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APRESENTAÇÃO Professora Mestre Lilian Gonçalves ● Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações pela Unicesumar (2018). ● Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (1998). ● Curso Superior de Tecnologia em Logística pela Unicesumar (2017). ● Licenciatura em Formação de Docente para a Educação Básica – Matemática (2019). ● Pós Graduação em Consultoria Organizacional (2005). ● Pós Graduação em Educação à Distância e Tecnologias Educacionais ( 2014). ● Projeto de Pesquisa voltado à Iniciação Científica (PIBIC) - “Reflexão sobre a Gestão Estratégica do Conhecimento, o Programa Institucional de Bolsa para Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão Escolar Pública (2017). ● Apresentação no X EPCC - Encontro Internacional de Produção Científica com o trabalho intitulado “Reflexão sobre a Gestão Estratégica do Conhecimento, o Programa Institucional de Bolsa para Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão Escolar Pública (2017). ● Publicação de artigo científico no livro Empreendedorismo, Inovação & Start up, intitulado “A Gestão do Conhecimento como Facilitadora de Aprendizagem e Inovação em Sala de Aula” (2018). ● Atuante em organizações industriais no cargo de Gerente Industrial e Logística, e em Instituições de Ensino Superior como docente, orientadora e membro de comissão avaliadora de Trabalho de Conclusão de Curso desde 2011. Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/0235956165366786 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, Caro estudante! Seja bem vindo, a apostila da disciplina de Tópicos Especiais em Gestão da Qualidade. Você irá conhecer os principais conceitos e definições sob o olhar de conceituados autores e estudiosos da área. Na Unidade I começaremos nossa caminhada como tema: Gerenciamento da Cadeia Produtiva com abordagem sobre os tópicos dos fatores que influenciam na localização, bem com critérios e métodos para escolha a melhor localização geográfica para a empresa. Depois na Unidade II vamos tratar sobre o Sistema ERP - Enterprise Resource Planning ou simplesmente Planejamento de Recursos da Corporação. Destacando seu conceito, definição, tipos de sistemas e aplicações nas empresas. A Unidade III é dedicada às Tecnologias Aplicadas à Produção com ênfase aos tipos de automação e sistemas de montagem. Iremos abordar o tema Novos Modelos de Arranjos Produtivos na Unidade IV, com foco no conceito, benefícios e desvantagens, estudo de caso dos arranjos produtivos: Clusters, Condomínio Industrial, Consórcio Modular e Contract Manufacturing. Reforço a você o convite, para juntos percorrer esta caminhada na construção do conhecimento. Muito obrigada e bom estudo! UNIDADE I LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS Professora Mestre Lilian Gonçalves Plano de Estudo: ● Fatores que influenciam na localização de empresas ● Critérios para decisão de localização ● Método de Pontuação Ponderada ● Método do Centro de Gravidade ● Método do Ponto de Equilíbrio Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar os fatores e critérios que influenciam na tomada de decisão na escolha da localização de empresas. • Conhecer os tipos de métodos de avaliação na localização de empresas • Estudar os métodos de Pontuação Ponderada, Centro de Gravidade e Ponto de Equilíbrio para a o estudo de viabilidade econômica e logística na implantação de empresa. INTRODUÇÃO Olá Caro Estudante! Você já parou para pensar de que maneira a localização de uma organização pode vir a influenciar seu sucesso? A escolha da localização impacta na relação com fornecedores e principalmente os clientes? E a escolha para instalação de centro de distribuição e fábricas? Como é feita a escolha do local? Quais fatores deve ser analizados? Segundo Kon (1994), a escolha da localização observa critérios que levam à maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontada com a eficiência operacional da empresa ao longo de sua vida útil. Abordaremos os fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados pelas indústrias no momento de se definir a melhor localização. Sabia que há Métodos para escolha da localização? Nesta unidade iremos estudar três, sendo: - Método do Centro de Gravidade que segundo Corrêa C. e Corrêa H. (2006), usado para definir a localização de uma unidade operacional, levando em conta suas principais fontes de insumos e clientes, além dos volumes a serem transportados entres os locais. - Método de Pontuação Ponderada que para Corrêa C. e Corrêa H. (2006),consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de fábrica, considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar pertinente. - Método do Ponto de Equilíbrio que Heizer, J.; Render, B. (2001) define o método do ponto de equilíbrio como sendo a utilização da análise de volume-custo para se fazer a comparação econômica das alternativas de localização. Com apresentação de amplo estudo bibliográfico sobre o tema e exemplo prático de como aplicar cada Método. Assim demonstraremos de que maneira a localização de empresas contribui para o gerenciamento da cadeia produtiva. Bons estudos! 1 FATORES QUE INFLUENCIAM NA LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS Caro estudante! Você deve conhecer ou já ouviu falar de empresa que ao mudar de endereço duplicaram o faturamento ou simplesmente faliram, correto? Então veremos a seguir como a localização da empresa é primordial para seu sucesso ou fracasso. Temas relacionados a escolha de localização industrial tem crescido bastante, principalmente a partir dos anos 70 com o avanço da globalização, pois em um mundo globalizado o principal foco é a competitividade que se estende territorialmente para novas áreas geográficas. (ARNOLD,D.JÚNIOR, 2002). A maioria das teorias iniciais sobre localização foram postuladas por economistas e geógrafos. A grande maioria deles abordavam a questão do custo de transporte na determinação da localização. (PUU, 1997). Tal forma que a localização se estabelece como o melhor local geográfico para as instalações de uma empresa. As decisões de localização são importantes pois requerem um compromisso maior a longo prazo referentes a prédios e instalações, como também altos investimentos financeiros que impactam nos custos e receitas operacionais. Uma vez que, uma má localização pode trazer algumas consequências como: elevados custos de transporte, suprimentos inapropriados de matéria-prima e mão de obra, prejuízos financeiros e até perda de vantagem competitiva. (REID; SANDERS, 2005). Como decidir a melhor localização? Corrêa C. e Corrêa H. (2006) afirma que decidir a melhor localização para uma instalação se torna uma decisão de caráter muito mais financeiro do que pode parecer. Vale ressaltar que, embora seja difícil reverter uma decisão de localização, às vezes é necessário, mesmo que os custos envolvidos para desativar uma operação e reinstalar em outro local possam ser elevados. Assim, as decisões sobre localização devem ocorrer de forma constante nas organizações, analisando as vantagens e desvantagens de se ter um negócio situado em determinado lugar. (MACHADO, 2002). Quando deve-se mudar a localização de uma empresa? De acordo com visão de Moreira (1996) quando há esgotamento de insumos produtivos próximos ao empreendimento; ou quando a produção não atende à demanda e há necessidade de expansão. Figura 1: Ilustração de localização de empresas O autor Kon (1994), relata que a localização industrial observa critérios que levam à maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontadacom a eficiência operacional da empresa ao longo de sua vida útil. A rentabilidade nas atividades econômicas da empresa será analisada sob os aspectos de custos e benefícios para a determinação da macrolocalização. Na maior parte das vezes é possível criar boas condições de localização ao se construir meios de acesso, ou superar problemas climáticos pela tecnologia. Sob o mesmo ponto de vista Passos et. al. (2007), destaca que a questão da localização industrial sempre foi muito complexa, e, portanto, criar uma teoria geral que explique os fatores determinantes de tal decisão é muito difícil de ser desenvolvida. Por consequência para Sfredo (2006), os elementos que influenciam na escolha da localização de uma indústria são eleitos dependendo do ramo que a empresa atua. 2 CRITÉRIOS PARA DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO As atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos competidores. PASSOS et. al. (2007) Figura 2 - Fatores determinantes na localização Fonte: Adaptado de Murray; Dowel e Mayes (1999). MacCormack (1994) dividiu essas variáveis em fatores qualitativos e quantitativos. Para o autor, os fatores qualitativos envolvidos seriam a infra-estrutura