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A Estrela Evolui Física 3o bimestre - Aula 11 Ensino Médio ● Diagrama de Hertzprung-Russel; ● Evolução estelar: sequência principal e gigantes vermelhas. ● Analisar o ciclo de evolução estelar, para compreender a relação de sua temperatura e luminosidade. Na aula passada, vimos a formação de protoestrelas a partir de uma nuvem de gás numa nebulosa. Vimos também que o motor interno se dá por reações de fusão. Essa produção de energia resulta na emissão de radiação. No simulador ao lado, ative as caixas de Rótulos e Intensidade. TODO MUNDO ESCREVE 10 MINUTOS CONTINUA Para compreendermos um pouco das estrelas https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum Procure variar a temperatura usando a figura em forma de termômetro. O que acontece com as cores que estão sendo emitidas por cada corpo à medida que aumentamos a temperatura? Como as cores emitidas por cada corpo mudam com o aumento da temperatura? Escolha um corpo, como o Sol, e pesquise uma expressão para calcular a energia emitida por segundo através de sua superfície. Em seguida, realize o cálculo. TODO MUNDO ESCREVE 10 MINUTOS Para compreendermos um pouco das estrelas CONTINUA Ao aumentarmos a temperatura, imediatamente percebemos que as cores emitidas pelo objeto mudam. Notamos que para a lâmpada, com temperatura de 3.000 K, temos que as cores predominantes são verde, vermelho combinados e infravermelho, que não conseguimos enxergar. Já para o Sol, 5.850 K, temos as cores azul, verde e vermelho combinados, além de infravermelho e ultravioleta. Se formos para Sirius, 10.000 K, temos ainda o azul e predominância do ultravioleta. Nota-se, portanto, que existe uma mudança da cor relacionada com a temperatura do corpo. Calculando agora a luminosidade do Sol, temos: a intensidade da radiação emitida pelo Sol de aproximadamente 6,4 ⋅ 107𝑊/𝑚2 e pode ser calculada por: I = 𝑃𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝐴 Então, sendo o raio do Sol é 𝑅⊙ = 6,96 ⋅ 108𝑚, temos que a área superficial é de 𝐴 = 4𝜋𝑅⊙ 2 ≈ 6,08 ⋅ 1018𝑚2, portanto a potência (ou luminosidade) emitida pelo Sol será 6,4 ⋅ 107 ⋅ 6,08 ⋅ 1018 ≈ 3,9 ⋅ 1026𝑊 Para compreendermos um pouco das estrelas 2 W m Unid. no SI: Correção Estrela ● Competição entre a força gravitacional e a pressão gerada; ● Lembre-se: a protoestrela, para se tornar de fato uma estrela, deverá entrar em equilíbrio hidrostático (pressão = gravidade); ● Cor (Temperatura) e Luminosidade (quantidade de luz que ela irradia por segundo ou taxa de energia luminosa que é emitida); ● Brilho depende da temperatura superficial e da área total da sua superfície. Figura: balanço entre pressão (setas vermelhas) e força gravitacional (setas azuis); Não esqueça: a vida da estrela é essa constante batalha entre a gravidade (contração da estrela) e a pressão interna (expansão da estrela). Publicado independentemente pelo dinarmaquês Ejnar HertzPrung (1873- 1967), em 1911, e pelo americano Henry Norris Russell (1877-1957), em 1913. Relação entre a luminosidade de uma estrela e sua temperatura efetiva superficial. Diagrama de Hertzprung- Russell (H-R) ● Indica a temperatura das estrelas e seu brilho (ou luminosidade); ● A sequência do meio, em verde, é chamada Sequência Principal. É exatamente onde nosso Sol reside. Diagrama de Hertzprung- Russell (H-R) Importante: no diagrama, a temperatura cresce da direita para a esquerda no eixo x. A luminosidade no gráfico ao lado está associada à luminosidade solar 𝐿⊙ = 3,8 ⋅ 1026𝑊. Usando o diagrama H-R Na Prática http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ 1) Cada alternativa abaixo apresenta um valor de temperatura e luminosidade correspondente a um tipo específico de estrela. Utilize o simulador disponível no link a seguir, para identificar qual tipo de estrela corresponde a