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TÓPICOS ESPECIAIS EM GESTÃO DA QUALIDADE

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APRESENTAÇÃO 
 
 Professora Mestre Lilian Gonçalves 
 
● Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações pela Unicesumar 
(2018). 
● Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (1998). 
● Curso Superior de Tecnologia em Logística pela Unicesumar (2017). 
● Licenciatura em Formação de Docente para a Educação Básica – Matemática 
(2019). 
● Pós Graduação em Consultoria Organizacional (2005). 
● Pós Graduação em Educação à Distância e Tecnologias Educacionais ( 2014). 
● Projeto de Pesquisa voltado à Iniciação Científica (PIBIC) - “Reflexão sobre a 
Gestão Estratégica do Conhecimento, o Programa Institucional de Bolsa para 
Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão Escolar Pública (2017). 
● Apresentação no X EPCC - Encontro Internacional de Produção Científica com o 
trabalho intitulado “Reflexão sobre a Gestão Estratégica do Conhecimento, o 
Programa Institucional de Bolsa para Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão 
Escolar Pública (2017). 
● Publicação de artigo científico no livro Empreendedorismo, Inovação & Start up, 
intitulado “A Gestão do Conhecimento como Facilitadora de Aprendizagem e 
Inovação em Sala de Aula” (2018). 
● Atuante em organizações industriais no cargo de Gerente Industrial e Logística, e 
em Instituições de Ensino Superior como docente, orientadora e membro de 
comissão avaliadora de Trabalho de Conclusão de Curso desde 2011. 
 
Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/0235956165366786 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá, Caro estudante! 
 
Seja bem vindo, a apostila da disciplina de Tópicos Especiais em Gestão da Qualidade. 
Você irá conhecer os principais conceitos e definições sob o olhar de conceituados 
autores e estudiosos da área. 
Na Unidade I começaremos nossa caminhada como tema: Gerenciamento da Cadeia 
Produtiva com abordagem sobre os tópicos dos fatores que influenciam na localização, 
bem com critérios e métodos para escolha a melhor localização geográfica para a 
empresa. 
Depois na Unidade II vamos tratar sobre o Sistema ERP - Enterprise Resource Planning 
ou simplesmente Planejamento de Recursos da Corporação. Destacando seu conceito, 
definição, tipos de sistemas e aplicações nas empresas. 
A Unidade III é dedicada às Tecnologias Aplicadas à Produção com ênfase aos tipos de 
automação e sistemas de montagem. 
Iremos abordar o tema Novos Modelos de Arranjos Produtivos na Unidade IV, com foco 
no conceito, benefícios e desvantagens, estudo de caso dos arranjos produtivos: 
Clusters, Condomínio Industrial, Consórcio Modular e Contract Manufacturing. 
Reforço a você o convite, para juntos percorrer esta caminhada na construção do 
conhecimento. 
 
Muito obrigada e bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS 
Professora Mestre Lilian Gonçalves 
 
 
Plano de Estudo: 
● Fatores que influenciam na localização de empresas 
● Critérios para decisão de localização 
● Método de Pontuação Ponderada 
● Método do Centro de Gravidade 
● Método do Ponto de Equilíbrio 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar os fatores e critérios que influenciam na tomada de 
decisão na escolha da localização de empresas. 
• Conhecer os tipos de métodos de avaliação na localização de empresas 
• Estudar os métodos de Pontuação Ponderada, Centro de Gravidade e Ponto de 
Equilíbrio para a o estudo de viabilidade econômica e logística na implantação de 
empresa. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá Caro Estudante! 
 
Você já parou para pensar de que maneira a localização de uma organização 
pode vir a influenciar seu sucesso? A escolha da localização impacta na relação com 
fornecedores e principalmente os clientes? E a escolha para instalação de centro de 
distribuição e fábricas? Como é feita a escolha do local? Quais fatores deve ser 
analizados? 
Segundo Kon (1994), a escolha da localização observa critérios que levam à 
maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das 
unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontada com a eficiência 
operacional da empresa ao longo de sua vida útil. 
 Abordaremos os fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados 
pelas indústrias no momento de se definir a melhor localização. 
Sabia que há Métodos para escolha da localização? Nesta unidade iremos 
estudar três, sendo: 
- Método do Centro de Gravidade que segundo Corrêa C. e Corrêa H. 
(2006), usado para definir a localização de uma unidade operacional, 
levando em conta suas principais fontes de insumos e clientes, além dos 
volumes a serem transportados entres os locais. 
- Método de Pontuação Ponderada que para Corrêa C. e Corrêa H. 
(2006),consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de 
fábrica, considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar 
pertinente. 
- Método do Ponto de Equilíbrio que Heizer, J.; Render, B. (2001) define o 
método do ponto de equilíbrio como sendo a utilização da análise de 
volume-custo para se fazer a comparação econômica das alternativas de 
localização. 
 Com apresentação de amplo estudo bibliográfico sobre o tema e exemplo prático 
de como aplicar cada Método. Assim demonstraremos de que maneira a localização de 
empresas contribui para o gerenciamento da cadeia produtiva. 
Bons estudos! 
 
1 FATORES QUE INFLUENCIAM NA LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
 
Caro estudante! Você deve conhecer ou já ouviu falar de empresa que ao mudar 
de endereço duplicaram o faturamento ou simplesmente faliram, correto? Então veremos 
a seguir como a localização da empresa é primordial para seu sucesso ou fracasso. 
Temas relacionados a escolha de localização industrial tem crescido bastante, 
principalmente a partir dos anos 70 com o avanço da globalização, pois em um mundo 
globalizado o principal foco é a competitividade que se estende territorialmente para 
novas áreas geográficas. (ARNOLD,D.JÚNIOR, 2002). A maioria das teorias iniciais 
sobre localização foram postuladas por economistas e geógrafos. A grande maioria deles 
abordavam a questão do custo de transporte na determinação da localização. (PUU, 
1997). 
Tal forma que a localização se estabelece como o melhor local geográfico para as 
instalações de uma empresa. As decisões de localização são importantes pois requerem 
um compromisso maior a longo prazo referentes a prédios e instalações, como também 
altos investimentos financeiros que impactam nos custos e receitas operacionais. Uma 
vez que, uma má localização pode trazer algumas consequências como: elevados custos 
de transporte, suprimentos inapropriados de matéria-prima e mão de obra, prejuízos 
financeiros e até perda de vantagem competitiva. (REID; SANDERS, 2005). 
Como decidir a melhor localização? Corrêa C. e Corrêa H. (2006) afirma que 
decidir a melhor localização para uma instalação se torna uma decisão de caráter muito 
mais financeiro do que pode parecer. Vale ressaltar que, embora seja difícil reverter uma 
decisão de localização, às vezes é necessário, mesmo que os custos envolvidos para 
desativar uma operação e reinstalar em outro local possam ser elevados. Assim, as 
decisões sobre localização devem ocorrer de forma constante nas organizações, 
analisando as vantagens e desvantagens de se ter um negócio situado em determinado 
lugar. (MACHADO, 2002). 
Quando deve-se mudar a localização de uma empresa? De acordo com visão de 
Moreira (1996) quando há esgotamento de insumos produtivos próximos ao 
empreendimento; ou quando a produção não atende à demanda e há necessidade de 
expansão. 
 
Figura 1: Ilustração de localização de empresas 
 
O autor Kon (1994), relata que a localização industrial observa critérios que levam 
à maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das 
unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontadacom a eficiência 
operacional da empresa ao longo de sua vida útil. A rentabilidade nas atividades 
econômicas da empresa será analisada sob os aspectos de custos e benefícios para a 
determinação da macrolocalização. Na maior parte das vezes é possível criar boas 
condições de localização ao se construir meios de acesso, ou superar problemas 
climáticos pela tecnologia. Sob o mesmo ponto de vista Passos et. al. (2007), destaca 
que a questão da localização industrial sempre foi muito complexa, e, portanto, criar 
uma teoria geral que explique os fatores determinantes de tal decisão é muito difícil de 
ser desenvolvida. 
Por consequência para Sfredo (2006), os elementos que influenciam na escolha 
da localização de uma indústria são eleitos dependendo do ramo que a empresa atua. 
 
