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Artrite e Osteoartrite 1. INTRODUÇÃO: • Apresentação do tema. • Importância do tema na área de estudo. • Objetivos da apresentação. O seguinte trabalho abordará informações sobre as patologias Artrite e Osteoartrite. Ambas são doenças resultantes de uma inflamação na região articular que afeta o desempenho e bem-estar dos animais ao gerar sinais dolorosos com limitações de movimento. A artrite é uma afecção de inflamação na região articular com causas amplas como infecções, traumas e doenças autoimunes. A osteoartrite (osteoartrose ou artrose) é um tipo de artrite que se caracteriza pela degeneração crônica do tecido da articulação, em principal a cartilagem articular. Neste sentido, o abalo dessas afecções na saúde do animal é significativo ao prejudicar a mobilidade necessária e dispor de processos dolorosos atingindo sua qualidade de vida. A predisposição pode ocorrer diante o envelhecimento do animal, dado ao enfraquecimento celular, excesso de peso, diante a sobrecarga, e outros traumas articulares. A importância do conhecimento sobre o tema em questão facilita o diagnóstico precoce no intuito de disponibilizar o tratamento adequado para não progressão patológica. A discussão sobre a patogênese, etiologia, fisiopatologia, métodos terapêuticos com manejo adequado e tipos de prevenção são indispensáveis para proporcionar um maior conforto e redução de impactos direto sobre a condição física dos animais acometidos. 2. DESENVOLVIMENTO: 2.1. Definição e Conceitos: • Explicar o que é a condição ou doença. • Diferenciar entre termos semelhantes (ex.: artrite vs. osteoartrite). ARTRITE Trata-se de uma patologia inflamatória (crônica ou aguda) nas articulações que, com o passar do tempo, caso não seja tratada devidamente progride para uma osteoartrite, principalmente em decorrência da idade avançada. O desgaste presente nas articulações, diante a alguns traumas ou infecções, dentre outros fatores, pode levar a um processo inflamatório na região, formando alguns osteófitos - uma resposta do organismo, ao formar protuberâncias ósseas para evitar o atrito de um osso com outro diante ao desgaste articular, eles tentam aumentar a superfície da articulação redistribuindo a carga para que fique mais uniforme, porém, assim eles podem ocasionar num maior atrito entre ossos ou tendões na região agravando a dor, pela pressão nos tecidos que estão ao redor. Tem-se a presença de alguns tipos de artrite como: - Artrite Reumatoide: Doença crônica autoimune refletida de um processo inflamatório com início na membrana sinovial, diante a deformação de algumas estruturas articulares (cartilagens), tendões e alguns ligamentos justapostos à articulação. Ela ocorre quando o sistema imunológico ataca células saudáveis da articulação perante a uma inflamação local. - Artrite Séptica: Trata-se de uma afecção grave em decorrência de uma infecção bacteriana ou fúngica, por exemplo, na disseminação de bactérias pela corrente sanguínea que pode atingir a região articular (infecção sistêmica) ou ocorre diretamente na articulação (ferida aberta) gerando uma resposta inflamatória no local. (artrite séptica em equino) - Artrose (osteoartrite): Condição crônica que se dá a degeneração na cartilagem articular, tendo-se insuficiência na produção de cartilagem, acometendo animais mais velhos, alguns com predisposição genética ou aqueles que apresentam sobrepeso. - Artrite metabólica (gota): É uma inflamação gerada pelo acúmulo de ácido úrico no corpo, gerando inchaço, dor e uma maior rigidez nas regiões articulares. OSTEOARTRITE Refere-se a uma patologia degenerativa articular de lenta progressão que resulta na perda da cartilagem da articulação com exposição do osso subcondral, aquele que se encontra abaixo da cartilagem. O processo inflamatório da osteoartrite acaba por atingir o líquido sinovial, o desgaste contínuo