Prévia do material em texto
Fundamentos da Mecânica Semana 12 Semestre 2022.2 Cap. 11 – Rolagem, torque e momento angular www.polivirtual.eng.br Prof. MsC. Eduardo César CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br OBJETIVOS •Saber que uma rotação suave pode ser considerada uma combinação de translação pura e rotação pura; •Conhecer a relação entre a velocidade do centro de massa e a velocidade angular de um objeto que está rolando suavemente; •Calcular a energia cinética de um objeto em rolagem suave como a soma da energia cinética de translação do centro de massa com a energia cinética de rotação em torno do centro de massa; •Conhecer a relação entre o trabalho realizado sobre um objeto em rolagem suave e a variação da energia cinética do objeto; •Usar a lei de conservação da energia mecânica para relacionar a energia inicial de um objeto em rolagem suave à energia do mesmo objeto em um instante posterior; http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br OBJETIVOS •Desenhar o diagrama de corpo livre de um objeto em rolagem suave que está se movendo em uma superfície horizontal ou inclinada sob a ação de uma ou mais forças; •Conhecer a relação entre a aceleração do centro de massa e a aceleração angular de um objeto em rolagem suave; • Conhecer a relação entre a aceleração do objeto, o momento de inércia do objeto e o ângulo da rampa, no caso de um objeto em rolagem suave que está se movendo em uma rampa; •Desenhar o diagrama de corpo livre de um ioiô em movimento. Saber que o ioiô é um objeto que rola suavemente para cima e para baixo em uma rampa com uma inclinação de 90°; •Conhecer a relação entre a aceleração e o momento de inércia de um ioiô; •Calcular a tração da corda que sustenta um ioiô em movimento; http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br OBJETIVOS •Saber que o torque é uma grandeza vetorial; •Saber que o ponto em relação ao qual o torque é calculado deve sempre ser especificado; •Determinar o torque produzido por uma força sobre uma partícula calculando o produto vetorial do vetor posição da partícula pelo vetor que representa a força; • Usar a regra da mão direita para determinar a orientação de um torque; •Saber que o momento angular é uma grandeza vetorial; •Saber que o ponto fixo em relação ao qual o momento angular é calculado deve sempre ser especificado; •Determinar o momento angular de uma partícula calculando o produto vetorial do vetor posição da partícula pelo vetor que representa o momento; •Usar a regra da mão direita para determinar a orientação de um momento angular; http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br OBJETIVOS •Usar a segunda lei de Newton para rotações para relacionar o torque que age sobre uma partícula à variação do momento angular da partícula; •Usar a segunda lei de Newton para rotações para relacionar o torque que age sobre um sistema de partículas à variação do momento angular do sistema; •Conhecer a relação entre o momento angular de um corpo rígido em relação a um eixo fixo, o momento de inércia do corpo e a velocidade angular do corpo em relação ao eixo; •Calcular o momento angular resultante de um sistema de dois corpos rígidos que giram em torno do mesmo eixo; •Saber que a ação da força gravitacional sobre um giroscópio em rotação faz com que o vetor momento angular (e o próprio giroscópio) gire em torno do eixo vertical, um movimento conhecido como precessão; •Calcular a taxa de precessão de um giroscópio; •Saber que a taxa de precessão de um giroscópio não depende da massa do giroscópio. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • É o movimento que combina movimentos de translação e rotação; • Estudado especialmente no caso das rodas; • Tem a possibilidade e haver a rolagem apena com rotação pura (Ex: rodar globo terrestre). http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • Se fixarmos um ponto P na figura abaixo, no lado direito, e iniciar o movimento no sentido horário, iremos ter o seguinte deslocamento, no lado esquerdo: R dt Rd dt ds v Rs CM • Rolagem suave é o movimento de estruturas circulares na qual não possuem escorregamento e nem quicam, na superfície a qual estão se deslocando; • A equação da rolagem suave é descrita acima, como o produto do raio, em metros pela velocidade angular, em rad/s. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • A rolagem, no caso abaixo, é uma composição de movimentos de rotação pura e de translação pura (caso c); • Para melhor compreensão, imagine uma roda de bicicleta, sem apoio no chão e apenas girando em torno do seu eixo (caso a); • No movimento de translação pura, considere apenas o deslocamento do centro de massa para o lado direito (caso b); • Na composição, a velocidade na parte superior é o dobro do centro de massa e nula na parte inferior. