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Artigo ERP

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
CAMPUS PONTA GROSSA 
COORDENAÇÃO DO CURSO 
BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 
 
 
JEAN MARCOS CHAGAZ VAZ, MATHEUS PEREIRA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ERP: CONCEITOS E UM ESTUDO DE CASO 
 
ARTIGO ORIGINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2011 
 
 
 
JEAN MARCOS CHAGAZ VAZ, MATHEUS PEREIRA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ERP: CONCEITOS E UM ESTUDO DE CASO 
 
Artigo original que tem como objetivo uma explanação de um sistema ERP e apresentar informações 
teóricas utilizadas na prática da implementação de um software assim através de um estudo de caso. 
Apresentado na UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Ponta Grossa ao 
docente Flávio Madalosso Vieira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2011 
 
 
Resumo 
Este artigo têm como objetivo o esclarecimento do que vem a ser um ERP, bem 
como conceitos relacionados a este. Discorre sobre seu surgimento a partir dos 
sistemas MRP e MRP II, utilizados previamente em empresas de manufatura. 
Aborda, alguns fatores importantes, de forma sucinta, numa implantação de um 
software deste modelo, visto que sua adoção traz consigo mudanças, sejam elas 
organizacionais ou administrativas. Logo após, há um breve estudo de caso em que 
uma empresa implanta um sistema ERP doutro fornecedor devido à alguns 
motivadores referentes a este e também à questões administrativas. Encerra com 
algumas conclusões de valia para os futuros clientes de um ERP, tendo como 
fundamento os argumentos aqui apontados. 
Palavras-chave: MRP. MRP II. ERP. Integração de dados. 
 
Introdução 
No decorrer da evolução dos meios utilizados para gerenciamento, têm-se o 
MRP – Manufacturing Requeriment Planning – Planejamento das Necessidades dos 
materiais - e, posteriormente, o MRP II – Manufacturing Resource Planning – 
Planejamento dos Recursos de Fabricação - que adiciona novas funções ao MRP. 
Progredindo-se novamente através de novas mudanças, surgiu-se o ERP – 
Enterprise Resource Planning. Esta ferramenta vem sido utilizada amplamente pelas 
empresas devido aos seus benefícios. Muitas o adotam com a finalidade de 
melhorar seus processos. Ao longo deste trabalho, será mostrado o que as 
empresas esperam destes sistemas. 
O tema a ser explorado neste trabalho acadêmico, suas características e 
pontos importantes na sua implantação aqui explanados estão resumidos, não 
entrando, portanto, em maiores detalhes. Assim, propõe-se que este trabalho seja 
somente um guia introdutório ao tema que é de grande amplitude. 
 
Histórico dos sistemas MRP 
As empresas produtoras de peças e/ou máquinas, necessitavam de 
informações precisas em relação aos materiais como quando deveria ter as 
matérias-primas em qual quantidade para a produção correspondente. E, no mesmo 
contexto, tinha-se o desenvolvimento dos computadores. Logo, uma combinação 
desta necessidade e uma nova ferramenta disponível para uso resultou em uma 
solução para as empresas. Com efeito, tem-se o MRP como resultante. 
Segundo Nigel et al. (1999, p. 327) o “O MRP I permite que as empresas 
calculem quantos materiais de determinado tipo são necessários e em que 
momento.” Essa previsão torna-se essencial nas empresas manufatureiras porque, 
desse modo, pode-se gerenciar com uma melhor eficácia a produção de seus 
produtos. 
 
Devido ao atendimento de clientes variados que precisam de materiais 
diferentes, as empresas necessitavam realizar cálculos para fornecer o produto 
numa ocasião determinada, sendo assim relevante uma previsão futura. 
Ainda segundo Nigel et al., o “MRP 2 II permite que as empresas avaliem as 
implicações da futura demanda da empresa nas áreas financeiras e de engenharia, 
assim como analisem as implicações quanto à necessidade de materiais.” MRP 2 - 
Manufacturing Resource Planning. 
De acordo com Oliver (1982 apud NIGEL, 1999, p. 348), MRP II é 
conceituado como: 
“um plano global para o planejamento e monitoramento de todos os 
recursos de uma empresa de manufatura: manufatura, marketing, finanças 
e engenharia. Tecnicamente, ele envolve a utilização do sistema MRP de 
ciclo fechado para gerar números financeiros.” 
De modo a distinguir a finalidade entre MRP I e MRP II, Corrêa (1998-1999, 
p. 139) argumenta que “O MRP II diferencia-se do MRP pelo tipo de decisão de 
planejamento que oferece; enquanto o MRP orienta as decisões de o que, quanto e 
quando produzir e comprar, o MRP II engloba também as decisões referentes à 
como produzir, ou seja, com que recursos, tal como ilustrado pela Figura 4.2” 
 