 
2 CRITÉRIOS PARA DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO 
 
 As atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local 
onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades 
de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como 
proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização 
dos competidores. PASSOS et. al. (2007) 
 
Figura 2 - Fatores determinantes na localização 
 
Fonte: Adaptado de Murray; Dowel e Mayes (1999). 
MacCormack (1994) dividiu essas variáveis em fatores qualitativos e 
quantitativos. Para o autor, os fatores qualitativos envolvidos seriam a infra-estrutura 
local, a educação e qualificação dos trabalhadores, às exigências de conteúdo do 
produto e a estabilidade política/econômica. A partir disso Kon (1994) aponta alguns 
fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados pelas indústrias no 
momento de se definir a melhor localização: 
a) Custo e eficiência dos transportes - o custo de transporte de matéria-prima e 
dos produtos acabados deve ser levado em conta. Neste caso, a distância é um 
fator determinante em relação à localização, em termos de custos e de tempo 
gastos. Para Graeml (2002, p. 7) “o conceito de acessibilidade é uma evolução do 
conceito de localização física, em que mais importante que as distâncias envolvidas 
é a infra-estrutura existente para agilizar os processos produtivo e logístico”. 
b) Proximidade ao mercado consumidor: o cliente é a figura mais importante na 
vida das empresas. Conforme Moreira (1996), as atividades de serviços se 
localizam próximas aos mercados a que servem, tanto quanto possível, onde 
existam facilidades de acesso e estacionamento, buscando, ao mesmo tempo, 
atingir uma grande parcela da população visada. De acordo com Mattar (1997), a 
escolha do local definitivo para situar a empresa deve basear se em pesquisas 
sobre os consumidores potenciais do local e da renda da população. Além disso, é 
importante analisar do perfil dos consumidores locais, dando atenção a fatores 
como hábitos e comportamento de compra da população, fidelidade dos clientes e 
freqüência que os clientes vão às compras, influenciarão significativamente no 
sucesso do negócio. 
c) Disponibilidade e custos da mão-de-obra - a existência da mão-de-obra 
também é um fator importante na escolha locacional. No que se refere aos custos, 
a localização próxima a grandes centros urbanos determina salários mais elevados 
relativamente a áreas mais afastadas. Deve-se verificar também a existência de 
mão-de-obra qualificada, dada as especificidades de cada negócio. Normalmente 
regiões com abundância de mão-de-obra permitem a organização contratar este 
fator a salários relativamente menores do que regiões com escassez de mão-de-
obra. Ou seja, a mão-de-obra também tem que ser avaliada em termos de 
quantidade e qualidade. 
d) Custo da terra - no caso das plantas industriais, que necessitam de grandes 
áreas para sua implantação, o custo da terra pode consistir em um fator decisivo 
nos cálculos de localização. As áreas situadas mais próximas dos grandes centros 
urbanos apresentam um custo da terra proporcionalmente mais elevados, que se 
relaciona diretamente à disponibilidades de infra-estrutura e serviços. 
e) Disponibilidade de energia e água - a existência destes itens em suas diversas 
formas ou mesmo a potencialidade de recursos naturais a serem explorados, bem 
como seu custo unitário devem ser levados em consideração também. 
f) Suprimento de matérias-primas - as condições de utilização em grande escala 
ou o caráter perecível ou de fragilidade de certas matérias-primas constituem 
fatores que não podem ser esquecidos na decisão locacional. 
g) Eliminação de resíduos - deve-se ficar atento para questões de legislação 
ambiental, principalmente no caso daqueles negócios que necessitam realizar a 
eliminação de resíduos sólidos, gasosos ou ainda líquidos no meio ambiente. 
h) Dispositivos fiscais e financeiros – deve-se ficar atento também para os 
possíveis incentivos fiscais (isenção de impostos e taxas). Este é um fator que 
estimula muito as empresas, pois implica justamente em uma redução considerável 
de tributos, o que implica inclusive na possibilidade de praticar preços mais baixos, 
e, portanto, na própria 
competitividade da empresa no mercado. Salienta-se que os incentivos do governo 
estadual e municipal podem ser fatores importantíssimos na decisão dos gestores 
quanto a localização das organizações, pois podem representar relevantes 
reduções nos custos de instalação. (GRAEML, 2002). 
i) Elementos intangíveis - estes elementos intangíveis são aqueles de caráter 
subjetivo, que influenciam os processos produtivos ou de distribuição do produto, 
como, por exemplo, os hábitos tradicionais de uma determinada região, mas cuja 
mensuração é mais difícil de ser realizada. 
Lembre-se caro estudante: 
Passos et. al. (2007) destaca que o problema locacional para as 
organizações têm natureza dinâmica, ou seja, a decisão locacional deve ser 
constantemente revisada e alterada caso necessário, pois ao longo do tempo pode 
ocorrer a necessidade de expandir ou subcontratar. 
Somente com a realização de estudo de análise contínua irá possibilitar uma 
avaliação dos benefícios oferecidos por uma determinada localização. Assim, a 
partir do momento que as vantagens de uma nova localização se tornam superiores 
aos custos envolvidos em mudança, a relocalização é uma boa opção. Porém, esta 
relocalização deve ser analisada de forma abrangente, considerando todos os 
custos tangíveis e intangíveis, como todos os benefícios a nova instalação. 
(GRAEML Alexandre, 2002; GRAEML Karin, 2002). Conforme Siqueira e Calegario 
(2012), toda decisão de localização deve ser amparada por estudos de viabilidade 
que proporcionem um maior retorno para o investimento da empresa, denominados 
de método quantitativos. Que iremos estudar a seguir! 
 
 
 
3 MÉTODO DE PONTUAÇÃO PONDERADA 
 
 
 
Primeiramente, para você o que significa “Ponderar”? 
Bem, alguns dicionários definem a palavra ponderar como: estudar 
detidamente, avaliar, considerar. 
Para o autor Passos et. al. (2007), o Método de Pontuação Ponderada 
consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de fábrica, 
considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar pertinentes.Em 
outras palavras, este método serve para comparar, de forma ponderada, pontos de 
localização de fábrica, considerando qualquer aspecto que o tomador de decisão 
entender que tenha influência sobre o local a ser escolhido. O procedimento envolve 
quatro passos de acordo com Passos et. al. (2007) sendo: 
Primeiro Passo: lugar, a identificação de critérios que podem ser usados para 
avaliar as diversas localizações. 
Segundo Passo: envolve a definição da importância relativa de cada critério e a 
atribuição de fatores de ponderação (“pesos”) para cada um deles. 
Terceiro Passo: construção de uma tabela contendo: os critérios de comparação 
entre os locais; a ponderação da importância de cada critério(peso); a pontuação 
de cada local de acordo com cada critério; a nota total de cada localização. 
 Quarto Passo: consiste em avaliar cada opção de localização segundo cada 
critério definido. 
 
Hora da prática! 
Um grande empresário do ramo de celulose irá implantar um nova fábrica, 
mas está indeciso entre 03 locais, doravante denominados de locais : A, B e C. Para 
tanto para o grande empresário a prioridade é encontrar local com baixo custo e 
incentivos fiscais locais. Sendo assim, determinou que o Custo do local tem 
ponderação ou peso 4 e Impostos locais peso 2. Os demais critérios 
(disponibilidade de mão de obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e 
potencial expansão) receberam peso 1. Ajude o grande empresário a determinar o 
melhor local com o Método de Pontuação Ponderada. 
 
Resolução: 
Primeiro Passo: Identificação dos critérios - Custo do local, impostos locais, mão de 
obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão. 
Segundo Passo: Custo do local com peso 4, impostos locais tem peso 2 e mão de 
obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão com 
peso 1 cada um. 
Terceiro Passo: Construção da tabela 1 
Quarto Passo: Analisar a melhor opção de localização. 
 
 
Tabela 1 - Aplicação do Método de Pontuação Ponderada
 
 
Fonte: Slack (2009) 
 
Veja que os critérios são elementos qualitativos, e cada item possuem um 
peso de importância para sua avaliação. No critério “custo do local” possui 
ponderação ou peso 4, ou seja, tem grande importância nesta avaliação fictícia para 
escolha do local, ao contrário do “acesso a aeroporto” que possui pouca relevância 
com ponderação ou peso 1. A seguir os três locais denominados de A, B, C 
receberam suas pontuações conforme Tabela 1. Em síntese no exemplo acima, o 
Local C tem a melhor pontuação 605 pontos, provando ser o melhor local para a 
instalação da fábrica utilizando este método, de acordo a importância dos critérios 
estabelecido. 
 
 
4 MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE 
 
 
O método do centro de gravidade, que para alguns autores é chamado de 
método da mediana, é segundo Corrêa e Corrêa (2006), usado para definir a 
localização de uma unidade operacional, levando em conta suas principais fontes 
de insumos e clientes, além dos volumes a serem transportados entres os locais. 
 Considerando uma configuração de instalações e mercados, através da qual 
circulam certos volumes de mercadorias ou intensidade de serviços, o centro da 
gravidade é a localização tal que é mínima a distância total ponderada entre a 
localização procurada e as outras instalações e mercados (MOREIRA, 2004). É 
importante ressaltar que este método considera também que o custo de transporte 
é proporcional à quantidade de bens movimentada nas viagens. Fazendo uma 
analogia física, esse método considera que a localização ótima seria o centro de 
gravidade de todos os pontos de origem e para o destino dos bens transportados 
(PASSOS et. al. ,2007). 
Ainda em Henrique CORRÊA (2006) e Carlos CORRÊA (2006), este método 
compara os custos de transporte do material vindo dos fornecedores até a unidade 
a ser localizada e desta até os clientes. Estes custos devem ser iguais e 
proporcionais às quantidades transportadas. 
 Assim para Martins e Laugeni (2003), o modelo procura avaliar o local de 
menor custo para a instalação da empresa, considerando o fornecimento de 
matérias-primas e os mercados consumidores. Em outras palavras, este método 
defende que a localização ótima é dada pela média ponderada dos locais de 
consumo/suprimento de bens a serem transportados. Assim o centro de gravidade 
ou baricentro pode ser obtido pela aplicação das equações 1 e 2, descritas no 
quadro 2: 
Quadro 2 - Equações 1 e 2 - Fórmula para cálculo de coordenadas do Método do 
Centro de Gravidade 
 
 
Moreira (2004) apresenta os passo para a aplicação do método: 
Primeiro Passo: Aplicar o mapa da área analisada em um grade com coordenadas. 
Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de inbound e 
outbound a 
serem considerados no modelo. 
Terceiro Passo: Resolução da questão matemática. 
Quarto Passo: Calcular o baricentro estipulando o melhor ponto para atender as 
necessidades de inbound e outbound com otimização de custos de transporte. 
 
