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Qual é a diferença entre Desfibrilação e 
Cardioversão?
Desfibrilação e cardioversão são procedimentos médicos que usam descargas elétricas para tratar 
arritmias cardíacas, mas diferem em seus objetivos, aplicações e métodos. Ambos os procedimentos 
são fundamentais no arsenal terapêutico da emergência cardiovascular.
A desfibrilação é utilizada em casos de fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, 
condições que representam uma parada cardíaca. O objetivo da desfibrilação é interromper a 
atividade elétrica caótica do coração e permitir que ele recomece a bater de forma organizada e 
eficiente. A desfibrilação utiliza cargas elétricas mais elevadas, geralmente entre 200 e 360 joules, e 
deve ser aplicada imediatamente após a identificação da arritmia fatal.
Características específicas da desfibrilação incluem:
Aplicação assíncrona da descarga elétrica
Necessidade de início imediato, pois cada minuto de atraso reduz a sobrevida em 10%
Pode ser realizada com desfibriladores automáticos (DEA) ou manuais
Não requer sedação do paciente devido à inconsciência
A cardioversão é aplicada em arritmias cardíacas como taquicardia supraventricular ou fibrilação 
atrial que causam sintomas como palpitações, falta de ar, tontura ou dor no peito. O objetivo da 
cardioversão é restaurar o ritmo cardíaco normal, geralmente por meio de uma descarga sincronizada 
com o complexo QRS do eletrocardiograma, minimizando o risco de induzir fibrilação ventricular. 
Este procedimento utiliza cargas menores, iniciando com 50 a 100 joules.
Aspectos importantes da cardioversão:
Requer sincronização com o ECG para evitar a "fase vulnerável" do ciclo cardíaco
Necessita de preparação prévia do paciente, incluindo jejum e anticoagulação quando necessário
Deve ser realizada sob sedação consciente
Precisa de monitorização contínua dos sinais vitais
Em resumo, a desfibrilação é utilizada para tratar arritmias que levam à parada cardíaca, enquanto a 
cardioversão é aplicada em arritmias que causam sintomas, mas não necessariamente resultam em 
parada cardíaca. O método de aplicação, a sincronização das descargas elétricas e o preparo do 
paciente também diferem significativamente entre os dois procedimentos. Ambas as técnicas 
requerem treinamento específico e devem ser realizadas apenas por profissionais capacitados em 
ambiente adequado.

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