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Periodontia Periodontia Função: inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares Gengiva Ligamento periodontal Cemento radicular Osso alveolar Mucosa de revestimento (gengiva e toda a mucosa que reveste o restante da cavidade oral) Mucosa mastigatória (gengiva e revestimento do palato duro) Mucosa especializada (dorso de língua) Mucosa de revestimento: possui botões gustativos Mucosa de revestimento: fornice vestibular e mucosa alveolar. Fornice vestibular: está frouxamente unida as estruturas subjacentes, o que permite a realização dos movimentos de lábios e bochechas. Mucosa alveolar: reveste a face externa do processo alveolar, está aderida frouxamente ao periósteo e continua com a gengiva. Superfície inferior da língua é lisa e relativamente fina, reveste a parte inferior de língua e continua como mucosa venntrolingual. Assoalho da cavidade oral: membrana mucosa final e frouxamente aderida as estruturas subjacentes. Palato mole: é altamente vascularizado e de cor avermelhada, diferente do palato duro que é esbranquiçado. Membrana mucosa é fixa e está firmemente aderida ao periósteo. Borda de lábio: é uma zona de transição entre a pele do lábio e a membrana mucosa. Possui inúmeras glândulas sebáceas em conexão com os folículos pilosos. Marginal Gengiva Inserida Área interdental : é a porção terminal ou borda da gengiva ao redor dos dentes em forma de colar. Normalmente mede 1 mm de largura, forma a parede de tecido mole do sulco gengival e pode ser separada da superfície dental com a sonda periodontal. é um espaço raso ou fenda ao redor do dente delimitado pela superfície dental de um lado e o epitélio de revestimento da gengiva marginal livre no outro. Tem forma de V e mal permite a entrada de uma sonda periodontal (de 2- 3mm é considerado normalidade) É formado quando o dente erupciona na cavidade oral, pela união do epitélio juncional e o epitélio reduzido do órgão do esmalte se unem e formam uma faixa larga aderida à superfície do dente. : é de tecido firme, resiliente e fortemente ligada ao periósteo do osso alveolar subjacente. É continua a gengiva marginal. Periodontia A largura da gengiva inserida é outro parâmetro clinico importante. No aspecto vestibular varia em diferentes áreas da boca, sendo maior na região de incisivos (3,5-4,5mm na maxila e 3,3-3,9mm na mandíbula) e mais estreita nos segmentos posteriores (1,9mm na maxila e 1,8mm nos 1° pré- molares inferiores) : ocupa a ameia gengival, que é o espaço interproximal abaixo da área de contato dos dentes. Ela pode ser piramidal (abaixo do ponto de contato) ou pode ter a forma de “col” (depressão em forma de vale, conectando a papila vestibular e lingual). A forma da gengiva do espaço interdental depende do ponto de contato entre 2 dentes adjacentes. Gengiva é composta de um epitélio externo escamoso estratificado e de tecido conjuntivo central subjacente (predominantemente composto por fibras colágenas e substância fundamental). Epitélio gengival consiste em um revestimento continuo de epitélio escamoso estratificado e pode ser divido em 3 áreas: Epitélio externo ou oral Epitélio gengival: epitélio sulcular Função: proteger as estruturas profundas, enquanto permite o intercambio seletivo com o meio ambiente oral. recobre a crista e a superfície externa da gengiva marginal e a superfície da gengiva inserida Possui de 0,2-0,3mm de espessura e é queratinizado ou paraqueratinizado. O grau de queratinização gengival diminui com a idade e o início da menopausa. A queratiização da mucosa oral varia em diferentes áreas (palato, gengiva, porção central do ventre de língua e mucosa língual, de forma crescente). reveste o sulco gengival. Ele é um epitélio escamoso estratificado não queratinizado fino sem cristas epiteliais e se estende do limite coronal do epitélio juncional à crista da gengiva margial É de extrema importância pois pode atuar como membrana semipermeável através da qual produtos bacterianos passam da gengiva para o fluido gengival e tecidual penetrando o sulco. consiste em uma faixa de epitélio escamoso estratificado não queratinizado em forma de colar. Este se afunila a partir da extremidade coronal para a extremidade apical, localizada na junção cemento-esmalte nos tecidos saudáveis. Seu comprimento varia de 0,25-1,35mm É formado pela confluência do epitélio oral e o epitélio reduzido do esmalte durante a erupção dental. Queratinizado/ paraqueratinizado Epitélio juncional Periodontia O epitélio juncional esta aderido à superfície dental por meio de uma lamina basal interna e é reforçada pelas fibras gengivais, as quais ligam a gengiva marginal à superfície dental. Ele está unido ao tecido conjuntivo por uma lamina basal externa Os principais componentes do tecido conjuntivo gengival são as fibras colágenas, fibroblastos, vasos, nervos e matriz. O tecido conjuntivo da gengiva é tecido conjuntivo fibroso, conhecido como lamina própria. Este possui um compartimento celular e outro extracelular composto por fibras e substancias fundamentais. Possui 3 tipos de fibras: colágenas, reticulares e elásticas. : sistema de fibras colágenas que compõem o tecido conjuntivo da gengiva marginal. Função: unir firmemente a gengiva margina contra o dente; promover rigidez necessária para resistir às forças da mastigação; unir gengiva marginal ao cemento radicular e à gengiva inserida adjacente. gengivodental Fibras gengivais circular Transsepta Grupo gengivodental Elas estão inseridas no cemento logo abaixo do epitélio na base do sulco gengival. Elas se projetam do cemento em direção à crista, à superfície Grupo circular: são fibras que percorrem através do tecido conjuntivo da gengiva marginal e interdental e circundam o dente de forma semelhante a um anel. Grupo transseptal: fibras que formam os feixes horizontais que se estendem entre o cemento de dois dentes próximos, nos quais estão inseridas; localizadas na região interproximal. Cor: geralmente descrita como “rosa coral’ Tamanho: Contorno Forma Consistência Textura superficial Posição Sondagem É composto por osso alveolar, cemento e ligamento periodontal Forma-se a medida em que o dente se desenvolve e erupciona na cavidade oral. Só é formado por completo após a erupção completa do dente As fibras colágenas são os elementos mais importantes do ligamento periodontal, dispostas em feixes e de curso levemente ondulado. Periodontia Fibras principais: Transseptais Da crista alveolar Horizontais Obliquoas Apical Função: desempenha diversas funções, como física, sensorial, nutritiva e formadora. Física: unir dente ao osso; diminuir impactos externos; proteção dos vasos e nervos; transmissão de força ao osso alveolar; manutenção dos tecidos gengivais em relação correta dos dentes. Sensorial: transmissão de sensação tátil para o gânglio trigêmeo. Nutricional: possui vasos sanguíneos que promovem nutrição para o cemento, osso alveolar e gengiva. Promove drenagem linfática também. Formativa: as células do ligamento periodontal ajudam na formação do cemento e do osso alveolar. Além dos fibroblastos se diferenciarem em osteoblastos e cementoblastos. É um calcificado especializado que cobre a superfície dentaria radicular. Não contem vasos e nervos Não sofre remodelação e reabsorção fisiológica Deposição continua ao longo da vida 65% hidroxiapatita Espessura cervical (20-50mm) e apical (150- 250mm) Função: inserir as fibras do ligamento periodontal na raiz doimplante, ausência de osso vestibular, tecido mole fino, ausência de tecido queratinizado, estado de inserção dos dentes adjacentes e trauma cirúrgico. 4.3 Ausência de mucosa queratinizada Não existem evidências sobre o efeito da mucosa queratinizada na saúde peri-implantar em longo prazo. No entanto, parece haver vantagens em Periodontia relação ao conforto do paciente e facilidade no controle do biofilme. 