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Processo Reversível Um processo é reversível quando: 1. a sua direção pode ser invertida em qualquer ponto por uma variação infinitesimal nas condições externas; 2. as transformações ocorrem lentamente de forma que as propriedades (temperatura, pressão, etc) do sistema não sejam alteradas significativamente. Considere o dispositivo cilindro-Pistão em que a pressão exterior é representada pelo peso de uma certa quantidade de areia colocada sobre o pistão. Energia Perdida devido ao atrito Sem perdas de energia Reversível Irreversível Observações: ª O Equilíbrio mecânico exige que: PExt = Pint; ª Retirando um grão de areia (diminuindo a pressão de uma quantidade infinitesimal) PExt ≈ Pint, o gás expande-se lentamente; ª Retirando grande parte da areia, PExt < Pint, o gás expande-se subitamente perdendo energia por fricção. Em resumo: Um processo é reversível quando: 1. Não tem atrito; 2. Nunca está afastado mais do que infinitesimal do equilíbrio; 3. Atravessa uma sucessão de estados de equilíbrio; 4. Pode ser invertido em qualquer ponto por uma variação infinitesimal nas condições externas; 5. Quando invertido, percorre no sentido inverso a mesma trajetória, restaurando o estado inicial do sistema e da vizinhança. O trabalho é calculado através da seguinte expressão: extdW P dV=− Em um processo reversível, Pext = Pint – dP, logo: ( )intf i V V W P dP dV=− −∫ int f f i i V V V V W P dV dPdV=− +∫ ∫ 0 int f i f i V V V V P dV PdV ≈ =− =− ∫ ∫ Observação 2: 1. Trabalho reversível realizado pelo sistema é máximo; 2. Trabalho reversível realizado sobre o sistema é mínimo. ou Observação 1: Somente em processos reversíveis é que podemos substituir a pressão externa pela pressão do sistema no cálculo do trabalho PV. Observação 3: Em um processo irreversível, mesmo que o sistema retorne ao seu estado original, as vizinhanças terão sidos alteradas. Observação 4: A estratégia utilizada para processos irreversíveis (reais) consiste em resolver o problema para processos reversíveis (idealizado, que efetue a mesma transformação) e, em seguida, fazer a correção para as irreversibilidades usando o fator de eficiência. real ideal w w η = Máquina Motriz: Trabalho realizado pelo sistema ideal real w w η = Máquina Operatriz: Trabalho realizado sobre o sistema Capacidade Calorífica É uma medida da quantidade de calor necessária para aumentar de um grau a temperatura de uma dada massa de material. Capacidade calorífica a volume constante É uma medida da quantidade de calor necessária para aumentar de um grau a temperatura de uma dada massa de material quando o sistema é aquecido em um processo reversível a volume constante. V V UC T ∂⎛ ⎞= ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ A derivada total da energia interna é dada por: V V T T U dT T C UdU dV V U dV V dT ∂⎛ ⎞= + ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ ∂⎛ ⎞= + ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ ∂⎛ ⎞⎜ ⎟∂⎝ ⎠ onde U = f(T, V). Os dois casos relevantes são: ª Processos reversíveis a volume constante: (1) (2) 0dV = Logo a Equação (2) pode ser escrita como: VdU C dT= ou 1 0 T VT U C dT∆ = ∫ A primeira lei pode ser escrita como: revU Q W Q PdV ∆ = + = + 0 Q = = (3) (4) ¬ As moléculas não possuem dimensões; ¬ Não existem forças intermoleculares (atrativas e repulsivas) entre as moléculas. Gás ideal: O modelo do gás perfeito baseia-se nas seguintes hipóteses: T V U PT P V T ∂ ∂⎛ ⎞ ⎛ ⎞= −⎜ ⎟ ⎜ ⎟∂ ∂⎝ ⎠ ⎝ ⎠ A derivada parcial da energia interna com relação ao volume molar, mantendo a temperatura constante, é dada por (dedução a partir da relação de Maxwell): (5) Para um gás ideal, PV RT= A derivada parcial da pressão com relação a temperatura, mantendo-se o volume molar constante, é dada por: V P R T V ∂⎛ ⎞ =⎜ ⎟∂⎝ ⎠ Substituindo este resultado na Equação (23), encontra-se que: T U VV RT∂⎛ ⎞ =⎜ ⎟∂⎝ ⎠ 0 P P = − = Portanto, para processos a volume constante e para processos envolvendo gás perfeito, a Equação (2) é dada por: VdU C dT= (6) A Equação (6) é válida para um gás