Figura 4.2 – Abrangência do sistema MRP I e MRP II 
Fonte: Corrêa (1998-1999, p. 140) 
Com a incorporação de novas funcionalidades no MRP I, este passou por 
incorporações em sua estrutura, tendo, por conseguinte novas funcionalidades mais 
específicas Thais Cássia Cabral Padilha, Fernando Augusto Silva Martins (2005, 
p.105). 
Durante a década de 90, a competitividade aumentou notavelmente entre as 
empresas, alcançando fronteiras internacionais ( colocar Poter ). Com o objetivo de 
obter lucros, as corporações adotaram novas medidas para redução de custos, 
melhoria na eficácia operacional e iniciou-se uma tendência de integrar os diversos 
setores da empresa. 
Ademais, o conhecimento passou a ser importante no nível organizacional, 
pois é a partir dele que a empresa gera prospectivas do mercado, lançando produtos 
apropriados aos consumidores. 
Como resultado para um gerenciamento empresarial, teve-se o surgimento 
do ERP – Enterprise Resource Planning. A partir daí ocorre à integração de todos os 
dados e informações da empresa em um banco de dados que abrange todas as 
partes da empresa (ATUL GUPTA, 2000). 
 
Definição de ERP 
De acordo com Cesar Alexandre Souza (2003, p.) o ERP é “O software 
integrado é parte de uma tecnologia com recursos de informática que registra e 
processa cada evento empresarial oriundo das funções empresariais básicas, por 
um único input ou entrada para processamento.” 
Tendo como base a definição pelo autor Cesar Alexandre Souza (2003, p. 
64), pode ser definido por: 
“Os sistemas ERP são sistemas de informação integrados adquiridos na 
forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à 
maioria das operações de uma empresa industrial (suprimentos, 
manufatura, manutenção, administração, financeira, contabilidade, recursos 
humanos etc.)” 
Outra definição dada para ERP é dada por Esteves, & Pastor (2004 apud 
John Douglas Thomson 2010) em que é conceituado como um software organizado 
abrangente, utilizado para gerenciar e coordenar todos os recursos, informações e 
funções de um negócio de um banco de dados compartilhado. 
 Em suma, pode-se conceituar como um sistema que, geralmente vendido 
como um pacote de funções por empresas fornecedoras, manipula o fluxo de dados 
e informações, abrangendo toda a empresa, englobando os mais variados setores 
funcionais, almoxarifado, recursos humanos, vendas e etc., e organiza-os em uma 
central de banco de dados. 
Deste modo, através da organização, obtém-se uma melhor visão possível, 
exata e real, das operações empresariais. Com efeito, a corporação pode tomar 
decisões hábeis. Desta maneira, correndo o menor risco possível, devido ao fato de 
a consulta aos dados e sua devida interpretação, gerar informações que venham a 
ser úteis para a empresa. 
 
Módulos de um ERP genérico e suas funcionalidades 
Fonte: http://revolutionary-technologies.com/blog/wp-content/uploads/2011/02/erp1-1.jpg 
 
