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Estética Facial
ACESSE AQUI O SEU LIVRO 
NA VERSÃO DIGITAL!
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Me. Lilian Lucy dos Santos
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3414
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. SANTOS, Lilian Lucy dos. MO-
RAES, Lilian Rosana dos Santos.
Estética Facial. 
Lilian Lucy dos Santos, Lilian Rosana dos Santos Moraes.
Maringá - PR.: Unicesumar, 2020. Reimpresso em 2023. 
120 p.
“Graduação - EaD”. 
1. Estética 2. Facial 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 646.726 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-65-5615-218-9
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 Fotos: Shutterstock
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
Equipe Produção de Materiais
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional
Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo 
Spaine Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de 
EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
DIREÇÃO UNICESUMAR
EXPEDIENTE
BOAS-VINDAS
Reitor 
Wilson de Matos Silva
Neste mundo globalizado e dinâmico, 
nós trabalhamos com princípios éticos 
e profissionalismo, não somente para 
oferecer educação de qualidade, mas 
também, acima de tudo, gerar a conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. 
Baseamo-nos em quatro pilares: 
intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, 
com dois cursos de graduação e 180 
alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil, 
nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em 
mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil 
e, também, no exterior, com dezenas de 
cursos de graduação e pós-graduação. Por 
ano, produzimos e revisamos 500 livros e 
distribuímos mais de 500 mil exemplares. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 por 
sete anos consecutivos e estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as 
necessidades de todos. Para continuar 
relevante, a instituição de educação 
precisa ter, pelo menos, três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a 
qualidade.Por isso, desenvolvemos para 
os cursos híbridos, metodologias ativas, 
as quais visam reunir o melhor do ensino 
presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão,
que é promover a educação de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento,
formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Olá! Meu nome é Lilian Lucy e vou contar um 
pouco da minha história até quando decidi 
me tornar professora. Tornei-me fisiotera-
peuta devido a um problema no joelho, aos 
16 anos, que me obrigou fazer inúmeras ses-
sões de fisioterapia ortopédica. Tinha certe-
za de que gostaria de fazer algo na área da 
saúde, porém ainda não sabia o que ao cer-
to. Depois da cirurgia de menisco que pre-
cisei realizar, fiz 40 sessões de fisioterapia, 
nas quais me apaixonei pela área.
Ao entrar na faculdade e conhecer o “leque” 
de opções que a faculdade me oferecia, a 
ortopedia não me encantava mais e eu pre-
cisava de um conhecimento diferente, que 
não era nem sobre equipamentos ortopé-
dicos, nem sobre exercícios.
Eu apreciava os estudos em UTIs, de casos 
mais graves. Formei-me em 1999. Quan-
do a primeira oportunidade de emprego 
apareceu, que foi trabalhar com pacientes 
neurológicos, por mais apaixonante que 
fosse, a remuneração era muito baixa. Logo 
em seguida, fui trabalhar em um hospital 
grande, porém, em 10 meses, fui trocada 
por uma filha de um médico e me vi de-
sempregada, com um filho pequeno e com 
muita vontade de crescer.
Sempre gostei de falar em público, então, 
por meio de um anúncio de jornal, desco-
bri uma escola técnica que precisava de 
professores na área de estética. Como eu 
trabalhava muito com massagens, fui me 
apresentar e não é que deu certo?!
Iniciei em 2003 e fui me aprimorando, fa-
zendo pós-graduações, cursos e me desco-
bri em sala. Entrei na UniCesumar em 2009, 
logo iniciei o mestrado e, hoje, ensinar é a 
minha paixão. Sou professora da graduação 
e da pós-graduação em vários locais e tenho 
certeza de que nasci para isso.
Currículo Lattes disponível em:
http://lattes.cnpq.br/5157639422716736
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3555
Anatomia Humana, Microbiologia e Biologia, 
para os estudantes que tinham dificuldades 
com o conteúdo. Assim, nasceu o amor pela 
docência. Ao voltar para minha cidade natal, 
iniciei o trabalho como fisioterapeuta, mas 
com o sonho de ser professora, procurei a 
UniCesumar que, na época, era Cesumar, 
para pleitear uma vaga na graduação que ha-
via iniciado em Fisioterapia, porém naquele 
momento não havia. Observando a necessi-
dade que os alunos teriam em realizar está-
gio com crianças na área de Pediatria, entrei 
em contato com uma ONG, Associação Nor-
te Paranaense de Reabilitação- ANPR, para 
propor uma parceria com a IES, criando o 
estágio dos alunos de Fisioterapia na ANPR, 
assim iniciei na docência que tanto amo e 
estou até hoje. 
Fiquei 18 anos no presencial, como docente 
em vários cursos da saúde, e 10 anos como 
Coordenadora de Estética e Cosmética, e 
após ser convidada a construir os cursos de 
Bem-Estar, a IES permitiu que eu escolhesse 
ficar no presencial ou encarar o desafio da 
educação à distância. Hoje, estou á 2 anos 
no EAD, cuidando dos filhos que criei com 
muito amor. 
Em 2019, iniciei um doutorado em Promoção 
da Saúde na UniCesumar, e por meio dos 
estudos que já realizava em Políticas Públicas 
e com as discussões nas aulas de políticas 
voltadas para a melhora da qualidade de 
vida da população, resolvi me aventurar na 
Política, saindo como candidata a vice pre-
feita de Maringá. Sou abençoada com uma 
família que amo, casada com o Advogado e 
também professor na IES, Carlos Alexandre 
Moraes e temos uma pequena flor que Deus 
nos presenteou, Isabela Moraes. Amo estar 
em casa com minha família e viajar, pois ali-
menta a alma e nos traz experiências que 
ficam eternamente na memória.
Currículo Lattes disponível em:
http://lattes.cnpq.br/8428839515152168
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
Olá, estudante, tudo bem? Meu nome é Li-
lian Rosana dos Santos Moraes, mas todos 
me conhecem por Profa. Lilian Moraes, 
por estar na área da educação há 20 anos. 
Sou natural de Maringá-PR, no entanto, 
quando chegou a hora de prestar vestibu-
lar, como não havia Fisioterapia em minha 
cidade, fui morar em Lins-SP para realizar 
um sonho: ser Fisioterapeuta para cuidar 
de crianças com dificuldades motoras, fi-
quei 4 anos por lá e durante 3 anos da gra-
duação que era de tempo integral (da 2ª 
a 4ª série) fui monitoria das disciplinas de 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3556
REALIDADE AUMENTADA: sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado 
à internet e inicie o aplicativo Unicesumar Experience. Aproximenanopartículas, nano e micro emulsões, entre outros) influenciam o grau de permeação cutânea 
do ingrediente. Essa permeação dependerá do tempo de contato do produto com a pele, da concentração 
dos ingredientes estudados e da área de contato, conforme descrito pela Lei de Fick. A camada córnea 
apresenta um pH entre 5.4 e 5.6 e a camada espinhosa possui um pH de 6.9.
R
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C
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AZULAY, R. D. Dermatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F. Terapêutica em Estética, Conceitos e Técnicas. São Paulo: Editora 
Phorte, 2016.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 
3. ed. São Paulo: Manole, 2004.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2009.
MOSER, I. Peeling, Como eu faço? Londrina: Midiograf II, 2018.
RIBEIRO, C. de J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010.
SANTOS, M. P. dos. O papel das vitaminas antioxidantes na prevenção do envelhecimento 
cutâneo. Rio Grande do Sul: On-line, 2013.
SOUZA, V. M. de. Ativos dermatológicos: Guia de ativos dermatológicos utilizados na farmácia de 
manipulação para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2005.
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M
EU
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SP
A
Ç
O
2
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Acne
Dr. Lilian Rosana dos Santos Moraes
Me. Lilian Lucy dos Santos
Nesta unidade, você terá a oportunidade de trabalhar com uma doença 
(patologia) que acomete em nossos consultórios todos os dias, a famosa 
acne (espinha), com todas as suas formas de apresentação (inflamada e 
não inflamada) e como podemos tratá-las.
40
UNICESUMAR
Você já ouviu falar sobre a acne (espinha)? Já parou para pensar por-
que esta alteração inflamatória acomete algumas pessoas e outras 
não? Você se lembra do caso de Mariana, que vimos anteriormente, 
uma adolescente que utilizava os cremes de sua mãe, uma mulher de 
44 anos, e notou muitos agravantes em sua pele? Se a menina e sua 
mãe não observassem a tempo que suas acnes pioraram, será que 
elas poderiam evoluir de um grau mais leve para um grau mais avan-
çado? Será que essa disfunção pode acarretar outras complicações? 
A acne como patologia é uma das afecções que acomete um nú-
mero maior de pessoas no período da adolescência, tanto homens 
quanto mulheres. Nesta fase da vida, acontecem muitas mudanças 
e uma delas é a insegurança. Quando o adolescente possui acnes 
graves, elas podem causar problemas comportamentais, como o 
isolamento social. Estas afecções, quando agravadas, causam cica-
trizes na pele da face, que perduram para toda vida, sendo muito 
importante a observação do início e a intervenção adequada, para 
que não cause outros problemas. Lembrando que a acne é uma 
afecção crônica multifatorial da unidade pilossebácea, que poderá 
ser agravada por vários fatores, inclusive hormonal.
Caro(a) aluno(a), vamos, agora, fazer um pequeno experimento? 
Observe três adolescentes que você convive ou pessoas que tenham 
peles oleosas, as quais apresentem graus de acne, e avalie os tipos 
de pele de cada um, por exemplo, o grau de acne, a localidade etc. 
Em seguida, pesquise casos clínicos com diferentes graus de acne 
e, depois, procure quais seriam os protocolos de tratamento neces-
sários/adequados.
E, então, como você se saiu no exercício? Conseguiu elaborar 
diferentes tratamentos? Ao observar uma pele, você consegue clas-
sificar que grau a acne apresenta? A elaboração de protocolos em 
diferentes graus de acne facilitará a avaliação e tratamentos em 
seu consultório. Anote o que achar interessante desta prática que 
realizamos no seu Diário de Bordo.
41
UNIDADE 2
D
IÁ
R
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 D
E 
B
O
R
D
O
Sabendo que a acne é uma patologia muito procurada e está relacionada a alguns fatores impor-
tantes, o estudo dessa patologia apresenta como pontos-chave:
• Compreender a fisiopatologia da acne.
• Elaborar protocolos para alguns graus não inflamados e inflamados dessa patologia.
• Elaborar tratamentos para pacientes que já apresentaram as sequelas de acne.
A acne é uma doença crônica multifatorial e inflamatória da unidade pilossebácea e, geralmente, surge 
na puberdade em ambos os sexos, respondendo a 80% da queixa dermatológica, sendo caracterizada 
por lesões inflamadas, que são pápulas, pústulas, nódulos e cistos; e lesões não inflamadas, que são os 
comedões, “eflorescência ou ponto de elevação” (KEDE; SABATOVICH, 2009).
42
UNICESUMAR
A origem grega da palavra Acne significa eflorescência, ou seja, erupção da pele na superfície do 
corpo humano, conhecida popularmente como espinha. É uma doença dermatológica cutânea que 
acomete o folículo pilo-sebáceo, glândula sebácea, além de atingir muitas pessoas em graus e períodos 
variáveis. É comum nos adolescentes e, em algumas ocasiões, nos adultos. Além do mais, nas mulheres 
adultas, a acne pode estar relacionada à irregularidade menstrual ou problemas hormonais. 
Outros fatores são o estresse e a hereditariedade, que também podem explicar o problema tanto 
na mulher quanto no homem. Já foi comprovado que o estresse aumenta o nível de cortisol, que é o 
hormônio que possui um vínculo muito estreito com a acne e, em geral, afeta regiões mais oleosas da 
pele (DAL GOBBO, 2010).
Apresenta como um problema típico dos adolescentes ocidentais, podendo atingir até 95% da 
população dessa faixa e seu pico ocorre nos jovens com idade de 14 a 17 anos e entre 16 a 19 anos 
em homens. Nos adolescentes do sexo masculino, a acne é mais comum e mais severa com avanço da 
idade, tendendo a desaparecer. Ainda, 12% das mulheres e 3% dos homens podem manifestar alguma 
forma de acne após os 30 anos (RIBEIRO, 2010).
A partir de todos esses pontos que citei, as visões de acne podem ir muito além da estética, levando 
à depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos. No entanto, apesar dos problemas estéticos e 
psicológicos, apenas 10 a 20% dos acometidos precisam de tratamentos mais severos, os quais devem 
ser feitos com a combinação de terapias que atuam nos diferentes fatores causadores da acne, porém 
esses tratamentos dependem de quão grave se manifeste a doença (RIBEIRO, 2010).
Entretanto, não é uma patologia que envolva risco de morte, ela promove alterações na pele, às vezes 
resulta em perda e lesão de tecidos. Além disso, a acne vulgar nasce em um espaço propício na unidade 
folicular, sendo uma patologia dermatológica benigna e não contagiosa, surgindo de procedência da 
comedogênese, decorrente da obstrução do orifício da glândula sebácea com presença de comedões, 
evoluindo com a ação de bactérias e formação de processo inflamatório, sendo caracterizada por pápula, 
pústula e, em suas formas mais graves, abscesso, cisto e, posteriormente, cicatriz (DAL GOBBO, 2010).
A etiologia da acne está relacionada ao acometimento da unidade pilossebácea, aumento e bloqueio 
da secreção sebácea, hipercornificação do ducto pilossebáceo, ocorrência ou ausência de inflamação das 
glândulas sebáceas, colonização do ducto pilossebáceo com a bactéria 
e afecção superficial que atinge a epiderme, a derme e o 
tecido celular subcutâneo. Além do mais, a presença 
de bactérias que atuam sobre o sebo acumulado 
favorece a inflamação da pele, impedindo a li-
beração dos ceratinócitos despendidos. Dessa 
forma, aluno(a), a coesão ficará aumentada 
dos ceratinócitos, com alteração do funcio-
namento da glândula sebácea, ceratose do 
canal folicular e retenção de sebo, aumento 
da flora bacteriana e intensa atividade en-
zimática da bactéria, ocorrendo alteração 
química do sebo que se transforma em 
ácido graxo (DAL GOBBO, 2010).
43
UNIDADE 2
Quanto à sua fisiopatologia, a acne está relacionada ao aumento da secreção sebácea, ou seja, a 
hiperqueratinização com a presença de obstrução do folículo pilo-sebáceo e a alteração da flora bac-
teriana da pele, provocando a acne. A bactéria, por sua vez, alimenta-se do sebo, ocasiona uma reação 
inflamatória local, em que as lesões da acne são decorrentes da obstruçãocom ou sem inflamação dos 
folículos pilossebáceos, ocorrendo a acnegênese e a comedogênese, que são processos individualizadas, 
porém, geralmente, associados na patologia da acne (DAL GOBBO, 2010).
Podemos descrever que os folículos pilossebáceos estão presentes em grandes quantidades na 
face, ombros, parte superior das costas e no peito. São essas as áreas do corpo nas quais se manifesta a 
doença genética e influencia fortemente o desenvolvimento desta patologia, juntamente com outros 
quatro fatores (RIBEIRO, 2010).
Em sua fisiopatologia, o aumento deliberado da glândula sebácea e a grande produção de sebo ocorre 
devido à resposta da grande liberação dos hormônios andrógenos da puberdade; nessa fase, favorece a 
formação e aumenta as condições para seu desenvolvimento. Isso ocorre devido as glândulas sebáceas 
terem maior receptores androgênicos ou os receptores presentes pelos quais apresentam sensibilidade 
aumentada a esses hormônios (RIBEIRO, 2010).
A hiperqueratinização do folículo pilossebáceo promove obstrução e forma o microcomedão, 
porque dentro do folículo ocorre uma mistura de sebo e epitélio descamado, proliferação do Propio-
nibacterium Acnes, que é uma bactéria anaeróbica que utiliza os lipídios presentes na secreção sebácea 
como nutrientes em seu metabolismo, após esse processo, a bactéria libera uma enzima denominada de 
lipase que hidrolisam os triglicerídeos do sebo e liberam ácido graxo que irritam a parede do folículo. 
Daí ocorre uma resposta imune com produção de numerosos mediadores de inflamação liberados 
dentro do folículo e em volta dele (RIBEIRO, 2010).
A inflamação instalada no folículo pode ser exacerbada por ruptura do folículo e subsequente es-
cape do conteúdo da glândula inflamada para derme, que podem, nesses casos, formarem os nódulos 
ou cistos e as pústulas, lesões responsáveis pelos quadros de acne nódulo-cística e conglobata, que 
podem levar à formação de cicatrizes persistentes (RIBEIRO, 2010).
O processo denominado de comedogênese é uma reação 
folicular não inflamatória, sendo caracterizada por hiper-
queratose compacta densa do folículo e que usualmen-
te precede a acne gênese (presença da bactéria). A 
comedogênese ocorre quando se tem a formação 
de comedões formados com a retenção do sebo 
na glândula sebácea, permitindo uma obliteração 
infundibular por ceratose focal. Além disso, a fase 
inicial da acne é comedônica com a presença de 
cravos oxidados e brancos, sem processo inflama-
tório, depois a evolução será o processo inflamatório 
com a presença de diversos graus de acne, formando 
a acnegênese (DAL GOBBO, 2010).
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UNICESUMAR
A acne tem fatores multifatoriais e a soma desses fatores podem exacerbar o quadro, porém 
sabemos que um dos fatores mais complexos e de difícil controle é a relação da glândula 
sebácea e os hormônios.
Por fim, o outro processo que se denomina de acnegênese, identifica-se com a ocorrência de in-
flamação do epitélio folicular para, posteriormente, ocorrer um desprendimento de material seboso 
ou hiperceratose dentro do folículo, formando pústulas e pápulas foliculares, cistos e nódulos. Sendo 
assim, a acnegênese é a formação de acne, seguida de inflamação da glândula sebácea, em que acontece 
retenção do sebo da glândula, mais bactéria e multiplicação de microrganismo, em especial a bactéria 
Propioniumbacterium Acne, que produze lipase, transformando os triglicerídeos em ácidos graxos livres 
com capacidade irritativa, que irritam a pele, podendo promover a destruição da glândula sebácea em 
consequência da grande reação inflamatória local (DAL GOBBO, 2010).
Chamo novamente a sua atenção para o fato de que múltiplos fatores causam a acne vulgar. Existe 
uma tendência hereditária transmitida pelos genes autossômicos dominantes; o tamanho da glândula 
sebácea, a queratinização anômala folicular e sua atividade na puberdade podem ter influência genética 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
O sebo que é liberado pelas glândulas sebáceas, sendo uma fonte de alimento para a bactéria da acne, 
é composto por colesterol, cera, ésteres, esteroides, escaleno e triglicérides. Em um paciente seborreico, 
a comedogênese está relacionada com o aumento do escaleno, ésteres, na cera e diminuição de ácido 
graxo. Nesse processo, acredita-se que a hiperqueratinização e a descamação sejam consequências 
da maior irritação dos queratinócitos localizados na região infundibular e resultados da liberação de 
mediadores inflamatórios e da estimulação da liberação de outros fatores de crescimento (KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
Essas inflamações são divididas em formações clínicas, sendo as mais comuns os comedões abertos 
e fechados, pápulas e pústulas; e nas formas mais severas se observam cistos e nódulos; por último, as 
sequelas desta patologia são as cicatrizes hipertróficas (KEDE; SABATOVICH, 2009).
O microcomedão, que observei com você, nas fases iniciais da acne, produz uma dilatação folicular 
não visível, mas encontrada somente no exame histopatológico, geralmente presente na fase pré-puberal, 
quando a criança ainda não apresenta características sociais desenvolvidas. O comedão aberto, além 
do mais, é vulgarmente conhecido como cravo, sendo considerada a lesão básica da acne, apresentando 
acúmulo de células queratinizadas e sebo no seu infundíbulo (KEDE; SABATOVICH, 2009).
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UNIDADE 2
Ainda falando sobre os comedões, estes apresentam, normalmente, prurido, vulgarmente conhecido 
como coceira. Este é um sintoma cutâneo muito comum nos casos de acne e está presente nas lesões 
acneicas como pústula. O prognóstico biológico do prurido é induzir a “coçadura” na área comprome-
tida. Além disso, apresentam-se eritema e escoriações, sendo muito comum, nesse processo, ocorrer a 
acne escoriada. Contudo, o prurido pode ou não estar presente nas lesões acneicas e quando presente 
possui intensidade variável e, às vezes, provoca grande desconforto em lesões, como pústulas, nódulos 
e pápulas (DAL GOBBO, 2010).
Figura 1 - Acne grau III: presença de pápulas e pústulas
Outro aspecto que trago a você sobre os comedões é que estes são basicamente constituídos de sebo e 
ceratina ou queratina, sendo essencialmente alcalino. A composição química é basicamente uma mis-
tura de lipídios constituindo-se dos seguintes elementos: triglicérides, colesterol e ácido graxo, como 
ésteres e escaleno, cuja proporção varia de paciente para paciente. Além do mais, o sebo é produzido 
nos locais em que a glândula sebácea é exatamente o elemento primordial dos folículos sebáceos, por 
exemplo, na região da face, sendo que no couro cabeludo o pelo é grosso e os óstios foliculares são 
maiores, assim a glândula sebácea é pouco desenvolvida (DAL GOBBO, 2010).
A formação do comedão é um distúrbio que deve obedecer a uma influência genética e observar onde 
o folículo sebáceo está induzindo a uma hiperqueratinização, como o acúmulo de escamas aderentes que 
obstrui a drenagem normal desses folículos, levando sua formação. Sendo assim, o excesso de queratina 
e sebo na unidade pilossebácea forma um tampão central que resulta em obstrução e dilatação folicular, 
o que denominamos acne grau I dentro da classificação, formando o comedão (DAL GOBBO, 2010).
46
UNICESUMAR
Nós temos dois tipos comedões: o oxidado e o branco. O come-
dão oxidado ou preto se apresenta aberto com o óstio dilatado no 
seu ápice, e possui cor escura devido à concentração de melanina. 
Este se abre para a superfície da pele e apresenta um ponto negro na 
epiderme, seu escurecimento é resultado da oxidação das gorduras 
e do aumento da deposição da melanina. O comedão branco se 
apresenta fechado, é pequeno devido uma pequena atividade dos 
melanócitos, não se abre para a superfície da pele e não possui muita 
concentração de melanina (DAL GOBBO, 2010).
Já conversamos sobre os comedões e, agora, chamo você, alu-
no(a), a estudar sobre as pústulas. Estas são pequenas vesículas 
que contêm exsudato purulento inflamado, dolorido à palpação. 
Além disso, apresenta corrosa, e a formação se dá quando ocorre 
a ruptura do material da parede folicular. Sendo assim, o material 
cerato sebáceo e a bactéria são liberados, o sebo mais o pus juntos 
às células de defesa e a bactéria viva e morta se rompem de forma 
espontânea ou por meio de manipulação, comumente deixando 
cicatriz (DAL GOBBO, 2010).
As pápulas são pequenas lesões que se apresentam como saliên-
cias rosas, não muito dolorosas à palpação, elas ocorrem quando 
o ácido graxo livre se difunde pelo folículo pilo-sebáceo e a infla-
mação gera uma pápula eritematosa que se transforma em pústula. 
É muito comum deixar cicatriz e máculas avermelhadas, além de 
pequenos nódulos fibrosos (DAL GOBBO, 2010).
Os nódulos são lesões geralmente grandes, esféricas e muito 
dolorosas, localizadas mais profundamente na derme e que persis-
tem por semanas, têm a cor vermelho violácea e, em geral, deixam 
cicatrizes, são compostos por pus e sebo (DAL GOBBO, 2010).
O cisto são lesões ainda mais profundas que os nódulos, extrema-
mente doloroso, inflamado, pustuloso e de tamanho variado, pode 
espontaneamente drenar pus e deixar cicatriz (DAL GOBBO, 2010).
Assim como existem as divisões clínicas para facilitar os estu-
dos, temos que aprender as formas de classificação. Esta varia de 
acordo com a quantidade de comedões, quanto mais comedões e 
disseminação de bactérias, maior será o processo de inflamação. 
Diante disso, quando se extrai o comedão, não ocorre o processo 
inflamatório (DAL GOBBO, 2010).
47
UNIDADE 2
Normalmente, nas atuações clínicas, as acnes são classificadas de grau I a V. No grau I estão as 
acnes com presença de comedões abertos e fechados, iniciando processos inflamatórios. No grau II, 
observam-se as acnes inflamatórias com presença de papulopustular, com reações inflamatórias. No 
grau III, vemos as acnes inflamatórias, com presença de grandes ou pequenos nódulos, cistos, pústulas 
e pápulas, também conhecida como acne cística, apresenta intensa reação inflamatória. Além do mais, 
no grau IV, temos as acnes inflamatórias com a presença de todas as lesões anterior citadas, além da 
presença de cicatriz profunda e severa reação inflamatória. Por fim, a acne de grau V é inflamatória 
e chamada fulminans ou fulminante (DAL GOBBO, 2010).
Figura 2 - Acne cística nodular
O aprendizado a respeito dos graus de acne, o grau das lesões e as condições da pele é de extrema im-
portância, pois por meio dessa classificação e desse estudo detalhado, iremos determinar os recursos 
utilizados pelos profissionais de estética o diagnóstico.
O tratamento precoce auxilia muito na cura definitiva e segura da acne. Além do mais, a classificação 
dos graus é de extrema importância, pois o profissional de estética somente poderá tratar, extrair e fazer 
a ruptura das pústulas de acne grau I e II, visto que nas acnes de graus III, IV e V, o profissional deverá 
se manter fidedigno na conduta de não provocar a intervenção e não tentar extrair a lesão, ou seja, 
não manipular o nódulo, cisto ou pápulas, porém poderá executar a técnica de cauterização da lesão, 
a fim de auxiliar e contribuir para a diminuição do processo inflamatório local (DAL GOBBO, 2010).
A manipulação das lesões de grau I e II na realização de tratamento de acne deve ser feita utilizan-
do-se a técnica manual de extração. Para a retirada dos comedões e pústulas, o profissional esvazia as 
pústulas e finaliza uma a uma. 
Sobre a remoção, extração mecânica dos comedões, procedimento também exclusivo do profissio-
nal de estética muito delicado e trabalhoso, não deve ser realizada por técnica a vácuo, pois nenhuma 
ventosa possui diâmetro do orifício pilossebáceo, sendo assim, o tecido em volta será sugado junto, 
ocasionando cicatrizes atróficas. 
48
UNICESUMAR
Nos graus III e IV, não se deve prescrever ou indicar medicamen-
tos orais e tópicos, pois é fundamental que o paciente procure um 
dermatologista para auxiliar nos medicamentos orais, que não é de 
competência do profissional de estética (DAL GOBBO, 2010). Para 
recapitular, a seguir, apresento a você, aluno(a), um breve resumo 
sobre a classificação das acnes.
• Acne comedonal ou grau I: apresenta apenas comedões 
abertos e fechados; acne não inflamatória.
• Acne suave ou grau II: presença de poucas ou várias pá-
pulas e pústulas, mas não nódulos.
• Acne moderada ou grau III: presença de várias a muitas 
pápulas e pústulas e poucos nódulos.
• Acne severa ou grau IV: extensiva ou intensiva, pápulas e 
pústulas, bem como muitos nódulos.
Existe a classificação comedonal, papulopustular e nódulo cística. A 
classificação da acne é importante, pois determina a escolha da melhor 
terapia medicamentosa. Em se tratando de cosmético, a classificação é 
importante porque, dependendo do tipo, um produto cosmético não 
adiantará no tratamento da acne. Na severa, por exemplo, o máximo que 
o cosmético pode fazer é ajudar na higienização. Nesses casos, deve-se 
procurar um dermatologista (RIBEIRO, 2010).
Por fim, o diagnóstico da acne é basicamente clínico pela presença 
das lesões, ou seja, comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos, sendo 
que nos casos duvidosos pode-se optar pela biópsia da pele, porém nem 
sempre é conclusiva, porque, às vezes, já iniciam com microcomedão, 
que não é visível a olho nu. Nas formas mais adiantadas de acne vulgar, a 
histopatologia revela, em geral, uma foliculite profunda, que pode estar 
presente tanto na forma aguda quanto na crônica, com hiperqueratose 
infundibular. A diferença entre a foliculite da acne e as demais foliculites 
é a forma comedonal (KEDE; SABATOVICH, 2009). 
Fazendo um pequeno resumo e relembrando a anatomia das 
glândulas sebáceas, elas são encontradas em praticamente todo 
o corpo nas regiões genitais, interescapular, no couro cabeludo, 
na face, com exceções e regiões como a palma da mão e a planta 
dos pés, que são áreas de pele glabra. A glândula sebácea pode ser 
encontrada em torno dos folículos pilosos com ou sem pelo, e o 
tamanho da glândula é inversamente proporcionais às dimensões 
do pelo presente no folículo. Portanto, as maiores glândulas são 
encontradas nas regiões em que o sistema piloso é menos desen-
volvido (DAL GOBBO, 2010).
49
UNIDADE 2
As glândulas sebáceas se situam na derme e seus ductos basicamente desembocam na porção 
terminal dos folículos pilosos. Além do mais, são formadas por diversos lóbulos e cada um apresenta 
perifericamente uma camada de célula cúbica basófila, células germinativas e células com abundante 
citoplasma, e delgada rede de gordura. 
Outra característica a qual você deve atentar-se sobre as glândulas sebáceas é que estas são alveolares 
e seus alvéolos, geralmente, desembocam em um duto curto, os quais se apresentam formados por 
uma camada externa de células epiteliais achatadas, que repousam sobre a membrana basal, a camada 
mais profunda da epiderme (DAL GOBBO, 2010).
Essencialmente, essas células se proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, cheias de 
gotículas de lipídeos, que enche a luz os alvéolos; os núcleos das células cheias de gotículas de lipídios 
vão gradualmente degenerando, e as células mais centrais do alvéolo se rompem, formando a secreção 
sebácea (DAL GOBBO, 2010).
Além do mais, a fisiologia das glândulas sebáceas mostra que elas produzem, essencialmente, o sebo, 
que serve para lubrificar a pele (a epiderme propriamente dita) e tem a função de construir o manto 
lipídico e proteger a pele. O manto lipídico é formado pelo sebo e também por lipídios derivados da 
desintegração das células epidérmicas no final de sua queratinização (DAL GOBBO, 2010).
É importante que você saiba, aluno(a), que a função da glândula sebácea e suas variações depende de 
dois fatores: genético e hormonal. A ação hormonal processa-se por meio do hormônio androgênico. 
Na célula sebácea, a testosterona é transformada em diidrotestosterona, esta, por meio da enzima 5 
alfa redutase, liga-se ao receptor proteico e estimula a lipogênese pelo aumento das glândulas sebáceas.Além disso, a secreção sebácea não é estimulada pelo aumento de temperatura corporal ou ambiental, 
ocorre que a temperatura maior facilita apenas a secreção. 
A alimentação rica em lipídios não tem relação com a secreção sebácea, pois, aos pacientes que têm 
a convicção de que alimentos como amendoim, chocolate e pizza agrava o problema da acne, podemos 
recomendar uma higiene alimentar (DAL GOBBO, 2010).
A hiperatividade da glândula sebácea demonstra que o sebo é sintetizado continuamente pelas 
glândulas sebáceas e secretado para superfície da cútis por meio do óstio do folículo piloso; a excreção 
de lipídios é controlada pela ação hormonal. A hiperatividade dessa glândula está associada ao seu 
aumento, sendo denominada hipertrofiada. 
Ademais, essa hiperatividade ocorre quando há desequilíbrio entre a produção e a capacidade de 
secreção do sebo que leva a um bloqueio de sebo no folículo piloso, seguido ou não de inflamação,; 
resultando na hiperatividade da glândula, pode ocorrer queratinização anormal dos folículos pilosse-
báceos, provocando massas vermiformes de queratina e sebo que obstruem os folículos, formando o 
comedão (DAL GOBBO, 2010).
