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CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA
Professor (es):
Período: 202401 Turma: Data:
TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2024.1_08
ABRIL2024
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 11513 - CADERNO 005
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Este caso se trata de uma gestação ectópica confirmada por BhCG sérico positivo associado à
dor pélvica e imagem anexial sugestiva. A paciente se apresenta estável hemodinamicamente e
tem desejo reprodutivo, o que nos faz pensar em conduta conservadora. Para que isso seja
possível, alguns critérios devem ser considerados, como saco gestacional menor que 3,5 cm,
feto sem atividade cardíaca, BhCG menor que 5.000 mUi/mL e estabilidade hemodinâmica. Após
a administração do metrotexato, deve-se monitorizar a queda do BhCG sérico, que sinaliza
sucesso do tratamento.
A salpingectomia, ooforectomia e laparotomia não devem ser realizadas, visto que a paciente tem
critérios para tratamento conservador, aumentando as chances de preservação da fertilidade, já
que ela apresentou desejo de novas gestações.
O BhCG considerado para tratamento conservador é o inicial, sendo assim não há indicação de
repetir o BhCG. 
O ultrassom transvaginal foi realizado no dia do atendimento, não tendo benefício em se repetir
em 2 dias.
REFERÊNCIA:
ZUGAIB, Marcelo. Zugaib obstetrícia. s.l.: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555769340.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769340/. Acesso em: 9
out. 2023.
2ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O teste do coraçãozinho:
Teste negativo: SpO2 maior ou igual a 95%, e a diferença entre as medidas no membro superior
direito e o membro inferior deve ser menor ou igual a 3%.
Teste positivo: SpO2 menor ou igual a 89% no membro superior direito ou no membro inferior.
Teste duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% ou uma diferença entre as medidas do membro
superior direito e o membro inferior maior ou igual a 4%. Nessa situação, o teste deve ser
realizado novamente após uma hora por até duas vezes.
Referência:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Sistematização do atendimento ao recém-
nascido com suspeita ou diagnóstico de cardiopatia congênita. Manual de Orientação
Departamento Científico de Cardiologia e Neonatologia (2019-2021). n. 4, 11 de Agosto de
2022. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sistematizacao-do-
atendimento-ao-recem-nascido-com-suspeita-ou-diagnostico-de-cardiopatia-congenita/. Acesso
em: 29 mar. 2024.
3ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Desenvolvido na década de 1980 pelos pesquisadores norte-americanos Prochaska e
DiClemente, o modelo transteórico (MTT) engloba diferentes teorias da psicologia social. É
constituído por quatro construtos: estágios de mudança do comportamento, processos de
mudança, equilíbrio de decisões e autoeficácia. O MTT foi desenvolvido inicialmente em um
contexto clínico que envolvia comportamentos de adição, como o de fumar.
O construto de mudança de comportamento do MTT é composto por cinco estágios:
1.Pré-contemplação (I won’t – eu não quero): não considera a possibilidade de mudar, nem se
preocupa com a questão.
2.Contemplação (I might – eu deveria): admite o problema, é ambivalente e considera adotar
mudanças eventualmente (nos próximos 6 meses).
3.Preparação (I will – eu irei): inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar,
revisa tentativas passadas (nos próximos 30 dias).
4.Ação (I am – eu estou): implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e
energia na execução da mudança (a mudança ocorreu há menos de 6 meses).
5.Manutenção (I have – eu tenho que): processo de continuidade do trabalho iniciado com ação,
para manter os ganhos e prevenir uma recaída (a mudança ocorreu há mais de 6 meses).
Referência:
GUSSO, G.; LOPES, J. M. C.; DIAS, L. C. Tratado de medicina de família e comunidade:
princípios, formação e prática. Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 29 ago. 2023.
4ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é o tratamento preferencial para a síndrome do
pânico, visando modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais que
contribuem para os sintomas de ansiedade. Embora os antidepressivos tricíclicos tenham
eficácia comprovada, seus efeitos colaterais significativos podem dificultar a adesão ao
tratamento. A abordagem psicodinâmica não demonstrou eficácia consistente. A exposição
prolongada ao estresse pode agravar os sintomas ansiosos. Os bloqueadores beta-adrenérgicos
são reservados para casos específicos de síndrome do pânico em que outras opções
terapêuticas falharam.
Referências:
MIGUEL, E. C. (ed.). Clínica psiquiátrica: a terapêutica psiquiátrica. 2. ed. ampl. e atual. Barueri
[SP]: Manole, 2021.
MIGUEL, E.C., GENTIL, V.; GATTAZ, W.F. Clínica psiquiátrica: a terapêutica psiquiátrica.
Barueri: Editora Manole, 2011.
5ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O maior coeficiente de incidência é na faixa etária de 20 a 29 anos. A maior proporção de casos
graves concentra-se na faixa etária de 80 e mais.
Referência:
BRASIL, Ministério da Saúde. Centro de Operações de Emergências – COE – Dengue e outras
arboviroses. Informe Semanal. Edição No 01/SE 01 a 05/2024. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/arboviroses/informe-semanal/coe-
dengue-informe-01-led_.pdf. Acesso em: 06 mar. 2024.
6ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Puérpera apresentando fatores de risco para TEV:
IMC >= 40 (2 pontos)
Idade > 40 anos (2 pontos)
Multiparidade (1 ponto)
Pré-eclâmpsia grave na gestação atual (1 ponto)
Cesariana de emergência (1 ponto)
Totalizando: 7 pontos
Segundo o escore proposto pela Febrasgo e adotado no protocolo de gestação de alto risco do
Ministério da Saúde, paciente com escore >= 3 é indicativo de tromboprofilaxia medicamentosa
com enoxaparina (heparina de baixo peso molecular).
Pelo protocolo da CNE – Febrasgo, o uso de tromboprofilaxia farmacológica está indicado para as
gestantes ou puérperas com escore maior ou igual a 3 pontos. Para gestantes e puérperas, a
tromboprofilaxia farmacológica deve ser feita com as heparinas de baixo peso molecular (HBPM),
pela maior seletividade em inibir o fator Xa, menores riscos de sangramento, de osteopenia e de
trombocitopenia induzida pela heparina, além de maior facilidade em seu uso.
Referência:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Gestação de alto risco. 2022. Brasília-DF.
7ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Incorreta: Febre superior a 38 °C é critério menor para o diagnóstico.
Correta: A presença de coreia é suficiente para o diagnóstico de febre reumática, mesmo na
ausência de evidência de infecção estreptocócica anterior.
Incorreta: A poliartrite é assimétrica e migratória, não erosiva e não deixa sequelas.
Incorreta: A droga de escolha para o tratamento da coreia de Sydenham é o haloperidol 1 mg/dia.
Incorreta: O intervalo P-R é critério menor.
Referências:
DIRETRIZES BRASILEIRAS PARA DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA
FEBRE REUMÁTICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PEDIATRIA E DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Arq
Bras Cardiol. 2009; 93(3 supl.4):1-18.
JÚNIOR, D. C.; BURNS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. Barueri-SP: Editora
Manole, 2021. E-book. 
8ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente em crise aguda de asma, e a medicação de resgate deve ser um b2 agonista de curta
ação. Não há a necessidade de suporte de oxigênio, pois a paciente está com a saturação de
95%, > do que 94%.
Referências:
GLOBAL INITIATE FOR ASTHMA. Global Strategy for Asthma managementDisponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159003/. Acesso em: 2 abr. 2024.
JUNQUEIRA, L. C.; CANEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 14 ed. [s.l.]: Grupo GEN,
2023. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 28 mar. 2024.
65ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A sífilis congênita é uma doença transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma
não adequada para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer
o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente),
tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
Uma vez que o título do VDRL do recém-nascido encontra-se quatro vezes maior que o da mãe,
o tratamento está indicado independentemente dos achados clínicos.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral
às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). Ministério da Saúde. 2022.
66ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Herança autossômica dominante: Este tipo de herança ocorre quando um alelo dominante em
um dos cromossomos autossômicos é suficiente para causar a expressão do fenótipo.
Geralmente, é esperado que a condição afete igualmente homens e mulheres e que seja
transmitida de pais afetados para seus filhos com uma probabilidade de 50%. Como a síndrome
genética em questão é transmitida exclusivamente das mães para seus filhos, e os sintomas
podem variar significativamente entre os afetados, esta opção não é a mais apropriada.
Herança autossômica recessiva: Este tipo de herança ocorre quando um alelo recessivo em
ambos os cromossomos autossômicos é necessário para expressar o fenótipo. A condição
geralmente aparece em descendentes de pais portadores assintomáticos e pode afetar ambos os
sexos de maneira igual. Como a síndrome em questão é transmitida de maneira diferente e não
mostra um padrão de recessividade típico, essa opção não é a mais apropriada.
Herança ligada ao sexo dominante: Neste tipo de herança, o gene responsável pelo fenótipo
está localizado em um dos cromossomos sexuais (X ou Y) e é expresso de forma dominante.
Normalmente, tanto homens quanto mulheres são afetados, e a transmissão pode ocorrer de pais
para filhos ou de pais para filhas. Como a síndrome é transmitida exclusivamente das mães para
seus filhos, essa opção não é a mais adequada.
Herança ligada ao sexo recessiva: Neste tipo de herança, o gene responsável pelo fenótipo está
localizado em um dos cromossomos sexuais (X ou Y) e é expresso recessivamente.
Geralmente, a condição afeta mais homens do que mulheres, e as mulheres portadoras
geralmente são assintomáticas. Como a síndrome em questão não segue esse padrão de
herança ligada ao sexo recessiva, esta opção não é a mais apropriada.
Herança mitocondrial: A herança mitocondrial é transmitida exclusivamente das mães para
seus filhos, pois o DNA mitocondrial é herdado apenas por meio do óvulo. Além disso, a
gravidade dos sintomas pode variar significativamente entre os afetados, devido à heteroplasmia
mitocondrial, que é a presença de diferentes populações de mitocôndrias em uma única célula.
Portanto, dado que a síndrome genética é transmitida exclusivamente das mães para seus filhos
e os sintomas podem variar, a herança mitocondrial é a explicação mais plausível.
Referência:
GRIFFITHS, A. J., F. et al. Introdução à genética. 12 ed. [s.l.]: Grupo GEN, 2022. Disponível em:
Minha Biblioteca. Acesso em: 28 mar. 2024.
67ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A idade gestacional de 32 semanas foi considerada limite para a classificação da RCF entre
essas duas formas de aparecimento. A RCF de início tardio está normalmente associada com
alterações placentárias menos severas (menos de 30% de função comprometida), e a adaptação
cardiovascular do feto não progride além da alteração do fluxo da circulação cerebral. A
associação com pré-eclâmpsia é mínima quando comparada à forma de início precoce. Em geral,
admite-se que a maioria dos casos de RCF tardia tenha início após 32 semanas.
Os principais métodos biofísicos para avaliação da vitalidade fetal são a dopplervelocimetria, a
cardiotocografia e o perfil biofísico fetal.
Referência:
ZUGAIB, M. et al. Zugaib obstetrícia. 5. ed. Barueri [SP]: Editora Manole, 2023.
 
68ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O profissional de Saúde deve desenvolver a competência de ajudar as pessoas com foco na
qualidade da vida, especialmente na Atenção Domiciliar, em que o resultado depende da
participação do sujeito e da sua capacidade de “inventar-se”, apesar da doença. A escuta
qualificada ajuda a pessoa e a família a entenderem a doença, relacionando-a com a vida para
evitar atitudes passivas diante do tratamento, responsabilizando-as e ampliando as possibilidades
clínicas do profissional.
Uma abordagem muito utilizada na prática clínica individual, útil na ampliação da clínica, e que
pode ser utilizada no cuidado do paciente em Atenção Domiciliar é o método clínico centrado na
pessoa (MCCP), caracterizado por uma metodologia sistematizada para auxiliar o profissional de
saúde a realizar a abordagem individual das pessoas. O MCCP visa encontrar a real necessidade
da pessoa em atendimento, ampliando o foco deste para todos os problemas dela – físicos,
sociais ou psicológicos, investigando a forma com que eles aparecem. Para que o profissional da
Atenção Domiciliar consiga fazer uso dessa metodologia, este precisa estabelecer com a pessoa
em atendimento os princípios de autonomia e de autocuidado, fundamentais para a clínica
ampliada.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 2 v. 
69ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A representação dos usuários nos conselhos de
saúde e conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. Deve ser
composto por 50% de representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do
SUS; e 50% de representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade
científica da área de saúde, de representantes do governo, de entidades de prestadores de
serviços de saúde (sendo 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde
e 25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados ou sem fins
lucrativos). Cabendo a cada conselho de saúde definir o número de membros, obedecendo à
composição supracitada (BRASIL, 1990; BRASIL, 2006).
Referências:
BRASIL. Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade
na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1990.
BRASIL. Decreto n.º 5.839, de 11 de julho de 2006. Dispõe sobre a organização, as atribuições e
o processo eleitoral do Conselho Nacional de Saúde — CNS e dá outras providências. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2006.
70ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A resposta correta para esta questão é a alternativa “Organizar sessões de educação em saúde
comunitária sobre nutrição e gestão do estresse.”
Essa resposta está alinhada com as características do trabalho educativo com grupos operativos.
Os grupos operativos são uma abordagem educativa que visa promover a conscientização e a
mudança de comportamento por meio da interação entre os participantes. Ao organizar sessões
de educaçãoem saúde comunitária sobre nutrição e gestão do estresse, a paciente teria a
oportunidade de compartilhar suas preocupações e desafios com outras pessoas em situações
semelhantes, além de receber informações relevantes e apoio prático para melhorar seu
autocuidado e aderência ao tratamento do diabetes.
Referência:
BASTOS, G. A. N. et al. Abordagem comunitária: inserção comunitária. In: GUSSO, G.; LOPES,
J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática.
Porto Alegre: Artmed, 2 ed. 2019. Cap. 41.
71ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Ambas as asserções são falsas e não têm relação entre si.
I – A paciente apresenta um quadro de colelitíase assintomática, não necessitando de tratamento
cirúrgico, exceto em casos excepcionais. Portanto, a afirmação de que ela deve ser submetida a
tratamento cirúrgico, preferencialmente com colecistectomia por via laparoscópica, é falsa, uma
vez que a paciente é saudável e não possui comorbidades, e seu cálculo é menor que 2 cm.
II – A maioria dos cálculos biliares assintomáticos não evolui para doença ativa ao longo do
tempo. Portanto, a afirmação de que evoluem para doença ativa durante sua evolução é falsa.
