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Ciência Política e do 
Estado
Aula 1
Prof. Vagner PATINI 
Professor: Vagner PATINI Martins
Mestre em Ciência Sociais (política) - PUC/SP
Pós-graduado em Direito Sindical – ESA/SP
Pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho – ESA/SP 
Graduado pela FMU
Diretor da Comissão de Direito Sindical da OAB – Jabaquara 
Membro da Comissão de Direito Sindical da – Seccional SP
 Advogado atuante na área Trabalhista e Sindical
Agenda do encontro:
• ROTEIRO DE ESTUDOS
ü Poder
ü Dominação
ü Legitimidade e Legalidade
• DÚVIDAS.
Poder
“Poder. 
1. DEFINIÇÃO. — Em seu significado mais geral, a palavra Poder designa a capacidade ou a 
possibilidade de agir, de produzir efeitos. Tanto pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos 
como a objetos ou a fenômenos naturais (como na expressão Poder calorífico, Poder de absorção). 
Se o entendermos em senNdo especificamente social, ou seja, na sua relação com a vida do homem em 
sociedade, o Poder torna-se mais preciso, e seu espaço conceptual pode ir desde a capacidade geral de 
agir, até à capacidade do homem em determinar o comportamento do homem: Poder do homem sobre 
o homem. O homem é não só o sujeito mas também o objeto do Poder social. E Poder social a 
capacidade que um pai tem para dar ordens a seus filhos ou a capacidade de um Governo de dar 
ordens aos cidadãos.”
Bobbio, Norberto, 1909 - Dicionário de política I Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino; trad. 
Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - 
Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1 la ed., 1998. pg. 933.
“CONCEITO DE PODER
Conforme a clara e precisa definição do prof. Salvetti Netto,1 “poder é a imposição 
real e unilateral de uma vontade”.
No caso, é dirigida a alguém, que fica impossibilitado de reagir.
Diz ainda que tal imposição se faz mediante coação física ou moral.
No primeiro caso, estaríamos diante do que os romanos chamavam de vis corporalis 
e, no segundo, de uma vis compulsiva.
Como exemplos, poderíamos citar o “poder de polícia”, o “econômico”, o “social”, 
genericamente considerado, “familiar”, “religioso”, “carismático” etc.”
Filomeno, José Geraldo Brito. Teoria geral do Estado e da constituição / José Geraldo Brito Filomeno. – 
11. ed., – Rio de Janeiro: Forense, 2019. pg. 163.
“Os modos específicos pelos quais os recursos podem ser usados para exercer o Poder, ou seja, 
os modos de exercício do Poder, são múl9plos: da persuasão à manipulação, da ameaça de uma 
punição à promessa de uma recompensa. (...) Colocada assim em termos precisos, a pergunta 
não pode ter senão uma resposta nega9va: a conflitualidade ou não conflitualidade depende do 
modo de exercer o Poder. Consideremos, por exemplo, um exercício baseado sobre a 
persuasão, de um lado, e um exercício baseado sobre a ameaça de uma punição, do outro. (...) 
O ressen9mento derivado da desigualdade de recursos é, por isso, juntamente com o 
antagonismo das vontades, a segunda matriz que se evidencia na conflitualidade do Poder. Ela 
pode ser encontrada também nas relações de manipulação e aliciamento moderado e, de um 
modo geral, em todas as relações de Poder, par9cularmente se estabilizadas, uma vez que toda 
a forma de Poder é habitualmente a expressão de uma desigualdade de recursos. E quanto mais 
esta é sen9da pelo sujeito passivo como um peso oneroso ou como uma vergonha infamante, 
tanto mais a relação de Poder tende a criar um antagonismo de a9tudes e a preparar um 
conflito aberto.”
Bobbio, Norberto, 1909 - Dicionário de polí8ca I Norberto Bobbio, Nicola Maos preços e as condições de 
mercado. Isso pode resultar em preços mais altos para os consumidores e menos 
opções no mercado.