local, a educação e qualificação dos trabalhadores, às exigências de conteúdo do produto e a estabilidade política/econômica. A partir disso Kon (1994) aponta alguns fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados pelas indústrias no momento de se definir a melhor localização: a) Custo e eficiência dos transportes - o custo de transporte de matéria-prima e dos produtos acabados deve ser levado em conta. Neste caso, a distância é um fator determinante em relação à localização, em termos de custos e de tempo gastos. Para Graeml (2002, p. 7) “o conceito de acessibilidade é uma evolução do conceito de localização física, em que mais importante que as distâncias envolvidas é a infra-estrutura existente para agilizar os processos produtivo e logístico”. b) Proximidade ao mercado consumidor: o cliente é a figura mais importante na vida das empresas. Conforme Moreira (1996), as atividades de serviços se localizam próximas aos mercados a que servem, tanto quanto possível, onde existam facilidades de acesso e estacionamento, buscando, ao mesmo tempo, atingir uma grande parcela da população visada. De acordo com Mattar (1997), a escolha do local definitivo para situar a empresa deve basear se em pesquisas sobre os consumidores potenciais do local e da renda da população. Além disso, é importante analisar do perfil dos consumidores locais, dando atenção a fatores como hábitos e comportamento de compra da população, fidelidade dos clientes e freqüência que os clientes vão às compras, influenciarão significativamente no sucesso do negócio. c) Disponibilidade e custos da mão-de-obra - a existência da mão-de-obra também é um fator importante na escolha locacional. No que se refere aos custos, a localização próxima a grandes centros urbanos determina salários mais elevados relativamente a áreas mais afastadas. Deve-se verificar também a existência de mão-de-obra qualificada, dada as especificidades de cada negócio. Normalmente regiões com abundância de mão-de-obra permitem a organização contratar este fator a salários relativamente menores do que regiões com escassez de mão-de- obra. Ou seja, a mão-de-obra também tem que ser avaliada em termos de quantidade e qualidade. d) Custo da terra - no caso das plantas industriais, que necessitam de grandes áreas para sua implantação, o custo da terra pode consistir em um fator decisivo nos cálculos de localização. As áreas situadas mais próximas dos grandes centros urbanos apresentam um custo da terra proporcionalmente mais elevados, que se relaciona diretamente à disponibilidades de infra-estrutura e serviços. e) Disponibilidade de energia e água - a existência destes itens em suas diversas formas ou mesmo a potencialidade de recursos naturais a serem explorados, bem como seu custo unitário devem ser levados em consideração também. f) Suprimento de matérias-primas - as condições de utilização em grande escala ou o caráter perecível ou de fragilidade de certas matérias-primas constituem fatores que não podem ser esquecidos na decisão locacional. g) Eliminação de resíduos - deve-se ficar atento para questões de legislação ambiental, principalmente no caso daqueles negócios que necessitam realizar a eliminação de resíduos sólidos, gasosos ou ainda líquidos no meio ambiente. h) Dispositivos fiscais e financeiros – deve-se ficar atento também para os possíveis incentivos fiscais (isenção de impostos e taxas). Este é um fator que estimula muito as empresas, pois implica justamente em uma redução considerável de tributos, o que implica inclusive na possibilidade de praticar preços mais baixos, e, portanto, na própria competitividade da empresa no mercado. Salienta-se que os incentivos do governo estadual e municipal podem ser fatores importantíssimos na decisão dos gestores quanto a localização das organizações, pois podem representar relevantes reduções nos custos de instalação. (GRAEML, 2002). i) Elementos intangíveis - estes elementos intangíveis são aqueles de caráter subjetivo, que influenciam os processos produtivos ou de distribuição do produto, como, por exemplo, os hábitos tradicionais de uma determinada região, mas cuja mensuração é mais difícil de ser realizada. Lembre-se caro estudante: Passos et. al. (2007) destaca que o problema locacional para as organizações têm natureza dinâmica, ou seja, a decisão locacional deve ser constantemente revisada e alterada caso necessário, pois ao longo do tempo pode ocorrer a necessidade de expandir ou subcontratar. Somente com a realização de estudo de análise contínua irá possibilitar uma avaliação dos benefícios oferecidos por uma determinada localização. Assim, a partir do momento que as vantagens de uma nova localização se tornam superiores aos custos envolvidos em mudança, a relocalização é uma boa opção. Porém, esta relocalização deve ser analisada de forma abrangente, considerando todos os custos tangíveis e intangíveis, como todos os benefícios a nova instalação. (GRAEML Alexandre, 2002; GRAEML Karin, 2002). Conforme Siqueira e Calegario (2012), toda decisão de localização deve ser amparada por estudos de viabilidade que proporcionem um maior retorno para o investimento da empresa, denominados de método quantitativos. Que iremos estudar a seguir! 3 MÉTODO DE PONTUAÇÃO PONDERADA Primeiramente, para você o que significa “Ponderar”? Bem, alguns dicionários definem a palavra ponderar como: estudar detidamente, avaliar, considerar. Para o autor Passos et. al. (2007), o Método de Pontuação Ponderada consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de fábrica, considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar pertinentes.Em outras palavras, este método serve para comparar, de forma ponderada, pontos de localização de fábrica, considerando qualquer aspecto que o tomador de decisão entender que tenha influência sobre o local a ser escolhido. O procedimento envolve quatro passos de acordo com Passos et. al. (2007) sendo: Primeiro Passo: lugar, a identificação de critérios que podem ser usados para avaliar as diversas localizações. Segundo Passo: envolve a definição da importância relativa de cada critério e a atribuição de fatores de ponderação (“pesos”) para cada um deles. Terceiro Passo: construção de uma tabela contendo: os critérios de comparação entre os locais; a ponderação da importância de cada critério(peso); a pontuação de cada local de acordo com cada critério; a nota total de cada localização. Quarto Passo: consiste em avaliar cada opção de localização segundo cada critério definido. Hora da prática! Um grande empresário do ramo de celulose irá implantar um nova fábrica, mas está indeciso entre 03 locais, doravante denominados de locais : A, B e C. Para tanto para o grande empresário a prioridade é encontrar local com baixo custo e incentivos fiscais locais. Sendo assim, determinou que o Custo do local tem ponderação ou peso 4 e Impostos locais peso 2. Os demais critérios (disponibilidade de mão de obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão) receberam peso 1. Ajude o grande empresário a determinar o melhor local com o Método de Pontuação Ponderada. Resolução: Primeiro Passo: Identificação dos critérios - Custo do local, impostos locais, mão de obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão. Segundo Passo: Custo do local com peso 4, impostos locais tem peso 2 e mão de obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão com peso 1 cada um. Terceiro Passo: Construção da tabela 1 Quarto Passo: Analisar a melhor opção de localização. Tabela 1 - Aplicação do Método de Pontuação Ponderada Fonte: Slack (2009) Veja que os critérios são elementos qualitativos, e cada item possuem um peso de importância para sua avaliação. No critério “custo do local” possui ponderação ou peso 4, ou seja, tem grande importância nesta avaliação fictícia para escolha do local, ao contrário do “acesso a aeroporto” que possui pouca relevância com ponderação ou peso 1. A seguir os três locais denominados de A, B, C receberam suas pontuações conforme Tabela 1. Em síntese no exemplo acima, o Local C tem a melhor pontuação 605 pontos, provando ser o melhor local para a instalação da fábrica utilizando este método, de acordo a importância dos critérios estabelecido. 