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Competências Socioemocionais
A
Contextualização
s competências socioemocionais surgiram no debate de distintos campos teóricos a partir da década de 1990. Atribui-se a emergência desse debate
a dois fatos principais: a proposição pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Paradigma do Desenvolvimento Humano e a
publicação do Relatório Jacques Delors, organizado pela Unesco, no ano de 1996.
Paradigma do Desenvolvimento Humano
Relatório Delors
Esses dois marcos pautam o debate acerca do desenvolvimento de competências socioemocionais, sendo que:
Paradigma do Desenvolvimento Humano
define a educação como oportunidade primordial para preparar as pessoas para suas escolhas e auxiliá-las a transformar suas potencialidades em
competências.
Relatório Delors
define os quatro pilares fundantes dessa educação.
Nesse contexto, diversos campos teóricos debruçaram-se em busca de definir quais seriam as competências necessárias para o alcance desses quatro
pilares da educação. Os estudos nas mais diversas áreas apontaram para a definição da relação entre o desenvolvimento socioemocional e o
desenvolvimento cognitivo, e a interligação destes com os mais distintos contextos de aprendizagem, dentre eles a escola, a família e a comunidade.
Na área educacional esse movimento culminou com a preocupação em desenvolver, dentro das escolas, essas competências socioemocionais, debate
este que vem sendo fomentado por organismos multilaterais como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os quais
passaram a investir na produção de conhecimento, políticas e práticas para a promoção das competências socioemocionais, bem como métodos com
essa finalidade, em apoio a governos e instituições.
Contemplar dentro do currículo das escolas aspectos que, para além dos conteúdos, busquem o desenvolvimento dessas competências possibilita a
criação de um ambiente de aprendizagem mais completo e os impactos podem ser sentidos ao longo de toda a vida. A educação, nessa perspectiva,
considera o ser humano como um todo e isso implica o desenvolvimento de processos pedagógicos que considerem os indivíduos
em uma multiplicidade de valores.
Os estudos da área da psicologia indicam a possibilidade de analisar a personalidade humana tendo por base cinco dimensões. Conhecida como Teoria
Big Five, atribuída ao pesquisador Gordon Allport e colegas, a teoria organiza as competências socioemocionais em cinco dimensões:
Abertura a novas experiências
Consciência
Extroversão
Amabilidade
Estabilidade emocional
Competências socioemocionais
Mas, afinal, o que são essas competências emocionais? As competências socioemocionais constituem um conjunto de habilidades que a pessoa tem para
lidar com suas próprias emoções e são utilizadas em diversas situações cotidianas, constituindo o processo de cada indivíduo aprender a conhecer, a
conviver, a trabalhar e a ser. Dessa forma, tais competências constituem parte fundamental do desenvolvimento e de uma formação integral do ser
humano.
De acordo com a Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (CASEL, 2005), entre as diversas competências relevantes da
aprendizagem socioemocional destacam-se particularmente:
A autoconsciência.
O autocontrole.
A consciência social.
As competências de relacionamento interpessoal.
Tomada de decisão responsável.
Sobre a definição de competências socioemocionais, Gondim, Morais e Brantes (2014) nos dizem:
[...] as competências socioemocionais constituem uma integração de saberes e fazeres sobre si mesmo e sobre os demais, apoiando-se na consciência, na expressão, na regulação e na
utilização (manejo) das emoções, cujo objetivo é aumentar o bem-estar pessoal (subjetivo e psicológico) e a qualidade das relações sociais. Em resumo, a inteligência emocional, a
regulação emocional, a criatividade emocional e as habilidades sociais integram um conjunto mais amplo denominado de competências socioemocionais. (GONDIM; MORAIS;
BRANTES, 2014, p. 401)
— 
“
”Assim, dentre as principais competências socioemocionais a serem desenvolvidas em nossos alunos, podemos destacar:
autoconhecimento
amabilidade
autoconfiança
autocontrole
autonomia
comunicação interpessoal 
e intrapessoal
cooperação
engajamento
interesse por aprender
motivação
O desenvolvimento dessas competências auxilia os alunos de várias formas, entre elas:
Tarefas Acadêmicas
Sucesso pro�ssional e pessoal
A seguir, conheça alguns exemplos de competências socioemocionais.
Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.
Edgar Morin (2001) no prólogo de seu livro (encomendado pela Unesco após a publicação do relatório Delors, com a finalidade de pensar a educação
tendo por base os quatro pilares apresentados por aquele documento) Os sete saberes necessários à educação do futuro, nos diz:
Há sete saberes “fundamentais” que a educação do futuro deveria tratar em toda sociedade e em toda cultura, sem exclusividade nem rejeição, segundo modelos e regras próprias a cada
sociedade e a cada cultura. Acrescentemos que o saber científico sobre o qual este texto se apoia para situar a condição humana não só é provisório, mas também desemboca em
profundos mistérios referentes ao Universo, à Vida, ao nascimento do ser humano. Aqui se abre um indecidível, no qual intervêm opções filosóficas e crenças religiosas através de
culturas e civilizações. (MORIN, 2001, p. 13)
— 
“
”Práticas pedagógicas voltadas às habilidades socioemocionais
O desafio que se coloca à educação do novo milênio perpassa, necessariamente, a formação integral do indivíduo. No contexto educacional
brasileiro, no ano de 2013, o Conselho Nacional da Educação (CNE/MEC) encomendou à Unesco um estudo sobre a inserção intencional de práticas
pedagógicas voltadas ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais como caminho para o sucesso escolar na educação básica (ABED, 2016).
Essa preocupação demonstra a relevância atual da temática e, a partir da publicação, no ano de 2017, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
podemos visualizar a sua centralidade, uma vez que esse documento prevê que as aprendizagens essenciais que as escolas brasileiras devem
desenvolver ao longo de toda a Educação Básica são sintetizadas em dez competências gerais. Dentre elas, são previstas competências ligadas a
atitudes e ao caráter dos alunos, o que implica na inclusão das habilidades socioemocionais nos currículos escolares.
Nessa perspectiva, a escola deveria promover o desenvolvimento das diferentes facetas do conhecimento, colaborando com o amadurecimento e integração, nas pessoas, dos seus
múltiplos potenciais, a partir do reconhecimento tanto dos canais facilitadores de aprendizagem de cada um, que devem ser cultivados, como também dos pontos mais frágeis, que
também devem ser estimulados, sempre no sentido da promoção de pessoas mais inteiras, mais equilibradas, mais integradas internamente. (ABED, 2014, p. 80)
— “
”
A Base Nacional Comum Curricular, ao elencar suas competências, converge para a visão de que é necessário mobilizar atitudes, valores,
conhecimentos e habilidades para os alunos em nossas escolas a fim de estimular as crianças a desenvolverem soluções criativas e construir uma
sociedade socialmente mais justa e humana. Para tanto, as competências de ordem cognitiva não são suficientes e as competências socioemocionais
ganham destaque na tarefa de instrumentalizar o trabalho dos professores na Educação Básica para o desenvolvimento integral dos estudantes.
Após essa contextualização, você já conhece o surgimento das preocupações com a temática das competências socioemocionais, seu embasamento
teórico, a importância dessas competências para o desenvolvimento integral do ser humano, em suas dimensões acadêmicas e pessoais. Conhece, ainda,
a apropriação das competências no campo teórico da educação, a partir, inclusive, das determinações curriculares oficiais.
Agora nos debruçaremos sobre as formas de promover as competências emocionais dentro da sala de aula, auxiliando alunos eprofessores na busca por
esse desenvolvimento integral, promovendo uma educação de qualidade e preocupada com o desenvolvimento multidimensional dos estudantes.
Como promover competências socioemocionais em sala de aula
O desenvolvimento de competências para além dos conteúdos curriculares tradicionais requer a união entre família e escola em busca de uma mesma
perspectiva: o desenvolvimento integral dos alunos. No que concerne às competências socioemocionais esse contexto não é diferente, uma vez
que sabemos que desde a mais tenra idade as crianças necessitam aprender a lidar com as inúmeras dificuldades cotidianas e fazer escolhas frente a
estas. Sendo assim, esse aspecto é fundamental dentro do processo educativo, o qual consiste na primeira forma de socialização da criança fora do
ambiente familiar e onde ela enfrenta seus primeiros grandes conflitos em sociedade.