3. Influência sobre polí0cas públicas: Indivíduos ou empresas com poder econômico 
muitas vezes têm influência sobre as políQcas públicas por meio de lobby, 
financiamento de campanhas políQcas ou outras formas de engajamento políQco. Isso 
pode resultar em políQcas que beneficiam seus interesses econômicos em detrimento 
dos interesses públicos mais amplos.
4. Capacidade de investimento: O poder econômico 
também está relacionado à capacidade de investir em 
novos negócios, tecnologias ou mercados. Isso pode 
permitir o crescimento econômico e a criação de 
empregos, mas também pode levar à concentração de 
riqueza e poder em poucas mãos.
O poder econômico é um aspecto importante da 
dinâmica econômica e social, e muitas vezes está 
sujeito a debates sobre equidade, eficiência e 
regulação econômica.
O poder midiáQco refere-se à capacidade que os meios de comunicação de massa têm 
de influenciar a opinião pública, moldar a agenda políQca e cultural e, em úlQma 
instância, afetar o comportamento das pessoas. Esse poder é derivado do alcance e da 
influência dos meios de comunicação, como televisão, rádio, jornais, revistas e, mais 
recentemente, a internet e as redes sociais.
Os meios de comunicação exercem poder de várias maneiras:
1. Agenda seFng: Os meios de comunicação podem determinar quais temas e 
questões são considerados importantes pelo público, influenciando assim a agenda 
políQca e cultural.
2. Moldagem da opinião pública: Através da seleção e apresentação de informações, 
os meios de comunicação podem influenciar a forma como as pessoas percebem 
determinados eventos, questões ou indivíduos.
3. Formação de atitudes e valores: Os meios de comunicação desempenham um papel 
importante na formação das atitudes, valores e crenças das pessoas, especialmente 
em relação a questões sociais, políticas e culturais.
4. Controle da narrativa: Os meios de comunicação podem controlar a narrativa em 
torno de um determinado assunto, influenciando a forma como é percebido pelo 
público.
5. Publicidade e consumo: A publicidade nos meios de 
comunicação pode influenciar as decisões de compra e 
o comportamento do consumidor, afetando assim a 
economia e a sociedade.
O poder midiáQco levanta questões importantes sobre 
liberdade de imprensa, pluralismo de mídia, éQca 
jornalísQca e responsabilidade social dos meios de 
comunicação. A concentração de propriedade dos 
meios de comunicação também é uma preocupação, 
pois pode levar a um controle indevido da informação e 
da opinião pública por parte de interesses privados.
O poder imperialista refere-se à prática de uma nação ou império de exercer influência, 
controle ou domínio sobre outros países, territórios ou povos. Isso pode acontecer de 
várias formas, incluindo conquista militar, controle econômico, dominação política e 
imposição cultural.
Os impérios ao longo da história, como o Império Romano, o Império Britânico e o 
Império Espanhol, entre outros, buscaram expandir seu poder e influência sobre 
territórios distantes através da conquista militar e do estabelecimento de colônias. 
Essas práticas frequentemente resultavam em exploração econômica, subjugação 
política e imposição cultural sobre os povos dominados.
O imperialismo também pode se manifestar de outras formas, como o neocolonialismo, 
em que as potências coloniais continuam a exercer influência sobre ex-colônias de 
forma econômica e política, mesmo após a independência formal desses países. O 
poder imperialista é muitas vezes visto como uma forma de dominação injusta e 
O poder imperialista refere-se à práQca de uma nação ou império de exercer influência, 
controle ou domínio sobre outros países, territórios ou povos. Isso pode acontecer de 
várias formas, incluindo conquista militar, controle econômico, dominação políQca e 
imposição cultural.
Os impérios ao longo da história, buscaram expandir seu poder e influência sobre 
territórios distantes através da conquista militar e do estabelecimento de colônias. 
Essas práQcas frequentemente resultavam em exploração econômica, subjugação 
 políQca e imposição cultural sobre os povos dominados.
O imperialismo também pode se manifestar de outras formas, como o neocolonialismo, 
em que as potências coloniais continuam a exercer influência sobre ex-colônias de 
forma econômica e política, mesmo após a independência formal desses países. O 
poder imperialista é muitas vezes visto como uma forma de dominação injusta e 
desigual, que pode ter consequências negativas para os povos dominados, incluindo a 
exploração de recursos naturais, a supressão de culturas locais e a perpetuação de 
desigualdades sociais e econômicas.