cada par de valores do diagrama H-R: a) 5.000 K e 1.000 𝐿⊙ b) 10.000 K e 10.000 𝐿⊙ c) 20.000 K e 0,05 𝐿⊙ 2) Selecione a caixa "faixa de instabilidade" e observe os valores de temperatura e luminosidade associados. Faça uma rápida pesquisa e explique o significado dessa faixa. Para acessar o simulador, acesse o link: http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ Usando o diagrama H-R 1) Cada alternativa abaixo apresenta um valor de temperatura e luminosidade correspondente a um tipo específico de estrela. Utilize o simulador disponível no link a seguir, para identificar qual tipo de estrela corresponde a cada par de valores do diagrama H-R: a) 5.000 K e 1.000 𝐿⊙ Gigante Vermelha b) 10.000 K e 10.000 𝐿⊙ Gigante Azul c) 20.000 K e 0,05 𝐿⊙ Anã Branca 2) Selecione a caixa "faixa de instabilidade" e observe os valores de temperatura e luminosidade associados. Faça uma rápida pesquisa e explique o significado dessa faixa. É uma classe diferente de estrelas chamadas de estrelas variáveis pulsantes, como as cefeidas. Na Prática Correção ● Nosso Sol tem uma cor intermediária amarelo-claro, com uma temperatura superficial ~ 5.800 K; ● Uma grande parte das estrelas é parecida com o Sol, com cores e tamanhos comparáveis; ● Pertence à sequência principal; ● Transformam hidrogênio em hélio por meio de fusão nuclear. Estrelas como o nosso Sol Imagem do nosso Sol. ● As estrelas mais vermelhas, com temperaturas mais baixas, são as menos luminosas; ● As estrelas mais azuis, com temperaturas mais altas, são as mais luminosas; ● Estrelas com maior massa são as mais brilhantes e, portanto, mais azuis e mais quentes superficialmente; ● Estrelas de menor massa são as menos brilhantes e, portanto, mais vermelhas e mais frias; ● Uma fração considerável de estrelas tem massas entre 0,1𝑀⊙- 10𝑀⊙; ● A maior parte tem massas da ordem de 0,8 𝑀⊙ ou pouco menor: são as anãs-vermelhas, muitas vezes encontradas como companheiras invisíveis de estrelas normais. ● Mas existem também algumas estrelas cujas massas podem chegar até a 60 𝑀⊙:10 milhões de vezes mais brilhantes que o Sol; ● Seus raios variam de 0,001𝑟⊙ até 25𝑟⊙, no caso das estrelas mais brilhantes. Sequência Principal ● LEMBRE-SE: todas as estrelas da sequência principal produzem a energia que irradiam através de reações nucleares muito semelhantes àquelas que ocorrem durante a explosão de uma bomba-H: convertendo núcleos de hidrogênio em núcleos de hélio; ● Cerca de 80% da massa destas estrelas está na forma de hidrogênio, de modo que fica claro que elas tem combustível para passar muito tempo na sequência principal; ● As de maior massa, porque são mais brilhantes, devem passar um tempo menor: como sua luminosidade é desproporcionalmente maior, elas devem “queimar” seu hidrogênio mais rapidamente que as estrelas com massa menor. Sequência Principal Quando o “combustível” (hidrogênio) começa a faltar no centro das estrelas da sequência principal, elas começam a sair da sequência principal. O seu destino, então, será o de se expandirem e se transformarem em estrelas gigantes vermelhas. Sequência Principal ● Estrelas entre 0,08 𝑀⊙ e 0,45 𝑀⊙ duram cerca de 25 bilhões de anos na Sequência Principal; ● Estrelas com cerca de 1𝑀⊙ duram cerca de 10 bilhões na Sequência Principal; ● Estrelas com cerca de 10𝑀⊙ duram cerca de 10 milhões na Sequência Principal; ● Ao lado mostramos algumas outras estrelas, além do Sol, que estão na Sequência Principal. https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum https://pt.wikipedia.org/wiki/Sirius http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ A história estelar não acabará aqui. As próximas etapas serão vistas na próxima aula. Mas antes, vamos aplicar um pouco do que aprendemos agora. Retornemos ao simulador https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum Selecione Sirius