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AO JUÍZO DA ____VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO SEGURO -BA
Autos nº:	
BRUTUS, brasileiro, solteiro, portador da carteira de identidade nº Número xxx, residente e domiciliado na cidade de Porto Seguro/BA, atualmente recluso, por seu advogado infrafirmado, nos autos do processo-crime em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
BREVE SINTESE DOS FATOS:
No presente caso, Brutus foi preso em flagrante delito sob a acusação de homicídio doloso consumado, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Entretanto, a defesa alega a existência de vícios e ilegalidades no ato da prisão, que tornam imperiosa a sua imediata relaxação.
Inicialmente, cabe ressaltar que a prisão de Brutus ocorreu em flagrante delito, ensejando, por disposição constitucional expressa no artigo 5º, inciso LXV, a imediata relaxação pela autoridade judiciária em caso de ilegalidade.
O referido dispositivo constitucional consagra a inviolabilidade do direito à liberdade, estabelecendo que a prisão ilegal deve ser prontamente relaxada. No caso em tela, que envolver a prisão em flagrante de Brutus houve ilegalidades no ato tais como a entrada não autorizada em sua residência e a prática de tortura para obtenção de confissão, ambas violações aos princípios fundamentais consagrados na Constituição Federal.
DO DIREITO:
DA ILEGALIDADE NA ENTRADA NA RESIDÊNCIA – ILEGALIDADE DO FLAGRANTE DELITO:
Primeiramente, há que se levar em consideração que houve ilegalidade no ingresso da Polícia Militar na residência do réu quando do flagrante em delito, vez que o artigo 5º, inciso XI, da Constituição Federal assegura a inviolabilidade do domicílio. 
No entanto, restou demonstrado que os policiais militares adentraram em sua residência sem o seu consentimento, tão pouco com mandado expedido, violando este preceito constitucional. 
Ademais, o STJ já proferiu decisão reconhecendo a ilegalidade do flagrante delito em razão da invasão do domicilio por parte da autoridade policial sem que esteja munida de mandado ou já esteja uma investigação curso. Veja-se:
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. (113,14 G DE COCAÍNA E 61,89 G DE MACONHA). INVASÃO DE DOMICILIO. INGRESSO POLICIAL. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PROVAS ILÍCITAS. MANIFESTA ILEGALIDADE. 1. Esta Corte Superior tem entendido, quanto ao ingresso forçado em domicílio, que não é suficiente apenas a ocorrência de crime permanente, sendo necessárias fundadas razões de que um delito está sendo cometido para assim justificar a entrada na residência do agente, ou, ainda, autorização para que os policiais entrem no domicílio. 2. No presente caso, os policiais ingressaram na residência, ao estarem fazendo patrulhamento, apenas por avistarem um indivíduo em uma Honda Biz, e com o qual foi encontrada uma porção de maconha, e o paciente, que estava na porta, teria tentado correr para dentro da residência. Não houve qualquer indicação de diligências investigatórias preliminares que demonstrassem elementos mais robustos da ocorrência de tráfico drogas. Os policiais sequer afirmaram que viram eventual comércio de drogas, cumprindo ainda salientar que, com o paciente, no momento da abordagem, nada foi encontrado que justificasse a invasão do domicílio. 3. Ordem concedida para reconhecer a nulidade do flagrante em razão da invasão de domicílio e, por conseguinte, das provas obtidas em decorrência do ato (Autos 5171033-89.2021.8.09.0137), relaxando-se a prisão preventiva do paciente, salvo se por outras razões estiver detido
(STJ - HC: 678333 GO 2021/0209944-2, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 26/10/2021, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 05/11/2021)
PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE EM RAZÃO DA ILICITUDE DA PROVA. PROVA REMANESCENTE INSUFICIENTE. VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO. PROVA ILÍCITA. AGRESSÕES SOFRIDAS PELO RÉU COMPROVADA POR EXAME DE CORPO DE DELITO CORROBORADA PELOS DEPOIMENTOS DAS TESTEMUNHAS. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO DE FLAGRÂNCIA. RÉU AGREDIDO E COAGIDO A CONFESSAR O CRIME. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA. ABSOLVIÇÃO DO RÉU. 1- Preliminarmente, a defesa requereu a absolvição por ausência de materialidade delitiva aduzindo, nas razões do recurso, de início, a ilicitude da prova em razão da ausência de autorização para ingresso dos policiais na residência do réu assim como ilicitude de todo o procedimento inicial, haja vista que o réu foi agredido física e moralmente para confessar a autoria delitiva na delegacia. 2- Impende salientar que a prova ilícita é aquela obtida com infringência ao direito material como aquela que é obtida mediante a violação de um direito da pessoa, como a inviolabilidade do domicílio e a confissão obtida sob tortura. 3- In casu, em que pese terem os policiais afirmado que o réu autorizou prontamente a entrada dos policiais na residência, não se pode desconsiderar a versão apresentada pela defesa a qual encontra-se em consonância com o exame de corpo de delito e depoimento de uma testemunha compromissada a falar a verdade (vizinha do réu que presenciou os fatos), depoimento da irmã do réu ouvida na condição de informante e o interrogatório do próprio réu, todos em harmonia, confrontando a tese de que o acusado autorizou a entrada dos policiais, pois esta é incondizente com as agressões sofridas por ele. 4- De mais a mais, como relatado, os policiais decidiram abordar o réu após denúncias anônimas não existindo nos autos indicativos de situação de flagrância que autorizassem o ingresso na casa do réu, não existindo nos autos outros elemento confirmatórios capazes de lhe dá um suporte probatório mínimo para afastar a preliminar acolhida na sentença e embasar a condenação pretendida. 5- Deve-se também frisar que pacificou o Supremo Tribunal Federal que a denúncia anônima só permite a deflagração da persecução penal se for seguida de diligências realizadas para averiguar os fatos nela noticiados, o que não ocorreu na espécie. 6- Assim sendo, a situação fática indica claramente a existência de duas ilicitudes na coleta das provas a saber, a violação do domicílio e a prática de agressões físicas e psicológicas em desfavor do réu, que, em hipótese alguma podem ser admitidas no âmbito do processo penal, consoante princípio constitucional expresso no inc. LVI do art. 5º da Constituição da Republica de 1988 (LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.) 7- De mais a mais, por ser ilícita a origem da diligência que gerou as provas, tudo o que dela adveio é nulo, nos termos da teoria dos frutos da árvore envenenada, incorporada ao Código de Processo Penal no artigo 157, § 1º. Diante desse contexto, verifica-se que toda a prova obtida contra o apelado é ilícita, pois, a atuação policial que levou à prisão do acusado se deu com ofensa à integridade física e psíquica dele e inviolabilidade domiciliar, o que veio a contaminar todas as provas colhidas. 8- Dessa forma, reconhecida a ilicitude da prova indicada e ausente prova remanescente lícita e suficiente para embasar a pretensão acusatória, a absolvição do réu é medida que se impóe. 9- Apelação conhecida e provida. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em conhecer do recurso, concedendo-lhe provimento, para fins de se absolver o Apelante, por não haver prova da existência do fato, com fulcro no art. 386, II, do Código de Processo Penal, nos termos do voto do Relator. Fortaleza, 8 de junho de 2021 Francisco Lincoln Araújo e Silva Presidente do Órgão Julgador DESEMBARGADOR HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA Relator Procurador (a) de Justiça
(TJ-CE - APR: 00050774920188060120 CE 0005077-49.2018.8.06.0120, Relator: HENRIQUE JORGE HOLANDA SILVEIRA, Data de Julgamento: 08/06/2021, 3ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 08/06/2021)
Destaca-se que a entrada sem mandado judicial é permitida apenas em situações excepcionais, não caracterizadasno presente caso, portanto, trata-se de flagrante ilegal.
DA PROVA ILÍCITA MEDIANTE CONFISSÃO REALIZADA SOB COAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL:
Das Agressões Físicas E Asfixia
Conforme atestado pelo exame de corpo de delito realizado no Instituto Médico Legal, Brutus foi vítima de agressões físicas e asfixia por parte dos policiais. Tais violências resultaram em confissões obtidas sob coação, o que configura flagrante desrespeito aos princípios constitucionais e legais que regem o devido processo legal, especialmente o artigo 5º, incisos III e LIV, da Constituição Federal. 