Vamos colocar o conceito na prática! 
 
A empresa BomPreço fundada em 1975, possui 02 grande fornecedores e 
04 principais clientes que garantem 40 % do seu faturamento mensal. Para diminuir 
os custos de transportes o proprietário da empresa deseja instalar um Centro de 
Distribuição para melhor atender seus clientes e fornecedores e reduzir custo. Qual 
a melhor localização para a implantação de Centro de Distribuição com o intuito de 
minimizar os custos com transporte? 
 
Primeiro Passo: Aplicar no mapa da região a ser analisada com uma grade com 
coordenadas. 
Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de localização de 
fornecedores ( A e B) e clientes ( C, D, E, F). 
Quadro 3 - Quantidade transportada e coordenadas de fornecedores e clientes 
 
Terceiro Passo: resolução das equações matemática, demonstrado na Tabela 4 
 
Tabela 4 - Resolução das Equações 
 
Quarto Passo: O ponto ótimo da localização (centro de gravidade), nessa situação 
hipotética, é dado pelo ponto ou coordenadas geográficas (7,66; 7,33). 
 
5 MÉTODO DO PONTO DE EQUILIBRIO 
 
 
Heizer, J.; Render, B.r (2001) define o método do ponto de equilíbrio como 
sendo a utilização da análise de volume-custo para se fazer a comparação 
econômica das alternativas de localização. Identificando-se os custos fixos e 
variáveis e elaborando-se o gráfico deles para cada localização, pode-se determinar 
o local que proporciona o custo mais baixo para cada intervalo de volume produzido. 
Em paralelo à definição de Heizer, J.; Render, B.r (2001) defende que o 
método procura identificar a melhor localização a partir do conhecimento dos custos 
fixos e variáveis de cada local. Uma vez identificado o nível de atividade da 
empresa, o custo total (fixo + variável) é calculado para cada local. Em continuidade 
Heizer e Render (2001) Afirmam que existem três possíveis etapas para a análise 
do ponto de equilíbrio, são elas: 
Primeiro Passo: Determinar os custos, sejam os fixos e variáveis para cada 
localização, 
Segundo Passo: Apontar os custos de cada local, alinhados com os custos no eixo 
vertical do gráfico em volume anual no eixo horizontal, 
Terceiro Passo: Selecionar o local que aponte o custo menor para o volume que 
se espera de produção. 
 
E vamos para a prática! 
 
A partir do Gráfico 1 realize análise comparativa de custo/volume das 
alternativas de localização. Pelo Método do Ponto de Equilíbrio: 
 
Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio 
 
Fonte: Moreira (2003) 
Primeiro Passo - O gráfico traz os dados de custos calculados. Mas para que você 
compreende o cálculo de custos totais ( CT), custos fixos(CF) e custos variáveis(CV) 
é realizado pela fórmula: 
Observação: A quantidade (Q) é uma variável importante, pois quanto maior a 
produção menor será o custo variável. 
Fórmula de custos totais: 
CT = CF + (CV x Q) 
Segundo Passo: Apontado no gráfico eixo X no Volume/Quantidade ( produzida ou 
comercializada) , em contrapartida com o Custo Total eixo Y. O gráfico também já 
apresenta as retas. 
Terceiro Passo: Ao analisar o gráfico, percebe-se que o encontro de cada curva 
com o eixo de custo (Y) corresponde ao custo fixo de operação de cada um dos 
locais, e a inclinação da reta é dada em função do custo variável por unidade de 
cada local: 
*Para volumes até V1, o Local A se mostra como a opção mais barata. 
*Para volume entre V1 e V2, o Local B é o mais barato. 
*Para volumes maiores que V2, o Local C se mostra como sendo a melhor opção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
A Zona Franca de Manausé uma área empresarial e industrial criada na 
cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, cujo objetivo principal é atrair 
empresas e promover uma maior ocupação e integração territorial com a região 
Norte do país. Atualmente, existem mais de 500 empresas instaladas em sOs 
incentivos fiscais especiais acima citados tinham previsão 
de duração apenas até o ano de 1997. Porém, temendo 
a fuga de empresas da região, o governo brasileiro 
prorrogou por várias vezes o seu encerramento, 
primeiramente para o ano de 2013, depois para 2023 e, 
por último, para 2073. 
Fonte: PENA, Rodolfo F. Alves. "Zona Franca de Manaus"; Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/zona-franca-manaus.htm. 
Acesso em 02 de agosto de 2020. 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
“Muitas das falhas da vida ocorrem quando não percebemos o quão próximos 
estávamos do sucesso na hora em que desistimos.” Thomas Edison. 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-regiao-norte.htm
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Olá Caro estudante, 
 
Chegamos ao final da unidade 1! 
Aprendemos a importância da definição de critérios econômicos e técnicos 
na escolha da localização da empresa. Como explana Moreira (1990) as atividades 
industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os 
recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades de serviços, 
sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade 
do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos 
competidores. 
Em seguida estudamos de forma significativa: Método de Pontuação Ponderada, 
Método do Centro de Gravidade e Método do Ponto de Equilíbrio que auxiliam de 
forma matemática na avaliação de localização. Com exemplos práticos que 
propiciaram a você uma visão de como aplicá los no dia a dia. 
Nos vemos na próxima unidade! 
 
 
Leitura Complementar 
GUERRA FISCAL 
Para atrair investimentos e consequentemente mais riqueza e geração de 
renda para sua região, vários governos promovem incentivos variados para as 
empresas. Isso vai desde isenção de impostos e infra-estrutura até a própria 
construção das instalações da empresa com dinheiro público. Guerra fiscal é a 
disputa, entre cidades e estados, para ver quem oferece melhores incentivos para 
que as empresas se instalem em seus territórios. Podemos citar um exemplo muito 
conhecido que é o da montadora Ford, que após uma acirrada disputa entre os 
estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, para ver quem oferecia maiores 
vantagens fiscais, a empresa decidiu se instalar na Bahia. 
As desvantagens da guerra fiscal é que isso faz com que o Brasil em geral, 
deixe de arrecadar volumosos recursos, em virtude da disputa, sendo que de 
qualquer forma, ela se instalaria no Brasil. Além disso, quem adquire bens ou 
serviços de outro estado, quando usufrui de incentivos fiscais no seu estado de 
origem, pode sofrer sanções, como restrições ao crédito do ICMS. 
Fonte: DANTAS, Tiago. "Guerra Fiscal"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/economia/guerra-fiscal.htm. Acesso em 02 de agosto 
de 2020. 
 
 
LIVRO 
 
• Título: Walmart - a Estratégia Vencedora do Gigante do Varejo Mundial 
• Autor: Natalie Berg & Bryan Roberts 
• Editora: Campus Elsevier 
• Sinopse: Este livro busca oferecer uma visão de como o Walmart surgiu de suas 
humildes raízes em uma área rural do Arkansas para se tornar uma grande 
empresa de varejo. Com uma análise de todos os principais aspectos do negócio 
e entrevistas com as principais figuras da empresa, 'Walmart' investiga o que o 
varejista faz certo e o que faz errado, e faz um estudo sobre as diversas funções 
que contribuem para suas operações. 
 
 
https://www.estantevirtual.com.br/livros/natalie-berg-bryan-roberts
https://www.estantevirtual.com.br/editora/campus-elsevier
 
FILME/VÍDEO 
 
 
• Título: Fome do poder 
• Ano: 2017 
• Sinopse 
A história da ascensão do McDonald's. Após receber uma demanda sem 
precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o 
vendedor de Illinois Ray Kroc adquire uma participação nos negócios da lanchonete 
dos irmãos Richard e Maurice Mac McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco 
eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império 
alimentício. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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agroindustrial no paraná: estudo de caso de uma agroindústria de aves. 
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operações:manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2 Ed. São Paulo: 
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empresarial e sobre sua relevância na era da Internet. Anais do XXII ENEGEP 
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Paulo:Saraiva, 2003 
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Thomson Learninh, 2004.MARTINS, Petronio Garcia. 
 
LAUGENI,Fernando P. Administração da Produção. São Paulo:Saraiva, 2003. 
 
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. Ed. São 
Paulo: Pioneira, 1996. 
 
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Paulo: Pioneira, 1996. 
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Suppliers in Tennessee and the Southeast. Knoxville: The University of Tennessee, 
1999. 
 
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público - estudo de caso do município de campos dos Goytacazes – RJ. XXVII 
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, 09 a 11 de outubro de 
2007. 
 
PFEIFFER, S. C. Subsídio para a ponderação de fatores ambientais na localização 
de aterros de resíduos sólidos, utilizando o sistema de informações geográficas. 
Universidade de São Paulo, 2001. 
 
PUU, T. Mathematical Location and Land Use Theory. New York: Springer-Verla, 1997. 
 
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empresas:comparativo entre uma indústria é uma prestadora de serviços com base 
nos pressupostos teóricos. XXVI Energep - Fortaleza\Ce, 2006. 
 