O poder de violência, também conhecido como poder coerciQvo, refere-se à 
capacidade de um indivíduo, grupo ou enQdade de usar a força \sica ou a ameaça de 
violência para impor sua vontade sobre outros e garanQr a conformidade com suas 
ordens ou regras. Esse Qpo de poder está presente em diferentes contextos, como o 
estado, as organizações, os grupos sociais e até mesmo nas relações interpessoais.
No contexto do Estado, o poder de violência é exercido principalmente pelas forças 
policiais e militares, que têm a autoridade de usar a força para manter a ordem pública, 
proteger os cidadãos e defender o território nacional. O uso legíQmo da violência pelo 
Estado é uma das caracterísQcas fundamentais da soberania estatal e é regulamentado 
pelo direito internacional e pelas leis nacionais.
Nas organizações e grupos sociais, o poder de violência pode se manifestar de diferentes 
maneiras, desde a imposição de regras e normas internas até a repressão de dissidências 
e oposições. Em algumas culturas e contextos históricos, o uso da violência foi 
empregado como meio de controle social e político, muitas vezes resultando em regimes 
autoritários e opressivos.
É importante ressaltar que o poder de violência nem sempre é exercido de forma 
legítima e justa, e seu abuso pode levar a violações dos direitos humanos e a conflitos 
violentos. Por isso, a legitimidade do uso da violência é um tema central na teoria 
política e no direito internacional, com o objetivo de garantir que seu emprego seja 
restrito a situações estritamente necessárias e proporcionais à ameaça enfrentada.
AUTORIDADE!
Enquanto o poder se baseia na capacidade de impor a vontade através da força ou 
coerção, a autoridade está ligada ao respeito e à aceitação que uma pessoa, enQdade ou 
órgão recebe da comunidade.
No exemplo dado, os pais, mestres e líderes religiosos possuem autoridade sobre seus 
filhos, alunos e seguidores, respecQvamente, não tanto porque têm o poder de impor 
sua vontade através da força, mas porque são respeitados e acatados pelo que 
representam e pelo papel que desempenham na comunidade. A autoridade, nesse 
senQdo, está mais relacionada à legiQmidade e ao reconhecimento do que ao uso efeQvo 
da força.
A distinção entre autoridade e poder também 
pode ser observada historicamente, como no caso 
do príncipe romano detentor do imperium, que 
representava o poder político, enquanto o Senado, 
com sua auctoritas, detinha uma forma de 
autoridade baseada no respeito e na tradição.
Em resumo, enquanto o poder muitas vezes se 
baseia na coerção e na força, a autoridade está 
relacionada ao respeito e ao reconhecimento que 
uma pessoa ou instituição recebe da comunidade, 
independentemente do uso efetivo da força.
DA LEGITIMIDADE DO PODER
“Já Maquiavel, conforme assinala Gilberto Dupas, “dizia que o poder 
se exerce por uma combinação de consen?mento e coerção”.
Com efeito, pondera: “Para ele, o exercício duradouro de poder 
pressupunha, portanto, a existência de interesses comuns entre 
protetor e protegido, senhor e vassalo. Ao contrário da pura ?rania, 
comvida curta, o poder consen?do ?nha de implicar vantagens 
reconhecidas pelos dominados. Os romanos foram os grandes 
mestres nesse assunto. A longa vida de seu imenso império só se 
explica pela habilidade com que eles aliaram força à proteção 
desejada”.”
Filomeno, José Geraldo Brito. Teoria geral do Estado e da cons8tuição / José 
Geraldo Brito Filomeno. – 11. ed., – Rio de Janeiro: Forense, 2019. pg. 163.