Referência:
TOWNSAND, C. M. et al. Sabiston – Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica
moderna. 20. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
72ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Critérios de Roma IV para diagnóstico de constipação funcional em crianças acima de 4 anos
devem incluir dois ou mais dos seguintes sintomas, ocorrendo pelo menos uma vez por semana
durante um período mínimo de 1 mês, com critérios insuficientes para um diagnóstico de
Síndrome do Intestino Irritável:
Duas ou menos defecações no banheiro por semana em uma criança com idade de
desenvolvimento de pelo menos 4 anos.
Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana.
História de postura retentiva ou retenção volitiva excessiva de fezes.
História de evacuações dolorosas ou duras.
Presença de grande massa fecal no reto.
História de fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso sanitário.
Após avaliação apropriada, os sintomas não podem ser totalmente explicados por outra
condição médica.
A 5ª edição do Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria não cita fezes “duras”
como critério diagnóstico, mas o mesmo está explícito na Rome Foundation, criadora dos
critérios de Roma IV, e deve ser considerado.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de pediatria. 5. ed. Barueri–SP: Manole,
2022.
ROME FOUNDATION. Rome IV Criteria. Disponível em: https://theromefoundation.org/rome-
iv/rome-iv-criteria/. Acesso em: 24 fev. 2024.
73ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos
linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da
LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.
A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos que
destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser
administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias
fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.
A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como
quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é menos
comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.
A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados para
o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio paciente
para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam especificamente
as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.
No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em
crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil de
risco do paciente.
REFERÊNCIA:
Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.
74ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A assertiva A Saúde Planetária defende abordagens de desenvolvimento sustentável que
equilibrem as necessidades humanas com a preservação dos recursos naturais é a correta
porque reflete um dos princípios fundamentais da Saúde Planetária, conforme ilustrado na história
apresentada na questão. A Saúde Planetária busca abordagens de desenvolvimento sustentável
que equilibrem as necessidades humanas com a preservação dos recursos naturais. Na história,
os cientistas aplicaram os princípios da Saúde Planetária ao promover medidas para a
conservação dos recursos naturais, incentivando práticas de pesca sustentável e trabalhando em
projetos de reflorestamento para proteger os manguezais, visando garantir a saúde tanto das
pessoas quanto do ecossistema marinho. Portanto, essa assertiva reflete a aplicação prática dos
conceitos da Saúde Planetária na situação apresentada.
Referência:
BAUMGARTNER, J., Planetary Health: Protecting Nature to Protect Ourselves. Samuel Myers
and Howard Frumkin (eds), International Journal of Epidemiology, v. 50, Issue 2, April 2021,
p. 697–698. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ije/dyaa254. Acesso em: 27 mar. 2024.
75ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Para pacientes jovens com osteoartrite primária, especialmente em estágios iniciais, a fisioterapia
é uma opção de tratamento importante. Ela pode ajudar a fortalecer os músculos ao redor das
articulações afetadas, melhorar a estabilidade articular e aumentar a amplitude de movimento,
reduzindo assim a dor e a rigidez.
Referências:
MOSKOWITZ, R. W. Osteoarthritis: Diagnosis and Medical. In: _________. Surgical
Management. [s.l.]: 2007. p. 263.
MOREIRA C.; SHINJO, S.K. Livro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. 3 ed. [s.l.]:
Editora Manole, 2023. p.798-807.
76ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e
também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior a
5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5% indicam
diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação diagnóstica.
REFERÊNCIA:
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.
77ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,
associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na
qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de colangite
esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal afirmação
falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em indivíduo
deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com relação à
icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação de Brb
indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estão corretas as afirmativas I, II e IV.
REFERÊNCIA:
GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-
book. ISBN 9788595159297. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.
78ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Atualmente, a ressonância é o método que possui melhor resolução, assim como a mais
detalhada discriminação anatômica da pelve feminina.O ultrassom pélvico e transvaginal e a ressonância magnética são os principais métodos por
imagem para detecção e estadiamento da endometriose. A tomografia computadorizada não tem
boa capacidade para distinguir entre os diversos tecidos moles, apresentando dificuldades em
diferenciar e delimitar os órgãos pélvicos em relação às lesões.
Referência:
FERNANDES, C. E.; SÁ, F. S.; SILVA FILHO, A. L. et al. Tratado de ginecologia Febrasgo. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2019.p 951 e 1.035-1.036.
79ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa paciente previamente saudável apresenta características de insuficiência hepática aguda:
encefalopatia hepática, coagulopatia, enzimas hepáticas dramaticamente elevadas e icterícia. No
contexto de uma sorologia positiva para o vírus da hepatite B (HBV), esses achados apoiam o
diagnóstico de hepatite viral fulminante.
O transplante de fígado é a única opção de tratamento definitivo em pacientes com insuficiência
hepática fulminante, uma complicação rara e devastadora da infecção aguda pelo VHB. No caso
de insuficiência hepática fulminante, a probabilidade de recuperação espontânea deve ser
ponderada em relação ao benefício do transplante hepático emergente. A idade do paciente, a
causa subjacente da insuficiência hepática, o grau de encefalopatia e a evidência de disfunção
hepática são os fatores decisivos mais importantes. Como essa paciente tem mais de 40 anos,
testou positivo para antígeno de superfície da hepatite B, tem alto grau de encefalopatia (asterix,
confusão acentuada) e continua apresentando disfunção hepática significativa (TP, INR e
bilirrubina total elevados), deve ser encaminhada para transplante de fígado, dada a menor
probabilidade de recuperação hepática espontânea.
Distratores:
A N-acetilcisteína (NAC) é indicada para o tratamento da toxicidade do paracetamol, que pode
resultar em lesão hepática irreversível devido ao acúmulo do metabólito altamente reativo N-
acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI). O NAC repõe a glutationa, que atua como agente redutor do
NAPQI, tornando-o inerte. No entanto, os níveis de paracetamol dessa paciente estão na faixa de
referência, tornando esse diagnóstico improvável. Embora a NAC tenha demonstrado melhorar a
sobrevida livre de transplante em pacientes com insuficiência hepática aguda não relacionada ao
paracetamol, ela não é recomendada rotineiramente. Além disso, dada a gravidade da
apresentação dessa paciente, é improvável que a terapia com NAC resulte em recuperação
espontânea. A NAC também pode ser administrada a pacientes que não se qualificam para
transplante de fígado (por exemplo, devido ao uso agudo de drogas intravenosas).
Ledipasvir e sofosbuvir são antivirais de ação direta (AAD) usados em combinação para o
tratamento da infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV), que pode resultar em insuficiência
hepática fulminante em casos raros. Embora o tratamento da causa subjacente seja muitas
vezes parte do tratamento da insuficiência hepática fulminante, os anticorpos contra o VHC dessa
paciente são negativos, tornando esse diagnóstico improvável.
Embora os glicocorticoides possam ser considerados na hepatite alcoólica e autoimune grave,
eles devem ser evitados em pacientes com insuficiência hepática aguda porque aumentam ainda
mais o risco já aumentado de infecção e sepse.
A administração de plasma fresco congelado (FFP) em pacientes com insuficiência hepática
fulminante só é considerada em casos de sangramento grave. Como pode interferir na avaliação
da função hepática, que é fortemente monitorada e usada para avaliar outras etapas de manejo,
não é recomendado. Além disso, o FFP pode levar à sobrecarga de fluidos, e não demonstrou
melhorar a mortalidade nessa população de pacientes.
Referências:
BMJ Best Practice. Insuficiência hepática aguda. Última atualização em 28 de novembro de
2023. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1010. Acesso em: 28 mar. 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/liver-transplantation-in-adults-patient-selection-
and-pretransplantation-evaluation?
search=liver%20transplant&source=search_result&selectedTitle=1%7E150&usage_type=default&
display_rank=1. Acesso em: 28 mar. 2024.
80ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A paciente foi submetida a uma cirurgia contaminada, pois a apendicite na fase catarral é aquela
em que, embora o apêndice não esteja perfurado, já ocorreu translocação bacteriana com
peritonite localizada, e as culturas para essa secreção são positivas para germes presentes no
TGI colônico, como anaeróbios, além dos gram-negativos. O curso curto de 3 a 5 dias de
antibiótico é suficiente para o tratamento da apendicite nessa fase, havendo protocolos que usam
apenas 24 horas de antibióticos, pois a retirada do apêndice e a toalete abdominal transoperatória
são suficientes para o tratamento. No entanto, em toda apendicite aguda, mesmo nas fases
iniciais, a cirurgia por técnica aberta tem como principal complicação a infecção da ferida
operatória, que chega a ter incidência superior a 50% dos casos. Nesse caso, a paciente não
apresentava apenas um abscesso na ferida, mas sinais claros de celulite, uma evolução mais
grave da infecção da ferida operatória, possivelmente devido a não ter sido drenada mais
precocemente.
Quando há celulite subcutânea, diferentemente do quadro de infecção da ferida operatória
simples, a drenagem apenas não é suficiente, e está indicada a antibioticoterapia com cobertura
para gram-negativos e anaeróbios, pois os patógenos envolvidos na infecção são os do TGI e não
os da pele, como o S. aureus, por exemplo. Apenas fazer antibioticoterapia sem drenar vai se
mostrar insuficiente, pois a celulite nesses casos é secundária a um abscesso na ferida
operatória. Há escolas que recomendam não suturar a pele em primeira intenção em
apendicectomias, mas deixar a cicatrização por segunda ou terceira intenção. Porém, com as
altas precoces que são dadas hoje e a dificuldade de manejar a ferida operatória aberta em casa,
tem sido mais comum fechar a ferida. Em contrapartida, embora a peritonite pós-operatória na
apendicite aguda possa acontecer (mais especialmente nas fases mais avançadas de peritonite
fecal, e não na fase catarral, mas pode acontecer nessa fase), nesse caso, a paciente tem
abdome flácido, não tem íleo, portanto não há sinais de peritonite que justificassem uma nova
laparotomia.
Referências:
CARVALHO, W. R. et al. Tratado de Cirurgia do CBC. 3 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2022.
Seção: Abdome.
TOWSEND, C. M. Sabiston: Tratado de Cirurgia – Towsend. São Paulo: Gen Guanabara, 2024.
ZATERKA, S.; EISIG, J. Tratado de gastroenterologia: da graduação à pós-graduação. 2. ed.
São Paulo: Editora Atheneu, 2016.
81ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A resposta correta (Personalizar o PTS, considerando as características específicas de cada tipo
de família, como nuclear, monoparental, extensa, entre outras.) destaca a importância de
reconhecer a diversidade das estruturas familiares e personalizar o Projeto Terapêutico Singular
(PTS) conforme as características específicas de cada tipo de família. Ao considerar fatores
como dinâmicas familiares, papéis e apoio disponível, a equipe de saúde pode adaptar as
estratégias de cuidado para atender melhor às necessidades individuais do paciente no contexto
familiar. Essa abordagem promove uma assistência mais centrada na pessoa e integrada ao
ambiente familiar, reconhecendo a influência significativa que as relações familiares têm no
processo de cuidado.
Referência:
DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. et al. Medicina ambulatorial: condutas
de atenção primária baseadas em evidências. Grupo A, 2022. E-book. ISBN 9786558820437.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820437/. Acesso em: 1
mar. 2024.
82ª QUESTÃO
Resposta comentada:Trata-se de um caso de cetoacidose diabética. Por isso, a primeira conduta é a hidratação
endovenosa com soro fisiológico. Após a ressuscitação volêmica, geralmente depois da primeira
hora de tratamento, é que se inicia a infusão com insulina e reposição de potássio, lembrando-se
que o paciente deve estar hidratado nessa fase.
Referência:
JÚNIOR, D. C.; QUEIMADURAS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. [s.l.]: Editora
Manole, 2021. E-book. 
83ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A descrição da lesão nodular perolada com telangiectasias e úlcera central é altamente sugestiva
de carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele. A excisão cirúrgica seguida de
análise histopatológica é o padrão ouro para o diagnóstico e o tratamento, proporcionando
informações sobre as margens e a profundidade da invasão, essenciais para o manejo adequado.
Justificativas dos distratores:
1. Melanoma é um tipo mais agressivo de câncer de pele, caracterizado por lesões
assimétricas, com bordas irregulares, coloração variável e diâmetro maior que 6 mm. A
lesão descrita não corresponde a essas características.
2. Infecções fúngicas cutâneas geralmente apresentam lesões com descamação e
prurido, não correspondendo à descrição dada.
3. Verrugas vulgares são causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV) e têm
aparência diferente da lesão descrita, geralmente sendo mais elevadas e ásperas.
4. Lesões benignas relacionadas à idade, como ceratoses seborreicas, apresentam
aspectos clínicos distintos e não costumam necessitar de excisão para diagnóstico ou
tratamento, a menos que haja uma preocupação cosmetológica ou de desconforto pelo
paciente.
Referência:
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo – Patologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN
9788527738361. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738361/. Acesso em: 22 fev. 2024.
84ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A insuficiência adrenal primária (doença de Addison) é uma condição caracterizada pela
deficiência de hormônios adrenais, especialmente cortisol e aldosterona. O tratamento inicial visa
restabelecer os níveis hormonais normais para controlar os sintomas agudos e evitar
complicações graves, como crise adrenal.
A administração de corticosteroides orais, como a prednisona, em dose de ataque, é a
abordagem mais apropriada no tratamento inicial da insuficiência adrenal primária. A dose de
ataque é necessária para substituir os níveis deficientes de cortisol no organismo e prevenir uma
crise adrenal potencialmente fatal. A terapia com corticosteroides deve ser iniciada sem demora,
mesmo antes da confirmação diagnóstica, quando há uma forte suspeita clínica de insuficiência
adrenal.
Administrar solução salina intravenosa pode servir para corrigir a desidratação associada à
hipotensão, mas não aborda a causa subjacente da insuficiência adrenal.
Solicitar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico é importante para orientar o tratamento
a longo prazo e avaliar a função adrenal residual, mas não deve atrasar o início do tratamento em
pacientes com suspeita clínica forte de insuficiência adrenal.
Realizar uma tomografia computadorizada das glândulas suprarrenais pode servir para
diagnosticar a causa subjacente da insuficiência adrenal, mas não é necessário para o tratamento
inicial de uma crise adrenal.
Encaminhar o paciente para um endocrinologista é importante para o acompanhamento a longo
prazo e o gerenciamento da doença, mas não é a primeira medida a ser tomada em uma crise
adrenal aguda, onde o tratamento imediato é essencial para a estabilização do paciente.
