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MÓDULO V
Tutorial 11
1 – Glândulas sudoríparas e calor.
A sudorese, ato de produzir e libertar suor, inicia-se quando a temperatura corporal central é superior a 37ºC. A
quantidade de sudorese é modulada pela estimulação das glândulas sudoríparas por nervos colinérgicos simpáticos6
e por vezes também, em situações de exercício ou stress, por concentrações elevadas de epinefrina e norepinefrina.
A composição da secreção precursora do suor é similar ao plasma exceto pela ausência de proteínas plasmáticas: a
concentração de sódio é de 142 mEq/L e de cloro de 104 mEq/L, com muito menores concentrações dos outros
solutos do plasma. À medida que esta solução precursora flui através do dueto excretor da glândula sudorípara,
ocorre reabsorção da maior parte dos íons de sódio e cloro. O grau de reabsorção é inversamente proporcional à
taxa de produção de suor. Quanto menor a taxa de produção, mais lentamente a secreção precursora percorre o
dueto excretor, verificando-se uma maior reabsorção dos íons, cuja concentração pode atingir 5 mEq/l. De modo
oposto, uma estimulação acentuada das glândulas sudoríparas pelos terminais colinérgicos, leva a uma grande
produção de secreção precursora com menor capacidade de absorção iônica ductal, podendo verificar-se uma
concentração iônica no suor de cerca de 50 a 60 mEq/l.
Quando o corpo é exposto a situações térmicas excedentes de calor ou de frio, que ultrapassam os limites de
conforto térmico, as ações termorreguladoras são acionadas para que se mantenha o calor interno estável, evitando
alterações funcionais prejudiciais ao organismo.
As células secretoras são piramidais e entre elas e a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais que
ajudam a expulsar o produto de secreção. Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras, as células
escuras e as células claras. As escuras são adjacentes ao lúmen e as claras localizam-se entre as células escuras e
as mioepiteliais. O ápice das células escuras apresenta muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas, e o
citoplasma é rico em retículo endoplasmático granuloso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são
pobres em retículo endoplasmático granuloso, mas contêm muitas mitocôndrias. Entre elas existem delgados
espaços intercelulares (canalículos). As células claras apresentam muitas dobras da membrana plasmática, uma
característica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais (Capítulo 4). Essas
características estruturais sugerem que a função das células claras seja produzir a parte aquosa do suor. O dueto da
glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Apresenta-se
constituído por epitélio cúbico estratificado (duas camadas de células) que repousa sobre a membrana basal (Figura
18.17). As células da camada mais externa do revestimento dos duetos, em contato com a membrana basal,
apresentam invaginações da membrana plasmática e citoplasma rico em mitocôndrias, que são aspectos
característicos de células que transportam íons e água. Os catabólitos encontrados no suor mostram que as
glândulas sudoríparas participam da excreção de substâncias inúteis para o organismo. Secreção bastante diluída.
A pele contribui para a termorregulação de duas formas: liberando suor na superfície e ajustando o fluxo de sangue
na derme. Em resposta à alta temperatura ambiente ou ao calor produzido pelo exercício, a produção de suor pelas
glândulas sudoríparas écrinas aumenta; a evaporação do suor a partir da superfície da pele ajuda a abaixar a
temperatura corporal. Além disso, os vasos sanguíneos na derme da pele se dilatam (tornam-se expandidos); mais
sangue flui pela derme, que aumenta a quantidade de perda de calor a partir do corpo. Em resposta à baixa
temperatura ambiente, a produção de suor pela glândula sudorípara écrina é reduzida, o que ajuda a conservar o
calor. Além disso, os vasos sanguíneos na derme da pele se contraem (tomam-se estreitos), o que reduz o fluxo de
sangue na pele e reduz a perda de calor do corpo.
A sudorese é a forma mais eficiente de dissipar o excesso de calor corporal. Quando a temperatura ambiente é
inferior à temperatura da pele, ocorre a sudorese, com um custo energético de 580 kcal para evaporação de 1 litro de
água em um ambiente com temperatura de 33ºC. O aumento da sudorese pode resultar de um aumento do número
de glândulas sudoríparas ativadas, um aumento da excreção de suor pelas glândulas ou uma combinação de ambos
os fatores. As glândulas sudoríparas têm seus tamanhos aumentados juntamente com o crescimento corporal.
Diferenças de tamanho também podem ser observadas entre os gêneros: homens têm glândulas maiores. A ativação
da sudorese pelo sistema nervoso autônomo pode suceder em resposta a um estímulo térmico e não térmico.
Páginas 17, 18, 19.
3 – Mecanismo da sede.