4 MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE O método do centro de gravidade, que para alguns autores é chamado de método da mediana, é segundo Corrêa e Corrêa (2006), usado para definir a localização de uma unidade operacional, levando em conta suas principais fontes de insumos e clientes, além dos volumes a serem transportados entres os locais. Considerando uma configuração de instalações e mercados, através da qual circulam certos volumes de mercadorias ou intensidade de serviços, o centro da gravidade é a localização tal que é mínima a distância total ponderada entre a localização procurada e as outras instalações e mercados (MOREIRA, 2004). É importante ressaltar que este método considera também que o custo de transporte é proporcional à quantidade de bens movimentada nas viagens. Fazendo uma analogia física, esse método considera que a localização ótima seria o centro de gravidade de todos os pontos de origem e para o destino dos bens transportados (PASSOS et. al. ,2007). Ainda em Henrique CORRÊA (2006) e Carlos CORRÊA (2006), este método compara os custos de transporte do material vindo dos fornecedores até a unidade a ser localizada e desta até os clientes. Estes custos devem ser iguais e proporcionais às quantidades transportadas. Assim para Martins e Laugeni (2003), o modelo procura avaliar o local de menor custo para a instalação da empresa, considerando o fornecimento de matérias-primas e os mercados consumidores. Em outras palavras, este método defende que a localização ótima é dada pela média ponderada dos locais de consumo/suprimento de bens a serem transportados. Assim o centro de gravidade ou baricentro pode ser obtido pela aplicação das equações 1 e 2, descritas no quadro 2: Quadro 2 - Equações 1 e 2 - Fórmula para cálculo de coordenadas do Método do Centro de Gravidade Moreira (2004) apresenta os passo para a aplicação do método: Primeiro Passo: Aplicar o mapa da área analisada em um grade com coordenadas. Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de inbound e outbound a serem considerados no modelo. Terceiro Passo: Resolução da questão matemática. Quarto Passo: Calcular o baricentro estipulando o melhor ponto para atender as necessidades de inbound e outbound com otimização de custos de transporte. Vamos colocar o conceito na prática! A empresa BomPreço fundada em 1975, possui 02 grande fornecedores e 04 principais clientes que garantem 40 % do seu faturamento mensal. Para diminuir os custos de transportes o proprietário da empresa deseja instalar um Centro de Distribuição para melhor atender seus clientes e fornecedores e reduzir custo. Qual a melhor localização para a implantação de Centro de Distribuição com o intuito de minimizar os custos com transporte? Primeiro Passo: Aplicar no mapa da região a ser analisada com uma grade com coordenadas. Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de localização de fornecedores ( A e B) e clientes ( C, D, E, F). Quadro 3 - Quantidade transportada e coordenadas de fornecedores e clientes Terceiro Passo: resolução das equações matemática, demonstrado na Tabela 4 Tabela 4 - Resolução das Equações Quarto Passo: O ponto ótimo da localização (centro de gravidade), nessa situação hipotética, é dado pelo ponto ou coordenadas geográficas (7,66; 7,33). 5 MÉTODO DO PONTO DE EQUILIBRIO Heizer, J.; Render, B.r (2001) define o método do ponto de equilíbrio como sendo a utilização da análise de volume-custo para se fazer a comparação econômica das alternativas de localização. Identificando-se os custos fixos e variáveis e elaborando-se o gráfico deles para cada localização, pode-se determinar o local que proporciona o custo mais baixo para cada intervalo de volume produzido. Em paralelo à definição de Heizer, J.; Render, B.r (2001) defende que o método procura identificar a melhor localização a partir do conhecimento dos custos fixos e variáveis de cada local. Uma vez identificado o nível de atividade da empresa, o custo total (fixo + variável) é calculado para cada local. Em continuidade Heizer e Render (2001) Afirmam que existem três possíveis etapas para a análise do ponto de equilíbrio, são elas: Primeiro Passo: Determinar os custos, sejam os fixos e variáveis para cada localização, Segundo Passo: Apontar os custos de cada local, alinhados com os custos no eixo vertical do gráfico em volume anual no eixo horizontal, Terceiro Passo: Selecionar o local que aponte o custo menor para o volume que se espera de produção. E vamos para a prática! A partir do Gráfico 1 realize análise comparativa de custo/volume das alternativas de localização. Pelo Método do Ponto de Equilíbrio: Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio Fonte: Moreira (2003) Primeiro Passo - O gráfico traz os dados de custos calculados. Mas para que você compreende o cálculo de custos totais ( CT), custos fixos(CF) e custos variáveis(CV) é realizado pela fórmula: Observação: A quantidade (Q) é uma variável importante, pois quanto maior a produção menor será o custo variável. Fórmula de custos totais: CT = CF + (CV x Q) Segundo Passo: Apontado no gráfico eixo X no Volume/Quantidade ( produzida ou comercializada) , em contrapartida com o Custo Total eixo Y. O gráfico também já apresenta as retas. Terceiro Passo: Ao analisar o gráfico, percebe-se que o encontro de cada curva com o eixo de custo (Y) corresponde ao custo fixo de operação de cada um dos locais, e a inclinação da reta é dada em função do custo variável por unidade de cada local: *Para volumes até V1, o Local A se mostra como a opção mais barata. *Para volume entre V1 e V2, o Local B é o mais barato. *Para volumes maiores que V2, o Local C se mostra como sendo a melhor opção. SAIBA MAIS A Zona Franca de Manausé uma área empresarial e industrial criada na cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, cujo objetivo principal é atrair empresas e promover uma maior ocupação e integração territorial com a região Norte do país. Atualmente, existem mais de 500 empresas instaladas em sOs incentivos fiscais especiais acima citados tinham previsão de duração apenas até o ano de 1997. Porém, temendo a fuga de empresas da região, o governo brasileiro prorrogou por várias vezes o seu encerramento, primeiramente para o ano de 2013, depois para 2023 e, por último, para 2073. Fonte: PENA, Rodolfo F. Alves. "Zona Franca de Manaus"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/zona-franca-manaus.htm. Acesso em 02 de agosto de 2020. #SAIBA MAIS# REFLITA “Muitas das falhas da vida ocorrem quando não percebemos o quão próximos estávamos do sucesso na hora em que desistimos.” Thomas Edison. #REFLITA# https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm CONSIDERAÇÕES FINAIS Olá Caro estudante, Chegamos ao final da unidade 1! Aprendemos a importância da definição de critérios econômicos e técnicos na escolha da localização da empresa. Como explana Moreira (1990) as atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos competidores. Em seguida estudamos de forma significativa: Método de Pontuação Ponderada, Método do Centro de Gravidade e Método do Ponto de Equilíbrio que auxiliam de forma matemática na avaliação de localização. Com exemplos práticos que propiciaram a você uma visão de como aplicá los no dia a dia. Nos vemos na próxima unidade! Leitura Complementar GUERRA FISCAL Para atrair investimentos e consequentemente mais riqueza e geração de renda para sua região, vários governos promovem incentivos variados para as empresas. Isso vai desde isenção de impostos e infra-estrutura até a própria construção das instalações da empresa com dinheiro público. Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios. Podemos citar um exemplo muito conhecido que é o da montadora Ford, que após uma acirrada disputa entre os estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, para ver quem oferecia maiores vantagens fiscais, a empresa decidiu se instalar na Bahia. As desvantagens da guerra fiscal é que isso faz com que o Brasil em geral, deixe de arrecadar volumosos recursos, em virtude da disputa, sendo que de qualquer forma, ela se instalaria no Brasil. Além disso, quem adquire bens ou serviços de outro estado, quando usufrui de incentivos fiscais no seu estado de origem, pode sofrer sanções, como restrições ao crédito do ICMS. Fonte: DANTAS, Tiago. "Guerra Fiscal"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/economia/guerra-fiscal.htm. Acesso em 02 de agosto de 2020. LIVRO • Título: Walmart - a Estratégia Vencedora do Gigante do Varejo Mundial • Autor: Natalie Berg & Bryan Roberts • Editora: Campus Elsevier • Sinopse: Este livro busca oferecer uma visão de como o Walmart surgiu de suas humildes raízes em uma área rural do Arkansas para se tornar uma grande empresa de varejo. Com uma análise de todos os principais aspectos do negócio e entrevistas com as principais figuras da empresa, 'Walmart' investiga o que o varejista faz certo e o que faz errado, e faz um estudo sobre as diversas funções que contribuem para suas operações. https://www.estantevirtual.com.br/livros/natalie-berg-bryan-roberts https://www.estantevirtual.com.br/editora/campus-elsevier FILME/VÍDEO • Título: Fome do poder • Ano: 2017 • Sinopse A história da ascensão do McDonald's. Após receber uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc adquire uma participação nos negócios da lanchonete dos irmãos Richard e Maurice Mac McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império alimentício. REFERÊNCIAS ARNOLD, D Júnior. Fatores influentes no processo de escolha da localização agroindustrial no paraná: estudo de caso de uma agroindústria de aves. Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. CORRÊA, Henrique L. CORRÊA, Carlos A.Administração de produção e operações:manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2 Ed. São Paulo: Atlas, 2006. GRAEML, Alexandre R. e GRAEML, Karin S. Considerações sobre a localização empresarial e sobre sua relevância na era da Internet. Anais do XXII ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) – Curitiba, outubro de 2002. HEIZER, J.; RENDER, B. 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Administração da produção e operações. 2. Ed. São Paulo: Pioneira, 1996. MURRAY, M. N.; DOWEL, P.;MAYES, D. T. The Location Decision of Automotive Suppliers in Tennessee and the Southeast. Knoxville: The University of Tennessee, 1999. PASSOS, W. S. et. al. Localização industrial: o determinismo do financiamento público - estudo de caso do município de campos dos Goytacazes – RJ. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, 09 a 11 de outubro de 2007. PFEIFFER, S. C. Subsídio para a ponderação de fatores ambientais na localização de aterros de resíduos sólidos, utilizando o sistema de informações geográficas. Universidade de São Paulo, 2001. PUU, T. Mathematical Location and Land Use Theory. New York: Springer-Verla, 1997. REID, R. D.; SANDERS, N.R. Gestão de operações. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2005. SFREDO, J. M. et al. 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Primeiramente veremos seu conceito e definição sob o olhar de alguns autores, bem como suas vantagens e benefícios e porque uma empresa implanta um sistema ERP. Veremos que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. (CHOPRA e MEINDL, 2003). Sabia que há vários tipos de sistemas ERP? Sim eles existem é iremos ver 04 tipos sendo: ERP BackOffice para E-commerce, ERP Legado, ERP Engessado, ERP Local ou ERP na nuvem e ERP on-premise. Não se assuste com o nomenclatura se você não for familiarizado com informática, garanto que depois de ler a apostila você irá pensar: Nossa já vi todos esses tipos de sistema só não sabia os nomes! Iremos conhecer as principais empresas de sistema ERP(SAP, Oralce e TOTVS) e algumas particularidades de seus sistemas. O último tema da apostila será as aplicações do sistema ERP nas organizações, ou seja, estudaremos os módulo que compõem este sistema. Bons Estudos! 1 CONCEITO E DEFINIÇÕES DO SISTEMA ERP - ENTERPRISE RESOURCE PLANNING OU PLANEJAMENTO DE RECURSOS DA CORPORAÇÃO Com o avanço da competitividade, a adoção de Tecnologia da Informação (TI),principalmente via sistemas de informação, tem possibilitado às organizações inovar e gerar diferenciais competitivos, impactando em interesses, valores e rotinas, e apoiando as pessoas tanto nas atividades rotineiras quanto nas decisórias (HU et al., 2013). A partir disso Almeida e Coelho (2000) indicam que as tecnologias de informação estão mudando a face das organizações emergentes e transformando o funcionamento das organizações existentes. A introdução de novas tecnologias sempre estará provida de dificuldades, visto tratar-se de um processo que causa impactos organizacionais nos âmbitos técnico, profissional, humano e social. Para O’Brien, (2001), os sistemas de informação são o conjunto de software, hardware, recursos humanos e respectivos procedimentos que coletam, processam, armazenam e distribuem informações. Têm como maior objetivo o apoio aos processos de tomadas de decisão na empresa. Assim para Rezende (2003), o foco fundamental dos sistemas de informação é a sustentação do negócio empresarial. Daí deriva o apoio ao processo fabril, efetivamente auxiliando nos processos de produção e comercialização dos produtos. Esse foco está intimamente relacionado com os quesitos de qualidade, produtividade, rentabilidade, perenidade e competitividade empresarial. Na concepção de KENNETH Laudon (1999) e JANE Laudon (1999), os sistemas de informação nas empresas estão divididos em três níveis (de cima para baixo), Sistemas de suporte aos Executivos (SIE), Sistemas de Apoio à Média Gerência, Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações e Registros da empresa (SSTR). Figura 1 - Pirâmide do sistema de informação Fonte: Adaptado de Laudon, K.; Laudon, J.P. Sendo assim, definido: 1.Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações e Registros da empresa - SSTR Para Bio (1993) as informações operacionais são geridas nos sistemas de suporte às Transações e Registros de Operações Empresariais (SSTR). São as informações relacionadas à programação da produção, emissão de notas fiscais e recibos, memorandos internos e outros. 2.Sistemas de Apoio à Média Gerência - SIG Oliveira (2004) as informações gerenciais e especializadas fazem parte das funções específicas dos sistemas de informação gerencial (SIG). Por causa de suas funções específicas os sistemas especialistas são distinguidos dos SIG, porém, tecnicamente pertencem aos sistemas de informações gerenciais. Sistemas especialistas são aplicativos orientados para atividades especializadas, como apoio contábil, financeiro e pesquisa e desenvolvimento, por exemplo. 3.Sistemas de suporte aos Executivos - SIE As informações de caráter estratégico são processadas pelos sistemas de informações executivos (SIE). Nestes sistemas, as informações são concentradas e compactadas para serem usadas nos processos decisórios para formulação de estratégias corporativas pelos altos executivos das empresas. (SHIROZAWA, 1993). Como surgiu a necessidade de um sistema como o ERP? A necessidade das organizações em obterem informações precisas, em tempo real e de forma integrada fez com que um tipo de sistema ganhasse popularidade – o sistema integrado de gestão ou ERP. Sistemas ERP são pacotes de sistemas integrados que atendem todas as áreas de uma empresa (DAVENPORT, 2002). Segundo CORRÊA, GIANESI e CAON (1999), os sistemas ERP podem ser entendidos como uma evolução dos sistemas MRP II na medida em que, além do controle dos recursos diretamente utilizados na manufatura (materiais, pessoas, equipamentos), também permitem controlar os demais recursos da empresa utilizados na produção, comercialização, distribuição e gestão. Qual o conceito de ERP? Em primeiro lugar O'Leary (2000) caracteriza um ERP como um pacote de software para ambiente cliente-servidor que integra a maioria dos processos de negócio, processa a maioria das transações organizacionais, usa uma base de dados empresarial e permite acesso aos dados em tempo real. A medida que os sistemas ERP fornecem rastreamento e visibilidade global da informação de qualquer parte da empresa e de sua Cadeia de Suprimento, o que possibilita decisões inteligentes. O ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 2003). Mas então, qual a definição de Sistema ERP? Souza e Zwicker (2000) definem o ERP como sistemas de informação integrados, que podem ser adquiridos na forma de pacotes comerciais, de forma a suportar a maioria das operações de uma empresa. Eles procuram atender a requisitos genéricos do maior número possível de empresas, incorporando modelos de processos de negócio, obtidos pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisa em processos de benchmarking. Segundo Júnior (2008), o Sistema ERP é adquirido na forma de pacotes de software, que permitem a integração entre os processos de negócios, com os dados dos sistemas de informação de uma empresa. (CÍCERO JUNIOR, 2008). E qual é o objetivo do ERP? A implantação de um sistema ERP tem como objetivo, a padronização dos dados, padronização dos processos, transformação e mudanças contínuas e planejadas da organização. (STAMFORD, 2000). Decerto para Turban, Mclean e Wetherbe (2010), o principal objetivo do ERP é integrar todos os departamentos e fluxos de informações de uma empresa em um único sistema com uma única base de dados que possa atender todas as necessidades da empresa. O ERP integra o planejamento, a gestão e o uso de todos os recursos da empresa e promete também benefícios que vão desde melhor eficiência e qualidade, produtividade e lucratividade aprimoradas. É capaz de receber, controlar e processar, de forma estruturada e on-line, os dados inerentes à maioria dos processos de negócios internos realizados por uma organização, integrando as áreas funcionais em uma base de dados única. LUSTOSA et al. (2008). Qual a diferença entre “sistema caseiro” e ERP? Sem dúvida para Cícero Junior (2008), o que diferencia os Sistemas ERP dos sistemas “caseiros” (sistemas desenvolvidos internamente em uma empresa, com o intuito de que este cumpra os objetivos deum ERP), são as seguintes características: 1- Ser um pacote comercial de software, construído com base nas melhores práticas do mercado; 2- Utilização de base dados única e corporativa. Entre as possibilidades de integração oferecidas por sistemas ERP está o compartilhamento de informações comuns entre os diversos módulos, de maneira que cada informação é alimentada no sistema uma única vez, e a verificação cruzada de informações entre diferentes partes do sistema. (CÍCERO JUNIOR, 2008). 