4.4 Osso Peri-implantar A altura da papila entre dentes e implantes é afetada pela altura dos tecidos periodontais nos dentes adjacentes aos implantes. A altura da papila entre implantes é determinada pela crista óssea entre implantes. Não há conclusões sobre a necessidade da tábua óssea vestibular para suportar o tecido mole vestibular do implante em longo prazo. O prognóstico é uma previsão do curso provável, da duração e do resultado de uma doença com base no conhecimento geral da patogênese da doença e na presença de fatores de risco para a doença. Ele é estabelecido depois que o diagnóstico é feito e antes que o plano de tratamento seja determinado. O prognóstico é baseado em informações específicas sobre a doença e no modo pelo qual ela pode ser tratada. É importante observar que a determinação do prognóstico é um processo dinâmico. Dessa forma, o prognóstico definido inicialmente deveria ser reavaliado após a finalização de todas as fases do tratamento, incluindo a manutenção periodontal. O prognóstico é frequentemente confundido com o termo risco. O risco geralmente lida com a probabilidade de que um indivíduo venha a desenvolver uma doença em um período especificado. Os fatores de risco são aquelas características de um indivíduo que o colocam em risco aumentado de desenvolver uma doença. Os fatores prognósticos são características que predizem o resultado da doença, uma vez que a doença esteja presente. Em alguns casos, os fatores de risco e os fatores prognósticos são os mesmos. Fatores a se considerar quando se determina um prognóstico Fatores clínicos gerais Idade do paciente Gravidade da doença Controle de placa (HO) Adesão do paciente e cooperação do paciente Fatores sistêmicos e ambientais Tabagismo Doença ou condição sistêmica Fatores genéticos Estresse Fatores locais Placa e cálculo Restaurações subgengivais Fatores anatômicos Raízes curtas, crônicas Projeções cervicais de esmalte Perolas de esmalte Pontes na bifurcação Concavidades radiculares Sulcos de desenvolvimento Proximidade radicular Envolvimento de furca Mobilidade dentaria Baseado na avaliação da perda dentária Prognóstico bom: controle dos fatores etiológicos e suporte periodontal adequado asseguram que o dente será facilmente mantido pelo paciente e pelo profissional. Prognóstico razoável: aproximadamente 25% de perda de inserção e/ou de envolvimento de furca Classe I (localização e profundidade permitem adequado controle com boa colaboração do paciente). Prognóstico ruim: 50% de perda de inserção, de envolvimento de furca Classe II (localização e Diagnóstico prognóstico plano de tratamento Periodontia profundidade tornam a manutenção possível, mas difícil). Prognóstico duvidoso: perda de inserção >50%, relação coroa raiz desfavorável, envolvimento de furca Classe II (localização e profundidade tornam o acesso difícil) ou Classe III, mobilidade igual ou superior a 2, proximidade radicular. Prognóstico desfavorável: inserção inadequada para manter saúde, conforto e função. Os objetivos a curto prazo são a eliminação de todos os processos infecciosos e inflamatórios que causam problemas periodontais e outros problemas orais que podem impedir a saúde sistêmica do paciente. Basicamente, os objetivos a curto prazo visam trazer a cavidade oral a um estado de saúde. Do ponto de vista periodontal, os objetivos a curto prazo são importantes, uma vez que eles consistem na eliminação da inflamação gengival e correção das condições que causam e perpetuam isso. Os objetivos a longo prazo são a reconstrução de uma dentição saudável que preencha todos os requisitos estéticos e funcionais. Planejamento a longo prazo envolve a consideração de reabilitação protética, que pode requerer tratamento com implantes, incluindo preparo cirúrgico do sítio do implante. Além disso, a necessidade de tratamento ortodôntico deve ser avaliada. Também devem ser consideradas a idade e condição sistêmica do paciente. O plano de Fase preliminar- tratamento de emergência Dental ou periapicais Periodontais Extrações de dentes irrecuperáveis e colocação de próteses provisórias Tratamento das doenças gengivais agudas (GN/PN, pericoronarite aguda, GEHA, Abscessos gengivais e periodontais) Fase não cirúrgica – fase 1 preparo prévio Controle de placa e educação do paciente Controle da dieta (controle da doença carie) Remoção de cálculo e alisamento radicular Correção de fatores irritantes de restauradores e protéticos Remoção de carie e restaurações Terapia antimicrobiana (local ou sistêmica) Terapia de oclusão Movimentação ortodôntica menor Esplintagem e prótese provisória O tratamento sistêmico pode ser empregado para casos específicos como um adjunto ao tratamento local, como o controle de complicações sistêmicas a partir de infecções agudas ou quimioterapia e a prevenção de efeitos prejudiciais da bacteremia pós- tratamento. O controle de doenças sistêmicas que agravam a condição periodontal do paciente é sempre uma consideração tão apropriada que precauções podem ser instituídas durante a terapia A terapia sistêmica para tratamento da condição periodontal em associação a terapia local é indicada em pacientes com periodontite agressiva. Nessas doenças, antibióticos sistêmicos são utilizados para eliminar as bactérias que invadem os tecidos gengivais e podem recolonizar a bolsa após a raspagem e alisamento radicular. Tetraciclina (250mg-6/6h) - periodontites crônicas e agressivas Minoxiclina (100mg 12/12h) periodontite crônica Doxicilina (100mg 2x/dia e 100mg 1x/dia) Metronidazoll (250m 8/8hr) – periodontite crônica e agressiva, GUN, gengivites-anaeróbios estritos Amoxicilina (500mg 8/8hr) periodontites agressivas e crônicas- gram + e – Amoxicilina + Metronidazol (8/8hr) - como efeito adicional tem-se a diminuição no índice do A. actinomycetemcomitans Amoxicilina+ Clavulanato de Potássio- como efeito adicional tem-se a diminuição no índice do A. actinomycetemcomitans Periodontia Diante de um trauma oclusal, o periodonto tenta acomodar-se às forças exercidas sobre a coroa dentaria, apresentando lesões anguladas verticais e bolsas infra ósseas. Avaliação da resposta à fase não cirúrgica Chegar novamente: PS, inflamação gengival, cálculo placas e cáries. Fase cirúrgica – fase 2 da terapia Terapia periodontal, incluindo a colocação de implantes Terapia endodôntica Eliminar bolsas gengivais e periodontais Acesso cirúrgico a bolsas periodontais profundas Promover regeneração periodontal Correção de defeitos morfológicos que podem favorecer o acumulo de placa e a recidiva da bolsa Fase restauradora- fase 3 da terapia Restaurações finais Avaliação da resposta aos procedimentos restauradores Exames periodontais Fase de manutenção – fase 4 da terapia Nova checagem periodontal Placas e cálculos Condição gengival (bolsas, inflamação) Oclusão, mobilidade dentária Outras alterações patológicas Realizada para determinar a necessidade de terapia adicional. A fase I, ou fase não cirúrgica, é direcionada para a eliminação dos fatores etiológicos das doenças gengivais e periodontais. Quando executada com êxito, essa fase interrompe a progressão da doença dentária e periodontal. Imediatamente após a conclusão da terapia da fase I, o paciente deve ser posto na fase demanutenção (fase IV) para preservar os resultados obtidos e evitar qualquer deterioração e recidiva adicionais da doença. Durante a fase de manutenção, com suas avaliações periódicas, o paciente entra na fase cirúrgica (fase II) e na fase restauradora (fase III) do tratamento fase de emergencia fase não cirurgica fase de manutenção fase cirurgica fase restauradoradente; contribui para o processo de reparo após danos na superfície da raiz. Cemento radicular primário (acelular) Cemento primário: formado em associação com a formação da raiz e a erupção do dente Cemento secundário: formado após a erupção do dente e em resposta às demandas funcionais. É a parte da maxila e da mandíbula que forma e dá suporte aos alvéolos dos dentes. Tem a função de sustentação dos dentes, através das fibras de sharpey e proteger e distribuir as forças geradas da mastigação. Osso compacto: revestimento das paredes dos alvéolos Osso esponjoso: maior parte dos septos interdentais e pequenas porções das laminas vestibulares e palatinas. Parte inorgânica: 65-70% composto por hidroxiapatita, cálcio e fosfato. Parte orgânica: 30-35% composto por fibras colágenas do tipo 1, proteínas não-colágenas, glicoproteínas, fosfoproteínas, lipídeos e proteoglicanas. Fibroblastos: desempenham importante papel no desenvolvimento, na manutenção e no reparo do tecido conjuntivo gengival. Mastócitos, macrófagos, células adiposas e eosinófilo, plasmócitos, linfócitos e neutrófilos podem ser vistos. A microcirculação, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos desempenham um importante papel na drenagem do fluido tecidual e na disseminação da inflamação. Origina-se de 3 fontes: de vasos que entram pelo osso alveolar, de ramos da A.A que nutre os dentes e vasos da gengiva marginal livre. Secundário (celular) Periodontia Contem receptores que registram dor, pressão e tato. Sendo toda inervação através do nervo trigêmeo e seus ramos terminais. Mecanismo pelo qual o fator etiológico causa uma doença. A doença periodontal resulta de uma complexa interação entre o biofilme subgengival e eventos imunoinflamatórios do hospedeiro que se desenvolvem nos tecidos gengivais e periodontais, em resposta ao desafio apresentado pelas bactérias. Conjunto de microrganismos em emaranhados em uma matriz de polissacarídeos extracelulares e glicoproteínas salivares, aderidos a superfície. Composição: Película adquirida, Microrganismos (70-80%) Matriz intermicrobiana (20-30%)- porção orgânica e inorgânica Porção orgânica Porção inorgânica -Polissacarídeos -cálcio -Proteínas -fósforo -Glicoproteínas -magnésio, potássio, -Lipídeos sódio e flúor. Película adquirida Tem a função de hidratar, lubrificar e proteger o dente. Fornece o substrato inicial, no qual as bactérias se aderem progressivamente Colonização inicial Bactérias utilizam adesinas especificas e seus respectivos receptores para se aderir a superfície Colonização secundaria Formada por bactérias que se aderem a outras. Colonização e maturação da placa Microrganismos peripatogenicos Prevotella Intermedia Copnocitophaga Fusobacterium Nucleatum