Referência:
JAMESON, J. L. Disorders of Adrenal Cortex (Capítulo 346). In: Harrison's Principles of
Internal Medicine. 20th ed.
85ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os quatro grupos de doenças crônicas de maior impacto mundial (doenças do aparelho
circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) têm quatro fatores de risco em
comum (tabagismo, inatividade física, alimentação não saudável e álcool).
O instrumento norteador da vigilância de DCNT é o plano de controle dos agravos causados por
DCNT no Brasil (2011-2022).
Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são:
1. Monitoramento dos fatores de risco;
2. Monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT;
3. Monitoramento e avaliação das ações de assistência e promoção da saúde.
Essa vigilância (a vigilância epidemiológica de DCNT) se configura como um conjunto de ações
e de processos que permitem conhecer a ocorrência, a magnitude e a distribuição das
DCNT e de seus principais fatores de risco no país, bem como identificar os seus determinantes
e condicionantes econômicos, sociais e ambientais.
Referência:
Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT) no Brasil 2011-2022.MS.
86ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A paciente tem esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR). A maioria dos pacientes
apresenta início sintomático da doença entre os 20 e 40 anos, embora o início possa variar desde
a infância até a idade adulta avançada. As mulheres são afetadas mais do que os homens numa
proporção de 2,3:1. É mais comum mais ao norte e ao sul do equador, e mais comum em
caucasianos. Acontece em cerca de 1 em 1.000 pessoas. A EMRR é definida por surtos
consistentes com desmielinização, com ou sem melhora clínica, mas com episódios de
estabilidade clínica entre eles. Na ressonância magnética (RM), eles podem apresentar formação
de novas lesões 5 a 10 vezes mais frequentemente do que têm novos episódios clínicos,
enquanto permanecem clinicamente estáveis. Um “surto” é definido como um episódio de
sintomas neurológicos novos ou piorados, com duração superior a 24 horas, não devido à febre
ou infecção. Outros sinônimos para isso são ataque, episódio ou exacerbação. O diagnóstico de
esclerose múltipla baseia-se em dois surtos separados no tempo com evidência clínica de
múltiplas lesões no sistema nervoso central. O diagnóstico também pode ser feito com base em
múltiplas lesões na RM em combinação com uma história e exame apropriados, formação de
novas lesões na RM ao longo do tempo e nova atividade clínica ao longo do tempo.
Uma síndrome clinicamente isolada de desmielinização é um único episódio clínico consistente
com desmielinização, mas sem “segundo episódio” para fazer um diagnóstico clínico de
esclerose múltipla. Pacientes que têm um único episódio de desmielinização e que apresentam
novas lesões na RM (realce com gadolínio) e lesões antigas (sem realce) podem atender aos
critérios para esclerose múltipla usando critérios diagnósticos mais recentes. A esclerose múltipla
primária progressiva geralmente ocorre em pacientes mais velhos. Esses pacientes têm um
curso progressivo gradual desde o início e não têm recaídas. Eles podem ter uma carga menor
de lesões na RM do que pacientes com EMRR. A encefalomielite aguda disseminada (ADEM) é
um distúrbio agudo, mais comum na infância, e geralmente ocorre logo após uma infecção ou
vacinação. Pacientes com ADEM desenvolvem um distúrbio grave com desmielinização
multifocal no cérebro e na medula espinhal. A esclerose múltipla fulminante indica um curso
rapidamente progressivo com recaídas repetidas que são refratárias ao tratamento padrão.
Referência:
THOMPSON, A.J. et al. Diagnosis of multiple sclerosis: 2017 revisions of the McDonald Criteria’.
The Lancet Neurology, 17(2), pp. 162–173. Disponível em: doi:10.1016/s1474-4422(17)30470-2.
Acesso em: 24 mar. 2024.
87ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Embora o isolamento de pacientes infectados seja uma medida importante para controlar a
propagação de algumas viroses, como doenças respiratóriascontagiosas, não é o método
principal de profilaxia para todas as viroses.
Os medicamentos antivirais são frequentemente usados para tratar infecções virais existentes,
mas não são considerados o principal método de profilaxia para todas as viroses, pois não são
eficazes na prevenção de infecções.
A vacinação é amplamente reconhecida como o principal método de profilaxia para muitas
viroses. As vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir uma resposta protetora
específica contra os vírus, reduzindo assim a incidência e a gravidade das infecções.
Os antibióticos são eficazes apenas contra infecções bacterianas e não têm efeito sobre as
viroses. Portanto, eles não são considerados um método de profilaxia para viroses.
Embora a higiene, como lavagem das mãos e uso de máscaras, seja importante na redução da
transmissão viral, não pode garantir a prevenção total, pois outras medidas preventivas também
são necessárias para uma proteção eficaz. A vacinação é o método mais eficaz na prevenção de
viroses.
Referências:
KUMAR, V. Robbins patologia básica. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595151895.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151895/. Acesso em: 9
mar. 2024.
ABBAS, A. K. Imunologia celular e molecular. [s.l.]: Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN
9788595150355. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595150355/. Acesso em: 9 mar. 2024.
88ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do estiramento atrial para produzir o
peptídeo natriurético atrial (ANP).
A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e do ducto coletor cortical é um
dos efeitos do ANP, que responde ao aumento do estiramento atrial (por exemplo, na hipertensão
ou sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no corpo. Além de diminuir a
reabsorção de sódio, o ANP aumenta a excreção de sódio e água por meio do aumento da TFG
via dilatação da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o ANP inibe a
secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas mudanças trabalham para reduzir o
volume sanguíneo, a pressão arterial e o débito cardíaco.
DISTRATORES:
O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos distais e ductos coletores do
rim, bem como a reabsorção de sódio, são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona é
estimulada pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso simpático e
diminuição da pressão arterial média.
O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da agregação plaquetária. O NO é
produzido por células endoteliais vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo
lesão vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito sobre a agregação
plaquetária.
O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da vasopressina (ADH), e não do
ANP. O ADH atua aumentando a transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores
renais. O ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade plasmática ou
diminuição do volume sanguíneo arterial.
A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a retenção de sódio e o
aumento da reabsorção de água, são estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é ativado
em resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso simpático renal e, na
verdade, é inibido pelo ANP.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia.Pag.194: Grupo
GEN, 2017. 9788595151550. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 08 ago. 2022.
89ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente foi vítima de violência sexual e psicológica. Mesmo estando casada, foi ameaçada e
coagida a aceitar a opção de seu esposo. Esta é contrária aos seus desejos e foi vinculada a um
medo de não conseguir alimentar as filhas. O exame ginecológico não é uma obrigatoriedade para
o diagnóstico de violência sexual, podendo ser oferecido, mas nunca com o objetivo de desvalidar
a narrativa da paciente.
Referência:
DUNCAN, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em
evidências. 5 ed. [s.l.]: Grupo A, 2022. Disponível em: Minha Biblioteca. (Cap. 109).
90ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A leucemia mieloide aguda secundária é uma complicação hematológica rara, mas grave,
associada à quimioterapia citotóxica. Pode ocorrer como uma complicação tardia do tratamento
quimioterápico em pacientes com câncer. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma
proliferação anormal de células mieloides na medula óssea, resultando em sintomas como
anemia, trombocitopenia e neutropenia. A apresentação clínica pode incluir fadiga extrema,
palidez cutânea, dispneia, taquicardia e hipotensão postural, como observado neste caso clínico.
As outras alternativas estão incorretas porque:
Anemia hemolítica autoimune: Embora a anemia possa ocorrer como uma complicação da
quimioterapia, a anemia hemolítica autoimune não é uma complicação comum associada ao
tratamento quimioterápico em pacientes oncológicos.
Neutropenia febril: A neutropenia febril é uma complicação comum da quimioterapia,
caracterizada pela redução do número de neutrófilos no sangue, mas não apresenta os sintomas
hematológicos descritos no caso clínico.
Trombocitopenia imune: A trombocitopenia é uma complicação comum da quimioterapia, mas
não costuma causar anemia e leucopenia significativas.
Anemia megaloblástica: A anemia megaloblástica é causada por deficiência de vitamina B12 ou
ácido fólico, e não é uma complicação comum da quimioterapia em pacientes oncológicos.
 
Referência:
VARDIMAN, J. et al. The 2008 revision of the World Health Organization (WHO) classification of
myeloid neoplasms and acute leukemia: rationale and important changes. Blood.
2009;114(5):937-951. Disponível em: doi:10.1182/blood-2009-03-209262. Acesso em: 24 mar.
2024.
91ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Entre as dermatofitoses superficiais (tinhas), temos as que acometem o couro cabeludo
comumente, crianças ou adultos imunossuprimidos e o tratamento da tinea capitis, são
obrigatoriamente tratados de forma sistêmica com terbinafina, itraconazol ou griseofulvina. 
Os fungos dermatófitos possuem alta resistência a cetoconazol. Além disso, os fungos
dermatófitos do couro cabeludo (microsporum sp e tricophyton sp) são resistentes ao
cetoconazol. Portanto, esse medicamento não entra em nenhum protocolo de tratamento de tinea
capitis e é altamente questionável no tratamento de outras tinhas. 
Referência:
AZULAY, D. R. Dermatologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
92ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
São contraindicações à TH:
– Doença hepática descompensada (nível de evidência: D).
– Câncer de mama (nível de evidência: B).
– Câncer de endométrio (nível de evidência: B).
– Lesão precursora para o câncer de mama (nível de evidência: D).
– Porfiria (nível de evidência: D).
– Sangramento vaginal de causa desconhecida (nível de evidência: D).
– Doenças coronariana (nível de evidência: A) e cerebrovascular (nível de evidência: D).
– Doença trombótica ou tromboembólica venosa (nível de evidência: B) - levar em conta a via de
administração.
– Lúpus eritematoso sistêmico com elevado risco tromboembólico (nível de evidência: D).
– Meningeoma – apenas para o progestagênio (nível de evidência: D).
A TH não está contraindicada nas seguintes situações:
– Hipertensão arterial controlada (nível de evidência: B).
– Diabetes mellitus controlado (nível de evidência: B).
– Hepatite C (nível de evidência: B).
– Antecedente pessoal de neoplasia hematológica (nível de evidência: D).
– Após os cânceres:
• De pele (nível de evidência: D).
• Ovariano (nível de evidência: B) (exceto subtipo endometrioide).• Cervicouterino escamoso (nível de evidência: B).
• Vaginal ou vulvar (nível de evidência: D).
• Colorretal (nível de evidência: D).
• Pulmonar (nível de evidência: D).
• Tireoidiano (nível de evidência: D).
• Hepático (nível de evidência: D).
• Renal (nível de evidência: D).
• Gástrico (nível de evidência: D).
Referência:
POMPEI, L. M. et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa.
Associação Brasileira de Climatério (Sobrac). São Paulo: Leitura Médica, 2018.
93ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O método Kato-Katz, por sua simplicidade e objetividade, é o principal método de diagnóstico da
esquistossomose mansoni, sendo praticamente o único atualmente em uso nos exames de
rotina. Também é o melhor método para ser usado em campanhas, por sua rapidez de preparo,
facilidade de estocagem para leitura, além de permitir a estimativa da carga parasitária dos
portadores de S. mansoni. O método Kato-Katz permite revelar, além dos ovos de Schistossoma
mansoni, ovos de outros helmintos presentes nas amostras de fezes, tais como: Ascaris,
Schistosoma, Ancilostomídeos, Trichuris, Taenia, e com menos frequência os de Enterobius e
Strongyloides. No caso dos ovos de Schistossoma mansoni, deve ser feita a contagem e a
anotação de todos os ovos, enquanto para os outros helmintos devem-se detectar apenas a
presença ou não dos ovos.
Referência:
BARBOSA, C. S. Padronização de procedimentos para o diagnóstico da esquistossomose
mansõnica e outras helmintoses pelo método de Kato-Katz. Recife: Centro Pesquisas Aggeu
Magalhães / Cpqam, 2010.
94ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes
gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado é
inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-28
semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.
95ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As infecções fúngicas superficiais são mais comumente causadas por dermatófitos dos gêneros
Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum. Esses organismos metabolizam a queratina e
causam uma série de apresentações clínicas patológicas, incluindo tinea pedis e corporis.
Esse paciente tem uma infecção dermatófita, uma infecção fúngica comum da pele, cabelo e/ou
unhas, transmitida pelo contato com a pele de uma pessoa ou animal infectado (por exemplo, o
cão recentemente adotado desse paciente). As infecções por dermatófitos podem afetar o couro
cabeludo (tinea capitis), a área inguinal (tinea cruris), as mãos (tinea manuum), os pés (tinea
pedis), as unhas (tinea unguium) ou o resto do corpo (tinea corporis). Tinea corporis é mais
comumente causada por Trichophyton rubrum e classicamente se espalha de forma centrífuga,
manifestando-se como uma placa eritematosa, anular e pruriginosa com clareira central e borda
elevada. O diagnóstico é confirmado pela obtenção da escala de uma lesão e pela visualização de
hifas septadas ramificadas no teste de KOH. As opções de tratamento antifúngico incluem azóis
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tópicos (por exemplo, cetoconazol) ou agentes sistêmicos (por exemplo, terbinafina oral) para
doença extensa e/ou refratária.
Distratores:
A psoríase é uma doença imunomediada complexa. Fatores genéticos desempenham um papel
importante e vários genes têm sido associados à suscetibilidade à psoríase. O locus de
suscetibilidade à psoríase (PSORS1) no complexo principal de histocompatibilidade (MHC) no
cromossomo 6p21 é considerado um importante determinante genético dessa doença. É uma
condição crônica que causa placas pruriginosas, eritematosas e bem demarcadas. No entanto,
as lesões são tipicamente cobertas por escamas branco-prateadas e distribuídas bilateralmente,
classicamente nas superfícies extensoras dos joelhos e cotovelos. A psoríase normalmente não
se manifesta na coxa com uma placa anular solitária com clareira central e borda elevada.
O eritrasma é uma infecção superficial da pele causada pelo Corynebacterium minutissimum, um
bacilo gram-positivo, não formador de esporos. O distúrbio geralmente se apresenta como placas
escamosas e maceradas entre os dedos dos pés ou manchas eritematosas a marrons ou placas
finas em áreas intertriginosas. O eritrasma pode causar lesões pruriginosas e bem demarcadas.