da cartilagem libera alguns fragmentos da própria cartilagem e alguns subprodutos da articulação, eles são responsáveis por induzir a resposta inflamatória do líquido sinovial. A destruição inicial do tecido cartilaginoso pode desencadear na exposição do tecido ósseo – inflamação com alto dano devido a mecanismos de reparo tecidual, a pequena lesão sofrida na região induz uma resposta inflamatória descontrolada que aumenta o dano e gera a deterioração do tecido ósseo – sendo assim, ocorre tanto acometimento ósseo quanto articular em decorrência ao processo inflamatório. A classificação como um processo degenerativo se dá devido à baixa atividade metabólica celular, o desgaste progressivo e irreversível das estruturas articulares. Há a perda cartilagínea, diminuição do espaço interarticular, esclerose do osso subcondral - aumento da densidade e rigidez do osso abaixo da cartilagem, a esclerose ocorre diante em resposta ao estresse mecânico sofrido, isso desencadeia em dor e rigidez articular diante ao aumento da densidade que afeta a funcionalidade da articulação - e formação de osteófitos nas regiões articulares acometidas. A formação destes osteófitos ocorre em resposta ao estresse mecânico e perda de cartilagem, há a remodelação óssea no local que resulta na criação dos osteófitos que formam projeções/esporões ósseos (organismo tenta estabilizar a articulação). Eles acabam potencializando a dor devido aos esporões pressionarem os tecidos adjacentes (tendões ou ligamentos) e também a membrana sinovial. Além disso, os osteófitos podem reduzir a mobilidade diante a compressão na região. A osteoartrite é classificada como primária e secundária: A OA primária ocorre principalmente em animais idosos, que apresentam o desgaste da cartilagem articular natural diante a idade. A atividade celular é reduzida (condrócitos) faz com que eles entrem em senescência celular – param de se multiplicar devido ao envelhecimento, estresse ou algum dano – assim produzem algumas citocinas inflamatórias que elevam a inflamação no tecido cartilaginoso acelerando a degradação de cartilagem. Além disso, eles aumentam os produtos finais de glicação, estes produtos elevam o estresse oxidativo dos condrócitos e também podem modificar as proteínas de matriz extracelular (colágeno e proteoglicanos) ao se tornarem mais rígidas e menos elásticas – perde capacidade de absorção de impactos. Condrócitos jovens têm um mecanismo de proteção denominado autofagia, mas está ausente em células envelhecidas. A AO secundária é a mais comum com acometimento da articulação e estruturas de suporte, presente principalmente em pequenos animais. Traumas, displasias, instabilidade e em principal o sobrepeso são consequentes. A obesidade é contribuinte diante ao fato que o tecido adiposo sistêmico secreta substâncias de adipocinas que induzem inflamação articular e aumentam a degradação da cartilagem, além da sobrecarga mecânica. Contudo, a degradação do colágeno tipo II é o início do que determina a progressão irreversível da patologia. A degradação da cartilagem faz com que os condrócitos responsáveis pelo equilíbrio dos componentes da matriz não consigam manter os proteoglicanos (principalmente agrecanos presentes na cartilagem) e nem a água, gerando um ambiente instável. DIFERENÇA DA ARTRITE PARA OSTEOARTRITE A principal diferença dentre as patologias citadas, ambas são inflamações nas articulações, está relacionado ao fato que a artrite é um processo inflamatório agudo na região articular que ocasiona no atrito ósseo, enquanto a osteoartrite é a inflamação crônica nos tecidos articulares que resulta numa degeneração, se caracterizando pela degradação progressiva da cartilagem articular. Contudo, toda osteoartrite é considerada uma artrite, porém nem toda artrite é considerada uma osteoartrite, já que a osteoartriteé um tipo de artrite ocasionada por um alto estresse mecânico com desgaste articular e a artrite apresenta outros tipos, como já citado, por exemplo a artrite reumatóide. 