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Letícia Oliveira Página 1 Prótese na Odontologia “É a ciência que lida com a reposição de tecidos bucais e dentes perdidos, visando restaurar e manter a forma, função, aparência e saúde bucal.” o É a substituição de estruturas dentárias perdidas. Dentes inteiros, parcial, perdidos por carie, fratura etc.. Substituindo por estruturas artificiais, o mais próximo possível do que era. *Pode-se usar varias técnicas para chegar a um mesmo resultado, para confecção devemos conhecer conceitos de oclusão de materiais etc... TIPOS DE PRÓTESE: a. Prótese Fixa. Permanente b. Prótese sobre implante. Parafusadas, cimentadas. Essa prótese depende de 2 etapas, Etapa cirúrgica para inserção do implante e cicatrização e etapa de colocação da restauração. c. Prótese Parcial Removível (PPR) d. Prótese Total (PT) *as próteses Podem ser fixas ou removíveis, podem ser de 1 ou muitos elementos. A. PRÓTESE FIXA É uma restauração indireta que fica permanentemente ligada aos dentes remanescentes, substituindo um ou mais elementos dentários, reestabelecendo estética e função. Chamada de restauração porque é a substituição de parte do dente que perdeu. É indireta porque é confeccionada fora da boca, diferente das restaurações que são diretas. *Como definir se faço uma restauração direta o indireta, analisar o tamanho da perda se for maior perda em cúspides de trabalho vou partir pra indireta porque ela sofre mais forças; Na cúspide de balanceio pode ser direta. Em casos de restauração direta que não esta boa incomodando o paciente, fazer indireta. o Tipos de prótese Fixa O tipo te prótese é determinado pela quantidade de estrutura dentária perdida. 1) INLAY Restauração indireta parcial sem envolvimento de cúspides. (Para dentes posteriores) Indicada para preparos pouco extensos onde não é possível restaurar diretamente. 2) ONLAY Restauração indireta parcial com envolvimento de cúspides. (Para posteriores) Indicada para preparos extensos ou áreas de grande esforço mastigatório, onde restaurações diretas são insuficientes. 3) OVERLAY (Coroa toral ou Crown) Restauração Indireta total. *Alguns autores dizem que ela é parcial e cobre todas as cúspides, e outros falam que ela é total. Ou seja tem gente que fala que a overlay e uma coroa total é a mesma coisa. Indicada para preparos muito extensos com perda de grande parte da coroa dentária. 4) PRÒTTESE PARCIAL FIXA (Ponte fixa ou pôntico) Restauração indireta total, também chamada de ponte fixa. Letícia Oliveira Página 2 Indicada para substituição de elementos dentários perdidos com apoio nos dentes adjacentes. *É de no mínimo 3 elementos com pilares para sustentar os dentes perdidos que vão ficar suspensos. 5) FACETAS E LAMINADOS Restauração indireta aplicada na face vestibular de dentes ANTERIORES para restabelecimento estético. Indicada para casos estéticos com preservação de boa parte da estrutura dentária. *Diferença da lente de contato para a faceta é só espessura, o preparo da lente de contato é mais conservador. 6) PROTESE FIXA SOBRE IMPLANTE . A prótese fixa convencional substitui estrutura perdida da coroa, enquanto o implante substitui a raiz do dente, que foi inteiramente perdido. 1 ou mais elementos Planejamento em Prótese Fixa Logo na primeira consulta é necessário dar ao paciente a resolução do caso, para isso é necessário passar por fases. *O que define a prótese que será usada é a quantidade de estrutura dentária perdida. 1) Diagnóstico Coleta do maior número de informações durante anamnese e exame clínico. Informações sobre como proceder na clínica diária. Nesse passo é feita: a. Anamnese. Entrevista ao paciente, que é o ponto inicial do diagnóstico. Busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença ou condição do paciente *O que mais vai importar na anamnese para a prótese é: Estado geral de saúde. *Há alguns problema sistêmico que influencia no tempo de tratamento, tipos de anestésico usar etc. Hábitos parafuncionais *Desgastes nos dentes (bruxismo), Cavidade cervical, erosão nos dentes causada por bulimia e ácidos. *Bruxistas desgastam mais os dentes consequentemente a prótese também, o material tem que ser mais resistente. Histórico de tratamentos anteriores. Tipo de paciente e motivação. b. Extra oral. Simetria facial *Observar o extra oral como um todo exemplo: se o paciente tem um lado mais volumoso que o outro, isso pode acontecer por ele fazer mais esforço mastigatório de um lado do que do outro, isso pode