No entanto, as lesões são tipicamente hiperpigmentadas, maculares e mais comumente se
desenvolvem em áreas intertriginosas (por exemplo, axilas e virilha). O eritrasma normalmente
não se manifesta na coxa com uma placa anular solitária, eritematosa, com clareira central e
borda elevada.
A sarna pode causar lesões pruriginosas, eritematosas e bem demarcadas. No entanto, as
lesões normalmente se manifestam como pápulas alongadas e vesículas dispersas com tocas
escavadas pelo ácaro Sarcoptes scabiei e mais comumente se desenvolvem nas mãos. A sarna
normalmente não se manifesta na coxa como uma placa anular solitária, eritematosa, com
clareira central e borda elevada.
Tinea versicolor não é uma infecção dermatófita. Os organismos causadores são leveduras
saprófitas e dependentes de lipídios do gênero Malassezia (anteriormente conhecido como
Pityrosporum). As leveduras Malassezia são um componente da flora normal da pele. As razões
para o desenvolvimento da tinea versicolor são provavelmente multifatoriais, envolvendo fatores
exógenos e endógenos. Ela pode causar lesões pruriginosas e bem demarcadas. No entanto, as
lesões são tipicamente hipopigmentadas ou hiperpigmentadas, maculares e mais comumente se
desenvolvem no tronco e no tórax, e não nas extremidades. Tinea versicolor normalmente não se
manifesta na coxa com uma placa anular solitária, eritematosa, com clareira central e borda
elevada.
Referências:
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica. [s.l]: Grupo
GEN, 2022. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159662/. Acesso em: 2 abr. 2024.
BOLOGNIA, J. Dermatologia. [s.l]: Grupo GEN, 2015. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595155190/. Acesso em: 2 abr. 2024.
96ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são considerados a terapia de primeira linha para o
tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) devido à sua eficácia na redução da
produção de ácido gástrico. Eles ajudam a aliviar os sintomas e promovem a cicatrização do
esôfago inflamado.
Referência:
TOWNSEND JR. et al. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 21 ed. [s.l], 2021. p. 768
97ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Durante o manejo do pós-operatório, é essencial aplicar os princípios da anestesiologia para
garantir uma adequada analgesia. Diversos estudos destacam a importância de uma abordagem
multimodal no controle da dor, que envolve a combinação de diferentes classes de analgésicos
para otimizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais. Segundo a Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA), essa estratégia inclui o uso de analgésicos opioides, anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs), dipirona, paracetamol e agentes adjuvantes como antidepressivos e
anticonvulsivantes, quando indicados.
Referência:
AULER, J. O. C; CARMONA, M. J. C. Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia, Dor e
Terapia Intensiva. São Paulo: Faculdade de MedicinaUSP – HCFMUSP, [s.d].
98ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Intoxicações por estimulantes, como anfetaminas ou cafeína, podem causar sintomas como
irritabilidade, agitação, taquicardia e pupilas dilatadas em crianças. Essas substâncias afetam o
sistema nervoso central, levando a uma estimulação excessiva. Comportamento anormal,
sonolência, bradicardia e pupilas contraídas são manifestações mais sugestivas de intoxicação
por opioides, que causam depressão do sistema nervoso central. Vômitos, diarreia, hiperatividade
e midríase são consistentes com a intoxicação por organofosforados, que são pesticidas que
agem como inibidores da colinesterase. Sonolência, hipotensão, hiporreflexia e pupilas fixas. São
mais indicativas de intoxicação por depressores do sistema nervoso central, como
benzodiazepínicos. Confusão mental, hipertermia, bradicardia e pupilas dilatadas sugerem
intoxicação por substâncias anticolinérgicas, como atropina, que bloqueiam os receptores
colinérgicos.
Referências:
JÚNIOR, D. C.; QUEIMADURAS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. Barueri: Editora
Manole, 2021. E-book. 
SÉRIE PEDIATRIA SOPERJ. Urgências e emergências pediátricas. [s.l.]: Editora Manole
Saúde, 2023.
99ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A dor torácica aguda grave pode ser um sintoma de várias condições potencialmente graves,
incluindo infarto agudo do miocárdio (IAM), dissecção da aorta, embolia pulmonar e outras
emergências médicas. O manejo inicial deve ser direcionado para aliviar a dor e estabilizar o
paciente enquanto se aguardam investigações diagnósticas adicionais.
A tomografia computadorizada do tórax pode ser útil em alguns casos para avaliar outras causas
de dor torácica aguda, mas não é indicada como a primeira medida no manejo de uma condição
potencialmente grave como o IAM.
A nitroglicerina sublingual é um vasodilatador coronariano comumente utilizado no tratamento da
angina e do IAM. A sua administração sublingual proporciona alívio rápido da dor torácica,
especialmente se esta for de origem cardíaca isquêmica. Portanto, iniciar nitroglicerina sublingual
para alívio imediato da dor é a conduta mais apropriada enquanto se aguarda uma avaliação
diagnóstica mais completa e o tratamento definitivo.
A prescrição de oxigênio suplementar por cânula nasal pode ser benéfica se houver suspeita de
hipoxemia, mas não é a principal intervenção para alívio da dor em um contexto de dor torácica
aguda grave.
Realizar uma ecocardiografia transtorácica pode servir para avaliar a função cardíaca, mas não é
a primeira medida a ser tomada no manejo da dor torácica aguda grave, que requer intervenções
imediatas para alívio da dor e estabilização do paciente.
A administração de um anti-inflamatório não esteroide (AINE) por via oral pode não ser eficaz o
suficiente para controlar a dor aguda e não é apropriada como primeira linha de tratamento para
condições cardiovasculares graves.
Referência:
WALLS, R. M.; HOCKBERGER, R. S; GAUSCHE-HILL, M. Chest Pain and Acute Coronary
Syndromes (Capítulo 36). In: ____________. Rosen's Emergency Medicine: Concepts and
Clinical Practice. 9th ed.
100ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A resposta correta contempla os hormônios GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) e
hormônio folículo estimulante (FSH), pois o GnRH é sintetizado pelo hipotálamo, que estimula a
glândula hipófise a liberar os hormônios FSH e LH. Sendo GnRH o responsável por regular a
atividade das glândulas sexuais (gônadas), quaisquer alterações, como o hipogonadismo,
precisam ser investigadas e diagnosticadas. Além de haver a necessidade de realizar exame de
contagem de espermatozoide para verificar a função hipofisária para a produção de FSH.
Referência:
MOURÃO Jr., C. A. Fisiologia Humana. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737401.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737401/. Acesso em: 20
mar. 2024.
101ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Resposta correta: Frequência cardíaca aumentada, batimentos cardíacos mais fortes e pressão
arterial elevada.
Os hormônios da tireoide intensificam algumas ações das catecolaminas (norepinefrina e
epinefrina), pois promovem a suprarregulação dos receptores beta (β). Por essa razão, os
sinais/sintomas do hipertireoidismo incluem frequência cardíaca aumentada, batimentos
cardíacos mais fortes e pressão arterial elevada. 
Referência:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Grupo
GEN, 2016.
102ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A abordagem das perturbações do sono em crianças envolve frequentemente a consideração de
múltiplas causas. Sem uma análise cuidadosa da história para identificá-las, encontrar uma
solução para essas perturbações pode ser desafiador.
 
Apneia obstrutiva do sono:
A adenotonsilectomia é considerada o tratamento de primeira linha para crianças com apneia
obstrutiva do sono (AOS). Em geral, ela é curativa em 79% a 92% das crianças, embora alguns
estudos relatem taxas menores de resolução completa da obstrução, especialmente em crianças
obesas. Um grande ensaio multicêntrico demonstrou melhora no comportamento e na qualidade
de vida de crianças com AOS submetidas à adenotonsilectomia em comparação com os
controles. Um pequeno ensaio clínico randomizado e controlado, realizado com crianças
saudáveis entre 2 e 4 anos, com AOS leve a moderada, mostrou melhora significativa na
qualidade de vida após a adenotonsilectomia para aquelas com doença moderada, mas nenhuma
diferença importante entre as tratadas e as não tratadas com doença leve. Isso sugere que a
vigilância ativa é uma estratégia recomendada em crianças com doença leve, mas estudos
adicionais são necessários.
A adenotonsilectomia para apneia obstrutiva do sono melhorou a maioria das medições de
qualidade de vida e gravidade dos sintomas em crianças de aproximadamente 5 a 10 anos,
porém resultou em ganho de peso clinicamente significativo mesmo em crianças com sobrepeso
inicial Em casos de persistência de uma doença residual leve após a adenotonsilectomia,
demonstrou-se que o uso de montelucaste e/ou budesonida intranasal melhora ou remite a
obstrução.
 
Referência:
BMJ Best Practice. Dissonias em crianças. Última atualização em 14 de março de 2023.
103ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A resposta correta é Nível alto: estamos muito confiantes de que o verdadeiro efeito situa-se
próximo à estimativa de efeito.
Nível de qualidade e definição:
Alto: Estamos muito confiantes de que o verdadeiro efeito situa-se próximo à
estimativa de efeito.
Moderado: Estamos moderadamente confiantes na estimativa de efeito, sendo
provável que o verdadeiro efeito esteja próximo à estimativa, mas há possibilidade de
haver diferenças consideráveis.
Baixo: Nossa confiança na estimativa de efeito é limitada, e é possível que o
verdadeiro efeito possua uma diferença considerável da estimativa.
Muito Baixo: temos mínima confiança na estimativa de efeito, e é provável que o
verdadeiro efeito possua uma diferença considerável da estimativa
O Sistema GRADE não possui um "nível zero". 
Referência:
PEREIRA, M. G.; GALVÃO, T. F.; SILVA, Marcus T. Saúde Baseada em Evidências. [s.l.]:
Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728843. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728843/. Acesso em: 12 mar. 2024.
104ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A presença de abscesso ovariano indica tratamento hospitalar.
O tratamento oral é equivalente ao endovenoso nos casos de doença inflamatória
pélvica (DIP).
A combinação de cefalosporinas com tetraciclinas é considerada o tratamento padrão,
pois cobrem os principais agentes etiológicos para o quadro, sendo eles a Clamydia
Trachomatis e Neisseria gonorrhoae.
A laparotomia é indicada em casos selecionados de DIP.
O parceiro deve ser sempre investigado em casos de DIP.
Referência:ROMANELLI, R. M. C. et al. Abordagem atual da doença inflamatória pélvica. Revista Médica de
Minas Gerais, v. 23, n. 3, p. 347–355, 2013.
105ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O NYHA determina que, em paciente com disfunção diastólica associado com fração de ejeção
entre 40–49% e sintomas de insuficiência cardíaca, pode-se afirmar que a paciente apresenta ICC
de fração levemente reduzida.
Referência:
2022 AHA/ACC/HFSA Guideline for the Management of Heart Failure: A Report of the American
College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice
Guidelines. Circulation, v. 145, Issue 18, 3 May 2022; Pages e895-e1032. Disponível em:
https://doi.org/10.1161/CIR.0000000000001063. Acesso em 23 mar. 2024.
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106ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Nesse paciente com hemorragia crônica devido à úlcera péptica, a anemia é causada por
deficiência de ferro pela perda sanguínea contínua. A terapia com ferro, seja por via oral ou
intravenosa, é indicada para corrigir essa deficiência e restaurar os níveis normais de
hemoglobina. Isso ajudará a aliviar os sintomas de fadiga, fraqueza e dispneia.
Referência:
HOFFMANN et al. Hematologia: Fundamentos e Prática. 7 ed. [s.l]: 2018. p. 635.
107ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O diagnóstico desse paciente é empiema pleural (saída de secreção purulenta após
toracocentese – pus na cavidade pleural) decorrente de derrame pleural parapneumônico
complicado. O tratamento inicial nesse caso é a drenagem torácica em selo d’água devido ao
aspecto purulento evidenciado na toracocentese. Um empiema ocorre tipicamente após um
derrame pleural reativo em consequência de uma infecção pulmonar. No passado, a etiologia
mais comum era pneumonia estreptocócica ou pneumocócica. Atualmente, no entanto,
organismos gram-negativos e anaeróbicos são causas comuns de empiema. Empiema
tuberculoso também pode ocorrer. Empiema pode ocorrer após trauma ou cirurgia torácica (a
partir de um espaço pleural residual ou fístula broncopleural), contaminação hematogênica do
espaço pleural, ruptura de um abscesso pulmonar ou mediastinal, ou perfuração esofágica.
Tipicamente, apresentam-se sintomas constitucionais de febre, mal-estar geral, perda de apetite e
perda de peso. Tosse e dispneia são comuns se houver infecção pulmonar. A avaliação inclui
uma radiografia de tórax, em incidências póstero-anterior e em perfil, além de tomografia
computadorizada do tórax e abdome superior.
Tratamento do empiema depende da extensão da doença e sua localização. Drenagem completa
da loja empiemática é necessária. Antibióticos e cuidados de suporte (por exemplo, líquidos,
nutrição, cuidados coma pele) são geralmente iniciados no diagnóstico. Uso local de agentes
fibrinolíticos como ativadores do plasminogênio tecidual pode ser eficaz em casos com leves
loculações.
Uma drenagem completa e eficaz do empiema é necessária para um resultado bem-sucedido.
Essa drenagem pode ser facilmente obtida com a inserção de um dreno torácico.
Caso a drenagem mostrasse apenas líquido, sem evidência de material purulento, poderíamos
aventar a possibilidade de apenas a presença de um exsudato decorrente de um derrame
parapneumônico. Nesse caso, deveríamos solicitar a dosagem da DHL, glicose e pH do líquido
pleural no intuito de se confirmar que realmente estamos diante de um exsudato. A utilização dos
critérios de Light também auxiliam nessa diferenciação.
Referência:
TOWNSEND, C. M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical
Practice. 21th ed. Philadelphia: Elservier. 2022. (Capítulo 58 – pulmão, parede torácica, pleura e
mediastino)
108ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A ancilostomíase é uma importante causa parasitária de anemia ferropriva, sendo uma das
causas de pneumonia eosinofílica. O quadro clínico inclui dor abdominal, astenia, anemia e
eosinofilia. Seu tratamento pode ser feito com albendazol, mebendazol ou nitazoxanida entre
outras drogas. Amebíase, teníase, giardíase e esquistosomose têm quadros clínicos bem
diferentes.
Referência:
JÚNIOR, D. C.; BURNS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. Barueri-SP: Editora
Manole, 2021. E-book.
109ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Administrar antibióticos intravenosos durante o trabalho de parto é a conduta recomendada para
gestantes com cultura positiva para Streptococcus do grupo B, visando prevenir a transmissão
vertical do GBS ao neonato, que pode causar infecções graves como meningite, sepse e
pneumonia neonatal. A profilaxia antibiótica intraparto é eficaz na redução da transmissão e das
consequências associadas à infecção por GBS.