50
UNICESUMAR
É válido dizer que a presença de variedades de inflamação na pele determina os graus de acne. No qua-
dro clínico do paciente, a lesão é fundamental, e o primordial da acne é ter proporção variável de comedões 
identificados com folículo piloso cheio de sebo obstruído e com presença de bactérias. O mecanismo de 
formação espontânea do comedão ainda é desconhecido, apesar de existirem diversas etiologias na pele ac-
neica, encontramos comedões com formação inflamatória, pequenas e grandes pápulas e pústulas, cicatrizes 
hipertróficas, cistos, nódulos. Apresenta, também, sintomas cutâneos de prurido e, em geral, essas regiões 
estão localizadas na área da face, na região anterior e posterior do tórax e vêm associada à seborreia (DAL 
GOBBO, 2010).
A acne está relacionada com a produção hormonal que ocorre, principalmente, na adolescência, 
assim, com o aumento da produção dos hormônios, chamados andrógenos, provoca o aumento dos 
folículos pilossebáceos e da produção do sebo no rosto, nos ombros, no colo e nas costas. Isso ocorre 
em adolescentes e adultos ao produzir muita gordura, entupindo o seu canal, rompendo as paredes e 
espalhando o excesso de sebo até a derme, devido a um defeito na formação celular e a uma produção 
excessiva de queratina que obstrui o orifício folicular e leva à formação dos comedões em áreas ricas 
de glândulas sebáceas (DAL GOBBO, 2010).
A unidade pilossebácea apresenta atividade cíclica intrínseca na dependência de hormônios andro-
gênicos, e o folículo piloso e a pele apresentam receptores para hormônios androgênicos e estrogênicos. 
Além do mais, a glândula possui receptores apenas para os androgênios, sendo a testosterona um andró-
geno mais potente, cuja fórmula ativa e livre na circulação sanguínea ocorre, principalmente, na forma 
ligada à proteína transportadora dos esteroides sexuais. Outro ponto importante a ser considerado é 
que a testosterona é convertida em didrogesterona e, após a entrada na célula, liga-se ao núcleo celular. 
Nesse mecanismo, inicia-se a ação androgênica em diferentes alvos na unidade pilossebácea e esse 
hormônio ajuda no crescimento e na pigmentação dos pelos terminais, na produção de ácido graxo, 
no aumento do colágeno e facilitação na formação de culturas e microrganismos cutâneos (KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
Quando existe a presença de hiperandrogenismo, é comum a associação de acne e hirsutismo. Os 
andrógenos, quando aumentados, podem ser oriundos de fontes exógenas e endógenas, sendo as fontes 
exógenas androgênicos ou substâncias anabolizantes. 
Um exemplo para o seu melhor entendi-
mento, aluno(a), são as doenças que podem ser 
produzidas pelo ovário, pelas glândulas suprar-
renais, tecido periférico, principalmente a pele. 
Na pele, o hiperandrogenismo pode ser devido 
ao aumento da secreção glandular de andróge-
nos, e a hiperatividade hormonal é decorrente da 
sensibilidade local e alteração de transporte dos 
hormônios para o sangue e desses para os tecidos 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
51
UNIDADE 2
É observado que, nos homens com acne, não ocorrem alterações 
nos níveis de testosterona sérica, mas os pacientes musculosos se 
devem questionar com relação ao uso de anabolizantes e de outros 
hormônios implicados nas atividades esportivas. Além disso, os 
fatores emocionais podem ter influência no agravamento da acne 
e, em alguns doentes, presume-se que o mecanismo seja a produção 
aumentada de andrógenos adrenais na fase de estresse, levando um 
aumento de seborreia pela ação do córtex cerebral sobre o sistema 
neuroendócrino. Nos casos especiais, o médico deve sugerir acom-
panhamento psicoterápico como coadjuvante na terapia; com rela-
ção à dieta de exclusão, não existem evidências de que influenciam 
na piora do acne (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Caro(a) estudante, convido você, neste momento, a ouvir este po-
dcast interessantíssimo e muito necessário para a área da Estética 
Facial. Trataremos de questionamentos sobre como manter a pele 
limpa e higienizada para que não ocorra casos de acne, além da 
relação da acne com as alterações hormonais, bem como seus agra-
vamentos, relacionando a fisiopatologia e as formas mais comuns 
de tratamentos. 
Dentre todos os processos vistos, a acne pode se apresentar de for-
mas diferentes, assim surgem os tipos de acne, a mais comum é a 
acne vulgar, que acomete adolescentes e adultos, mulheres e ho-
mens, trata-se de um processo multifatorial envolvendo a unidade 
pilossebácea, ela se caracteriza por dois tipos: não inflamatórias 
de grau I com comedões abertos e fechados e inflamatória de grau 
II, a acne pápulo-pustulosa, grau III cística e grau IV conglobata 
(DAL GOBBO, 2010).
A acne escoriada é resultado da manipulação agressiva de lesões 
pustulosas da acne, em que o paciente tende a traumatizar com 
as unhas, resultando em lesões da pele do rosto ou do tronco, na 
tentativa de romper ou estourar a pústula, acreditando que con-
tribuirá para a diminuição da acne pustulosa amarelada na pele. 
Na verdade, esse procedimento contribui para o agravamento da 
lesão e o traumatismo contínuo de lesões acneicas pode produzir 
cicatrizes e desconfigurações (DAL GOBBO, 2010).
52
UNICESUMAR
A acne infantil ocorre nas primeiras semanas de vida e se caracteriza por poucas razões que evolui 
naturalmente, podendo ocorrer também em crianças de 1 a 2 anos de idade. A acne pré-menstrual e a 
lesão actínica ocorre na fase pré-menstrual e tem características da acne vulgar, entretanto, aluno(a), 
muitos profissionais não correlacionam a acne com período menstrual. A acne ocupacional ocorre 
em pacientes que lidam, em seus trabalhos diários, com óleos minerais de corte, e as lesões costumam 
desaparecer após o afastamento do trabalho. Essa denominação ocorre pela obliteração do óstio fo-
licular por óleos e graxas, além da presença de bactérias que produzem a acne (DAL GOBBO, 2010).
Além do mais, aluno(a), a acne solar ou estival à patogênese é o edema folicular pela própria quei-
madura, sendo agravado pela oleosidade de protetores solares ou de outros produtos usados na pele. 
As localizações preferenciais são: região deltoide e tronco. A acne medicamentosa ocorre pela ingestão 
de diversos medicamentos, como os corticoides, e pode levar o aparecimento de lesão actínica. Além 
disso, os remédios que contêm corticoides podem causar uma reação alérgica. A acne tropical ocorre 
na época de climas quentes e úmidos, atingindo a região do tronco e das nádegas (DAL GOBBO, 2010).
Vale a pena ressaltar que existem fatores externos que podem influenciar seu aparecimento, inclu-
sive comportamental, você sabia disso? Por exemplo, a massagem facial em pele acneica piora pela 
química, ou seja, creme, pomada e cosmético pastoso aceleram esse quadro de acne, contribuindo para 
a proliferação da bactéria. Dessa forma, vocêdeve advertir os seus pacientes de que a extração não 
deve ser realizada por eles, bem como que a manipulação deve ser feita por um profissional de estética.
As tentativas de extração sem auxílio profissional podem resultar em inflamações ainda mais graves, 
ocasionando irritação local, pústula, formação de cisto e cicatrizes. É necessário recomendar cautela 
com relação a produtos de beleza que tenham função de extrair comedões, pois esses produtos não 
surtem efeitos quando se trata de comedões mais profundos, só apresentam resultados em comedões 
mais superficiais, ou seja, os microcomedões (DAL GOBBO, 2010).
Além desses fatores, a exposição aos raios solares UVA e UVB podem atenuar a acne, quando 
moderada e gradativa, trazendo melhorias na pele. Ademais, a química uniformiza o tom da 
pele, especialmente em pessoas de pele clara, porém, a exposição excessiva a esses raios podem 
levar o agravamento de lesões, pois aumenta corneificação, induz a formação dos comedões e a 
disseminação de bactérias e, portanto, aumenta a inflamação (DAL 
GOBBO, 2010).
Outros fatores que podem agravar a acne são: obstrução mecânica, 
exposição ocupacional, uso de medicamentos, como os esteroides, 
anabólicos e corticoides, brometos, cosméticos comedogênicos e 
emolientes oclusivos; a presença de sudorese excessiva e a radiação 
ultravioleta levam à formação de uma acne conhecida acne de verão. 
O estresse é um outro fator que pode agravar a acne, principalmente 
em homem, por alterar a quantidade de sebo secretado pelas glân-
dulas sebáceas. Algumas acnes podem ter origens endócrinas, como 
síndrome de Cushing e ovário policístico, porém a alimentação não é 
responsável pelo agravamento de acnes. Isto é, se uma pessoa com acne 
correlacionar o seu agravamento com a ingestão de algum alimento, 
esta deve evitá-lo por um período (RIBEIRO, 2010).
53
UNIDADE 2
Ao tratar uma afecção como a acne, sempre levar em consideração os fatores gerais, mais 
sempre ter uma atenção especial ao desequilíbrio hormonal, tanto na adolescência quanto 
nas fases adultas. A tendência da pele oleosa é desenvolver mais “picos” da patologia. As 
grandes inflamações sem controle podem agravar e levar, mais tarde, ao aparecimento das 
cicatrizes de difícil tratamento.
Assim, devido ao fato de tanta procura em consultórios estéticos e por ter tanto fatores interferindo 
para seu desenvolvimento e piora do quadro, vários são os tratamentos propostos para amenizar esse 
quadro com o objetivo inibir o processo inflamatório, diminuir a proliferação da bactéria, levando ao 
desaparecimento da acne, tanto inflamatória quanto comedogênica, para futuramente a paciente fazer 
a manutenção somente com a limpeza de pele (DAL GOBBO, 2010).
É importante que você sempre prepare a personalidade de seu paciente, pois, para tratá-lo 
adequadamente, deve-se orientá-lo quanto à cronicidade da doença, além do mais, não ocorrerá 
a cura imediata, é necessário alertar seu paciente sobre o tempo prolongado, a disciplina, o uso da 
medicação, o excesso de produtos, os hábitos de higiene e a capacitação pessoal, pois tudo isso pode 
dificultar a adesão ao tratamento proposto, além de que o paciente excessivamente esperançoso pode 
prejudicar a relação terapeuta-paciente (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Uma das preocupações mais básicas é a higiene adequada, sendo uma das ma-
neiras de evitar a acne. Além do mais, o profissional de estética deve 
ser consultado logo que o paciente perceber o aumento excessivo da 
oleosidade e o aparecimento frequente de comedões. Ainda, deve-se 
evitar que a lesão atinja um quadro inflamatório que possa deixar ci-
catrizes, portanto, uma lesão sólida para o comedão deve ser extraída 
antes que se transforme em uma lesão líquida com uma pústula (DAL 
GOBBO, 2010).
Na realização do tratamento, você deverá ser rigoroso(a) quanto 
ao uso de todas as técnicas de biossegurança e de tratamento para a 
eliminação da comedogênese e da acnegênese. A primeira medida a ser 
tomada é informar o paciente sobre a anatomia da pele, a fisiopatologia 
da acne, além de adverti-lo no sentido de que este não deve tentar rom-
per as pústulas ou extrair comedões para que não provoque a ruptura 
do saco folicular. Este contém a secreção sebácea em excesso, que pode 
se espalhar para estruturas adjacentes, comportando-se como um corpo 
estranho e provocando uma reação inflamatória (DAL GOBBO, 2010).
54
UNICESUMAR
Além do mais, deve-se fazer a extração de comedões e rupturas de pústulas com cauterização te-
rapêutica do profissional de estética, pois o objetivo primordial é tratar lesões presentes, focando na 
presença contra inflamação, também na extração de comedões, e prevenir as lesões inflamatórias e 
obter sucesso no tratamento sem recorrer ao uso de medicamentos. Por esse motivo, deve-se realizar a 
extração de comedões fechados e abertos, a fim de prevenir o processo inflamatório. Lembre-se de que 
o comedão já é um tipo de acne não inflamatória, e que se trata de uma lesão sólida com sebo obstruí-
do e presença de bactéria, e que inicia a acne grau II ou graus até mais severos (DAL GOBBO, 2010).
Ao terminar o processo inflamatório, uma forma de prevenção contra formação de comedões é 
feita com o uso de peelings, que produz descamação e evita a formação de tampões córneo. O peeling 
é muito importante no processo final do tratamento da acne, porque promove a reepitalização da 
epiderme com o objetivo de descamar a pele e melhorar a drenagem da glândula sebácea para que o 
comedão não se forme. 
Saiba que não é interessante o uso de esfoliação mecânica, esfoliação com buchas e massagem manual 
facial em pele acneica, pois aumentam o eritema local e a disseminação da bactéria. Além disso, a pele 
acneica é uma pele eritematosa e deve-se priorizar o bem-estar do paciente, minimizando o eritema 
local, considerando que o paciente deve sair da sala de estética melhor do que entrou em cada sessão 
(DAL GOBBO, 2010).
O objetivo dos tratamentos de peeling é inibir a formação dos comedões e amenizar ou retirar as 
cicatrizes provocadas pela acne. Essas lesões são irreversíveis e podem resultar na substituição de tecido 
normal por cicatrizes com graus variáveis de fibrose (DAL GOBBO, 2010). Outra forma de tratar é o 
peeling mecânico, também conhecido como microdermoabrasão, ou peeling de cristal. 
Esses aparelhos lançam microcristais de óxido de alumínio, aspirando simultaneamente e provo-
cando uma esfoliação mecânica. O peeling de diamante provoca uma esfoliação mecânica e melhora 
a hiperatividade, essa ação reduz a obstrução folicular, e após aplicação, deve-se evitar o sol e usar 
protetor solar sem óleo (DAL GOBBO, 2010).
Você deve estar se perguntando quanto ao uso de peeling químico, ácido de nível superficial, por 
exemplo o ácido salicílico em forma de loção adstringente. Este combate a oleosidade excessiva da 
pele e descama levemente a epiderme. Os sabonetes abrasivos à base de microesferas de polietileno de 
caroços de frutas são excelentes para manutenção após o tratamento da acne, realizado pelo profissional, 
e têm como objetivo a não formação de novos comedões (DAL GOBBO, 2010).
Você, futuro(a) profissional em estética, e o dermatologista devem realizar um trabalho multidis-
ciplinar, da patologia à terapêutica administrada pelo dermatologista, que tem a função de inibir a 
reação inflamatória e controlar a infecção pela bactéria, além de desobstruir os folículos, deixando o 
tratamento mais eficaz e rápido. Para isso, são utilizados, frequentemente, antibióticos e anti-inflama-
tórios tópicos, peelings químicos e pomadas que contenham ácido. 
É necessário que você tenha em mente que as acnes de graus III e IV devem ser tratadas pelo médico 
com antibiótico que destrói a bactéria, ajudando a diminuir o quadro de infecção. É possível também 
usar o antibiótico tópico em forma de loção ou gel, e é indicado, em últimos casos, a isotretinoína, de-
rivado da vitamina A, cuja a cura chega a 80% dos casos clínicos de acne severa(DAL GOBBO, 2010).
Os protocolos de tratamento de acne podem ser realizados em cabine de estética, e os tratamentos 
da atualidade inclui o trabalho minucioso do profissional e, principalmente, a assiduidade do paciente. 
55
UNIDADE 2
O profissional de estética deve transmitir confiança, demonstrar 
domínio da técnica e entendimento científico, além de consentir 
conhecimento sobre a anatomia da pele e a fisiopatologia da acne. 
Cabe ressaltar que nenhuma técnica isolada é suficiente para o 
tratamento de acne vulgar, e um tratamento global e integral com 
parceria do profissional de estética e do dermatologista terá grandes 
resultados satisfatórios (DAL GOBBO, 2010).
Além do mais, as visões da acne podem ir além da estética, le-
vando à depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos. No 
entanto, apesar dos problemas estéticos e psicológicos, apenas 10 
a 20% dos acometidos precisam de tratamento, que deve ser feito 
com a combinação de terapias que atuam nos diferentes fatores 
causadores da acne. Esse tipo de tratamento dependerá de quão 
grave se manifeste a doença (RIBEIRO, 2010).
No tratamento da acne cosmética, alguns antibióticos, como a 
Tetraciclina, Amoxicilina e Bactrim, são usados via oral. Nos tra-
tamentos de acne severa, a isotretinoína, um análogo sintético da 
vitamina A, é a mais usada; uma vez associada ao estresse oxidativo 
nas manifestações das lesões da acne e agravamento da doença, o 
uso de antioxidantes agregados aos outros tratamentos convencio-
nais é recomendável (RIBEIRO, 2010).
É importante compreender que contraceptivos orais são comu-
mente usados por mulheres para diminuir o androide circulante. A 
administração oral de estrogênio exerce duas funções, aumentando 
a quantidade de globulina ligante de andrógeno que diminui a 
testosterona livre e diminui a liberação de gonadotrofina pela pi-
tuitária anterior e, consequentemente, a quantidade de andrógenos 
produzida pelo ovário (RIBEIRO, 2010).
Para os tratamentos de acne, vários são os produtos em formula-
ções cosméticas destinadas à acne. No entanto, deve-se lembrar que 
apresentam limitações; dependendo do tipo da lesão, os produtos 
cosméticos não serão suficientes, será necessário o uso de medica-
mento tópico, oral, visando melhorar o quadro. Além disso, os ativos 
cosméticos atuam de modo semelhante aos ativos medicamentosos, 
ou seja, inibem a secreção do sebo, são queratolíticos e comedolíti-
cos, reduzem a proliferação bacteriana, reduzem a oleosidade, são 
antioxidantes e inibe inflamação (RIBEIRO, 2010).
56
UNICESUMAR
O tratamento tópico é empregado na maioria dos pacientes com 
acne leve e moderada, estimando-se que 50% desses pacientes estão 
afetados por esses tipos de acne. No arsenal terapêutico, deve-se op-
tar por medicamentos de tolerância pelos pacientes. Além do mais, 
a indústria farmacêutica evoluiu efetivamente na terapia anti-acne. 
Os medicamentos tópicos são bem indicados, observam-se mí-
nimos efeitos secundários cutâneos. Toda medicação tópica tem 
eficiência limitada e quando persiste nos casos não responsivos, 
ela pode tornar-se inócua e, até mesmo, nociva. Sendo assim, de-
ve-se avaliar o momento mais apropriado para se recorrer a outra 
medicação que seja mais adequada à nova situação (KEDE; SABA-
TOVICH, 2009).
Outro aspecto importante é o preço dos medicamentos. Nós de-
vemos avaliar o receituário em função das possibilidades financeiras 
do paciente, pois o impacto psicológico nessa patologia pode trazer 
importante distúrbio comportamental, como vergonha e depressão. 
Esse comprometimento emocional nem sempre é proporcional à 
severidade da acne, e o médico deve saber como lidar com essa 
situação, especialmente nos pacientes adolescentes, pois alguns 
casos especiais devem ser encaminhados para acompanhamento 
psicológico (KEDE; SABATOVICH, 2009). 
Muitos pacientes adolescentes apresentam enorme interesse 
pelas mudanças do seu corpo, apesar de não demonstrar, por isso, 
o profissional sempre deve ficar atento a pequenas atitudes durante 
a consulta para explicar detalhadamente como surgiram as acnes. 
Em contrapartida, existem outros adolescentes que se demonstram 
orgulhosos de estarem na fase da adolescência. Nesse contexto, a 
sexualidade está relacionada à acne e para eles é um sinal de matu-
ridade, sendo que o sucesso do tratamento vai depender da adesão à 
terapia e da conscientização do que é a patologia e como o local com 
acne deverá ser lavado mais de uma vez ao dia, e que a medicação 
não é milagrosa, e para um bom resultado tem que ter paciência 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
Os pacientes com importantes seborreia do couro cabeludo 
devem, dentro do possível, lavar os cabelos frequentemente. Nas 
adolescentes com longos cabelos, é conveniente não cobrir o rosto 
com eles, pois piora a seborreia na mulher. A anamnese deve ser 
direcionada para o ciclo menstrual, atividade sexual, uso de contra-
ceptivos e outros medicamentos que porventura estejam utilizan-
do e, em alguns casos, pode-se investigar as disfunções ovarianas 
(KEDE; SABATOVICH, 2009). 
57
UNIDADE 2
Além do mais, os produtos utilizados devem ser formulados 
com o objetivo de regularizar a secreção sebácea e diminuir a flora 
bacteriana, mas não poderão ser, excessivamente, desengordurantes, 
porque podem provocar um efeito rebote. Nas secreções, o sabão 
clássico com pH alcalino é desaconselhável, assim como tensoa-
tivos do tipo sulfato e seus derivados. Os mais indicados são os 
tensoativos não iônicos ou anfóteros compostos de azuleno, óleo 
de camomila e extratos de anis, que podem ser usados como cal-
mantes e descongestionante; entre os antibacterianos, considera-se 
a clorexidina (KEDE; SABATOVICH, 2009).
O tratamento da acne, de maneira geral, objetiva a correção do 
defeito na queratinização folicular, admissão da atividade das glân-
dulas sebáceas e diminuição da população da bactéria no folículo, 
e quando presente, a diminuição do processo inflamatório (KEDE; 
SABATOVICH, 2009). Alguns ativos utilizados nos tratamentos da 
acne são o ácido salicílico, que é um esfoliante suave e efetivo contra 
comedões e lesões inflamatórias. Em cosméticos, a concentração 
máxima de uso desse ativo não pode ultrapassar 2% e, nesse caso, 
em combinação com mandélico, pode trazer melhores resultados no 
tratamento da acne, tanto na hiperpigmentação quanto em cicatri-
zes pós acne, sem risco de ação sistêmica, mesmo nas concentrações 
não permitidas em cosméticos (RIBEIRO, 2010).
Sobre os peelings, os mais recomendados são aqueles que ofe-
recem ação queratolítica, sejam eficiente e tenham a finalidade 
lipídica, como ocorre com os ácidos salicílico, mandélico, em que 
a ação é anti-inflamatória e controle de oleosidade, como também 
antes de técnicas de microagulhamento, em casos de sequelas (MO-
SER, 2018). 
Além disso, os ácidos são utilizados no tratamento de acne devi-
do à capacidade de diminuir a coesão dos corneócitos, mesmo em 
baixa concentração, e por provocar e separar os queratinócitos, o 
que fornece a razão fundamental para o uso em formulações tópi-
cas, porém podem causar epidermólise em concentrações elevadas 
(MOSER, 2018).
Os alfahidroxiácidos efetivos no tratamento da acne incluem o 
ácido mandélico, lático, glicólico e málico. Os peelings químicos su-
perficiais não utilizam alta concentração e pH abaixo de 3; causam, 
em menos de dois minutos, o branqueamento de pápulas, pústulas 
e comedões, porém, o mais seguro é o mandélico, que não causa 
Frost e não gera cicatriz inestética (MOSER, 2018). 
58
UNICESUMAR
Também temos a calêndula, cujos principais componentes químicos são os flavonoides, que vem 
sendo empregada no tratamento da acne por melhorar a regeneração e a epitelização de lesões, além 
de apresentar propriedade antibacteriana antioxidante e anti-inflamatória (RIBEIRO, 2010).
Cada vez mais, vemos como o uso dos óleos essenciais tem sido adotado pelos brasileiros, por 
exemplo, o óleo de melaleuca ou chamado Tea Tree, que é utilizadocomo antisséptico tópico para 
várias infecções na pele. Esse óleo essencial é extraído da Bela louca, uma árvore nativa da Austrália, e 
o óleo extraído de suas folhas contém alfa-terpineol. Esse último, principal componente do óleo, tem 
uma eficácia maior antimicrobiana e sua composição pode ser alterada com exposição ao oxigênio 
e à luz ou em altas temperaturas. Ademais, por ser efetivo contra a bactéria da acne, é empregado em 
formulações cosméticas para cuidados de pele de grau leve a moderado, numa concentração de 5% 
em gel, sendo capaz de reduzir as lesões da acne. Seu uso tópico mostra resultados tão satisfatórios na 
redução das lesões inflamatórias e não inflamatórias quanto ao peróxido de Benzoíla (RIBEIRO, 2010).
Outra forma de tratamento que você precisa conhecer é a fototerapia, que é a exposição moderada 
de UVB, que pode conferir efeito benéfico aos portadores de acne e apresenta a melhora das lesões 
inflamatórias e transitórias por causa de um efeito inibitório sobre as células envolvidas nos processos 
inflamatórios. 
As radiações com comprimento de onda entre 407 a 420 nanômetro de luz azul são eficazes no 
tratamento da acne, porém, com ausência de lesões nódulo-cística, o efeito se dá sobre a bactéria, que 
tem o número reduzido juntamente com o processo inflamatório, melhorando as reações químicas, 
apresentando melhores resultados que podem ser obtidos com a combinação da luz azul junto a com 
a luz vermelha (RIBEIRO, 2010).
Também é importante a realização da limpeza de pele e evitar o máximo que o paciente a realize 
sozinho, pois poderá ocorrer cicatrizes e manchas (KEDE; SABATOVICH, 2009). Portanto, é com-
provado que hábitos de estilo de vida, quando elucidados e afastados aos maus hábitos e assumindo 
atitudes frente à patologia, produzem, com frequência, melhoras consideráveis para o paciente. 
Além do mais, para melhorar a lesão, os profissionais devem contrariar esses fatores com aconse-
lhamento qualificado, considerando a perspectiva do paciente e meios eficazes de educar o paciente e 
regime toleráveis que são compatíveis com seu estilo de vida, por exemplo a higienização facial feita 
mediante sabonete específico com extratos vegetais, tendo como principal objetivo remover as suji-
dades, como resíduos cosméticos e impurezas provenientes de poluição, secreções natural e células 
córneas em descamação e também a utilização de cosmético adequado em home care (MOSER, 2018).
Entretanto, para todos os tratamentos para otimizar os resultados serão necessários a utilização de 
home care para conscientizar os pacientes sobre a necessidade de se realizar o tratamento de acne e 
informá-los de receitas milagrosas não existem. Infelizmente, informações incorretas sobre higiene e 
dieta, no caso da patologia da acne, são muito difundidas, e para facilitar o tratamento de acne realizado 
pelo profissional de estética e ampliar a adesão ao tratamento por parte do paciente, há necessidade 
de informar sobre a história natural da acne, explicando, por exemplo, sobre a fisiopatologia, os riscos 
de sequela, além da eficácia e duração esperada do tratamento, devendo-se salientar que o tratamento 
deve começar o mais precoce possível (DAL GOBBO, 2010).
59
UNIDADE 2
Além disso, o home do paciente consiste na limpeza com água 
e sabonete líquido, o uso de loção desengordurante e levemente 
antisséptica. Essa conduta é de fácil execução e de muita impor-
tância, devendo conscientizar o paciente de que a higiene da pele 
deve ser feita duas ou três vezes ao dia com sabonetes bactericidas. 
Isso deverá ser o primeiro passo da lavagem facial com agente an-
tisséptico, que age para diminuição da concentração da bactéria. É 
necessário, porém, atentar-se para o fato de que lavar o rosto várias 
vezes ao dia não evita a acne e pode, inclusive, provocar o aumento 
da oleosidade da pele como um efeito rebote (DAL GOBBO, 2010).
Como sabemos, teremos tratamentos que poderão resultar em 
cicatrizes, que são marcas inestéticas na pele, em geral pequenas e 
deprimidas, portanto, são cicatrizes hipotróficas. Elas só ocorrem 
quando há uma distribuição completa do folículo sebáceo, havendo 
comedões de longa duração inflamatória que podem desencadear 
cicatrizes que nem sempre são evitáveis e podem ser atenuadas ou 
até corrigidas com tratamento de supressão (DAL GOBBO, 2010).
Essas cicatrizes, também definidas como marcas, apresentam 
subdivisões, sendo importante saber diferencia-las. As cicatrizes 
podem ser acrômicas, ou seja, mais claras que a pele; atróficas, 
resultantes da perda da elasticidade local; hipercrômicas, exces-
sivamente pigmentadas, caracterizada por falta ou insuficiência 
de pigmento; e hipertrófica, espessa devido a maior produção de 
colágeno local. Todas as cicatrizes podem ser atenuadas e até desapa-
recer com os novos tratamentos disponíveis (DAL GOBBO, 2010).
Tratar cicatrizes de acne é um grande desafio, e dificilmente 
se obtém a correção total da destruição tecidual causada por esta 
doença crônica inflamatória que atinge, não somente a epiderme e a 
derme, mas alcança também o tecido celular subcutâneo. O objetivo 
final do tratamento é obter o máximo de melhora possível sem a 
perfeição, porém corrigir cicatrizes de acne talvez seja o procedi-
mento cosmético mais difícil que existe (KEDE; SABATOVICH, 
2009).
60
UNICESUMAR
Figura 3 - Cicatrizes de acne atrófica
Com a formação de crostas e possíveis cicatrizes quando há reação inflamatória considerável, atingin-
do a profundidade do folículo pilossebáceo e rompimento da parede folicular, ocorre a formação de 
nódulos e cistos que seriam resultado da drenagem da secreção no interior dos nódulos compostos de 
células epiteliais e pus. Nos casos mais severos, a ausência do tratamento e as condutas inadequadas 
podem favorecer o aparecimento de cicatrizes, lembrando que essas formas de acne você deve consi-
derar como acne inflamatória (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Posso pontuar para você que as terapêuticas tradicionalmente utilizadas pelos diferentes autores 
para este fim sempre foram a dermoabrasão, os peelings profundos, como o fenol, e mais recentemente 
os lasers de CO2 ou de Nyag ou a combinação deles. No entanto, na maioria das vezes, os resultados 
desses procedimentos se revelam decepcionantes e insatisfatório (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Isso acontece porque a morfologia que essas cicatrizes apresentam é um fato que induz a necessidade 
do emprego de múltiplas técnicas complementares para que se possa obter a devida constituição do 
relevo e contorno cutâneo. Por exemplo, as cicatrizes em forma de xícara devem ter seu tratamento 
complementado com a eletrodissecação das bordas com bisturi elétrico após esfoliações profundas 
com fenol. Alguns outros autores fizeram observações publicando trabalhos nos quais se descreve di-
ferentes técnicas cirúrgicas, como enxertos de pele, elevação com ponte subcisão e preenchimento com 
diversos tipos de material para melhorar os resultados e as correções (KEDE; SABATOVICH, 2009).
61
UNIDADE 2
Dependendo da gravidade do quadro e das características das cicatrizes, um tratamento individua-
lizado deve ser proposto para cada paciente, e diferentes etapas serão cumpridas até que obtenham 
resultados positivos. Sendo assim, os portadores dessas cicatrizes devem ser devidamente informados 
dessas dificuldades para que falsas expectativas não prejudiquem a relação de confiança que deve ser 
mantida entre o terapeuta e o paciente. 
Na maioria dos casos, um número variado de diferentes terapias será indicado incluindo ou não a 
dermoabrasão com laser. Esses procedimentos poderão ser realizados em tempos diferentes ou even-
tualmente serem cumpridos em um só tempo, dependendo do padrão cicatricial predominante e do 
interesse da disponibilidade do paciente (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Outro ponto de extrema importância para o seu conhecimento é que existem classificações para as 
cicatrizes. Por exemplo, as cicatrizes hipertróficas elevam-se acima da superfíciecutânea, limitando 
a área original. Estas são frequentes nas regiões mandibulares, malar e glabelar, podendo ser reduzidas 
por meio das seguintes técnicas normalmente médicas (KEDE; SABATOVICH, 2009).
As cicatrizes distróficas se caracterizam pelo formato irregular, às vezes estrelado com fundo 
branco e atrófico. Ademais, estas podem estar presentes por áreas fibróticas com retenção de material 
purulento, e a terapêutica mais indicada para o tratamento é a retirada em bloco seguida de sutura 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
São definidas como atróficas na existência de perda de estruturas subjacentes que apoiam a pele, 
por exemplo o músculo e a gordura. Essa cicatriz é frequentemente associada à acne, varicela, outras 
doenças, cirurgias ou acidentes, ou seja, podendo ser de qualquer tipo de trauma onde exista perda de 
tecidos, deixando uma espécie de buraco na pele (RIBEIRO, 2010).