Formação integral do cidadão
A preocupação da escola no novo milênio, institucionalizada como já citado anteriormente pelas orientações curriculares vigentes (BNCC), amplia seus
horizontes e abandona apenas a dimensão técnica da transmissão de conteúdos, passando a considerar o trabalho com as competências denominadas
não cognitivas, ou seja, aquelas que precedem a aprendizagem, canalizando seus esforços para a formação integral do cidadão como ser socialmente
responsável, visto que o desenvolvimento dessas competências interferem diretamente na própria formação intelectual da pessoa, que aprende a lidar
com suas emoções e estabelecer relações sociais efetivas.
Pessoas socioemocionalmente desenvolvidas estão aptas a aprender mais e melhor, justamente por terem as competências não cognitivas já
desenvolvidas quando se dedicam ao aprendizado cognitivo.
O desafio que se coloca reside na implementação do trabalho com essas competências dentro das escolas, o que requer uma transformação não apenas
curricular, mas em todo o dia a dia, envolvendo:
as disciplinas curriculares
as atividades e ações praticadas dentro do ambiente escolar
Atribuímos então à escola e ao trabalho realizado em sala de aula primazia na promoção das competências socioemocionais. Dedicaremo-nos neste
tópico ao estudo das formas como realizar essa promoção com vistas à formação plena dos alunos enquanto seres humanos capazes de lidar com suas
emoções, fazerem escolhas assertivas e desenvolverem a empatia, contribuindo para a formação de pessoas dotadas de habilidades emocionais,
transformando a escola em um verdadeiro laboratório da vida em sociedade.
Implementação das competências nas escolas
Para que a escola se torne um ambiente que estimule os alunos a melhorar seu desempenho, pautada no ensino de competências socioemocionais,
atribuímos centralidade ao papel do professor, visto que este é o profissional responsável pelo desenvolvimento do trabalho em sala de aula, no
entanto, devemos ressaltar que ele não pode ser o único responsável por tal empreendimento. Ainda a esse respeito, faz-se necessário destacar que o
trabalho efetivo com as competências socioemocionais não pode ser tido como mais uma tarefa ou exigência dentro do já exaustivo trabalho do
professor, e sim como um facilitador no desenvolvimento das aprendizagens com vistas à formação dos alunos:
[...] o trabalho pedagógico com vistas ao desenvolvimento socioemocional não deve ser considerado como 'mais uma tarefa do professor', mas sim como um caminho para melhorar as
relações interpessoais na sala de aula e construir um clima favorável à aprendizagem. (ABED, 2014, p. 122)“
”Uma vez elucidadas a necessidade de compartilhamento de responsabilidades entre as distintas instâncias responsáveis pela educação e de
disponibilidade desse profissional para desenvolver o trabalho, retomamos a centralidade do papel do professor como principal agente da
transformação dentro de sala de aula. A transformação inicia-se, neste caso, no próprio fazer deste professor que acrescenta à sua prática o
desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Assim, tem como ponto primordial a transformação, por parte dos professores, de seu fazer cotidiano, mudança essa que necessita de embasamento a
fim de instrumentalizar esses profissionais, o que nos indica a necessidade de formação, visto que não há mudanças de práticas sem a adequada
instrumentalização teórica.
Para desenvolver as habilidades socioemocionais na escola é preciso investir no professor, para que ele construa em si as condições para realizar a mediação da aprendizagem de forma
consciente e responsável, reconhecendo e atuando nas múltiplas inteligências e nos diferentes estilos cognitivo-afetivos dos seus alunos e de si mesmo, escolhendo e utilizando, de
maneira intencional, ferramentas que facilitem o desenvolvimento global dos estudantes, como por exemplo os jogos e as metáforas. (ABED, 2016, p. 28)
“ ”Acerca desse mesmo aspecto, Coelho (2013) nos informa:
A formação constitui, sem dúvida alguma, um dos elementos básicos do desenvolvimento profissional de qualquer profissão e, naturalmente, dos Professores e constitui um importante
instrumento para a qualidade do ensino. Proporcionar formação que desperte e desenvolva as competências emocionais nos profissionais de educação e fornecer-lhes ferramentas que
lhes permitissem aumentar, por sua vez, essas competências aos seus discentes. (COELHO, 2013, p. 66)“
”Constatamos então que o desenvolvimento de competências socioemocionais em sala de aula tem como premissa a boa formação do professor, que será
o agente responsável pela transformação, provocando no aluno estímulos que convirjam para a melhoria de sua aprendizagem. As competências do
professor, nesse contexto, são muito importantes, visto que servirão de base e modelo aos seus alunos que, a partir da observação e vivência, passam a
copiar suas atitudes, numa perspectiva baseada na reprodução da empatia vivenciada em sala de aula. A pergunta que se coloca nesse momento é:
Quais as estratégias mais relevantes para a efetividade do desenvolvimento dessas competências nos alunos em sala
de aula?