Iniciar tratamento imediato com antibióticos orais não é recomendado para a prevenção da
transmissão vertical do GBS, pois a administração deve ser feita intravenosamente durante o
trabalho de parto para ser eficaz.
Aguardar e repetir a cultura de GBS na 39ª semana de gestação não é indicado, pois o tratamento
é baseado no resultado positivo para GBS próximo ao termo, independentemente de uma cultura
posterior.
Não iniciar tratamento na ausência de sintomas não é uma conduta adequada, pois a profilaxia
intraparto visa prevenir complicações no neonato e não está relacionada à presença de sintomas
na gestante.
Realizar cesariana profilática para evitar a transmissão vertical do GBS não é indicado somente
pelo diagnóstico de colonização por GBS, sendo a profilaxia antibiótica a medida de escolha.
Referências:
MONTENEGRO, C. A.; REZENDE FILHO, J. Rezende obstetrícia fundamental. 14 ed. [s.l.]:
[s.d.].
VERANI, J. R.; MCGEE, L.; SCHRAG, S. J. Prevention of perinatal group B streptococcal
disease revised guidelines from CDC, 2010. MMWR. Recommendations and Reports, 59(RR-
10), 1-36.
110ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A inibição da COX é o principal mecanismo de ação dos AINEs. A COX-1 desempenha um papel
importante na proteção da mucosa gástrica, e sua inibição pode levar a efeitos adversos no trato
gastrointestinal. A inibição seletiva da COX-2 é responsável pelos efeitos terapêuticos dos
AINEs. A retenção de sódio e de água é um efeito colateral dos AINEs que pode ocorrer com o
uso prolongado. 
Referências: 
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13 ed. [s.l.]: Grupo A, 2017. 
BRUTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. 13 ed. [s.l.]: Grupo A, 2018. 
OLIVEIRA et al. O uso crônico de anti-inflamatórios não esteroidais e seus efeitos adversos.
Revista Caderno de Medicina. v. 2. n. 2 (2019). 
111ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Essa é a resposta mais apropriada porque aborda diretamente a causa raiz do problema
enfrentado pela comunidade Yanomami, que é a contaminação dos recursos naturais devido ao
garimpo ilegal. Implementar políticas de monitoramento ambiental permitirá identificar as fontes de
contaminação e tomar medidas para controle e mitigação dos impactos negativos na saúde e na
nutrição dos indígenas. Além disso, a aplicação de penalidades para empresas responsáveis pela
contaminação é crucial para dissuadir atividades ilegais e para proteger o ambiente.
As outras opções, embora possam ser importantes em diferentes contextos, não abordam
diretamente a causa subjacente do problema ou não são viáveis ​​dadas as circunstâncias
específicas enfrentadas pela comunidade Yanomami. Por exemplo, campanhas de vacinação em
massa ou realocação da população para áreas urbanas não resolveriam a contaminação
ambiental causada pelo garimpo ilegal. Portanto, “Implementar políticas de monitoramento
ambiental para identificar fontes de contaminação na área florestal e aplicar fiscalização e controle
de poluição, com penalidades para os responsáveis pela contaminação” é a resposta mais
adequada para lidar com a situação específica descrita na questão.
Referências:
ALBERT, B. et al. URIHI1: Terra, economia e saúdeYanomami. Brasília: Universidade de
Brasília, 1992.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria n.º 1.317, de 3 de agosto
de 2017. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2017/prt1317_08_08_2017.html. Acesso
em: 30 maio 2023.
BARCELLOS, C. A dimensão espacial das desigualdades de saúde: ruralidade, distâncias, redes
e acesso a serviços de saúde. In: GIOVANELLA, L. Atenção primária à saúde em territórios
rurais remotos no Brasil. [s.l.]: Editora FioCruz, 2023.
HAESBAERT, R. Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais.
GEOgraphia, v. 22, n. 48, 2020. Disponível em:
https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/43100. Acesso em: 1 jun. 2023. 
112ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A capacitação dos profissionais de saúde em relação a abordagens culturalmente sensíveis é
crucial para superar possíveis barreiras na comunicação e compreender as nuances que podem
influenciar a saúde dos indivíduos negros. Isso inclui o reconhecimento das disparidades raciais,
históricas, socioeconômicas e de acesso aos cuidados de saúde. Ao investir na formação dos
profissionais de saúde para compreenderem e respeitem as especificidades culturais da
população negra, é possível proporcionar um atendimento mais eficaz, engajado e alinhado com
as necessidades dessa comunidade. Isso contribui diretamente para a promoção da equidade e
eliminação das disparidades raciais na saúde, objetivos centrais da Política de Atenção Integral à
Saúde da População Negra (PNAISPN).
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma
política para o SUS. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. 3. ed. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2017. 44 p.
113ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre
elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela presença
de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade sistêmica, tais
como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria microscópica são achados
comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia envolve a interrupção do
agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016. 
RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.
114ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Manejo de cálculospara impedir a progressão para isquemia crônica dos membros.
A angioplastia transluminal percutânea (PTA) é uma opção de tratamento para pacientes com
DAP e isquemia crítica de membros (CLI) ou claudicação limitante do estilo de vida que persiste
apesar do tratamento conservador e farmacológico.
Referências: 
BMJ Best Practice. Doença arterial periférica. Última atualização em 22 de setembro de 2020.
118ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A hipercalemia é uma complicação comum em pacientes com insuficiência renal crônica devido à
diminuição da excreção de potássio pelos rins. O tratamento da hipercalemia visa reduzir
rapidamente os níveis de potássio no sangue para evitar complicações cardíacas potencialmente
fatais, como arritmias cardíacas.
A prescrição de uma dose única de bicarbonato de sódio por via oral pode ajudar a corrigir a
acidose metabólica associada à insuficiência renal crônica, mas não é eficaz para diminuir
rapidamente os níveis de potássio no sangue.
A administração de uma infusão de insulina regular com glicose por via intravenosa é uma opção
válida para promover a entrada de potássio nas células, reduzindo temporariamente os níveis no
sangue, mas não é a primeira escolha para o tratamento inicial da hipercalemia.
Iniciar terapia com diuréticos de alça, como a furosemida, por via intravenosa, pode servir para
aumentar a excreção de potássio na urina, mas pode não ser eficaz em pacientes com
insuficiência renal avançada.
A administração de cálcio intravenoso seguido de resina de troca de íons, como o poliestireno
sulfonato de cálcio, é uma abordagem padrão no tratamento da hipercalemia grave. O cálcio
intravenoso estabiliza a membrana celular, reduzindo o risco de arritmias cardíacas induzidas
pela hipercalemia. A resina de troca de íons, como o poliestireno sulfonato de cálcio, ajuda a
remover o excesso de potássio do organismo por meio da ligação do potássio no trato
gastrointestinal, facilitando sua excreção. Essa combinação é considerada eficaz e segura no
tratamento da hipercalemia relacionada à insuficiência renal crônica.
A hemodiálise de emergência é reservada para casos graves de hipercalemia refratária a outras
medidas terapêuticas ou quando há sinais iminentes de complicações graves, como alterações
eletrocardiográficas.
Referência:
TAAL, M. W. et al. Disorders of Potassium Homeostasis (Capítulo 30). In: __________. Brenner
and Rector's The Kidney. 11th.
119ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Esse paciente provavelmente apresenta sangramento gastrointestinal inferior (LGIB), conforme
sugerido pela hematoquezia e pela esofagogastroduodenoscopia (EDA) normal. Ele continua
sangrando e permanece hemodinamicamente instável mesmo após a reposição volêmica. É
necessária intervenção urgente para localizar e parar a hemorragia de forma confiável.
A angiografia é o procedimento recomendado em pacientes com hematoquezia ativa, instabilidade
hemodinâmica apesar dos esforços de reanimação e EDA normal. A fonte do sangramento pode
ser localizada rapidamente (não requer preparo intestinal) e de forma confiável se a taxa de
sangramento for superior a 0,5–1 mL/min. Alguns centros optam por realizar angiografia por TC
para visualização do sangramento e análise de detalhes anatômicos antes de prosseguir com
angiografia por cateter invasiva para intervenção terapêutica direcionada (por exemplo,
embolização, injeção de vasopressina). Se a angiografia não conseguir localizar a origem do
sangramento, a colonoscopia é o próximo passo no tratamento. A angiografia também é usada
em pacientes estáveis quando outros métodos diagnósticos são inconclusivos.
Distratores:
A laparotomia com enteroscopia intraoperatória pode ser utilizada em pacientes com
hematoquezia e instabilidade hemodinâmica. No entanto, é uma modalidade diagnóstica e
terapêutica de último recurso, utilizada apenas se outras intervenções não conseguirem localizar
e controlar a fonte do sangramento. Nesse paciente, uma intervenção diferente teria precedência.
A colonoscopia é utilizada na avaliação de hematoquezia em pacientes hemodinamicamente
estáveis. Pode localizar diretamente a fonte do sangramento e também permite a realização de
intervenções terapêuticas. No entanto, a colonoscopia requer um preparo intestinal demorado,
que um paciente hemodinamicamente instável pode não conseguir tolerar. A falta de preparo
intestinal adequado e sangramento intenso dificultam a visualização com esse procedimento,
resultando em baixo rendimento diagnóstico. Além disso, a detecção da fonte do sangramento
pela colonoscopia é limitada ao íleo terminal, cólon e reto. Portanto, não é o melhor passo inicial
para esse paciente, que está hemodinamicamente instável apesar dos esforços de reanimação e
continua a sangrar profusamente.
A varredura com radionuclídeos com glóbulos vermelhos marcados (cintilografia nuclear de
glóbulos vermelhos) fornece informações sobre a localização do sangramento gastrointestinal,
mas não desempenha nenhum papel terapêutico e, portanto, é usada como método adjuvante a
outras modalidades de imagem. A varredura com radionuclídeos não é, portanto, o próximo
melhor passo no manejo desse paciente.
A enteroscopia push é realizada se ainda houver sangramento ativo e os estudos diagnósticos de
primeira e segunda linha não conseguirem localizar a fonte. A enteroscopia geralmente só pode
detectar sangramento no intestino delgado, onde estão localizados menos sangramentos
gastrointestinais. Uma etapa de manejo diferente é mais apropriada para esse paciente nesse
momento.
Referência:
BMJ Best Practice. Avaliação da hemorragia digestiva baixa. Última atualização em 19 de
outubro de 2023. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/457?
q=Avaliação%20da%20hemorragia%20digestiva%20baixa&c=suggested. Acesso em: 2 abr.
2024.
120ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os achados clínicos de dor abdominal aguda no quadrante inferior esquerdo, associada a febre, a
náuseas e a sensibilidade à palpação localizada, são altamente sugestivos de diverticulite,
especialmente quando combinados com a presença de sangue nas fezes.
A diverticulite é uma complicação comum da diverticulose, em que os divertículos, pequenas
bolsas na parede do cólon, se inflamam ou infectam. A apresentação clínica típica inclui dor
abdominal localizada, febre, náuseas e alterações no hábito intestinal, como constipação ou
diarreia, muitas vezes com sangue nas fezes. A sensibilidade à palpação no quadrante afetado é
comum. Esses achados são característicos de um quadro de abdome agudo inflamatório de
origem colônica, apontando fortemente para diverticulite como o diagnóstico mais provável.
As outras opções de resposta podem ser descartadas com base nos achados clínicos
específicos do paciente. A apendicite aguda geralmente causa dor no quadrante inferior direito,
não esquerdo. A colecistite aguda é mais comumente associada à dor no quadrante superior
direito, enquanto a pancreatite aguda apresenta uma dor epigástrica intensa irradiando para as
costas. Uma úlcera péptica perfurada pode causar dor abdominal súbita e intensa, mas
geralmente não está associada a sangramento nas fezes.
Portanto, a diverticulite é a resposta mais apropriada com base nos achados clínicos
apresentados.
Esta questão enfatiza a importância de reconhecer os sinais e os sintomas característicos da
diverticulite para um diagnóstico preciso e um tratamento oportuno.
Referência:
TOWNSEND, C. M. et al. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 19th ed. Cap. 52, p. 1378/1379.
000115.130014.ebd7fb.a06f48.390784.2d2e91.d6159e.d6376 Pgina 68 de 68e prevention. 2023.
Disponível em: https://ginasthma.org/. Acesso em: 30 mar. 2024.
J BRAS PNEUMOL. 2020;46(1):e20190307. Recomendações para o manejo da asma da
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 2020. Disponível em:
https://dx.doi.org/10.1590/1806-3713/e20190307. Acesso em: 30 mar. 2024.
9ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os antidepressivos atuam inibindo principalmente a recaptação de neurotransmissores como
serotonina e/ou noradrenalina nos neurônios pré-sinápticos, aumentando assim sua concentração
na fenda sináptica e potencializando sua ação no sistema nervoso central. A ativação dos
receptores GABAérgicos no sistema nervoso central está associada a outros tipos de
medicamentos, como os ansiolíticos e os indutores do sono, não sendo o principal mecanismo de
ação dos antidepressivos. O bloqueio dos receptores de dopamina no córtex cerebral está mais
associado a medicamentos utilizados no tratamento de condições como esquizofrenia e
transtorno bipolar, não sendo o principal mecanismo de ação dos antidepressivos. O aumento da
liberação de glutamato no sistema nervoso central não é um mecanismo de ação dos
antidepressivos. A inibição da recaptação de dopamina e acetilcolina nos neurônios pré-sinápticos
não é o principal mecanismo de ação dos antidepressivos. 
Referências:
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13 ed. [s.l.]: Grupo A, 2017. 
BRUTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. 13 ed. Grupo A, 2018. 
10ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:
"É vedado ao médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou
em caso de necropsia e verificação médico-legal."
Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:
"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes
normas:
1) Morte natural:
1. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
2) Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.
c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser
fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da
Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”
Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico prévio
do paciente é que o SVO deve ser acionado. 
REFERÊNCIAS:
Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005
Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p
11ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente com evolução aguda, menos de 6 horas, não apresenta sinais clínicos de sofrimento de
alça, como náuseas e vômitos, sem alteração dos sinais vitais, que consideramos. Uma hérnia
inguinal encarcerada, não redutível. A protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos
epigástricos é designada como hérnia inguinal direta (Quando lateral aos vasos = hérnia inguinal
indireta).