SIQUEIRA, P. e CALEGARIO, C. Determinantes da localização das plantas 
industriais do setor sucroalcooleiro no estado de Goiás, XXII Encontro Nac. De Eng. 
De Produção –Bento Gonçalves, RS, Brasil, 2012. 
 
 
UNIDADE II 
SISTEMA ERP 
Professor Mestre Lilian Gonçalves 
 
 
Plano de Estudo: 
• Conceitos e Definições do sistema ERP 
• Tipos de sistemas 
• Aplicações 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar, definir e contextualizar sistema ERP 
• Compreender os tipos de sistema ERP 
• Estabelecer a importância e aplicações do sistema ERP 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá caro estudante! 
 
Nessa unidade conheceremos o sistema ERP - Enterprise Resource Planning queem português é conhecido como Planejamento de Recursos da Corporação. 
Primeiramente veremos seu conceito e definição sob o olhar de alguns autores, bem 
como suas vantagens e benefícios e porque uma empresa implanta um sistema ERP. 
Veremos que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações 
único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. 
(CHOPRA e MEINDL, 2003). 
Sabia que há vários tipos de sistemas ERP? Sim eles existem é iremos ver 04 
tipos sendo: ERP BackOffice para E-commerce, ERP Legado, ERP Engessado, ERP 
Local ou ERP na nuvem e ERP on-premise. Não se assuste com o nomenclatura se 
você não for familiarizado com informática, garanto que depois de ler a apostila você irá 
pensar: Nossa já vi todos esses tipos de sistema só não sabia os nomes! 
Iremos conhecer as principais empresas de sistema ERP(SAP, Oralce e TOTVS) 
e algumas particularidades de seus sistemas. 
O último tema da apostila será as aplicações do sistema ERP nas organizações, 
ou seja, estudaremos os módulo que compõem este sistema. 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 CONCEITO E DEFINIÇÕES DO SISTEMA ERP - ENTERPRISE RESOURCE 
PLANNING OU PLANEJAMENTO DE RECURSOS DA CORPORAÇÃO 
 
 
 
 
Com o avanço da competitividade, a adoção de Tecnologia da Informação 
(TI),principalmente via sistemas de informação, tem possibilitado às organizações inovar 
e gerar diferenciais competitivos, impactando em interesses, valores e rotinas, e 
apoiando as pessoas tanto nas atividades rotineiras quanto nas decisórias (HU et al., 
2013). 
A partir disso Almeida e Coelho (2000) indicam que as tecnologias de informação 
estão mudando a face das organizações emergentes e transformando o funcionamento 
das organizações existentes. A introdução de novas tecnologias sempre estará provida 
de dificuldades, visto tratar-se de um processo que causa impactos organizacionais nos 
âmbitos técnico, profissional, humano e social. 
Para O’Brien, (2001), os sistemas de informação são o conjunto de software, 
hardware, recursos humanos e respectivos procedimentos que coletam, processam, 
armazenam e distribuem informações. Têm como maior objetivo o apoio aos processos 
de tomadas de decisão na empresa. Assim para Rezende (2003), o foco fundamental 
dos sistemas de informação é a sustentação do negócio empresarial. Daí deriva o apoio 
ao processo fabril, efetivamente auxiliando nos processos de produção e 
comercialização dos produtos. Esse foco está intimamente relacionado com os quesitos 
de qualidade, produtividade, rentabilidade, perenidade e competitividade empresarial. 
Na concepção de KENNETH Laudon (1999) e JANE Laudon (1999), os sistemas 
de informação nas empresas estão divididos em três níveis (de cima para baixo), 
 
Sistemas de suporte aos Executivos (SIE), Sistemas de Apoio à Média Gerência, 
Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações e 
Registros da empresa (SSTR). 
 
Figura 1 - Pirâmide do sistema de informação 
 
Fonte: Adaptado de Laudon, K.; Laudon, J.P. 
 
Sendo assim, definido: 
1.Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações 
e Registros da empresa - SSTR 
Para Bio (1993) as informações operacionais são geridas nos sistemas de suporte 
às Transações e Registros de Operações Empresariais (SSTR). São as informações 
relacionadas à programação da produção, emissão de notas fiscais e recibos, 
memorandos internos e outros. 
2.Sistemas de Apoio à Média Gerência - SIG 
Oliveira (2004) as informações gerenciais e especializadas fazem parte das 
funções específicas dos sistemas de informação gerencial (SIG). Por causa de suas 
funções específicas os sistemas especialistas são distinguidos dos SIG, porém, 
tecnicamente pertencem aos sistemas de informações gerenciais. Sistemas 
especialistas são aplicativos orientados para atividades especializadas, como apoio 
contábil, financeiro e pesquisa e desenvolvimento, por exemplo. 
3.Sistemas de suporte aos Executivos - SIE 
 
As informações de caráter estratégico são processadas pelos sistemas de 
informações executivos (SIE). Nestes sistemas, as informações são concentradas e 
compactadas para serem usadas nos processos decisórios para formulação de 
estratégias corporativas pelos altos executivos das empresas. (SHIROZAWA, 1993). 
Como surgiu a necessidade de um sistema como o ERP? 
A necessidade das organizações em obterem informações precisas, em tempo 
real e de forma integrada fez com que um tipo de sistema ganhasse popularidade – o 
sistema integrado de gestão ou ERP. Sistemas ERP são pacotes de sistemas integrados 
que atendem todas as áreas de uma empresa (DAVENPORT, 2002). Segundo 
CORRÊA, GIANESI e CAON (1999), os sistemas ERP podem ser entendidos como uma 
evolução dos sistemas MRP II na medida em que, além do controle dos recursos 
diretamente utilizados na manufatura (materiais, pessoas, equipamentos), também 
permitem controlar os demais recursos da empresa utilizados na produção, 
comercialização, distribuição e gestão. 
Qual o conceito de ERP? 
Em primeiro lugar O'Leary (2000) caracteriza um ERP como um pacote de 
software para ambiente cliente-servidor que integra a maioria dos processos de negócio, 
processa a maioria das transações organizacionais, usa uma base de dados empresarial 
e permite acesso aos dados em tempo real. 
A medida que os sistemas ERP fornecem rastreamento e visibilidade global da 
informação de qualquer parte da empresa e de sua Cadeia de Suprimento, o que 
possibilita decisões inteligentes. O ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo 
de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base 
de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a 
produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo real. Em suma, 
o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, 
desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 2003). 
Mas então, qual a definição de Sistema ERP? 
Souza e Zwicker (2000) definem o ERP como sistemas de informação integrados, 
que podem ser adquiridos na forma de pacotes comerciais, de forma a suportar a maioria 
das operações de uma empresa. Eles procuram atender a requisitos genéricos do maior 
 
número possível de empresas, incorporando modelos de processos de negócio, obtidos 
pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisa em processos de 
benchmarking. Segundo Júnior (2008), o Sistema ERP é adquirido na forma de pacotes 
de software, que permitem a integração entre os processos de negócios, com os dados 
dos sistemas de informação de uma empresa. (CÍCERO JUNIOR, 2008). 
E qual é o objetivo do ERP? 
A implantação de um sistema ERP tem como objetivo, a padronização dos dados, 
padronização dos processos, transformação e mudanças contínuas e planejadas da 
organização. (STAMFORD, 2000). 
Decerto para Turban, Mclean e Wetherbe (2010), o principal objetivo do ERP é 
integrar todos os departamentos e fluxos de informações de uma empresa em um único 
sistema com uma única base de dados que possa atender todas as necessidades da 
empresa. O ERP integra o planejamento, a gestão e o uso de todos os recursos da 
empresa e promete também benefícios que vão desde melhor eficiência e qualidade, 
produtividade e lucratividade aprimoradas. É capaz de receber, controlar e processar, de 
forma estruturada e on-line, os dados inerentes à maioria dos processos de negócios 
internos realizados por uma organização, integrando as áreas funcionais em uma base 
de dados única. LUSTOSA et al. (2008). 
Qual a diferença entre “sistema caseiro” e ERP? 
Sem dúvida para Cícero Junior (2008), o que diferencia os Sistemas ERP dos 
sistemas “caseiros” (sistemas desenvolvidos internamente em uma empresa, com o 
intuito de que este cumpra os objetivos deum ERP), são as seguintes características: 
1- Ser um pacote comercial de software, construído com base nas melhores práticas 
do mercado; 
2- Utilização de base dados única e corporativa. Entre as possibilidades de integração 
oferecidas por sistemas ERP está o compartilhamento de informações comuns entre os 
diversos módulos, de maneira que cada informação é alimentada no sistema uma única 
vez, e a verificação cruzada de informações entre diferentes partes do sistema. (CÍCERO 
JUNIOR, 2008). 
 