2.2. Etiologia: • Causas e fatores de risco Artrite Algumas das causas da afecção estão relacionadas, também, ao tipo de artrite que o animal apresenta, pode ser de origem infeciosa, diante a uma doença autoimune, traumas ou lesões e também de origem metabólica. Infecções: Caso da artrite séptica, pela disseminação de microrganismos como bactérias - principais causadores da infecção – ou fungos (raros) - podem ser patogênicos quando identificados de forma isolada em culturas. A infecção pode ocorrer de maneira sistêmica ou por meio de uma ferida aberta diretamente na região articular. Alguns animais jovens podem desenvolver diante ao manejo inadequado. Há também a infecção sinovial. O processo infeccioso articular em equinos é o resultado da infecção sinovial, surge pela entrada de microrganismos em feridas abertas, na circulação sanguínea ou intervenções cirúrgicas, as causas mais comuns são: - Traumatismo (36,5% nas articulações e 55% nas bainhas tendíneas) - Injeções intra-articulares (34,1% nas articulações e 22% nas bainhas tendíneas) - Infecções pós-operatórias (19,8% nas articulações) - Causas idiopáticas (9,5% nas articulações e 22% nas bainhas tendíneas) Doenças Autoimunes: Presente no caso da artrite reumatoide refletida sobre um processo inflamatório, o organismo do animal produz alguns anticorpos para o combate da inflamação diretamente da região articular, pode levar a uma inflamação crônica. Traumas e Lesões: Presente em casos de artrite traumática por meio de alguma fratura ou lesões agudas – carga que o próprio corpo não consegue suportar – de forma que a frequências destas lesões irão gerar um desgaste articular, podendo-se ter a progressão de uma artrite para osteoartrite. Fatores de Risco - Idade avançada: animais mais velhos são mais suscetíveis dado ao desgaste natural da cartilagem, principalmente no caso de osteoartrite, diante ao uso constante da articulação e acúmulo de microtraumas, além que a cartilagem é um tecido com baixa capacidade regenerativa por sua baixa irrigação tecidual. - Raça: predisposição de algumas raças de grande porte (labrador) ou também pacientes com histórico de lesões articulares. - Obesidade: Excesso de peso/carga sobre as articulações que tendenciam a geração de microtraumas na região articular. Osteoartrite A osteoartrite desencadeia na destruição da cartilagem articular e insuficiência na produção de cartilagem, ela desencadeia um processo como a esclerose do osso subcondral (aquele presente abaixo da cartilagem) e a inflamação do líquido sinovial gerando a inconvertível degradação. Causas A afecção aflige articulações como coxo-femural, fêmuro-tíbio-patelar, tíbio-társica, escápulo-umeral, úmero-ulnar, articulações do carpo e da coluna vertebraCausas: Primária: 1. Desgaste natural Relacionado ao envelhecimento pelo uso frequente das articulações e a morte natural dos condrócitos – baixa produção da matriz – que se dispõe do processo de senescência: o processo natural de envelhecimento a nível celular. 2. Estresse oxidativo Em decorrência ao envelhecimento gerar este estresse, ele causa danos as células articulares e desenvolve a degradação do tecido. Secundárias: 1. Dano articular/fraturas Causam danos diretos na região articular e também ao osso subcondral, eles podem ser permanentes que ocasiona na degeneração da cartilagem. 