O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas. A abordagem
cirúrgica ideal não é conhecida, mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na
ausência de estrangulamento. Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o
paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do
intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo
com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for
inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.
Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada com
uma tela. Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação durante a
cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da hérnia com
tecido primário sem tela. Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa do risco de
infecção da tela.
REFERÊNCIAS:
SABISTON, D. C. Jr. et al. Tratado de cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna.
19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BMJ Best Practice. Hérnias inguinais em adultos. Última atualização em 29 jul 2022.
12ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Lactente de 8 meses com diarreia aguda com desidratação (sinais de desidratação: irritado, olhos
fundos, sedento, lágrimas ausentes, boca seca e sinal da prega desaparecendo lentamente), não
apresenta nenhum sinal característico obrigatório para desidratação grave, que são: estado geral
comatoso, hipotônico, letárgico ou inconsciente; não consegue beber; pulso fraco ou ausente.
Dessa forma, segundo as orientações do Ministério da Saúde de 2023 sobre manejo da diarreia
aguda, o plano de tratamento recomendado para diarreia com desidratação é o Plano B, no qual a
desidratação é tratada por via oral no estabelecimento de saúde. O paciente deverá receber soro
de reidratação oral de 50 a 100 mL/kg no período de 4 a 6 horas com reavaliação constante do
estado de hidratação durante a reidratação. Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o
Plano A. Se continuar desidratado, indicar a sonda nasogástrica (gastróclise). Se o paciente
evoluir para desidratação grave, seguir o Plano C.
Se, após 6 horas de tratamento, não houver melhora da desidratação, encaminhar ao hospital de
referência para internação.
 
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo do paciente com diarreia: avaliação do estado de
hidratação (atual. 05 jul. 2023). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/svsa/doencas-diarreicas-agudas/manejo-do-paciente-com-diarreia-
avaliacao-do-estado-de-hidratacao-do-paciente-arquivo-com-marcas-de-corte/view. Acesso em:
30 mar. 2024.
Guia Prático de Atualização da Sociedade Brasileira de Pediatria: Diarreia aguda infecciosa. n. 74,
06 jun. 2023. Disponível em: chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/
2023/junho/14/24048aPRESS-GPA-Diarreia_Aguda_Infecciosa-pSITE.pdf. Acesso em: 30 mar.
2024.
 
 
13ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Caso clínico abordando bioética, onde encontramos paciente com idade avançada, doença
crônica em estágio terminal (síndrome demencial), internada em ambiente de UTI com medidas
invasivas já estabelecidas (IOT / DVA), sendo sugerido nova medida invasiva. Familiares foram
convocados para conversar sobre terminalidade. Seguir com medidas invasivas, neste caso,
caracteriza distanásia, e estaria contraindicada.Ortotanásia configura a "morte com menor
sofrimento", e, neste caso, seria não iniciar novas medidas invasivas (como hemodiálise, por
exemplo). Eutanásia é "abreviar a vida", como desligar aparelhos, prática proibida no Brasil.
REFERÊNCIA:
FELIX, Zirleide Carlos et al. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura.
Ciência & Saúde Coletiva, 18(9):2733-2746, 2013.
14ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente idoso, com fratura desproporcional ao trauma, anemia, disfunção renal e hiperuricemia e
presença do fenômeno de Rouleuax, a principal hipótese diagnóstica é mieloma múltiplo.
Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar eletroforese ou imunoeletroforese de proteínas
no soro/urina e mielograma.
Referência:
ZAGO, MA; FALCÃO, RP; PASQUINE, R. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2013.
15ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A metanálise forneceu evidências dos benefícios do uso de aspirina na prevenção primária de
eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. No entanto,
também destacou a importância de considerar os efeitos adversos, como o aumento do risco de
sangramento gastrointestinal, ao ponderar a decisão de prescrever aspirina para cada paciente.
Assim, essa resposta demonstra uma análise crítica das evidências disponíveis e a aplicação
dessas evidências na tomada de decisões clínicas, princípios fundamentais da Medicina Baseada
em Evidências (MBE) na Atenção Primária à Saúde (APS).
Referência:
KAURA, A. Medicina Baseada em Evidências – Leitura e Redação de Textos Clínicos. [s.l.]:
Elsevier Editora, 2016.
16ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
REFERÊNCIA
HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:
Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar. 2023.
Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e
tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,
aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.
Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC baixos.
Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais escuras
nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e gordura)
também parecem mais pretas e têm densidade diminuída (ou maior radiolucência).
Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche e,
assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre com
aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de 300 mℓ,
vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.
Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.
Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de
um pneumotórax.
Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar
acumula anteriormente.
17ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A barreira antirrefluxo, principal proteção contra o RGE, é composta por: esfíncter interno (ou
esfíncter inferior do esôfago – EIE –, propriamente dito) e esfíncter externo (formado pela porc ̧ão
crural do diafragma). O EIE mantém-se fechado em repouso e relaxa com a deglutic ̧ão e com a
distensão gástrica. O relaxamento não relacionado com a deglutic ̧ão é chamado relaxamento
transitório do EIE (RTEIE), sendo considerado o principal mecanismo fisiopatológico associado à
DRGE, responsável por 63 a 74% dos episódios de refluxo gastresofágico (RGE).
Referência:
DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia essencial. 4 ed. Grupo GEN, 2011. Cap. 10:
Doença por Refluxo Gastresofágico, p. 102. Disponível em: Minha Biblioteca.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-1970-/pageid/134. Acesso em:
28 mar. 2024.
18ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O antagonismo dos receptores β-adrenérgicos afeta a regulação da circulação por meio de
diversos mecanismos, incluindo a redução da contratilidade do miocárdio e da frequência
cardíaca (débito cardíaco). O antagonismo dos receptores β1 do complexo justaglomerular
diminui a secreção de renina e a atividade do SRA. Essa ação provavelmente contribui para a
ação anti-hipertensiva.
Referência:
BRUTON, L.L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. [s.l.]: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Capítulo 28 (Tratamento da
hipertensão). p. 632.
19ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O médico plantonista deve proporcionar o alívio da dor e iniciar o processo de tratamento
medicamentoso geral e proporcionar orientações de repouso, não superior a 5 dias, e
afastamento do trabalho até a regressão do quadro álgico.
Os objetivos do tratamento devem ser o alívio da dor, a recuperação e a preservação neurológica
e o retorno funcional. A maioria dos pacientes apresenta melhora com o tratamento não
operatório, baseado em fisioterapia, medicação e outras modalidades. Grande parte dos discos
degenera de maneira a regredir de tamanho, não importando o tratamento instituído. Em cerca de
5 a 10% dos pacientes, os sintomas irão reaparecer. Alguns apresentam características
favoráveis ao tratamento conservador: jovens, hérnia sequestrada e sem deficit neurológico, ou
hérnias pequenas, discos pouco degenerados e ciática leve a moderada. O repouso prolongado
deve ser desencorajado, não devendo exceder cinco dias. A fisioterapia com exercícios e a
reabilitação devem ser iniciadas precocemente, tão logo a dor permitir.
Anti-inflamatórios hormonais e não hormonais são muito utilizados no alívio dos sintomas
causados pelas hérnias de disco, pois têm efeitos locais e sistêmicos. Para ambos os tipos, os
efeitos colaterais devem ser considerados. Pacientes com história de sangramentos intestinais
podem apresentar problemas com anti-inflamatórios comuns, e indivíduos com diabetes podem
apresentar quadros hiperglicêmicos com administração indevida de corticoides. Inibidores da
ciclo-oxigenase 2 estão associados a eventos cardiovasculares.
Analgésicos opioides também são úteis no controle álgico agudo. As opções seguras são
oxicodona, codeína e tramadol. Efeitos adversos, como tolerância, náusea e confusão mental,
podem ocorrer, sobretudo em idosos, e a dependência química deve também ser uma
preocupação.
Uma dor dessa natureza e intensidade é melhor tratada com analgesia multimodal (analgesia
simples, anti-inflamatórios e opioides) e repouso relativo.
Referências:
SIZINIO, H. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p.
59.
SKINNER, H.; MCMAHON, P. J. CURRENT Ortopedia. Disponível em: Minha Biblioteca. 5th ed.
[s.l.]: Grupo A, 2015, p. 192.
 
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20ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Administrar imunoglobulina antirrábica e iniciar a vacinação antirrábica o mais rápido possível é a
conduta correta porque, em casos de mordida por um animal com status de vacinação
desconhecido ou incompleto contra a raiva, é imperativo administrar imunoglobulina antirrábica
para proteção imediata e iniciar a vacinação antirrábica para garantir imunidade. A raiva é uma
doença fatal, e a prevenção imediata após a exposição é crucial para evitar o desenvolvimento da
doença.
Prescrever um curso de antibióticos de amplo espectro e observar o animal por 10 dias pode ser
parte do manejo, mas não aborda adequadamente o risco iminente de raiva, que deve ser a
prioridade.
Realizar sutura das feridas após limpeza e adiar qualquerdecisão sobre profilaxia antirrábica
ignora o alto risco de raiva e a necessidade de tratamento profilático imediato.
Limpeza cuidadosa da ferida com solução salina, administração de reforço da vacina contra o
tétano e observação domiciliar do animal são medidas importantes, mas insuficientes sem a
profilaxia antirrábica em um animal não vacinado.
Encaminhar imediatamente para cirurgia plástica para reparo da ferida, sem intervenções
adicionais para raiva ou tétano no momento, demonstra falha em reconhecer a urgência do
manejo profilático da raiva, além da necessidade de atualização do tétano.
Referência:
World Health Organization. (2018). Rabies vaccines: WHO position paper – April 2018. Weekly
Epidemiological Record, 93(16), 201-220.
21ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Referência:
Angina instável. Doenças cardiovasculares. In: Manuais MSD edição para profissionais.
Disponível em: msdmanuals.com. Acesso em: 23 mar. 2024.
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22ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso, tem hipoalbuminemia.
A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina reduz a pressão oncótica do
plasma e concorre para a formação do edema.
REFERÊNCIAS:
COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v.
37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.
DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.
BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão sistemática da
literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3022-3031, 2022.
23ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), com atualizações em maio de
2021, o recém-nascido a termo deve ser avaliado ao nascer: nasceu chorando/respirando e com
tônus muscular em flexão, deve ser posicionado pele a pele com a mãe, seu corpo e segmento
cefálico coberto com tecido de algodão seco e aquecido e seu cordão umbilical clampado entre 1-
3 minutos. Manter via aérea pérvia, aspirar secreções, se necessário, e avaliar continuamente
sua vitalidade. O boletim de Apgar é determinado no primeiro e quinto minuto, mas não é utilizado
para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Os passos iniciais de estabilização e
avaliação, quando não suficientes para determinar uma respiração espontânea regular, deve ser
seguido pela ventilação por pressão positiva, que deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos
após o nascimento. 
REFERÊNCIA:
Bibliografia: Almeida MFB, Guinsburg R; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP;
Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34
semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Pediatria; 2022. https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2.
 
24ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma
compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a
necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra
mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do
polo cefálico quando da expulsão fetal.
REFERÊNCIAS:
Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.
Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.
25ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Escleroterapia com injeção é mais indicada para hemorroidas internas de grau I ou II, onde o
sangramento é o sintoma predominante, não sendo a opção mais eficaz para hemorroidas de
grau III com prolapso significativo.
Hemorroidectomia por técnica aberta (Milligan-Morgan) é recomendada para hemorroidas
internas de grau III e IV, onde há prolapso significativo. Essa técnica permite a remoção completa
das hemorroidas, sendo eficaz na resolução dos sintomas e na prevenção de recidivas ​​.
Tratamento conservador com mudanças dietéticas e banhos de assento é indicado para
hemorroidas de grau I e, em alguns casos, grau II, ajudando a aliviar sintomas leves, mas
insuficiente para hemorroidas de grau III com prolapso.
Ligadura elástica é efetiva para hemorroidas de grau II e III sem prolapso significativo ou
persistente. Embora possa ser considerada para hemorroidas de grau III, seu sucesso é limitado
em casos de prolapso acentuado que se reduz espontaneamente.
Aplicação tópica de pomadas corticosteroides pode aliviar temporariamente os sintomas
inflamatórios, mas não trata a causa subjacente do prolapso hemorroidário, sendo insuficiente
como tratamento isolado para hemorroidas de grau III.
Referência:
OLIVEIRA, Lucas F. et al. Comparação entre as técnicas de hemorroidectomia: Milligan-Morgan,
Ferguson e técnica fechada. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 42, n. 2, p. 123-
127, 2015.
26ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os
rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.
O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos
túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e
estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água
segue do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os capilares
peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão sanguínea.
DISTRATORES:
Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
prótons.
Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
potássio.
A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja
aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz a
expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um aumento
da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para manter o
gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada. A ureia
também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de outros
eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa do
aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.
Sob condições fisiológicas, a creatinina é removida do sangue por filtração glomerular e secreção
tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida no trato
gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção tubular renal
de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de diminuição da
filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto, qualquer aumento na
creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da TFG) e não do aumento
da absorção renal.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]: Grupo
GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai. 2023.
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A manobra de Heimlich modificada para crianças de um ano é recomendada para crianças
pequenas que estãoengasgadas, pois combina a eficácia das palmadas nas costas, que ajudam
a deslocar o objeto causador da obstrução, com compressões torácicas, que aumentam a
pressão no tórax e auxiliam na remoção do objeto. Essa abordagem é preferida para crianças
menores de um ano, mas também é aplicável e eficaz em crianças um pouco maiores, como no
cenário apresentado.
As outras alternativas não descrevem a técnica apropriada para a idade da criança e podem não
ser eficazes ou seguras para desobstruir a via aérea de uma criança de dois anos.
Referência:
DISQUE, K. PALS – Pediatric Life Support. Provider Handbook. [s.l.]: Satori Continuum
Publishing, 2021.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
No caso de suspeita de neoplasia maligna de pulmão, o próximo passo é realizar um
estadiamento adequado da doença para determinar a extensão do tumor e orientar o plano de
tratamento. A tomografia computadorizada (TC) do tórax é a modalidade de imagem mais
comumente utilizada para estadiamento inicial da neoplasia maligna de pulmão.
A solicitação de uma biópsia por agulha fina guiada por imagem é uma opção para confirmar o
diagnóstico histológico da neoplasia pulmonar, mas deve ser realizada após a realização do
estadiamento inicial da doença.
Encaminhar o paciente para uma cirurgia de ressecção do tumor pulmonar pode ser uma opção
terapêutica em pacientes com tumores localizados, mas é importante realizar o estadiamento pré-
operatório para avaliar a extensão da doença e determinar a viabilidade da cirurgia.
