Segundo a BNCC, é papel da Educação Física é "propiciar a vivência de diferentes modalidades esportivas
e práticas corporais de natureza diversa, sem preconceitos ou discriminações, incluindo aquelas
relacionadas a questões de gênero e diversidade sexual" (BNCC, 2017, p. 368). Além disso, a BNCC
destaca a importância de trabalhar com os alunos a compreensão de que "a identidade de gênero, a
orientação sexual, as habilidades motoras, a saúde e a cultura são dimensões constitutivas da pessoa e
devem ser valorizadas e respeitadas" (BNCC, 2017, p. 368).
Dessa forma, o professor de Educação Física deve buscar estratégias pedagógicas que permitam a
vivência e a compreensão das danças de forma inclusiva, sem reproduzir estereótipos de gênero. 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Em primeiro lugar, devemos deixar claro que dentro do papel de educadores devemos combater todo e
qualquer tipo de preconceito e, no caso do problema proposto, uma das formas de fazer isso é através do
diálogo e da re�exão crítica com os alunos sobre a importância da dança como prática corporal que permite a
expressão de emoções e sentimentos, independentemente do gênero ou da orientação sexual.
Nesse sentido, o professor pode utilizar recursos didáticos que permitam a diversi�cação das formas de
dança apresentadas em sala de aula, incluindo danças tradicionais e contemporâneas, bem como a promoção
do trabalho em grupo e da construção coletiva do conhecimento. É fundamental que o professor esteja aberto
ao diálogo e à escuta dos alunos, buscando compreender suas vivências e necessidades, e construindo,
juntamente com eles, práticas pedagógicas que promovam a inclusão e o respeito à diversidade. Uma ideia é,
antes da prática, mostrar vídeos de diversos tipos de danças – hip hop, danças típicas, sertanejo, samba, entre
outras.
Também é importante deixar claro que o professor deverá valorizar as diferentes habilidades e
potencialidades de cada aluno, evitando reforçar estereótipos de gênero ou discriminações de qualquer
natureza (BNCC, 2017).
Para as práticas, o professor poderá, por exemplo, se apropriar de movimentos básicos de determinado estilo
de dança e demonstrar para os alunos, incentivando-os a copiar seus movimentos. Isso vai requerer
dedicação do pro�ssional, caso não seja familiarizado com esse tipo de expressão corporal.
Outra atividade prática que costuma funcionar é a de propor apresentações e o�cinas aos alunos, por
exemplo, dividindo a sala em grupos responsáveis por demonstrar estilos diferentes.
Para �nalizar, o professor de Educação Física deve ter em mente que seu papel vai além da transmissão de
conteúdos e habilidades especí�cas, sendo fundamental promover a formação integral dos estudantes,
contribuindo para a construção de valores éticos, sociais e políticos, de forma respeitosa e inclusiva a todos.
RESUMO VISUAL
Mapa Mental – Conhecimentos em Educação física
Fonte: elaborado pelo autor.
Aula 1
REFERÊNCIAS
10 minutos
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Aula 2
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

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