A sede tem sido caracterizada como uma combinação de sensações que aumentam com a desidratação e diminuem
com a reidratação, em resultado de uma complexa interação de sistemas fisiológicos de controlo e influências
comportamentais. A sede fisiológica resulta da desidratação, sendo estimulada por mecanismos de regulação
homeostática, com o objetivo de manter, dentro de intervalos relativamente estreitos, a concentração de solutos no
plasma sanguíneo, assim como o volume total de plasma. As manifestações de sede são definidas como um
conjunto de sensações que aumentam com a desidratação e diminuem com a rehidratação que resultam da
complexa interação de sistemas de controlo fisiológico e influências comportamentais.
A sede fisiológica resulta da desidratação e é estimulada por dois mecanismos principais: aumento da tonicidade
celular (desidratação celular) e diminuição do volume de fluido extracelular (desidratação extracelular). O primeiro é
percebido por osmorreceptores no sistema nervoso central enquanto o último é monitorizado por barorreceptores no
compartimento vascular. Como a desidratação causa perdas de fluidos tanto do compartimento intracelular como do
extracelular, acaba por existir redundância nos sinais para o mesmo objetivo e assim menor possibilidade de haver
dificuldade em restabelecer o equilíbrio.
Do ponto de vista estritamente fisiológico, a ingestão de água como resposta a um déficit hídrico é um
comportamento essencial para a sobrevivência, daí que seja expectável que um conjunto de processos de âmbito
neural e hormonal estejam envolvidos para assegurar a eficácia do mecanismo da sede.
A osmolaridade plasmática é o gradiente que regula o movimento da água no nosso organismo [3]. Mesmo variações
muito pequenas neste gradiente estimulam mecanismos quer de conservação quer de excreção de água [4]. O
aumento da sensação de sede é um dos mecanismos de conservação de água induzidos pelo aumento da
osmolaridade plasmática bastando uma variação de 1 a 2% da pressão osmótica do plasma para que tal ocorra [5]. A
este nível, variações na osmolaridade intra ou extracelular induzem diferentes respostas no que toca ao aumento ou
diminuição da sensação de sede, sendo as concentrações de potássio e sódio (respectivamente) as principais
determinantes nesta variação. Um aumento da osmolaridade do compartimento extracelular (p. ex. aumento da
concentração de sódio originada por refeição hipersalina) conduz a uma transferência de água do espaço intracelular
de modo a restabelecer o equilíbrio osmótico entre os dois espaços, ocorrendo assim uma desidratação intracelular
[3]. Existem, no entanto neurônios no sistema nervoso central (e possivelmente na periferia) que detectam este
aumento da osmolaridade – os osmoreceptores [6-8]. Uma vez estimulados, os osmoreceptores alertam outras zonas
do cérebro para iniciarem a procura de água (ou um alimento com grande percentagem de água) que levará ao ato
de beber. A água ingerida é rapidamente absorvida e deverá reduzir a osmolaridade para o set point fisiológico (entre
280 e 300 mOsm/L) [3]. Simultaneamente ao início desta procura de água e provavelmente mais importanteno caso
de a água não ser rapidamente encontrada, os osmorreceptores estimulam neurônios nos núcleos supra-ópticos e
paraventricular do hipotálamo de modo a ser libertada ADH (hormônio antidiurético) pelos terminais axónicos da
neurohipófise para a corrente sanguínea [9, 10]. O limiar osmótico para o aumento da sede e para a libertação de
ADH é muito similar ou mesmo idêntico, sendo este hormônio posteriormente responsável a nível renal por uma
acumulação de aquaporinas na membrana exterior do ducto coletor facilitando a passagem de água para o interior da
medula renal e integração na corrente sanguínea originando assim uma menor perda urinária de água. A sensação
de sede pode igualmente ter uma “origem” extracelular, ou seja, a desidratação que lhe está subjacente ocorre
devido a uma perda de fluidos vasculares (p.ex. hemorragia) e consequente diminuição do volume sanguíneo. À
medida que estas perdas se tornam mais acentuadas, existe um movimento de fluidos do espaço intersticial para o
espaço vascular de modo a restabelecer a homeostasia. Concomitantemente, os barorreceptores do arco aórtico e
seio carotídeo detectam a diminuição de volume sanguíneo e sinalizam o centro da sede no cérebro de modo a
iniciar a procura de água e a libertação de ADH. Para além destes processos em tudo idênticos à “sede intracelular”,
os barorreceptores do aparelho justaglomerular renal estimulam a produção de renina em resposta a esta diminuição
da pressão arterial. A renina converte o angiotensinogênio produzido pelo fígado em angiotensina I, dando esta
origem a angiotensina II nos pulmões através da enzima conversora da angiotensina. Este octapeptídeo promove a
vasoconstrição reduzindo o diâmetro da vasculatura e estimula igualmente a sede e a libertação da aldosterona pelas
glândulas suprarrenais. A aldosterona possui duas grandes ações ao nível do aumento da reabsorção renal de sódio
através da ATPase sódio/potássio e também na sensibilização do hipotálamo para os níveis circulantes de
angiotensina II, sendo esta ação conjunta a responsável pelo aumento da procura simultânea de água e sódio de
modo a restaurar os níveis iniciais de volume sanguíneo.