acontecer por oclusão insatisfatória. Dimensão vertical de oclusão. *É importante para o sucesso a longo prazo, se a DV é muito diminuída o paciente aparenta ter mais linhas de expressões, lábios caídos, cara de bravo. Nesse paciente uma prótese não vai aguentar por muito tempo, primeiro devolver a função. Suporte labial. *Com a perda de dentes e osso alveolar o paciente perde o volume nos lábios, e para devolver isso ao paciente as vezes é necessário uma quantidade maior de material. Linha do sorriso. *Quando é muito alta, não é indicad uma prótese a base de metal por ex. porque a linha cervical de metal aparece. Harmonia estética. Letícia Oliveira Página 3 *Formato, cor, conhecimento de característica anatômica indica pra cada perfil de paciente. c. Exame Clínico Intra-oral. Dentes: Remanescentes, cáries, fraturas, forma, tamanho e cor. Periodonto: Biotipo, higienização, doença periodontal, suporte ósseo. Oclusão: RC, MIH, contatos prematuros, posição dos dentes. d. Exames complementares. Radiografias periapicais: Lesões ósseas/ raízes residuais/ qualidade de tratamentos endodônticos/ anatomia radicular/ suporte ósseo. Todos os dentes pilares tem que passar por exame radiográfico para planejamento. *Pra ver se não tem nenhuma reabsorção ou fratura, tratamento endodôntico, satisfatório. Modelo de estudo: Registro da situação inicial do paciente. Contatos prematuros. Movimentos mandibulares. Inclinação e posição dos dentes. Enceramento diagnóstico. Coroas provisórias. Montagem em ASA. *O modelo hoje é mais utilizado para enceramento e montagem no articulador. 2) Planejamento integrado Com as informações obtidas nos exames, podemos chegar a um diagnóstico que vai nortear o plano de tratamento. O diagnóstico influencia nas possibilidades de tratamento, nos tipos de prótese e nos tipos de material. *Em casos mais complexos de difícil diagnostico a parte fotográfica precise ser incluída. Necessidade de tratamentos prévios. Definição do tipo de prótese Seleção do material adequado O que define qual a prótese de escolha é quantidade de estrutura dentária perdida: Perda parcial da cora dentaria.. Perda de grande parte da coroa com manutenção da raiz.. Perda de um elemento dentário. Perda de dois ou mais elementos dentários. Perda de todos os elementos dentários. → Para perdas parciais da Coroa: Inlay/ Onlay/ Overlay/ Coroa/ Faceta → Para perda de grande parte da coroa com manutenção da raiz: Nos casos em que não há remanescentes coronários suficiente para suportar uma coroa total, mas que a raiz está em boas condições, torna-sePágina 6 → Poligono de Roy *Foi criado para preparo de próteses muito extensas. Era muito comum antigamente fazer total, porque eram inviáveis os implantes. O arco dentário é composto por 5 segmentos de reta, representados pelo alinhamento dos dentes nas arcadas, formando um polígono. Cada segmento tende a movimentar em uma determinada direção durante os esforços mastigatórios. Quanto mais lados do polígono a ponte fixa abranger, melhor a sua estabilidade e distribuição de forças. *Quando for fazer uma prótese é indicado que se uma mais de um segmento de reta, pegar dentes que tenham localizações diferentes na arcada, para neutralizar as forças, não deixando apenas em um segmento, evita que os dentes amoleçam. *Se pegar uma protese fixa de quatro elementos anterios, a tendencia é que a protese toda receba a mesma força de mastigação e tenda a se movimentar, com o tempo isso vai luxando o alvéolo do dente, pendendo osso, então o ideal é que se pegue um canino também para mudar um pouco a angulação de esforço mastigatório e neutralizar um pouco de forças. *Hoje em dia não faz muito pois o mais viável agora são implantes unitários. Lei de Anti “A soma da área das raízes dos dentes pilares deve ser MAIOR ou IGUAL á soma da área das raízes dos dentes que serão substituídos” SUPERIOR INFERIOR INCISIVO CENTRAL 4 2 INCISIVO LATERAL 3 1 CANINO 5 5 PRÉ-MOLAR 4 4 MOLAR 6 6 *Quando um dente for substituído os pilares precisam ser mais fortes do que esse dente que está faltando, porque a força que antes era exercido nesse dente vai ser dissipada entre os pilares. Se isso não acontecer a prótese logo vai sair. Exemplos: 1. Ausência do incisivo central superior (4) Pilares: Incisivo lateral (3) e incisivo central (4) A soma dos pilares deve ser maior ouigual ao valor do dente que ficará suspenso (Pontico) 3+4=7. 