2. Doenças congênitas Condições em que o animal apresente displasia coxofemoral, algumas raças com maior predisposição, que causam a má formação de tais articulações. O incorreto encaixe entre os ossos irá gerar atrito, consequentemente, leva ao desgaste do tecido cartilaginoso. Luxação patelar, muito presente em raças de pequeno porte, desencadeia na claudicação dos membros pélvicos que também leva ao desgaste do tecido cartilaginoso diante a anormalidade durante a locomoção do animal. Fatores de risco: Genética Predisposição de algumas raças como: rottweiler e labrador, raças de grande porte que apresentam maior suscetibilidade de desenvolvimento de displasias, dentro outros problemas articulares, que desenvolve tal afecção. - Envelhecimento Condrócitos não conseguem produzir quantidade adequada da matriz extracelular para manter a cartilagem saudável, diante ao envelhecimento celular. - Obesidade (predisponente e agravante) Tanto em relação a fatores genéticos quanto articulares. A obesidade provoca a sobrecarga nas articulações (microlesões no tecido articular), isso gera uma baixa capacidade de reparo no tecido induzindo um processo inflamatório que irá elevar ainda mais essas microlesões. - Nível de atividade física - Pode ser em casos em que o animal tenha um baixo nível de atividade; - Nível exacerbado (principalmente animais que apresentem sobrepeso), desta forma, deveriam realizar atividades de baixo impacto (hidroginástica). 2.3. Fisiopatologia: • Mecanismos de desenvolvimento da condição. Sintomas e Diagnóstico: • Principais sinais e sintomas. • Métodos de diagnóstico (exames clínicos, laboratoriais, de imagem). http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/333/323 https://www.vetprofissional.com.br/artigos/doencas-articulares-em-racas-pequenas- conheca-a-anatomia-e-os-achados-radiograficos-dessas-doencas Mecanismos de Desenvolvimento: Artrite: 1. ESTÍMULO: Se inicia com inflamação nas articulações, pode ser autoimune (como na artrite reumatoide) ou infecciosa (causada por patógenos) pela artrite séptica. Além disso, pode decorrer de algum trauma – fraturas ou luxações – que gera um impacto influenciador de um processo inflamatório. 2. INFLAMAÇÃO: Após o início do processo inflamatório, o organismo do animal cria uma resposta liberando algumas citocinas e mediadores inflamatórios. Serão http://bia.iz.sp.gov.br/index.php/bia/article/view/333/323 https://www.vetprofissional.com.br/artigos/doencas-articulares-em-racas-pequenas-conheca-a-anatomia-e-os-achados-radiograficos-dessas-doencas https://www.vetprofissional.com.br/artigos/doencas-articulares-em-racas-pequenas-conheca-a-anatomia-e-os-achados-radiograficos-dessas-doencas disponibilizadas algumas citocinas pró-inflamatórias que ativam a resposta inflamatória diante ao dano articular gerado. A resposta inflamatória, então, interfere na chegada de nutrientes para as células do tecido – condrócitos – que irão entrar em degeneração reduzindo a produção de matriz extracelular. Os condrócitos, como resposta, liberam mais citocina e algumas enzimas que degradam a cartilagem. 3. DEGRADAÇÃO: Neste momento, como o tecido cartilaginoso sofre interferência na difusão de nutrientes para células do tecido, há a destruição da matriz extracelular que leva a perda dos principais componentes como proteoglicanos e colágeno tipo II. A cartilagem perde sua elasticidade e rigidez com exposição do osso subcondral. O osso subcondral, com a progressão da afecção, aumenta sua densidade diante ao estresse mecânico. Para estabilização da articulação há a formação de osteócitos que irão formar esporões como tentativa de reparo, porém, interferem na mobilidade e aumento do atrito. 4.CICLO VICIOSO: Se cria um ciclo de degradação, como tentativa a resposta ao dano articular, isso acaba evoluindo para um processo degenerativo com insuficiência na produção de cartilagem (osteoartrite). Osteoartrite: Decorre basicamente dos mesmos processos que a atrite. Ela ocorre, principalmente diante a sobrecarga articular, pelo uso intensivo das articulações (principalmente animais de grande porte pelo seu alto impacto) que geram microtraumas frequentes desencadeadores de danos articulares.1. INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Gera à fibrose da cápsula articular, há o espessamento da cápsula diante a perda de elasticidade e rigidez. 