Porphyromonas Gingivalis Agreggatibacter Actinomycetemcomitans Placa dental: é definida como uma substacia estruturada, resiliente, amarelo-acinzentada, que se adere firmemente às superfícies duras intraorais. É composta por uma firme matriz extracelular e diversos microrganismos. De acordo com a localização da placa em relação à margem gengival Placa subgengival- encontra-se na margem gengival ou acima desta. Placa supragengival- abaixo da margem gengival Placa supragengival: apresenta-se como uma organização estratificada de morfotipos bacterianos. Cocos e bastonetes Gram + predominam na superfície dentaria, enquanto espiroquetas, bastonetes e filamentos gram – predominam na superfície exterior da placa bacteriana E Hospedeiro Placa Doença periodontal é uma doença multifatorial e transmissível Mesmo na gengiva clinicamente saudável, o tecido conjuntivo gengival contém algumas células Fatores predisponentes Periodontia inflamatórias, principalmente neutrófilos. Os neutrófilos migram através do tecido conjuntivo e passam através do epitélio juncional para o sulco ou bolsa. Acumula-se também linfócitos e macrófagos. Além dos microrganismos, a um continuo exsudato de fluido dos tecidos gengivais que entram no sulco e saem como fluido gengival (FG). Manutenção de uma barreira epitelial intacta (epitélio sulcular e juncional) Vazão do fluido gengival do sulco (efeito de diluição e lavação) Descamação da superfície das células epiteliais do epitélio juncional e sulcular Presença de neutrófilos e macrófagos nos sulcos, fagocitando bactérias Na gengivite, geralmente, há infiltração do tecido conjuntivo por numerosas células de defesa, principalmente neutrófilos, macrófagos, células plasmáticas e linfócitos Como resultado do acúmulo das células de defesa e a liberação extracelular de suas enzimas destrutivas, há uma descontinuidade da anatomia normal dos tecidos conjuntivos, resultando em esgotamento do colágeno e subsequente proliferação do epitélio juncional. Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular levam ao aumento de vazamento de fluido para fora dos vasos e facilitam a passagem das células de defesa da vascularização para os tecidos, resultando no aumento dos tecidos, que se apresentam eritematosos e edemaciados. Lesão inicial: corresponde a tecidos clinicamente saudáveis, ligeiramente inflamados As primeiras alterações são vasculares, consistindo de capilares dilatados e aumento do fluxo sanguíneo De 2 a 4 dias de acumulo de placa Migração de neutrófilos e macrófagos para o interior do sulco, consequentemente aumentando o fluido gengival Aumento do fluxo do fluido gengival tem efeito de diluição de produtos bacterianos e ação de lavagem para remover bactérias e seus produtos a partir do sulco. Lesão precoce: corresponde ao estágio inicial da gengivite, evidente clinicamente. Evolui da lesão inicial após uma semana de acumulo de placa Clinicamente pode aparecer como gengivite precoce, com sinais clínicos como, eritema (proliferação capilar e vasodilatação), edema dos tecidos gengivais e sangramento à sondagem evidente. Microscopicamente, percebe-se a quantidade de destruição de colágeno aumentada, sendo o grupo de fibras circulares e dentogengivais, do tecido conjuntivo, mais afetado. Percebe-se um leve aprofundamento do sulco gengival e proliferação do epitélio juncional. O tipo de célula infiltrante predominante são os neutrófilos e linfócitos. Lesão estabelecida: corresponde a gengivite crônica Caracterizada pela predominância de plasmócitos e linfócitos B. os neutrófilos se acumulam nos tecidos e liberam seus conteúdos lisossomais extracelularmente (para matar bactérias que não foram fagocitadas) resultando em posterior destruição tecidual. Ocorre em 2 ou 3 semanas após o início do acumulo de placa, os vasos sanguíneos tornam-se obstruídos e congestionados, o retorno venoso está impedido e o fluxo sanguíneo fica lento. Forma-se sulcos gengivais profundos, podem levar a formação de bolsas gengivais. O esgotamento de colágeno continua, com gradativa proliferação do epitélio para dentro dos espaços do tecido conjuntivo. Periodontia Lesão avançada: marca a transição da gengivite para a periodontite, com perda de inserção e reabsorção óssea. Estagio em há extensão da lesão no osso alveolar e que em indivíduos susceptíveis, a gengivite progredirá para periodontite. Há o aprofundamento do epitélio juncional devido a migração da placa supragengival para região subgengival Perda de colágeno do ligamento periodontal e do osso alveolar, havendo assim, perda de inserção e reabsorção óssea. Os neutrófilos predominam no epitélio da bolsa e na bolsa periodontal e células plasmáticas dominam nos tecidos conjuntivos. O epitélio juncional migra apicalmente ao longo da superfície radicular para manter uma barreira epitelial intacta. A medida que a bolsa se aprofunda, a placa bacterianaprolifera apicalmente a um nicho, sendo mais favorável para muitas espécies que são consideradas como patógenos periodontais, devido ao ambiente protegido, quente, úmido e anaeróbio. Como consequência, a bolsa periodontal gradualmente aprofundo, tornando ainda mais difícil a remoção das bactérias através das técnicas de higiene oral e Mecanismos indiretos: Lipopolissacarídeos agem como endotoxinas e provocam fortes respostas imunes, aumentando a vasodilatação e a permeabilidade vascular e recrutando células inflamatórias por quimiotaxia. TNF-α é um importante mediador inflamatório na doença periodontal, estimula o desenvolvimento dos osteoclastos e limita a reparação tecidual por indução de apoptose em fibroblastos. IL-1β desempenha um papel fundamental na inflamação e imunidade, está intimamente ligada à resposta imune inata, e induz a síntese e secreção de outros mediadores. Por exemplo, IL-1β estimula a síntese de PGE2 (induz a reabsorção óssea) Produtos do metabolismo, como amônia, causam danos as células do epitélio e do tecido conjuntivo Proteases, que são capazes de decompor proteínas estruturais do periodonto Capsula para não reconhecimento por neutrófilos Locais Cálculo Anatomia dental Iatrogênicas Fatores irritantes Fumo Relação anatômica Placa bacteriana mineralizada que se forma sobre a superfície de dentes naturais e de próteses dentarias. Cálculo supragengival localiza-se coronalmente à margem gengival e é visível na cavidade oral. Geralmente tem coloração branca ou amarelo- esbranquiçada, de consistência rígida e é facilmente descolado da superfície do dente. Mais comum na região vestibular de molares superiores e na superfície lingual dos incisivos inferiores. A mineralização se da presença de sais da saliva Cálculo subgengival está localizado abaixo do bordo da gengiva marginal, não sendo visível em exame clinico de rotina. É denso, rígido e normalmente tem aparência marrom ou preto-esverdeada enquanto está firmemente aderido à superfície dentaria. A mineralização se da presença de sais do exsudato inflamatório Periodontia Composto por parte inorgânica (70-80%) e parte orgânica (20-30%) Parte inorgânica: Cálcio 39%; Fósforo 19%; Dióxido de carbono 2%; Magnésio 1%; Vestígios de sódio, zinco, estrôncio, bromo, cobre, manganês, tungstênio, ouro, alumínio, sílica, ferro e flúor. Parte orgânica Proteínas Carboidratos Lipídeos Anatomia dental: apinhamento, alterações na morfologia dentaria como concavidades, projeções e curvaturas excessivas. Fatores iatrogênicos: Deficiências na qualidade de restaurações dentárias ou próteses, movimentação ortodôntica rápida demais, falha no tratamento endodôntico são fatores que contribuem para a inflamação da gengiva e para a destruição periodontal. Fatores irritantes: higiene traumática, hábitos deletérios, substancias químicas e medicamentos. Relação anatômica: freios e bridas, quantidade e qualidade de saliva do paciente, relação entre os dentes e entre os arcos. Diabetes AIDS Alterações hormonais Síndromes e alterações congênitas Discrasias sanguíneas Fumo Fatores psicossomáticos Drogas/ medicamentos Hipovitaminoses Diabetes melitus É uma doença extremamente importante do ponto de vista periodontal, pois ela é responsável por uma desordem metabólica complexa, caracterizada pela hiperglicemia crônica. Existem 2 tipos principais de diabetes, a do tipo 1 e a do tipo 2. A diabetes do tipo 1, conhecida antigamente como diabetes insulino-dependente, é causada por uma destruição autoimune das células betas produtoras de insulina, o que resulta em deficiência de insulina. O diabetes tipo 2, conhecido como não insulino- dependente, é causado por uma resistência periférica à ação da insulina, comprometimento na secreção de insulina e aumento na produção de glicose pelo fígado. A alteração de maior impacto em pacientes com diabetes descontrolado é a diminuição nos mecanismos de defesa e o aumento na suscetibilidade a infecções, o que leva à doença periodontal destrutiva. Várias manifestações orais são descritas em pacientes diabéticos descompensados, incluindo queilose, diminuição do fluxo salivar, queimação na boca e língua, alteração da microbiota da cavidade oral, com maior predominância de Candida