DA LEGITIMIDADE DO PODER
“Para Georges Burdeau, “o poder repousa, outrossim, em uma ideia 
oriunda da consciência coletiva existente no grupo; com efeito, 
assevera: ‘Em sua profunda essência, é o poder a encarnação dessa 
ideia, que representa, no grupo, a ordem social desejável; é uma 
força nascida da consciência coletiva e destinada a assegurar a 
perenidade do grupo, a conduzi-lo na procura do que é considerado 
útil e hábil, a impor aos membros a atitude que comanda esta 
procura; esta definição evidencia os dois elementos do poder: uma 
força e uma ideia’”. Ora, para ser legítimo, deve o poder ser 
consentido pelos destinatários do mando.” Filomeno, José Geraldo Brito. 
Teoria geral do Estado e da constituição / José Geraldo Brito Filomeno. – 11. ed., 
– Rio de Janeiro: Forense, 2019. pg. 164.
DA LEGITIMIDADE DO PODER
Nas democracias, a legi/midade do poder é alcançada pela 
escolha dos governantes através de eleições e pela 
estruturação do poder conforme estabelecido na 
cons/tuição. A cons/tuição delimita o alcance dos poderes 
do Estado, que são exercidos pelos órgãos execu/vo, 
legisla/vo e judiciário.
Portanto, podemos concluir que o poder é a imposição de 
uma vontade, mas para ser legí/mo, ele deve ser consen/do 
pelos governados, que reconhecem a sua submissão como 
essencial para a manutenção da ordem social.
DOMINÇÃO
DOMINAÇÃO
A dominação é um conceito fundamental em sociologia que descreve a relação de 
poder em que um grupo ou indivíduo exerce autoridade, controle ou influência sobre 
outros, resultando em relações assimétricas de comando. Essa relação não se baseia 
apenas na imposição \sica, mas também inclui a legiQmação do poder por meio de 
normas, valores e crenças comparQlhadas na sociedade.
Existem várias formas de dominação, incluindo a dominação políQca, econômica, 
cultural e social. 
Por exemplo, a dominação política ocorre quando um governo exerce controle sobre um 
território e sua população, enquanto a dominação econômica se refere ao controle dos 
meios de produção e recursos econômicos por parte de uma classe ou grupo dominante. Já a 
dominação cultural envolve a imposição de valores, normas e ideologias de um grupo sobre 
outros.
Além disso, a dominação não é necessariamente um fenômeno negativo, pois pode ser 
baseada em relações legítimas de autoridade, como a autoridade de um professor sobre 
seus alunos ou a autoridade de um líder político eleito sobre seus eleitores. No entanto, a 
dominação também pode ser opressiva e injusta, especialmente quando é baseada em 
desigualdades de poder estruturais, como no caso do racismo, sexismo ou exploração 
econômica.
A dominação segundo os sociólogos
Por Léa Mougeolle
Socióloga francesa graduada na universidade de Bordeaux, mestrado em Paris, na universidade La Sorbonne Nouvelle. Fonte: 
h?ps://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/ 
“Karl Marx falou da luta das classes entre a burguesia e o proletariado. Esta desigualdade entre as 
duas classes sociais se dividem em duas caracterís9cas principais. Primeiro, pela consciência de 
pertencer a esta classe (Karl Marx chama isso de “a classe como sendo a sua”). Segundo, pela 
posição social que ocupa o indivíduo. A burguesia explorou os proletariados, assim, se podia ver 
um 9po de dominação através de conflitos sociais. Porém, para lutar 
contra este poder da burguesia, os proletariados, em situação de 
pauperização, decidiram fazer uma revolta a fim de melhorar 
este contexto rela9vamente inaceitável segundo eles. Para Marx, 
o proletariado é uma classe revolucionária.”
https://www.sociologia.com.br/author/lea-mougeolle/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/
A dominação segundo os sociólogos
Por Léa Mougeolle
Socióloga francesa graduada na universidade de Bordeaux, mestrado em Paris, na universidade La Sorbonne Nouvelle. Fonte: 
h?ps://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/ 
“Max Weber, apresenta a dominação como uma “sorte de encontrar pessoas determinadas e 
prontas para obedecer a uma ordem de conteúdos determinados”. Para que um individuo 
obedeça, a dominação tem que ser legi9mada por uma crença social. Max Weber apresenta três 
9pos de dominações em função de diferentes legi9midades: 
a dominação carismá9ca, a dominação legal racional e a dominação tradicional. – A dominação 
carismá9ca se explica pelas virtudes de um indivíduo. Se um indivíduo nos parece como um 
“herói”, vamos ter mais confiança nele, e ser mais facilmente dominados. Os homens polí9cos 
u9lizam este carisma para ter um poder de convicção.” 