Por fim, aluno(a), as cicatrizes hipertróficas ocorrem quando o corpo produz colágeno em quanti-
dades anormais ou, então, em quantidades normais, mas de forma desorganizada, o que faz com que 
a cicatriz fique com uma textura mais elevada em relação à pele circundante, no entanto, respeitando 
o limite anatômico da pele (RIBEIRO, 2010).
Quando estudamos essa inflamação tão complexa desenvolvida na unidade pilossebácea, o melhor 
ponto de se tratar é no início de seu processo inflamatório, ou seja, na adolescência, com controle da 
oleosidade da pele, das inflamações e, se for o caso, até mesmo dos hormônios que estão desencadeando, 
se ocorrer a formação de cicatrizes, o processo tornará mais lento e o resultado nem sempre é satisfatório.
Caro(a) estudante, viu como a acne será um grande início para todas as outras “situações” clínicas 
faciais que estarão presentes em nosso consultório facial? Ele servirá como um grande início para 
outros tratamentos. Dessa forma, saber avaliá-la e trabalhar em seu grau correto é o grande segredo 
para obtenção de ótimos resultados em seu tratamento. Na estética, a maioria dos nossos adolescentes 
ou, até mesmos, indivíduos adultos apresentam grandes alterações hormonais que desestabilizam a 
produção da glândula sebácea, desenvolvendo peles tipicamente com propensão à oleosidade, como 
também a proliferação bacteriana. 
Ademais, essa patologia, se não controlada com tratamentos em consultório realizado por pro-
fissionais da Estética e Cosmética, utilizando recursos eletrotermofototerápicos e cosméticos, pode 
resultar em futuras cicatrizes atróficas, gerando problemas cada vez maiores, por isso a preocupação 
do conhecimento dessa patologia de grande procura tão comum nas clínicas e consultórios faciais e 
a necessidade de capacitar você, nosso(a) aluno(a).
http://cuidadoscomapele.org/colageno
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M
A
P
A
 M
EN
TA
L
Caro(a) aluno(a), a construção de um Mapa Mental torna mais fácil a organização 
e a compreensão dos conteúdos que foram abordados até aqui. Dessa forma, a 
partir dos conceitos centrais desta unidade, é essencial que você preencha o Mapa 
Mental a seguir com informações, por exemplo, frases de ligação, que se associam 
a esses conceitos. É importante que você dê continuidade ao Mapa Mental, pois 
essa prática irá te ajudar a memorizar os principais pontos estudados.
ACNE
FISIOPATOLOGIA
CAUSAS
PREVENÇÃO TRATAMENTOS PROPOSTOS (ASSOCIAR RECURSOS)
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
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1. Paciente do sexo feminino, 28 anos, chega na clínica de estética com comedões, pápulas e pús-
tulas generalizadas, nunca realizou limpeza de pele, encontra-se em período gestacional, porém 
foi liberada pelo obstetra para tratamento estético. De acordo com o quadro clínico descrito, 
assinale a alternativa correta.
a) Como foi liberada para tratamento facial, fará limpeza de pele normal.
b) O tratamento não poderá ser realizado com utilização de nenhum aparelho.
c) Os passos serão seguidos normalmente, porém terão ativos substituídos.
d) A limpeza de pele é contraindicada mesmo com liberação médica, pois poderá causar manchas.
e) Será realizada limpeza de pele normal e a finalização será com ativo especial.
2. Paciente do sexo masculino, 15 anos, chega na clínica de estética queixando de acne pápulas, 
pústulas, comedões abertos e fechados. Após a avaliação, o paciente relatou que fez limpeza de 
pele há 3 semanas em outra clínica. De acordo com o caso clínico, assinale a alternativa correta.
a) O protocolo indicado será um tratamento anti-inflamatório, em que poderá ser incluso a alta 
frequência.
b) O protocolo indicado será um tratamento anti-inflamatório, em que poderá ser incluso a ionização.
c) O protocolo indicado será anti-inflamatório, em que poderá ser realizado o desincruste com 
ativo à base de tea tree.
d) O protocolo utilizado será anti-inflamatório, com peeling de diamante e tea tree.
e) O protocolo utilizado será anti-inflamatório com produtos à base de argilas, especialmente a 
verde, com óleo essencial.
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
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3. Paciente de 16 anos chega na clínica de estética após ter realizado extração 7 dias atrás, nesse 
retorno, apresentou inúmeras pápulas, pústulas, comedões abertos e fechados. Diante desse 
quadro, assinale a alternativa correta.
a) O tratamento proposto será outra limpeza de pele.
b) O tratamento proposto será com ativos, por exemplo, à base de própolis.
c) O tratamento proposto será à base de beta glucan.
d) O tratamento proposto será à base de ácido salicílico.
e) O tratamento proposto será à base de aloe e vera.
4. Paciente do sexo masculino, 14 anos, chega na clínica de estética queixando de acne pápulas, 
pústulas, comedões abertos e fechados. Após a avaliação, o paciente relatou nunca ter realizado 
limpeza de pele e precisa de um tratamento semanal. De acordo com o caso clínico, assinale a 
alternativa correta.
a) Início com tratamento anti-inflamatório.
b) Início com tratamento com controle de oleosidade.
c) Início com tratamento home care para melhorar a inflamação.
d) Início somente com anti-inflamatório semanal.
e) Início com avaliação e limpeza de pele.
C
O
N
FI
R
A
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A
S 
R
ES
P
O
ST
A
S
65
1. C. Não poderá ser utilizado emoliente com trietanolamina, por isso está descrito que terá ativos substituídos.
2. A. Indicação de tratamento anti-inflamatório pelo nível de inflamação, não pode ser aplicado a corrente de 
ionização por ser galvânica e pode ocorrer queimadura.
3. B. Dentre as alternativas apresentadas, o ativo com maior presença de ação anti-inflamatória é o própolis.
4. E. Todo início de tratamento será com avaliação e limpeza de pele para, posteriormente, aplicar outro 
procedimento.
R
EF
ER
ÊN
C
IA
S
66
DAL GOBBO, P. Estética facial essencial: orientação para o profissional de estética. São Paulo: Athe-
neu Editora, 2010.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2009.
MOSER, I. Peeling: Como eu faço? 1. ed. Londrina: Midiograf II, 2018.
RIBEIRO, C. de J. Cosmetologia aplicada à dermoestética. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010.
3
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Envelhecimento 
Dr. Lilian Rosana dos Santos Moraes
Me. Lilian Lucy dos Santos
Nesta unidade, será abordado o envelhecimento e todos os fatores que ace-
leram esse processo, além de como podemos fazer para retardar isso que 
é tão complexo. Também vamos explorar as oportunidades que o mercado 
traz e que poderemos ofertar aos nossos pacientes/clientes que melhoram 
a qualidade de pele sem tratamentos agressivos, atuando em camadas de 
pele com uso de cosméticos de alta tecnologia, os quais possam retardar 
e neutralizar os efeitos do tempo.
68
UNICESUMAR
Você já teve a curiosidade de saber como é que a pele envelhece? 
Já parou para pensar sobre como essa alteração pode ser tratada, 
retardada ou amenizada em Estética e Cosmética Facial? Você sabe 
qual a importância dessa alteração na prática clínica?
O envelhecimento é uma das alterações que leva muitos pacien-
tes a procurar um consultório. Atualmente, homens e mulheres 
procuramamenizar as marcas deixadas pelo tempo.
Ainda, o envelhecimento é uma alteração que compromete todos 
os órgãos e os tecidos do corpo humano, dentre eles a pele, e que 
existe vários fatores que podem agravar ou preconizar essa alteração.
Agora que você já está habituado com o tema, proponho um 
exercício. Para melhorar a sua habilidade com as características da 
faces, sugiro que observe 4 pessoas de sua família ou que você tenha 
intimidade, sendo todas do mesmo sexo (feminino ou masculino), 
uma com 40 anos, outra com 50, com 60 e a última com 70, e anote, 
em seu Diário de Bordo, as diferenças que encontrou. Verifique as 
desigualdades encontradas, como manchas (melasma, efélides e 
hipomelanoses) flacidez, diminuição de gordura facial, verrugas, 
miliuns e outras que encontrar entre as idades cronológicas. Assim, 
você conseguirá entender como o processo do envelhecimento se 
apresenta e as mudanças visuais.
E aí, caro(a) estudante, percebeu quantas diferenças podemos 
verificar entre as idades devido ao envelhecimento? Consegue ver 
que além de alterações na pele, outras estruturas também se mo-
dificam com o passar do tempo? A diminuição de gordura facial, 
a flacidez da pele e a falta de homogeneidade da cor da cútis são 
diferenças notórias com o passar dos anos.
Sabemos que o envelhecimento é uma alteração muito procurada 
nas clínicas de Estética e está relacionada a alguns fatores impor-
tantes que alteram estruturalmente e funcionalmente a pele facial. 
Sendo assim, o estudo desta afecção apresenta como pontos-chave:
• Compreender a anatomia e fisiologia da pele.
• Compreender ativos que estimulam a produção de colágeno.
• Compreender ativos que retardam o processo do envelhe-
cimento, por exemplo os antioxidantes.
69
UNIDADE 3
A cada dois meses, predominantemente pelo canal de venda direta, em torno de 70% das mulheres com 
idade entre 30 e 39 anos adquirem produtos para tratamento de rugas, que são a maior preocupação 
estética. Esse setor cosmético movimenta milhões de dólares, e vem lançando novos produtos que 
prometem milagres, no entanto, uma vez instalados os sinais de envelhecimento, é impossível rever-
ter, ou pode-se, com certeza, conseguir melhoras, mas nenhum milagre, o que se pode fazer é utilizar 
produtos ainda no início do processo do envelhecimento para retardar e minimizar o aparecimento 
dos sinais típicos dessa fase da vida. 
Hoje, os formuladores têm, à sua disposição, uma infinidade de ativos com diferentes mecanismos 
de atuação para compor formulações direcionadas a peles envelhecidas, são dirigidos também aqueles 
que apresentam as primeiras manifestações do envelhecimento graças à constante busca do milagre. 
Os ativos cosméticos estão cada vez mais eficazes e o envelhecimento pode ser definido como um 
complexo e multifatorial processo influenciado pela genética, fatores ambientais e comportamentais 
que envolvem um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas inevitáveis que 
ocorrem progressivamente no organismo ao longo da vida. Essas alterações levam à perda gradativa 
das funções dos vários órgãos que formam o organismo humano, entre elas a pele, que aumenta a 
vulnerabilidade ao meio ambiente e diminui sua capacidade de homeostasia, além das indesejáveis 
alterações estéticas (RIBEIRO, 2009).
Conceito da beleza, atualmente em vigor, é procurado pela maioria das pessoas que apresentam 
a pele jovem, sem manchas e sem rugas, entretanto com o avanço da idade, a pele começa a sofrer 
alterações que modificam seus aspectos gradativamente, caracterizando o envelhecimento cutâneo. O 
envelhecimento facial tem mecanismos fisiológicos específico e acomete, visivelmente, a pele da face 
e as estruturas subjacentes, trazendo alterações estéticas e funcionais para imagem e para expressão 
facial. Em razão disso, além de ter cuidados com o corpo e com a saúde, algo que vem preocupando 
a população é o cuidado com a pele, principalmente buscando mantê-la jovem muito mais tempo e 
retardando ao máximo as marcas do envelhecimento (BORGES; SCORZA, 2016).
O envelhecimento é um processo sistêmico global que todo ser vivo está sujeito, acontece com o 
passar dos anos, tendo como consequência várias alterações que podem ser perceptíveis na pele, por 
ser um órgão notadamente mais extenso e representa o mais importante parâmetro indicativo do 
processo de envelhecimento (BORGES; SCORZA, 2016).
Essa alteração é definida como um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações 
morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e funcionais que colaboram para a perda gradual 
da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e, 
consequentemente, maior incidência aos processos patológicos, lembrando que a qualidade do en-
velhecimento está relacionada diretamente com a qualidade de vida a qual organismo foi submetido 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Envelhecimento cutâneo foi escrito também como sendo a perda da capacidade funcional e reser-
vas do organismo à mudança da resposta celular aos estímulos, a perda da capacidade de reparação e 
a predisposição a doenças. Atualmente, o envelhecimento é visto como um fenômeno multifatorial, 
em que os fatores fundamentais são de origem genética e ambiental, observa que o tecido conjuntivo 
atua como alicerce estrutural para epiderme e diversas mudanças na aparência externa refletem no 
estrato córneo (BORGES; SCORZA, 2016).
70
UNICESUMAR
A certeza do decréscimo das funções corporais e desestabiliza-
ção da homeostase, ou seja, do equilíbrio e do funcionamento do 
sistema, são inevitáveis, mas essas alterações apresentam grande 
variação de um indivíduo para o outro. O ritmo de mudanças nas 
funções orgânicas variam não só de órgão para órgão como também 
entre pessoas da mesma idade, fatos que fazem parte do processo 
de envelhecimento e justificam a impressão de abrir distintas for-
mas de envelhecer; apesar de um processo natural, cada indivíduo 
apresenta uma forma particular de demonstrar o envelhecimento, 
de acordo com a sua herança genética e com os hábitos adquiridos 
ao longo da vida (BORGES; SCORZA, 2016).
O processo de envelhecimento faz surgir sentimentos negativos, 
na maioria interpretados como perdas, de cansaço físico, fadiga, 
diminuição da força e falta de condicionamento físico; também se 
encontra relacionados aspectos biológicos e psicológicos, em que 
o principal aspecto biológico a ser abordado é a insuficiência hor-
monal para mulher, ou seja, a suspensão da menstruação que pode 
ser um marco evidente, mostrando que uma nova fase biológica 
se inicia. Os dispositivos, porém, devem ser ressaltados, pois, na 
maioria, todos os indivíduos que se encontram nessa fase da vida 
reforçam a ideia que a maturidade proporciona ganhos subjetivos 
que inclui conhecimento, segurança e enriquecimento interior, além 
da agregação de valores (RIBEIRO, 2010).
Os fenômenos fisiológicos, nessa fase, normalmente são irrever-
síveis e universais, portanto, não há meios de inverter as alterações 
fisiológicas do nosso corpo. Desde o nascimento da pele, que está 
submetida a esse processo, as células desempenham inúmeras fun-
ções e devem manter a membrana plasmática como uma barreira 
entre os meios externos e internos, além de armazenar informações 
do DNA e do núcleo e de manter a estrutura e as funções das dife-
rentes organelas intracelulares. As células sofrem muito estresse em 
decorrência de alterações em seus meios interno e externo, sendo 
necessário que sejam capazes de se adaptar a todos os estresses 
diários (DAL GOBBO, 2010).
Uma das respostas do estresse no interior das células é atrofia. 
Existem inúmeras etiologias: a redução da demanda funcional, 
redução da circulação sanguínea e interrupção de sinais tróficos, 
como ocorre na redução do nível hormonal e o envelhecimento 
propriamente dito, que levam a diversas atrofias que fazem parte 
do processo natural de envelhecimento. Segundo alguns autores, 
o processo de envelhecimentobiológico ocorre pelo ciclo de vida 
71
UNIDADE 3
humana, cerca de 100 anos, e não é alterado significativamente por um ambiente protegido. As alte-
rações funcionais e estruturais acompanham o envelhecimento e são evidenciadas por decréscimos 
na velocidade de condução nervosa e na redução geral de vitalidade, evidências a partir de diversos 
estudos científicos que apoiam uma noção de que uma associação de fatores ambientais e genéticos 
contribuem para o envelhecimento (DAL GOBBO, 2010).
A manifestação fisiológica do envelhecimento é a deterioração gradual da função e capacidade de 
resposta ao estresse ambiental, esta manifestação está relacionada tanto a uma redução no número 
total das células do organismo quanto ao funcionamento desordenado das muitas células, além das 
alterações bioquímicas e teciduais que ocorrem com o passar do tempo, como também visam a con-
servação da qualidade de vida (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Uma das mais recentes descobertas com relação ao envelhecimento é a proteína denominada es-
tomatina. Ela foi, primeiramente, detectada em uma cultura de fibroblastos que pararam de se dividir; 
essa proteína tem sido encontrada em outras células que não se dividem. Muitos autores estudiosos 
acreditam que a estomatina seja realmente a causa da parada da divisão celular, e se este é o caso, en-
tão, significa que o gene que controla sua produção pode influir no envelhecimento celular, além da 
degeneração de macromoléculas (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Após a terceira década de vida, inicia-se uma progressiva e contínua perda da massa muscular 
esquelética e a maior parte da perda é substituída por gordura, a quantidade de massa muscular per-
dida com o envelhecimento também depende da atividade física, sendo menor naquelas pessoas que 
mantêm o regime regular de condicionamento físico. 
Observa-se que, com o envelhecimento, a pele tende a se tornar delgada em alguns locais, enruga-
da a seca, também pode se apresentar escamosa, embora a espessura real da camada córnea não seja 
grandemente alterada, ela se torna mais permeável, permitindo a passagem mais rápida de substância 
através dela; com o envelhecimento, as fibras colágenas da derme se tornam mais grossas e as fibras 
elásticas perdem parte de sua elasticidade e há um decréscimo gradual da gordura depositada no tecido 
subcutâneo (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Uma pele que ficou expostas por muito tempo mostra alterações que são mais graves do que aque-
las que sofreram apenas o envelhecimento normal; somente na presença do envelhecimento, a pele se 
mostra mais marcada e aparecem as rugas, podendo desenvolver nódulos e tipos anormais de colágeno. 
O melanócito tende a se atrofiar com a idade, apresentando, frequentemente, os cabelos grisalhos e 
a pele manchada pela redução da produção de pigmento; em certas áreas, com o passar dos anos, os 
receptores sensitivos responsáveis pela percepção de dor, calor e pressão se tornam menos sensíveis 
e menos numerosos, e as glândulas sebáceas e sudoríparas diminui em número e função (GUIRRO, 
E.; GUIRRO, R., 2004).
Podemos caracterizar as alterações anátomo-fisiológicas do envelhecimento cutâneo pelos seguintes 
aspectos: diminuição da hidratação, palidez e menor elasticidade e extensibilidade cutânea, apareci-
mento e branqueamento dos pelos e rugas em formato de dobras gravitacionais, presença de ptose 
(diminuição do tônus muscular), distribuição irregular do panículo adiposo da face, demolição da 
renovação de queratinócitos para termorregulação da resistência imunológica e menor resistência da 
pele às agressões físicas e externas, além de pouco ou nenhuma elastose (BORGES; SCORZA, 2016).
72
UNICESUMAR
Em comparação de uma pele jovem com uma pele senil, percebe-se que a epiderme torna-se mais 
fina, sendo essa redução de 10 a 50% entre as idades de 30 a 80 anos. Em uma análise histológica, 
demonstra que o afinamento epidérmico da pele está relacionada à diminuição dos queratinócitos e a 
redução de melanócitos ativos e que presume diminuição da proteção contra os raios ultravioleta, além 
de uma acentuada diminuição da função das células de Langerhans, deixando a pele imunologicamente 
mais exposta. A interferência externa é outra função que entra em declínio com o envelhecimento 
cronológico, a absorção da vitamina D torna a epiderme com capacidade reduzida para proteção 
contra agentes externos e, principalmente, contra a radiação ultravioleta (BORGES; SCORZA, 2016).
Na epiderme com o envelhecimento, ocorre a diminuição do número de queratinócitos, afinamento 
da camada e também da taxa de proliferação das células, o interessante é que os corneócitos que for-
mam a camada córnea aumentam de tamanho e tornam-se menos aderentes uns aos outros; os lipídios 
intercelulares, principalmente a ceramidas, o colesterol e o ácido graxo, importante para a manutenção 
da função da barreira de pele, têm seus níveis reduzidos, provavelmente isso ocorre pela diminuição 
da capacidade de biossíntese de lipídios pelos queratinócitos e que torna a pele mais permeável por 
causa disso, mais suscetível à perda transepidérmica de água (RIBEIRO, 2010).
O número de melanócitos diminui na epiderme na proporção de 8 a 20% a cada década de vida e 
após os 30 anos, bem como número de melanossomas sintetizados; entretanto, em áreas expostas ao 
sol, os melanócitos se tornam ativos e responsáveis por manchas de hiperpigmentação, as células de 
Langerhans também se encontram diminuídas na epiderme e os corpúsculos de Meissner e Pacini 
têm sua função reduzida (RIBEIRO, 2010).
Na derme, as alterações principais responsáveis pela manifestação inestéticas ocorridas com o en-
velhecimento é a flacidez e as rugas, essas alterações têm lugar em vários pontos dessa camada. Com 
o envelhecimento, os fibroblastos da derme diminui número e alteram sua capacidade de biossíntese, 
diminuindo a produção de colágeno cerca de 1% ao ano e também da elastina, também ocorre dimi-
nuição de certas glicosaminoglicanos (RIBEIRO, 2010).
A derme apresenta uma diminuição de água que auxilia na manutenção da turgência cutânea e o 
colágeno se torna menos solúvel e compacto com formação de ligações cruzadas entre as macromo-
léculas. Além de uma perda de proteoglicanas importantes, observa-se a formação de uma proteína, 
a decorina, formada por um núcleo proteico e cadeias de glicosaminoglicanas, à base de sulfato de 
cromatina e dermatamo, elas ligam as moléculas de colágeno vizinhas na derme, auxiliando a esta-
bilizar as fibras, sendo importante para a manutenção do arranjo de colágeno na derme, lembrando 
que o tecido elástico na pele jovem possui grande elasticidade e insolubilidade, mesmo assim, começa 
a sofrer degradação que aumenta progressivamente com a idade (RIBEIRO, 2010).
Este processo degenerativo nas camadas da pele começa em torno dos 30 anos e se acentua após os 70 
anos, todas essas alterações diminui a capacidade de retenção de água pela derme e, consequentemente, 
reduzem o turgor, propiciando a formação de rugas. A pele perde, em média, 6% de sua espessura por 
década de vida, a rede de fibras elásticas se degeneram e a elastina que, no jovem tem conformação 
vertical no envelhecimento, é substituída por outras com direção horizontal.
73
UNIDADE 3
Além disso, com perda da elasticidade ainda na derme, ocorre 
um aumento da atividade das enzimas proteolíticas que degradam 
a matriz extracelular e aumentam a flacidez; outro fator importante 
ocorre na junção entre a derme e a epiderme, pois enquanto a pele 
é jovem, esse contato ocorre em forma de vilosidades; na pele senil, 
nota-se um aplainamento dessa região e as papilas desaparecem, 
dificultando a vascularização e nutrição da epiderme (RIBEIRO, 
2010).
Observa-se que, no processo do fotoenvelhecimento, ocorre 
maior dano ao tecido conjuntivo da derme devido à ação da radia-
ção ultravioleta. Sobre influência dessa radiação, é possível observar 
o aumento da síntese das fibras elásticasseu dispositivo 
móvel da página indicada e veja os recursos em Realidade Aumentada. Explore as 
ferramentas do App para saber das possibilidades de interação de cada objeto.
PODCAST: professores especialistas e convidados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM: uma dose extra de conhecimento é sempre 
bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode sobre o código, você terá 
acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido.
PENSANDO JUNTOS: ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar 
e transformar. Aproveite este momento!
EXPLORANDO IDEIAS: com este elemento, você terá a oportunidade de explorar 
termos e palavras-chave do assunto discutido, de forma mais objetiva.
EU INDICO: enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a 
discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
IMERSÃO
RECURSOS DE 
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
11
67
39
101
7
SISTEMA TEGUMENTAR: 
A PELE E SEUS ANEXOS
ESTÉTICA FACIAL
ENVELHECIMENTO 
ACNE
HIPERPIGMENTAÇÕES
1
3
2
4
PROVOCAÇÕES INICIAIS
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Já parou para pensar que a pele facial requer cuidados diários e que nem sempre sabemos como fazer 
isso? Muitas vezes, os problemas futuros apresentados surgem de peles maltratadas na adolescência.
É importante lembrar que a nossa pele é um órgão que recebe influência de vários fatores: genéticos, 
alimentares, regionais e, inclusive, de nosso estilo de vida. A pele, em si, é um espelho do cuidado e 
dedicação (ou a falta destes) que temos para com ela. Isso significa que as peles, quando tratadas 
desde jovem, apresentam um envelhecimento mais tardio e menos alterações de difíceis tratamentos. 
Flacidez, poros dilatados, manchas e rugas, por exemplo, é o que todos nós buscamos adiar por meio 
de tratamentos, home care e cuidados clínicos, não é mesmo? 
Clinicamente falando, o que podemos aprender com isso? Uma pele saudável depende não só de pro-
dutos caros ou de bons tratamentos clínicos. É necessária dedicação para que os melhores resultados 
sejam alcançados a longo prazo.
Caro(a) aluno(a), esta necessidade de cuidados básicos e diários não é desculpa para que, desenfrea-
damente, sigamos receitas malucas de hidratação, limpeza de pele etc., as quais prometem resultados 
que, muitas vezes, nem mesmo com tratamentos clínicos poderiam ser alcançados.
Sugiro que você faça o seguinte experimento, caro(a) aluno(a). Siga este cronograma diário de limpeza, 
hidratação e proteção facial. Você pode fazer de sua casa, com produtos acessíveis, que você prova-
velmente já tenha.
A intenção é que você, depois dos sete dias de cuidados com a pele, verifique quais foram os pontos de me-
lhora, se houve pontos de melhora etc. Tenho certeza de que sua pele apresentará uma grande diferença.
DIAS DA 
SEMANA
 LIMPEZA/HI-
GIENIZAÇÃO AO 
ACORDAR E AO 
DORMIR
ESFOLIAÇÃO 1 
DIA DA SEMANA 
À NOITE
HIDRATAÇÃO 
NOITE, DEPOIS 
DA LIMPEZA
PROTEÇÃO 2 A 3 X AO 
DIA APÓS HIGIENIZAR 
DE MANHÃ, APÓS O 
ALMOÇO E ÀS 16H00
SEGUNDA-FEIRA Sabonete líquido 
glicerinado
Fubá e mel so-
mente uma vez na 
semana
Hidratante neutro 
com base cremosa Protetor solar 
TERÇA-FEIRA Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
QUARTA-FEIRA Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
QUINTA-FEIRA Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
SEXTA-FEIRA Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
SÁBADO Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
DOMINGO Sabonete líquido 
glicerinado Hidratante neutro com base cremosa Protetor solar
Fonte: as autoras.
ESTÉTICA FACIAL
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Diante do experimento proposto, observe se sua pele obteve alguma mudança após esses sete dias de 
aplicação. Ademais, verifique se algum dos produtos aplicados apresentou alguma alteração em sua pele.
Se a sua pele, antes desse experimento, apresentava falta de viço, luminosidade e pequenas descama-
ções, isso significa que ela estava necessitando de uma hidratação. O primeiro passo é saber qual o seu 
fototipo de pele, pois, assim, você conseguirá entender qual hidratante apresenta os princípios ativos 
que se tornarão um aliado desse órgão. 
Se, por algum momento, você ainda ficou em dúvida do nível de hidratação, é possível fazer um teste: 
pegue o seu polegar e o indicador, com o objetivo de apertar um determinado ponto de sua pele por 
alguns segundos. A intenção é de que esse “aperto” faça um risco no meio dela. Depois, solte-a e obser-
ve a área apertada. Se o risco permanecer, significa que ela está ressecada, caso contrário, a sua pele 
tem a hidratação mínima e necessária para sobreviver ao dia a dia, levando em conta a poluição, fatores 
genéticos e sua alimentação, por exemplo. 
Até agora, falamos sobre o autocuidado, o home care e o cronograma caseiro, mas como lidar com tudo 
isso dentro de nossas clínicas, enquanto profissionais? Qual o melhor protocolo de tratamento para cada 
caso? Como saber diferenciar os fototipos de pele? E as espinhas? Como lidar?
Para tudo isso, existe o estudo da Estética Facial, que tem, como objetivo, preparar você para todas as 
alterações de pele, como acnes, envelhecimento, manchas etc., e os desafios do dia a dia de um Esteticista.
Para você, caro(a) aluno(a), que será um Profissional de Estética Facial, este estudo será importante para 
o seu crescimento, visto que a procura por uma pele saudável, hoje em dia, é de grande valia no mercado 
de trabalho.
Cada vez mais, as pessoas procuram por peles jovens e sem grandes alterações. Nós podemos notar isso 
olhando para o quanto o mercado do home care tem crescido, por exemplo, só observando o número 
de acessos que as famosas blogueiras, as quais trabalham com esta temática, recebem.
Então, quero te fazer um convite: vamos, juntos(as), mergulhar nesse universo da Estética Facial? Você 
está pronto para este desafio? Pois eu estou prontíssima e tenho certeza de que esta disciplina será um 
divisor de águas em sua vida acadêmica.
Bons estudos!
ESTÉTICA FACIAL
1
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Sistema Tegumentar: 
a Pele e seus Anexos
Dr. Lilian Rosana dos Santos Moraes
Me. Lilian Lucy dos Santos
Nesta unidade, você terá a oportunidade de compreender o conceito básico 
do sistema tegumentar e suas divisões, como também toda a parte biológica 
que o envolve. A partir daí, falaremos sobre a pele em si, suas camadas, 
os seus biotipos, a classificação e suas características. Além do mais, você 
aprenderá as principais formas de permeação cutânea, hidratação e seus 
facilitadores, bem como os fatores que influenciam na hidratação cutânea, 
além da atuação do profissional Tecnólogo em Estética e Cosmética nesse 
sistema, especialmente em pele.
12
UNICESUMAR
Imagine uma garota, que se chama Mariana, com 13 anos de ida-
de, que acabou de iniciar a pré-adolescência. Com o aumento da 
vaidade e da própria idade, a menina começa a passar os cremes de 
rosto de sua mãe, que tem 44 anos, para diminuir algumas acnes da 
região da testa que estão incomodando. Após duas semanas, a garota 
percebe que, em vez de suas acnes diminuírem, elas aumentaram e 
sua pele ficou muito oleosa. Assim, Mariana chega para a sua mãe 
e conta que estava usando os seus cosméticos e pergunta se isso 
poderia ser a causa da piora do seu rosto. Sua mãe, como não é da 
área da saúde, leva a menina em uma clínica de estética para fazer 
uma limpeza de pele. Ao chegarem na clínica, a Tecnóloga em Es-
tética e Cosmética explica para ambas sobre os tipos de pele e que 
os produtos passados no rosto devem ser indicados de acordo com 
as características de cada face e idade.
Diante disso,anormais, fazendo com 
que a elastina se apresente espessa, emaranhada, degradada e, fi-
nalmente, degenerada, formando uma massa amorfa que acumula 
na derme, resultando em elastose. 
A elastose promove a perda de colágeno maduro tipo I, com 
substituição por fibras reticulares e aumento de proteoglicanos 
e glicosaminoglicanos; os fibroblastos sobre a ação da radiação 
ultravioleta aumentam a síntese de enzimas proteolíticas metalo-
proteinases, que podem degradar o colágeno, a elastina e vários 
proteoglicanos; a perda do colágeno concomitante com o aumento 
de tecido elástico pobremente funcional pode resultar em uma pele 
com aparência amarelada, inelástica e coriácea (RIBEIRO, 2010).
O envelhecimento geneticamente programado envolve a forma-
ção e manutenção dos telômeros, que são estruturas constituídas 
por fileiras de proteínas e DNA que funcionam como protetor para 
os cromossomos, assegurando que a informação genética DNA re-
levante seja perfeitamente copiada quando a célula se duplica. Cada 
vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados, 
essas estruturas estão envolvidas em diversas funções biológicas 
essenciais, entre elas a de proteger os cromossomos de recombi-
nações nas sequências finais com outros cromossomos, reconhe-
cer danos no DNA e estabelecer mecanismos para replicação dos 
cromossomos, contribui na organização funcional cromossômica 
no interior do núcleo, participar na regulação da expressão ação 
genética e serve a maquinaria celular como um relógio que controla 
a capacidade replicativa de células humanas, principalmente as da 
pele (BORGES; SCORZA, 2016).