2. PERDA DA FUNCIONALIDADE: Os danos ocasionados a região articular do tecido cartilaginoso, processo inflamatório e alterações resultam em intensas dores constantes e redução da mobilidade ao apresentar rigidez articular. Principais Sinais e Sintomas: Artrite: - Dor e edema; - Vermelhidão; - Rigidez (principalmente em períodos em que esteve de repouso) e perda de função articular - Letargia (falta de energia) - Lambedura excessiva na região articular (tentativa de diminuir dores) e sensibilidade ao toque - Atrofia muscular (diante a redução do uso articular) - Andar rígido e/ou curvado. Osteoartrite: - Dor e rigidez após repouso; - Crepitação (som de estalo) e inchaço leve; - Redução da mobilidade; - Sinais de dor (gemidos ou choros ao ter-se manuseio na articulação acometida); - Atrofia muscular e formação de osteófitos; - Andar rígido. Métodos de Diagnóstico: 1. Exame Clínico: Avaliação de histórico e exame físico das articulações. 2. Exames Laboratoriais: Hemograma, PCR, VHS, fator reumatoide, anti-CCP e análise do líquido sinovial para diferenciar tipos de artrite. 3. Exames de Imagem: Radiografia (perda de espaço articular e osteófitos), ressonância magnética (danos precoces), ultrassom e tomografia para avaliação detalhada. O diagnóstico e tratamento adequados visam controlar a dor e melhorar a qualidade de vida. 2.4. Tratamento e Manejo: • Opções de tratamento (medicamentos, cirurgias, terapias). • Cuidados e manejo a longo prazo. O tratamento para osteoartrite Todos os tipos de animais são afetados por esta doença. Entre os carnívoros domésticos, os mais afetados são cães e gatos, devido à sua longevidade e atividade. Certos fatores predispõem à osteoartrite, como excesso de peso, atividade física intensa ou inadequada, histórico de trauma articular ou ósseo, idade avançada, raça. O tratamento da osteoartrite inclui a supressão da inflamação (anti-inflamatória), a redução da destruição da cartilagem (condroprotetores) e se possível a estimulação da repetiçãoaração da cartilagem. O conforto da vida do animal também deve ser maintenu pela supressão da dor (analgesia) quando presente. A escolha das soluções deve ser adaptada ao uso a longo prazo com efeitos colaterais limitados. Se a osteoartrite for consequência de um defeito de conformação (displasia do quadril ou cotovelo, luxação da patela, etc.) ou de trauma articular (fratura, ruptura do ligamento cruzado, etc.), um procedimento cirúrgico pode ser indicado. Para limitar a sua progressão, a osteoartrite deve ser tratada precocemente e, se possível, desde o primeiro ataque. O tratamento da osteoartrite em cães pode incluir: Medicamentos: Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o carprofeno, para controlar a dor e a inflamação. Outros medicamentos incluem o tramadol, analgésico que dura pelo menos quatro horas, e o Librela, anticorpos monoclonais que neutralizam moléculas envolvidas na doença. Fisioterapia: Aumenta a circulação e o fluxo linfático, reduz a dor e a inflamação, e melhora a força e o equilíbrio. Podem ser usados equipamentos como laser terapêutico e ultrassom terapêutico. Hidroterapia: A pressão hidrostática e o empuxo da água auxiliam na realização dos exercícios, e a flutuabilidade diminui a sobrecarga nas articulações. Exercícios: Alongamentos e exercícios terapêuticos ajudam na reabilitação do animal. Controle de peso: Reduzir o peso do animal pode combater a degeneração causada pela osteoartrite Dieta adequada: Uma nutrição adequada ajuda na prevenção da osteoartrite Cirurgia Em alguns casos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica por exemplo a A artroplastia é uma cirurgia que pode ser indicada para cães com osteoartrite, na qual a articulação é substituída por uma artificial, geralmente composta por elementos cerâmicos e metálicos. O tratamento para artrite em cães Medicamentos: Anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos para aliviar a dor e retardar a inflamação. Se a inflamação for bacteriana, o veterinário pode prescrever antibióticos, Fisioterapia: Pode ser feita com estímulos locais ao movimento, lasers, ultrassom e hidroterapia Intervenção cirúrgica: Em casos graves, pode ser necessária uma cirurgia para eliminar osteófitos ou artrose Acupuntura: Pode ser uma terapia eficaz para controlar a dor. Controle de peso: É importante controlar o peso do cão, tanto para prevenir como para tratar a artrite. 