A osmolaridade, junto à angiotensina II, produz a sensação de sede. O principal mecanismo responsável pela
sensação de sede é a hiperosmolaridade. Em casos de sudorese alta, o organismo fica hipertônico. Normalmente,
numa situação dessas, todas as pessoas sentem vontade de tomar água. Qualquer causa de diminuição da pressão
arterial, particularmente da volemia, causa sensação de sede, como um sujeito em choque, por exemplo. O que
causa mais sede é a desidratação com hipovolemia.
4 – Trabalho infantil.
RESPOSTA FISIOLÓGICA DO CORPO ÀS TEMPERATURAS ELEVADAS: EXERCÍCIO, EXTREMOS DE
TEMPERATURA E DOENÇAS TÉRMICAS, Maristela e Maria, 2011
Neste sentido, indivíduos que se exercitam ou trabalham em ambientes muito quentes enfrentam desafios fisiológicos
que podem comprometer o desenvolvimento de suas atividades e, ainda, podem ser acometidos por lesões térmicas
sérias e até risco de vida. O armazenamento de calor e a consequente elevação da temperatura corporal central a
níveis críticos acarretam na incidência de doenças térmicas, em especial a exaustão térmica e o EHS (Exertional
Heat Stroke), duas formas de insolação que atingem tanto atletas quanto trabalhadores expostos a situações de
estresse térmico. Existem áreas de trabalho onde as atividades são realizadas em ambientes cujas condições de
temperatura encontram-se inadequadas. Tais condições térmicas afetam o sistema de produção e troca de calor do
corpo com o ambiente, interferindo no sistema termorregulador. Algumas destas alterações, como fadiga, queda do
rendimento no trabalho, erros de percepção e raciocínio e ainda o aparecimento de sérias perturbações psicológicas
que podem conduzir ao esgotamento e prostração, são reações orgânicas provocadas por temperaturas elevadas. A
temperatura extremamente alta pode superar os mecanismos de perda de calor do organismo; nesse caso a
temperatura do corpo aumenta e o metabolismo celular e a produção de calor acompanhante também. A perda
excessiva de água e eletrólitos decorrente da sudorese provoca espasmos doloridos que afetam os grandes
músculos das pernas, ou outros músculos do esqueleto; estes espasmos são denominados câimbras de calor
(GAMBRELL, 2002). Essas perdas durante a sudorese, quando não repostas, acarretam na redução do volume
plasmático, produzindo, com isso, maior desafio à homeostase cardiovascular.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL, Ana Lúcia, 2004
Locais de trabalho, equipamentos, móveis, utensílios e métodos não são projetados para utilização por crianças,
mas, sim, por adultos. Portanto, pode haver problemas ergonômicos, fadiga e maior risco de acidentes. As crianças
não estão cientes do perigo envolvido em algumas atividades e, em caso de acidentes, geralmente não sabem como
reagir. Por causa das diferenças físicas, biológicas e anatômicas das crianças, quando comparadas aos adultos, elas
são menos tolerantes a calor, barulho, produtos químicos, radiações etc., isto é, menos tolerantes a ocupações
perigosas, que podem trazer problemas de saúde e danos irreversíveis. Entretanto, sabe-se que as crianças diferem
dos adultos nas suas características anatômicas, psicológicas, e fisiológicas, que as tornam mais susceptíveis aos
perigos da falta de segurança no trabalho, com efeitos mais drásticos e possíveis danos irreversíveis. Tentando
analisar tais pontos, o estado de saúde dos adultos é avaliado, levando-se em consideração as possíveis variáveis
que podem afetar os indivíduos, incluindo a idade em que a pessoa começou a trabalhar. Enquanto mais de 32% dos
adultos que começaram a trabalhar com 9 anos ou menos reportaram saúde regular ou ruim, somente 15,5% o
fizeram com 18 anos ou mais.
O SIGNIFICADO DO TRABALHO INFANTIL PARA OS USUÁRIOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, Juliana, 2003
Associado à noção de dignidade e respeito, o trabalho é entendido como agregador de qualidades. Nesse sentido,
um pai, ao comentar as qualidades do filho, privilegia o fato de ele "ser trabalhador".