74
UNICESUMAR
A ligação dos telômeros ao envelhecimento ocorre, pois, como os telômeros não se regeneram, 
chega um ponto em que diminui tanto após a divisão celular, não permitindo a correta replicação 
dos cromossomos, sendo assim, a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão, 
desencadeando o processo de envelhecimento celular. Um dos grandes desencadeadores desse processo 
é a presença de radicais livres (BORGES; SCORZA, 2016).
Histologicamente, ocorre uma redução dos componentes da derme e as principais do tecido são a 
diminuição do tecido elástico e do colágeno, além de sua degeneração, o tecido se apresenta basófilo 
e granular. Na elastose existe uma tendência a desorganização celular epidérmica, menor número de 
células em cada camada e descontinuidade da camada granulosa na derme, além de uma diminuição 
das fibras colágenas e perda da clássica estriação longitudinal, perda de moléculas de água e redução 
da substância fundamental, desta forma, o tecido elástico se torna-se inelástico por torção e fragmen-
tação, e as glândulas apresentam diminuição de sua secreção. Assim como as glândulas sudoríparas, 
a vascularização se apresenta com discreta esclerose dos vasos com diminuição capilares (BORGES; 
SCORZA, 2016).
As fibras elásticas e as colágenas demonstram deterioração com a idade, e uma redução progressiva 
das fibras elásticas resulta numa pele que, quando esticada, não retorna a forma natural, e o componente 
colágeno também alterado se apresenta reduzido na pele envelhecida (BORGES; SCORZA, 2016).
A camada hipodérmica, formada por células de gordura abaixo da derme, inicia um processo 
de atrofia que contribui para a formação das rugas. Essa redução ocorre, principalmente, em áreas 
localizadas do corpo, como face, perna, mãos e pés, somando a perda de tecido adiposo, a redução da 
massa muscular e a formação de flacidez são muito grandes (RIBEIRO, 2010).
Quanto à irrigação da pele, no envelhecimento orgânico precoce, 
é uma constante preocupação do ser humano, uma vez que provoca 
diversas alterações fisiológicas no organismo, entre essas modifi-
cações podemos citar: a redução da circulação veno-linfática com 
reflexos no transporte de nutrientes e oxigênio; a diminuição do 
processo de eliminação de excretas celulares teciduais e as alterações 
do tecido muscular que acabam levando atrofia dos músculos por 
falta de exercícios físicos; as alterações no metabolismo que podem 
surgir de maus hábitos alimentares, podendo ser oriundos do tipo 
de profissão ou os hábitos adquiridos ao longo da vida; o apareci-
mento de sulcos ou linhas de expressão que são as rugas dinâmicas 
decorrentes de movimentos repetidos dos músculos de expressão 
facial; a exacerbação muscular que promove a 
fadiga das estruturas da pele em decorrência 
da repetição de movimentos faciais e mímicas 
e a influência do meio ambiente como exposi-
ção aos raios solares, à poluição, ao vento e ao 
frio excessivo, que podem levar o organismo ao 
envelhecimento precoce (DAL GOBBO, 2010).
75
UNIDADE 3
As alterações na microcirculação sanguínea é avascular e recebe todo oxigênio como nutrição a 
partir da circulação sanguínea da derme que, com o envelhecimento, estará comprometida devido às 
alterações funcionais e morfológicas dos vasos sanguíneos arteriolares. No envelhecimento, observa-se a 
diminuição e perda do arranjo regular dos capilares na região da papila dérmica, que é responsável pelas 
trocas nutricionais, os vasos ficam alongados, tortuosos, desorganizados e, frequentemente, relatados 
a diminuição do espessamento das paredes das vênulas pós capilares e da vascularização da derme. 
Desta forma, observa um aumento da palidez e redução de temperatura, além de ocorrer progres-
siva perda do suporte estrutural dos vasos, o que pode aumentar o aspecto roxo da pele, observado 
no envelhecimento, também ocorre uma dilatação dos canais linfáticos (RIBEIRO, 2010).
Com o envelhecimento, ocorre a redução na vascularização capilar e pequena esclerose dos vasos, 
as glândulas diminui sua capacidade de secretar, isso ocorre tanto com as glândulas sebáceas como 
com as glândulas sudoríparas, fazendo com que o manto hidrolipidico se desestruture com forte 
tendência ao ressecamento; por conta desse ressecamento é que os cosméticos para pele madura têm 
maior grau de oleosidade em sua base (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004). 
A vascularização facial é realizada pelos ramos da artéria externa, principalmente pelas artérias facial, 
temporal, superficial e maxilar interna, e a inervação dos músculos da mímica é feita pelo nervo facial 
e o nervo trigêmeo, que é responsável pela inervação motora dos músculos da mastigação e sensação 
de toda a face (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Vários são os fatores responsáveis pela patogênese do envelhecimento, em que se verifica a perda 
progressiva tanto da elasticidade quanto a degeneração das fibras do conjuntivo. Outro fator seria 
a espessura da pele, além da sua aderência aos planos mais profundos, existe uma associação e uma 
atrofia progressiva dos tecidos gorduroso muscular e ósseo (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Continuando a análise estrutural da anatomia da pele no envelhecimento, não podemos deixar de 
explicar como ficará seus anexos nesse processo, eles também sofrem alterações significativas, a glân-
dula sebácea em quantidade fica pouco alterada, porém seu conteúdo fica completamente diminuído, 
mesmo estando com todas as características hiperplásicas que apresentou no processo da adolescência, 
isso devido às alterações hormonais sofridas. Observa-se queda de 23% de secreção sebácea por década 
no homem e de 32% na mulher, no jovem há uma relação direta entre o tamanho da glândula sebácea 
e a secreção no adulto; começa, então, a ocorrer um paradoxo, o aumento do tamanho da glândula 
sebácea não tem como contrapartida o momento da sua secreção (RIBEIRO, 2010).
As glândulas sudoríparas diminui em número e a quantidade de suor secretado, e as respostas a 
estímulos hormonais nas glândulas apócrinas diminui a secreção (RIBEIRO, 2010). Os pelos, em geral, 
e o cabelo apresentam uma progressiva redução da densidade folicular capilar por centímetro quadrado 
de pele; na face e no couro cabeludo, o diâmetro do fio é geralmente reduzido, mas na orelha, nariz e 
sobrancelhados homens e no queixo das mulheres, os fios têm um diâmetro aumentado. Os melanócitos 
se encontram diminuídos ou ausentes no folículo capilar, aparecendo os cabelos brancos já ao redor 
dos 35 anos para raça branca, aos 45 para os amarelos e após os 55 para pele negra (RIBEIRO, 2010)
Nas unhas, o leito geralmente afina e a superfície se torna mais enrugada, com a diminuição do 
brilho, também diminui e reduz a velocidade de crescimento, somado a isso, observa-se a alteração da 
cor e do contorno, tornam-se mais quebradiças, opacas com estriações longitudinais e mais suscetíveis 
a infecções (RIBEIRO, 2010).
76
UNICESUMAR
Na terceira idade, a pele e o metabolismo se modificam, nossa pele sofre involução cutânea, redu-
zindo a elasticidade, diminuindo o número de fibroblastos, além da desorganização da síntese de 
colágeno e das fibras elásticas. A pele sofre mudança na coloração, tornando-se pálida, assim o aspecto 
viçoso da cútis é reduzido em consequência da diminuição da atividade das glândulas sudoríparas e 
sebáceas no sistema circulatório e linfático, apresentando um retardo no processo de drenagem veno-
-linfática com a formação de telas (DAL GOBBO, 2010).
Após toda essa avaliação quanto à estrutura da pele no processo do envelhecimento, esta unidade 
tem como objetivo evidenciar os danos provocados apenas por fatores genéticos intrínsecos e por 
fatores ambientais extrínsecos; desta forma, esclarecer a fisiopatologia do envelhecimento cutâneo e 
fornecer subsídios para que os leitores reúnam informações para uma atuação eficaz aos procedimentos 
estéticos (BORGES; SCORZA, 2016).
A classificação do envelhecimento cutâneo se manifesta a partir dos 30 anos e pode ser classificado 
dependendo dos pontos de vista dos autores, as mais usuais em estética são: o envelhecimento intrínseco 
que é chamado de cronológico, e o extrínseco, que está relacionado às alterações cutâneas provocadas 
pelo fotoenvelhecimento, essa classificação é popularmente conhecida como envelhecimento pelo sol, 
contudo outros fatores ambientais ou comportamentais podem interferir no processo do envelheci-
mento extrínseco, tais como poluição do ar, abuso do álcool, má nutrição e cigarro (RIBEIRO, 2010).
77
UNIDADE 3
Teorias tentam explicar o complexo processo 
de envelhecimento, a primeira denominada en-
velhecimento intrínseco é a determinada pela 
genética e pelo tempo cronológico, acontece uma 
mudança gradual na estrutura do tipo físico. A 
segunda teoria, denominada envelhecimento 
extrínseco, defende que o envelhecimento de-
corre da exposição repetida e excessiva, além de 
influências do meio ambiente (BORGES; SCOR-
ZA, 2016).
O envelhecimento intrínseco ocorre por fato-
res genéticos hereditários, o indivíduo não con-
segue controlar, ou seja, trata-se da modificação 
estrutural e funcional das células em razão da pas-
sagem do tempo, também pode ser chamado de 
envelhecimento cronológico, as células envelhe-
cidas têm uma capacidade diminuída de captação 
de nutrientes, de replicação e de reparo de lesões 
(DAL GOBBO, 2010).
Na classificação do envelhecimento intrínseco, 
as alterações que determinam envelhecimento facial 
não são, obrigatoriamente, de origem cronológica, 
os fatores como hereditariedade, tipo de pele, doenças e hábitos diários apresentam grande influência no 
desgaste natural do corpo no também. A degeneração e a diminuição da síntese das fibras colágenas, elásticas 
e reticulares promovem o espaçamento das fibras colágenas existentes, e as fibras remanescentes diminuem 
a defesa antioxidante e imunológica da pele, além disso, ocorre o adelgaçamento da pele, tornando-se mais 
permeável, ressecada e marcada por rugas (BORGES; SCORZA, 2016).
O envelhecimento intrínseco é aquele que todos os indivíduos são suscetíveis e que aparecem nas 
áreas de pele protegidas ou não do sol , ocorre lentamente com o tempo e é determinado pela genéti-
ca; em geral, a pele se apresenta sem manchas suave, mostrando leve atrofia e perda da elasticidade, 
frequentemente transparente, frágil e com rugas finas (RIBEIRO, 2010).
Na classificação do envelhecimento extrínseco, a pele, diferentemente dos outros órgãos, não 
envelhece harmoniosamente, pois a exposição e as mudanças do ambiente externo torna o processo 
de envelhecimento mais rápido e maior nas áreas expostas, chamado envelhecimento precoce. Essa 
classificação está relacionada com a inevitável passagem do tempo e as condições que surgem ao 
longo da vida, provocadas, principalmente, por fatores externos que se sobrepõe ao envelhecimento 
intrínseco (BORGES; SCORZA, 2016).
O extrínseco é ocasionado pelo sol, ou seja, o fotoenvelhecimento, e é visto em áreas expostas cronicamente 
às radiações ultravioleta, possui características únicas e distintas do envelhecimento normal, as rugas são 
mais profundas e a pele apresenta manchas escuras, que é chamada de lentigo actínico ou hipopigmentação. 
Inicialmente, a pele se torna espessa, mas eventualmente pode apresentar atrófica (RIBEIRO, 2010).
78
UNICESUMAR
Nessa classificação, os danos causados pelo sol são acumulativos, ocorrem nas primeiras décadas 
de vida, observa-se que os danos causados na adolescência se acumulam e se manifesta no futuro, 
o fotoenvelhecimento se sobrepõe ao envelhecimento intrínseco, consequentemente as alterações 
notadas nas áreas expostas, como face e pescoço, são mais intensas, já que ocorre a somatória dos 
envelhecimentos, mais de 85% das rugas são devidos à exposição ao sol (RIBEIRO, 2010).
O fotoenvelhecimento cutâneo ou envelhecimento extrínseco se trata de alterações cutâneas de-
correntes da exposição excessiva e prolongada à radiação ultravioleta, a duração e intensidade da 
exposição solar, bem como a cor da pele e sua capacidade de bronzear são fatores determinantes no 
processo do fotoenvelhecimento; dessa maneira, quanto maior intensidade e a duração da exposição 
solar em peles claras e difíceis de bronzear, maior será o dano causado. 
Os efeitos da radiação solar na pele se dividem em: agudos, que são queimaduras e fotossensibili-
zação, efeitos crônicos, apresentando neoplasia e redução de imunidade; os tipos de radiação solar são 
UVA, UVB e UVC. A radiação é responsável pela pigmentação da pele e está diretamente relacionada 
ao processo de fotoenvelhecimento (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
A radiação ultravioleta B, por sua vez, é responsável pela produção de efeitos eritematoso, que são 
as queimaduras, e está relacionada ao câncer de pele, sua prevenção compreende a mais importante 
medida contra o fotoenvelhecimento, portanto, o uso diário de filtro, vestimenta adequada e exposição 
solar durante os horários adequados minimizam os efeitos nocivos das radiações solares, além de que 
a classificação de fototipos cutâneos é utilizada como indicador do fator de proteção solar (FPS), e 
para a escolha de tratamento despigmentante, a Fitzpatrick é a classificação mais utilizada pelas áreas 
de dermatologia e estética (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Outros autores classificam o envelhecimento como: Histológico (relacionado ao estado anatômico 
das células); Fisiológico (relacionado ao envelhecimento dos órgãos); e Aparente (relacionado ao estado 
geral de conservação da pele (RIBEIRO, 2010).
Outra forma apresentada por alguns autores é a classificação apresentada por Glasgow por meio 
de um quadro.
Quadro 1 - Classificação do Envelhecimento
Grau 1
Presença de rítides perioculares
Ausência de discromias
Sulcos ausentes ou insinuados
Grau 2
Presença de rugas dinâmicas
Possibilidade de discromias leves
Sulcos insinuados ou de pequena intensidade
Grau 3
Presença de rugas estáticas
Presença de discromias
Sulcos marcados
Grau 4
Presença de rugas estáticas e gravitacionais
Presença de discromias
Sulcos muito marcados, com flacidez de pele associada
Fonte: adaptado de Glogau et al. (1996).
79
UNIDADE 3
Ao entendermos as teorias voltadas para o envelhecimento, muitas serão propostas, porémnem 
todas são aceitas. Os radicais livres são átomos ou moléculas com elétrons não pareados, ou seja, falta 
em sua estrutura química um elétron despareado, por esse motivo, os radicais atacam outras moléculas 
para roubar elétrons e, assim, tornarem-se estáveis (BORGES; SCORZA, 2016).
Um radical livre, ao reagir com uma molécula normal, imediatamente dispara uma reação em cadeia, 
formando um número sem fim de radicais livres, que só termina quando a extremidade do radical 
livre, que contém o elétron desemparelhado, forma ligação covalente com elétron desemparelhado de 
outro radical livre, assim se os radicais primários produzidos não forem desativados imediatamente 
por enzimas ou moléculas antioxidantes podem provocar danos nas macromoléculas biológicas 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Os danos induzidos pelos radicais livres podem afetar muitas moléculas biológicas, incluindo as 
organelas e os componentes celulares. Destacam-se as proteínas e os ácidos nucleicos, as moléculas 
componentes do citosol, os lipídios da membrana celular, os carboidratos e as vitaminas presentes 
nos alimentos dentre os componentes do meio extracelular tecidual, que são facilmente vítimas dos 
radicais livres, destacam-se, desta forma o colágeno e o ácido hialurônico (BORGES; SCORZA, 2016).
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Na teoria do desgaste, a máquina representada pelo organismo se “desgasta” com o uso, como qual-
quer outra máquina durante o longo processo do tempo de vida, ou seja, as várias peças da “maqui-
naria animal”, que são os órgãos e os sistemas, são solicitadas repetidas vezes para fornecer prestações 
acima das habituais, tendo que apelar para sua capacidade de adaptação, assim gera hipertrofia e 
hiperplasia, que pode causar lesões; uma vez não reparados completamente, esses episódios podem 
deixar resquícios que se somam e não mais permitem o funcionamento completo dos mecanismos 
homeostáticos (BORGES; SCORZA, 2016).
Conforme as teoria do envelhecimento, a soma de tanto os pequenos gastos de vários componentes 
do organismo, faz com que o organismo não permita ajuste completo de várias peças, impedindo 
não somente qualquer adaptação interior, como também provocando o nivelamento para baixo de 
suas operações básicas, que levaria ao envelhecimento, este episódio fica conhecido como síndrome 
autoimune (BORGES; SCORZA, 2016).
Você sabe quais são os fatores que influenciam o envelhecimento? Os mais importantes são 
o sol e a formação de radicais livres.
Cosméticos que poderão ser incluídos na sua rotina como terapeuta e repassados a home 
care, diminui esses efeitos que aceleram o envelhecimento.
A teoria dos radicais livres e as espécies reativas de oxigênio são compostos formados no organismo 
a partir de reações bioquímicas, sendo uma das teorias mais exploradas, pois, com o avanço da idade, 
pode ocorrer o aumento dessas moléculas paralelamente a uma diminuição da capacidade antioxidante 
natural do organismo. Sabemos que, em quantidades excessivas, desses compostos podem reagir com 
os lipídios de membranas celulares e proteínas, inclusive enzimas e DNA, contribuindo para o desen-
volvimento de certas alterações cutâneas, possivelmente usando de canais livres ao atacar proteínas 
do tecido conjuntivo que induzem a fibrose e esclerose, por exemplo (RIBEIRO, 2010).
A teoria do relógio biológico foi um dos primeiros conceitos emitidos para explicar o fenômeno do 
envelhecimento, afirmando que o organismo possui um relógio que determinaria quando se iniciaria 
envelhecimento e marcaria as datas em que suas características seriam mais visíveis. Seus defensores 
concluíram recentemente que o controle se faria em nível hormonal, como centro regulador situado 
no cérebro. Acredita-se, simultaneamente, que estaria localizado no nível dos ácidos nucleicos DNA 
e RNA, encarregado de transmissão do código genético e síntese proteica, muitos conceitos ainda 
necessitam de consolidação definitiva dessa teoria, por exemplo a identificação e a localização exata 
desse relógio biológico (RIBEIRO, 2010).
A teoria da multiplicação celular foi exposta em livros de biologia e defende a tese de que todas 
as células do organismo, exceto cerebrais, possuem uma capacidade intrínseca de se multiplicar. Por 
meio de estudos de laboratório demonstrando uma capacidade reprodutiva finita de fibroblastos hu-
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UNIDADE 3
manos in vitro, autores determinam que a capacidade de multiplicação vai diminuindo com o passar 
do tempo até a sua parada total, sendo assim, o envelhecimento é uma consequência dos desgastes das 
células no seu processo fisiológico de multiplicação. Observamos que essa teoria tem perdido espaço 
no âmbito científico, já que sua explicação determina mais uma consequência do envelhecimento do 
que sua causa, pois são desconhecidos os mecanismos que determinam a diminuição da capacidade 
de multiplicação das células (RIBEIRO, 2010).
 A Teoria das reações cruzadas é o princípio molecular em que se afirma que o organismo humano 
é formado por trilhões de moléculas definidas, cujo equilíbrio é determinado pela conservação da 
normalidade; porém, por reações cruzadas, essas moléculas perdem suas características, produzindo 
reações titulares, ou seja, alterações que condicionam a apresentar o processo de envelhecimento.
Segundo os autores, no organismo humano existem centenas de agentes produtores de reações 
cruzadas, uma parte de origem exógena, como poluição, fumo, estresse, água e radiações, e outras 
endógenas, como aldeídos, radicais lipídicos e os superóxidos, sendo colágeno o elemento de maior 
abundância no organismo que seria o alvo das reações cruzadas (RIBEIRO, 2010).
A teoria do envelhecimento baseada em radicais livres é justificada pela ação e, até o momento, 
é mais viável e digna de credibilidade de entre todas as apresentadas, sendo a que melhor explica os 
fatos reais, pois os radicais livres já são conhecidos desde o século passado pelos conceitos emitidos 
por autores, sem referir-se diretamente a eles quando foi demonstrado que o oxigênio, em altas con-
centrações, poderia ser tóxico para vários tecidos, entre eles o cérebro, coração e pulmão. 
Recentemente, estudos demonstraram a participação dos radicais livres no envelhecimento celular e 
sugeriram que as modificações químicas da membrana mitocondrial, condicionadas pela participação 
dos radicais livres, são peças-chave importantes para explicar. O processo que apresenta radicais livres 
apresentou alterações representadas por redução da eficiência da cadeia respiratória, automaticamente 
as de energia, assim como por produção de compostos, como mono aldeído que, ao reagir e combinar 
com a mitocôndria, determina a inibição das divisões mitocondriais, todos esses parâmetros estão 
ligados ao processo de envelhecimento (RIBEIRO, 2010).
Essa teoria foi estudada experimentalmente em animais de laboratório, em que se pode constatar 
que a maioria da sobrevida dos animais suplementados apresentou diminuição de peróxido mitocon-
driais, apresentando acúmulo de alterações oxidativas nas moléculas de longa vida, como colágeno 
e elastina, e material cromossômico, destruição de mucopolissacarídeos pela degradação oxidativa 
e acúmulo de resíduos metabólicos inertes pela oxidação polimerizante, reações essas que envolve 
lipídios, particularmente os poliinsaturadas e proteínas que promovem mudanças na integridade da 
membrana celular e fibrose (RIBEIRO, 2010).
Além de todos as teorias que são propostas ao estudarmos sobre o envelhecimento, existem também 
os fatores relacionados a essa afecção, como a radiação ultravioleta, radicais livres, temperatura, tabaco, 
poluição, genética e cor da pele que podem contribuir para o processo de envelhecimento. Para um 
tratamento estético de qualidade e que apresente resultados satisfatórios, é necessário compreender 
as alterações funcionais e estruturais que o envelhecimento acarreta para a pele (BORGES; SCORZA, 
2016).
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A pele constantemente expostaa radiações ultravioletas e radiações ionizantes, ozônio e poluentes 
ambientais pode aumentar o estresse oxidativo, levando um processo degenerativo mais precoce, 
assim o envelhecimento extrínseco ocorre principalmente pela exposição contínua e excessiva à 
radiação solar, sendo denominado fotoenvelhecimento. A radiação ultravioleta apresenta o espectro 
eletromagnético emitido pelo sol e compreende os comprimentos de onda de 100 a 400 nanômetro. 
Ela é dividida em três faixas levando-se em consideração suas características de propagação efeitos 
fisiológicos (BORGES; SCORZA, 2016).
A radiação UVA, de 320 a 400 nanômetros, é de penetração mais profunda, atingindo tecidos 
dérmicos e danificando queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme ao viajarem diretamente 
com a geração de radicais livres (BORGES; SCORZA, 2016).
A radiação atua na ativação de fatores envolvidos na mutação do DNA, e é frequentemente a radiação 
UV que causa eritema. Dependendo da pele e da intensidade da radiação recebida, o eritema causado 
é mínimo quando comparado ao UVB, em que sua capacidade induzir eritema na pele humana é de, 
aproximadamente, 1000 vezes menor, pois penetra mais profundamente na derme, induz pigmenta-
ção da pele, promovendo bronzeamento por meio da estimulação da melanina; é mais abundante e 
compreende 95% da radiação contra 5% da UVB, sendo uma radiação emitida desde o momento do 
nascer do Sol até o seu desaparecimento. Histologicamente, causa danos ao sistema vascular periférico, 
induz o câncer de pele, sempre dependendo do tipo de pele da frequência e da intensidade de exposição 
(BORGES; SCORZA, 2016).
A exposição aos raios UVA desencadeia dois fatores: um está diretamente relacionado ao fotoen-
velhecimento, outro à indução de produção de metaloproteinases da matriz, que são responsáveis pela 
degradação do colágeno e, geneticamente, indução ao aparecimento de câncer. A radiação UVB possui 
alta energia, tem penetração mais superficial e com grande frequência ocasiona queimaduras solares, 
também induz o bronzeamento da pele e é responsável pelo envelhecimento precoce. Essa exposição 
causa lesão no DNA, além de reduzir a resposta imunológica da pele, dessa forma, além de aumentar o 
risco de mutações letais que se manifestam em forma de câncer, sua atividade reduz a chance de uma 
célula maligna ser reconhecida e destruída pelo organismo (BORGES; SCORZA, 2016).
É importante lembrar-se dos aspectos importantes nesse processo, como alguns fatores que 
aceleram o envelhecimento da pele, como o sol (radiação), e promover formas de tratamento 
que possam vir a evitar essa radiação direta, por exemplo, a utilização de filtro solar. Isso 
será de grande valia para orientar o seu paciente como primeiro integrante na sua lista de 
orientação de home care.
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UNIDADE 3
A epiderme é o primeiro sistema de defesa cuja finalidade é absorver a maior parte dos raios ultravio-
letas, principalmente o UVB, impedindo que alcancem as camadas mais profundas da pele, em que 
poderiam provocar efeitos danosos e irreversíveis, ela sofre um espaçamento de 24 a 36 horas após 
sua exposição à radiação solar. Nosso segundo sistema de defesa da pele é o suor, formado pelo ácido 
urocânico, possui uma alta absorção de UVB, porém sua atuação é transitória por causa da evaporação 
da água e da perda de suor na superfície da pele. O terceiro mecanismo de defesa da pele é a melanina, 
suas ações fotoprotetoras se faz por meio da absorção da radiação ultravioleta e da sua conversão em 
calor, que também realiza um bloqueio físico (BORGES; SCORZA, 2016).
O sol degenera fibras elásticas e colágenas, tornando a pele flácida, desvitalizada, com a permea-
bilidade de membrana celular alterada, tornando ineficiente absorção de água e nutrientes, deixando 
a pele com aspecto ressecado e com coloração ligeiramente amarelada, sua resposta imunológica 
diminui,, assim, a utilização diária de produtos contendo filtro solar é de fundamental importância, 
pois previne e/ou reduz os riscos nocivos da radiação solar na pele. A partir de todos esses danos 
ocasionados pelo sol, em 1975, o médico americano Thomas Fitzpatrick, da escola de medicina de 
Harvard, criou uma classificação para os tipos de pele, que está baseada na cor da pele e a sua reação 
à exposição solar (BORGES; SCORZA, 2016).
Além do fotoenvelhecimento, podemos destacar outros fatores do envelhecimento extrínseco, 
como estresse ambiental, calor, frio e poluição, e as condições físicas individuais e nutricionais, como 
doenças associadas às condições psicológicas e os hábitos de vida de cada indivíduo. Além disso, outro 
fator de grande relevância no processo de envelhecimento da pele seria o tabagismo, grandes estudos 
mostram que o fumo possui mais de 4.000 substâncias nocivas, diminui a vascularização dos tecidos, 
diminui a síntese de fibras elásticas e de colágeno, além de estimular leucócitos, causando a liberação 
de radicais livres e aumentando o grau de envelhecimento (BORGES; SCORZA, 2016).
Sabe-se que o envelhecimento cutâneo resulta da sucessão de círculos viciosos, em que se misturam 
fenômenos repetitivos, como o estresse oxidativo, a glicação proteica e a determinação da matriz 
extracelular dos tecidos conjuntivos, dentre as quais a derme é caracterizada pela presença de uma 
matriz extracelular, constituída, principalmente, de proteoglicanos, glicosaminoglicanos, fibras de 
colágeno, elastina e de glicoproteínas de estrutura. Estes constituintes se organizam de forma precisa 
para formar uma rede tridimensional que faz uma organização supramolecular que confere suas pro-
priedades mecânicas e ativa suas atividades metabólicas (MOSER, 2018).
A glicação ou cross-links é a reação não enzimática entre proteínas e a glicose ou ribose, que geram 
os produtos que se acumulam em maior número em quantidade no envelhecimento e no diabetes. 
Esses produtos são considerados marcadores das complicações crônicas das doenças ou, ainda, contri-
bui para acelerar o fotoenvelhecimento e precipitar a apoptose dos fibroblastos, isso é que tem sido 
denominado glicação de colágeno, que colabora para sua degeneração e, consequentemente, alteração 
mecânica e térmica. Os mecanismos alternativos de formação dos “ages” inclui uma via chamada de 
estresse carbônico (MOSER, 2018).
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A partir do nascimento, damos início ao processo de envelhecimento normal, que pode ser acelerado 
devido à influência de vários fatores internos e externos. O envelhecimento ocorre, de forma geral, 
acometendo todo o organismo. O interno é, de longe, o mais importante, uma vez que pode levar à 
falência de órgãos importantes para a manutenção da vida; o envelhecimento cutâneo resulta apenas 
em alterações estéticas, assim várias teorias tentam explicar por que envelhecemos e por que algumas 
pessoas manifestam esse processo de forma rápida e mais intensa do que outros, além de que algumas 
dessas teorias são mais conclusivas e outras ainda necessitam de mais estudos (RIBEIRO, 2010).
A radiação ultravioleta que é um fator extrínseco, que contribui para o envelhecimento precoce da 
pele, um dos aceleradores do envelhecimento mais estudados e comprovados pelos cientistas (DAL 
GOBBO, 2010).
As alterações de temperatura e as citações da literatura afirmam que tanto calor quanto frio po-
dem influenciar na velocidade do envelhecimento da pele de maneiras diferentes, ou seja, as altas 
temperaturas são responsáveis pela desnaturação do DNA e proteínas, enquanto as baixas dificultam 
a circulação e induzem o ressecamento e descamação da pele (DAL GOBBO, 2010).
A teoria dos radicais livres e as espécies reativas de oxigênio são compostos formados no organismo 
a partir de reações bioquímicas, sendo uma das teorias mais exploradas, pois, com o avanço da idade, 
pode ocorrer o aumento dessas moléculas paralelamente a uma diminuição da capacidade antioxidante 
natural do organismo. Sabemos que quantidades excessivas destes compostos podemreagir com os 
lipídios de membranas celulares e proteínas, inclusive enzimas e DNA, contribuindo para o desen-
volvimento de certas alterações cutâneas, e possivelmente usar de canais livres ao atacar proteínas do 
tecido conjuntivo, por exemplo, induzindo a fibrose e esclerose (RIBEIRO, 2010).
Classicamente, define-se como radical livre toda molécula que tem um elétron em sua órbita externa, 
ou seja, são moléculas altamente instáveis, assim como altamente reativas, possui uma vida média 
muito curta e, como sabemos, todas as moléculas de componentes químicos estáveis devem conter em 
sua órbita externa o número par de elétrons sem os quais serão componentes instáveis e de vida curta. 
Ela passa a buscar o elétron faltante, sacrificando outros componentes químicos que cedem o eletro, 
esse fenômeno é chamado óxido-redução. A produção dos radicais livres está vinculada à quebra da 
paridade da órbita externa das moléculas por agentes externos, poluição, raios ultravioletas, raio-x ou 
por reações internas do organismo (RIBEIRO, 2010).
O tabaco e a poluição podem acelerar o envelhecimento ao produzirem radicais livres; os fumantes 
apresentam envelhecimento mais intenso, a probabilidade desses indivíduos desenvolverem rugas 
faciais podem até ser cinco vezes maior do que os não fumantes. O cigarro está associado ao aumento 
de elastose cutânea, que aumenta o envelhecimento facial e contribui para a característica da face do 
fumante. A contração de músculos labiais e faciais em torno dos olhos durante o ato de fumar e a ir-
ritação promovida pela fumaça pode aumentar a formação de rugas nessas regiões (RIBEIRO, 2010).
A perda rápida de peso leva à redução do volume de células graxas que suportam a pele facial, 
provocando um aspecto debilitado e flacidez nessa região. As diferenças e longevidade entre raças ou 
pessoas colaboram com a ideia da influência genética nos processos de envelhecimento. Segundo os 
adeptos da teoria genética, o processo de envelhecimento é geneticamente programado do nascimento 
até a morte; outro fator predominante no envelhecimento são as patologias e enfermidades graves, que 
podem refletir na velocidade e intensidade do envelhecimento (RIBEIRO, 2010).