Iniciar imediatamente a quimioterapia e a radioterapia combinadas pode ser uma abordagem
válida em alguns casos de neoplasia de pulmão avançada, mas, antes de iniciar o tratamento, é
crucial determinar a extensão da doença por meio do estadiamento.
Prescrever corticosteroides para alívio dos sintomas respiratórios pode servir para controlar
sintomas como tosse e dispneia, mas não aborda a necessidade de estadiamento da neoplasia
maligna de pulmão.
Referência:
AMIN, M. B. Lung Cancer (Capítulo 46). In: __________. AJCC Cancer Staging Manual. 8th ed.
29ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A asma brônquica atópica ou alérgica representa o subtipo de asma brônquica mais comum, e é
caracterizada por sensibilização mediada por imunoglobulina E (IgE) a alergênios ambientais e
pode ser observada em quase todas as crianças em idade escolar com asma brônquica e em
cerca de metade dos asmáticos adultos. 
Referência: 
GOLDMAN, L.; SCHAFER, A. I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. 
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30ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente em questão apresenta dor súbita, vômitos provavelmente relacionados à dor, aumento
no anexo direito com massa heterogênea cística e áreas hiperecoicas, provavelmente
calcificadas, típicas de teratoma maduro, que inclui dentes e ossos em seu interior, além do
conteúdo líquido. Devido ao grande aumento do anexo, no caso 56 cm³, há grande possibilidade
de torção do ovário. Como ocorreu, a massa não apresenta fluxo ao Doppler, ou seja, não está
recebendo sangue para nutrir a massa, e a tendência é sofrer necrose, causando muita dor.
A apendicite apresentaria febre e leucocitose associadas, já que a paciente é jovem, e a massa
não seria tão grande. Além disso, líquido livre estaria presente se houvesse supuração.
Na gestação ectópica, o beta-hCG estaria positivo numa massa tão grande.
A diverticulite é mais comum à esquerda e também apresentaria leucocitose.
O endometrioma não tem crescimento súbito, e ao ultrassom não há áreas hiperecoicas.
Referências:
BEREK, J. S. & L. Berek, D. L. Berek & Novak – Tratado de ginecologia. 16 ed. Disponível em:
Minha Biblioteca. [s.l.]: Grupo GEN, 2016.
31ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hipotensão ortostática e a síncope vasovagal podem estar relacionadas aos fatores estressores
desencadeantes, como calor excessivo. As mudanças climáticas, assim como ocorre com o
meio ambiente, geram efeitos significativos sobre a saúde humana. Esses efeitos podem ser
ainda maiores em trabalhadores que desenvolvem suas tarefas ao ar livre e encontram-se na
maior parte do tempo diretamente expostos às variáveis ambientais.
Referência:
JANTSCH, A. G.; FERREIRA, L. V.; IZOLANI, G. V. In: GUSSO, G. et al. (Org.). Tratado de
medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed/Grupo
A, 2019, cap. 225, p. 1929.
32ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A descrição do nódulo excluiria cisto e lipoma, pois, habitualmente, estes não têm consistência
firme. Além disso, o método diagnóstico de eleição para cistos é o ultrassom mamário. Já para o
tumor filoide, a idade da paciente habitualmente deve ser acima de 35 anos, crescendo
rapidamente, e os exames de imagem precedem a punção por agulha fina. O lipoma se apresenta
como um tumor de consistência amolecida. 
Referências:
GINECOLOGIA DE WILLIAMS. 2 ed. [s.l.]: 2014.
MANUAL DE GINECOLOGIA DA SOCIEDADE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DE
BRASÍLIA. 2 ed. [s.l.]: 2017.
TRATADO DE GINECOLOGIA FEBRASGO. 1 ed. [s.l.]: 2019.
33ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A baciloscopia de escarro não é o padrão ouro para diagnóstico de tuberculose, e sim a cultura
para micobactérias e o TRM-TB. O TRM-TB, apesar de alta sensibilidade, pode apresentar falso
negativo no escarro. Todo paciente sintomático respiratório com suspeita de tuberculose deverá
realizar um exame de imagem, podendo ser uma radiografia de tórax. A cultura para micobactéria
é um exame demorado, podendo levar até 42 dias para ser finalizado. O diagnóstico deverá ser
realizado com coleta de 2 amostras de escarro para baciloscopia e realização de TRM-TB em
uma das amostras. 
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das
Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 364 p. ISBN 978-85-334-2696-2
1. Tuberculose. 2. Vigilância em Saúde. 3. Manual. I. Título. II. Série.
34ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O provável diagnóstico é apendicite aguda, que é um processo inflamatório agudo e purulento,
decorrente, na maioria das vezes, da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular, com
aumento de volume do apêndice e alterações circulatórias (isquemia) e inflamatórias. Em alguns
pacientes pode haver perfuração e/ou formação de abscesso.
Considerando o caso, sua maior incidência é em adolescentes e adultos jovens, de ambos os
sexos. A dor localizada na região epigástrica ou periumbilical inicia subitamente, quase sempre
acompanhada de náuseas e vômitos. Algumas horas depois, ela migra para a fossa ilíaca direita,
indicando o comprometimento do peritônio periapendicular. A febre não costuma ser elevada (37,5
a 38 °C). A descompressão brusca, após compressão vagarosa, é acompanhada de uma
sensação dolorosa que assusta o paciente (sinal de Blumberg). Outra manobra que pode
provocar dor na região da fossa ilíaca direita é a palpação profunda e ascendente do hemicólon
esquerdo (sinal de Rowsing).
Referência:
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8 ed. [s.l.]: Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN 9788527734998.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 12
mar. 2024.
35ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Temos um partograma que mostra um trabalho de parto cuja dilatação (triângulo) parou de
progredir em dois toques consecutivos, com intervalo de, ao menos, 2 horas, e as contrações,
apesar de estarem regulares, estão com intensidade fraca. Esse partograma mostra o
diagnóstico de parada secundária da dilatação, e a conduta para esses casos é a realização de
medidas que coordenem as contrações uterinas, como a movimentação da gestante, a mudança
de posição,o uso de ocitocina e a amniotomia. Como a paciente já está andando e na bola, para
ela é indicado o uso da ocitocina e aminiotomia.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. 2022.
36ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse
diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio
nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-
ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,
essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela não
se beneficia de nenhum exame complementar.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.
37ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Correta: A miomectomia é uma opção adequada para mulheres jovens com miomatose uterina
que desejam preservar a fertilidade. Essa cirurgia consiste na remoção dos miomas enquanto
preserva o útero, permitindo à paciente a possibilidade de engravidar no futuro. Como o mioma é
submucoso, FIGO 1, é passível de ser ressecado por via histeroscópica, sendo uma técnica
minimamente invasiva.
Incorretas:
– A histerectomia total abdominal, embora seja uma opção definitiva de tratamento para
miomatose uterina, é geralmente reservada para mulheres que não desejam preservar a
fertilidade. Dado que a paciente é jovem e sem filhos, essa opção não seria a primeira escolha.
– O tratamento medicamentoso com agonistas de GnRH pode ser utilizado para reduzir
temporariamente o tamanho dos miomas e aliviar os sintomas, mas não é uma opção definitiva
de tratamento. Além disso, pode causar efeitos colaterais significativos e não preserva a
fertilidade.
– A embolização das artérias uterinas é uma opção minimamente invasiva para o tratamento de
miomatose uterina, mas também pode não ser apropriada para mulheres que desejam preservar
a fertilidade por poder interferir na vascularização uterina e afetar a capacidade de engravidar.
– O acompanhamento clínico ou uso de anticoncepcionais pode ser uma das opções para casos
leves de miomatose uterina, mas se a paciente está sofrendo de sangramento uterino anormal e
tem sintomas significativos e deseja engravidar, esse não é o melhor método.
Referência: 
BEREK, J. S. (ed.). Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021.
 
38ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Não se pode inferir a incidência ou prevalência dos dados disponibilizados, pois não se tem o
quantitativo da população exposta. Por assim, a única alternativa correta é aquela que se refere
ao número de óbitos.
REFERÊNCIA:
Medronho R; Carvalho DM; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.); Epidemiologia. Atheneu, São
Paulo, 2018.
39ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Assegurar a estabilidade da coluna cervical e manter a oxigenação adequada é a correta porque,
em pacientes com trauma cranioencefálico (TCE), a prioridade inicial inclui a estabilização da
coluna cervical para prevenir danos adicionais à medula espinhal e garantir uma oxigenação
adequada para prevenir hipoxia, que pode agravar o dano cerebral. Essas medidas são
fundamentais antes de proceder a avaliações diagnósticas mais específicas ou intervenções
farmacológicas.
Realizar imediatamente uma tomografia computadorizada da cabeça é uma etapa importante no
manejo do TCE para avaliar a extensão das lesões. No entanto, a prioridade inicial deve ser a
estabilização do paciente.
Administrar manitol para redução da pressão intracraniana pode ser necessário em casos de
aumento da pressão intracraniana, mas só deve ser considerado após a estabilização inicial e
confirmação diagnóstica.
Iniciar hiperventilação para reduzir a pressão intracraniana é uma medida que pode ser utilizada
temporariamente em casos de hipertensão intracraniana refratária, mas não como uma medida
inicial devido aos riscos potenciais de hipocapnia e vasoconstrição cerebral.
Administrar antibióticos profiláticos para prevenir meningite não é uma prática recomendada no
manejo inicial do TCE sem evidência de fratura de crânio aberta ou penetração intracraniana.
Referências:
ATLS_Suporte Avançado de Vida no Trauma para Médicos -ATLS. Manual do Curso para Alunos,
2010-10ª Edição
Bullock, M. R., Chesnut, R., Ghajar, J., Gordon, D., Hartl, R., Newell, D. W., Servadei, F., Walters,
B. C., & Wilberger, J. E. (2006). Guidelines for the management of severe traumatic brain injury.
Journal of Neurotrauma, 23(Suppl 1), S1-S106. https://doi.org/10.1089/neu.2006.9999
40ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A gestão democrática e a participação social são princípios essenciais do SUS, focando a
promoção do controle social e o fortalecimento da democracia na gestão da saúde. A nova PNAB
reforça esse aspecto ao valorizar a participação dos conselhos de saúde e a descentralização
das decisões para os níveis estadual e municipal, contribuindo para uma atenção básica mais
efetiva e adaptada às necessidades locais.
Referências:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PNH – Clínica ampliada e compartilhada. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br. Acesso em: 14 mar. 2024.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2012. v. I. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br. Acesso em: 14 mar. 2024. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselhos de saúde: a responsabilidade do controle
democrático do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br. Acesso em: 14 mar. 2024.
41ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por alterações da barreia
cutânea. O prurido é o principal sintoma e perpetuador das crises agudas. Na fase aguda, está
indicado o uso de corticoide tópico, anti-histamínico de primeira geração noturno e hidratação
regular.
Referências:
ANTUNES, A. A. et al. Guia prático de atualização em dermatite atópica. Arq Asma Alerg
Imunol. v. 1. n. 2, 2017. Parte I.
CARVALHO, V. O. Guia prático de atualização em dermatite atópica. Arq Asma Alerg Imunol. v.
1. n. 2, 2017. Parte II.
42ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à
unidade
de referência para realização de colposcopia (A). A repetição da citologia é inaceitável como
conduta inicial.
Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e
ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou seja, a
excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares – Tipos de
excisão) (A). Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando o
colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável (B).
REFERÊNCIA:
Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de
Janeiro: INCA, 2016.
43ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A questão evidencia uma hemorragia subconjuntival ou hiposfagma em olho direito, fenômeno
muito comum e frequentemente idiopático. A resolução espontânea ocorre, normalmente, em 1 a
2 semanas. Caso o paciente apresentasse algum outro sintoma associado (como baixa de
acuidade visual, por exemplo), seria aconselhado encaminhá-lo ao oftalmologista, mas não há
nenhuma outra queixa nem alteração ao exame. Orientar o paciente que a resolução
normalmente é espontânea.
REFERÊNCIA:
KANSKI, B. B. Oftalmologia Clínica: umaabordagem sistemática. 8. Edição. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016.
44ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no politraumatizado
(A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior mortalidade nestes
pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente queimado, suspeita-se de
queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região cervical anterior e face e à
rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser prontamente submetido a intubação
orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life
Support - ATLS. 10. edição.
45ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Mola hidatiforme completa é o diagnóstico diferencial mais provável, dada a combinação de
sangramento vaginal irregular, níveis anormalmente elevados de β-hCG e aumento uterino
desproporcional para a idade gestacional presumida. A mola hidatiforme completa é uma forma de
doença trofoblástica gestacional resultante de uma fertilização anormal, levando ao crescimento
de tecido trofoblástico anormal e ausência de desenvolvimento fetal normal.
Gravidez ectópica se manifesta tipicamente com dor abdominal aguda e sangramento, e o
tamanho uterino geralmente não está aumentado significativamente, pois o embrião se
desenvolve fora do útero.
Aborto espontâneo incompleto pode apresentar sangramento e dor, mas os níveis de β-hCG
começam geralmente a diminuir após o início do sangramento, diferindo do aumento
anormalmente elevado associado à mola hidatiforme.
Corioamnionite é uma infecção bacteriana do âmnio e corio, associada a febre, dor abdominal e
sensibilidade uterina, frequentemente no contexto de ruptura prematura de membranas, não se
aplicando ao caso.
Gravidez molar parcial poderia ser considerada, mas a descrição sugere mais fortemente uma
mola hidatiforme completa devido ao aumento desproporcional do tamanho uterino e níveis muito
elevados de β-hCG.
Referências:
MONTENEGRO, C. A. B; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14 ed.
[s.l.]: [s.d.].
Berkowitz, R. S., & Goldstein, D. P. Clinical practice. Molar pregnancy. The New England Journal
of Medicine, 368(17), 1639-1645. 2013. Disponível: https://doi.org/10.1056/NEJMcp1208128.
Acesso em: 29 mar. 2024.
46ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Métodos hormonais não devem ser usados em pacientes com anticorpos antifosfolípide positivo.
Mesmo os métodos apenas com progesterona são contraindicados em pacientes com anticorpos
antifosfolípide. Portanto, o único método indicado é o não hormonal. Entre as alternativas, realizar
implantação de DIU de cobre é a correta.
Referência:
FEBRASGO. Contracepção reversível de longa ação. Série: orientações e recomendações.