Albicans, Streptococcus hemolíticos e Staphylococcus. O aumento da suscetibilidade de pacientes diabelticos a infecções seria causado por deficiência dos leucocinos polimorfonucleares (PMN), monócitos e macrófagos. Como resultado, a primeira linha de defesa proporcionada pelos PMN contra os patógenos periodontais diminui, como resultado, tem-se a diminuição na fagocitose e o comprometimento da adesão e na quimiotaxia. A quantidade de glicose no fluido gengival e no sangue é mais alta em indivíduos com diabetes do que naqueles sem diabetes, mesmo com índices de placa e gengival semelhantes. O aumento da glicose no fluido gengival e no sangue de pacientes com diabetes pode alterar o ambiente da microbiota, induzindo, portanto, alterações qualitativas nas bactérias que podem contribuir para a gravidade da doença periodontal observada naqueles com diabetes mal controlado. Periodontia Tabagismo Menor inflamação gengival e sangramento a sondagem, devido a vasoconstrição e isquemia causada pelas substancias presentes na nicotina. Maior profundidade da bolsa, perda de inserção e perda óssea. Maior nível de destruição periodontal e perda dentaria Alterações hormonais A gengivite durante a gravidez é causada pela placa bacteriana da mesma forma como acomete as mulheres não gravidas. As alterações hormonais durante a gravidez acentuam a resposta gengival à placa e modificam o quadro clínico resultante. Quadro clínico Tratamento Local Local Sistêmico Local Local Sistêmico e sistêmico Local Sistêmico Sistêmico Delicados, confortáveis e com forma adequada Regido sem ser grosseiro Permitir manipulação com liberdade de movimentos sem força excessiva Ponta ativa no prolongamento do longo eixo do colo Ser afiado com facilidade Uma empunhadura adequada é essencial para o controle preciso dos movimentos durante a instrumentação periodontal. Diâmetro- é preferível instrumentais com cabo de diâmetro maior, por ser mais confortável Textura-estriado para dar mais segurança Estrutura do cabo- oco para dar leveza e empunhadura confortável Deve ser mais fina que o cabo Entre o cabo e a extremidade ativa Deve ser resistente para raspagem de grandes massas de calculo Dependem de: Extensão da coroa Profundidade da bolsa Região a ser instrumentada Variam de acordo com a face dental a ser instrumentada Comprimento Ângulo Longo Mais angulados Dentes posteriores Bolsas profundas Curto Menos angulados Dentes anteriores Caneta modificada Dentes posteriores Dentes anteriores Periodontia Parte do instrumental que entra em atividade Simples/dupla Fixa/removível Emprego do instrumental Classificação Laminas largas Laminas estreitas Remoção de grandes massas de calculo Tecido edemaciado Os instrumentais periodontais são classificados de acordo com os propósitos que eles servem Sondas periodontais: usadas para localizar, mensurar, indicar e determinar o curso de bolsas Exploradores: usados para localizar depósitos de cálculo e carie Instrumentos de raspagem, alisamento radiculare curetagem: usados para remoção do biofilme e depósitos calcificados da coroa e raiz de um dente. Remoção do cemento alterado da superfície radicular subgengival e debridamento do revestimento de tecido mole da bolsa. Foices-remove cálculo supragengival Curetas-raspagem subgengival, alisamento radicular e remoção do revestimento de tecido mole da bolsa Enxadas, cinzeis e limas-remove cálculo subgengival retentivo e cemento alterado. Instrumentais sônicos e ultrassônicos: são utilizados para raspagem e alisamento das superfícies radiculares e curetagem da parede de tecido mole da bolsa periodontal. Endoscópio periodontal: usado para visualizar o interior das bolsas subgengivais e das furcas Instrumentos de limpeza e polimento: usados para limpar e polir as superfícies dentarias. Utilizados para medir a profundidade das bolsas e determinar suas configurações. Ao media uma bolsa, a sonda deve ser inserida com pressão firme e cuidadosa no fundo da bolsa. A haste deve estar alinhada com o longo eixo do dente da superfície do dente a ser sondada. Sondar e medir: profundidade de sondagem; recessão gengival; envolvimento de furca; presença e localização de cálculos supra e subgengivais; presença de sangramento. São usados para localizar os depósitos subgengivais e as áreas cariadas, para checar a lisura das superfícies radiculares após o alisamento radicular, Bolsas profundas com tecido firme e fibroso Envolvimento de furca Periodontia detectar anormalidades na morfologia dental. Sonda exploradora: sua parte ativa pode ser milimetrada ou colorida, lisa ou romba. Sonda periodontal- milimetrada Sonda exploradora Pinça clinica Espelho bucal Espelho bucal desempenha as seguintes funções: Visão Iluminação Transiluminação Impulsão possui uma superfície plana e duas bordas cortantes que convergem em uma ponta aguda e afiada. São usadas principalmente para remover cálculo supragengival das proximais. Devem ser usadas em movimentos de tração vertical. Podem ser de diferentes tipos de haste e tamanhos de lamina. A seleção deve ser baseada na área a ser raspada. Foice haste reta- dentes anteriores e pré-molares Foices hastes anguladas- dentes posteriores são instrumentos de escolha para remoção do cálculo subgengival, alisamento radicular do cemento alterado e remoção do revestimento de tecido mole da bolsa. Cada extremidade ativa possui uma borda cortante em ambos os lados da lamina e uma ponta arredondada. Boa sensibilidade tátil Ângulo de curte curvo Mais delicadas Tamanhos variados e dorso arredondado Extremidade fina e arredondada Mais versátil para debridamento radicular Possuem bordas cortantes que podem ser inseridas em quase todas as áreas de dentição. São destinadas para a raspagem supra e subgengival e alisamento radicular. O tamanho da lâmina e o ângulo e comprimento da haste podem variar, mas a face da lâmina de toda cureta universal é em um ângulo de 90 graus (perpendicular) com relação à haste inferior quando vista em uma secção transversal da ponta A lâmina da cureta universal é curvada em uma direção da cabeça da lâmina à ponta ativa Mc Call 13/14 - todas as faces de dentes anteriores Mc Call 17/18 – todas as faces de dentes posteriores Curetas Gracey São representativas das curetas especificas, um arsenal de instrumentos diversos confeccionados e angulados para adaptarem-se a áreas anatômicas especificas da dentição Os melhores instrumentos para raspagem subgengival e alisamento radicular, porque elas fornecem a melhor adaptação à anatomia radicular complexa Curetas Foice Lima Enxada Cinzel Periodontia Gracey no 5-6: Dentes anteriores Gracey nos 7-8: Dentes posteriores: vestibular e lingual Gracey no 11-12: Dentes posteriores: mesial Gracey no 13-14: Dentes posteriores: distal Lamina compensatória: são anguladas em torno de 60-70° da haste inferior. Somente 1 ângulo de corte Lamina curva em 2 planos Determinar o ângulo de corte Porção terminal da haste/ à face a ser instrumentada Apoio digital (intra ou extraoral) Utilização do terço final da extremidade ativa Movimento de punho e antebraço são usadas para raspagem de saliências ou anéis de cálculo, nas faces proximais e linguais dos dentes. A lâmina é inclinada em um ângulo de 99°; a borda cortante é formada pela junção da superfície terminal plana com a porção interna da lâmina. A borda cortante é biselada em 45°. A lâmina é curvada de modo que mantenha contato com dois pontos em uma superfície convexa. A parte posterior da lâmina é arredondada, e a lâmina foi reduzida à espessura mínima para permitir acesso às raízes, sem interferir com os tecidos adjacentes. Usadas subgengivalmente apenas quando os tecidos moles forem facilmente deslocados Complementação com curetas possuem uma serie de laminas numa base. Sua função principal e fraturar os esmagar grandes depósitos de cálculo retentivo ou placas polidas de cálculo. Bolsas periodontais profundas, supra ou subgengival Formato redondo, oval ou triangular Usado em todas as faces dos dentes Duplo contato Movimento exploratório Movimento de raspagem Movimento de alisamento Os movimentos verticais e oblíquos são usados com mais frequência. Os movimentos horizontais são usados de forma seletiva nas linhas angulares e nas bolsas profundas que não podem ser tratadas com movimentos verticais ou oblíquos. A alternância na corrente elétrica gera oscilações nos materiais das peças de mão que causam a vibração da ponta de raspagem. Podem ser usados para remoção de placa e pigmentações, raspagem, alisamento radicular, curetagem e desbridamento cirúrgico. Periodontia Sua ação vibratória quando em contato com o cálculo, provoca sua fratura. Remoção de grandes massas de cálculo Remoção de manchas Usado mais em regiões supragengivais Pacientes com marca-passos cardíacos antigos Pacientes com doenças infectocontagiosas Pacientes com risco de doenças respiratórias Implantes, porcelanas e restaurações adesivas Menor tempo de trabalho Menos desconforto ao paciente Ponta não exige afiação, ângulo ou posição correta. Menor sensibilidade tátil Emissão de calor Forma e formato das pontas Dificuldade de