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UNIDADE 3
A cor da pele também influencia, as pessoas de pele negra envelhece de forma mais lenta do que as 
de pele branca, isso pode ser explicado pela presença de melanina, que funciona como um absorvedor 
de ultravioleta, minimizando essa radiação no envelhecimento cutâneo (DAL GOBBO, 2010).
Vários estudos demonstraram que a restrição calórica em ratos e primatas não humanos tem pro-
longado a vida desses animais e retardado aparecimento de várias condições patológicas associadas ao 
envelhecimento, provavelmente devido à diminuição e produção de radicais livres (RIBEIRO, 2010).
O fator relacionado ao envelhecimento programado funcionaria como um relógio genético, que 
determina em que período da vida as células começam a se degenerar. A mutação mostra, dentro das 
teorias, que o envelhecimento é consequência de alterações espontâneas ou induzidas do DNA e 
que a radiação ultravioleta pode levar a essas mutações atuando direta ou indiretamente no DNA por 
meio da produção de radicais livres, e que o comportamento e os hábitos podem acelerar ou retardar 
a mortalidade, além de uma alimentação equilibrada, atividade física regular, consumo moderado 
de bebida e não fumar podem aumentar a expectativa de vida com ganho de 14 anos da idade crono-
lógica (RIBEIRO, 2010).
As mulheres têm um fator agravante no envelhecimento, o hormônio estrógeno, pois a tendência, 
com o passar dos anos, é o declínio, com isso a pele fica seca, sofre um afinamento da epiderme 
e redução da manutenção da barreira córnea, diminuição do colágeno na derme e formando rugas 
(RIBEIRO, 2010).
Quando nos deparamos estruturalmente e anatomicamente com a formação da ruga, observamos 
como definição que as elas são sulcos ou pregas na superfície da pele que correspondem a um dos parâ-
metros mais visíveis do envelhecimento cutâneo, elas resultam do processo natural de envelhecimento, 
das expressões faciais, exposição solar, excesso de tabaco, hidratação inadequada, entre outros fatores. 
Com o passar dos anos, a pele sofre uma acentuada diminuição da 
espessura da estrutura formada pela junção da derme com a epiderme, 
isso é explicado pela presença de invaginação nas papilas dérmicas que 
prendem essas duas camadas. Em indivíduos jovens, isso é bem pre-
sente, porém estão perdidas nos idosos; essa junção dermo-epidérmica 
se torna mais achatada e frágil e suas fibras fragmentadas, prejudicando 
a atividade de diferenciação celular na camada basal e dificultando as 
trocas de nutrientes e oxigênio para as camadas superiores da epiderme, 
dando origem ao sucos e as linhas de expressão principalmente na face 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Na formação das rugas, a pele vai gradativamente 
perdendo elasticidade em razão da diminuição das fibras 
elásticas, do espaçamento e da rigidez das fibras colá-
genas; a camada de dérmica se torna irregular, dando 
origem às rugas gravitacionais e diminuição das trocas 
metabólicas. A superfície da pele se torna ressecada, 
favorecendo o aparecimento das rugas de acordo com 
a profundidade, podendo ser classificadas em: superfi-
ciais e profundas. As superficiais apresentam diminuição 
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ou perda das fibras elásticas na derme papilar, que desaparecem ao estiramento da pele; e as rugas 
profundas são decorrentes, principalmente, da ação solar e não desaparecem ao estiramento da pele 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Figura 1 - Ruga gravitacional saindo do ângulo da boca e indo em direção ao ângulo da mandíbula (inversão do triângulo 
facial)
A pele apresenta as linhas de tensão, em que o tecido conjuntivo atua como um alicerce estrutural para 
epiderme. As modificações do colágeno elástico ao longo da vida estabelece uma base morfológica 
substancial para compreensão das adaptações bioquímicas e biomecânicas da pele; com o avançar da 
idade, a espessura da pele e suas propriedades viscoelásticas não dependem apenas da quantidade de 
material presente na derme, mas também de sua organização estrutural (BORGES; SCORZA, 2016). 
Assim, a pele está normalmente sob tensão e a direção e a força têm um caminho de acordo com 
sua localização no corpo. A pele é submetida e pode dar origem estática ou dinâmica às tensões. As 
estáticas são as naturalmente existentes na pele quando não há movimentação dos músculos da face 
e são dependentes das características estruturais dérmicas, essas tensões são exercidas pelas linhas de 
Langer. 
As tensões dinâmicas são causadas pelas combinações de forças relacionadas a ações musculares 
involuntárias, como movimento das articulações e a mímica facial; os músculos da mímica facial, por 
exemplo, inserem-se diretamente nas camadas profundas da pele; esta, ao se adaptar ao movimento 
provocado pela contração muscular por meio de formação de rugas e sulcos de acordo com a direção 
das fibras musculares, as linhas de Langer, descrevem as rugas cutâneas estáticas, predominantemente 
em determinado local e sem nenhuma referência e influência dinâmica do sistema músculo-esque-
lético (BORGES; SCORZA, 2016).
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UNIDADE 3
O processo de envelhecimento não segue rigorosamente uma linha cronológica, tampouco se 
demonstra em todos os indivíduos da mesma maneira. Entendemos que envelhecer não representa 
apenas essa grande cascata de reação fisiológica a que o corpo é submetido ao longo dos anos, mas 
sim a representação em que o indivíduo viveu (BORGES; SCORZA, 2016).
Os mecanismos de formação da ruga mostra a diminuição de fibra elástica, rigidez do colágeno 
declínio do tecido conjuntivo, além da diminuição da oxigenação tecidual e desidratação excessiva, 
quanto mais um homem se assemelha à natureza, quanto melhor consegue compreender seu próprio 
corpo e defender os inimigos da saúde, mais aumenta a duração média desua vida. A expectativa 
de vida de até 100 anos não é mais uma utopia, entretanto, na pré-história, um homem de 25 anos 
era considerado um ancião, pois a média passava dos 18 anos. As dificuldades que se anteponha à 
sobrevivência de nossa espécie, o fenômeno biológico do envelhecimento, representam a última das 
três fases do ciclo vital do organismo, sendo as duas primeiras a infância e a maturidade. 
Envelhecer é um processo natural, que ocorre desde que nascemos, porém fica mais evidente após a 
terceira idade, a qualidade do envelhecimento está relacionado diretamente com a qualidade de vida, a 
qual o organismo foi submetido. Há duas décadas, acreditava-se que o processo de envelhecimento só 
seria motivo de controle ou tratamento, após os 60 anos, período de caracterização do envelhecimento, 
mas esse conceito se encontra superado atualmente. Hoje, sugere-se o acompanhamento das diferentes 
fases do envelhecimento por meio de medidas profiláticas ou curativas, com a finalidade de conservar 
a qualidade de vida do organismo (RIBEIRO, 2010).
As rugas é o órgão humano que mais revela o envelhecimento. A pele não poupa qualquer tipo de 
componente: o colágeno, representante fundamental do tecido conjuntivo, torna-se gradualmente mais 
rígido; e a elastina outro componente do mesmo tecido, que vai perdendo a sua elasticidade natural 
devido à redução do número de fibras elásticas e também de outros componentes do tecido conjuntivo. 
O declínio das funções do tecido conjuntivo faz com que as camadas de gordura sob a pele não 
consigam manter-se uniformes e a degeneração das fibras elásticas, aliada a menor velocidade de tro-
ca de oxigenação dos tecidos, provoca a desidratação da pele, apresentando como resultado as rugas 
(RIBEIRO, 2010).
As linhas de tensão fornecem a base para o enrugamento da pele, elas ocorrem no corpo todo, 
porém somente quando a pele perde sua elasticidade com o avançar dos anos é que formam as rugas 
permanente. A função dessas linhas é fornecer à pele um grau de extensibilidade em direções corres-
pondentes às demandas naturais da região (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Como classificação, as rugas ou linhas de expressão podem ser divididas em três categorias:
• Rugas dinâmicas: são aquelas decorrentes do movimento muscular ou da expressão facial.
• Rugas estáticas: aparecem mesmo na ausência do movimento e podem ser entendidas como 
fadiga pelo excesso de tensão.
• Gravitacionais: são decorrentes do excesso de movimentação associado a ptose tissular e 
muscular. A irregularidade do panículo adiposo também promove rugas gravitacionais pela 
diminuição da sustentação do tecido (BORGES; SCORZA, 2016).
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Essa classificação pode ser conforme avaliação clínica. A ruga profunda ocorre quando os sulcos ficam 
permanente e não sofrem modificações quando a pele é esticada, como ocorre nas rugas superficiais, 
essas são decorrentes essencialmente da ação solar e se apresentam, na maioria dos casos, na pele 
exposta; as rugas finas são encontradas, preferencialmente, na pele não exposta e são decorrentes do 
envelhecimento cutâneo cronológico (RIBEIRO, 2010).
Os autores mostraram que, nas linhas profundas permanentes existem fibras grossas elásticas e 
tortuosas, além da elastose na derme, sendo que as alterações são restritas quase que exclusivamente 
à área das rugas. Nas rugas superficiais, há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme papilar, 
mudança nas fibras finas e enroladas, não havendo diferença entre a área da ruga e a sua vizinhança, 
e observa-se que essas rugas podem ser classificadas em três categorias: dobras e rugas gravitacionais 
chamadas de ptose, rugas finas e rugas de expressão (KEDE; SABATOVICH, 2009).
As rugas classificadas como linhas de expressão podem ser enquadradas em uma outra categoria, 
podendo ser chamada de rugas dinâmicas (linhas de expressão dinâmicas), estas são decorrentes de 
movimentos repetitivos dos chamados músculos da expressão facial e aparecem com o movimento. 
As rugas estáticas aparecem mesmo na ausência do movimento e podem ser entendidas como a fa-
diga das estruturas que constituem a pele em decorrência da repetição do movimento, sabendo que 
ainda existe as rugas gravitacionais que, da mesma forma que as descritas anteriormente, decorrem da 
flacidez no envelhecimento facial que, em conjunto com diversas alterações, combinam com a ptose 
da estruturas da face – rugas estéticas que atingem as mesmas estruturas que as dinâmicas, como ao 
redor dos olhos, horizontais na fronte, testa, vertical sulco nasogeniano do nariz, ao lábio e pequenas 
rugas peribucais (BORGES; SCORZA, 2016).
Figura 2 - Linhas de expressão dinâmicas
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UNIDADE 3
Ao classificar o envelhecimento facial, as rugas são definidas como poucas lesões e são tão temidas 
como outras lesões; entretanto, o mecanismo exato de sua formação não é totalmente elucidado; as 
rugas são divididas em rugas superficiais, que são aquelas que desaparecem quando esticamos a pele, 
e as profundas e permanentes, incluindo os sulcos, que são aquelas que não desaparece quando esti-
camos a pele. Veja a classificação das rugas em graus, como sugere alguns autores (RIBEIRO, 2010).
• Grau I: ruga de expressão formada pela contração dos músculos faciais de expressão, sem 
alteração dermo-epidérmica.
• Grau II: ruga fina ou ondulações com alterações dermo-epidérmica, deve-se ao adelgaçamento 
da epiderme e derme superior, configurando um tipo de tecido parecido com papel de cigarro, 
que se dobra com facilidade.
• Grau III: dobras, pregas e rugas gravitacionais com alteração dermo-epidérmica e do subcu-
tâneo, deve-se à queda da pele e dos músculos adjacentes, causadas pela força da gravidade.
Muitos métodos têm sido descritos para auxiliar na avaliação das rugas para melhor planejamento do 
tratamento e previsão dos resultados, um deles é a classificação de Fitzpatrick, sendo a mais usada; 
entretanto não diferencia as rugas estáticas e dinâmicas, dificultando a previsão dos resultados após a 
terapia proposta. Outra classificação é a de que proporcionam também um meio objetivo de comparar 
a eficácia de diferentes tratamento para certos tipos de pele; entretanto, integram a cicatriz de acne, o 
enrugamento (KEDE; SABATOVICH, 2009).
A classificação de Fitzpatrick apresenta que os sinais devem ser as alterações apenas na epiderme, 
e a maioria das anormalidades é de pigmentação e textura, inclusive efélides, sardas, lentigos e uma 
textura cutânea áspera grosseira, que é decorrente do aumento da espessura do estrato córneo, isso 
ao nível 1 (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Em uma avaliação a nível 2, os sinais clínicos devem ser as alterações na epiderme e na derme pa-
pilar, estando, muitas vezes, relacionados à pigmentação anormal. Os pacientes com esse nível de lesão 
podem apresentar todos os mesmos sinais clínicos da lesão tipo 1, entretanto, as alterações texturais e 
pigmentares são mais acentuadas, além disso, esses pacientes podem ter ceratoses actinicas, manchas 
ou ceratoses seborreicas planas, é definido o aumento de rugas, que costuma ser observado na região 
lateral ao sulco nasolabial, em que a pele pode parecer atrófica e ondulada (KEDE; SABATOVICH, 
2009).
No nível 3, os sinais clínicos devem ser as alterações na epiderme e a derme papilar, sendo que e na 
derme reticular, neste nível, é mais grave estando associado a muitas das alterações clínicas dos níveis 
1 e 2. Os pacientes apresentam acentuado enrugamento, em geral associado a uma pele espessa com 
textura e aparência de couro, assim como, muitas vezes, de coloração amarelada, textura granular e 
comedões abertos dispersos (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Esses níveis apresentam alterações quanto ao tipo de Glasgow, ou seja, no tipo 1, a lesão é conside-
rada discreta, em que a descrição é sem rugas e as características fotoenvelhecimento precoce com 
discreta alteração na pigmentação e sem ceratose, rugas mínimas e idade do paciente20 ou 30 anos 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
90
UNICESUMAR
Para essa mesma classificação em Glasgow, o tipo 2 apresenta 
moderada presença de rugas ao movimento, características do enve-
lhecimento precoce a moderado, lentigos senis, ceratoses palpáveis, 
mas não visíveis na linha paralela ao sorriso, começando aparecer 
entre 30 e 40 anos, em geral, aspecto de cansado e a cicatrização 
discreta de acne (KEDE; SABATOVICH, 2009).
No tipo lesão 3, há presença avançada de rugas em repouso, 
fotoenvelhecimento avançado e como característica apresenta dis-
cromia, ceratoses visíveis, rugas presentes mesmo sem movimento, 
idade entre 50 ou mais, aspecto abatido e sempre cansado e cicatriz 
de acne que a maquiagem não encobre (KEDE; SABATOVICH, 
2009).
O tipo 4 é considerado grave, apenas rugas, as características de 
fotoenvelhecimento grave, pele amarelo acinzentada, lesão maligna 
cutânea anterior, ruga por toda parte sem pele, idade 60 ou 70 anos, 
a maquiagem não pode ser usada, pois endurece e quebra, apresenta 
cicatriz de acne grave (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Pensando em flacidez, os níveis apresentam da seguinte forma: a 
ptose, assim como a pele, torna-se delgada e menos elástica; o tecido 
subcutâneo muscular e ósseo articular também sofre alterações do 
tipo atrofia; a pele distrófica e elástica, por sua vez, não consegue 
acompanhar a redução do conteúdo, resultando um envoltório 
excessivo e, consequentemente, a flacidez. 
As ptoses podem ser classificadas em graus, como mostrado a 
seguir (KEDE; SABATOVICH, 2009).
• Grau I: leve redundância da pele e das pálpebras, alteração 
do contorno facial com leve abaulamento submandibular.
• Grau II: queda lateral das pálpebras superiores e formação 
de bolsa em pálpebras inferiores com redundância de pele, 
perda parcial do contorno facial com abaulamento acen-
tuado acima do sucos nasogenianos, leve ptose de bolsa de 
Bichat e formação de duas asas pequenas na borda anterior 
do platisma até a fúrcula esternal.
• Grau III: aumento das bolsas palpebrais inferiores e redundân-
cia acentuada da pele, tanto das pálpebras superiores como das 
inferiores, perda total do contorno facial por ptose acentuada 
do sistema músculo aponeurótico superficial e do platisma.
As rugas palpebrais seguem uma classificação própria em três graus e 
de acordo com as faixas etárias, ou seja, as rugas de primeiro grau ( grau 
I) ocorrem em pacientes na segunda década de vida, representa o tipo 
91
UNIDADE 3
de ruga mais incipiente, localizam-se nas pálpebras superiores e, às vezes, ocasionam pequena linha próxima 
ao ângulo lateral do olho; as rugas de segundo grau ( grau II) aparecem na terceira e na quarta década de 
vida e são os casos mais frequentes; e as de terceiro grau ( grau III) ocorrem, geralmente, em pacientes da 
quinta década de vida em diante, existindo concomitantemente um excesso de tegumento (RIBEIRO, 2010).
Além da classificação, as rugas podem apresentar algumas características na pele (superfície cutâ-
nea), sendo mais pronunciadas nas áreas desnudas, o que mostra a importância da irradiação solar, 
do vento e do frio no agravamento da atrofia fisiológica naturalmente; o tipo genético de pele, fatores 
hormonais, nutricionais, vasculares, climáticos, intoxicação e tratamentos eventuais poderão influir 
no aspecto saudável ou no seu envelhecimento precoce, e as características senis da pele variam de 
acordo com os tipos (RIBEIRO, 2010).
Na hipertrófica, a pele se apresenta mais grossa, infiltrada e flácida, além de distendida, com co-
loração amarelo parda, apresenta tendência a rugas profundas. Quando a pele se caracteriza por ser 
fina, seca e rica em manchas pigmentares é considerada atrófica (RIBEIRO, 2010).
Nesse processo do envelhecimento, as alterações em cada região serão perceptíveis de acordo com 
a idade, ou seja, na região frontal, as rugas glabelares e transversais; na região orbital, presença de ptose 
das pálpebras, bolsas gordurosas palpebrais; na região nasal, rugas transversais da raiz nasal, queda 
da ponta nasal, exacerbação do ângulo nasolabial; na região malar e terço médio da face, apagamento 
da eminência malar e depressão do sulco nasolabial, ptose facial pregas e rugas em geral; região bucal 
presença de rugas periorais e queda do ângulo labial; região do mento apresenta apagamento da 
linha mandibular e prega submandibulares “mento de bruxa”, correspondendo à queda deste, flacidez 
da pele na região cervical e acúmulo de tecido adiposo entre a mandíbula e o osso hióide, pregas 
transversais profundas linhas e rugas verticais desde a margem da mandíbula até o terço superior do 
tórax (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Também observamos que, de 20 a 25 anos, linhas orbiculares são visualizadas com a expressão; de 
45 a 55 anos, rugas periorbiculares frontais e glabelares, acentuação do sulco nasogeniano, pregas 
transversais na região do pescoço e formação de bolsas gordurosas nas pálpebras inferiores; e, por fim, 
acima de 55 anos, há acentuação das rugas e pregas, atenuação da eminência malar, depressão do sulco 
nasolabial e ptose facial (KEDE; SABATOVICH, 2009).
No envelhecimento por regiões, pode-se observar: região frontal, entre 25 e 28 anos, em que surgem 
as primeiras rugas frontais devido à ação dos músculos em conjunto; aos 40 anos essas rugas se apro-
fundam horizontalmente, após as rugas frontais aumentam, não só na profundidade, como também 
em número, principalmente no centro desta região (KEDE; SABATOVICH, 2009).
A ruga frontal glabelar se formam verticalmente nesta área, aparece entre 30 e 40 anos pela con-
tração dos músculos corrugadores do supercílios e uma parte do músculo depressor do supercílio; 
as horizontais surgem mais tardiamente, a partir do 50, ao nível da raiz da pirâmide nasal, pela ação 
do músculo prócero e parte dos músculos depressores do supercílio (KEDE; SABATOVICH, 2009).
A região orbitária é formada pelo complexo órbito óculo palpebral e, a partir dos 30 anos, já se 
observa mudanças relacionadas ao envelhecimento, com atrofia subcutânea muscular, que altera a 
fenda palpebral, salientando as gorduras intraorbitária, como uma pseudo-herniação por meio das 
estruturas relaxadas, exteriorizando-se sobre a forma de bolsas gordurosas, isso a partir dos 40 anos 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
92
UNICESUMAR
Os músculos da face na espécie humana é, sem dúvida, os que 
apresentam a capacidade de expressar os estados emocionais por 
alteração da expressão facial. Fazem parte dos músculos da face: 
os músculos da mímica ou da expressão facial e da mastigação, 
lembrando que esses músculos são conhecidos como dérmicos, já 
que são fixados no esqueleto em apenas uma de suas extremidades, 
sendo a outra inserida na camada profunda da pele, diferentemente 
do que ocorre com outros músculos (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Diante desses músculos da mímica facial, podem ser citados o 
músculo frontal, o corrugador do supercílio, os músculos orbicu-
lares dos olhos, o músculo orbicular da boca, músculo depressor 
do ângulo da boca, o músculo depressor do lábio inferior, músculo 
levantador do ângulo da boca, o músculo levantador do lábio supe-
rior e da asa do nariz, o músculo zigomático menor e o zigomático 
maior e o músculo mentual (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Pensando em tratamento, o primeiro cuidado que vem em nossa 
mente são os cosméticos que, hoje, graças a tecnologias empregadas 
na fabricação de ativos cosméticos, apresentam uma variedade de 
ativos para melhorar a pele envelhecida e retardar o envelhecimento 
deste órgão, sabemos que uma boa formulação cosmética deve ser 
trabalhada em diferentes linhas, por exemplo: ajudando a diminuir 
radicais livres, formando e hidratando a camada córnea, clarean-
do manchas senis e, principalmente, melhorando o metabolismo 
dermo-epidérmico, com o objetivo de atenuar as rugas e marcas de 
expressão (RIBEIRO, 2010).
Caro(a) aluno(a), convido você a vir conosco e ouvireste podcast, 
no qual trataremos sobre a fisiopatologia do envelhecimento, a 
anatomia da pele envelhecida, os cosméticos antienvelhecimento 
e alguns tratamentos inovadores.
Um dos tratamentos cosméticos mais eficazes são os antioxi-
dantes, pois possuem funções muito benéficas ao organismo para 
proteção contra os radicais livres, sendo sua função fornecimento 
de elétrons no intuito de reduzir a velocidade de iniciação à pro-
pagação dos processos oxidativos, minimizando as moléculas e as 
estruturas celulares. 
Ao falar de Cosméticos antienvelhecimento, deve-se pensar em 
ativos que irão combater essas moléculas altamente reativas. Existe 
uma série de compostos antirradicais livres que poderão ser esco-
lhidos com base em estudos de eficácia, custos e compatibilidade 
com as formulações em desenvolvimento. Os ativos antirradicais 
93
UNIDADE 3
livres se destinam à prevenção, cujos efeitos não são facilmente e nem imediatamente visíveis (RI-
BEIRO, 2010).
Os radicais livres produzidos no organismo são neutralizadas por enzimas ditas protetoras ou an-
tirradicais livres e por cátions de hidrogênio produzidos durante o processo de respiração celular, que 
pode levar a acidose e a morte celular se não forem neutralizados algumas enzimas antirradicais livres, 
sendo elas a de superóxidos dismutases, porque produzem a neutralização dos radicais superóxidos 
e o radical hidroperóxido (RIBEIRO, 2010).
Principais agentes de defesa antioxidante no envelhecimento não enzimático são as vitaminas e 
curcumina, vitamina C, flavonoides, proteínas do plasma. Estes são alguns do ativos utilizados para 
reparo (MOSER, 2018).
Atualmente, existe uma gama de agentes antioxidantes exógenos utilizados com a finalidade de 
inibir a formação de radicais livres, sendo possível citar: vitaminas E, A e C; minerais, como selênio, 
magnésio e manganês; e alimentos, como cebola e alho, além dos medicamentos. O ciclo metabólico 
da formação dos radicais livres é formado por três etapas, chamadas, sucessivamente, de iniciação, 
propagação e a etapa de finalização, eles produzem efeitos deletérios, atuam sobre diferentes compo-
nentes celulares para, de uma forma ou de outra, destruírem integridade celular e condicionar, dessa 
maneira, a isquemia inicial, e posterior necrose, o que vai dar início a processos degenerativos dentre 
as organelas. 
Os componentes celulares que maior atrativo representam para os radicais livres são as proteínas e 
os ácidos nucleicos, moléculas componentes do citosol e os lipídios da membrana celular. Dentre os 
componentes do tecido extracelular que são vítimas dos radicais livres, destacam-se, principalmente, 
o colágeno e o ácido hialurônico (RIBEIRO, 2010).
Outro ativo cosmético que não poderá faltar são os fotoprotetores, que é um dos fatores principais, 
pois a exposição ao sol acelera o processo do envelhecimento da pele e, portanto, os cosméticos com 
filtros solares ou fotoprotetores são fundamentais para retardar a manifestação do envelhecimento. Os 
produtos formulados com esta finalidade devem conter filtros protetores da radiação UVA e UVB, 
com boa atuação em ambos os espectros; além disso, o uso desse tipo de produto deve ser uma prática 
constante e não esporádica (RIBEIRO, 2010).
Ressaltamos, ainda, que a diminuição da espessura da derme é atribuída ao decréscimo da capacidade 
proliferativa das células dérmicas, e as alterações na rede de colágeno e elastina predominam sobre sua 
síntese. Esse mecanismo ocorre em virtude da presença abundante das metaloproteinases, enzimas 
que aumentam no envelhecimento e se caracterizam como proteases capaz de degradar os compo-
nentes proteicos da derme, predominantemente colágeno tipo I e III e elastina. Os proteoglicanos, 
fibronectina e outras proteínas da matriz extracelular, como colágeno e elastina, são responsáveis pela 
sustentação e pela elasticidade da pele, sua desorganização com o aumento da idade causa o aspecto 
da pele envelhecida (BORGES; SCORZA, 2016).
Claro que, ao falarmos de envelhecimento, esses dois ativos não poderão ficar fora de ser explicados, 
sendo eles a vitamina C, que é uma substância de ação antioxidante que protege a pele contra a ação 
dos radicais livres, sua aplicação tópica estimula a neocolagênese (formação de um novo colágeno) e 
favorece o tratamento de hipercromias (manchas) (AZULAY, 2011).
94
UNICESUMAR
O ácido hialurônico tem ação umectante, hidratante e fixador de teor hídrico celular. Esses benefí-
cios, associados à eletroterapia, promovem um estímulo antienvelhecimento, alguns exemplos desses 
equipamentos é a luz pulsada, a microcorrentes, a radiofrequência, entre outros (AZULAY, 2011).
Para os tratamentos com equipamentos eletrotermofototerápicos,é necessário que sejam utilizadas 
terapias apropriadas para revitalização cutânea, com o objetivo de ativar a produção de fibras colágenas 
e elásticas pelos fibroblastos, melhorar a circulação sanguínea e tonificar a musculatura, assim podem 
ser utilizados equipamentos que realizam ionização, eletroestimulação muscular, microcorrente ou 
bioestimulação com esferas, com agulhas ou com caneta. Uma outra opção seria a vacuoterapia ou, 
até mesmo, a massagem manual facial e as máscaras específicas para cada tipo de pele que contribui 
para melhorar a aparência e estimular a oxigenação local (AZULAY, 2011).
O tratamento das rugas apresenta uma conotação mais preventiva, curativa, visto que o envelheci-
mento apresenta caráter fisiológico. As rugas não podem ser evitadas embora existam medidas para 
retarda-las por meio de procedimentos que incrementam a circulação superficial local; desta forma, 
melhorando a nutrição e metabolismo, assim como o aumento do tônus muscular, proporcionando 
uma melhora no aspecto geral da pele, retardando o envelhecimento precoce (AZULAY, 2011).
Existem outras terapias com resultados, como a radiofrequência, que é um equipamento eletrote-
rápico utilizado em estética que emite ondas eletromagnéticas que agem nas camadas mais profundas 
da pele, derme papilar e reticular, e produzem uma retração de colágeno por meio de seu aquecimento, 
promovendo sua modelação e melhorando sua flacidez cutânea com o aumento da circulação san-
guínea na região e como efeito tardio, estimulam os fibroblastos que tendem a sintetizar novas células 
de colágeno, resultando em uma pele mais hidratada, firme e com diminuição das linhas (BORGES; 
SCORZA, 2016).
As formas de esfoliação mecânica (peeling de diamante e peeling de cristal) promove uma micro-
dermoabrasão, ou seja, uma esfoliação controlada das camadas da epiderme, por meio de vários tipos 
de ventosas diamantada, grânulos de óxido de alumínio, com diferentes granulometria associada ao 
aparelho de vácuo, sendo indicada para tratamento de sequela de acne, cicatrizes hipertróficas, que-
loides e queimaduras, linhas de expressão superficial e profunda, hipercromias e peles seborreicas; no 
envelhecimento, estimula o “turnover “ (BORGES; SCORZA, 2016).
A eletroestimulação é um equipamento em que a técnica utiliza corrente que promovem a con-
tração muscular por meio de excitação do conjunto neuromuscular. Agem contraindo e relaxando o 
músculo, dando mais resistência e firmeza muscular, deixando a área menos flácida (SOUZA, 2005).
O eletrolifting visa a atenuação das rugas e linhas de expressão, consiste em um eletrodo ativo especial 
em forma de agulha fina, que faz uma concentração de energia, e o eletrodo passivo que, normalmente, 
é do tipo placa (lembrando que é uma corrente galvânica, por isso os 2 eletrodos) (SOUZA, 2005).
Outro recurso com grande eficácia e bem utilizado é a Luz Intensa Pulsada, que é um equipamento 
que produz flashes de calor que atua diretamente em estruturas, alvo da pele, permite ser utilizada em 
várias alterações dermatológicas, entre elas o envelhecimento. A luz intensa pulsada tem se mostrado 
muito eficaz no tratamento para envelhecimento cutâneo, mas por ser recente, não se conhece os efeitos 
alongo prazo, sabe-se que existe algumas recomendações para que não seja utilizada em histórico de 
câncer de pele, com determinadas drogas, doenças com sensibilidade a luz, entre outros (SOUZA, 2005).
95
UNIDADE 3
A carboxiterapia é uma técnica utilizada em disfunções estéticas, 
caracteriza-se pelo uso terapêutico do gás carbônico medicinal, com 
99,9% de pureza, administrado de forma subcutânea (percutânea), 
tendo como objetivo a vasodilatação periférica e melhora da oxi-
genação tecidual, com isso, a agressão com gás agulha estimula o 
reparo tecidual com produção de colágeno (BORGES; SCORZA, 
2016).
O microagulhamento, ou também conhecido como terapia in-
dutora de colágeno, é utilizada para tratar disfunção estética que 
precisa de reposição de colágeno (sequela de acne, flacidez, alopecia 
etc.) esse procedimento melhora a aparência geral da face (BOR-
GES; SCORZA, 2016).
Agora, caro(a) aluno(a), imagine-se em uma situação de atendi-
mento e você, como Tecnólogo em Estética e Cosmética, na avalia-
ção de uma paciente, observa a presença de linhas de expressão está-
tica e dinâmica generalizada e algumas regiões com ptose. Depois de 
todo o caminho que percorremos, como você iniciaria o protocolo 
de tratamento? Qual a ordem de tratamento você elaboraria?
Sim, é importante que você, futuro(a) profissional, durante o 
atendimento ou até mesmo durante a avaliação, considere todos os 
aspectos do envelhecimento, além de observar a ficha de anamnese 
e avaliar os possíveis tratamentos para essa alteração.
Ademais, é importante estudar o envelhecimento para com-
preender a anatomia e fisiologia da pele, a formação do colágeno e 
elastina, trabalhando e buscando formas que amenizam e retardam 
o aparecimento das características dessa alteração ou que retarda 
cada vez mais seu aparecimento. 
Como fundamento do envelhecimento, o profissional precisa 
estar apto ao diagnóstico, avaliação e planejamento de tratamento 
e, se for o caso, uma indicação de orientação de outro profissional.