Alguns estudos nos dão subsídios para apontar esses caminhos.
Character Education Partnership
Oliver John
Devemos ressaltar que o exercício de desenvolver competências socioemocionais em sala de aula deve, acima de tudo, situar o aluno de maneira a
envolvê-lo ativamente nas distintas situações, deslocando-os da situação de plateia passiva e buscando, através do exercício da empatia, situá-los como
protagonistas responsáveis e assertivos, buscando a valorização das características relacionadas aos aspectos positivos dos indivíduos.
A consciência clara dos caminhos que levam ao sucesso possibilita o desenvolvimento do sentimento de competência, que por sua vez está diretamente relacionado à motivação e
autoestima, ou seja, aos aspectos emocionais essenciais à aprendizagem. (GARCIA et al., 2013, p. 34)“
”O professor, nesse contexto, assim como o faz em relação ao desenvolvimento das habilidades cognitivas de seus alunos, deve oferecer feedbacks
relativos às habilidades socioemocionais, tais como sua capacidade de concentração, sua atenção e controle de ansiedade, integrando o
desenvolvimento dessas competências às demais áreas do currículo. Destacamos a importância atribuída ao vínculo que se estabelece entre professor e
educando nessas situações de aprendizagem, as quais demandam o desenvolvimento de uma confiança e respeito mútuo entre aluno e professor.
Nessa perspectiva, promover o desenvolvimento das habilidades socioemocionais significa:
[...] realizar ações mediadoras intencionais para que o aluno construa vínculos saudáveis com os ensinantes e com os objetos do conhecimento, engajando-se com a situação de
aprendizagem, revestindo os conhecimentos de sentidos pessoais, mas sem perder a dimensão dos significados adotados pela cultura, posicionando-se criticamente, com seriedade e
compromisso, aprofundando, enriquecendo e ampliando o arcabouço de saberes da sociedade. (ABED, 2014, p. 71)“
”O importante é termos em mente que não existe uma fórmulamágica ou uma receita para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em
nossos alunos dentro de sala de aula e, nesse aspecto, a intencionalidade da prática educativa se faz latente, visto que a busca pelo desenvolvimento de
uma atitude protagonista pelo aluno, o estímulo para que este creia em sua própria capacidade, a abertura para novas experiências e a comunicação não
violenta, todas estas pautadas na empatia, são essenciais à integração da rotina dentro de sala com vistas ao desenvolvimento socioemocional dos
estudantes. Tais atitudes desenvolverão aspectos fundamentais nos alunos tais como:
A autorregulação.
A capacidade de gerir sentimentos, pensamentos, comportamentos e atitudes, possibilitando maior concentração, atenção e controle de impulsos.
Sobre esses aspectos, Meier e Garcia (2007) informam:
Todos os processos metacognitivos ajudam o indivíduo a inteirar-se de seus próprios conhecimentos, uma vez que lhe possibilita chegar à transcendência e ao significado da
aprendizagem. Ao mesmo tempo, é importante que o indivíduo entenda também a necessidade de controlar suas emoções perante as diversas situações que enfrenta no dia a dia.
(MEIER; GARCIA, 2007, p. 148)“
”
Finalizamos este tópico retomando que, para promover competências socioemocionais em sala de aula, é imprescindível o papel do professor e sua
mudança de atitudes frente às suas práticas (embasadas por uma formação teórica que sustente suas ações).