visualização Contaminação- aerossol Não produz aplainamento Segue alguns princípios gerais que são comuns a todos os instrumentais em periodontia. Posição adequada do paciente e do operador Iluminação e afastamentos para ótima visualização Instrumentos afiados Manuseio e estabilidade dos instrumentais Ser cuidadoso Campo limpo Área de instrumentação Seleção do instrumental Planejamento para cada paciente A posição do paciente e do operador deve oferecer máxima acessibilidade à área de operação. O profissional deve estar sentado em um mocho confortável, posicionado de forma que os pés estejam planos ao solo e com as coxas paralelas ao solo. Deve se manter ereto e com a cabeça ereta. O paciente deve estar posicionado em uma posição supina e colocado de forma que a boca esteja próxima ao apoio de cotovelo do profissional. Sempre que possível, a visão direta com a iluminação direta do foco dentário é o mais desejável. Se isso não for possível, a visão indireta pode ser obtida usando se um espelho de boca, e a iluminação indireta pode ser obtida usando-se um espelho para refletir a luz onde ela for necessária. O afastamento fornece visibilidade, acessibilidade e iluminação. Podemos utilizar o dedo da mão não operatória, o espelho, afastadores ou a combinação dos métodos anteriores. A estabilidade do instrumento e da mão é o principal requisitopara a instrumentação controlada. O apoio digital serve para estabilizar a mão e o instrumento, fornecendo um fulcro firme enquanto os movimentos são feitos para ativar o instrumento. O quarto dedo (anelar) é o preferido para a maioria dos clínicos para o apoio digital, porém é possível usar o dedo médio. Podem ser classificados como apoio digitais intraorais ou fulcros extraorais. Intraorais Convencional: o apoio digital é estabelecido nas superfícies detárias imediatamente adjacente à área de trabalho. Arco cruzado: o apoio digital é estabelecido nas superfícies dentárias no lado oposto do mesmo arco Periodontia Arco oposto: é estabelecido nas superfícies dentárias no arco oposto Dedo a dedo: o apoio digital é estabelecido no dedo indicador ou polegar da mão não operatória Fulcros extraorais Palma para cima: é estabelecido repousando o dorso dos dedos médio e anelar na pele do paciente que reveste o aspecto lateral da mandíbula no lado direito da face Palma para baixo: é estabelecido repousando as superfícies anterior dos dedos médio e anelar na pele que reveste o aspecto lateral da mandíbula no lado esquerdo da face Refere-se a forma como a ponta ativa do instrumento é colocada contra a superfície do dente. A ponta e o lado da sonda devem estar paralelos à superfície dentária, quando os movimentos verticais são ativados dentro dos sulcos/bolsas O terço inferior da extremidade de trabalho, deve ser mantido e contato constante contra o dente, enquanto se move ao redor de vários contornos dentários Refere-se a ângulo entre a face de um instrumento laminado e a superfície dentária, também conhecido como relação dente-lâmina. Para inserção subgengival de um instrumento laminado, a angulação deve ser o mais próximo possível de zero. O final do instrumento pode ser inserido na base da bolsa com mais facilidade com a face da lâmina nivelada com o dente. Durante a raspagem e o alisamento radicular, a angulação ótima está entre 45 e 90 graus. A angulação correta da lâmina depende da quantidade e da natureza do cálculo, o procedimento a ser realizado e a condição do tecido. Após o cálculo ter sido removido, a angulação um pouco menor que 90° pode ser mantida, ou o ângulo pode ser levemente diminuído enquanto a superfície radicular é alisada com movimentos leves de alisamento radicular. A borda cortante de um instrumento é formada pela junção angular de 2 superfícies de sua lamina. Quando o instrumento está afiado, essa junção é uma linha fina correndo ao longo da borda cortante. Melhorar o controle dos instrumentos Menor pressão ao manipular os materiais em tecidos dentários Maior sensibilidade tátil Menos desconforto ao paciente É formada por cristais abrasivos mais duros que o material do instrumento a ser afiado. Pode ser natural ou artificial, finas ou grossas, de formato retangular ou goiva. Escolha da pedra Esterilizar a pedra Periodontia Evitar pressão excessiva Lubrificar a pedra durante a afiação Afiar ao primeiro sinal de perda de fio Evitar formação de uma “borda aramada” Não alterar a geometria do instrumento Técnica da pedra parada: estabilizando a pedra de afiar plana em uma superfície também plana, segurando o cabo do instrumentando com a empunhadura de caneta modificada, aplica-se o bisel na superfície posterior da lamina à superfície plana da pedra de afiar. Mão dominante instrumental Mão não dominante pedra Técnica do instrumental parado: segurando o instrumental com a palma da mão, aplica-se a superfície plana de uma pedra de afiar de mão ao bisel do dorso da lamina. Mão dominante pedra Mão não dominante instrumental Empunhadura com a palma e o polegar: útil para a estabilizar o instrumental durante a afiação Curetas universais: o ângulo entre a face coronária da lamina e a superfície lateral de qualquer cureta é de 70 a 80°. Quando uma pedra de mão plana é corretamente aplicada à superfície lateral de uma cureta para manter os ângulos de 70 a 80°, o ângulo entre a face coronária da lâmina e a superfície da pedra será de 100 a 110° Parte ativa da cureta em 11 horas e a pedra sempre em 1 hora Curetas especiais: Curetas universais : Estuda os fatores que determinam a frequência e da distribuição das doenças na coletividade humana. Fator de risco: características intrínsecas ou extrínsecas que aumentam a chance da doença ou agravo. Prevalência: é o número total de indivíduos ou sítios que tem uma condição ou doença em particular dentro de uma população definida. Incidência: frequência da ocorrência de novos casos na população. Periodontia Avaliação clínica da inflamação dos tecidos periodontais Avaliação da perda do tecido periodontal de sustentação Radiografias Avaliação clínica da inflamação dos tecidos periodontais Índice gengival Índice de sangramento sulcular Índice de placa Índice gengival: proporciona uma avaliação do estado de inflamação gengival que pode ser utilizada na prática para comparar a saúde gengival antes e depois da fase 1 do tratamento ou antes e após tratamento cirúrgico. Índice de sangramento do sulco: proporciona uma avaliação objetiva, facilmente reproduzível do estado da gengiva. Índice de sangramento sulcular: 15 segundos após a sondagem, deve-se avaliar a presença de sangramento 0- Ausente 1- Presente 𝐼𝑆𝑆 𝑛° 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑥 100 𝑛° 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑥 6 Índice de placa: com o auxílio de um evidenciador de placa (pastilha ou liquido), avalia-se as superfícies coradas 𝐼𝑃 𝑛° 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑥 100 𝑛° 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑥 4 Utilizado em: Avaliação inicial Avaliação após adequação do meio Após fase restauradora Avaliação da perda de tecido periodontal de sustentação Profundidade de sondagem Nível de inserção clínica Índice periodontal Índice de doença periodontal de Ramfjord Índice periodontal comunitário SB Brasil 2010 Analisar a situação de saúde bucal dos brasileiros a fim de proporcionar ao SUS, informações uteis ao planejamento de programas de prevenção e tratamento, em âmbito nacional, regional e estadual. Tabagismo Possui substancias vasoconstritoras que podem causar isquemia tecidual, além de diminuir a resposta vascular inflamatória Maior perda óssea Maior perda do periodonto de sustentação Menor resposta ao tratamento Maior perda de dente Diabetes Mellitus Indivíduos com diabetes descompensada são mais susceptíveis a doença periodontal, devido à sua dificuldade de reagir a processos inflamatórios e infecciosos. Diagnóstico: determina a presença ou ausência da doença. Características a ser avaliadas Cor Forma Consistência Sangramento Contorno Na primeira visita deve-se avaliar: História medica História dental Periodontia Radiografias intraorais Modelos Fotografias clínicas Na segunda visita deve-se avaliar Higiene oral Mau hálito Exame da cavidade oral Manchas dentarias Hipersensibilidade Relação de contato proximal Usada para sondar e medir Profundidade de sondagem Recessão gengival Nível de inserção envolvimento de furca Presença e localização de cálculo Presença de sangramento A profundidade de sondagem é a distância que a sonda penetra na bolsa. A profundidade da bolsa é a distância entre a base da bolsa e a margem gengival. Introduzir a sonda entre o epitélio da bolsa/ sulco e dente, movendo em direção apical até o epitélio juncional. A sonda deve ser inserida paralelamente ao eixo vertical do dente e “caminhar” circunferencialmente em torno de cada superfíciedo dente para detectar áreas de penetração mais profundas. É considerado um periodonto saudável aquele que apresente profundidade de sondagem de até 3mm, sem sangramento, dor e supuração. BOLSA PERIODONTAL X PSEUDOBOLSA OU BOLSA GENGIVAL Bolsa