3- Composto por módulos. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64) “são adquiridos na forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa industrial”. 4- Não ser desenvolvido para um cliente específico, de forma genérica de modo a atender a várias empresas com diferentes gestões, mas que atenda às necessidades e incorporem os modelos de processos de negócios (SOUZA, 2000). Agora, vamos conhecer principais benefícios da implantação do sistema ERP? Existem benefícios tangíveis e intangíveis proporcionados pela integração de sistemas: a) Benefícios tangíveis: redução de pessoal, aumento de produtividade, aumento de receitas/lucros, entregas pontuais. b) Benefícios intangíveis: aprimoramento do processo, padronização de processos, satisfação dos clientes, flexibilidade e agilidade. (CÍCERO JUNIOR, 2008). Por exemplo para Lustosa et al., a melhoria no fluxo de informação é um benefício da utilização do ERP, o que fornece uma maior agilidade ao acesso aos dados operacionais, ocasionado um planejamento estratégico mais fundamentado. Porém, é destacado o grande benefício da utilização dos sistemas ERP é a adoção de melhores práticas de negócio, resultando no incremento da produtividade dos processos operacionais, o que auxilia no controle de custos e redução de despesas, com isso, permitindo com que as empresas possam focar na satisfação do cliente, e na maximização dos resultados.( LUSTOSA et al., 2008). E assim chegamos as Vantagens e Desvantagens do ERP: Muitos dicionários definem vantagem como a utilidade do produto ou serviço, o que ele faz, como ele pode ser usado para facilitar algum processo ou trabalho do cliente potencial. Sendo assim podemos relatar as seguintes algumas vantagens do ERP : - Atomicidade dos Dados: O sistema ERP não permite que um mesmo registro seja gravado em diferentes partes do sistema, por se tratar de um sistema integrado o ERP permite (através dos processos), que um módulo “visualize” informações geradas por outros módulos. - Reorganização dos Processos da Organização: Para a implementação do sistema ERP geralmente se faz necessário uma reengenharia dos negócios, com isto consegue- se uma grande diminuição na redundância de dados dentro do sistema. Está comprovado de forma estatística que em sistema não integrados a mesma informação pode estar armazenada em até seis lugares diferentes dentro de um mesmo sistema. - Maior Controle de Custos: Um sistema ERP permite saber o quanto é gasto e o tempo gasto em cada processo produtivo, e evita uma conciliação manual das informações obtidas entre as interfaces dos diferentes aplicativos. - Unificação dos Sistemas de Todas as Filiais: Quando uma empresa adquire o sistema ERP, geralmente, este é implementado em todas as filiais da empresa, gerando assim uma diminuição no tempo do fluxo de informação dentro da própria empresa, isto sem contar que todos os processos são padronizados. - Controle de Todo o ciclo Produtivo: Com a implementação de um sistema ERP as empresas conseguem um maior controle do ciclo produtivo, e estes auxiliam a empresa a administrar todas as etapas de produção de um serviço ou produto. - Ferramenta de Planejamento: Os sistemas ERP´s possuem poderosas ferramentas de planejamento incorporadas, estas ferramentas auxiliam no planejamento organizacional e estratégico das empresas, acarretando assim em uma otimização dos processo de tomada de decisão. - Elimina o uso de interfaces manuais: Os processo de ordem de serviços e serviços internos passam a ser realizados de modo digital, sem a necessidade do uso de papéis. - Reduz o tempo de lead times(tempo de resposta do fornecedor as requisições feitas pelo comprador) e tempos de resposta ao mercado: Com a padronização dos processos pelo sistema ERP, e por esta uniformização da informação tornar-se digital, as empresas conseguem repassar suas requisições aos fornecedores de matéria prima, de modo mais eficiente e consegue reduzir o tempo de atendimento de seus clientes. (MESQUITA, 2000): Todavia as desvantagens segundo Mesquita (2000), pelo sistema ERP se tratar de uma solução de grandes dimensões, que mexe com toda a estrutura da organização, ele possui algumas desvantagens, são elas: - Custos Elevados: Os sistemas ERP são sistemas caros, sua implementação geralmente ultrapassa a casa dos milhões de dólares, e podemos destacar os seguintes custos: a)Hardware; b)A infraestrutura computacional; c)A aquisição da licença de uso. 2 TIPOS DE SISTEMAS Para Mesquita (2000) os sistemas ERP estão presentes na maioria das empresas, sendo elas pequenas, médias ou grandes. O que diferencia os sistemas ERP das empresas é o nível de integração e abrangência existente. Segundo Souza (2000) os sistemas ERP podem ser classificados da seguinte maneira: a) ERP BackOffice para E-commerce, não é bem um ERP e pode ser considerado como uma ponte de ligação ao ERP legado, mas não envolve gerenciamentos fiscais e nem tão pouco contábeis. Financeiramente é mais barato, no entanto, funcionalmente pode não atender a todas as expectativas e necessidades de uma empresa. b) ERP Legado, já foi muito utilizado, principalmente porque foi um dos pioneiros. No entanto, na atualidade, sofreu uma forte defasagem tecnológica frente aos sistemas ERP da atualidade, além de não ter quem realize manutenção. Assim, optar pelo legado pode engessar processos e o custo, inicialmente menor, pode se transformar em prejuízos mais à frente com a necessidade de investir em outros softwares ou mesmo re adequando equipes de trabalho com atividades manuais que poderiam estar automatizadas. c) ERP Engessado é um tipo de sistema ERP bem mais barato. No entanto, como o próprio nome já indica, ele não oferece tantos recursos funcionais para a empresa. Se a intenção de sua empresa é crescer, este tipo de ERP Engessado não é recomendado. d) ERP Local ou ERP na nuvem, ou em ERP em cloud , possibilita acesso ao programa de qualquer lugar a qualquer momento, por meio de qualquer dispositivo com conexão à internet. Ao hospedar um software na nuvem, as informações serão armazenadas nos servidores em nuvem do provedor e não nos da empresa. Assim as soluções em Cloud permitem que o usuário faça cópias de backup dos dados automaticamente, o assegurando assim, a proteção das informações e sua recuperação em todos os momentos. (MESQUITA,2000). https://ativy.com/cloud/ e) ERP on-premise é executado no data center da empresa , desta maneira o sistema precisa ser instalada em todas as máquinas. Ele também oferece flexibilidade e controle dos dados, porém é preciso contar com uma equipe interna especializada. SOUZA (2000). Atualmente, a SAP é a líder mundial de sistemas ERP, e a segunda do mercado brasileiro. (SOUZA, 2003). A SAP está presente nas grandes empresas brasileiras, como a Petrobras (maior empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo), a BRF S.A. (uma das maiores empresas de alimentos do mundo), e a Lojas Americanas (uma grande empresa varejista). LUSTOSA (2008). No mercado brasileiro, a TOTVS é a empresa que possui maior fatia do mercado ERP no Brasil, e segundo Junior (2008), a sua grande estratégia foi a compra de empresas nacionais de destaque. Conforme a TOTVS temem seu portfólio de produtos diversos sistemas que foram desenvolvidos nacionalmente, e que já possuíam presença no mercado brasileiro (JUNIOR, 2008). Agora iremos conhecer as principais empresas de sistema ERP e algumas particularidades de seus sistemas: SAP, Oralce, Microsoft Dynamics e TOTVS. Figura 1: Empresa de sistemas - SAP 2.1 Sistema SAP A SAP começou suas atividades em 1972, na cidade de Walldorf, Alemanha, quando cinco engenheiros, ex-funcionários da IBM: Dietmar Hopp, Hans-Werner Hector, Hasso Plattner, Klaus Tschira e Claus Wellenreuther, decidiram criar sua própria empresa de desenvolvimento de sistemas: a SAP AG. Tinham a visão de desenvolver um software aplicativo padrão para processos de negócios em tempo real. (CÍCERO JUNIOR, 2008). Segundo Mesquita (2000), o nome da empresa era temporariamente uma abreviação de em alemão Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung em inglês: Systems, Applications and Products in Data Processing, em português: Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados. Um ano depois, o primeiro componente de