perfeito independente do processo. Capacidade calorífica a pressão constante É uma medida da quantidade de calor necessária para aumentar de um grau a temperatura de uma dada massa de material quando o sistema é aquecido em um processo reversível a pressão constante. Os dois casos relevantes são: ª Processos reversíveis a pressão constante: 0dP = P P HC T ∂⎛ ⎞= ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ onde H = f(T, P). (7) Por definição, a entalpia é dada por: A derivada total da entalpia é dada por: P P T T H dT T C HdH dP P H dP P dT ∂⎛ ⎞= + ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ ∂⎛ ⎞= + ⎜ ⎟∂⎝ ⎠ ∂⎛ ⎞⎜ ⎟∂⎝ ⎠ (8) Logo a Equação (8) pode ser escrita como: PdH C dT= (9) dH dU dU dPV PdV VdP = + = + + 0 Q = = (10) ª Gás ideal: dH dU dPV dU dRT = + = + (11) 0 T H P ∂⎛ ⎞ =⎜ ⎟∂⎝ ⎠ (12) Substituindo o resultado fornecido pela Equação (12) na Equação (8), encontra-se que: P T H d HdH P T T ∂⎛ ⎞= +∂⎛ ⎞⎜ ⎟∂⎝ ⎜ ⎟∂⎝ ⎠⎠ 0 P T dP C d = = (13) A Equação (13) é válida para um gás perfeito independente do processo. A Equação (11) afirma que, para um gás ideal, H = f(T), pois U = f(T) e PV = f(T). Portanto: Por definição, Relação entre Cp e Cv para Gases Ideais A definição de entalpia é dada por: ( )dH dU d PV= + Para um gás ideal, as seguintes equações podem ser escritas: 1. Variação de energia interna: (14) VdU C dT= 2. Variação de entalpia: PdH C dT= 3. Equação de estado: PV RT= Substituindo estas relações na Equação (14), encontra-se que: ( )P V V C dT C dT d RT C dT RdT = + = + Portanto, P VC C R= + Capacidade calorífica média A capacidade calorífica média é definida por: As capacidades caloríficas de gases ideais são representadas por: 0 0 T PT P T T C dT C dT = ∫∫ 2 2PC A BT CT DT R −= + + + ª Smith-Abbott-van Ness (2000 e 2007) 2 3 PC A BT CT DT= + + + ª Reid-Prausnitz-Poling (1988): 2 3 4PC A BT CT DT ET R = + + + + ª Poling-Prausnitz-O´Connell (1988): 2 3 4 PC A BT CT DT ET= + + + + ª YAWS (1999): Balanço de Massa em Sistemas Abertos O balanço material para um processo é escrito como: Acúmulo de Material Total de Material Total de Material dentro do sistema alimentado no sistema retirado do sistema ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= −⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Os sistemas abertos são caracterizados por correntes escoando; existem quatro medida de escoamento usuais: 1. Vazão mássica, m� 2. Vazão molar, n� 3. Vazão volumétrica, q� 4. Velocidade média, u As medidas de escoamento são inter-relacionadas: m Mn=� � q uA= m uAρ=� Onde A é a área de seção transversal do escoamento. ρ é a densidade específica. Para a obtenção da expressão matemática do balanço material, considere a representação da Figura seguinte. CV i i dm m dt ⎡ ⎤ =⎢ ⎥⎣ ⎦ ∑ � Portanto, A convenção é a seguinte: 1. Saídas: Vazão mássica com o sinal positivo; 2. Entrada: Vazão mássica com o sinal negativo. Para o esquema mostrado na Figura, 3 2 1 CVdm m m m dt ⎡ ⎤ = − −⎢ ⎥⎣ ⎦ � � � Para o estado estacionário, 0CVdm dt = Logo, 3 2 1 0m m m− − =� � � ou 1 2 3m m m+ =� � � O procedimento para a obtenção de uma expressão para a derivada parcial da última parcela da Equação (2) principia-se com a primeira e segunda leis da termodinâmica para sistema fechado. Assim: dU TdS PdV= − Dividindo por dV e restringindo para temperatura constante, encontra-se que: T T U ST P V V ∂ ∂⎛ ⎞ ⎛ ⎞= −⎜ ⎟ ⎜ ⎟∂ ∂⎝ ⎠ ⎝ ⎠ (20) (21) Usando as relações de Maxwell para a energia livre de Helmholtz, V T P S T V ∂ ∂⎛ ⎞ ⎛ ⎞=⎜ ⎟ ⎜ ⎟∂ ∂⎝ ⎠ ⎝ ⎠ (22) Demonstração Substituindo a Equação (22) na Equação (21), encontra-se que: T V U PT P V T ∂ ∂⎛ ⎞ ⎛ ⎞= −⎜ ⎟ ⎜ ⎟∂ ∂⎝ ⎠ ⎝ ⎠ (23) Para um gás ideal, PV RT= A derivada parcial da pressão com relação a temperatura, mantendo-se o volume molar constante, é dada por: V P R T V ∂⎛ ⎞ =⎜ ⎟∂⎝ ⎠ Substituindo este resultado na Equação (23), encontra-se que: T U VV RT∂⎛ ⎞ =⎜ ⎟∂⎝ ⎠ 0 P P = − = Portanto, para processos a volume constante e para processos envolvendo gás perfeito, a Equação (2) é dada por:VdU C dT= (24)
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