3- Composto por módulos. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64) “são adquiridos na 
forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das 
operações de uma empresa industrial”. 
4- Não ser desenvolvido para um cliente específico, de forma genérica de modo a 
atender a várias empresas com diferentes gestões, mas que atenda às necessidades e 
incorporem os modelos de processos de negócios (SOUZA, 2000). 
Agora, vamos conhecer principais benefícios da implantação do sistema ERP? 
Existem benefícios tangíveis e intangíveis proporcionados pela integração de 
sistemas: 
a) Benefícios tangíveis: redução de pessoal, aumento de produtividade, aumento de 
receitas/lucros, entregas pontuais. 
b) Benefícios intangíveis: aprimoramento do processo, padronização de processos, 
satisfação dos clientes, flexibilidade e agilidade. (CÍCERO JUNIOR, 2008). 
Por exemplo para Lustosa et al., a melhoria no fluxo de informação é um benefício 
da utilização do ERP, o que fornece uma maior agilidade ao acesso aos dados 
operacionais, ocasionado um planejamento estratégico mais fundamentado. Porém, é 
destacado o grande benefício da utilização dos sistemas ERP é a adoção de melhores 
práticas de negócio, resultando no incremento da produtividade dos processos 
operacionais, o que auxilia no controle de custos e redução de despesas, com isso, 
permitindo com que as empresas possam focar na satisfação do cliente, e na 
maximização dos resultados.( LUSTOSA et al., 2008). 
 E assim chegamos as Vantagens e Desvantagens do ERP: 
Muitos dicionários definem vantagem como a utilidade do produto ou serviço, o que ele 
faz, como ele pode ser usado para facilitar algum processo ou trabalho do cliente 
potencial. Sendo assim podemos relatar as seguintes algumas vantagens do ERP : 
- Atomicidade dos Dados: O sistema ERP não permite que um mesmo registro seja 
gravado em diferentes partes do sistema, por se tratar de um sistema integrado o ERP 
permite (através dos processos), que um módulo “visualize” informações geradas por 
outros módulos. 
- Reorganização dos Processos da Organização: Para a implementação do sistema 
 
ERP geralmente se faz necessário uma reengenharia dos negócios, com isto consegue-
se uma grande diminuição na redundância de dados dentro do sistema. Está comprovado 
de forma estatística que em sistema não integrados a mesma informação pode estar 
armazenada em até seis lugares diferentes dentro de um mesmo sistema. 
- Maior Controle de Custos: Um sistema ERP permite saber o quanto é gasto e o tempo 
gasto em cada processo produtivo, e evita uma conciliação manual das informações 
obtidas entre as interfaces dos diferentes aplicativos. 
- Unificação dos Sistemas de Todas as Filiais: Quando uma empresa adquire o 
sistema ERP, geralmente, este é implementado em todas as filiais da empresa, gerando 
assim uma diminuição no tempo do fluxo de informação dentro da própria empresa, isto 
sem contar que todos os processos são padronizados. 
- Controle de Todo o ciclo Produtivo: Com a implementação de um sistema ERP as 
empresas conseguem um maior controle do ciclo produtivo, e estes auxiliam a empresa 
a administrar todas as etapas de produção de um serviço ou produto. 
- Ferramenta de Planejamento: Os sistemas ERP´s possuem poderosas ferramentas 
de planejamento incorporadas, estas ferramentas auxiliam no planejamento 
organizacional e estratégico das empresas, acarretando assim em uma otimização dos 
processo de tomada de decisão. 
- Elimina o uso de interfaces manuais: Os processo de ordem de serviços e serviços 
internos passam a ser realizados de modo digital, sem a necessidade do uso de papéis. 
- Reduz o tempo de lead times(tempo de resposta do fornecedor as requisições feitas 
pelo comprador) e tempos de resposta ao mercado: Com a padronização dos processos 
pelo sistema ERP, e por esta uniformização da informação tornar-se digital, as empresas 
conseguem repassar suas requisições aos fornecedores de matéria prima, de modo mais 
eficiente e consegue reduzir o tempo de atendimento de seus clientes. (MESQUITA, 
2000): 
 Todavia as desvantagens segundo Mesquita (2000), pelo sistema ERP se tratar 
de uma solução de grandes dimensões, que mexe com toda a estrutura da organização, 
ele possui algumas desvantagens, são elas: 
 
- Custos Elevados: Os sistemas ERP são sistemas caros, sua implementação 
geralmente ultrapassa a casa dos milhões de dólares, e podemos destacar os seguintes 
custos: 
a)Hardware; 
b)A infraestrutura computacional; 
c)A aquisição da licença de uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 TIPOS DE SISTEMAS 
 
 
 
Para Mesquita (2000) os sistemas ERP estão presentes na maioria das empresas, 
sendo elas pequenas, médias ou grandes. O que diferencia os sistemas ERP das 
 
empresas é o nível de integração e abrangência existente. Segundo Souza (2000) os 
sistemas ERP podem ser classificados da seguinte maneira: 
a) ERP BackOffice para E-commerce, não é bem um ERP e pode ser 
considerado como uma ponte de ligação ao ERP legado, mas não envolve 
gerenciamentos fiscais e nem tão pouco contábeis. Financeiramente é mais barato, no 
entanto, funcionalmente pode não atender a todas as expectativas e necessidades de 
uma empresa. 
b) ERP Legado, já foi muito utilizado, principalmente porque foi um dos pioneiros. 
No entanto, na atualidade, sofreu uma forte defasagem tecnológica frente aos sistemas 
ERP da atualidade, além de não ter quem realize manutenção. Assim, optar pelo legado 
pode engessar processos e o custo, inicialmente menor, pode se transformar em 
prejuízos mais à frente com a necessidade de investir em outros softwares ou mesmo re 
adequando equipes de trabalho com atividades manuais que poderiam estar 
automatizadas. 
c) ERP Engessado é um tipo de sistema ERP bem mais barato. No entanto, como 
o próprio nome já indica, ele não oferece tantos recursos funcionais para a empresa. Se 
a intenção de sua empresa é crescer, este tipo de ERP Engessado não é recomendado. 
d) ERP Local ou ERP na nuvem, ou em ERP em cloud , possibilita acesso ao 
programa de qualquer lugar a qualquer momento, por meio de qualquer dispositivo com 
conexão à internet. Ao hospedar um software na nuvem, as informações serão 
armazenadas nos servidores em nuvem do provedor e não nos da empresa. 
Assim as soluções em Cloud permitem que o usuário faça cópias de backup dos dados 
automaticamente, o assegurando assim, a proteção das informações e sua recuperação 
em todos os momentos. (MESQUITA,2000). 
https://ativy.com/cloud/
 
e) ERP on-premise é executado no data center da empresa , desta maneira o 
sistema precisa ser instalada em todas as máquinas. Ele também oferece flexibilidade e 
controle dos dados, porém é preciso contar com uma equipe interna especializada. 
SOUZA (2000). Atualmente, a SAP é a líder mundial de sistemas ERP, e a segunda do 
mercado brasileiro. (SOUZA, 2003). 
 A SAP está presente nas grandes empresas brasileiras, como a Petrobras (maior 
empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo), a BRF S.A. (uma das 
maiores empresas de alimentos do mundo), e a Lojas Americanas (uma grande empresa 
varejista). LUSTOSA (2008). 
 No mercado brasileiro, a TOTVS é a empresa que possui maior fatia do mercado 
ERP no Brasil, e segundo Junior (2008), a sua grande estratégia foi a compra de 
empresas nacionais de destaque. Conforme a TOTVS temem seu portfólio de produtos 
diversos sistemas que foram desenvolvidos nacionalmente, e que já possuíam presença 
no mercado brasileiro (JUNIOR, 2008). Agora iremos conhecer as principais empresas 
de sistema ERP e algumas particularidades de seus sistemas: SAP, Oralce, Microsoft 
Dynamics e TOTVS. 
Figura 1: Empresa de sistemas - SAP 
 
 
2.1 Sistema SAP 
 
A SAP começou suas atividades em 1972, na cidade de Walldorf, Alemanha, 
quando cinco engenheiros, ex-funcionários da IBM: Dietmar Hopp, Hans-Werner Hector, 
Hasso Plattner, Klaus Tschira e Claus Wellenreuther, decidiram criar sua própria 
empresa de desenvolvimento de sistemas: a SAP AG. Tinham a visão de desenvolver 
um software aplicativo padrão para processos de negócios em tempo real. (CÍCERO 
JUNIOR, 2008). 
 Segundo Mesquita (2000), o nome da empresa era temporariamente uma 
abreviação de em alemão Systeme, Anwendungen und Produkte in der 
Datenverarbeitung em inglês: Systems, Applications and Products in Data Processing, 
em português: Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados. Um ano 
depois, o primeiro componente de contabilidade financeira estava pronto, formando a 
base para o contínuo desenvolvimento de outros componentes de software para aquilo 
que mais tarde veio a ser conhecido como sistema “R/1”. O “R” é a primeira letra de “real-
time data processing” (processamento de dados em tempo real). Perto do fim da década, 
o exame exaustivo do banco de dados IBM da SAP e do sistema de controle de diálogo 
levam ao nascimento do SAP R/2 (Realtime System Version 2), o primeiro produto 
importante da SAP, um conjunto de módulos de software destinado a mainframes, que 
em 1995 já era utilizado por mais de 2000 empresas. (CÍCEROJUNIOR, 2008). 
 De acordo com Mesquita (2000) à medida que novos conceitos iam surgindo no 
campo da informática, a SAP ia atualizando seu produto, até que em 1999, as primeiras 
aplicações do SAP R/3 foram apresentadas numa conferência em Hanôver, Alemanha. 
R/2 e R/3 não representam versões de um mesmo sistema, trata-se na verdade de 
produtos diferentes. LUSTOSA et. al (2008) diz que o R/2 era um conjunto de módulos 
de software destinado a mainframes, enquanto o R/3 foi desenvolvido para o ambiente 
cliente/servidor. Nesse ambiente algumas estações solicitam serviços (clientes), e outras 
atendem (servidores), realizando determinados tipos de processamento ou 
compartilhando recursos como impressoras, arquivos e bancos de dados. SOUZA 
(2000). 
Mesquita (2000) define o SAP R/3 como é um sistema que oferece um conjunto 
de módulos com diversas aplicações de negócio. Os módulos são integrados e contém 
a maior parte das funcionalidades necessárias às grandes corporações, incluindo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/IBM
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dietmar_Hopp
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hans-Werner_Hector&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hasso_Plattner
https://pt.wikipedia.org/wiki/Klaus_Tschira
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Claus_Wellenreuther&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Han%C3%B4ver
 