7 é maior que 4. A PROTESE É VIÁVEL 2. Ausência dos incisivos centrais superiores (cada um vale 4 =8) Pilares: Incisos laterais superiores (cada um vale 3 =6) A soma dos pilares deve ser maior ou igual ao valor do dente que ficará suspenso (Pôntico) 6 é menor que 8. A PRÓTESE NÃO É VIAVEL.! Quanto a prótese Não é viável: Quando a situação é inviável, pode-se utiliza um pilar secundário. Pilar secundário: acréscimo de um dente pilar, adjacente ao pilar principal ou primário. Exemplos: Ausência dos IC superior (cada um vale 4) Pilares: IL superior– (3 cada um) 6 8 → A prótese é viável. Escolha do pilar secundário. Regras: PILAR SECUNDÁRIO: (Ou indireto) A área do pilar secundário não pode ser inferior à do pilar primário *O pilar secundário NÃO pode ser menor que o pilar primário. Tem que ser igual ou mais forte que o P. primário. Letícia Oliveira Página 7 Não existe pilar terciário. Exemplo: Ausência: 1º PM (4), 2º PM (4) e 1º M superior (6) = 14 Pilares principais ou primários: Canino (5), 2º M superior (6) = 11. 11Página 6 → Poligono de Roy *Foi criado para preparo de próteses muito extensas. Era muito comum antigamente fazer total, porque eram inviáveis os implantes. O arco dentário é composto por 5 segmentos de reta, representados pelo alinhamento dos dentes nas arcadas, formando um polígono. Cada segmento tende a movimentar em uma determinada direção durante os esforços mastigatórios. Quanto mais lados do polígono a ponte fixa abranger, melhor a sua estabilidade e distribuição de forças. *Quando for fazer uma prótese é indicado que se uma mais de um segmento de reta, pegar dentes que tenham localizações diferentes na arcada, para neutralizar as forças, não deixando apenas em um segmento, evita que os dentes amoleçam. *Se pegar uma protese fixa de quatro elementos anterios, a tendencia é que a protese toda receba a mesma força de mastigação e tenda a se movimentar, com o tempo isso vai luxando o alvéolo do dente, pendendo osso, então o ideal é que se pegue um canino também para mudar um pouco a angulação de esforço mastigatório e neutralizar um pouco de forças. *Hoje em dia não faz muito pois o mais viável agora são implantes unitários. Lei de Anti “A soma da área das raízes dos dentes pilares deve ser MAIOR ou IGUAL á soma da área das raízes dos dentes que serão substituídos” SUPERIOR INFERIOR INCISIVO CENTRAL 4 2 INCISIVO LATERAL 3 1 CANINO 5 5 PRÉ-MOLAR 4 4 MOLAR 6 6 *Quando um dente for substituído os pilares precisam ser mais fortes do que esse dente que está faltando, porque a força que antes era exercido nesse dente vai ser dissipada entre os pilares. Se isso não acontecer a prótese logo vai sair. Exemplos: 1. Ausência do incisivo central superior (4) Pilares: Incisivo lateral (3) e incisivo central (4) A soma dos pilares deve ser maior ouigual ao valor do dente que ficará suspenso (Pontico) 3+4=7. 7 é maior que 4. A PROTESE É VIÁVEL 2. Ausência dos incisivos centrais superiores (cada um vale 4 =8) Pilares: Incisos laterais superiores (cada um vale 3 =6) A soma dos pilares deve ser maior ou igual ao valor do dente que ficará suspenso (Pôntico) 6 é menor que 8. A PRÓTESE NÃO É VIAVEL.! Quanto a prótese Não é viável: Quando a situação é inviável, pode-se utiliza um pilar secundário. Pilar secundário: acréscimo de um dente pilar, adjacente ao pilar principal ou primário. Exemplos: Ausência dos IC superior (cada um vale 4) Pilares: IL superior– (3 cada um) 6 < 8 → A prótese é inviável. Então se usa um pilar secundário.. canino (5) → 11 >8 → A prótese é viável. Escolha do pilar secundário. Regras: PILAR SECUNDÁRIO: (Ou indireto) A área do pilar secundário não pode ser inferior à do pilar primário *O pilar secundário NÃO pode ser menor que o pilar primário. Tem que ser igual ou mais forte que o P. primário. Letícia Oliveira Página 7 Não existe pilar terciário. Exemplo: Ausência: 1º PM (4), 2º PM (4) e 1º M superior (6) = 14 Pilares principais ou primários: Canino (5), 2º M superior (6) = 11. 11 < 14 → Prótese não é viável. Necessidade de pilar secundário. Possível pilar secundário: IL superior (3). 3 (IL) < 5 (can) = Não serve de pilar secundário. → Nesse caso é preciso procurar outras alternativas de tratamento, como implante ou PPR. Substituição do canino ausente: O canino forma sozinho um lado do Polígono de Roy, portanto é um dente que sofre muitos esforços mastigatórios. Quando o canino está ausente, segundo a lei de Ante, o seu valor deve ser dobrado, passando a ser uma área que vale 10. *Canino é muito forte, o osso que envolve ele é mais espesso, não é indicado a prótese fixa. O ideal é que seja feito o implante