O professor, ao tornar-se modelo de ação para seus alunos, facilita o desenvolvimento de atitudes positivas em toda a grade curricular, viabilizando o
desenvolvimento das competências socioemocionais da turma, o fortalecimento de suas inteligências (inter e intrapessoais), fundamentais para o
convívio em sociedade, e o estabelecimento de vínculos saudáveis consigo e com os que o cercam.
Finalizaremos este estudo abordando de maneira prática, no tópico que segue, o desenvolvimento de atividades que promovam as competências
socioemocionais nos alunos.
Competências socioemocionais: Desenvolvimento de atividades que promovam competências nos alunos
relacionadas à empatia, trabalho em grupo, gestão de con�itos e manejo da frustração
Agora, nos dedicaremos à abordagem prática relativa ao desenvolvimento das competências socioemocionais em nossos alunos, propondo o
desenvolvimento de atividades que busquem a promoção das competências relacionadas à empatia, ao trabalho em grupo, à gestão de conflitos
e ao manejo da frustração.
1. Empatia
A empatia corresponde à habilidade de compreender os sentimentos, desejos e ideias de outras pessoas ou grupos. O autoconhecimento é
imprescindível para que os alunos consigam desenvolver atitudes empáticas em relação aos demais e, para tanto, cada aluno deve saber acolher e
nomear as emoções que sente para que esteja apto a entender os sentimentos dos outros e como esses sentimentos o afetam.
Dessa forma, o ponto inicial consiste em entender os próprios sentimentos e emoções e de que maneiras estes os afetam enquanto seres sociais para
que, posteriormente, sejam capazes de se colocar no lugar do outro e compreender seus sentimentos e emoções. Para o desenvolvimento dessa
habilidade, o trabalho com a literatura é fundamental dentro da sala de aula.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
2.  Trabalho em grupo
O trabalho em grupo consiste em excelente oportunidade para desenvolver competências socioemocionais, tais como: realização de atividades de modo
coletivo, desenvolvimento da liderança e oportunidade de aprender a lidar com a derrota. Essas são apenas algumas competências socioemocionais que
são desenvolvidas quando o aluno está numa situação em que o desenvolvimento da tarefa não depende exclusivamente de seu trabalho e, sim, do
coletivo.
Nesse contexto, o trabalho em grupo estimula o aluno a participar de forma ativa e coletiva do processo de aprendizado, ajudando também a
desenvolver características como cooperação, responsabilidade e interação dentro da turma.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
3. Gestão de con�itos
A gestão de conflitos é, certamente, um dos maiores desafios que se fazem presentes dentro das escolas. Sua resolução depende fundamentalmente de
técnicas e estratégias com vistas à melhoria do clima escolar, através da mediação, com respeito a todos os envolvidos; além disso, ensinar aos alunos
estratégias de resolução de conflitos se faz primordial para que desenvolvam habilidades sociais de convívio.
Sendo a escola um espaço de socialização por excelência, faz-se presente nela uma diversidade de pessoas, culturas, valores e, com isso, ela se
caracteriza também como um espaço de conflitos, sendo um espaço privilegiado para o ensino sobre como lidar com estes de forma positiva, com vistas
ao desenvolvimento de relacionamentos saudáveis.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
4. Manejo da frustração
A frustração consiste em um estado emocional desencadeado quando uma necessidade ou um desejo pessoal não é realizado. Lidar com a frustração é
um aspecto de grande importância quando desejamos um equilíbrio em nossas relações pessoais e sociais, visto que se trata do desenvolvimento de
uma habilidade que busca afastar de nós a sensação de fracasso ou derrota.
O gerenciamento dessa emoção de modo a produzir reações equilibradas frente aos desafios impede que sejamos tomados pela frustração e que ela
determine nossas ações frente às diversas situações que nos causam frustração. Na escola temos um espaço privilegiado para ensinar nossos alunos a
lidar com a frustração.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Esperamos que essas atividades apresentadas como exemplos possam subsidiar a prática profissional de professores envolvidos na tarefa de
desenvolver as competências socioemocionais de seus alunos, lembrando que, a partir delas, muitas outras podem ser desenvolvidas dentro dessa
temática, que se faz urgente em nossas escolas, buscando a formação integral de nossos alunos, em suas distintas habilidades, sejam elas cognitivas ou
não.
Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.
Referências
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alunos da educação básica. São Paulo: UNESCO/MEC, 2014.
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