2022. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SerieZ1-2022-
Contracepcao.pdf. Acesso em: 29 mar. 2024.
47ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Distúrbio de deficit de atenção/hiperatividade é considerado um distúrbio de
neurodesenvolvimento. Distúrbios de neurodesenvolvimento são condições neurológicas que
aparecem precocemente na infância, geralmente antes da idade escolar, e prejudicam o
desenvolvimento do funcionamento pessoal, social, acadêmico e/ou profissional. Normalmente
envolvem dificuldades na aquisição, retenção ou aplicação de habilidades ou conjuntos de
informações específicas. O transtorno de deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) não tem uma
causa única específica. Potenciais causas do transtorno de deficit de atenção/hiperatividade
(TDAH) incluem fatores genéticos, bioquímicos, sensório-motores, fisiológicos e
comportamentais. Alguns fatores de risco incluem baixo pesoao recém-nascido,
possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade;
V – Fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de
educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional;
VI – Diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e
VII – Propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da
avaliação da mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados.
Art. 4º O Alojamento Conjunto destina-se a:
I – Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu
bebê;
II – Recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle
térmico; peso maior ou igual a 1.800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas;
III – Recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como, por exemplo: icterícia,
necessitando de fototerapia, malformações menores, investigação de infecções congênitas sem
acometimento clínico, com ou sem microcefalia; e
IV – Recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou
sepse neonatal após estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.068, de 21 de outubro de 2016. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html. Acesso em: 18
out. 2023.
51ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O processo de cicatrização ocorre em três etapas:
1. Inflamatória, que acontece nas primeiras 48 horas: Esta etapa é composta pelas típicas
respostas inflamatórias aguda e crônica. Os produtos da degradação da ativação do
complemento, quimiocinas liberadas a partir das plaquetas ativadas e outros mediadores
produzidos no local da lesão agem como agentes quimiotáticos para recrutar neutrófilos e
monócitos durante as 6 a 48 horas seguintes.
2. Proliferativa: O que leva até 10 dias, vários tipos de células, incluindo células epiteliais,
endoteliais e outras células vasculares e fibroblastos, proliferam e migram para fechar a ferida. As
células endoteliais e outras células vasculares proliferam para formar novos vasos sanguíneos,
um processo conhecido como angiogênese. A combinação de fibroblastos em proliferação, tecido
conjuntivo frouxo, novos vasos sanguíneos e células inflamatórias crônicas espalhadas forma um
tipo de tecido ímpar para cicatrização das feridas, chamado tecido de granulação.
3. Reparo: O tecido conjuntivo reorganizado é depositado pelos fibroblastos (colágeno) para
produzir uma cicatriz fibrosa estável (remodelamento). Esse processo se inicia 2 a 3 semanas
após a injúria e pode continuar por meses ou anos.
Referência:
KUMAR, V. Robbins Patologia Básica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN
9788595151895.
52ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Explicação: Pacientes vítimas de violência sexual apresentam alterações de comportamento,
como: 
– Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese ou
chupar dedos. 
– Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica. Fraco controle de impulsos e
comportamento autodestrutivo ou suicida. 
– Baixo nível de autoestima e excessiva preocupação em agradar os outros. Vergonha
excessiva, inclusive de mudar de roupa na frente de outras pessoas. 
– Culpa e autoflagelação. Ansiedade generalizada, comportamento tenso, sempre em estado de
alerta, fadiga; comportamento disruptivo, agressivo, raivoso, principalmente dirigido a irmãos e um
dos pais não incestuoso. Alguns podem ter transtornos dissociativos na forma de personalidade
múltipla.
Referências:
ANUÁRIO 2022. Disponível em: https://www.ufrgs.br/einaroda/wp-content/uploads/2018/12/sinais-
de-abuso-como-identificar.pdf
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/14-anuario-2022-violencia-sexual-
infantil-os-dados-estao-aqui-para-quem-quiser-ver.pdf. Acesso em: 30 mar. 2024.
JÚNIOR, D. C.; BURNS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. Barueri-SP. Editora
Manole, 2021.
53ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A vacinação contra hepatite induz uma resposta imunológica protetora ao apresentar ao sistema
imunológico uma versão inativada do vírus da hepatite. Essa exposição estimula a produção de
anticorpos específicos contra o vírus, bem como a ativação de células T que auxiliam na
destruição de células infectadas. Como resultado, o sistema imunológico se torna preparado para
reconhecer e combater o vírus da hepatite caso ocorra uma exposição futura, conferindo assim
imunidade e proteção contra a infecção.
Referência:
ABBAS, A. K. Imunologia celular e molecular. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
54ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O caso descrito trata-se de provável doença de plummer (nódulo solitário com hipertireoidismo),
e, portanto, nesse momento, deve ser solicitada a cintilografia para avaliar a captação do nódulo,
caso hipercaptante, confirmaria o diagnóstico.
Referência:
MEDICINA INTERNA DE HARRISON. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2021.
55ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os ensaios bioquímicos para detectar enzimas associadas a tumores, hormônios e outros
marcadores tumorais no sangue não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo do câncer;
no entanto, eles são usados com sucesso variável como testes de triagem e são úteis para
monitorar a resposta à terapia ou detectar a recorrência da doença. A aplicação desses ensaios é
considerada para muitas das formas específicas de neoplasias, por exemplo, O PSA, usado para
detectar o adenocarcinoma da próstata, sendo um dos marcadores tumorais mais utilizados na
prática clínica. Pode-se suspeitar de carcinoma prostático quando são encontrados níveis
elevados de PSA no sangue. No entanto, a triagem de PSA também apresenta os problemas
encontrados no uso de praticamente todo marcador tumoral. Embora os níveis de PSA estejam
frequentemente elevados no câncer, os níveis de PSA também podem estar elevados no quadro
de hiperplasia prostática benigna. Além disso, não existe um nível de PSA que garanta que um
paciente não tenha câncer de próstata. Assim, o teste de PSA sofre de baixa sensibilidade e baixa
especificidade, e seu uso como ferramenta de triagem tornou-se bastante controverso. No
entanto, o ensaio de PSA é extremamente valioso para detectar doenças residuais ou recorrência
após tratamento do câncer de próstata.
Referência:
KUMAR, V. Robbins Patologia Básica. 10 ed. [s.l.]: Grupo GEN, 2018. Disponível em: Minha
Biblioteca. Acesso em: 28 mar. 2024.
56ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Conforme a Lei n. 12.461/2011, casos de suspeita de violência contra idosos devem ser
notificados e encaminhados para os seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público;
Conselho Municipal do Idoso; Conselho Estadual do Idoso e/ou Conselho Nacional do Idoso. O
agente comunitário tem a competência de fazer essa notificação diretamente com autoridades
policiais, com base em suspeita de agressão contra o idoso. Preenchimento de ficha de
notificação seria em um segundo momento, após notificar a suspeita para autoridades
competentes (a qual também é competência do ACS, não sendo necessário transferir ao
enfermeiro).
Referências:
SALES, D. S. et al. (2014). A violência contra o idoso na visão do agente comunitário de saúde.
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, 19(1). Disponível em:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.36910. Acesso em: 27 mar. 2024.
BRASIL. Lei n. 12.461, de 26 de julho de 2011. Altera a Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003,
para estabelecer a notificação compulsória dos atos de violência praticados contra o idoso
atendido em serviço de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 27 jul. 2011. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12461.htm. Acesso em: 27 mar.
2023.
 
57ª QUESTÃOResposta comentada:
A bexiga hiperativa ou incontinência urinária de urgência compreende a “urgência urinária,
usualmente acompanhada de frequência e noctúria com ou sem urgeincontinência, na ausência
de infecção do trato urinário ou outra doença”, de acordo com a International Continence Society
(ICS). O tratamento farmacológico de primeira linha é geralmente feito com agentes
anticolinérgicos, como oxibutinina, com intuito de reduzir a amplitude das contrações detrusoras e
aumentar a capacidade vesical.
Referência:
BEREK & NOVAK. Tratado de Ginecologia. 16 ed. [s.l.]: 2021.
58ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A principal hipótese diagnóstica é de síndrome nefrítica. São sugestivos: urina escura (hematúria),
hipertensão, edema bipalpebral e história de infecção estreptocócica prévia (infecção de pele
tratada com cefalexina). O exame de urina típico de glomerulonefrite revela hematúria e
hemoglobinúria em praticamente todos os casos. Cilindros hemáticos e a presença de proteinúria
em graus variados caracterizam a origem glomerular da hematúria. Cilindros granulosos e
hialinos podem ser vistos, mas o achado de cilindros largos sugere glomerulopatia crônica. É
comum a presença de leucocitúria e de cilindros leucocitários, provenientes do processo
inflamatório glomerular, embora não signifique infecção bacteriana do trato urinário. A proteinúria é
proporcional ao grau de hematúria e, em aproximadamente 10% das crianças afetadas, atinge
transitoriamente níveis nefróticos. A persistência de proteinúria maciça, além do período agudo
esperado para glomerulonefrite, sugere outro tipo de glomerulopatia.
Referência:
LEÃO, E. Pediatria ambulatorial. 6 ed. [s.l.]: Coopmed, 2022. p. 1.158-1.159.
59ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O Streptococcus pneumoniae é uma bactéria gram-positiva que possui uma parede celular
complexa composta por peptidoglicano. A penicilina é o antimicrobiano de escolha para o
tratamento de infecções por Streptococcus pneumoniae, pois inibe a síntese da parede celular
bacteriana. A penicilina se liga a transpeptidases, enzimas essenciais para a formação do
peptidoglicano, impedindo a formação da parede celular e levando à morte da bactéria.
Referência:
Disponível em: https://www.who.int/health-topics/pneumonia/#tab=tab_3. Acesso em: 11 de mar. 
2024.
60ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A síndrome HELLP caracteriza-se por intensa lesão epitelial, responsável por microangiopatia
trombótica com hemólise, ativação do sistema de coagulação, consumo de plaquetas e
comprometimento hepático. É importante salientar que todas as gestantes com idade gestacional
acima de 20 semanas que procuram assistência médica com queixa de dor epigástrica e/ou no
hipocôndrio direito, associada ou não a vômitos, devem ser elegíveis para síndrome HELLP e
precisam ser investigadas. Nos casos de HELLP com idade gestacional a partir de 34 semanas,
é indicado a resolução da gestação. Não sendo indicado corticoide acima de 34 semanas.
 
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas. Manual de gestação de alto risco / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
KORKES, H. A. et al. (Org.). Síndromes hipertensivas na gestação e suas complicações a
longo prazo. São Paulo: EDUC, 2023.
61ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O artigo 4º da lei 8.142 de 1990 pontua os seguintes critérios para que os estados, os municípios
e o Distrito Federal recebam os recursos para saúde:
I — Fundo de Saúde;
II — Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n.° 99.438, de 7 de
agosto de 1990;
III — Plano de saúde;
IV — Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n.° 8.080,
de 19 de setembro de 1990;
V — Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI — Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo
de dois anos para sua implantação.
Referência:
BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro 1990. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm. Acesso em: 27 mar. 2024.
62ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O diagnóstico do DPP é eminentemente clínico. O DPP agudo habitualmente se inicia com dor
abdominal aguda, súbita e intensa, acompanhada de sangramento vaginal escuro com coágulos,
na presença de hipertonia uterina ou taquissistolia. 
Referência:
HOFFMAN, B. L. et al. (ed). Williams gynecology. v. 25. New York: McGraw-Hill Education,
2016.
63ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Aguardar a resolução espontânea da dor não é apropriado diante da suspeita de torção testicular,
pois o tempo é crucial para a viabilidade do testículo. Atrasos podem levar à perda testicular por
necrose.
A ultrassonografia doppler do escroto é o exame de escolha para avaliar a torção testicular, pois
permite a visualização da anatomia testicular e a avaliação do fluxo sanguíneo, sendo crucial para
o diagnóstico rápido e o tratamento imediato​​.
A tomografia computadorizada do abdome e pelve não é o exame indicado para avaliar a torção
testicular, pois não oferece a mesma precisão que a ultrassonografia doppler no que diz respeito
ao fluxo sanguíneo testicular.
Iniciar antibioticoterapia e reavaliar em 24 horas pode ser apropriado para epididimite, mas não
para suspeita de torção testicular, onde a intervenção cirúrgica urgente é frequentemente
necessária para salvar o testículo.
Indicar referência para consulta urológica ambulatorial em uma semana seria inadequada, pois a
torção testicular é uma emergência urológica que requer intervenção imediata para preservar a
função testicular.
Referência:
Barbosa, J. A. et al. Diagnóstico e tratamento da torção testicular: uma revisão urgente. Revista
Brasileira de Cirurgia Pediátrica, v. 35, n. 1, 2019, p. 45-52.
64ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As primeiras células sanguíneas são derivadas do mesoderma embrionário localizado no saco
vitelínico.
A hematopoiese ocorre em diferentes órgãos, conforme a idade embrionária avança, sendo um
desses órgãos o fígado.
A diferenciação linfocítica ocorre na medula óssea, no caso dos linfócitos B, no timo, no caso de
linfócitos T.
A maturação de células progenitoras em células diferenciadas depende de fatores de crescimento
hemocitopoiéticos e de um microambiente adequado.
A formação das células sanguíneas começa 2 semanas após a concepção (fase mesoblástica)
na mesoderme do saco vitelino, onde as células mesenquimais se agregam para formar grupos
conhecidos como ilhotas sanguíneas. As células periféricas dessas ilhotas formam a parede
vascular, e as células restantes se convertem em eritroblastos, que se diferenciam em eritrócitos
nucleados que contêm HbF. Somente na época do nascimento os eritrócitos contêm HbA1 e
HbA2, bem como uma quantidade muito pequena de HbF.
A fase mesoblástica começa a ser substituída pela fase hepática por volta da sexta semana de
gestação. Os eritrócitos circulantes ainda apresentam núcleos e os progenitores não eritroides
aparecem na oitava semana de gestação. A fase esplênica começa durante o segundo trimestre;
as fases hepática e esplênica continuam até o fim da gestação.
A hemocitopoese na medula óssea (fase mieloide) começa no fim do segundo trimestre. À
medida que o sistema esquelético continua a se desenvolver, a medula óssea assume um papel
cada vez mais importante na formação das células sanguíneas. Ainda que o fígado e o baço não
sejam ativos na hemocitopoese pós-natal, esses órgãos podem reverter sua condição para
formar novas células sanguíneas, se necessário.
Referências:
GARTNER, Leslie P. Tratado de histologia. [s.l.]: Grupo GEN, 2022. E-book.

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