contabilidade financeira estava pronto, formando a base para o contínuo desenvolvimento de outros componentes de software para aquilo que mais tarde veio a ser conhecido como sistema “R/1”. O “R” é a primeira letra de “real- time data processing” (processamento de dados em tempo real). Perto do fim da década, o exame exaustivo do banco de dados IBM da SAP e do sistema de controle de diálogo levam ao nascimento do SAP R/2 (Realtime System Version 2), o primeiro produto importante da SAP, um conjunto de módulos de software destinado a mainframes, que em 1995 já era utilizado por mais de 2000 empresas. (CÍCEROJUNIOR, 2008). De acordo com Mesquita (2000) à medida que novos conceitos iam surgindo no campo da informática, a SAP ia atualizando seu produto, até que em 1999, as primeiras aplicações do SAP R/3 foram apresentadas numa conferência em Hanôver, Alemanha. R/2 e R/3 não representam versões de um mesmo sistema, trata-se na verdade de produtos diferentes. LUSTOSA et. al (2008) diz que o R/2 era um conjunto de módulos de software destinado a mainframes, enquanto o R/3 foi desenvolvido para o ambiente cliente/servidor. Nesse ambiente algumas estações solicitam serviços (clientes), e outras atendem (servidores), realizando determinados tipos de processamento ou compartilhando recursos como impressoras, arquivos e bancos de dados. SOUZA (2000). Mesquita (2000) define o SAP R/3 como é um sistema que oferece um conjunto de módulos com diversas aplicações de negócio. Os módulos são integrados e contém a maior parte das funcionalidades necessárias às grandes corporações, incluindo https://pt.wikipedia.org/wiki/IBM https://pt.wikipedia.org/wiki/Dietmar_Hopp https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hans-Werner_Hector&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Hasso_Plattner https://pt.wikipedia.org/wiki/Klaus_Tschira https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Claus_Wellenreuther&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Han%C3%B4ver manufatura, finanças, vendas e distribuição de recursos humanos. Cada módulo é responsável por mais de 1000 processos de negócio, cada um deles baseado em práticas consagradas no mundo dos negócios. A configurabilidade do sistema é tornada possível por 8000 tabelas que administram desde a estrutura corporativa até a política de desconto oferecida aos clientes. (JUNIOR, 2008). O sistema oferece o processamento de informações em verdadeiro tempo real ao longo da empresa onde estiver implementado. Em 1995, a SAP chegou ao Brasil. Para que possa ser corretamente utilizado, todos os softwares comercializados passam por um processo chamado de localização, ou seja, a adequação do sistema para atender à legislação brasileira. (MESQUITA, 2000). Figura 2: Empresa de sistemas - Oracle https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil 2.2 Sistema Oracle Para Lustosa et al. (2008) o Oracle é um SGBD (sistema gerenciador de banco de dados) que surgiu no fim dos anos 70, quando Larry Ellison vislumbrou uma oportunidade que outras companhias não haviam percebido, quando encontrou uma descrição de um protótipo funcional de um banco de dados relacional e descobriu que nenhuma empresa tinha se empenhado em comercializar essa tecnologia. Ellison e os co-fundadores da Oracle Corporation, Bob Miner e Ed Oates, perceberam que havia um tremendo potencial de negócios no modelo de banco de dados relacional tornando assim a maior empresa de software empresarial do mundo. (JUNIOR, 2008). Para Mesquita (2000) além da base de dados, a Oracle desenvolve uma suíte de desenvolvimento chamada de Oracle Developer Suite, utilizada na construção de programas de computador que interagem com a sua base de dados. A Oracle também criou a linguagem de programação PL/SQL. Ao longo dos últimos 30 anos a Oracle vem aperfeiçoando seu principal produto e se mantém líder de mercado. (MESQUITA, 2000). A Oracle procura se destacar de seus concorrentes ao adicionar novas funcionalidade ao seu SGBD. O Oracle8i iniciou a tradição de marketing da Oracle de adicionar uma letra como sufixo no nome da versão e o "i" presente no Oracle8i é para ressaltar seu foco na web. O Oracle8i realmente tem foco na web, foi o primeiro objeto de banco de dados relacional (ORDBMS). (MESQUITA,2000). https://pt.wikipedia.org/wiki/SGBD https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_dados https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1970 https://pt.wikipedia.org/wiki/Larry_Ellison https://pt.wikipedia.org/wiki/Oracle_Corporation https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_dados_relacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Oracle_Developer_Suite https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/PL/SQL Figura 3: Empresas do grupo - Microsoft Dynamics 2.3 Microsoft Dynamics Também conhecido como Dynamics CRM e Dynamics 365, é uma linha de software da Microsoft destinado a gestão corporativa ERP, para ajudar na tomada de decisões gerenciais e melhorar os resultados administrativos e financeiros das empresas. (CÍCERO JUNIOR, 2008). Para Mesquita (2000) Dynamics CRM e Dynamics 365 era conhecido pelo seu nome de projeto Green. Ele substitui a família de aplicativos da Microsoft Business Solutions. Esta família de produtos inclui vários softwares como Microsoft Dynamics AX (ex-Axapta), voltado para a gestão corporativa ERP. Atualmente, a versão do Microsoft Dynamics mais atualizada é o Microsoft Dynamics 365. Para LUSTOSA et al. (2008) o Microsoft Dynamics possui os seguintes módulos: ● Dynamics 365 for Sales ● Dynamics 365 for Retail ● Dynamics 365 for Finance and Operations ● Dynamics 365 for Talent ● Adobe Marketing Cloud. https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Dynamics_AX https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Dynamics_AX https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP 2.4 Sistema TOTVS É uma empresa brasileira de software, com sede em São Paulo. A Totvs ( leia-se totus) foi inicialmente formada a partir da fusão das empresas Microsiga e Logocenter. Após a abertura de capital na BOVESPA, em 08/mar/2006, a empresa incorporou seus principais concorrentes nacionais — a RM Sistemas, ainda em 2006, e a Datasul, em 2008. (CÍCERO JUNIOR, 2008). A Totvs é a líder no mercado brasileiro de ERP, segundo a Fundação Getúlio Vargas, e, além de diversos endereços no Brasil, possui escritórios na Argentina, no México e nos Estados Unidos. (LUSTOSA et al., 2008). Em 1983, Laércio Cosentino tinha 23 anos e era diretor da SIGA, empresa de processamento de dadoscriada por Ernesto Haberkorn. Cosentino e Haberkorn abriram a Microsiga, uma empresa de software para pequenas e médias empresas, e então tornaram-se sócios igualitários na nova companhia.(LUSTOSA et al., 2008). A Microsiga fundiu-se com a Siga em 1989, e em 2005 a empresa mudou o nome para Totvs. A Totvs adquiriu mais de cinquenta fabricantes de softwares corporativos, como Datasul, RM Sistemas, Midbyte, Logocenter e BCS, entre outros. (JÚNIOR, 2008). A empresa abriu uma operação em San Diego, na Califórnia, dentro do câmpus da Universidade da Califórnia, o Totvs Labs, centro de pesquisa de soluções em computação em nuvem (cloud computing), em 2011. No ano seguinte, abriu um escritório no Vale do Silício, também na Califórnia.(LUSTOSA et al., 2008). A Totvs adquiriu sete empresas de software brasileiras em 2013: a PRX, a ZeroPaper, a RMS, 72% da Ciashop, a Seventeen Tecnologia da Informação, a W&D Participações, controladora das empresas PC Sistemas e PC Informática, e a companhia estadunidense GoodData. Em maio de 2014, comprou, por 75,1 milhões de reais, a empresa paranaense Virtual Age da cidade de Cianorte, que atuava no desenvolvimento de softwares na nuvem para companhias de moda têxtil e vestuário. (JUNIOR, 2008). https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado) https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsiga https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logocenter&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/RM_Sistemas https://pt.wikipedia.org/wiki/Datasul https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Getulio_Vargas https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Getulio_Vargas https://pt.wikipedia.org/wiki/Datasul https://pt.wikipedia.org/wiki/RM_Sistemas https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Diego https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_da_Calif%C3%B3rnia https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Sil%C3%ADcio https://pt.wikipedia.org/wiki/PRX https://pt.wikipedia.org/wiki/Reais https://pt.wikipedia.org/wiki/Virtual_Age 3 APLICAÇÕES Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou distribuição,com informações on-line e em tempo real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 2003). O ERP é composto por vários módulos que tem o objetivo de otimizar a gestão da organização, conforme demonstrado na figura 4: Figura 4: Visão esquemática dos módulos do sistema ERP Fonte: Turban, Mclean e Wetherbe (2010) Agora vamos, conhecer um pouco desses módulos! 