Por fim, para que você seja um(a) profissional de destaque/re-
nome, a sua formação deve ser baseada sempre nos conhecimentos 
da fisiopatologia do envelhecimento e tudo o que esta apresente 
de alteração nessa pele, além de prevenção no tratamento do en-
velhecimento.
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M
A
P
A
 M
EN
TA
L
Caro(a) aluno(a), a construção de um Mapa Mental ajuda muito na compreensão dos 
conteúdos abordados. Dessa forma, a partir dos conceitos centrais desta unidade, 
é essencial que você preencha o Mapa Mental com informações, como frases de 
ligação, que se associam a esses conceitos. 
Envelhecimento cutâneo
Características principais da pele
Branca
Negra
Amarela
A
G
O
R
A
 É
 C
O
M
 V
O
C
Ê
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1. Avaliando a anatomia antes e depois do envelhecimento, descreva, em poucas palavras, quais 
as alterações ocorridas na camada dérmica e hipodérmica nesse processo.
2. Sabendo que, durante o processo do envelhecimento, o aparecimento das rugas é um fator 
que aflige e requer soluções, explique como ocorre sua formação, em seguida, classifique essa 
alteração.
3. Diante de todas as alterações decorrentes do processo de envelhecimento, enumere três formas 
de tratamentos, cosméticos ou eletroterápicos que possam amenizar esse processo.
C
O
N
FI
R
A
 S
U
A
S 
R
ES
P
O
ST
A
S
98
1. A derme, durante o envelhecimento, diminui a produção de colágeno e elastina, as células fibroblastos 
diminui a quantidade e muitas sofrem o processo de amadurecimento, ou seja, tornam-se fibrócitos. As 
glicosaminoglicanas diminuem significamente o ácido hialurônico, deixando a pele com aspecto flácido 
e desvitalizado, aumenta a quantidade de radicais livres e enzimas destruidoras de células, como as pro-
teases que destrói células neoformadas, pois os vasos se tornam tortuosos, e a nutrição da epiderme 
ficará comprometida, pois as papilas dérmicas tendem a sofre uma retificação, dificultando a passagem 
de nutrientes para epiderme.
2. As rugas ocorrem da diminuição do tecido conjuntivo proveniente da derme mais a diminuição de forma-
ção de colágeno e elastina, diminuição do líquido intersticial (ácido hialurônico) e a rigidez do colágeno e 
da elastina.
Sua classificação ocorre em superficial, profunda, estática e dinâmica.
3. Vários são os recursos que poderão ser utilizados para essa resposta, podendo, inclusive, ser associado 
cosmético e equipamento, você, aluno(a) ao elaborar seu protocolo em clínica, sempre avalie o paciente 
para fazer a melhor opção de tratamento. Uma opção seria a utilização de cosméticos, como: vitamina C, 
ácido hialurônico, associados à Luz intensa pulsada, carboxiterapia (agredir para formação de reparação 
tecidual e, consequentemente, formação de colágeno) e radiofrequência, quando a pele já está em uma 
fase mais flácida, pois ela degrada o colágeno antigo e forma colágeno mais novo.
R
EF
ER
ÊN
C
IA
S
99
AZULAY, R. D. Dermatologia. 5. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F, A. Terapêutica em Estética, Conceitos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: Editora 
Phorte, 2016.
DAL GOBBO, P. Estética facial essencial: orientação para o profissional de estética. São Paulo: Atheneu Ed-
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GLOGAU, R. G. et al. Aesthetic and anatomic analysis of the aging skin. Seminars in Cutaneous Medicine 
and Surgery, v. 15, n. 3, 1996, p. 134–138.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 
3. ed. São Paulo: Manole, 2004.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2009.
MOSER, I. Peeling, Como eu faço? Londrina: Midiograf II, 2018.
RIBEIRO, C. de J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010.
SOUZA, V. M. de. Ativos dermatológicos: Guia de ativos dermatológicos utilizados na farmácia de 
manipulação para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2005.
100
M
EU
 E
SP
A
Ç
O
4
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Hiperpigmentações
Dr. Lilian Rosana dos Santos Moraes
Me. Lilian Lucy dos Santos
Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer os pigmentos do cor-
po humano e o que ocorre quando estes saem de sua harmonia, gerando 
o que chamamos de hipermelanoses ou hiperpigmentações. Ainda, serão 
abordadas todas as hiperpigmentações trabalhadas em Estética Facial, 
como melasma, hiperpigmentações pós-inflamatórias, melanoses solares 
e lentigos actínicos.
102
UNICESUMAR
Cuidar da pele, às vezes, pode ser um desafio. Você, aluno(a), conhece alguém que sofre de manchas 
no rosto, prejudicando sua autoestima e que não encontra uma solução? Até mesmo, você pode ter 
sofrido ou ainda sofre com este acometimento, não é mesmo? 
Caro(a) aluno(a), diante da nossa realidade de um país tropical e que as pessoas não fazem uso 
de proteção solar e apresentam os mais variados tipos de hipermelanoses (hipercromias), imagine 
como será importante saber trabalhar com essa afecção cutânea! Lembrando que todo e qualquer 
tipo de marcha transforma a autoestima das pessoas, levando a quadros até mesmo de síndromes 
depressivas. Dessa forma, você, como futuro(a) profissional, deverá utilizar todos os recursos 
estéticos faciais para tratar essas hipermelanoses, tanto em seu consultório quanto no home care, 
proporcionando um melhor bem-estar e orientando a melhor 
forma de prevenção a longo prazo. 
Pare agora e olhe para um espelho. Você percebe algum 
tipo de mancha em sua pele da face? Se sim, 
sabe quando e como esta aparece? 
Sugiro uma atividade neste mo-
mento. Faça uma pesquisa 
na Internet, primeira-
mente por meio de ima-
gens em sua biblioteca 
virtual e pelo Google, 
e depois fotografe 
algumas manchas 
de pessoas de sua 
convivência, além 
das suas manchas, 
se houver, e compa-
re-as para verificar as 
características que dife-
renciam ou assemelham 
esses tipos de manchas.
103
UNIDADE 4
Ao realizar a pesquisa pelas imagens das manchas, acredito que surgiram várias dúvidas quanto às 
características entre essashipermelanoses, porém quanto as mais comuns como o melasma e as hi-
perpigmentações pós-inflamatórias ficam fácil de diferenciá-las. Quando encontramos uma mancha 
bilateral com bordas assimétricas, ou seja, irregulares em região centro facial, ou malar de origem 
hereditária, ou com algum histórico hormonal, identificamos como o melasma. As hiperpigmentações 
pós-inflamatória são manchas mais arredondadas, podem ser de coloração avermelhadas ou marrom, 
não aparecem bilateralmente e são de origem após algum processo oxidativo ou após algum processo 
inflamatório, sem origem hormonal ou hereditária. Depois dessa descrição, ficará fácil para você, 
caro(a) aluno(a), identificar os tipos mais comum presente em consultório e, desta forma, fazer esse 
registro em seu Diário de Bordo.
Por fim, a hipermelanose com maior procura e incidência e dificuldades de tratamentos e re-
sultados será o melasma. Ainda, alguns pontos deverão ficar claros dessa afecção:
• Etiologia multifatorial (não definida).
• Características mista (presença de pigmentos epidérmicos e dérmicos).
• Localização bilateral.
• Tratamento com pouco agressão (“devagar e sempre”).
D
IÁ
R
IO
 D
E 
B
O
R
D
O
104
UNICESUMAR
No contexto atual, o Brasil é um país em que a procura por cosméticos clareadores vem crescendo 
cada vez mais, eles apresentam a função de melhorar imperfeições em peles hiperpigmentadas, ou seja, 
com coloração heterogênea. Ainda, existem locais no mundo, como países europeus e asiáticos, que 
a pele ideal e que representa a beleza é a pele branca, por ser sinônimo de status; em países tropicais, 
o interesse por peles mais escuras ocorre, porém homogênea e sem presença de manchas, o problema 
é que nem sempre isso é possível, visto que 90% das pessoas com idade superior a 50 anos procuram 
tratamentos para hiperpigmentações em regiões, como rosto, colo e mãos. 
A definição de melanose em pele vem da junção de vários fatores relacionados, como a formação 
da melanina, a hemoglobina dos vasos e os carotenoides da epiderme, mais precisamente do estrato 
córneo. Essa somatória dos pigmentos na melanose apresenta uma coloração heterogênea, irregular, 
ou seja, intercalando áreas com tonalidades normais com áreas hiperpigmentadas (RIBEIRO, 2010).
Existem culturas encontradas, por exem-
plo, no Ocidente que visa o bronzeamento 
como representante de beleza e saúde, 
porém, aos profissionais que estudam 
diretamente o poder da radiação so-
lar sobre a pele, entende os riscos 
que ela pode trazer tanto exaltando 
o envelhecimento como trazendo 
riscos à saúde, com alterações celu-
lares macro e microscópicas (MO-
SER, 2018).
No primeiro momento, a pele en-
cara o eritema, conhecido como “ver-
melhidão”, isso ocorre por um aumento 
de produção de grânulos de pigmento 
e pela sua expansibilidade na epiderme; 
em seguida, ocorrerá o bronzeamento que 
poderá ocorrer de forma uniforme ou não, 
esse excesso de exposição poderá acarretar, 
entre outros malefícios, uma diminuição da 
imunidade do indivíduo com aparecimento de 
até patologias corriqueiras, um exemplo clássico 
é a herpes (MOSER, 2018).
Esse excesso de exposição à radiação pode apre-
sentar como sequela final uma alteração celular, ou 
seja, alteração em padrão de crescimento em células 
epidérmicas, alterando, inclusive, o momento do 
desprendimento dessas células ao juntar-se 
aos queratinócitos (MOSER, 2018).
105
UNIDADE 4
Ao estudar as hipermelanoses, que também poderão ser definidas 
ao longo da unidade como hiperpigmentações, o nosso pigmento 
poderá ser alterado por muitas patologias, lembrando que todas 
deverão ser estudadas, entre as mais comuns estão os melanócitos 
hiperativos, medicamentos fotorreativos, bactérias específicas da 
pele com ações fotorreatividade e fotossensibilidade, hiperatividade 
hormonal, resistência vascular periférica e a presença de insulina 
aumentada (MOSER, 2018).
Hoje, existe uma demanda de 40 tipos de patologias que pode-
rão ser agravadas pela exposição à radiação ultravioleta, entre elas 
encontramos as doenças genéticas xeroderma pigmentoso, o albi-
nismo, as desordens metabólicas, as porfirias, as doenças induzidas 
por drogas fototóxicas ou fotoalérgicas, doenças fotoimunologicas, 
doenças degenerativas e neoplásicas, as urticárias solares e o lúpus 
eritematoso (MOSER, 2018).
Sabendo que a melanina tem sua formação a partir de uma reação 
bioquímica que envolve o aminoácido tirosina e a enzima tirosina-
se, essa reação é conhecida como melanogênese e ocorre dentro da 
organela melanossomas, que, por sua vez, é formada no interior dos 
melanócitos, a partir do Complexo de Golgi (RIBEIRO, 2010).
Lembrando que o organismo humano apresenta três tipos de 
pigmento, sendo a melanina a substância mais importante na deter-
minação da cor da pele humana, porém os outros compostos também 
podem contribuir para a cor da pele, sendo eles os carotenoides e 
a própria hemoglobina, porém, quando estudamos e traçamos os 
objetivos dos tratamentos das hipermelanoses, o pigmento que se 
destaca é a melanina (MOSER, 2018).
Anatomicamente, a célula produtora de melanina é conhecida 
como melanócito, sendo localizada na epiderme, na camada basal, 
totalizando cerca de 2000 ou mais células epidérmicas por milímetros 
quadrados, localizadas mais na cabeça, e cerca de 1000 no restante do 
corpo, sua finalidade principal é que seu pigmento absorve a energia 
vinda dos raios solares e das luzes artificiais, evitando danos a outras 
células. Contudo, a ação de absorção varia de acordo com a cor da 
melanina produzida pela célula, ou seja, quanto mais escura for, mais 
função de absorção terá (SOUZA, 2005).
106
UNICESUMAR
A reação bioquímica conhecida como melanogênese é um 
processo complexo que ocorre nos seres humanos, nas camadas 
mais profundas, entre basal e espinhosa, podendo ser induzido 
por forças externas, como as radiações. Ele faz a multiplicação dos 
melanócitos, e as manchas desenvolvidas é uma forma que a pele 
encontrou de proteção, ou também os fatores genéticos, sabendo, 
hoje, que mais de 375 genes estão envolvidos diretamente com a 
formação da coloração da pele; outro fator que pode interferir na 
formação é o hormonal, principalmente a junção do estrógeno e a 
progesterona, que estimulam a coloração tanto em face quanto em 
região genital (AZULAY, 2011).
A melanina – pigmento tão importante na pele humana – é 
dividida em duas formas diferentes: a eumelanina e feomelanina, 
isso ocorre devido às diferenças raciais, apresentando tonalidades 
desiguais nas peles humanas, devido à quantidade de síntese de 
melanina que acontece a nível de melanossomas nos melanócitos 
e seus subtipos. Dessa forma, a eumelanina é um pigmento deno-
minado marrom a preta, sendo um polímero alcalino e insolúvel, 
enquanto a feomelanina é um pigmento amarelo a vermelho, 
sendo alcalino e solúvel. A pigmentação da pele é indispensável 
para prevenir os danos que poderão ser provocados ao DNA 
das células epidérmicas, essa proteção deverá ocorrer porque o 
pigmento dessas células absorve a energia e transforma em calor, 
sendo menos tóxica às células que os raios UVB. 
Quando estudado em detalhe a síntese da melanina, obser-
vamos vários mecanismos, neste caso, os melanossomas são os 
responsáveis pela coloração cutânea nessa reação bioquímica, 
em que a tirosina sofre atuação da tirosinase que se transforma 
em L-dopa e, posteriormente, em dopaquinona, neste ponto em 
diante, dentro da reação, se houver incorporação da glutationa ou 
da cisteína a dopaquinona, forma eumelanina (AZULAY, 2011).
O pigmento eumelanina absorve e dispersa os raios ultra-
violetas, principalmente o UVB, atenuando e suavizando a sua 
absorção na pele, diminuindo, assim, os danos ocasionados pelo 
Sol, desta forma, os fototipos altos tendem a se queimar menos 
e bronzear mais quando comparados aos fenômenos químicos. 
O pigmento feomelanina tem maior facilidade de permeação 
da radiação ultravioleta e das luzes visíveis,podemos perceber que o tipo de pele e o produto 
usado no rosto, caso não seja adequado, poderá agravar a disfunção 
estética, como no caso de Mariana. Além do mais, caro(a) aluno(a), 
em anos de profissão, já atendi vários pacientes que relataram ter 
passado por profissionais que nunca avaliaram sua pele com toque, 
por exemplo, ou que não sabiam o tipo de pele que tinham, muito 
menos tinham indicado ou orientado sobre os ativos específicos 
para o tipo de pele da cliente, isso porque, provavelmente, não ti-
nham conhecimento adequado do sistema que estavam tratando ou 
não tinham dado conta da nobreza do conhecimento da anatomia 
do sistema tegumentar.
Agora que você já está um pouco mais familiarizado(a) com o 
tema, vamos fazer um exercício sobre os tipos de pele? Pegue um 
pedaço de guardanapo de papel macio e, dentre as pessoas de sua 
família ou de sua convivência, observe a pele do rosto de quatro 
pessoas de idades diferentes, sendo um adolescente durante a puber-
dade, na faixa etária de 12 a 14; um jovem entre 25 a 30 anos; uma 
pessoa de 40 a 50 anos; e um idoso acima de 70 anos. A avaliação 
deve ser realizada com a pessoa deitada. 
Coloque o guardanapo aberto, cobrindo todo o rosto de cada um 
deles, e anote se o lenço ficou engordurado. Caso ele fique, a pessoa 
tem a pele do tipo oleosa. Se o papel ficar oleoso apenas nas regiões 
da testa nariz e queixo (Zona-T), a pele é mista. Se o guardanapo não 
apresentar gordura em lugar algum, a pele será seca ou normal. Para 
diferenciar essas duas, você observará que as pessoas de pele seca 
sentem o desconforto do papel ou um ressecamento e descamação 
da pele. Anote, no seu Diário de Bordo, o tipo de pele de cada uma 
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UNIDADE 1
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B
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das quatro pessoas e já indique hidratantes para cada tipo de pele, como sérum, loção oil-free, aqua 
gel, hidratante com ação antioleosidade ou gel para aqueles tipos de pele oleosa, evitando o excesso 
de sebo. Para os de pele mista ou normal, indique e anote em seu Diário de Bordo aqueles hidratantes 
que possuem a textura em gel, com ácido hialurônico em sua composição. Para os que tem a pele seca, 
indique a anote hidratantes que possuem nutrientes para o equilíbrio da pele com proteção para a 
barreira natural da pele e que não obstrua os poros. 
Depois de sua observação, registre, no Diário de Bordo, as diferenças que você notou na pele da 
face entre as idades em relação aos seguintes fatores:
• Oleosidade.
• Presença de acne.
• Presença de rugas profundas e superficiais.
• Manchas escuras (hiperpigmentação).
• Manchas brancas (hipopigmentação).
• Flacidez de pele (tissular).
• Flacidez muscular.
Sabemos que a Estética Facial está relacionada ao estudo da pele e seus anexos e, por meio desses es-
tudos, podemos compreender e melhorar as afecções da pele facial. Sendo assim, reflita comigo sobre 
os pontos-chave dessa situação.
• A estética facial permite que compreendamos a fisiologia da pele, bem como suas características 
de absorção.
• O entendimento de estética facial favorece os tratamentos mais eficazes para afecções faciais.
14
UNICESUMAR
Anteriormente, tivemos um contato inicial com o termo Estética Facial. No entanto, nesse momento, 
aprofundaremos nossos estudos nas questões que envolvem esse conceito.
O mercado atual mostrou que a estética facial tem crescido muito e, com ela, os cosméticos que 
prometem a fonte de rejuvenescimento, porém sabemos que não são todos os ativos cosméticos que 
apresentam estudos comprovados e resultados científicos sobre um órgão tão importante como a pele 
humana (MOSER, 2018).
Considerada como um revestimento do organismo sendo indispensável à vida, apreciada na es-
tética e também em todas as outras ciências, a pele isola os componentes orgânicos do meio exterior 
e constitui-se em complexa estrutura de tecidos de várias naturezas, dispostos e inter-relacionados 
de modo a adequar-se harmonicamente, ao desempenho de suas funções (MOSER, 2018). Em sua 
apresentação, varia ao longo da sua extensão, sendo flexível e elástica, porém dependendo da região 
rígida (característica importante em estética), determinada por inúmeros fatores em ordem genética, 
como melanina, espessura de camadas, conteúdo de vasos sanguíneos e linfáticos (RIBEIRO, 2010).
Apresenta vários tipos celulares com inúmeras funções, entre elas: queratinócitos, mastócitos e células 
dendríticas que agem como proteção contra os agentes agressores internos e externos, protegendo o 
organismo contra as injúrias teciduais. Além disso, a pele apresenta a constituição de matéria orgânica 
altamente flexível, autorrenovável e extremamente especializada, estruturalmente uma combinação 
de quatro tecidos fundamentais: o epitelial, o muscular, o conectivo e o nervoso (RIBEIRO, 2010).
Suas alterações são constantes, apresentando funções como: regulação orgânica, barreira mecâni-
ca, regulação térmica, sensitiva e sexual, percepção de estímulos, tais como dolorosos, pressóricos e 
mecânicos (KEDE; SABATOVICH, 2009).
A pele atua formando a barreira protetora, prevenindo a penetração de agentes tóxicos e de micror-
ganismos do meio ambiente, devido à impermeabilidade cutânea apresentada na camada epidérmica 
formada pela presença de óleo, água e sais (KEDE; SABATOVICH, 2009).
A barreira representada pela camada epidérmica auxilia a retenção de água, prevenindo o resseca-
mento da pele, devido ao fator de hidratação natural e lipídios, destacando a composição de substâncias 
do fator natural de hidratação da pele: 40% por aminoácido, 12% lactato, 12% de sal sódico do ácido 
pirrolidona carboxílico, que é o PcNa e 7% de ureia. Entre os três lipídios encontrados na capa córnea, 
40 a 65% são as ceramidas e o restante são ácidos graxos e colesterol (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Além disso, essa barreira atua como agente contra os microrganismos e agentes de invasão, graças 
à formação de anticorpos que protegem a pele de infecções. Caso isso ocorra, a reação imunoló-
gica do indivíduo é ativada a partir das células de Langerhans contidas na epiderme e na derme 
(RIBEIRO, 2010).
15
UNIDADE 1
Contudo, a pele recebe a radiação solar desde que em doses equilibradas (20 minutos nas primei-
ras horas do dia ou no fim da tarde) como um coadjuvante na síntese de vitamina D3, auxiliando na 
atividade imunológica do organismo (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Ao tratar da anatomia da pele, esse epitélio apresenta espessura variável, diferenciando em pele fina 
e espessa. A pele espessa é encontrada somente na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas 
articulações, como joelho e cotovelo; todo o restante do corpo humano é protegido por pele fina. Nas 
pálpebras, a anatomia é considerada muito fina, destacando que a idade cronológica, o sexo e a cons-
tituição individual podem atuar sobre a espessura dessa camada. Citamos como exemplo a estrutura, 
homens apresentam pele mais espessa do que as mulheres, e as crianças a pele fina como a dos idosos 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
A integridade da pele depende de seus anexos que são formados por: pelos, unhas, glândulas se-
báceas e glândulas sudoríparas. Dentro dessa definição anatômica, a formação das unhas ocorre por 
meio da união dos folhetos, a camada córnea e a camada lúcida, que são intensamente cornificados 
(GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Quanto à anatomia dos folículos pilosos, eles se apresentam na superfície da pele, exceto na palma 
das mãos e na planta dos pés, nos lábios e na região urogenital interna. Como descrição, o folículo é 
uma haste rodeada de revestimento epitelial contínuo com a camada epidérmica, a glândula sebácea e 
o músculo eretor do pelo. A cor do pelo ocorre em razão da presença de melanócitos que se encontram 
entre as células epiteliais da raiz do folículo, produzindo o pigmento melanina, durante o processo 
do envelhecimento, as células produtoras do pigmento tendem a se danificar e parar o processo de 
pigmentação, aparecendo, assim, os pelos brancos (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).promovendo a for-
mação dos radicais livres e causando danos ao DNA celulares, 
107
UNIDADE 4
com isso acelera o fotoenvelhecimento e promove toxicidade, 
assim, explica que as pessoas com fototipo baixo apresenta risco 
epidérmico, necessitando de utilização de ativos fotoprotetores e 
antirradicais livres para suprir essa necessidade(AZULAY, 2011).
A melanina pode ser de 2 tipos: pigmentação melânica, que é 
a cor determinada pelos genes, não dependendo de exposição aos 
raios solares, considerada a cor da pele saudável, indispensável 
na fotoproteção, minimizando os efeitos nocivos ao DNA celular 
e ao câncer de pele; o outro tipo de pigmentação é denominado 
de melanina facultativa, sendo mais intenso, resulta na exposição 
solar ou patologias experimentais, reflete a capacidade que a pele 
tem de bronzeamento quando exposta à radiação (SOUZA, 2005). 
Outro fator inteiramente relacionado com a coloração da pele é 
o envelhecimento, devido ao fato que várias mudanças e alterações 
estão relacionadas e esse fenômeno e são causadas ao fotoenvelhe-
cimento, sendo a afecção que mais reflete a exposição acumulativa 
ao sol, a reação direta é que os melanócitos envelhecidos possuem, 
depois de anos expostos à radiação ultravioleta, uma atividade 
funcional elevada, produzem cada vez mais melanina e de forma 
irregular ou heterogênea (SOUZA, 2005).
Todos os tratamentos faciais relacionados à inflamação para, 
depois, um reparo tecidual precisa estar extremamente contro-
lados, pois as inflamações produzem a secreção do mediador 
interleucinas 1, que pode estimular a produção de fatores pelos 
fibroblastos da derme e queratinócitos, estimulando a proliferação 
dos melanócitos, seguido de indução a um aumento da ativi-
dade da enzima tirosinase nos melanócitos, consequentemente, 
aumento da produção de melanina (SOUZA, 2005).
O pigmento biológico melanina é o principal envolvido na 
pigmentação cutânea, com diferentes concentrações nas colorações 
da pele, define-se como uma defesa da pele contra os efeitos danosos 
das radiações ultravioletas, além de ser capaz de absorver e refletir 
raios solares e captar espécies reativas de oxigênio. Essa melanina 
apresenta características antioxidantes, protegendo o DNA contra 
os efeitos carcinogênicos e mutagênicos (AZULAY, 2011).
A formação da melanina ocorre, porém, nas desordens pig-
mentares, ou seja, nas colorações heterogêneas ocorre uma de-
sordem quanto a formação do pigmento, apresentado de forma 
não uniforme nas camadas da pele (RIBEIRO, 2010).
108
UNICESUMAR
Existem vários tipos de melanose, que podem se 
manifestar a nível de epiderme e derme. Quando 
ocorre a nível de epiderme, a produção do pigmento 
ocorre pelos melanócitos ativos no local, exemplos 
clássicos desse tipo de pigmentação são as sardas, 
as H.P.I (hiperpigmentação pós-inflamatória). As 
melanoses que acometem a derme são denomina-
das hipermelanose dérmicas, que ocorrem com au-
mento de produção de melanina sem modificação 
no número dos melanócitos ativos, por exemplo: o 
bronzeamento e o lentigo (RIBEIRO, 2010).
Essa forma de hiperpigmentação é predomi-
nantemente em fototipos mais altos, como citado 
anteriormentem sendo que a melanogênese foi 
estimulada e o tratamento será de maior com-
plexidade quando o pigmento estiver situado na 
derme, devido à quebra da membrana basal do 
melanócito no processo de fagocitose e a liberação 
do conteúdo na derme, dificultando a chegada de 
cosméticos tópicos nesta região (MOSER, 2018).
Quando falamos de hipermelanose epidérmi-
ca, os mecanismos incluem o aumento na produ-
ção do pigmento e também o tamanho da orga-
nela melanossoma, além de diminuição acelerada 
da renovação dos queratinócitos da epiderme, 
isso reflete em manchas localizadas ou difusas, 
podendo ter particularidades anatômicas, como 
face, no caso da afecção melasma, e mãos, em caso 
de melanose denominada acral (RIBEIRO, 2010).
No caso das hipermelanoses dérmicas, sua res-
posta de pigmentos vem dos pigmentos transfe-
ridos da epiderme, os casos mais comuns são as 
sardas, que é uma mancha pequena, apresentando 
diâmetro inferior a 0,5, com que normalmente apa-
rece a partir dos 3 anos de idade, em áreas expostas 
ao sol e especificamente em pessoas de peles e olhos 
claros, em que a maior características não é o au-
mento dos melanócitos, mas sim da produção do 
pigmento pelos melanossomas (RIBEIRO, 2010).
Ao citarmos as sardas, afecções nas hipermela-
noses genéticas, temos que fazer uma relação direta 
aos Fitzpatrick, além de existir uma alta probabili-
dade ao desenvolvimento ao câncer de pele devido 
aos baixos fototipos (MOSER, 2018).
Outra manifestação de hipermelanose dérmi-
ca e a mais frequente é o cloasma ou melasma, 
sendo uma alteração de pigmentação, caracte-
rizado por manchas castanhas claras ou escuras, 
com bordas irregulares, podendo ocorrer em lo-
cais como a face, o colo e, raramente, nos braços, 
porém sempre em áreas expostas ao sol. Suas 
características são simétricas, observando uma 
predisposição em regiões centro facial, malar, 
lábios superiores e queixo. Essa afecção é mais 
comum em mulheres, e a maior frequência são 
os latinos e asiáticos, sendo também não consi-
derada uma afecção hereditária, em que pode ser 
alterada por excesso de radiação solar, gravidez, 
alguns medicamentos, incluindo o estrógenos e 
a progesterona juntos (RIBEIRO, 2010).
A formação da melanina se trata de uma reação bioquímica que ocorre na célula do melanó-
cito, localizado na camada basal, cujo objetivo é a produção do pigmento melanina, sendo 
estimulado pela enzima tirosinase.
Ainda, a hipermelanose epidermal ocorre por aumento na produção do pigmento, e tam-
bém por aumento do tamanho do melanossoma no melanócito. Na hipermelanose dermal, 
ocorre a transferência do pigmento da epiderme à derme, dificultando seu tratamento, que 
é o que ocorre, por exemplo, quando tratamos do melasma.
109
UNIDADE 4
Durante a gestação, observa-se que essa hi-
perpigmentação tem uma ligação direta com 
a alteração hormonal, pois os hormônios es-
timuladores da melanogênese (MSH) são se-
melhantes ao ACTH, que apresenta alteração 
a nível sérico pelo estrógeno e progesterona 
durante o período gestacional; essa hiperpig-
mentação poderá apresentar uma regressão no 
pós-parto espontaneamente (RIBEIRO, 2010).
Na gestação, essas alterações pigmentares 
podem ocorrer em até 90% das gestantes, po-
rém com maior incidência e fototipos mais 
altos, sendo que, no início, essas pigmentações 
ocorrem na região areolar e a linha alba, tam-
bém podem aparecer nas genitálias, períneo, 
axilas e face interna das coxas (MOSER, 2018).
Esse pigmento conhecido como melasma 
tem início no segundo trimestre da gestação, 
sendo mais comum também a partir da se-
gunda gestação e, nesses casos, o aparecimento 
mais comum é o tipo centro facial, seguido do 
malar e mandibular (MOSER, 2018).
Nossa pele apresenta uma proteção natural, 
com bactérias que fazem parte da flora facial. 
Principalmente quando essa microbiota fica 
alterada e gera processos inflamatórios, estes 
servem de “gatilho” para o processo de hiper-
pigmentação, devido ao fato de desencadear 
o estresse oxidativo e, por consequência, são 
capazes de estimular a síntese da melanina. 
A etiologia dessa afecção de hipermelanose é 
multifatorial e ainda não é bem definida, porém 
existem alguns fatores ligados ao seu desenca-
deamento, como: a exposição solar juntamente 
com fatores genéticos e hormonais endógenos 
ou até exógenos, como reposição hormonal 
(MOSER, 2018).
No melasma, observa-se que os melanócitos 
presentes na região se encontram com a ativida-
de aumentada significativamente, apresentando 
mais melanossomas, aumentando sua produção, 
além de apresentar mais células ativas nas ca-
madas da pele (epiderme e derme) (BORGES; 
SCORZA, 2016).
110
UNICESUMAR
Quanto às concentrações de pigmento nas camadas, o me-
lasma se distribui da seguinte forma: na epiderme, a melaninase concentra com acúmulo na camada basal; e na derme, esse 
pigmento é encontrado nos macrófagos em regiões médias 
dessa camada (RIBEIRO, 2010).
Histologicamente, observamos que a afecção melasma não 
ocorre somente com o aumento da síntese dos melanossomas 
e também com a atividade cíclica das células melanocítica, 
obtendo como resposta o acúmulo dos melanossomas na epi-
derme. Além disso, o melasma pode ser dividido, histologi-
camente, em epidérmico, quando apresenta um depósito de 
pigmento nas camadas basais e suprabasais e, até mesmo, nas 
camadas córneas; e dérmico, quando observam-se células de 
defesa os macrófagos carregadas de melanina nas camadas su-
perficiais e profundas da derme (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Essa avaliação quanto à histologia dessa afecção ocorre por 
meio de uma Luz apropriada denominada Luz ou Lâmpada de 
Wood, é específica por conter um filtro de óxido de níquel que 
analisa a profundidade da pigmentação. Esse exame deve ser 
realizado com a pele no escuro e com uma distância de 15 cm 
da área a ser avaliada; os resultados obtidos são analisados da 
seguinte forma: quando a pigmentação fica acentuada, significa 
que a mancha está na epiderme; se a mancha ficar atenuada, 
está na derme, quando comparados a uma pele com coloração 
normal. Isso ocorre devido ao fato que a maior parte da luz é 
absorvida e apenas uma pequena quantidade torna aos olhos, 
consequentemente a pele parece enegrecida (KEDE; SABA-
TOVICH, 2009).