https://www.sociologia.com.br/author/lea-mougeolle/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/
A dominação segundo os sociólogos
Por Léa Mougeolle
Socióloga francesa graduada na universidade de Bordeaux, mestrado em Paris, na universidade La Sorbonne 
Nouvelle. Fonte: h?ps://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/ 
“A dominação legal racional depende da crença nas legalidades das 
regras. Os indivíduos pensam respeitar as leis, mas, na verdade, 
respeitam também o indivíduo que gera as leis. curso de sociologia.
A dominação tradicional se explica pelo caráter sagrado da tradição. Por 
exemplo, a dominação do chefe de família na sociedade patriarcal é um 
exemplo de 9po de dominação tradicional.”
https://www.sociologia.com.br/author/lea-mougeolle/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/
A dominação segundo os sociólogos
Por Léa Mougeolle
Socióloga francesa graduada na universidade de Bordeaux, mestrado em Paris, na universidade La Sorbonne Nouvelle. Fonte: 
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/ 
Segundo Pierre Bourdieu, na sociedade, os indivíduos ocupam diferentes posições sociais 
no espaço social: existem dominantes e dominados. Pode ser que em um momento você 
seja dominante, e depois dominado. Assim você muda de “lado”. Como a gente pode ver 
no artigo passado, segundo ele, estas posições sociais são definidas em função do capital 
econômico, cultural e social.
Pierre Bourdieu fala de “dominação simbólica”. A dominação simbólica é, por exemplo, 
o controle da língua. Um individuo que tem um capital cultural alto, faz um comentário 
legítimo (um “bom” comentário) sobre uma exposição de pintura, por exemplo. É um 
meio para mostrar a sua dominação simbólica.
https://www.sociologia.com.br/author/lea-mougeolle/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/
https://www.sociologia.com.br/sociologia-da-educacao-as-desigualdades-em-frente-a-escola/
A dominação segundo os sociólogos
Por Léa Mougeolle
Socióloga francesa graduada na universidade de Bordeaux, mestrado em Paris, na universidade La 
Sorbonne Nouvelle. Fonte: h?ps://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-
sociologia/ 
Também, Pierre Bourdieu fala das mulheres como indivíduos 
dominados. Este sociólogo escreveu um livro que se inQtula 
“A dominação masculina”. Nesta obra, ele tenta explicar 
porque as mulheres são tão dominadas. Neste caso, Pierre 
Bourdieu explica que esta dominação é uma violência 
simbólica, tendo em vista que esta dominação é invisível. 
Segundo ele, a mulher incorporou as normas sociais relaQvas 
ao seu gênero desde a sua infância.
https://www.sociologia.com.br/author/lea-mougeolle/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/
https://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/Legi%midade
e 
Legalidade
No campo político e jurídico, a legitimidade e a legalidade 
são conceitos fundamentais que se referem à validade e ao 
respaldo de determinadas ações, normas ou autoridades 
dentro de uma sociedade.
A legitimidade diz respeito à aceitação e reconhecimento 
por parte dos indivíduos ou grupos de uma autoridade, 
instituição ou norma. Uma autoridade legítima é aquela 
que é reconhecida como tal pela população, que aceita 
suas decisões e regras como válidas e justas. A legitimidade 
pode se basear em diferentes fundamentos, como tradição, 
carisma ou legalidade.
Por sua vez, a legalidade está relacionada com a 
conformidade de uma ação ou norma com as 
leis e regras estabelecidas em uma sociedade. 
Uma ação ou norma é considerada legal quando 
está de acordo com as leis vigentes, sendo 
aplicada de forma justa e imparcial. A legalidade 
é um princípio fundamental do Estado de 
Direito, que garante que as autoridades e os 
cidadãos estejam sujeitos às mesmas leis e que 
estas sejam aplicadas de forma objeQva e 
previsível.