1. Gestão Financeira, reúne os diversos dados financeiros para geração de relatórios que demonstrem os reais resultados da empresa. Tem com objetivo auxiliar o gestor a manter o fluxo financeiro equilibrado, proporcionando segurança às informações e automatizar os processos de cobrança. (SOUZA, 2000). 2 - Gestão de Estoque, esse módulo permite que o gestor tenha uma visão completa das mercadorias, além de todas as movimentações realizadas no estoque da empresa, como a entrada, saída e reposição de materiais. Propicia agilidade na geração de inventário, o controle da validade dos itens e oferece mais segurança às informações de estoque.(ANDRASKI, 2002) 3 - Gestão de Vendas, permite realizar pedidos online e offline, faturar contratos de modo automatizado, controlar comissionamentos, entre outra tarefas. Propiciando atingir todas as etapas do processo comercial, desde a prospecção de clientes, criação de propostas, até a emissão de nota fiscal.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 4 - Gestão Fiscal, aqui é possível gerar SPED e Sintegra, apurar e controlar os impostos, emissão de nota fiscal eletrônica de produtos e serviços com tratamento de substituição tributária, alíquotas diferenciadas e reduções de base de cálculo, entre muitas outras funcionalidades. (ANDRASKI, 2002) 5 - Gestão de Serviços, controla atendimentos, insumos gastos na prestação de serviços, orçamentos altamente detalhados, além de facilitar o cumprimento de prazos de entrega.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 6 - Gestão de Produção, é composto pela junção das áreas relacionadas à produção. Possibilita o cumprimento de prazos, ajuda na rastreabilidade e controle das etapas da produção, diminui o custo da mesma e controla as múltiplas etapas. (SOUZA, 2000). 7 - Gestão de Compras, é responsável por controlar e centralizar o fluxo de compras: pedidos internos de itens, registros de cotações, pedidos de compras, até a entrada de notas fiscais e baixa de pedidos de compras, entre outros recursos. Resultando em compras assertivas.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 8 - Gestão de Contábil permite que o gestor administre e gerencie o registro da sua contabilidade, além de controlar seu balanço e demonstrativo de resultados. (ANDRASKI, 2002). Finalizando a implantação de um sistema ERP objetiva reduzir custos, efetivar e otimizar processos por meio da implementação de melhores práticas da indústria e obter controle e disponibilidade de informações. A organização passa por um período de adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova ferramenta de trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). SAIBA MAIS A implantação de sistema ERP em indústrias Segundo Taurion (1999), implantar um ERP requer cuidados como escolher o sistema mais adequado às peculiaridades da organização e selecionar os parceiros envolvidos na implantação, como uma consultoria experiente no assunto. O sucesso está atrelado ao gerenciamento do projeto, ao comprometimento da empresa e da alta administração e à formação de equipe com conhecimentos sobre o sistema e processos de negócio da empresa. A implantação desses sistemas objetiva reduzir custos, efetivar e otimizar processos por meio da implementação de melhores práticas da indústria e obter controle e disponibilidade de informações. A organização passa por um período de adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova ferramenta de trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). Para Tonini (2003), a grande dificuldade na implantação de ERP é escolher a alternativa mais adequada de forma a agregar mais valor aos negócios em termos de maior eficiência em seus processos, diante de tantas opções disponíveis no mercado com funcionalidades similares. Fonte: COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. #SAIBA MAIS# REFLITA “Os empreendedores falham, em média, 3,8 vezes antes do sucesso final. O que separa os bem-sucedidos dos outros é a persistência.” Lisa M. Amos. #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Olá caro estudante, E aqui chegamos ao final da Unidade II - Sistema ERP da apostila. Espero que tenha gostado de conhecer este incrível mundo da informática aliada a gestão empresarial. A construção do seu conhecimento iniciou-se com a definição e conceito de sistema ERP sob a visão de diversos autores, bem como sua vantagens e benefícios de implantação. Mas me diga, ao estudar os tipos de sistema você já teve contato com todos eles ou maioria deles , correto? Acredito que sim. Apenas aprendemos suas denominações. O ERP na nuvem, atualmente é o tipo de sistema mais utilizado, pois propicia a empresa o oneroso custo de armazenagem de dados em servidores e acesso ao sistema online ou offline em qualquer local que você esteja. As aplicações do sistema ERP foi o último tema da apostila, nele vimos os diferentes módulos que compõem o sistema. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64) “são adquiridos na forma depacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa industrial”. Sob o mesmo ponto de vista o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 2003). Logo o ERP fornece a visão holística de dados da empresa, garantindo assim agilidade na busca de informações para tomada de decisão. Nos vemos na próxima unidade! Leitura Complementar Dataprev x Totovs - Caso de Sucesso Em 2010, visando a integração da informação a Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência Social, iniciou o projeto Sigma que visou a implementação da ERP Protheus da Totvs. Segundo o diretor de Finanças e Serviços Logísticos da Dataprev, Álvaro Botelho: “Não tivemos grandes resistências na empresa, pelo contrário. A Casa comprou essa ideia e conseguimos implantar o sistema em 8 meses na empresa; no dia 3 de janeiro deste ano (2011) ele já estava no ar. “ Com a implantação do sistema de gestão integrada e a revisão de processos, a empresa pode obter ganhos de produtividade significativos. No processo de orçamento, por exemplo, foi apontada em um levantamento uma tendência de redução em horas de trabalho de processos mensais de 93%, o que permitirá a realização de novas rotinas que antes não eram realizadas. “Com essas horas, nós vamos passar a fazer alguns trabalhos que não conseguimos fazer antes, ou porque não tínhamos o sistema integrado, ou porque não havia tempo, uma vez que as pessoas ficavam digitando muita informação várias vezes. Poderemos produzir muito mais com a mesma força de trabalho.” afirmou Álvaro Botelho. Fonte: DAVENPORT, T.H. Missão crítica: obtendo vantagem competitiva com os sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre, RS: Editora Bookman, 2002. LIVRO • Título: Sistemas Integrados de Gestão – ERP • Autor: Cícero Caiçara Junior • Editora Ibpex • Sinopse: Nesta obra, Cícero Caiçara Junior apresenta as características e principais aplicações dos Sistemas Integrados de Gestão, conhecidos como ERP. Escrito de maneira didática e voltada aos elementos presentes no mundo dos negócios, contribui como suporte para os leitores que desejam aprender um pouco mais sobre os processos de tomada de decisão numa empresa e, também, para o desenvolvimento de mais capacitação na área de informática e tecnologia da informação. FILME/VÍDEO • Título: O jogo da imitação • Ano: 2014 • Sinopse: O filme mostra a história do matemático Alan Turing - mais tarde conhecido como o pai da informática - e sua tentativa incansável de quebrar um código de comunicação nazista durante a 2ª Guerra Mundial. O filme interessa ao estudante por apresentá-lo a um episódio essencial na história da computação. REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. JR; COELHO, A. F. de M. O Impacto Humano da Nova Economia Digital: reflexões para uma economia latina. In: 24º Encontro Nacional de Programas de Pós Graduação - ENANPAD, 2000, Florianópolis. Anais do ENANPAD, 2000. ANDRASKI, J. O CPFR é para todos.In: Revista Tecnologística, n. 84, p. 34-38, novembro 2002 BIO, S. R. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 1993. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operação. Prentice Hall, 2003. COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. CORRÊA, Henrique L, GIANESI, Irineu G. N. e CAON, Mauro. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II / ERP. São Paulo:Editora Atlas, 1999. DAVENPORT, T.H. Missão crítica: obtendo vantagem competitiva com os sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre, RS: Editora Bookman, 2002. DAVENPORT, Thomas H. Putting the enterprise into the enterprise system. Harvard Business Review, Boston, p.121-131, jul./ago. 1998. HU, O. R. T.; SILVA, P. A.; PAMBOUKIAN, S. V. D.; CYMROT, R.; ZAMBONI, L. C.; BARROS, E. A. R. Desenvolvimento e avaliação da metodologia “Jogos de Empresas” no 12 ensino de gestão no curso de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Revista Mackenzie de Engenharia e Computação, v. 13, n. 1, p.1127, 2013. JUNIOR, Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão – ERP. Editora Ibpex, 2008. KOCH, Christopher. The ABCs of ERP. Disponível em: < http://www.cio.com/forums/erp>.Acesso em: 27.Agosto.2020. LAUDON, Kenneth C; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais. 1. ed.São Paulo: Pearson Brasil, 2003. LUSTOSA, Leonardo Junqueira; MESQUITA, Marco Aurélio; OLIVEIRA, Rodrigo J. Planejamento e Controle da Produção. Elsevier Brasil, 2008. MESQUITA, Robson Antonio Catunda, Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), Centro Universitário de Brasília – UNICEUB.2000. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet.São Paulo: Saraiva, 2001. O'LEARY, Daniel E. 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Na Unidade III estudar sobre as tecnologias aplicada à produção, com ênfase na automação. Que de acordo com os autores, Américo; Azevedo; Souza (2011) vem do latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos em uma determinada máquina ou processo industrial, com o objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobreesse processo ou máquina. Interessante esta definição pois estes autores complementam que a automação não é somente a máquina substituindo o homem, mas também a redução de processos, menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse processo ou máquina. Inicialmente veremos os tipos de automação: fixa, programável e flexível. A seguir conheceremos os Sistemas Automatizados de Montagem ou Produção que trará o tema:os níveis de equipamentos que compõem a automação da indústria. O próximo tema será Sistemas Flexíveis de Manufatura que é um tipo arranjo de máquinas interligadas por um sistema de transporte. E o último assunto desta apostila, será Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperação, que está intimamente ligado a logística de armazenagem, controle de estoque e inventário. Vamos lá! Bons Estudos! 1 TIPOS DE AUTOMAÇÃO Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estímulo à inovação, que possui em um de seus pilares a automação, é a ferramenta fundamental para agregar valor e fazer a indústria brasileira tornar-se mais competitiva (MONACO, 2013). Decerto para Eudes Junior (2012), uma das metas a serem atingidas em uma organização é o aumento de sua lucratividade, uma maneira para atingir esta meta é o investimento em automação, otimizando desta maneira os processos de produção. Qual a definição de automação? Automação, do latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos em uma determinada máquina ou processo industrial, com o objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse processo ou máquina (AMÉRICO; AZEVEDO; SOUZA, 2011) Mas também a automação é a tecnologia pela qual um processo é completado sem a participação do ser humano. Para a sua implementação, utiliza-se um programa de instruções, combinado com um sistema de controles que executa as instruções” (GROOVER, 2001) A automação da manufatura tornou possível que um número crescente de commodities fossem produzidas em massa. A produção em massa trouxe vendas em massa. (EUDES JUNIOR, 2012). Para Groover (2001), automatizar um processo, energia é requerida tanto para acionar o processo em si como para operar o programa e o sistema de controles. A automação é aplicada em uma ampla variedade de áreas, mas é associada mais fortemente com a indústria de manufatura. Capelli (2007) também argumenta que qualquer que seja o segmento industrial, a automação tornou-se necessária à sobrevivência em mercados dinâmicos e flexíveis, onde a presença humana é cada vez mais rara e bem remunerada. A necessidade de atender a demanda do mercado, onde as decisões sobre prazos e custos partem do consumidor e não do fornecedor, a automação industrial vem trazendo grandes diferenças para os resultados de grandes e pequenas empresas. Assim destaca Martins (2012), a automação tem papel de enorme importância na sobrevivência das indústrias, pois garante a melhoria do processo produtivo e possibilita a competição nesse mercado globalizado. Há três tipos de sistemas automatizados de produção que estão relacionados ao grau de flexibilidade, sendo definidos três tipos básicos: automação rígida, programável e flexível. 1.1 Automação Fixa ou Rígida Apresenta altas taxas de produção e inflexibilidade do equipamento na acomodação da variedade de produção. É muito utilizada quando se deseja um elevado volume de produção, e o equipamento utilizado é desenvolvido especificamente para produzir altas quantidades de um único produto ou uma única peça de forma rápida e eficiente. (GROOVER,2001). Um grande exemplo desta área da automação é encontrado nas indústrias automotivas, onde as estações de trabalho realizam operações de usinagem em componentes de motores, da transmissão e nas diferentes peças que constituem a mecânica automotiva. (GROOVER, 2001). Estes equipamentos são, em geral, muito caros, em função de sua alta produtividade. Porém, devido à alta taxa de produção, o custo fixo é dividido em uma grande quantidade de unidades fabricadas. (CAPELLI, 2007). Assim, os custos unitários resultantes são relativamente baixos se comparados com outros métodos de produção (GROOVER,2001). O risco enfrentado por esta área da automação, ocorre quando o volume de vendas de um produto produzido com este tipo de automação for baixo, e o investimento com a linha de produção tenha sido alto, conseqüentemente o lucro será menor. 1.2 Automação Programável O equipamento de produção é projetado com a capacidade de modificar a sequência de operações de modo a acomodar diferentes configurações de produtos, sendo controlado por um programa que é interpretado pelo sistema. (CAPELLI, 2007). Diferentes programas podem ser utilizados para fabricar novos produtos. Esse tipo de automação é utilizado quando o volume de produção de cada item é baixo. (CAPELLI, 2007). A casos de ocorrer à produção de um único produto por encomenda. Os aspectos típicos da automação programável são: ● Elevado investimento em equipamento genérico; ● Taxas de produção inferiores à automação fixa; ● Flexibilidade para alterações na configuração da produção. (GROOVER, 2001) 1.3 Automação Flexível O equipamento deve ser programado para produzir uma variedade de produtos com algumas características ou configurações diferentes, mas a variedade dessas características é normalmente mais limitada que aquela permitida pela automação programável (CAPELLI, 2007). A automação flexível combina características da automação fixa e da automação programável, constituindo-se em um intermediário, ou seja, vários tipos de produtos podem ser fabricados ao mesmo tempo, dentro do mesmo sistema de fabricação. (CAPELLI 2007). A seguir alguns aspectos típicos da automação flexível: ● Elevados investimentos no sistema global; ● Produção contínua de misturas variáveis de produtos; ● Taxas de produção média; ● Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos produtos. (GROOVER, 2001) A seguir estudaremos no gráfico 1 os tipos de automação e sua relação com o volume de produção e variedade de produto. Gráfico 1 - Tipos de automação relativos ao volume de produção e variedade do produto Fonte: Martins (2012). Caro estudante! Vamos analisar o grafico? Observe no gráfico: o primeiro quadrado da direita para esquerda, quanto maior menor a variedade de produto no eixo Y mas com grande volume de produção eixo X, é indicado o tipo de Automação Fixa ou Rígida, pois é baseada na fabricação de um produto determinado e está baseada em uma linha de produção projetada para a fabricação de um produto específico. Como exemplo as indústria de destilação de bebidas e a linha de montagem automotiva Demonstrado na figura 1: Figura 1 - Indústria de destilação de bebidas A seguir no quadrado do meio, a variedade de produto e volume da produção são intermediárias, eixos X e Y utiliza-se a Automação Flexível ao reunir algumas das características da automação rígida e outras da automação programável. Como exemplo: máquinas de corte a laser de fibra e de CO2 de alta velocidade. Conforme figura 2. Figura 2 - Máquina de corte a laser E finalizando com alta variedade de produto no eixo Y e baixo volume de produção eixo X, a automação indicada é a Automação Programável.Uma vez que é baseada em
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