2.5. Prognóstico: • Expectativas de recuperação e qualidade de vida. ARTRITE: PROGNÓSTICO: Tipo de Artrite: pode ser causada por diversas condições, desde a um desgaste natural das articulações, até mesmo a uma artrite reumatoide, para cada tipo de artrite irá ter um prognóstico diferente. Raça e Idade: algumas raças podem ter mais chance a certos tipos de artrite. Como: equinos em geral, algumas raças de cães: Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor Alemão, gatos: Maine Coon, Ragdoll, Persa, Himalaia, Scottish Fold. Gravidade da Doença: A extensão da inflamação e a quantidade de danos nas articulações afetam diretamente o prognóstico. Tratamento: A detecção antecipada, tratamento adequado pode retardar o progresso da doença, podendo melhorar a qualidade de vida do animal. OSTEOARTRITE PROGNÓSTICO: Grau de Desgaste Articular: Quanto maior for o desgaste, mais desafiador será o tratamento. Idade: Os animais mais jovens tendem a ter uma resposta melhor ao tratamento. Peso: O excesso de peso pode colocar uma pressão maior nas articulações, agravando ainda mais a condição. Tratamento: O tratamento prescrito pelo veterinário é fundamental para controlar a dor e retardar o progresso da doença. 2.6. Prevenção: • Medidas preventivas e recomendações. Artrite MODO DE PREVENÇÃO: Alimentação Balanceada: Dieta rica em nutrientes essenciais, como proteínas, ácidos graxos e ômega-3, podendo contribuir para a saúde das articulações. Evitar Traumas: Devemos proteger o nosso animal, para evitar quedas e saltos de grande altura. Ambiente Adequado: Fornecer um ambiente confortável e seguro para o seu pet, com superfícies antiderrapantes e camas macias. Suplementos: Temos que consultar o veterinário sobre a possibilidade da suplementação com Glucosamina e Condroitina, que são substancias que podem ajudar nas articulações. Osteoartrite MODO DE PREVENÇÃO: Controle do Peso: A obesidade é um fator de risco e pode piorar os sintomas, então devemos manter uma dieta rica em nutrientes como glucosamina e condroitina, combinadas com exercício físico podem ajudar a manter o peso. Ambiente Adequado: Camas macias e evitar pisos escorregadios. Check-ups Regulares: Visitas frequentes ao veterinário, pode permitir um diagnóstico precoce de qualquer problema nas articulações. 3. ESTUDOS DE CASO: • Apresentar um ou dois casos clínicos relevantes. • Discussão sobre o diagnóstico, tratamento e resultados. ARTRITE SÉPTICA DE ORIGEM TRAUMÁTICA EM EQUINO Realizou-se o atendimento de uma égua, da raça Crioula, com cinco anos de idade. A proprietária relatou que o animal levou um coice de outro equino e que este episódio resultou na ferida observada no animal. No exame clínico o animal apresentava claudicação de grau IV (I-V) do membro posterior esquerdo e ferida na face medial do jarrete (fig.1), que culminou com uma contaminação da articulação tarso-metatársica. Num primeiro momento o animal foi tratado com antibióticos parenterais, onde optou-se pelo uso de Sulfa+trimetropim (15 mg/kg), Gentamicina (7 mg/kg) e também uso de anti- inflamatórios endovenosose curativos locais. O animal não apresentou melhora em resposta ao tratamento, demonstrando desconforto no membro afetado. Após optou-se uma perfusão regional da veia safena com Amicacina (500 mg), onde resultou em uma melhora imediata, porém que não se estabeleceu por muito tempo. Diante do caso, realizou-se