gengival: não há perda de inserção, apenas margem gengival edemaciada Bolsa periodontal: ocorre a perda de inserção e pode ser visualizada em radiografias. É a distância da junção amelocementaria (JEC) até a margem gengival. Recessão/retração gengival migração da margem gengival no sentido apical à JEC. Recessão + Edema gengival - É a distância entre a base da bolsa e um ponto fixo na coroa, como a junção esmalte-cemento (JEC). Quando a margem gengival está localizada na coroa anatômica, o nível de inserção é determinado Periodontia subtraindo-se da profundidade da bolsa a distância da margem gengival até a JEC. Quando a margem gengival coincide com a JEC, a perda de inserção iguala-se à profundidade da bolsa. Quando a margem gengival está localizada apicalmente à JEC, a perda de inserção é maior que a profundidade da bolsa. Por essa razão, a distância entre a JEC e a margem gengival deve ser somada à profundidade da bolsa. É o único parâmetro que determina se está ocorrendo progresso da doença. A inserção de uma sonda na base da bolsa provocará sangramento se a gengiva estiver inflamada e o epitélio da bolsa estiver atrófico ou ulcerado. Para testar o sangramento após a sondagem, a sonda é introduzida cuidadosamente até o fundo da bolsa e movimentada lateralmente de forma suave ao longo de toda a parede da bolsa. O clínico deve conferir o sangramento de 15 a 60 segundos após a sondagem. Presente ou ausente Clinicamente, a presença de secreção purulenta na bolsa periodontal é determinada pela colocação da ponta do dedo indicador levada de encontro à parede lateral da gengiva marginal e aplicando-lhe pressão em um movimento rolante ao redor da Determina o grau de perda de inserção e atividade da doença. Todos os dentes possuem um leve grau de mobilidade fisiologia, que varia em diferentes dentes e diferentes momentos do dia. A mobilidade é maior ao acorda, devido a leve extrusão dos dentes por causa do contato oclusal limitado durante o sono, e diminui progressivamente devido a mastigação e forças de deglutição. Dentes unirradiculares possuem maior mobilidade que dentes multirradiculares, com incisivos apresentando maior mobilidade. A mobilidade é graduada de acordo com a extensão e facilidade de movimentação dentária Grau I: ligeiramente maior que a normal, 1mm em direção horizontal Grau II: moderadamente maior que a normal, maior que 1mm em sentido horizontal Grau III: mobilidade grave vestibulolingual e/ou mesiodistal combinada com a deslocamento vertical, intensa mobilidade horizontal e vertical. É causado por Pera de suporte dentário Trauma oclusal Extensão de inflamação da gengiva ou do periápice dentro do ligamento periodontal Cirurgia periodontal Com sonda desenhadas, como a sonda de nabers, nas quais permitem uma exploração mais fácil e mais precisa do componente horizontal das lesões da furca. Grau 1: perda horizontal do tecido de suporte de no máximo 1/3 da largura do dente Grau II: perda horizontal maior que 1/3, mas sem atravessar ao outro lado parede lateral da gengiva marginal e aplicando-lhe pressão em um movimento rolante ao redor da coroa Periodontia Grau III: perda horizontal de lado a lado Em 2018, em Chicago, foi lançada o Proceedings do workshop Mundial para a Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Peri-implantares. Saúde Periodontal, Condições e Doenças Gengivais 1. Saúde Periodontal e Saúde Gengival 2. . Gengivite Induzida pelo Biofilme 3. . Doenças Gengivais Não Induzidas pelo Biofilme Periodontite 1. Doenças Periodontais Necrosantes 2. Periodontite 3. Periodontite como Manifestação de Doenças Sistêmicas Outras Condições que Afetam o Periodonto 1. – Manifestações Periodontais de Doenças ou Condições Sistêmicas (Doenças ou Condições Sistêmicas que Afetam os Tecidos Periodontais de Suporte) 2. Abscessos Periodontais e Lesões Endoperiodontais 3. Condições e Deformidades Mucogengivais 4. Forças Oclusais Traumáticas 5. Fatores Relacionados ao Dente e às Próteses Para as Condições Peri-implantares 1. Saúde Peri-Implantarar 2. Mucosite Peri-Implantar 3. Peri-Implantite 4. Deficiências nos Tecidos Peri-Implantares Moles e Duros Estado sem inflamação periodontal que permita as funções normais e que não produza nenhuma consequência como resultado da doença periodontal. Características clínicas: Sem eritema ou edema Profundidade de sondagem menor ou igual a 3 mm Sangramento à sondagem de até 10% dos sítios Ausência de perda de inserção Ausência de supuração Sem perda óssea radiográfica Deve avaliar: Cor Forma Consistência Contorno Sangramento Saúde clínica gengival em um periodonto reduzido Paciente estável Perda de inserção, profundidade de sondagem de até 4 mm, sem sítios com profundidade de sondagem igual ou superior a 4 mm com sangramento à sondagem, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e com perda óssea radiográfica. Condições e Doenças Periodontais saude periodontal, condições e doencas gengivais periodontite outras condições que afetam o periodonto Doenças e Condições Peri- implantares saude peri- implantar mucosite peri- implantar peri-implantite deficiencia nos tecidos peri- implantares moles e duros Periodontia Foi reduzido em doença anterior. Estabilidade da periodontite Sucesso no controle dos fatores locais e sistêmicos Mínimo de sítios com sangramento a sondagem Melhora na profundidade de sondagem, no nível de inserção e ausência na progressão da destruição Periodontite em remissão / controle da periodontite Durante o tratamento Resulta na diminuição da inflamação Melhora na profundidade de sondagem e nível clínico de inserção Sem ótimo controle dos fatores locais e sistêmicos Sangramento a sondagem acima de 10% dos sítios e profundidade de sondagem acima de até 3mm Descontrole da periodontite/ instável Após tratamento Resulta na diminuição da inflamação Alguma melhora na profundidade de sondagem e nos níveis clínicos de inserção Sem ótimo controle dos fatores locais e sistêmicos Sangramento a sondagem acima de 10% dos sítios e profundidade a sondagem acima de 4mm • paciente sem periodontite Perda de inserção, profundidade de sondagem de até 3 mm, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e possível perda óssea radiográfica (por exemplo, em casos de recessão gengival, trauma e aumento de coroa clínica). Classificada em: Associada somente ao biofilme dental Mediada por fatores de risco sistêmicos ou locais Associada a medicamentos para aumento de tecido gengival 2.1- Gengivite associada somente ao biofilme • Gengivite em periodonto íntegro Caracteriza-se por apresentar sítios com profundidade de sondagem menor ou igual a 3 mm, 10% ou mais de sítios com sangramento à sondagem, ausência de perda de inserção e de perda óssea radiográfica. • Gengivite em periodonto reduzido Os pacientes apresentam sítios com profundidade de sondagem de até 3 mm, 10% ou mais dos sítios com sangramento à sondagem, perda de inserção e possível perda óssea radiográfica. • Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente O paciente tem história de tratamento de periodontite, portanto apresenta perda de inserção, sítios com bolsa periodontal de até 3 mm, 10% ou mais dos sítios com sangramento à sondagem e perda óssea radiográfica. 2.2- Gengivite mediada por fatores de risco sistêmicosou locais Sistêmicos (fatores modificadores) Gengivite induzida pelo biofilme associada somento ao biofilme mediada por fatores de risco locais e sistemicos associadas a medicamento para aumento de tec. gengival Periodontia Tabagismo Hiperglicemia Fatores nutricionais Agentes farmacológicos Hormônios esteroides sexuais Condições hematológicas Locais (fatores predisponentes) Fatores de retenção de biofilme dental Secura dental Gengiva de coloração mais pálida, devido as substancias vasoconstritoras. Diabetes mellitus AIDS Síndrome e alterações congênitas A diabetes está associada a xerostomia Possui menos neutrófilos circulantes- menor resistência à infecção Maior severidade da doença periodontal devido a: modificação da microbiota subgengival Alteração do metabolismo do colágeno: predisponde a supuração e abcessos recorrentes. Maior progressão da doença periodontal e perda de inserção Maior resposta inflamatória- maior numero de neutrófilos, macrófagos e anticorpos Gravidez Menopausa Ciclo menstrual Puberdade Contraceptivos hormonais Alteram a resposta tecidual à placa, influenciado também na composição da microbiota da placa e produzindo maior quantidade de citocinas inflamatórias Puberdade A puberdade com frequência é acompanhada por uma resposta exagerada da gengiva à placa. A inflamação pronunciada, o edema e o aumento gengival resultam de fatores locais que normalmente poderiam provocar uma resposta gengival comparativamente leve. Menstruação Durante o período menstrual, a prevalência da gengivite aumenta. Algumas pacientes podem se queixar de sangramento e sensação de inchaço tenso nas gengivas durante os dias que antecedem o fluxo menstrual. O exsudato da gengiva inflamada é aumentado durante a menstruação, o que sugere que a gengivite preexistente é agravada pela menstruação; no entanto, o