A dimensão moral do trabalho tem raízes históricas, sendo que ele tem sido entendido como alternativa à
"vadiagem". A atividade laboral precoce desperta potencialidades e constitui-se num espaço de expressão da
criatividade. Historicamente, o trabalho fez parte da vida das crianças e dos adolescentes pobres no Brasil. O que se
modifica com o passar do tempo são as formas como os modos de produção se expressam, de acordo com os
estágios de desenvolvimento do capitalismo. No contexto atual, é agravado pela precarização das condições de
trabalho dos adultos. Ou seja, pais desempregados ou com dificuldades de manter a sobrevivência do grupo familiar
acabam lançando mão do trabalho dos filhos. No senso comum, trabalhar precocemente significa "ajudar a família e
prevenir a marginalidade." Tal noção acabou por "naturalizar" o trabalho infantil na população de baixa renda. O
trabalho infantil aparece como "herança", uma tradição, uma continuidade do passado dos adultos reproduzido pelos
filhos com idade abaixo de dezesseis anos. As falas expressam a "naturalização" do trabalho infantil, atribuindo a
este uma etapa no processo de desenvolvimento físico, educacional, moral e produtivo. Assim como os adultos
tiveram a precocidade de ingresso no mundo do trabalho e a experienciaram como inerente ao que hoje são e
possuem, apontam que para seus filhos não há outra via para a conquista do viver e ser. A precocidade do ingresso
no mundo do trabalho é entendida desde a perspectiva de não requerer uma habilidade específica para as funções a
serem desempenhadas. O trabalho infantil é apresentado através da possibilidade de se ter ganhos de aprendizado e
vivência. No entanto, esta precocidade também revela a perda de momentos essenciais da etapa da infância e
adolescência. O ingresso no mundo do trabalho, mesmo oportunizando a organização da subsistência familiar, é
percebido comouma adesão impossível de ser compatível com o período de inserção no âmbito escolar.
O trabalho infantil é entendido como uma situação que compromete o desenvolvimento físico, emocional e social,
uma vez que viola os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes. Além dos comprometimentos na área
da saúde e defasagem na qualificação profissional, o trabalho infantil reflete também "na baixa autoestima, exclusão
cumulativa dos bens culturais e riqueza societária, o processo de subalternização quase que irreversível, a adultez
precoce." No que se refere ao comprometimento físico, emocional e social, um dos aspectos, que emergem das
expressões dos usuários, é que no trabalho compartilhado com o grupo familiar não há diferenciação de carga
horária e de intensidade própria à idade infanto-juvenil em relação às dos adultos. Assim, não há limite de horário,
trabalha-se o quanto for necessário para realizar a atividade produtiva.
A maior incidência de trabalho realizado por crianças no Brasil verifica-se no setor agropecuário, particularmente na
agricultura. O maior contingente de crianças trabalhadoras na agricultura encontra-se na Região Nordeste do País.
As condições do trabalho infantil na agricultura são precárias e envolvem desde o trabalho não remunerado ao
pagamento em espécie e mercadoria; manejo de ferramentas cortantes e produtos tóxicos; carregamento de fardos
pesados; exposição contínua a agrotóxicos; uso de equipamento inadequado; longas jornadas de trabalho e
impossibilidade de freqüência à escola.
Tradicionalmente, o combate à exploração do trabalho infantil no mundo vem sendo conduzido pela utilização de dois
instrumentos básicos: as leis trabalhistas e a educação. O Brasil encontra-se particularmente adiantado em relação
aos demais países no que se refere à existência de legislação proibitiva ao trabalho infantil e de proteção aos direitos
da criança e do adolescente. A Constituição Federal, promulgada em 1988, determina a "proibição de trabalho
noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos, e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo
na condição de aprendiz". (Artigo 7º, parágrafo XXXIII). A Constituição prevê ainda que se deve garantir à criança e
ao adolescente, direitos trabalhistas e previdenciários; direito à profissionalização e à capacitação adequada; direito
ao acesso à escola; e direito à compatibilização da frequência à escola com o trabalho. Constitui-se também um
direito previsto na Constituição brasileira a assistência do pátrio/mátrio poder no que se refere ao trabalho da criança
e do adolescente. Isso significa que os pais têm a responsabilidade de acompanhar o trabalho dos filhos, sendo
autorizados, com amparo na legislação trabalhista, a rescindir o contrato, se verificarem que tal atividade prejudica a
saúde ou a escolaridade da criança. Paralelamente aos mecanismos tradicionais de proteção à criança e combate ao
trabalho infantil (a legislação trabalhista, a inspeção realizada pelo Ministério do Trabalho e a atuação dos sindicatos
no âmbito da sociedade civil), existe atualmente no Brasil, um novo mecanismo geral de proteção à infância. Trata-se
do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90, que norteia o trabalho desenvolvido no País para a
proteção e garantia dos direitos da criança e a eliminação gradual da exploração da mão-de-obra infanto-juvenil.

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