uma infiltração da articulação tarsometatarsiana com corticoide, sendo eleita a Triancinolona (4 mg) associada com Amicacina. A articulação tarso-crural também foi infiltrada, porém apenas com Amicacina. Posteriormente foi realizada nova perfusão regional da veia safena com Amicacina. Com o tratamento e curativos diários (fig.2) por 15 dias, o animal obteve a cura. No relato descrito, a antibioticoterapia foi fundamental para a resolução do caso, especificamente quando administrada pela via regional. Associado a isto, os demais cuidados com a ferida foram imprescindíveis para a resolução completa do quadro. OSTEOARTRITE EM EQUINO Cavalo com 6 anos, de lazer, apresentou-se na clínica de Dr.. Estêvão para ser examinado. Segundo o proprietário, o cavalo apresentava uma grande claudicação, uma vez que apoiava muito pouco o membro posterior direito no chão. O exame visual revelou a ausência de assimetrias, uma boa conformação corporal mas com a alteração da postura do membro posterior direito, que se encontrava com pinça apoiada no chão e com supressão do peso no talão. A palpação das estruturas dos membros distais apresentou-se normal. Neste exame o cavalo só foi visto no andamento de passo e em linha recta, uma vez que apresentava algumas dificuldades de locomoção o exame em círculo para a esquerda e direita seria muito doloroso e a observação por si só era esclarecedora. Segundo a tabela da AAEP (Tabela 1), esta claudicação seria de grau 4. Foi feita a compressão do casco por meio de uma pinça de cascos, não revelando qualquer reação de sensibilidade por parte do cavalo. Foram feitos testes de flexão nas articulações metatarso-falângicas com saída a passo em linha recta, não revelando aumento do grau de claudicação. A flexão da articulação tibiotársica revelou-se severamente positiva, tanto no percurso de ida como no de volta. Foi feita a anestesia progressiva com lidocaína dos nervos plantar digital, lateral e medial, e dos nervos plantar metatársico, lateral e medial, insensibilizado a zona da articulação metatarso-falângica, das articulações interfalângicas proximais e distais, e estruturas do casco. O resultado da anestesia revelou-se negativo, excluindo a hipótese de a dor ter origem nas estruturas distais ao local do bloqueio. Foi também feita a anestesia do nervo tibial e dos nervos fibulares superficial e profundo, insensibilizado a todas as estruturas que se situam distalmente em relação aos pontos de infiltração. O resultado da anestesia revelou-se positivo, com uma acentuada melhoria na claudicação, indicando que a dor tinha origem no tarso. Em relação ao exame radiológico, a projeção lateromedial foi observada a presença de um osteófito na articulação tarsometatársica (curvilhão) ao nível da zona dorso-proximal do 3º osso metatársico do membro posterior direito. Foi feito um tratamento, aplicando 10ml de uma solução contendo 5 mg/ml de ácido tiludrónico (Tildren ®) IV, durante dez dias, com o objetivo de evitar a ocorrência de remodelação óssea. Foi recomendado que o cavalo ficasse confinado na boxe durante uma semana. Posteriormente, deveria ser passeado a passo, à mão, durante cerca de quinze dias. Após os vinte e um dias, o cavalo foi reexaminado e apresentava uma redução significativa da dor que se traduziu numa claudicação praticamente imperceptível. 