fluido gengival da gengiva normal saudável não é afetado. A mobilidade dentária não muda significativamente durante o ciclo menstrual. A contagem bacteriana salivar é aumentada durante a menstruação e ovulação, que ocorre até 14 dias antes. Gravidez Tal como acontece com outras doenças sistêmicas, a gravidez em si não causa a gengivite. A gengivite durante a gravidez é causada pela placa bacteriana da mesma forma como acomete as mulheres não grávidas. As alterações hormonais durante a gravidez acentuam a resposta gengival à Periodontia placa e modificam o quadro clínico resultante. Não ocorrem alterações notáveis na gengiva durante a gravidez na ausência de fatores locais. A possibilidade de as interações entre bactérias e hormônios poderem alterar a composição da placa e levar à inflamação gengival. A microbiota subgengival muda para uma microbiota mais anaeróbia conforme a gravidez avança. A P. intermedia parece ser o único microrganismo que aumenta significativamente durante a gravidez. Esse aumento parece estar associado a aumentos nos níveis sistêmicos do estradiol e da progesterona, e coincide com o pico do sangramento gengival. Contraceptivos hormonais Os contraceptivos hormonais agravam a resposta gengival a fatores locais de uma maneira semelhante àquela observada durante a gravidez; quando estes medicamentos são tomados por mais de um ano e meio há aumento na destruição periodontal. Menopausa Durante a menopausa, as flutuações hormonais rítmicas habituais do ciclo feminino são finalizadas após o estradiol deixar de ser o principal estrógeno circulante.1 Como resultado, as mulheres podem desenvolver uma gengivoestomatite. Esta condição ocorre durante a menopausa ou durante o período pós-menopausa. Algumas vezes aparecem sinais e sintomas leves, e estes estão associados às primeiras mudanças da menopausa. A gengivoestomatite da menopausa não é uma condição comum. O termo utilizado para a sua designação levou à impressão errada de que ela ocorre invariavelmente em associação com a menopausa, enquanto o contrário é verdadeiro. Os distúrbios orais não são uma característica comum da menopausa. 2.3- Aumento gengival influenciado por medicamentos Anticonvulsivantes (fenotoína) Imunossupressores (ciclosporina) Bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina) Clinicamente Alteram a placa microbiana Alteram o metabolismo dos tecidos gengivais e ósseo Diminuem o fluxo salivar Diminuem e alteraram o fluido gengival Lesões e reações teciduais Aumentam a gengiva Medicamentos Niferipina (adalat, procardia) Ciclosporina (sandimmune) Fenitoína (dilantin, epelin) Ciclosporina Aumento gengival Maior susceptibilidade à infecção Efeitos colaterais (ulceras, nefrotoxicidade, alterações hepáticas e alterações de coagulação) Medicamentos com sacarose Reduz o pH da cavidade bucal Modificação da composição da microbiota Maior predisposição à carie e erosão do esmalte Drogas associadas a xerostomia Aumento do acumulo de placa Dificuldade de higiene bucal Diminuição da ação mecânica da saliva Desordens Genéticas e de Desenvolvimento • Fibromatose gengival hereditária Infecções Específicas De ordem viral Periodontia Herpes simples I e II (primário ou recorrente) Varicella zoster (catapora e sarampo – nervoV) Molluscum contagiosum Papilomavírus Humano (papiloma escamoso celular, condiloma acuminatum, verruga vulgar e hiperplasia epitelial vulgar) De origem fúngica Candidose Outras micoses (histoplasmose e aspergilose) Condições inflamatórias e imunes Reações de hipersensibilidade Doenças autoimunes da pele e das membranas mucosas Lesões inflamatórias granulomatosas (granulomatoses orofaciais) Processos reacionais Epúlides Neoplasias Pré-malignas Malignas Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Deficiência de vitaminas Lesões traumáticas Trauma mecânico/físico Pigmentação gengival Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) representa uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus herpes simples. Revela relevante frequência entre as crianças de zero a seis anos de idade, apresentando sintomatologia prodrômica e manifestação clínica autolimitada entre dez a quatorze dias. Características clínicas- estado geral Linfadenopatia cervical Calafrios Dor Anorexia Irritabilidade Nausesas Febre alta- 39,4 a 40,5°C Sinais Vesículas, ulceras e fibrina amarelada em região de boca Tratamento Tratamento sintomático de suporte Alimentação fria e pastosa Analgésicos e antitérmicos Higienização adequada Cuidados com a disseminação- fase ativa da doença Medicamento- Hexomedine Periodontite: doença inflamatória crônica multifatorial associada com biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental. Clínico: Perda de inserção detectada em 2 ou + sítios interproximais não adjacentes Perda de inserção de 3 mm ou mais na vestibular ou lingual/palatina em pelo menos 2 dentes, causada por biofilme periodontal Processo inflamatório do periodonto caracterizado por necrose/ulceração da papila interdental, sangramento gengival, halitose, dor e perda óssea rápida. Outros sinais/sintomas associados podem Periodontite doencas periodontais necrosantes periodontite periodontite como manifestação de doencas sistemicas Periodontia incluir formação de pseudomembrana, linfadenopatia e febre. As outras doenças periodontais necrosantes (gengivite necrosante e estomatite necrosante) não estão contempladas em outro local da classificação e, por esse motivo, serão reportadas aqui: 1.1 Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidos crônica e gravemente • Em adultos • Em crianças 1.2 Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidostemporária e/ou moderadamente • Em pacientes com gengivite • Em pacientes com periodontite : processo inflamatório agudo do tecido gengival caracterizado pela presença de necrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival e dor. Outros sinais e sintomas associados podem incluir halitose, pseudomembranas, linfadenopatia regional, febre e sialorreia (em crianças). : processo inflamatório do periodonto caracterizado pela presença de necrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival, halitose, dor e perda óssea rápida. Outros sinais e sintomas associados podem incluir formação de pseudomembrana, linfadenopatia e febre. : condição inflamatória severa do periodonto e da cavidade oral em que a necrose dos tecidos moles se estende além da gengiva, e a desnudação óssea pode ocorrer por meio da mucosa alveolar, com áreas aumentadas de osteíte e formação de sequestro ósseo. Tipicamente ocorre em pacientes sistêmica e severamente comprometidos. Ulceração Necrose da papila e margens gengivais Presença de pseudomembrana Eritema linear pronunciado Papila invertida Em um dente, em grupo ou em boca toda Sangramento espontâneo ou a mínimo toque Sem bolsa gengival Dor espontânea moderada ou severa Intensificada ao toque Gosto metálico Saliva pastosa Odor fétido Linfoadenopatia local estado Febre moderada leve/moderado Febre alta Leucocitose estado Aumento da frequência cardíaca grave Perda do apetite Apatia geral Gengivite preexistente Lesões gengivais Tabagismo Alcoolismo Higiene oral deficiente Deficiência nutricional Doenças debilitantes Fatores psicossomáticos Periodontia A classificação de estágios está relacionada com a severidade a doença. Os estágios da periodontite devem ser primariamente definidos pela perda clínica de inserção, “característica determinante”. Em sua ausência, utiliza-se perda óssea radiográfica. Caso haja “fatores de complexidade” (por exemplo, lesões de furca ou mobilidades avançadas), sobe-se o estágio ao pior cenário encontrado, de acordo com o descrito abaixo em “fatores que modificam o estágio”. Em pacientes tratados, o estágio não deve diminuir. Para todos os estágios, deve-se classificar ainda quanto à extensão: localizada (até 30% dos dentes afetados), generalizada (30% dos dentes ou mais) ou padrão molar/incisivo. Característica determinante: 1-2 mm de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda radiográfica no terço coronal (5mm >5m m Gravi dade Perda óssea rx Terço coronal (15%) Terço coronal (15- 30%) Terço ou apical raiz médio da Perda dentaria Sem perda 5den tes Periodontia estagios graus Periodontia evidências indiretas. Após a determinação da graduação da periodontite pela evidência de progressão, o grau pode ser modificado pela presença de fatores de risco (tabagismo e diabetes mellitus). – Característica determinante: evidência direta de não progressão de perda de inserção por 5 anos ou indireta de perda óssea/ano de até 0,25 mm. Características secundárias: pacientes com grande acúmulo de biofilme, mas pouca destruição periodontal. Fatores de risco que podem modificar a graduação: sem fatores de risco (tabagismo ou diabetes mellitus). – Característica determinante: evidência direta de progressão inferior a 2 mm em 5 anos ou indireta de perda óssea/ano de 0,25-1 mm. Características secundárias: destruição compatível com depósitos de biofilme. Fatores de risco que podem modificar a graduação: fumantes abaixo de 10 cigarros ao dia ou