Diferença entre legitimidade e legalidade, embora os dois 
conceitos estejam relacionados à validade e ao respaldo de 
ações, normas ou autoridades dentro de uma sociedade.
A legalidade está relacionada com a conformidade de uma 
ação ou norma com as leis e regras estabelecidas em uma 
sociedade. Uma ação ou norma é considerada legal quando 
está de acordo com as leis vigentes, sendo aplicada de 
forma justa e imparcial. A legalidade é um princípio 
fundamental do Estado de Direito, que garante que as 
autoridades e os cidadãos estejam sujeitos às mesmas leis e 
que estas sejam aplicadas de forma objetiva e previsível.
Já a legi/midade diz respeito à aceitação e reconhecimento por parte dos indivíduos ou 
grupos de uma autoridade, ins/tuição ou norma. Uma autoridade legí/ma é aquela que é 
reconhecida como tal pela população, que aceita suas decisões e regras como válidas e 
justas. A legi/midade pode se basear em diferentes fundamentos, como tradição, carisma ou 
legalidade, mas nem sempre uma autoridade ou norma legí/ma é legal, e vice-versa.
Em resumo, enquanto a legalidade está relacionada à conformidade com as leis 
estabelecidas, a legi/midade está relacionada à aceitação e reconhecimento social de uma 
autoridade ou norma.
Reflexão
Final
Jean-Jacques Rousseau
Do Contrato Social - CAPÍTULO III - DO DIREITO DO MAIS FORTE - Jean-Jacques Rousseau
O mais forte não é nunca forte o bastante para ser sempre o senhor, se não transforma sua força 
em direito e a obediência em dever. Daí o direito do mais forte; direito aparentemente tomado 
com ironia, e na realidade estabelecido como princípio. Mas jamais alcançaremos uma 
explicação para esta palavra? A força é um poder bsico; não imagino que moralidade possa 
resultar de seus efeitos. Ceder à força é um ato de necessidade, não de vontade; quando muito, 
é um ato de prudência. Em qual sen9do poderá representar um dever? 
Suponhamos, por um momento, esse pretenso direito. Digo que dele resultará somente um 
discurso confuso, inexplicável pois, uma vez que a força faz o direito, o efeito varia com a causa: 
toda força que superar a primeira sucedê-la-á nesse direito. Desde que se pode desobedecer 
impunemente, torna-se legí9mo fazê-lo e, já que o mais forte tem sempre razão, trata-se 
somente de agir de modo a ser o mais forte. Ora, que direito será esse, que perece quando ...
cessa a força? Se é preciso obedecer pela força, não se necessita obedecer pelo dever; e, se não 
somos mais forçados a obedecer, não somos mais obrigados a fazê-lo. Vê-se então que a palavra 
direito não acrescenta nada à força e aqui não significa absolutamente nada. 
Obedecei aos poderes. Se isto quer dizer: Cedei à força, o preceito é bom, mas supérfluo; respondo 
que jamais será violado. Todo poder vem de Deus, eu o reconheço; mas toda doença também vem: 
por isso, será proibido chamar o médico? Quando um assaltante me ataca num recanto da floresta, 
não somente sou obrigado a dar-lhe minha bolsa, mas, se pudesse salvá-la, estaria obrigado em 
consciência a dá-la, visto que, enfim, a pistola do bandido também é um poder? 
Convenhamos então que a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer aos poderes 
legíOmos. Desse modo, minha pergunta inicial sempre retorna. 
WEFFORT, Francisco C. (Org.). Os clássicos da políOca: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, 
Rosseau, ‘O federalista'. São Paulo: ÁOca, 2011. pg. 164.
DÚVIDAS
Prof.: Vagner PATINI
vagner.martins@fmu.br
vagner@patini .adv.br 
https://www.instagran.com/vagnerpatini/
OBRIGADO.
mailto:vagner.martins@fmu.br
mailto:vagner@patini.adv.br

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