4. CONCLUSÃO: • Resumo dos pontos principais. • Importância do conhecimento sobre o tema para a prática clínica. • Perspectivas futuras e áreas de pesquisa. A artrite e osteoartrite em animais são afecções ortopédicas comuns e significativas. Apresentam diferentes causas que exigem diagnósticos precisos para melhores cuidados preventivos com foco no manuseio da dor apresentada pelo paciente. De certo modo, a diferença entre as patologias é considerável ao se relacionar a artrite como um processo agudo na região articular e a osteoartrite como uma inflamação crônica dos tecidos articulares desencadeadora de uma degeneração, importante para dispor de uma melhora na qualidade de vida dos animais. Nesse sentido, essas afecções articulares afligem diretamente a mobilidade e a qualidade de vida dos animais, prevalente naqueles mais idosos, além de afetar o desempenho atlético e produtivo de outros. O uso medicamentoso de alguns anti-inflamatórios, regulação da dieta, exercícios fisioterapêuticos são métodos auxiliares. Em vista disso, o diagnóstico precoce é de suma importância para melhores métodos terapêuticos e controle da progressão patológica, para que se tenha o retardamento da doença. O avanço de diagnósticos e de novas terapias como bioterapias regenerativas desenvolvem e oferecem novas opções de tratamentos eficazes com crescimento na prática clínica. Contudo, a orientação e conhecimento sobre os riscos patológicos devem ser transmitidos aos tutores dos animais, ao demonstrar a importância do controle de peso, atividades físicas de baixo impacto que irão assegurar a conscientização para prevenção ou retardamento das condições. 5. REFERÊNCIAS: • Listar todas as fontes utilizadas na elaboração da apresentação. – Barenco B. P. d. M.Barenco B. P. d. M.[...]Siqueira E. C. d.- Revista Eletrônica Acervo Médico (2023) - Ferrari M. Leandro D. [...] Sontag S. Enciclopédia Biosfera (2018) - Rosseto L. P. Moraes P. C. [...] Dias L. G. G. G. Investigação Medicina Veterinaria (2018) Casos Clínicos. - BRUM, Vitória Azambuja; ARAÚJO, Amanda de Melo; OLIVEIRA, Luisa Biagini de; JACINTO, Denner Araújo; LINS, Luciana Araújo. ARTRITE SÉPTICA DE ORIGEM TRAUMÁTICA EM EQUINO: RELATO DE CASO. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Centro Universitário da Região da Campanha – URCAMP, Bagé, 2021. - http://revista.urcamp.tche.br/index.php/congregaanaismic/article/viewFile/4089/3138 - https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/fav.pdf - https://www.conhecer.org.br/enciclop/2016b/agrarias/artrite.pdf - artrite causa - https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/425/228 - osteoartrite patogênese e tratamento - https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13544/boletim-tecnico-osteoartrites-caninas - Tratamento OA - Em inglês - https://link.springer.com/article/10.1186/s13018-016-0346-5 - https://docs.ufpr.br/~tostes/Portfolio/Patoespecial/Locomotor/Epidemiologia%20da%20Ostea rtrite%20-%20Focus.pdf - Terapêutica da osteoartrite - https://www.conhecer.org.br/enciclop/2018a/agrar/terapeutica.pdf - Tratamento Osteoartrite - https://www.scielo.br/j/rbr/a/F39LTRWZ985dPVQTpYPcvfJ/?format=html - Artrite reduz a capacidade de locomoção - https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/44834/Poster_5876.pdf?sequence=2 - Caso clínico da artrite - https://www.scielo.br/j/aib/a/K56RwQVRnqdHmPKhvfWBn4n/?lang=pt - Método de diagnóstico - https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/fav.pdf - https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/425/228 https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/fav.pdf https://www.conhecer.org.br/enciclop/2016b/agrarias/artrite.pdf https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/425/228 https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13544/boletim-tecnico-osteoartrites-caninas https://link.springer.com/article/10.1186/s13018-016-0346-5 https://docs.ufpr.br/~tostes/Portfolio/Patoespecial/Locomotor/Epidemiologia%20da%20Osteartrite%20-%20Focus.pdf https://docs.ufpr.br/~tostes/Portfolio/Patoespecial/Locomotor/Epidemiologia%20da%20Osteartrite%20-%20Focus.pdf https://www.conhecer.org.br/enciclop/2018a/agrar/terapeutica.pdfhttps://www.scielo.br/j/rbr/a/F39LTRWZ985dPVQTpYPcvfJ/?format=html https://www.scielo.br/j/aib/a/K56RwQVRnqdHmPKhvfWBn4n/?lang=pt https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/fav.pdf https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/425/228