A exposição solar durante a “instalação” ou formação do 
melasma pode gerar o eritema, que será definido como uma 
reação vascular, sendo extremamente prejudicial, pois resultará 
em inflamações subdérmicas que poderá piorar a hipermela-
nose melasma (BORGES; SCORZA, 2016).
111
UNIDADE 4
Não podemos esquecer o fator crônico apre-
sentado por essa disfunção, por isso, torna-se 
extremamente complexo sua abordagem. O fato 
deve-se, também, por vários fatores envolvidos, 
diversas etiopatogenias. Estudos mostram que, 
no inverno, a hipermelanose se cronifica e, em 
períodos do verão, ela se exacerba. Isso afirma 
uma das teorias aceitas descritas que a radia-
ção ultravioleta estimula a oxidação dos lipídios 
da membrana plasmática celulares, formando 
radicais livres que estimulam os melanócitos 
a formarem melanina, provocando a hiperpig-
mentação cutânea (MOSER, 2018).
Outra forma de alteração na pigmentação da 
pele são as hiperpigmentação pós-inflamatória, 
em que a principal incidência são as pessoas de 
pele escura seguida de algum “tipo” de inflama-
ção, como acne, dermatites ou traumas, inclusive 
estéticos não preparados, que poderão persistir 
por vários meses, isso devido à liberação de um 
mediador inflamatório denominado citocinas, 
que estimula a melanogênese (RIBEIRO, 2010).
As hiperpigmentações por reações fototóxi-
cas ou fitofotodermatite são hiperpigmentações 
causadas pelo contato com substâncias fotos-
sensibilizantes associadas à exposição solar, são 
manchas que evolui com resposta inflamatória, 
podendo até gerar uma bolha, posterior a uma 
hiperqueratose e hiperplasia melanocítica, que 
leva à hiperpigmentação, também poderá ocor-
rer pelo uso de medicação sistêmica fotossensi-
bilizante ou uso tópico, ou alimentos, ou plantas 
e associação ao sol (RIBEIRO, 2010). 
Quando relatamos as hipermelanoses a lenti-
gos, descrevemos as manchas pequenas, circuns-
critas, de coloração castanho-escura ou negra, 
normalmente encontradas em áreas expostas ao 
sol, elas podem ser denominadas de manchas 
senis, seu aparecimento ocorre devido ao acúmu-
lo de danos causados pelo sol ao longo da vida, 
geralmente aparecem depois dos 50 anos, sendo 
que o pigmento é encontrado na camada basal, 
apresentando-se de forma bem intensa e ativando 
mais melanócitos ativos (RIBEIRO, 2010).
Essas hipermelanoses podem ser conhecidas 
como lentigos actínicos, ou senis, e são oriun-
dos da exposição solar, por isso chamados tam-
bém de lentigos solares, mais comum em peles 
com fototipos baixos, são observados a partir 
dos 30 anos de idade, suas lesões aparecem de 
forma rasa, de coloração marrom e uniforme, 
mais evidente em dorso das mãos e lateral da 
face, com aumento expressivo do número de 
melanócito ativos, porém de origem benigna 
(MOSER, 2018).
Ao se tratar de melanose periorbital, as pri-
meiras manchas que tratamos serão as olheiras, 
porém sabemos que elas se apresentam de for-
ma hereditária e adquirida, assim, quando de 
origem genética, essa melanose não apresenta 
reversão. Como definição hipermelanose, lo-
calizada na região periocular, ocasionada pelo 
aumento da melanina na epiderme, apresentan-
do resultados aos cosméticos somente a nível 
superficial, as melhoras são obtidas somente 
com recursos médicos (RIBEIRO, 2010).
112
UNICESUMAR
Quando os pigmentos são de origem da 
hemoglobina, essa hipermelanose poderá ser 
dividida em duas categorias: oxihemoglobi-
na, definida como pigmentação vermelha que 
mantém a homogeneidade da cor da pele; e a 
desoxi-hemoglobina, identificada pela cor azul, 
definida como uma hemoglobina desoxigenada, 
que também está relacionada com as hiperpig-
mentações periorbitais. Contudo, essas hiperme-
lanoses, independentemente de sua origem, não 
vêm apresentado resultados na terapia cosmética 
(BORGES; SCORZA, 2016). 
Quando a hipermelanose tem sua origem 
genética, observa-se uma herança do tipo au-
tossômica dominante, aparecendo ainda na in-
fância ou na adolescência apresentando uma 
tendência nos indivíduos turcos, hindus e ibé-
ricos (MOSER, 2018).
Essa pigmentação não apresenta mudança na 
coloração da pele, porém a pálpebra fica mais es-
cura com a presença da dilatação dos vasos; a hi-
percromia ocorre devido ao acúmulo de hemos-
siderina; e em decorrência do extravasamento 
dérmico sanguínea, decorre a transformação do 
grupo Heme da hemoglobina com liberação de 
íons ferro, originando a formação de radicais li-
vres que estimulam os melanócitos a aumentar 
a produção do pigmento (MOSER, 2018).
Alguns fatores podem contribuir para a piora 
do quadro ou até o aparecimento da hipermela-
nose periorbital, sendo eles: o tabagismo, o álcool, 
a respiração bucal, noites mal dormidas, alguns 
medicamentos vasodilatadores (colírio), anti-
concepcionais, quimioterápicos, antipsicóticos. 
A presença de algumas patologias podem causar 
essa hipermelanose, algumas seriam: retenção hí-
drica, edema palpebral, tireopatia, nefropatias, 
cardiopatias e pneumopatias. Uma das formas de 
tratamento que poderiam amenizar os aspectos 
estéticos incluem a suspensão de fatores desenca-
deantes, estimulação para remoção da hemossi-
derina pré formada e utilização fotoproteção com 
hidratação (MOSER, 2018).
Quando se trata de hiperpigmentação perior-
bital, predominantemente melânica, acomete indi-
víduos mais velhos, aparentemente com fototipos 
mais elevados, porém também pode ocorrer em 
fototipos mais baixos, e sua ocorrência se deve ao 
fato da exposição excessiva à radiação solar. Sabe-
mos que as causas da hipermelanose periocular é 
multifatorial, podendo ser influenciada por vários 
fatores, inclusive, de condições anatômicas, por 
se tratar de uma região delicada com espessura 
e estrutura muscular diferenciada em pálpebra, 
com proeminentes sulcos e depressões que facilita 
a hiperpigmentação (MOSER, 2018).
Como vimos, entender profundamente sobre 
as hipermelanoses, saber suas características 
e suas diferenciações é extremamente impor-
tante para o profissional tecnólogo em Esté-
tica e Cosmética. Sendo assim, convido você, 
caro(a) aluno(a), a ouvir o nosso podcast, que 
trata sobre as hipermelanoses mais comuns 
e de mais difícil tratamento nos consultórios 
de estética facial.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3408
113
UNIDADE 4
Os tratamentos visando o clareamento das hipermelanoses de 
várias etiologias precisam ser tratadas em várias frentes, sendo que 
o primeiro objetivo será a penetração de radiação sobre essa pele, 
com a utilização de filtrossolares e, depois, utilizar cosméticos com 
ativos que apresentem ações clareadoras, entre elas a inibição da 
tirosinase, agir sobre a diminuição dos melanócitos funcionais e 
das reações inflamatórias, acionar a ação antioxidante dos pre-
cursores da melanina na reação da melanogênese e promover a 
esfoliação dos queratinócitos carregados em melanina, que atuam 
na epiderme (RIBEIRO, 2010).
Em todo tratamento cujo objetivo é o clareamento da hipermelanose, principalmente o me-
lasma, o cosmético terá que atuar em todas as “frentes” de ação dentro do melanócito. Você, 
aluno(a) consegue lembrar de todas para elaboração de seu cosmético clareador?
Observamos que alguns princípios ativos são que 
sua ação está diretamente ligada a controlar a pig-
mentação da pele, é obtido sinteticamente por 
biotecnologia ou também em extratos de plantas, 
sendo capazes de inibir enzima tirosinase, obten-
do, com essa ação, uma melhoria até mesmo na 
qualidade de vida dessas pessoas (MOSER, 2018).
Ao proporcionar os tratamentos para hiper-
pigmentação ou hipermelanose, os resultados 
irão depender do tipo e intensidade dessa man-
cha, os cuidados mais efetivos visam na utilização 
do protetor solar e de ativos que serão competi-
dores e inibidores da tirosinase, além de procedi-
mentos estéticos, como peeling químico e que 
favorecerá a permeação dos ativos cosméticos 
e dos ativos despigmentantes (MOSER, 2018).
Como nosso objetivo é a melhora dos qua-
dros de hipermelanose, existem recomendações 
quanto aos tratamentos clareadores, ou seja, 
esse tratamento deverá ser seguido de orienta-
ções e precauções para que não haja intercor-
rências, sendo importante lembrar o paciente 
que o resultado dependerá da continuidade do 
uso no home care para ser mais eficaz; a manu-
tenção se faz necessária e o tratamento não tem 
prazo para terminar, ele seguirá por período de 
manutenção (SOUZA, 2005).
Durante todos os tratamentos de aplicação 
em home care, a pele deverá estar higienizada e 
hidratada, para melhor penetração dos ativos. 
Antes, para preparação do tratamento, a reco-
mendação é a realização da limpeza de pele, 
em que poderá ser incluído um peeling quími-
co para facilitar a “abertura” ou “diminuição” 
da aca córnea da pele, porém não exceder o 
processo inflamatório que deverá estar sempre 
controlado, evitando estímulo de melanogênese 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
114
UNICESUMAR
Não é recomendável a aplicação em peles 
em menores que 12 anos, gestantes ou lac-
tentes, nem em peles inflamadas com quei-
maduras solares ou bronzeadas (KEDE; SA-
BATOVICH, 2009).
A indicação quanto ao uso do filtro solar 
se faz indispensável pelo menos 2 a 3 vezes ao 
dia com nível adequado de proteção de UVA 
e UVB, além de utilizar chapéu ou qualquer 
recurso à exposição demasiada ao sol, mes-
mo em período de outono e inverno (KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
Para promover calmaria na pele ao utilizar 
algum clareador que promover alto grau de 
aquecimento, utilizar compressas com água 
fria e não fazer uso de soro ou água oferecidas 
pela indústria (SOUZA, 2005).
A avaliação realizada pelo profissional é de pro-
funda importância para eficácia e otimização dos 
resultados alcançados, além de que o profissional 
não deverá, jamais, prometer o que não poderá cum-
prir, pois dependendo da localização do pigmento, 
os cosméticos não alcançam e o tratamento deverá 
seguir de outra forma, como microagulhamento ou 
procedimentos injetáveis (SOUZA, 2005).
REALIDADE
AUMENTADA
Caro(a) aluno(a), com todos esses conhecimentos adquiridos, você precisa entender e compreender 
a importância dos fatores que interferem na síntese de melanina, assim, conseguirá compreender 
cada tipo de melanose, suas característica e como são formadas. Após você, como profissional, 
entender todos os mecanismos formadores das manchas, conseguirá elaborar tratamentos, tanto 
preventivos como amenizadores das mais variadas manchas, utilizando os recursos cosméticos 
associados aos recurso eletroterápico, otimizando cada vez mais os resultados e orientando pa-
cientes a continuar seus tratamentos a home care para cada vez mais contribuir com a melhora 
dos seus tratamentos, essa é a importância desse conhecimento. 
Caro(a) aluno(a), vamos construir, agora, um Mapa Mental para ajudar na organização e 
compreensão dos conteúdos abordados até aqui. Sendo assim, a partir dos conceitos centrais 
da unidade, preencha o Mapa com informações, como frases de ligação, que se associam a esses 
conceitos. É importante que você dê continuidade ao Mapa Mental, pois essa prática irá te ajudar 
a memorizar os principais pontos estudados.
Tratamento com peeling químico para melasma
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1. Paciente do sexo feminino, 38 anos, chega na clínica de estética em busca de um tratamento 
estético apresentando um quadro de envelhecimento instalado, com linhas de expressão está-
tica e dinâmica, rugas superficiais e algumas melanoses solares, usa filtro solar algumas vezes 
na semana e não utiliza nada específico home care, sua ingesta hídrica não passa de 1,5 litros 
de água dia. De acordo com essa situação clínica, analise as alternativas e assinale qual seria a 
melhor opção de tratamento para essa paciente.
I) Após a avaliação, seria proposto uma hidratação para, posteriormente, o tratamento de peeling 
químico.
II) Avaliação, hidratação e tratamentos indutores de colágeno.
III) Peeling químico, como ácido glicólico, e tratamentos indutores de colágeno.
IV) Somente tratamentos agressores, como carboxiterapia, peelings e radiofrequência.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) Apenas I e IV estão corretas.
2. Segundo Ribeiro (2010), a principal função da melanina é conferir proteção à pele contra os 
raios solares. Os melanócitos são células que produzem a melanina, uma substância responsá-
vel pela coloração da pele e pela fotoproteção, porém seu excesso pode causar desequilíbrio 
e manchas. Diante dessa afirmação, avalie as asserções e razões que seguem, assinalando a 
alternativa correta.
AFIRMAÇÃO
I) Em estudos realizados, o melasma é uma patologia que recruta os melanócitos ativos e aumenta 
a produção da síntese melânica.
PORQUE
II) Um dos tratamentos utilizados para manchas em geral seria a associação dos tipos diferentes 
de peeling (físico, químico e mecânico), e esses tratamentos teriam uma frequência de 7 a 15 
dias de intervalo.
a) As duas questões estão corretas, porém a II não é a justificativa da I.
b) As afirmações I e II estão corretas e a II justifica a I.
c) As duas afirmações estão incorretas.
d) A afirmação I está correta, porém a II está incorreta.
e) A afirmação I está incorreta e a II está correta.
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3. Segundo Kede e Sabatovich (2011), as manchas são variações da cor na pele devido a alterações 
na quantidade de melanina. São chamadas as manchas hipercrômicas as alterações mais escuras 
em relação a pele, e hipocrômicas as alterações mais claras. Sobre o exposto, analise as sentenças 
a seguir e assinale a alternativa correta.
I) As sardas ou efélides são manchas hipocrômicas.
II) Os lentigos actínicos são manchas hipercrômicas comum em dorso de mãos.
III) Melasmas são manchas decorrente, normalmente, de fatores hormonais e apresentam caráter 
hipercrômico.
IV) As manchas solares são alterações decorrentes da exposição solar e envelhecimento, apre-
sentando um caráter hipocrômico.
a) Apenas as afirmativas I e III.
b) Apenas as afirmativas II e III.
c) Apenas as afirmativas III e IV.
d) Apenas as afirmativas I e IV.
e) Apenas as afirmativas II e IV.
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1. A. Em todas as situações, a pele deveráser avalia-
da, e antes de qualquer procedimento, devemos 
hidratar a pele para depois iniciar os tratamentos 
despigmentantes, assim a pele estará protegida e 
também terá melhor permeação dos cosméticos 
aplicados.
2. E. Normalmente, os tratamentos com peelings pre-
cisam ter uma frequência de, no mínimo, 15/15 dias 
para não haver uma grande agressão de estrato 
córneo, gerando muita inflamação e futura mela-
nogênese.
3. B. Essa alternativa está correta, pois essa questão 
descreve simplesmente as definições apresentadas, 
e as outras alternativas apresentam as definições 
descritas de forma contrária de como elas são.
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AZULAY, R. D. Dermatologia. 5. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F, A. Terapêutica em Estética, Conceitos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 
Editora Phorte, 2016.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2009.
MOSER, I. Peeling, Como eu faço? Londrina: Midiograf II, 2018.
RIBEIRO, C. de J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010.
SOUZA, V. M. de. Ativos dermatológicos: Guia de ativos dermatológicos utilizados na farmácia de ma-
nipulação para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2005.
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M
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	_Hlk55307572
	_GoBack
	Sistema Tegumentar: a Pele e seus Anexos
	Acne
	Envelhecimento 
	Hiperpigmentações
	_Hlk55318881
	_GoBack
	_Hlk55392438
	_Hlk55397241
	_GoBackEste anexo apresenta como função básica a proteção contra o calor e o frio, além de proteger contra 
as partículas estranhas do meio ambiente, cada parte do pelo é composta de duas ou três camadas de 
queratina que é uma proteína altamente organizada estruturalmente. Anatomicamente, existem dois 
tipos de pelo: os velus, que são curtos e pigmentados, além de muito finos, eles apresentam distri-
buição em toda a superfície corporal; e os pelos terminais que são mais longos e grossos, apresentam 
mais pigmentos e são encontrados no púbis, na face, nas axilas, nas pálpebras, no couro cabeludo, nos 
braços e nas pernas (RIBEIRO, 2010).
As glândulas sebáceas são encontradas em todas as regiões do corpo, sendo anexadas aos pelos, 
apresentam-se numerosas e menor volume em regiões em que os pelos são abundantes. Sua localiza-
ção ocorre na derme e sua excreção são lipídios que apresentam uma ligeira ação bactericida. Junto 
à sudorípara, conservam a temperatura corpórea e protegem o organismo contra a proliferação de 
bactérias (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Tratando somente das glândulas sudoríparas, elas são encontradas, praticamente, em todo o corpo, 
variando em número dependendo de cada região e apresentando diminuição com a idade, sua excre-
ção é uma mistura de fluido de cloreto de sódio, com traços de ureia, sulfatos e fosfatos (RIBEIRO, 
2010). Localiza-se na derme, por meio do folículo piloso e do poro, e entre suas funções básicas estão 
a eliminação de líquidos formados por água e ureia, e o controle da transpiração. Isso ocorre por dois 
tipos de glândulas: a écrina, produtora do suor inodoro e controlada pelo sistema nervoso central, e a 
apócrina, que apresenta uma produção ligeiramente viscosa com odor fétido (RIBEIRO, 2010).
16
UNICESUMAR
Anatomicamente, as glândulas sudoríparas écrinas, encontradas por toda a pele, apresentam-se 
mais numerosas na testa, no couro cabeludo, nas axilas, nas palmas das mãos e nas plantas dos 
pés, localiza-se a partir da epiderme com sua secreção situada na junção derme e epiderme, sua co-
municação com o meio externo ocorre por meio do ducto. As glândulas apócrinas são em pequeno 
número na infância, porém apresentam ativas na puberdade, sua concentração ocorre na região 
pubiana e axilar (RIBEIRO, 2010).
Estrato córneo
Estrato lúcido
Estrato granuloso
Célula dendrítica
Estrato espinhoso
Melanócito
Estrato Basal
Membrana Basal
Derme
Figura 1 - Estrutura da Epiderme
É importante lembrar que a pele apresenta o potencial hidrogeniônico (pH) ácido, que é o resultado de 
concentrações das substâncias hidrossolúveis contidas na camada córnea das secreções sudoríparas e 
sebáceas, bem como o pH do ácido carbônico, que chega à superfície da pele por difusão pela junção 
dermoepidérmica. Dermatologicamente, o pH pode neutralizar pequenas quantidades aplicadas de 
agentes tópicos ácidos ou alcalinos na superfície cutânea (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Ao retornar a anatomia da pele descrevendo sobre sua composição química, a pele apresenta um 
pH fisiológico, sendo que o pH da pele é ácido, apresentando em valores de 5.5 a 6.5 com variações 
topográficas. Por exemplo, um sabonete, para ser considerado suave, precisa ter pH igual ou menor 
que 7. Em tratamentos à base de peeling químico, por exemplo, a pele chega a atingir um pH de até 
2.5, podendo favorecer uma irritação cutânea (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004). 
A pele apresenta subdivisões de camadas, sendo composta por três camadas de tecidos: uma su-
perior: a epiderme; uma intermediária: a derme, ou cório; e uma profunda: a hipoderme ou tecido 
celular subcutâneo (RIBEIRO, 2010).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma estrutura microscópica da epiderme em camadas, sendo da mais superficial para a mais 
profunda. Inicia-se com o estrato córneo, o estrato lúcido e o estrato granuloso, seguido pela célula dendrítica e o estrato espinhoso. Em 
seguida, a imagem apresenta o melanócito e, por fim, o estrato basal, a membrana basal e a derme.
17
UNIDADE 1
Caro(a) aluno(a), devemos aprofundar os conhecimentos das camadas da pele para entender 
como ocorrem por meio de suas camadas e seus anexos a presença de uma de suas principais 
características, que é a absorção. Já pensou como profissional nesta função da pele? Pois, en-
tão, ela permite que a pele receba os cosméticos que farão a diferença em seus tratamentos.
A primeira camada considerando de fora para dentro, sendo a mais superficial, é a epiderme. Ela 
é formada por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, apresenta variações topográficas 
desde 0,04 mm nas pálpebras até 1,6 mm nas regiões palmoplantares; a espessura, na maior parte 
do organismo, é avascular, assim depende da derme, sendo dividida em cinco camadas distintas que 
continuamente são substituídas, e apresenta cinco tipos de células. Uma das células é o queratinócito, 
também chamado de corneócito, que constitui cerca de 80% da população de células da epiderme e é 
responsável pela constante renovação ou descamação da camada (RIBEIRO, 2010).
A nível celular de formação dessa camada, os outros constituintes celulares que pertencem a essa 
camada são: as células de Langerhans, que é de 2 a 8% e pertencem ao sistema imunológico; as células 
de Merkel, 3%, que funcionam como um tipo de receptor tátil; e os melanócitos, de 5 a 10%, responsável 
pela produção do pigmento melanina (RIBEIRO, 2010).
A célula produtora do pigmento mais importante do corpo humano se localiza nessa camada, 
conhecida como melanócitos, promove o pigmento da pele devido à liberação da melanina, definida 
como pigmento endógeno, cuja função é a absorção dos raios ultravioletas e auxiliar no escurecimento 
da pele, podendo se distinguir em dois tipos: eumelanina, pigmento de cor escura, e a feomelanina, de 
cor vermelha (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Quando ocorre a falta do pigmento melânico patologicamente, por exemplo, no albinismo, nossa pele 
perde uma de suas funções essenciais que é dispersão da luz natural e da luz artificial. Existem outros 
pigmentos para auxiliar na coloração do humano, que são considerados como exógenos: os carote-
noides, que garantem a tonalidade amarela no nível epidérmico pela ação de certos alimentos, e a oxi 
hemoglobina, presente em arteríolas e capilares contidos na derme papilar, e que garante a coloração 
vermelha, além da hemoglobina produzida na pele que caracteriza a cor azul (MOSER, 2018).
A nível químico, essa camada apresenta um pH ácido em todas as suas camadas, sendo a maior 
na camada córnea, apresentando um pH entre 5.4 e 5.6; a camada espinhosa possui um pH de 6.9; 
e a camada basal ou germinativa tem pH de 6.8, isso devido seu alto poder mitótico e metabólico 
(MOSER, 2018).
A epiderme, como citado anteriormente, apresenta uma subdivisão em cinco camadas distintas 
e com características diferentes e próprias, principalmente, a nível de formação (RIBEIRO, 2010). A 
seguir, as camadas estão descritas de dentro para fora.
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UNICESUMAR
• Camada basal: a mais profunda da epiderme, constituída por 2 tipos de células, as células 
basais e os melanócitos. Apresenta grande capacidade mitótica, é responsável pela renovação 
da epiderme, num período de 21 a 28 dias; as células apresentam uma superfície estratificada 
apoiada na membrana basal.
Definida como estrato germinativo, é a camada mais profunda da epiderme, sendo localizada próximo 
à derme, suas células são as basais, também conhecidas como germinativas, e os melanócitos. Ela apre-
senta uma única fileira de queratinócito que pode ser chamado de células germinativas, que apresenta 
um formato cúbico ou cilíndrico, que ficam dispostos um ao lado do outro, a maioria com capacidade 
de multiplicação, ou mitose. Dessas células, 10% são células-tronco, 50% são células amplificadoras e 
40% são células pós-mitóticas, que se movem para a periferia da epiderme na camada basal. As célu-
las iniciam o processo de diferenciação celular, ou seja, sofrem uma série de alterações bioquímicas e 
morfológicasque resultam na produção de células mortas que serão retiradas da superfície cutânea e, 
naturalmente, substituída por novas células – esse processo pode ser definido também como “tunover 
celular” (RIBEIRO, 2010).
Sua função é a produção de novas células que se deslocam para as camadas mais superficiais da pele, 
esse processo caracteriza o processo de formação dos estratos adjacentes espinhoso, granuloso e córneo. 
Quando as células se afastam da fonte de nutrição, elas começam a morrer e sofrem a queratinização, 
esse ciclo mitótico da célula é por volta de 28 dias, desse modo, a queratina endurece e impermeabiliza 
parcialmente a epiderme, garantindo a manutenção da pele.
• Camada espinhosa: suas células apresentam aspecto espinhoso, é a função, a manutenção e 
a ligação entre as células da epiderme e, consequentemente, entre o atrito. Também conhecida 
como estrado de Malpighi, apresenta como característica uma espessura diferenciada, situando 
acima da camada basal, formado por fileiras de células de queratinócitos, variando seu número 
de acordo com fatores endógenos e exógenos. Os formatos celulares são em poliedros, que, 
ao deixarem o estrato basal, passam importantes transformações morfológicas moleculares e 
histoquímicas. Nessa camada, os queratinócitos têm aparência de células com espinhos na sua 
superfície (RIBEIRO, 2010).
• Camada granulosa: nessa camada, a principal característica é a presença de grânulos de que-
rato-hialina, sua apresentação anatômica segue em direção à epiderme. À medida que esses 
grânulos aumentam de tamanho, o núcleo dessas células se desintegram e ocorre a apoptose 
celular do estrato granuloso, esses grãos de queratina liberados serão constituídos por profi-
lagrina, que se converte em filagrina, que é uma proteína que proporciona resistência a essa 
camada (RIBEIRO, 2010).
• Camada lúcida: é uma camada presente somente em áreas de pele espessa, não sendo ob-
servada com facilidade. Essa camada pode ser denominada de transição, pois se situa entre os 
estratos granuloso e córneo, presentes na pele da planta dos pés e palma das mãos. Observa-se 
que, nessa fase, as células se encontram anucleados e formam uma faixa clara e homogênea 
(RIBEIRO, 2010).
• Camada córnea: essa é a camada mais superficial que estamos em contato pelo meio externo, 
suas células são anucleadas, apresentam membranas celulares espessas, e o citoplasma corres-
19
UNIDADE 1
ponde a um sistema de um filamento de queratina. As células são ligadas e chamadas de cor-
neificadas, apresentam como característica a proteção do organismo contra os microrganismos 
e a perda de água, suas células são diferenciadas, sendo achatadas e não apresentando núcleo, 
têm espessura variável de acordo com a localização anatômica, podendo atingir até 1,5 mm de 
espessura. Os queratinócitos localizados nessa camada promovem o processo de maturação e 
descamam essa camada (RIBEIRO, 2010).
Essa camada apresenta, fisiologicamente, de 10 a 30% de água, caso esse valor estiver abaixo dos 10%, 
essa camada está desidratada, ou seja, o equilíbrio de hidratação e lubrificação na camada superficial 
da epiderme reflete luminosidade e suavidade da pele (RIBEIRO, 2010).
Logo abaixo da epiderme, temos a 2ª camada anatômica, denominada de derme ou o cório. Como 
tecido compreende denso estroma fibroblástico, no qual se situam as estruturas vasculares, nervosas e 
os órgãos anexiais da pele, glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos (KEDE; SABATOVICH, 
2009). Essa camada é formada, especialmente, de tecido conjuntivo e se comunica com a 3ª camada da 
pele. Localizam-se nessa camada as fibras elásticas, reticulares e fibras colágenas, sua nutrição ocorre por 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Observa-se também que essa camada apresenta variações 
de espessura de acordo com as partes do corpo (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Pode ser definida como camada intermediária ou, também, de sustentação da pele e apresenta um 
pH alcalino. Quanto à origem embrionária é do mesoderma e, histologicamente, apresenta tecido 
conjuntivo propriamente dito, pelo qual a epiderme se fixa. Além disso, essa camada é constituída 
por células denominadas fibroblasto, responsável pela síntese de fibras de colágeno, elastina e por 
enzimas, como colagenase. Outras células também compõem essa camada, sendo elas: os macrófagos, 
os linfócitos e os mastócitos que desempenham a defesa imunológica dessa estrutura intermediária 
(BORGES; SCORZA, 2016).
A derme é altamente vascularizada por vasos sanguíneos e linfáticos, apresenta em sua anatomia 
estruturas nervosas sensoriais e musculatura lisa. É dividida em duas camadas: a camada superficial 
ou papilar, formada por tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo, sendo localizada ime-
diatamente abaixo da epiderme, e a camada reticular, ou profunda, composta de tecido conjuntivo 
propriamente dito do tipo denso, não modelado, e situada profundamente em relação à camada papilar 
(BORGES; SCORZA, 2016).
A derme papilar apresenta como característica a maior quantidade de matriz extracelular, no entanto, 
menos colágeno e elastina; as fibras de colágeno e elastina estão arranjadas de maneira mais dispersa e 
orientadas perpendicularmente em direção à superfície; os vasos sanguíneos contidos nessa camada, 
embora abundante, são pequenos e com diâmetro de capilares. Contudo, a maior parte da derme é 
formada da camada reticular, sendo constituída de fibras de colágeno longas e espessas e fibras de 
elastina, geralmente assumindo um arranjo longitudinal paralelo à superfície cutânea (BORGES; 
SCORZA, 2016).
Essa camada demonstra uma significativa variação estrutural em diferentes regiões do corpo, em 
que uma região mais espessa se localiza na região do dorso com quase 4 mm. A superfície posterior do 
corpo é quase sempre mais espessa do que a anterior, e as partes laterais mais espessa que as posteriores 
(BORGES; SCORZA, 2016).
20
UNICESUMAR
Em relação às células encontradas na camada dérmica, uma delas é o fibroblasto, sendo a mais 
presentes nessa camada, é essencialmente responsável pela produção dos elementos fibrilares, como 
colágeno e elastina, e não fibrilares, como as glicoproteínas, proteoglicanas e o ácido hialurônico con-
tidos na derme. O colágeno que é produzido por essa célula atua na reparação tecidual em qualquer 
tipo de trauma sofrido na derme, e influencia a função celular dos fibroblastos próximos à ferida, pro-
movendo migração dessas células em direção à área lesada, produzindo grande quantidade de matriz 
colagenase. Sabemos que fatores ambientais, químicos e físicos podem induzir a perda da capacidade 
proliferativa e da função dos fibroblastos e até sua morte, ou também, por outro lado, pode ocorrer 
aumento exacerbado na produção de suas funções, fato que induz as fibroses cicatriciais (BORGES; 
SCORZA, 2016).
Figura 2 - Fibroblasto da Derme
O colágeno é uma glicoproteína formada pelos aminoácidos glicina, prolina e hidroxiprolina, formando 
três cadeias polipeptídicas, sendo considerada a principal e mais abundante proteína que compõem 
o tecido conjuntivo, fazendo parte de uma família com mais de 20 tipos de colágeno em nosso orga-
nismo, descritos na literatura. Corresponde a 75% do peso seco da derme e esse valor diminui cerca 
de 1% a cada ano em ambos os sexos, principalmente do colágeno tipo I (BORGES; SCORZA, 2016).
Na pele, o colágeno está distribuído da seguinte forma: tipo I, III, IV e VII, sendo em maior quan-
tidades do tipo I e III, estando presentes na derme papilar predominantemente nas fibras colágenas 
do tipo III, consideradas a segunda forma mais abundante de colágeno na pele, compreendendo cerca 
Descrição da Imagem: na figura, à esquerda, temos uma representação de várias camadas da pele humana, em que o ponto de atenção 
é o fibroblasto, que é localizado na derme. À direita, é possível verificar microscopicamente um exemplo de fibroblasto.