É imprescindível considerar que a prática de tortura para obtenção de provas constitui não apenas um ato atentatório aos princípios básicos do Direito Penal, mas também configura violação à Lei nº 9.455/97, art. 1º, I, a), tornando a prova assim obtida ilícita e, por consequência, inadmissível perante o Poder Judiciário.
Veja-se do entendimento do TJ-GO:
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0142951-87.2019.8.09. 0175 COMARCA DE GOIÂNIA APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS APELADOS: CARLOS HENRIQUE ROSA DE SOUZA (SOLTO) GUILHERME AGUIAR DA SILVA (SOLTO) WEMERSON ANGELIM DE JESUS (SOLTO) RELATOR: Desembargador FÁBIO CRISTÓVÃO DE CAMPOS FARIA APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. CONFISSÃO OBTIDA MEDIANTE AGRESSÃO DE POLICIAIS. PROVA ILÍCITA. Havendo fundadas dúvidas acerca dos excessos cometidos por policiais, inclusive através de relatórios médicos, há que ser mantida a sentença que absolveu os réus por nulidade provas, eis que as posteriormente colhidas, ainda que supostamente consideradas lícitas e admissíveis, foram obtidas a partir daquelas contaminadas pela forma ilícita de sua colheita (art. 5º, inc. LVI da Constituição Federal). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJ-GO - APR: 01429518720198090175 GOIÂNIA, Relator: Des(a). DESEMBARGADOR FÁBIO CRISTÓVÃO DE CAMPOS FARIA, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação: (S/R) DJ)
Tendo de ser desentranhada de eventual processo, ou ainda ser causa de nulidade de todos os atos que dela decorreram. Pois, como bem aventado pelo art. 5º, inc. LVI, da CF/88, “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meio ilícito”. Devendo cada caso ser analisado em concreto, identificado os elementos configuradores da tortura e a aplicabilidade de causas de nulidade da confissão ou mesmo do processo por inteiro.
O artigo 157 do Código de Processo Penal reforça a vedação às provas ilícitas, determinando que estas sejam desentranhadas do processo. Logo, a confissão obtida mediante tortura não apenas compromete a legalidade do flagrante como também afronta o sistema jurídico vigente.
NULIDADE DA PROVA OBTIDA DE FORMA ILÍCITA:
Em razão das irregularidades no procedimento policial, todas as provas obtidas, incluindo a confissão, devem ser consideradas ilícitas e, portanto, nulas.
As provas ilícitas em sentido estrito desafiariam as iras do direito material, ou seja, a sanção decorre da própria norma de direito material. Rachel Pinheiro de Andrade Mendonça chega ao ponto de afirmar que a sanção aplicável à prova que viola um impedimento substancial será a sua inexistência, já que essa prova é inapta ao exercício do livre convencimento motivado, que assim discorre:
“A nosso sentir, a prova ilícita é prova inválida, porém é prova existente. Não se pode confundir a validade com a existência, os planos em que se situam o ato jurídico são distintos. A prova existe, seu registro também. Aliás, é da existência dessa prova ilegal e de seu registro nos autos que se deflagram consequências, como, por exemplo, a exigência de seu desentranhamento e sua destruição.” MENDONÇA, R. P. A., Provas ilícitas: limites à licitude probatória, p. 34.
Guilherme de Souza Nucci percebendo a complexidade de tratar a questão da prova ilegítima dentro da clássica teoria da invalidade, em sua obra NUCCI, Guilherme de Souza. Provas no processo penal, p. 31, dispara:
Não sufragamos a posição sustentada por quem defende serem meras nulidades as violações às normas processuais penais, enquanto que as lesões às normas penais seriam autênticas provas ilícitas. Em absoluto. Assim sendo, o desequilíbrio torna-se evidente. Quando se depara a parte com uma prova ilícita, em particular após a edição da Lei 11.690/08, deve se propor incidente de ilicitude de prova, pretendendo desentranhar e destruir a referida prova. É que não existe meio-termo, vale dizer, prova mais ou menos ilícita. Portanto, concedendo-se a titulação de prova ilícita somente àquelas que violem preceitos penais, olvidando-se as lesivas a processo penal, o tratamento será desigual. No campo das nulidades há meio-termo: a nulidade relativa. No cenário das ilicitudes, como se viu, inexiste essa medida intermediária. No âmbito das nulidades há maior maleabilidade para o Judiciário considerar válida ou inválida determinada prova. No contexto da ilicitude, deve-se zelar, acima de tudo, pelo respeito à produção escorreita da prova, pois a norma é constitucional.”