A, com uma temperatura aproximadamente de 10.000K. Qual a intensidade mostrada no simulador? Com essa intensidade, e sabendo que Sirius A possui um raio de aproximadamente R = 1,7𝑅⊙ (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sirius), calcule a sua luminosidade e, usando o diagrama H-R em http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/, verifique onde se encontra Sirius A. Confirmando onde está Sirius A TODO MUNDO ESCREVE 10 MINUTOS https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum https://pt.wikipedia.org/wiki/Sirius http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ Segundo o simulador, temos que a intensidade de Sirius A é aproximadamente 5,7 ⋅ 108𝑊/𝑚2. Lembramos que, para calcular a luminosidade (L), multiplicamos a intensidade pela área superficial da estrela 4𝜋𝑅2. Logo, 𝐿 = 4𝜋 1,7𝑅⊙ 2 ⋅ 5,7 ⋅ 108𝑊 = 4𝜋 1,7 ⋅ 6,96 ⋅ 108 2 ⋅ 5,7 ⋅ 108 𝑊 = 10022,6 ⋅ 1024𝑊 ≈ 1,0 ⋅ 1028𝑊 Lembrando que a luminosidade solar é 𝐿⊙ = 3,8 ⋅ 1026𝑊, então a luminosidade de Sirius é 𝐿 ≈ 26𝐿⊙. Olhando o simulador do INPE: Fazendo um diagrama de Ciclo das Estrelas Como vimos anteriormente e confirmamos, Sirius é uma estrela pertencente à sequência principal. Correção Ciclo de Vida Estelar ● Analisamos o ciclo de evolução estelar, para compreender a relação de sua temperatura e luminosidade. PIETROCOLA, M.; POGIBIN, A.; ANDRADE, R.; ROMERO, T. R.; Física Conceitos & Contextos 1, 1a ed, Editora do Brasil, 2016. Aula 9: Estelas II de https://astronomiaufabc.wordpress.com/material-das-aulas-2020/. Acesso em: 01 jul. 2024. Space, a visual Encyclopedia, DK, 2010. Introdução à Astronomia e Astrofísica, INPE, 2018, http://www.inpe.br/ciaa2018/arquivos/pdfs/apostila_completa_2018.pdf. Acesso em: 01 jul. 2024. LEMOV, D.; Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck; consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa: Fund. Lemann, 2011. https://astronomiaufabc.wordpress.com/material-das-aulas-2020/ http://www.inpe.br/ciaa2018/arquivos/pdfs/apostila_completa_2018.pdf Lista de imagens e recursos Slide 1 – Imagem da capa – SEDUC Slides 3 e 4 – Imagem retirada de https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody- spectrum. Acesso em: 01 jul. 2024. Slides 6, 17 e 19 – Imagem produzida para o material. Slide 7 – Imagens extraídas de Wikimedia Commons. Slides 8 e 16 – Imagem extraída do simulador http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama- hr/. Acesso em: 01 jul. 2024. Slides 10, 11 e 14 – Imagens extraídas do site NASA Image and Video Library. Disponível em: https://images.nasa.gov/. Acesso em: 01 jul. 2024. Slide 14 – Imagem extraída do site ESA - Hubble image of Sirius A, the brightest star in our nighttime sky. Disponível em: https://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2005/12/Hubble_image_of_Sirius_A_the_brightes t_star_in_our_nighttime_sky. Acesso em: 01 jul. 2024. https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/blackbody-spectrum http://www.das.inpe.br/simuladores/diagrama-hr/ https://images.nasa.gov/ https://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2005/12/Hubble_image_of_Sirius_A_the_brightest_star_in_our_nighttime_sky https://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2005/12/Hubble_image_of_Sirius_A_the_brightest_star_in_our_nighttime_sky Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5: Para compreendermos um pouco das estrelas Slide 6: Estrela Slide 7: Diagrama de Hertzprung-Russell (H-R) Slide 8: Diagrama de Hertzprung-Russell (H-R) Slide 9: Usando o diagrama H-R Slide 10: Usando o diagrama H-R Slide 11: Estrelas como o nosso Sol Slide 12: Sequência Principal Slide 13: Sequência Principal Slide 14: Sequência Principal Slide 15: Confirmando onde está Sirius A Slide 16: Fazendo um diagrama de Ciclo das Estrelas Slide 17: Ciclo de Vida Estelar Slide 18 Slide 19 Slide 20