Características referentes ao sistema 
Conforme Cesar Alexandre Souza (2003, p. 65), os sistemas ERPs possuem 
características que basicamente se resumem em: 
 são pacotes comerciais de software; 
 incorporam modelos de processos de negócios; 
 são sistemas de informação integrados e utilizam um banco de dados 
corporativo; 
 possuem grande abrangência funcional; 
 requeremprocedimentos de ajuste para que possam ser utilizados 
em determinada empresa. 
Analogamente aos softwares proprietários, estes sistemas geralmente são 
vendidos em pacotes por fornecedores destacados como, SAP, Oracle e Infor. 
Entretanto, há disponíveis ERPs cujo como modelo de distribuição é open-source, 
isto é, seus códigos fontes são livres e disponíveis para modificação, sendo de uso 
gratuito. No sítio da web http://sourceforge.net/projects/comunion/ tem-se acessível 
um sistema fundamentado neste modelo de oferta. 
 Aspecto relevante a se observar nesta ferramenta gerencial, é que ela é 
desenvolvida com base em práticas do mercado, denominadas best pratics pelas 
empresas produtoras. Os fornecedores do software adotam práticas comerciais 
gerais. Assim, caso haja uma adoção coletiva de um mesmo ERP, o mercado tende 
a uma homogeneização em sua estrutura gerencial, existindo divergências entre si 
em alguns pontos relativos ás características específicas de cada organização. 
Sob o ponto de vista de Thais Cássia Cabral Padilha, Fernando Augusto 
Silva Martins (2005, p.108, 109) os ERP possuem pontos críticos, sendo alguns 
destes: eles são pacotes comerciais desenvolvidos a partir de modelos padrões de 
processos, possuem a capacidade de integrar todas as áreas das empresas, são 
modificados através da parametrização e customização, apresentam custos 
elevados, dificuldades no cumprimento de prazos estabelecidos para o cumprimento 
da implantação. 
A integração no ERP é um fator a se destacar dentre as suas peculiaridades, 
pois a partir da unificação de dados em uma central, a empresa pode manipulá-los 
de uma maneira mais rápida e eficiente. Como conseqüência, facilita-se a 
elaboração de relatórios dos mais variados tipos num período de tempo proporcional 
á complexidade desta atividade. Esse processo por um sistema gerencial é 
importante para as corporações competitivas. A unificação contribui para uma melhor 
organização empresarial, visto que, se os dados estiverem localizados em um 
mesmo lugar, o acesso se dá mais rapidamente do que havendo softwares 
específicos para cada setor, pois seria necessário ir até a sua central de dados para 
uma busca determinada. 
Divididos em módulos, o ERP através destes realiza cada operação em 
específico. Assim, como havendo diferentes setores numa empresa haverá também 
diferentes módulos responsável por cada atividade. Ressalva-se que o ERP, como 
dito anteriormente, com base em sua padronização pode não oferecer todos os 
módulos para todos os tipos de empresas. 
Como apresentado anteriormente, estes softwares adotam modelos padrões 
e, sendo assim, eles não possuem alta especificidade, que por sua vez ocasiona em 
uma parametrização e/ou customização por parte do cliente. A primeira, através de 
mudanças de preferências para atender de forma satisfatória cada cliente, tem como 
foco atender ás necessidades empresariais que não são supridas pelos ERPs em 
sua forma básica. Todavia, ocorrendo muitas alterações no código-fonte, o software 
desvia-se de seu escopo característico que é a diferença de sistemas desenvolvidos 
internamente. 
Depois da parametrização, havendo necessidade de alterações no sistema, 
as corporações recorrem à customização. Seu objetivo é modificar o ERP de sua 
forma original para uma que atenda ao cliente, sendo vital a modificação do código 
fonte para adição de novas funcionalidades. Por outro lado, essas customizações 
podem gerar falta de compatibilidade nas possíveis atualizações futuras de 
softwares lançadas pelo fornecedor. 
 
Questões relevantes 
Para uma implantação deste modelo de software, algumas questões dever 
ser abordadas de modo a evitar transtornos e facilitar em sua adoção (Thais Cássia 
Cabral Padilha, Fernando Augusto Silva Martins, 2005). 
Primeiramente o custo, que abrange todo o processo de adoção de um 
sistema ERP. Tem-se a aquisição da licença, treinamento de equipe para domínio do 
sistema e outras demais variáveis imbuídas nesse processo. E, o alto valor da 
licença para uso desta ferramenta gerencial, contribui aumenta ainda mais a quantia 
gasta. Desse modo, há que se realizar um estudo prévio de gastos, para que se 
consiga estimar gastos. 
O treinamento de uma equipe é vital para a empresa. Com esta atividade os 
funcionários adaptam-se ao novo sistema, descobrem suas funcionalidades, 
compreendem sua organização, enfim, aprendem a lidar com o sistema. Em seguida 
podem instruir os futuros usuários a lidarem com o ERP. Das variáveis neste 
processo, necessita-se destacar duas, o custo e o tempo necessário. Estas devem 
ser analisadas com o objetivo de se verificar como enquadram no processo de 
mudança como um todo. Para a realização de treinamentos, geralmente recorrem-se 
às empresas consultoras. 
As mudanças administrativas incorrem na modificação do comportamento 
funcional da empresa. Logo, se não estudadas e analisadas previamente, podem 
resultar em diferentes disfunções nos processos administrativos. 
 