Portanto, diante da ilicitude das provas é medida que se impõe ser declarada a sua nulidade.
DA PRISÃO PREVENTIVA E DOS REQUISITOS LEGAIS:
No que concerne à prisão preventiva, observa-se a necessidade de fundamentação idônea, pautada em elementos concretos que demonstrem a imprescindibilidade da medida, o que, no entanto, não foi adotado pelo Promotor Público. 
Primeiramente, porque o simples argumento de hediondez dos delitos, por si só, não justifica a custódia preventiva, conforme entendimento consolidado nos tribunais superiores. Inclusive, este é o entendimento do STJ:
CRIMINAL. HC. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE CONCRETA FUNDAMENTAÇÃO. CRIME HEDIONDO. NECESSIDADE DA CUSTÓDIA NÃO-DEMONSTRADA. ORDEM CONCEDIDA. Exige-se concreta motivação do decreto de prisão preventiva, com base em fatos que efetivamente justifiquem a excepcionalidade da medida, atendendo-se aos termos do art. 312 do CPP e da jurisprudência dominante. A mera alusão à existência de indícios de autoria não é suficiente para motivar a custódia excepcional como garantia da conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei penal. O simples fato de se tratar de crime hediondo não basta para que seja determinada a segregação. Condições pessoais favoráveis, mesmo não sendo garantidoras de eventual direito à liberdade provisória, devem ser devidamente valoradas, quando não demonstrada a presença de requisitos que justifiquem a medida constritiva, ainda mais considerando que o acusado compareceu espontaneamente perante o Juízo para ser interrogado. Ordem concedida para revogar a prisão cautelar efetivada contra WILSON FERREIRA, determinando-se a imediata expedição de alvará de soltura em seu favor, se por outro motivo não estiver preso, mediante condições a serem estabelecidas pelo Julgador de 1º grau, sem prejuízo de que venha a ser decretada novamente a custódia, com base em fundamentação concreta.
(STJ - HC: 21910 SP 2002/0051552-8, Relator: Ministro GILSON DIPP, Data de Julgamento: 10/09/2002, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 21.10.2002 p. 378)
O artigo 312 do Código de Processo Penal assim determina: 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes da autoria. 
Portanto, os estes são os requisitos autorizadores da prisão preventiva, sendo indispensável a presença de elementos concretos que justifiquem a medida.
A proibição da liberdade provisória com fiança para crimes hediondos, prevista na Lei nº 8.072/90, não implica automaticamente na decretação da prisão preventiva, demandando análise detalhada da situação fática.
Não há fundamentação suficiente para a prisão preventiva, uma vez que Brutus não representa perigo à ordem pública ou à instrução criminal, sendo a prisão desproporcional diante das circunstâncias.
Assim, deve ser determinado o imediato relaxamento da prisão preventivadecretada.
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
Por fim, ressalta-se que, nos termos do artigo 78, I, do Código de Processo Penal, a competência para julgar todos os delitos conexos com o crime doloso contra a vida, como é o caso do homicídio, é do Tribunal do Júri. Portanto, considerando a conexão dos crimes imputados a Brutus, requer-se a remessa dos autos para a competência do Tribunal do Júri.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
1. O RELAXAMENTO da prisão em flagrante de Brutus, em virtude das ilegalidades na entrada na residência e da obtenção de confissão mediante tortura;
2. 
3. A REVOGAÇÃO da prisão preventiva, por ausência de requisitos legais que a justifiquem;
4. 
5. A REMESSA dos autos à competência do Tribunal do Júri, nos termos do artigo 78, I, do Código de Processo Penal;
6. 
7. A concessão de liberdade provisória, garantindo o direito de Brutus responder ao processo em liberdade, conforme determinação constitucional.
Nestes termos, pede deferimento.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado
OAB nº

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