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UNIDADE 1
de 10 a 15% da matriz extracelular. Nessa camada,existe maior número de fibroblastos e capilares do 
que na derme reticular, e sua fibra colágena é mais fina, não se agrupando em feixes, como acontece 
na derme reticular, isso quer dizer que a pele é menos consistente quando comparada com a porção 
reticular. Observa-se que, na camada de derme reticular, os feixes de colágeno tipo I representa de 80 
a 85% da produção da matriz na pele jovem (BORGES; SCORZA, 2016).
Ao ocorrer qualquer intercorrência, a proteína do colágeno tipo I, por exemplo na exposição à 
radiação solar, será atribuída uma perda de mais de 59% desse nível, pois o sol agride a matriz, au-
mentando as enzimas capazes de degradar a proteína. Essas são denominadas de metaloproteinases, 
além de resultar na produção de colagenase gelatinase e estromelisina, como também na degradação 
da elastina (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Em procedimentos de estética facial, quando aplicamos, por exemplo, um equipamento de der-
moabrasão, a pele reage com a neocolagenase, ou seja, aumento do colágeno tipo I; outra forma de 
observar a formação de colágeno e elastina (neocolagenase e a neoelastase) pode ocorrer a partir de 
liberação de proteínas denominadas proteínas de choque térmico, que são ativadas com indução de 
elevadas temperaturas na pele, por exemplo, aplicação da radiofrequência ou laser, que contribuem 
para o desencadeamento de uma cadeia inflamatória, resultando na produção do colágeno tipo I 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Pele jovem Pele envelhecida
Colágeno
Envelhecimento
Descrição da Imagem: na figura, temos três desenhos de faces femininas, e cada face está representando uma fase de envelhecimento da 
pele: a primeira face disposta à direita apresenta uma pele bem jovem com uma representação microscópica da presença de colágeno. Na 
segunda face, localizada ao centro da imagem, temos uma pele de média idade e um pequeno gráfico apresentando o caimento do nível de 
colágeno nesta fase. A imagem é finalizada com a terceira face disposta à esquerda, indicando uma pele madura, com uma representação 
microscópica dos baixos índices de colágeno.
Figura 3 - Diminuição do colágeno com a evolução da idade
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UNICESUMAR
O colágeno apresenta uma distribuição quanto sua localização ana-
tômica, ou seja, sua micro organização presente na derme papilar 
apresenta um papel, um padrão tensional característico e distinto, 
denominado de linhas de Langer ou linhas de tensão da pele. As 
linhas de tensão foram descritas por um anatomista chamado Kar-
lange, que verificou que os feixes de fibras de colágeno na derme se 
apresentavam em todas as direções anatômicas para produzir um 
tecido resistente em um local específico e concluiu que a maioria das 
fibras da pele segue a mesma direção (BORGES; SCORZA, 2016).
O colágeno tipo IV é encontrado na zona da membrana basal, 
formando uma trama entre as camadas da pele (epiderme e a der-
me); o tipo VII forma fibrilas de ancoragem na junção dermo-epi-
dérmica, algumas pesquisas demonstram que a ligação aquecida 
entre a derme e a epiderme afeta o colágeno tipo VII, podendo levar 
também à formação de rugas (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Devido à produção dessa proteína de colágeno depender da 
célula de fibroblasto, devemos lembrar que existem fatores que 
levam a perdas da capacidade proliferativa e da função dos fibro-
blastos, se por um lado o fibroblasto pode sofrer perdas em suas 
funções, por outro pode ocorrer aumento exacerbado na produção 
de suas células, fato que induz as fibroses cicatriciais (GUIRRO, E.; 
GUIRRO, R., 2004).
Ressaltamos, na derme, a produção da elastina, outra proteína 
presente nessa camada, que faz parte dessa elástica, e apresenta al-
guns exemplos funcionais, sendo sua capacidade de ser tracionada 
ou distendida e recuar a sua forma fisiológica normal, e a com-
pressibilidade que a capacidade da pele tem de suportar forças de 
compressão, isso ocorre pela alta viscosidade da derme, fornecida 
pelas macromoléculas de glicosaminoglicanas e proteoglicanas 
(BORGES; SCORZA, 2016).
Essa proteína, produzida pelos fibroblastos, apresenta como 
função a elasticidade e resistência ao desgaste cutâneo. A fibrina é 
outro componente elástico que permite resistência e suporte para 
deposição da elastina. Além dos componentes elásticos principais, 
o sistema elástico é formado por três tipos de fibras: de oxitano, 
presentes em disposição perpendicular na derme papilar; jovens 
fibras de que se fixa a um complexo horizontal de fibras na derme 
reticular denominadas maduras; e fibras elásticas mais maduras, 
essas não têm nome próprio, que são espessas e encontradas na 
derme reticular profunda (AZULAY, 2011).
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UNIDADE 1
Como vimos, saber profundamente sobre a pele da face é extrema-
mente importante para o profissional tecnólogo em Estética e Cos-
mética. Sendo assim, convido você, caro(a) aluno(a), a ouvir o nosso 
podcast, que trata sobre a anatomia da pele facial, os fototipos cutâneos 
de cada indivíduo e a interação dos anexos com as afecções faciais. 
Esse tecido pode ser degradado e pode levar ao acúmulo de massas 
amorfas e grosseiras, além ao aumento significativo das glicosa-
minoglicanas. Se ocorrer a redução do colágeno, o resultado será 
a hipertrofia da derme papilar, e esse aumento da consistência da 
pele é uma manifestação clínica denominada elastose, que resulta 
em enrugamento profundo da pele que é comum em pessoas que 
passam tempo prolongado e repetido à luz solar (AZULAY, 2011). 
Temos que ressaltar que a derme envia a nutrição para epiderme 
por meio das papilas dérmicas, essas junções permitem assegurar a 
aderência entre a epiderme e a derme, além de propiciar as trocas 
metabólicas necessárias para pele. Essas papilas, quando se pene-
tram na epiderme em direção à superfície, apresentam uma série de 
cristas que estão separadas por sulco, constituindo, dessa maneira, 
as impressões digitais (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Toda a camada dérmica é “banhada” por uma substância viscosa 
denominada de substância fundamental amorfa, cuja característica 
é promover a resistência e compressão sobre o tecido, esse gel é 
altamente hidrofílico de macromoléculas, nomeadas de glicosa-
minoglicanas, proteoglicanas e de glicoproteínas, que oferecem 
firmeza e turgor da pele (BORGES; SCORZA, 2016).
A substância fundamental como também outros componen-
tes do tecido conjuntivo têm propriedade de tixotropia, ou seja, 
a capacidade de passar do estado líquido para o estado de gel e 
vice-versa. Quando o tecido conjuntivo dérmico sofre um aumento 
de temperatura por meio de um recurso termoterápico, o grau de 
viscosidade e a resistência da pele diminui proporcionalmente ao 
ganho do nível de calor; em contrapartida, com a queda de tem-
peratura, a viscosidade aumenta, diminuindo a maleabilidade à 
elasticidade, como também a compressibilidade da pele (GUIRRO, 
E.; GUIRRO, R., 2004).
A 3ª camada da pele, mais profunda, a hipoderme, compõe-se de 
tecido adiposo, sendo o tecido no qual a pele descansa, está conectada 
com a fáscia dos músculos subjacentes e pode ser definida também 
como tela subcutânea, tendo uma variada camada de tecido adiposo 
(RIBEIRO, 2010).
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UNICESUMAR
Como composição anatômica, essa camada se dispõem em duas 
camadas, em que a mais superficial é denominada de areolar, sendo 
composta por adipócitos globulares e volumosos, e a outra camada 
em disposição vertical, em que os vasos sanguíneos são numerosos 
e delicados (GUIRRO, E.; GUIRRO, R., 2004).
Como definição, essa camada recebe o nome de panículo adi-
poso, ou seja, uma camada profunda localizada abaixo da der-
me e acima da aponeurose muscular, sendo constituída por um 
agrupamento de células adiposas que armazenam gordura e estão 
separadas por finos septos conjuntivos, que é um tecido conjuntivo 
frouxo, em que se encontram os vasos e os nervos, as células adi-
posas chamadas de adipócitos são originadas a partir das células 
embrionárias mesenquimais, que produziram as células lipoblastos 
(BORGES; SCORZA,2016).
Essa camada apresenta como função principal o isolamento 
térmico, além de promover a proteção contra traumas mecânicos, 
realiza armazenamento calórico, modela superfície corporal de 
homens e mulheres e preenche o espaço entre os tecidos. Ela é 
responsável pelo metabolismo de hormônios que controlam o rit-
mo da lipólise, como ACTH, insulina, catecolaminas, entre outros 
(RIBEIRO, 2010).
Existe uma diferença considerável entre a espessura da cama-
da hipodérmica feminina e a masculina, ou seja, essa regulação é 
controlada por hormônios andrógenos e estrógenos, como também 
pelos adrenocorticais na fase da puberdade; na mulher, a distri-
buição se concentra na região do glúteo, na região bitrocantéri-
co, chamada de culote nos quadris, nos flancos e nos joelhos; nos 
homens, a disposição da gordura se concentra na área abdominal 
(AZULAY, 2011).
Os adipócitos dessa camada feminina, quando comparada à 
masculina, possuem desigualdade estrutural quanto à disposição 
em seus septos conjuntivos ao redor das células de gordura; quando 
aumentam seu volume de gordura corporal, o corpo feminino res-
ponde com uma expressão celular mais pronunciada na superfície 
cutânea, em que as células femininas se dispõe justapostas por fibras 
conjuntivas paralelas; nos menino, as células se encontram justapos-
tas e sustentadas por fibras cruzadas, como rede, o que dificulta o 
aumento de tamanho da célula de gordura. Outro fato é que o tecido 
adiposo masculino representa de 10 a 14% da massa corpórea; em 
contrapartida a menina prepondera com; aproximadamente; 18 a 
20% da massa corporal (RIBEIRO, 2010).
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UNIDADE 1
A pele é um dos componentes do sistema tegumentar mais utilizados em estética facial, o qual 
apresenta como uma de suas principais características o grande poder de absorção de cosmé-
ticos. Dessa forma, conseguimos grandes resultados nos tratamentos de afecções cutâneas.
Logo abaixo da camada de adipócitos pertencentes à camada hipodérmica, encontramos os mús-
culos da face, que, nesse caso, é predominantemente lisa e involuntária. Dentre os mais estudados estão 
o músculo eretor do pelo que refere estímulo de acordo com a mudança da temperatura ambiental e 
corporal, promovendo o que chamamos de arrepio (BORGES; SCORZA, 2016). 
Como em todos os sistemas, existe um sistema de irrigação que, nesse caso, a pele depende de dois 
plexos arteriais que a suprem, um localizado entre a derme e a hipoderme, e o outro entre as camadas 
papilar e reticular. A função circulatória desses plexos permite a nutrição da epiderme por meio de 
difusão e controle da temperatura do corpo, por meio da dilatação de seus vasos, assim o fluxo sanguí-
neo aumentado serve como facilitador para perda de calor em condições quentes, e o fluxo sanguíneo 
diminuído serve para minimizar a perda de calor em condições de frio (RIBEIRO, 2010).
A circulação da pele acontece por meio de dois entrelaçamentos, sendo o primeiro chamado de plexo 
superficial e o outro de plexo profundo. Anatomicamente, o plexo mais superficial está disposto logo 
abaixo das papilas dérmicas, conhecido por plexo subpapilar, que tem a função primordial de suprir a 
necessidade circulatória da derme. Abaixo está o plexo profundo, localizado na junção da hipoderme 
com a derme, denominado plexo cutâneo. A vista disso, esses plexos estão dispostos paralelos à superfície 
cutânea e ligados por vasos comunicantes situados perpendicularmente (BORGES; SCORZA, 2016).
Tratando da sensibilidade cutânea da pele, como tato, dor, calor e frio, essas serão captadas por vários 
receptores especializados, que estão localizados em regiões diferentes da pele. Por exemplo, no caso 
dos receptores da dor, eles são representados pelas terminações nervosas livres, que se distribuem por 
baixo das células da camada profunda da epiderme; as sensações táteis estão a cargo dos corpúsculos 
de Paccini, de Meissner e da rede de fibras que circundam os folículos pilosos; na sensação do frio 
intervêm os corpúsculos de Krause e na de calor os de Ruffini (MOSER, 2018).
A pele humana, de acordo com sua distribuição anatômica e quantidade de anexos, principalmente 
quanto à quantidade de glândulas sebáceas, terá uma classificação, também denominada de biotipo, 
que é importante, pois, para cada biotipo, será atribuído uma forma de tratamento e um cosmético 
específico. 
Apresentaremos, de acordo com as características, os biotipos (classificação) da pele humana. Para 
isso, antes de qualquer procedimento, é necessário observar as características da pele, utilizar exame 
visual, palpação tátil, lupa, podendo ou não ser realizada a higienização da face, colo e pescoço.
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UNICESUMAR
A mais utilizada é diferenciada de acordo com suas características 
(RIBEIRO, 2010).
• Pele eudérmica (normal): caracteriza-se por apresentar 
secreção sudorípara e sebácea equilibradas, coloração e tex-
tura normais, boa elasticidade, boa hidratação e óstio finos.
• Pele alípica (seca): caracteriza-se por apresentar textura 
fina, opaca, secreção sebácea insuficiente ao contato com 
cosméticos abrasivos, tendência ao aparecimento de linhas 
de expressão e óstios pouco visíveis.
• Pele lipídica (oleosa): caracteriza-se por apresentar óstio dila-
tados, hiperatividade das glândulas sebáceas, aspecto brilhante, 
espessa com tendência a lesões como comedões e millium.
• Pele mista: caracteriza-se por apresentar oleosidade e ós-
tios visíveis na região do nariz, testa e mento (zona T); nas 
laterais da face a pele apresenta eudérmica ou alípica, pode 
apresentar também uma tendência oleosa ou seca.
Para cada biotipo apresentado com suas características, um cos-
mético será o ideal, e assim teremos que observar como cada pele 
reagirá seguindo as permeações tópicas desses cosméticos, ou seja, 
sabemos que um dos grandes desafio dos cosméticos é vencer a 
barreira cutânea imposta pela epiderme e que sejam aproveitados 
suas características nas camadas mais internas (RIBEIRO, 2010).
Ativos cosméticos dependem das suas propriedades físico-quí-
micas para atravessar a barreira da epiderme e serem absorvidos 
pela pele. Sabe-se que os produtos hidrossolúveis são os que conse-
guem penetrar com maior facilidade na epiderme, essa penetração 
ocorre por meio de filamentos de queratina e é diretamente pro-
porcional ao grau de hidratação da pele. Os ativos lipossolúveis à 
penetração ocorre por meio de lípides, encontrados na queratina 
da epiderme, e sua permeação será tão maior quanto menor for o 
grau de viscosidade e a volatilidade do produto (MOSER, 2018).
Para observar a melhor absorção, um fator importante é a pilo-
sidade, portanto, observa-se que ocorre a absorção por meio dos 
folículos pilosos, assim, uma região com maior quantidade de pelos 
terá maior absorção que uma região de pele glabra (RIBEIRO, 2010).
A volatilidade e a viscosidade da formulação também influem na 
penetração do produto, além de que o tamanho da molécula também 
tem grande influência; ativos menos voláteis e menos viscosos tendem 
a ter uma penetração maior; ativos com tamanho molecular menor 
também terão maior aproveitamento do que ativos com moléculas 
muito grande (MOSER, 2018).
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
O tempo de exposição da pele ao produto e temperatura também são importantes, quanto maior 
o tempo de exposição, maior a penetração. O mesmo vale para temperatura do local em que se aplica 
o produto (RIBEIRO, 2010).
A permeação cutânea tem sido conceituada como a passagem de ingredientes de formulações 
aplicadas na pele por meio da camada córnea (MOSER, 2018).
A permeação cutânea não pode ser evitada, porém pode ser modificada pelos ingredientes da for-
mulação, devido ser uma interação físico-química entre dois sistemas (produto versus membrana de 
absorção), modulados por uma barreira (camada córnea). A presença de adjuvantes na formulação, 
como promotores de absorção cutânea (alteradores da permeabilidade cutânea) e veiculação de ativos 
em sistemas de liberação (lipossomas, nanopartículas,nano e micro emulsões, entre outros) influen-
ciam o grau de permeação cutânea do ingrediente, essa permeação dependerá do tempo de contato 
do produto com a pele, da concentração dos ingredientes estudados e da área de contato, conforme 
descrito pela Lei de Fick (RIBEIRO, 2010).
De acordo com a avaliação da permeação dos ativos na pele e da grande complexidade que envolve 
parâmetros relacionados à avaliação do risco, alguns conceitos se tornam importantes (RIBEIRO, 2010).
• Perigo: propriedade intrínseca de um ingrediente, é um potencial de causar um dano, sem 
relação com a dosagem ou a exposição.
• Dano: é a lesão ou reação causada pelo ingrediente ou associação de ingredientes de um produto.
• Risco: é a probabilidade de ocorrência do dano, em função do nível de exposição. Risco cos-
mético é a probabilidade de ocorrência de uma das reações descritas a seguir.
• Irritação: processo inflamatório que ocorre na área de contato com o produto, podendo ocor-
rer após a primeira aplicação (irritação primária) ou com a continuidade de uso (irritação 
acumulada). É determinada por um dano tecidual agudo ou crônico de intensidade variada. É 
dependente da concentração dos ingredientes no produto final, da formulação como um todo, 
quantidade aplicada, frequência e modo de aplicação.
• Sensibilização: processo inflamatório que envolve mecanismo imunológico, do tipo celular, 
com tempo de contato variável, de alguns dias ou mesmo de alguns anos, até que o organismo 
reconheça um ou mais ingredientes como alergênicos. É uma resposta que não ocorre nas pri-
meiras aplicações, a não ser que o indivíduo já se encontre sensibilizado a um dos ingredientes 
do produto, podendo aparecer em outra área, diferente da aplicação. As respostas de irritação e 
sensibilização do ponto de vista clínico são semelhantes, caracterizadas pela ocorrência de um 
ou mais dos seguintes sinais clínicos: eritema, edema, pápula e pústula. Diferenciam-se pelo 
fato de a irritação ser dose dependente, enquanto a sensibilização não. O indivíduo, uma vez 
sensibilizado, desenvolverá a reação a toda exposição aos ingredientes.
• Sensações de desconforto: são reações comuns a cosméticos, caracterizadas por sintomas 
subclínicos que podem sinalizar uma irritação: ardência, prurido/coceira, dor, pinicação, entre 
outros.
• Efeito sistêmicos: resulta da passagem de quaisquer ingredientes do produto para a corrente 
circulatória, independentemente da via de aplicação. O risco sistêmico é avaliado a partir dos 
dados relativos aos ingredientes.
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UNIDADE 1
De acordo com a qualidade da pele e a forma que o ativo cosmético 
“entra” na pele, utilizamos termos diferenciados dentro da cosmeto-
logia, assim, definimos alguns termos para melhor identificar como 
utilizar cada um dentro da nossa profissão.
Quando o ativo cosmético atinge seu alvo, porém, para isso, a 
pele precisa ser preparada antes, o termo correto é penetração, uti-
lizamos muito esse termo quando usarmos, por exemplo, a técnica 
de microagulhamento em estética (AZULAY, 2011).
A permeação é um termo utilizado para cosmético em que os 
ativos atingem somente a epiderme, não ultrapassando a camada 
córnea queratinizada da pele, a permeação de produtos depende, 
inicialmente, do tamanho da molécula do ativo, bem como da espes-
sura da camada córnea. A permeação pode acontecer via intercelu-
lar, transcelular ou transfolicular, quando desejamos que esse ativo 
ultrapasse a camada córnea e atinja a derme, a substância deverá ser 
capaz de promover glicação da camada córnea (AZULAY, 2011).
O termo absorção é utilizado para fármacos e medicamentos, 
e ocorre quando o ativo atinge a corrente sanguínea e, a partir 
daí, passa a agir de forma sistêmica, desta forma, não usamos em 
estética, pois não utilizamos para aplicar cosméticos (BORGES; 
SCORZA, 2016).
A melhor absorção se usa as bases transdérmicas, sendo uma 
emulsão O/A, que faz a permeação de fármacos por meio das ca-
madas da pele (estrato córneo, epiderme, derme e hipoderme) até a 
liberação do fármaco na corrente sanguínea, tendo o efeito desejado 
(BORGES; SCORZA, 2016).
A presença de promotores de permeação na fórmula permite 
que fármacos sejam capazes de atravessar as principais barreiras da 
pele, pois estes agentes atuam abrindo espaços entre as células ou, 
até mesmo, facilitando a difusão de fármacos por meio delas, sen-
do, portanto, eficazes na administração de fármacos até a corrente 
sanguínea (BORGES; SCORZA, 2016).
Sabemos, hoje, que uma das melhores formas de melhorar a 
penetração e a permeação dos ativos na pele é pela hidratação, bem 
como manter a pele sem sinais do envelhecimento. A hidratação 
na face é a maior representante da idade e da saúde, enquanto os 
olhos são considerados como a janelas da alma, a face é o seu qua-
dro, nenhuma outra parte do corpo demonstra o passado histórico 
pessoal de modo tão convincente (AZULAY, 2011).
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UNICESUMAR
Em uma face, as rugas se formam bem antes do restante do cor-
po e servem como indicadores de idade e estilos de vida; a cor e a 
luminosidade relativa da pele representam a saúde geral e o estado 
emocional, bem como a falta de hidratação geral, tanto de dentro 
para fora como de fora para dentro (RIBEIRO, 2010).
A pele da face pode ser classificada de apagada à luminosa; a face 
espalha as alterações agudas de bem-estar, por exemplo, indivíduos 
com complicações cardíacas têm aparência cinzenta, enquanto a 
raiva ou o constrangimento podem ser expressos com a face aver-
melhada, assim a face representa o estado físico atual do indivíduo 
(AZULAY, 2011).
A pele facial possui constituição fisiológica peculiar com inú-
meras glândulas sudoríparas e uma derme relativamente fina, é 
densamente constituída por glândulas sebáceas e o ponto principal 
de contato para estímulo sensorial possui alta inervação, sendo 
mais sensível que a pele de outros locais do corpo. Apele que cobre 
a face também permite sutilidades de expressões faciais e forma-
ção de todas as áreas do corpo com o maior e o mais alto nível de 
hidratação (RIBEIRO, 2010).
Para determinar a área do corpo hidratada de modo mais cons-
ciente, foi calculada a proporção de perda transepidérmica de água 
em relação à hidratação de superfície cutânea, e as menores propor-
ções foram encontradas na testa e nas regiões malares (BORGES; 
SCORZA, 2016).
O objetivo fisiológico da hidratação facial é restaurar a elasti-
cidade e a flexibilidade desse sistema, restaurando sua função de 
barreira; além disso, a reintrodução de umidade no sistema permite 
o funcionamento adequado de enzimas de descamação e restaura 
o ciclo natural de renovação da pele. Kligman e Laden definiram 
hidratantes como substâncias ou produto aplicados topicamente 
que superam os sinais e sintomas de pele seca (RIBEIRO, 2010).
Na estética, a hidratação deve alcançar uma pele macia em todo 
aspecto luminoso e saudável, conforme a avaliação subjetiva. Além 
de que o uso regular de hidratantes faciais diminui e previne sinais 
de envelhecimento, especialmente quando formulado com proteção 
solar de amplo espectro, para o uso durante o dia. Como a face é 
uma das áreas mais sensíveis do corpo, o hidratante facial deve 
atender aos requisitos estéticos, além de abranger uma ampla gama 
de atributos de desempenho protetores (BORGES; SCORZA, 2016).
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UNIDADE 1
Há expectativa de que um hidratante diminui o ressecamento, melhora a aparência da pele opaca, a 
suavidade e a maciez da pele e aumente sua nutrição, além disso, essas expectativas devem ser alcançadas 
por um hidratante com presença mínima e com qualidades sensoriais. Um hidratante formulado de 
modo adequado pode suplementar a função de lipídios epidérmicos endógenos e restaurar a função 
de barreira epidérmica (BORGES; SCORZA, 2016).
A pele precisa continuar seu processo natural de renovação e descamação em uma taxa normal. 
Para que isso ocorra, fazem parte várias categorias básicas de ativos, sendo eles: os umectantes, como 
a glicerina que atraie conserva a umidade, facilitando a hidratação; os emolientes, geralmente os 
lipídios ou óleos, que melhoram a flexibilidade e proporcionam um efeito secundário de maciez à 
pele e às membranas de mucosa; os ingredientes oclusivos que criam uma barreira hidrofóbica para 
reduzir a perda de água da pele; os emulsificantes que trabalham para unir substâncias e os elementos 
importantes nas misturas de água e óleo empregados em fórmulas hidratantes; e os conservantes, que 
evitam o colapso prematuro dos componentes que fazem parte da formulação básica de qualquer 
cosmético hidratante (AZULAY, 2011).
São enormes a formulação de um hidratante de aceitável efetivo para face, que possibilita que 
ocorra os processos naturais da descamação da pele e que mantenha a função de barreira saudável 
enquanto atingir altos padrões de estética, sendo considerado tanto uma arte como uma ciência 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
Na manifestação da pele seca, provavelmente ocorre a participação de um componente genético ou, 
ainda, a influência de fatores ambientais e comportamentais, por exemplo o hábito de fumar e beber, 
o stress, a idade e o sexo (AZULAY, 2011).
O comprometimento da função da barreira córnea leva à perda de água por meio da pele, isso pode 
aumentar a liberação de citocinas que induz a um processo inflamatório, prejudicial (AZULAY, 2011).
A pele humana hidratada se apresenta suave ao toque, macia e uniforme, o mesmo não pode ser dito 
da pele seca, que perde a sua viscosidade, tornando-se áspera, opaca e, às vezes, descamativa. Normal-
mente, as peles secas estão associadas a menor presença de lipídios secretados pela glândula sebácea, 
enquanto a hidratada pode estar acompanhada de uma maior presença deste lipídio (AZULAY, 2011).
A hidratação cutânea varia de acordo com os seguintes fatores: unidade externa, transporte de 
água nas camadas mais inferiores da pele para superfície cutânea, velocidade de evaporação da água 
e velocidade de queratinização (AZULAY, 2011).
O sebo que será liberado pelas glândulas sebáceas, formulado por ácido graxo, triglicerídeo, es-
caleno e cera, forma um filme lipofílico sobre a camada córnea, que dificulta a saída e evaporação da 
água da superfície da pele (AZULAY, 2011).
A redução da secreção sebácea faz com que a pele se torne mais seca. As crianças têm que apresentar 
a pele seca até a puberdade, em parte devido a menor secreção do sebo, o mesmo pode ser observado 
no envelhecimento, quando ocorre a redução da secreção sebácea (SANTOS, 2013).
A hidratação da camada córnea corre entre a junção dos lipídios e os corneócitos, e o fator natural 
de proteção forma 30% dessa camada, que corresponde também à degradação das proteínas intrace-
lulares localizadas nos grânulos de querato hialina, os queratinócitos da camada granular associados 
a outros componentes umectantes da pele (SANTOS, 2013).
32
UNICESUMAR
Ao depararmos com uma pele seca, algumas manifestações clínicas se tornam importantes como: 
prurido, queimação, sensação de pinçamento, sensação de estiramento da pele, descamação em aglome-
ramentos de corneócitos, diminuição da flexibilidade da camada córnea, aumento das rugas e marcas 
de expressão, aspereza ao toque e possível presença de vermelhidão, por isso a grande importância de 
manutenção da hidratação (SANTOS, 2013).
Os ativos cosméticos destinados à pele seca exercem suas ações por meio mecanismos: oclusão, 
umectação, hidratação ativa ou umectação ativa; somando a estes mecanismos básicos, há possibilidade 
de recomposição de lamelas na camada córnea e indução da formação de aquaporinas (SOUZA, 2005).
Aquaporinas são uma família de 12 proteínas transmembranares que formam canais de água res-
ponsáveis pelo transporte de água e pequenas moléculas de soluto na pele, elas se encontram, princi-
palmente, nos queratinócitos basais e suprabasais (SOUZA, 2005).
Essas proteínas exibem permeabilidade à água e ao glicerol, podendo ser diminuídos sobre expo-
sição ao sol. No envelhecimento, a redução destas proteínas na pele têm sugerido ser responsável pela 
alteração do equilíbrio cutâneo e a diminuição de uma camada córnea hidratada (SOUZA, 2005).
Bem, caro(a) aluno(a), observamos, durante toda a unidade, que o estudo da pele e suas particula-
ridades se faz de grande valia para toda a profissionalização da sua parte profissional, como também 
parte introdutória às outras unidades e as afecções que irão surgir em seu consultório. Claro que, para 
seu conhecimento específico, cada vez mais se fez necessário aprofundamento e leitura de técnicas, 
cursos, periódicos e tudo que irá enriquecer seu conhecimento, isso será somente uma base para um 
mundo de conhecimento que está apenas começando.
Você sabe que a Estética e Cosmética é uma área auxiliar da medicina voltada ao estudo aprofun-
dado, prevenção, diagnóstico e tratamento das mais diversas afecções que acometem a face?
Para isso, para que você seja um(a) profissional de destaque e renome, sua formação deve ser ba-
seada nos conhecimentos de anatomia e fisiologia das mais variadas afecções que acometem a pele. 
Isso contribuirá significativamente para que você esteja preparado(a) para o atendimento eficaz dos 
mais variados casos que possam aparecer em sua carreira como Tecnólogo(a) em Estética e Cosmética.
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Caro(a) estudante, aqui, encerramos mais uma etapa de conteúdo desta disciplina 
tão importante para a sua formação. Aprendemos muitas coisas, entre elas o con-
ceito básico de tegumentar, bem como discutimos sobre o maior órgão de nosso 
corpo, que é a pele. Desmistificamos assuntos relacionados à hidratação da pele 
e, até mesmo, à atuação do(a) profissional e como o(a) esteticista pode atuar no 
campo facial, contribuindo com outros profissionais para um bom resultado de seus 
clientes. Sendo assim, proponho que, diante do Mapa da Empatia a seguir, preencha 
os campos com base em suas experiências no decorrer desta unidade. Para facilitar, 
deixei alguns comandos/exemplos iniciais que vão te guiar para completar o seu 
Mapa da Empatia, vamos lá?
O QUE 
PENSA E SENTE?
O QUE 
FALA E FAZ?
O QUE VÊ?O QUE OUVE?
Acho que vou gostar mais
desta área de atuação.
Estética Facial é
muito difícil? 
A maioria dos 
pacientes de Estética 
Facial são aqueles 
com acne.
A Estética Facial, nos 
tratamentos contra o 
envelhecimento, é um 
nicho de mercado.
Estética Facial é a minha paixão.
QUAIS SÃO AS DORES? QUAIS SÃO AS NECESSIDADES?
Produtos bons para usar na clínica,
nos tratamentos de Estética Facial.
Preciso estudar mais.
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1. O sebo que será liberado pelas glândulas sebáceas forma um filme lipofílico sobre a camada 
córnea que dificulta a saída e evaporação da água da superfície da pele, segundo Azulay (2011). 
Sendo assim, responda o que acontece se ocorrer a redução da secreção sebácea na pele?
2. A permeação cutânea tem sido conceituada como a passagem de ingredientes de formulações 
aplicadas na pele por meio da camada córnea e é descrita como um processo que não pode ser 
evitado. Explique, com suas palavras, este trecho de texto.
3. A epiderme apresenta um pH ácido em todas as suas camadas, sendo maior na camada córnea. 
Diante disso, indique o pH de duas camadas da epiderme.
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1. A redução da secreção sebácea faz com que a pele se torne mais seca.
2. A permeação cutânea tem sido conceituada como a passagem de ingredientes de formulações aplicadas 
na pele por meio da camada córnea (MOSER, 2018).
3. A permeação cutânea não pode ser evitada, porém pode ser modificada pelos ingredientes da formulação, 
devido ser uma interação físico-química entre dois sistemas (produto versus membrana de absorção) mo-
dulados por uma barreira (camada córnea). A presença de adjuvantes na formulação, como promotores de 
absorção cutânea (alteradores da permeabilidade cutânea) e veiculação de ativos em sistemas de liberação 
(lipossomas,

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