Benefícios e desvantagens pertinentes a um sistema ERP 
As vantagens que se acompanham o ERP podem ser diretas tanto como 
indiretas. As diretas incluem uma melhora na eficiência, integração da informação 
para uma melhor tomada de decisão enquanto as indiretas relacionam-se com a 
imagem da empresa e melhora da satisfação do consumidor (Alexis Leon 2008 p. 
54). 
A redundância de dados é suprimida, uma vez que são inseridos no módulo 
específico da operação. Acarreta-se, por conseguinte, uma melhor e mais eficaz 
manipulação dos dados. Isso se torna de grande valia para empresas que 
manipulam muitos dados, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Outra 
resultante é a facilidade ao lidar com os dados porque não se possui vários módulos 
em que cada um possui seu banco de dados. 
Ao se observar, a abrangência de um sistema gerencial é bem ampla. Inclui-
se, como exemplo setores como o almoxarifado, departamento financeiro, recursos 
humanos e outros mais. 
 De conformidade com Alexis Leon (2008, p. 54) algumas das vantagens 
apresentadas por um sistema ERP são: integração da informação, informações mais 
acuradas e melhor capacidade de decisão, aperfeiçoamento da capacidade de 
análise e planejamentos. 
Percebe-se que essas vantagens advindas destes programas são concretas 
para o cliente. Porém, o ERP também apresenta algumas inconveniências que são 
descritas a seguir. 
Apesar de algumas características essenciais para as empresas, vem-se 
algumas desvantagens nesse sistema gerencial. As desvantagens resultantes 
podem ser: não garantia de integração, custos da implantação, imposição de 
padrões, grande repercussão de erros, elevado custo de erro, fornecedor único, 
problemas sociais, desmotivação e customização. Davenport (1998) e Yoo, Palazzo, 
Gozzi e Fedichina (2006 apud JULIANO, 2008, p. 19) 
 Ao se considerar o custo de implantação de um ERP, ele torna-se fator 
importantíssimo, visto que possuem um valor alto, que engloba a licença, caso seja 
privado e todo o processo de sua introdução. E, nem sempre pode se ter um retorno 
esperado. 
 
Sistemas ERP: análise das vantagens e desvantagens para a decisão de 
implementação 
Fonte: 
Como visto acima, os sistemas ERP apresentam benefícios tanto como 
alguns problemas. Se por um lado tem-se a melhora na qualidade das informações, 
por outro há uma dependência do fornecedor. E assim se sucede em alguns outros 
prós e cons. 
 
Métodos de implantação 
A adoção pode ocorrer em várias vias diferentes. Aqui serão abordados 
somente três métodos. A primeira dela consiste em colocar o ERP em 
funcionamento em sua totalidade, ou seja, disponibilizá-lo para uso de uma só vez 
(Cesar Alexandre de Souza, Ronaldo Zwicker, 2003, p. 6). Nesse meio todas as 
operações passam a ser disponibilizadas de um momento para outro. Uma 
resultante deste modelo é que não havendo total funcionalidade no sistema ou 
faltandoser realizada alguma configuração importante, o sistema pode ficar offline – 
não disponível. 
Por conseguinte a esta se tem que toda a empresa pode estagnar suas 
operações ocorrendo uma eventual falhar. Neste tipo de estratégia, não se necessita 
da criação de interfaces para comunicação com os sistemas legados. Logo seu 
período de implantação é menor se comparado ao de fases. 
Num outro método, o processo de mudança é gradativo, isto é, os módulos 
presentes no ERP são disponibilizados um por vez. Consequentemente a 
paralisação das operações corporativas se dá em menor escala, afetando a 
abrangência do módulo em suas funcionalidades. É importante que se considere o 
tempo da viabilização do sistema adotado, uma vez que se realiza em partes, 
demandando mais tempo que o meio anteriormente citado. Ademais, precisa-se da 
configuração de interfaces e/ou sua criação para interação com outras atividades. 
Terminada essa ação, esta vem a ser inutilizada pela empresa, resultando deste 
modo em gastos e um prazo maior para total utilização do ERP. 
 