manufatura, finanças, vendas e distribuição de recursos humanos. Cada módulo é 
responsável por mais de 1000 processos de negócio, cada um deles baseado em 
práticas consagradas no mundo dos negócios. A configurabilidade do sistema é tornada 
possível por 8000 tabelas que administram desde a estrutura corporativa até a política 
de desconto oferecida aos clientes. (JUNIOR, 2008). O sistema oferece o processamento 
de informações em verdadeiro tempo real ao longo da empresa onde estiver 
implementado. Em 1995, a SAP chegou ao Brasil. Para que possa ser corretamente 
utilizado, todos os softwares comercializados passam por um processo chamado de 
localização, ou seja, a adequação do sistema para atender à legislação brasileira. 
(MESQUITA, 2000). 
 
Figura 2: Empresa de sistemas - Oracle 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
 
 
2.2 Sistema Oracle 
Para Lustosa et al. (2008) o Oracle é um SGBD (sistema gerenciador de 
banco de dados) que surgiu no fim dos anos 70, quando Larry Ellison vislumbrou 
uma oportunidade que outras companhias não haviam percebido, quando 
encontrou uma descrição de um protótipo funcional de um banco de dados 
relacional e descobriu que nenhuma empresa tinha se empenhado em comercializar 
essa tecnologia. Ellison e os co-fundadores da Oracle Corporation, Bob Miner e Ed 
Oates, perceberam que havia um tremendo potencial de negócios no modelo de 
banco de dados relacional tornando assim a maior empresa de software empresarial 
do mundo. (JUNIOR, 2008). 
 Para Mesquita (2000) além da base de dados, a Oracle desenvolve uma suíte 
de desenvolvimento chamada de Oracle Developer Suite, utilizada na construção 
de programas de computador que interagem com a sua base de dados. A Oracle 
também criou a linguagem de programação PL/SQL. 
 Ao longo dos últimos 30 anos a Oracle vem aperfeiçoando seu principal 
produto e se mantém líder de mercado. (MESQUITA, 2000). A Oracle procura se 
destacar de seus concorrentes ao adicionar novas funcionalidade ao seu SGBD. O 
Oracle8i iniciou a tradição de marketing da Oracle de adicionar uma letra como 
sufixo no nome da versão e o "i" presente no Oracle8i é para ressaltar seu foco na 
web. O Oracle8i realmente tem foco na web, foi o primeiro objeto de banco de dados 
relacional (ORDBMS). (MESQUITA,2000). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/SGBD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_dados
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1970
https://pt.wikipedia.org/wiki/Larry_Ellison
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oracle_Corporation
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_dados_relacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oracle_Developer_Suite
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/PL/SQL
 
 
Figura 3: Empresas do grupo - Microsoft Dynamics 
 
 
 
2.3 Microsoft Dynamics 
Também conhecido como Dynamics CRM e Dynamics 365, é uma linha de 
software da Microsoft destinado a gestão corporativa ERP, para ajudar na tomada 
de decisões gerenciais e melhorar os resultados administrativos e financeiros das 
empresas. (CÍCERO JUNIOR, 2008). 
Para Mesquita (2000) Dynamics CRM e Dynamics 365 era conhecido pelo 
seu nome de projeto Green. Ele substitui a família de aplicativos da Microsoft 
Business Solutions. Esta família de produtos inclui vários softwares como Microsoft 
Dynamics AX (ex-Axapta), voltado para a gestão corporativa ERP. Atualmente, a 
versão do Microsoft Dynamics mais atualizada é o Microsoft Dynamics 365. Para 
LUSTOSA et al. (2008) o Microsoft Dynamics possui os seguintes módulos: 
● Dynamics 365 for Sales 
● Dynamics 365 for Retail 
● Dynamics 365 for Finance and Operations 
● Dynamics 365 for Talent 
● Adobe Marketing Cloud. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft
https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Dynamics_AX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_Dynamics_AX
https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
 
 
 
2.4 Sistema TOTVS 
É uma empresa brasileira de software, com sede em São Paulo. A Totvs ( 
leia-se totus) foi inicialmente formada a partir da fusão das empresas Microsiga e 
Logocenter. Após a abertura de capital na BOVESPA, em 08/mar/2006, a empresa 
incorporou seus principais concorrentes nacionais — a RM Sistemas, ainda em 
2006, e a Datasul, em 2008. (CÍCERO JUNIOR, 2008). 
 A Totvs é a líder no mercado brasileiro de ERP, segundo a Fundação Getúlio 
Vargas, e, além de diversos endereços no Brasil, possui escritórios na Argentina, 
no México e nos Estados Unidos. (LUSTOSA et al., 2008). 
 Em 1983, Laércio Cosentino tinha 23 anos e era diretor da SIGA, empresa 
de processamento de dadoscriada por Ernesto Haberkorn. Cosentino e Haberkorn 
abriram a Microsiga, uma empresa de software para pequenas e médias empresas, 
e então tornaram-se sócios igualitários na nova companhia.(LUSTOSA et al., 2008). 
A Microsiga fundiu-se com a Siga em 1989, e em 2005 a empresa mudou o nome 
para Totvs. A Totvs adquiriu mais de cinquenta fabricantes de softwares 
corporativos, como Datasul, RM Sistemas, Midbyte, Logocenter e BCS, entre 
outros. (JÚNIOR, 2008). 
 A empresa abriu uma operação em San Diego, na Califórnia, dentro do 
câmpus da Universidade da Califórnia, o Totvs Labs, centro de pesquisa de 
soluções em computação em nuvem (cloud computing), em 2011. No ano seguinte, 
abriu um escritório no Vale do Silício, também na Califórnia.(LUSTOSA et al., 2008). 
 A Totvs adquiriu sete empresas de software brasileiras em 2013: a PRX, a 
ZeroPaper, a RMS, 72% da Ciashop, a Seventeen Tecnologia da Informação, a 
W&D Participações, controladora das empresas PC Sistemas e PC Informática, e a 
companhia estadunidense GoodData. Em maio de 2014, comprou, por 75,1 milhões 
de reais, a empresa paranaense Virtual Age da cidade de Cianorte, que atuava no 
desenvolvimento de softwares na nuvem para companhias de moda têxtil e 
vestuário. (JUNIOR, 2008). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsiga
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logocenter&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/RM_Sistemas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Datasul
https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Getulio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Getulio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Datasul
https://pt.wikipedia.org/wiki/RM_Sistemas
https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Diego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_da_Calif%C3%B3rnia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Sil%C3%ADcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/PRX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Virtual_Age
 
 
 
 
 
 
 
 
3 APLICAÇÕES 
 
 
Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de 
informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base 
de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a 
produção, compras ou distribuição,com informações on-line e em tempo real. Em 
suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela 
empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 
2003). O ERP é composto por vários módulos que tem o objetivo de otimizar a 
gestão da organização, conforme demonstrado na figura 4: 
 
 
Figura 4: Visão esquemática dos módulos do sistema ERP 
 
 
Fonte: Turban, Mclean e Wetherbe (2010) 
 
Agora vamos, conhecer um pouco desses módulos! 
1. Gestão Financeira, reúne os diversos dados financeiros para geração de 
relatórios que demonstrem os reais resultados da empresa. Tem com objetivo 
auxiliar o gestor a manter o fluxo financeiro equilibrado, proporcionando segurança 
às informações e automatizar os processos de cobrança. (SOUZA, 2000). 
2 - Gestão de Estoque, esse módulo permite que o gestor tenha uma visão 
completa das mercadorias, além de todas as movimentações realizadas no estoque 
da empresa, como a entrada, saída e reposição de materiais. Propicia agilidade na 
geração de inventário, o controle da validade dos itens e oferece mais segurança 
às informações de estoque.(ANDRASKI, 2002) 
3 - Gestão de Vendas, permite realizar pedidos online e offline, faturar contratos de 
modo automatizado, controlar comissionamentos, entre outra tarefas. Propiciando 
 
atingir todas as etapas do processo comercial, desde a prospecção de clientes, 
criação de propostas, até a emissão de nota fiscal.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 
4 - Gestão Fiscal, aqui é possível gerar SPED e Sintegra, apurar e controlar os 
impostos, emissão de nota fiscal eletrônica de produtos e serviços com tratamento 
de substituição tributária, alíquotas diferenciadas e reduções de base de cálculo, 
entre muitas outras funcionalidades. (ANDRASKI, 2002) 
5 - Gestão de Serviços, controla atendimentos, insumos gastos na prestação de 
serviços, orçamentos altamente detalhados, além de facilitar o cumprimento de 
prazos de entrega.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 
6 - Gestão de Produção, é composto pela junção das áreas relacionadas à 
produção. Possibilita o cumprimento de prazos, ajuda na rastreabilidade e controle 
das etapas da produção, diminui o custo da mesma e controla as múltiplas etapas. 
(SOUZA, 2000). 
7 - Gestão de Compras, é responsável por controlar e centralizar o fluxo de 
compras: pedidos internos de itens, registros de cotações, pedidos de compras, até 
a entrada de notas fiscais e baixa de pedidos de compras, entre outros recursos. 
Resultando em compras assertivas.(CHOPRA e MEINDL, 2003). 
8 - Gestão de Contábil permite que o gestor administre e gerencie o registro da 
sua contabilidade, além de controlar seu balanço e demonstrativo de resultados. 
(ANDRASKI, 2002). 
 Finalizando a implantação de um sistema ERP objetiva reduzir custos, 
efetivar e otimizar processos por meio da implementação de melhores práticas da 
indústria e obter controle e disponibilidade de informações. A organização passa 
por um período de adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova 
ferramenta de trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
A implantação de sistema ERP em indústrias 
 