HbA1c 1,0 Desordens sistêmicas que apresentam um grande impacto na perda dos tecidos periodontais por influenciar a inflamação gengival Desordens genéticas Doenças associadas com desordens imunológicas Doenças que afetam o tecido conjuntivo Desordens metabólicas e endócrinas Doenças de imunodeficiência adquirida Doenças inflamatórias Outras desordens sistêmicas que influenciam a patogênese das doenças periodontais Estas condições são: diabetes mellitus, obesidade, osteoporose, artrite (reumatoide e osteoartrite), estresse emocional, depressão, tabagismo (dependência de nicotina) e uso de medicações. Manifestações Periodontais de Doenças e Condições Sistêmicas FATORES MODIFICADORES DE GRAU tabagismo não fuma- nao muda o grau fuma menos que 10 cigarros/ dia -pula um grau fuma mais que 10 cirragos/ dia- grau C diabetes sem diabetes- não muda o grau HbA menor que 7%- pula um grau HbA maior que 7%- grau C Periodontia Abscessos periodontais e lesões endoperiodontais Condições e deformidades mucogengivais Forças oclusais traumáticas Fatores relacionados ao dente e às próteses Acúmulo de pus localizado na parede gengival do sulco/bolsa periodontal, resultando em destruição tecidual significante. Apresenta elevação ovoide da gengiva na parede lateral da raiz e sangramento à sondagem. Podem ainda ser observados: dor, supuração à sondagem, bolsa periodontal profunda e aumento da mobilidade dental. Classificação baseada nos fatores etiológicos envolvidos: Abscesso periodontalem paciente com periodontite (em uma bolsa periodontal preexistente) Exacerbação aguda: em pacientes com periodontite não tratados, não responsivos à terapia para periodontite ou em terapia periodontal de suporte. Após o tratamento: após raspagem, cirurgia ou medicação (antimicrobianos sistêmicos ou outras drogas, como a nifedipina). Abscesso periodontal em paciente sem periodontite (pode ou não ter bolsa periodontal preexistente): Abscesso relacionado com: impactação (fio dental, elástico ortodôntico, palito dental, lençol de borracha ou milho de pipoca), hábitos deletérios (onicofagia), fatores ortodônticos, crescimento gengival e alterações da superfície radicular, por exemplo, alterações anatômicas severas (dente invaginado e odontodisplasia), alterações anatômicas menores (pérolas de esmalte, dilaceração cementária), condições iatrogênicas (perfurações), dano radicular severo (fissura ou fratura, síndrome do dente rachado) ou reabsorção radicular externa. Gengiva eritematosa e edematosa Superfície lisa e avermelhada ou hemorrágica Supuração após sondagem ou leve pressão na gengiva Dor latente Sensibilidade a palpação Sensibilidade, mobilidade ou extrusão dentaria Mau hálito, Linfadenopatia Febre e mal-estar geral Inflamação gengival relacionada com a coroa de um dente com erupção incompleta. Acumulo de restos de alimentos, trauma, oclusão ou corpo estranho pode exacerbar Lesão avermelhada e inchada Pode haver supuração Dor intensa e irradiada Desconforto para o paciente Gosto ruim Linfadenite Inchaço local e ângulo da mandíbula Pode causar trismo Febre, leucocitose e astenia Comunicação patológica entre os tecidos pulpar e periodontais em determinado dente, o que pode ocorrer de forma aguda ou crônica. Caracterizadas por bolsas periodontais profundas que se estendem ao ápice radicular e/ou por resposta a teste de vitalidade pulpar negativo ou alterado. Outros sinais e sintomas possíveis incluem evidência de perda óssea radiográfica na região apical ou de furca, dor espontânea ou à palpação/percussão, exsudato purulento/supuração, mobilidade dental, fístula, alterações de coloração na coroa do dente e/ou gengiva Periodontia Lesão endoperiodontal com dano radicular Lesão endoperiodontal em paciente com periodontite Grau 1: bolsa periodontal estreita e profunda em uma superfície radicular. Grau 2: bolsa periodontal larga e profunda em uma superfície radicular. Grau 3: bolsas periodontais profundas em duas ou mais superfícies radiculares. Lesão endoperiodontal em paciente sem periodontite Grau 1: bolsa periodontal estreita e profunda em uma superfície radicular. Grau 2: bolsa periodontal larga e profunda em uma superfície radicular. Grau 3: bolsas periodontais profundas em duas ou mais superfícies radiculares. A recessão gengival é influenciada pelo fenótipo periodontal, resultante da combinação de fenótipo gengival com a espessura do osso alveolar vestibular (morfotipo ósseo). Para o diagnóstico, deve-se utilizar a transparência gengival da sonda durante a sondagem: sonda visível = fenótipo fino (≤ 1 mm); sonda não visível = fenótipo espesso (> 1 mm). Além disso, verificar a distância (em mm) da margem gengival à junção mucogengival. Condição mucogengival na presença de recessões gengivais Migração apical da margem gengival/tecidual causada por diferentes condições/patologias. As recessões devem ser classificadas em: Extensão vertical da recessão Recessão Tipo 1 (RT1): sem perda de inserção interproximal. Junção cemento-esmalte (JCE) interproximal não detectável clinicamente na mesial ou na distal. Recessão Tipo 2 (RT2): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa menor ou igual à perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular). Recessão Tipo 3 (RT3): perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo de sulco/bolsa maior que a perda de inserção vestibular (medida da JCE ao fundo de sulco/bolsa na vestibular). Degrau A condição radicular deve ser considerada de acordo com a presença ou não de concavidades na superfície radicular. Essa classificação define: Classe +: presença de um degrau cervical > 0,5 mm Classe -: ausência de degrau cervical > 0,5 mm Condição mucogengival na ausência de recessões gengivais Fenótipo gengival fino e/ou faixa estreita/ausência de mucosa queratinizada na ausência de recessão gengival (considerando que qualquer espessura de mucosa queratinizada é suficiente para manter saúde periodontal). Forças oclusais traumáticas são definidas como qualquer força oclusal que resulte em dano aos tecidos e/ou ao aparato de inserção periodontal. Não há evidências de que forças oclusais traumáticas causem perda de inserção periodontal ou acelerem a progressão da periodontite em humanos. Contudo, há evidências de que forças oclusais não causam recessão gengival. Podem predispor a doenças periodontais, dependendo da susceptibilidade do indivíduo. Periodontia Fatores locais relacionados ao dente que podem modificar ou predispor a doenças gengivais induzidas pelo biofilme/periodontite • Fatores anatômicos do dente. • Fraturas radiculares. • Reabsorção cervical e dilaceração cementária. • Proximidade radicular. • Erupção passiva alterada- condição de desenvolvimento com relações dento-alveolares anormais. A margem gengival (e, algumas vezes, o osso) está localizada coronalmente, levando a falsas bolsas e a problemas estéticos. É preciso realizar tratamento periodontal cirúrgico. Fatores locais relacionados à prótese dental Os fatores locais relacionados à prótese se referem a condições que podem levar ao acúmulo de biofilme e a más condições de controle de placa pelos pacientes. Margens de restaurações posicionadas no espaço dos tecidos aderidos supraósseos Procedimentos clínicos relacionados à confecção de restaurações indiretas Reações de hipersensibilidade/toxicidade aos materiais odontológicos As doenças peri-implantares (mucosite peri- implantar e peri-implantite) são aquelas associadas ao biofilme, e a progressão da peri-implantite parece ser mais rápida que a da periodontite. Recomenda-se que os clínicos obtenham radiografias e medidas de sondagem imediatamente após a finalização da prótese sobre implante. Ausência de sinais clínicos de inflamação, ausência de sangramento e/ou supuração após delicada sondagem, sem aumento de profundidade de sondagem em relação a exames prévios, e ausência de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação fisiológica. Presença de sangramento e/ou supuração à sondagem gentil com ou sem aumento de profundidade de sondagem, comparando‑se com exames prévios, e ausência de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação fisiológica. Presença de sangramento e/ou supuração após delicada sondagem, aumento da profundidade de sondagem em relação a exames prévios, presença de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação óssea. As deficiências dos tecidos peri-implantares estão diretamente relacionadas às condições clínicas antes, no decorrer e depois da colocação dos implantes. 4.1Dimensão diminuída do processo alveolar/rebordo Exposição aos seguintes fatores: perda de suporte periodontal, infecções endodônticas, fraturas radiculares longitudinais, tábua óssea vestibular delgada, posicionamento dental vestibularizado/lingualizado no arco, extração com trauma adicional aos tecidos, injúria, pneumatização do seio maxilar, medicações e doenças sistêmicas que reduzam a quantidade de osso formado, agenesia dental, pressão exercida por próteses parciais removíveis e combinações. 4.2 Recessão da mucosa Peri-implantar Exposição aos seguintes fatores: mau posicionamento do