 
Estudo de caso na Bunge Alimentos unidade Ponta Grossa 
Explanados alguns conceitos sobre o ERP, seu funcionamento, algumas de 
suas mais relevantes características e os principais objetivos por ele atendidos, 
pretendem-se neste tópico abordá-los em uma implantação ocorrida na Bunge 
alimentos. A Bunge é uma empresa de destaque no ramo alimentício e do 
agronegócio no cenário brasileiro. Possui mais de 20.000 mil trabalhadores e cerca 
de 150 unidades espalhadas em território brasileiro e estrangeiro. 
 
Motivadores da mudança de ERP 
No caso analisado, tem-se como um dos principais fatores de mudança a 
dificuldade de manipulação das informações pelo sistema previamente utilizado. Por 
ser uma empresa em que a geração de grande quantidade de dados e informações 
é constante, o ERP não oferecia uma sólida manipulação destes. Por isso era 
necessário o uso de ferramentas auxiliares. Resultou-se daí em demora para 
execução das tarefas empresariais e atendimentos aos clientes. Consequentemente, 
outras atividades da empresa acabaram sendo afetadas, direta ou indiretamente. 
Outro fator contribuinte para a inviabilidade do mesmo era o seu alto custo 
de manutenção, já que se tratava de um software que era utilizado em escala global. 
Desse modo, acarreta-se em uma equipe grande responsável pelas atualizações do 
banco de dados, tendo assim um grande custo para manter os analistas. Devido a 
estas questões administrativas e para que os custos fossem diminuídos, foi 
implantado na Bunge do Brasil a partir de 2008 o sistema de ERP da empresa SAP. 
Na última questão apresentada anteriormente, vê-se que, como mostrado 
anteriormente no artigo, um fator que foi considerado na adoção do ERP foi o custo. 
A empresa estudada o aceitou como crucial para motivar ainda mais a troca de 
fornecedor. 
 
Implantação 
Na empresa estudada, a implementação do sistema ERP da SAP abrangeu 
não somente a matriz, mas sim todas as filiais brasileiras. Não foi citado qual o 
método de implantação adotado, big bang, faseada ou small bang. Sabe-se, contudo 
que a duração da migração dos sistema foi de um total de 2 anos. 
 O custo total foi de R$ 26.000,00 de dólares. Conforme mostrado 
previamente, a quantia gasta foi elevada. No entanto, é justificada pelo retorno 
esperado com utilização deste novo ERP que, segundo apresentado pela atendente 
é de um aumento de 23% no lucro. 
Entende-se que a contratação da IBM para uma consultoria de mercado com 
a finalidade de estudar a abrangência do sistema que foi adotado, demonstra 
precaução na implantação do ERP. 
 
Conclusão 
Procurou-se nesse artigo elucidar alguns conceitos relacionados aos 
sistemas ERPs, bem como algumas de suas características entrelaçadas com suas 
conveniências e inconveniências. 
 A partir dos termos aqui explanados, observando-se que o sistema ERP 
evoluiu do MRP II através de incorporações de novas funções, esse modelo de 
software traz consigo vantagens e problemáticas. É imprescindível um estudo 
minucioso antes de sua implementação numa empresa genérica que englobem 
quais processos administrativos serão afetados, quais mudanças serão realizadas 
para adaptação do sistema à empresa, se atende às necessidades específicas da 
empresa e outras questões pertinentes ao assunto. Assim, verifica-se em que a 
empresa será afetada e é necessário que esteja apta ao lidar com essas alterações. 
Conclui-se que um determinado sistema gerencial não é exatamente o 
melhor para os clientes atuantes em diferentes ramos. Através de análises, constata-
se que a base da escolha de um ERP é sustentada pelo qual pode oferecer uma 
melhor vantagem para o cliente com o mínimo possível de perdas. 
 
 
 
Referências 
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Atlas, 1999. 
 
CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G. N.; CAON, Mauro. Planejamento, 
programação e controle da produção: MRP ( conferir essa barra ) II/ ERP : conceitos, 
uso e implantação. Tradução: Ailton Bomfim Brandão... [et al.]; revisão técnica: 
Henrique Corrêa, Irineu Gianesi. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Gianesi Corrêa & 
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GUPTA, Atul. Enterprise resource planning: the emerging organizational value 
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Glossário 
SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats. A análise SWOT é uma 
ferramenta que se utiliza para examinar uma empresa e os fatores que afetam seu 
funcionamento.

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