Segundo Taurion (1999), implantar um ERP requer cuidados como escolher 
o sistema mais adequado às peculiaridades da organização e selecionar os 
parceiros envolvidos na implantação, como uma consultoria experiente no assunto. 
O sucesso está atrelado ao gerenciamento do projeto, ao comprometimento da 
empresa e da alta administração e à formação de equipe com conhecimentos sobre 
o sistema e processos de negócio da empresa. 
A implantação desses sistemas objetiva reduzir custos, efetivar e otimizar 
processos por meio da implementação de melhores práticas da indústria e obter 
controle e disponibilidade de informações. A organização passa por um período de 
adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova ferramenta de 
trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). Para Tonini 
(2003), a grande dificuldade na implantação de ERP é escolher a alternativa mais 
adequada de forma a agregar mais valor aos negócios em termos de maior 
eficiência em seus processos, diante de tantas opções disponíveis no mercado com 
funcionalidades similares. 
 
Fonte: COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 
2001. 
 
#SAIBA MAIS# 
 
 
REFLITA 
“Os empreendedores falham, em média, 3,8 vezes antes do sucesso final. O que 
separa os bem-sucedidos dos outros é a persistência.” Lisa M. Amos. 
#REFLITA# 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Olá caro estudante, 
 
E aqui chegamos ao final da Unidade II - Sistema ERP da apostila. Espero 
que tenha gostado de conhecer este incrível mundo da informática aliada a gestão 
empresarial. 
A construção do seu conhecimento iniciou-se com a definição e conceito de 
sistema ERP sob a visão de diversos autores, bem como sua vantagens e 
benefícios de implantação. 
Mas me diga, ao estudar os tipos de sistema você já teve contato com todos 
eles ou maioria deles , correto? Acredito que sim. Apenas aprendemos suas 
denominações. 
O ERP na nuvem, atualmente é o tipo de sistema mais utilizado, pois propicia 
a empresa o oneroso custo de armazenagem de dados em servidores e acesso ao 
sistema online ou offline em qualquer local que você esteja. 
As aplicações do sistema ERP foi o último tema da apostila, nele vimos os 
diferentes módulos que compõem o sistema. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64) 
“são adquiridos na forma depacotes comerciais de software com a finalidade de dar 
suporte à maioria das operações de uma empresa industrial”. 
Sob o mesmo ponto de vista o ERP é um sistema integrado, que possibilita 
um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma 
única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, 
como a produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo 
real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas 
pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e 
MEINDL, 2003). 
Logo o ERP fornece a visão holística de dados da empresa, garantindo 
assim agilidade na busca de informações para tomada de decisão. 
Nos vemos na próxima unidade! 
 
 
Leitura Complementar 
 
 
Dataprev x Totovs - Caso de Sucesso 
 
Em 2010, visando a integração da informação a Dataprev, empresa de 
tecnologia e informações da Previdência Social, iniciou o projeto Sigma que visou a 
implementação da ERP Protheus da Totvs. 
 Segundo o diretor de Finanças e Serviços Logísticos da Dataprev, Álvaro 
Botelho: “Não tivemos grandes resistências na empresa, pelo contrário. A Casa 
comprou essa ideia e conseguimos implantar o sistema em 8 meses na empresa; 
no dia 3 de janeiro deste ano (2011) ele já estava no ar. “ 
 Com a implantação do sistema de gestão integrada e a revisão de processos, a 
empresa pode obter ganhos de produtividade significativos. No processo de 
orçamento, por exemplo, foi apontada em um levantamento uma tendência de 
redução em horas de trabalho de processos mensais de 93%, o que permitirá a 
realização de novas rotinas que antes não eram realizadas. 
 “Com essas horas, nós vamos passar a fazer alguns trabalhos que não 
conseguimos fazer antes, ou porque não tínhamos o sistema integrado, ou porque 
não havia tempo, uma vez que as pessoas ficavam digitando muita informação 
várias vezes. Poderemos produzir muito mais com a mesma força de trabalho.” 
afirmou Álvaro Botelho. 
 
Fonte: DAVENPORT, T.H. Missão crítica: obtendo vantagem competitiva 
com os sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre, RS: Editora Bookman, 
2002. 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título: Sistemas Integrados de Gestão – ERP 
• Autor: Cícero Caiçara Junior 
• Editora Ibpex 
• Sinopse: Nesta obra, Cícero Caiçara Junior apresenta as características e 
principais aplicações dos Sistemas Integrados de Gestão, conhecidos como ERP. 
Escrito de maneira didática e voltada aos elementos presentes no mundo dos 
negócios, contribui como suporte para os leitores que desejam aprender um pouco 
mais sobre os processos de tomada de decisão numa empresa e, também, para o 
desenvolvimento de mais capacitação na área de informática e tecnologia da 
informação. 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: O jogo da imitação 
• Ano: 2014 
• Sinopse: O filme mostra a história do matemático Alan Turing - mais tarde 
conhecido como o pai da informática - e sua tentativa incansável de quebrar um 
código de comunicação nazista durante a 2ª Guerra Mundial. O filme interessa ao 
estudante por apresentá-lo a um episódio essencial na história da computação. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, F. JR; COELHO, A. F. de M. O Impacto Humano da Nova Economia 
Digital: reflexões para uma economia latina. In: 24º Encontro Nacional de 
Programas de Pós Graduação - ENANPAD, 2000, Florianópolis. Anais do 
ENANPAD, 2000. 
ANDRASKI, J. O CPFR é para todos.In: Revista Tecnologística, n. 84, p. 34-38, 
novembro 2002 
BIO, S. R. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 
1993. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – 
Estratégia, Planejamento e Operação. Prentice Hall, 2003. 
COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. 
CORRÊA, Henrique L, GIANESI, Irineu G. N. e CAON, Mauro. Planejamento, 
Programação e Controle da Produção: MRP II / ERP. São Paulo:Editora Atlas, 
1999. 
DAVENPORT, T.H. Missão crítica: obtendo vantagem competitiva com os 
sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre, RS: Editora Bookman, 2002. 
DAVENPORT, Thomas H. Putting the enterprise into the enterprise system. 
Harvard Business Review, Boston, p.121-131, jul./ago. 1998. 
HU, O. R. T.; SILVA, P. A.; PAMBOUKIAN, S. V. D.; CYMROT, R.; ZAMBONI, L. 
C.; BARROS, E. A. R. Desenvolvimento e avaliação da metodologia “Jogos de 
Empresas” no 12 ensino de gestão no curso de engenharia da Universidade 
Presbiteriana Mackenzie. Revista Mackenzie de Engenharia e Computação, v. 
13, n. 1, p.1127, 2013. 
JUNIOR, Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão – ERP. Editora Ibpex, 
2008. 
KOCH, Christopher. The ABCs of ERP. Disponível em: < 
http://www.cio.com/forums/erp>.Acesso em: 27.Agosto.2020. 
LAUDON, Kenneth C; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais. 1. 
ed.São Paulo: Pearson Brasil, 2003. 
LUSTOSA, Leonardo Junqueira; MESQUITA, Marco Aurélio; OLIVEIRA, Rodrigo 
J. Planejamento e Controle da Produção. Elsevier Brasil, 2008. 
 
MESQUITA, Robson Antonio Catunda, Sistemas ERP (Enterprise Resource 
Planning), Centro Universitário de Brasília – UNICEUB.2000. 
O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da 
internet.São Paulo: Saraiva, 2001. 
O'LEARY, Daniel E. Enterprise Resource Planning Systems: systems, life 
cycle, electronic commerce, and risk. New York: Cambridge University Press, 
2000. 232 p. ISBN 0-521-79152-9. 
OLIVEIRA, Jayr F. Sistemas de informação versus tecnologia da informação: 
um Impasse Empresarial. 1. ed. São Paulo: Érica, 2004. 
REZENDE, D. A. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de 
informação empresariais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
SHIROZAWA, R. S. Qualidade no atendimento e tecnologia da informação. 
São Paulo: Atlas, 1993. 
SOUZA, C. A.; ZWICKER, R. Ciclo de vida de sistemas ERP. Caderno de 
pesquisas em administração, São Paulo, SP, vol. 1, n. 11, 1° trim. 2000. 
Souza, Cesar Alexandre de; Saccol, Amarolinda Zanela. Sistemas ERP no 
Brasil: Teoria e Casos. Editora: Atlas, São Paulo, 2003. 
SOUZA, Cesar; ZWICKER, Ronaldo. Ciclo de vida de sistemas ERP. Cadernos 
de pesquisa em administração. São Paulo, FEA/SP, v. 1, nº11, p. 46-57, 1º 
trimestre 2000. 
STAMFORD, P. P. ERP s: prepare-se para esta mudança. Artigo publicado pela 
KMPress. Disponível em: <http://www.kmpress.com.br/>. Acesso em: 05 Ago de 
2020. 
TONINI, A. C. Metodologia para seleção de sistemas ERP: um estudo de 
caso. São Paulo,SP: Editora Atlas, 2003 
TURBAN, E.; MCLEAN, E.; WETHERBE, J. C. Tecnologia da informação para 
gestão: transformando os negócios na economia digital. 6. ed. São Paulo-SP: 
Editora Bookman, 2010. 
 
 
 
 
UNIDADE III 
TECNOLOGIA APLICADAS À PRODUÇÃO 
Professor Mestre Lilian Gonçalves 
 
Plano de Estudo: 
• Tipos de Automação 
• Sistemas Automatizados de Montagem 
• Sistemas Flexíveis de Manufatura 
• Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperação 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar o tipos de automação 
• Conhecer a aplicação dos sistemas de montagem 
• Estudar os sistemas flexíveis de manufatura 
• Compreender a importância logística dos sistemas automatizados de armazenamento 
e recuperação. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Olá Caro Estudante! 
 
Na Unidade III estudar sobre as tecnologias aplicada à produção, com ênfase na 
automação. Que de acordo com os autores, Américo; Azevedo; Souza (2011) vem do 
latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de técnicas, softwares e/ou 
equipamentos específicos em uma determinada máquina ou processo industrial, com o 
objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de 
energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, 
melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes 
a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobreesse 
processo ou máquina. 
Interessante esta definição pois estes autores complementam que a automação 
não é somente a máquina substituindo o homem, mas também a redução de processos, 
menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de 
qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das 
informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência 
humana sobre esse processo ou máquina. Inicialmente veremos os tipos de automação: 
fixa, programável e flexível. 
A seguir conheceremos os Sistemas Automatizados de Montagem ou Produção 
que trará o tema:os níveis de equipamentos que compõem a automação da indústria. O 
próximo tema será Sistemas Flexíveis de Manufatura que é um tipo arranjo de 
máquinas interligadas por um sistema de transporte. E o último assunto desta apostila, 
será Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperação, que está intimamente 
ligado a logística de armazenagem, controle de estoque e inventário. 
Vamos lá! 
 
Bons Estudos! 
 
1 TIPOS DE AUTOMAÇÃO 
 
 
 
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estímulo à inovação, que 
possui em um de seus pilares a automação, é a ferramenta fundamental para agregar 
valor e fazer a indústria brasileira tornar-se mais competitiva (MONACO, 2013). 
Decerto para Eudes Junior (2012), uma das metas a serem atingidas em uma 
organização é o aumento de sua lucratividade, uma maneira para atingir esta meta é o 
investimento em automação, otimizando desta maneira os processos de produção. 
Qual a definição de automação? 
 Automação, do latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de 
técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos em uma determinada máquina ou 
processo industrial, com o objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção 
com o menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de 
qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das 
informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência 
humana sobre esse processo ou máquina (AMÉRICO; AZEVEDO; SOUZA, 2011) 
Mas também a automação é a tecnologia pela qual um processo é completado sem a 
participação do ser humano. Para a sua implementação, utiliza-se um programa de 
instruções, combinado com um sistema de controles que executa as instruções” 
(GROOVER, 2001) 
A automação da manufatura tornou possível que um número crescente de commodities 
fossem produzidas em massa. A produção em massa trouxe vendas em massa. (EUDES 
JUNIOR, 2012). Para Groover (2001), automatizar um processo, energia é requerida 
tanto para acionar o processo em si como para operar o programa e o sistema de 
controles. A automação é aplicada em uma ampla variedade de áreas, mas é associada 
mais fortemente com a indústria de manufatura. 
Capelli (2007) também argumenta que qualquer que seja o segmento industrial, a 
automação tornou-se necessária à sobrevivência em mercados dinâmicos e flexíveis, 
onde a presença humana é cada vez mais rara e bem remunerada. A necessidade de 
atender a demanda do mercado, onde as decisões sobre prazos e custos partem do 
consumidor e não do fornecedor, a automação industrial vem trazendo grandes 
diferenças para os resultados de grandes e pequenas empresas. 
Assim destaca Martins (2012), a automação tem papel de enorme importância na 
sobrevivência das indústrias, pois garante a melhoria do processo produtivo e possibilita 
a competição nesse mercado globalizado. 
Há três tipos de sistemas automatizados de produção que estão relacionados ao 
grau de flexibilidade, sendo definidos três tipos básicos: automação rígida, programável 
e flexível. 
 
1.1 Automação Fixa ou Rígida 
Apresenta altas taxas de produção e inflexibilidade do equipamento na 
acomodação da variedade de produção. É muito utilizada quando se deseja um elevado 
volume de produção, e o equipamento utilizado é desenvolvido especificamente para 
produzir altas quantidades de um único produto ou uma única peça de forma rápida e 
eficiente. (GROOVER,2001). 
Um grande exemplo desta área da automação é encontrado nas indústrias 
automotivas, onde as estações de trabalho realizam operações de usinagem em 
componentes de motores, da transmissão e nas diferentes peças que constituem a 
mecânica automotiva. (GROOVER, 2001). 
Estes equipamentos são, em geral, muito caros, em função de sua alta 
produtividade. Porém, devido à alta taxa de produção, o custo fixo é dividido em uma 
grande quantidade de unidades fabricadas. (CAPELLI, 2007). Assim, os custos unitários 
resultantes são relativamente baixos se comparados com outros métodos de produção 
(GROOVER,2001). 
O risco enfrentado por esta área da automação, ocorre quando o volume de 
vendas de um produto produzido com este tipo de automação for baixo, e o investimento 
com a linha de produção tenha sido alto, conseqüentemente o lucro será menor. 
 
1.2 Automação Programável 
O equipamento de produção é projetado com a capacidade de modificar a 
sequência de operações de modo a acomodar diferentes configurações de produtos, 
sendo controlado por um programa que é interpretado pelo sistema. (CAPELLI, 2007). 
Diferentes programas podem ser utilizados para fabricar novos produtos. Esse tipo de 
automação é utilizado quando o volume de produção de cada item é baixo. (CAPELLI, 
2007). A casos de ocorrer à produção de um único produto por encomenda. Os aspectos 
típicos da automação programável são: 
● Elevado investimento em equipamento genérico; 
● Taxas de produção inferiores à automação fixa; 
● Flexibilidade para alterações na configuração da produção. (GROOVER, 2001) 
1.3 Automação Flexível 
O equipamento deve ser programado para produzir uma variedade de produtos 
com algumas características ou configurações diferentes, mas a variedade dessas 
características é normalmente mais limitada que aquela permitida pela automação 
programável (CAPELLI, 2007). A automação flexível combina características da 
automação fixa e da automação programável, constituindo-se em um intermediário, ou 
seja, vários tipos de produtos podem ser fabricados ao mesmo tempo, dentro do mesmo 
sistema de fabricação. (CAPELLI 2007). A seguir alguns aspectos típicos da automação 
flexível: 
● Elevados investimentos no sistema global; 
● Produção contínua de misturas variáveis de produtos; 
● Taxas de produção média; 
● Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos produtos. (GROOVER, 
2001) 
A seguir estudaremos no gráfico 1 os tipos de automação e sua relação com o volume 
de produção e variedade de produto. 
 
Gráfico 1 - Tipos de automação relativos ao volume de produção e variedade do 
produto 
 
Fonte: Martins (2012). 
 
Caro estudante! 
Vamos analisar o grafico? 
 
Observe no gráfico: o primeiro quadrado da direita para esquerda, quanto maior 
menor a variedade de produto no eixo Y mas com grande volume de produção eixo X, 
é indicado o tipo de Automação Fixa ou Rígida, pois é baseada na fabricação de um 
produto determinado e está baseada em uma linha de produção projetada para a 
fabricação de um produto específico. Como exemplo as indústria de destilação de 
bebidas e a linha de montagem automotiva Demonstrado na figura 1: 
 
Figura 1 - Indústria de destilação de bebidas 
 
A seguir no quadrado do meio, a variedade de produto e volume da produção são 
intermediárias, eixos X e Y utiliza-se a Automação Flexível ao reunir algumas das 
características da automação rígida e outras da automação programável. Como 
exemplo: máquinas de corte a laser de fibra e de CO2 de alta velocidade. Conforme 
figura 2. 
 
Figura 2 - Máquina de corte a laser 
 
E finalizando com alta variedade de produto no eixo Y e baixo volume de 
produção eixo X, a automação indicada é a Automação Programável.Uma vez que 
é baseada em

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