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • A rolagem, no caso abaixo, como movimentos de rotação pura deve ser considerado como o ponto abaixo girando com velocidade angular ω, perpendicular ao plano da tela • No cálculo de velocidade escalar, no ponto superior T, dado que o movimento é apenas de rotação, podemos considerar que a distância do ponto inferior ao ponto T é 2R, logo: 0)0( 2)2( INF SUP v RRv http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • Para calcular a energia cinética de rolagem K, no ponto P, é necessário utilizar os valores calculados para grandezas angulares e sobre o momento de inércia, o teorema dos eixos paralelos, conforme abaixo: CMCMCM CMCMP P MvIMRIK MRIMhII IK 2 12 2 122 2 12 2 1 22 2 2 1 • Na energia cinética, o primeiro termo relaciona-se com o movimento de rotação pura e o segundo termo com o de translação pura. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • Em relação às forças atuantes na rolagem , podemos citar o atrito estático, o atrito dinâmico e num plano inclinado, além das citadas, as forças gravitacionais e de reação normal; • Como o objeto de estudo são corpos em rolagem suave, não será tratado o atrito dinâmico, na qual existem quando há o escorregamento; • Sobre o atrito estático, considerando a aceleração angular α, podemos relacionar: R dt Rd dt dv a Rv CM CM CM http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • Num plano inclinado, para calcular a aCM, devemos utilizar a 2ª Lei de Newton, tanto para o movimento translacional, como ao rotacional. • No momento translacional, devemos considerar que a corpo redondo seja homogêneo, possua raio R, se desloque para a esquerda, que o eixo do X é para direita e na direção da inclinação θ, e a força de reação normal e a força peso estejam aplicadasno centro de massa. A força de atrito está no ponto P opondo-se ao movimento. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.1 CORPOS EM ROLAGEM • Num plano inclinado, para calcular a aCM, devemos utilizar a 2ª Lei de Newton, tanto para o movimento translacional, como ao rotacional. • No momento translacional, devemos considerar que a corpo redondo seja homogêneo, possua raio R, se desloque para a esquerda, que o eixo do X é para direita e na direção da inclinação θ, e a força de reação normal e a força peso estejam aplicadas no centro de massa. A força de atrito está no ponto P opondo-se ao movimento. http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br • Utilizando a 2ª lei de Newton, para movimentos translacionais, a componente x, da força gravitacional e a força de atrito estático, numa rolagem suave, temos: )(, IMaMgsenf xCMs • Utilizando a 2ª lei de Newton, para movimentos rotacionais, sabendo que as componentes de força gravitacional e normal, não produzem torque, devido serem forças radiais e que apenas a força de atrito, com braço de alavanca R, possui torque, além disso o momento de inércia da roda girando está em seu centro de massa, temos: )(:)()( )(),( 2 ,, , , IV R aI f R a IRfIIIeII III R a RaIIIRfI xCMCM s xCM CMs xCM xCMCMsRES 11.1 CORPOS EM ROLAGEM http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br • Substituindo o atrito, temos: 2 ,2, ,2 , , 1 :),()( )( MR I gsen aMgsen R I Ma MaMgsen R aI temosIemIV IMaMgsenf CM xCM CM xCM xCM xCMCM xCMs 11.1 CORPOS EM ROLAGEM http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br • Num ioiô, de raio R, temos várias considerações sobre as forças envolvidas: 1) Ao descer, h, perde energia potencial mgh, ganha energia cinética translacional M e ganha energia cinética rotacional 0,5ICMω²; 2) A corda está laçada no eixo do ioiô e quando é totalmente esticada, a força tração da corda, sentido baixo/cima, faz que inverta o sentido, apenas com energia cinética rotacional; 3) Para enrolá-lo todo, é necessário puxar a corda para cima, a corda começa a ser enrolada no eixo até R0, ganhando energia potencial gravitacional; 4) Para aumentar a energia cinética rotacional, na extremidade inferior da corda, deve-se arremessar o ioiô para baixo para descer corda com a velocidade vCM e velocidade angular ω, ao invés de rolar para baixo a partir do repouso; 5) Considerar espessura desprezível da corda. 11.1 CORPOS EM ROLAGEM 2 CMv http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br • Para cálculo da aceleração do centro de massa do ioiô, podemos utilizar a equação do atrito cinético anterior, fazendo algumas considerações: 1) O plano inclinado é perpendicular à superfície de referência, logo θ=90°; 2) Ao invés de rolar na superfície externa de raio R, rola em torno de R0; 3) Ao invés de ser freado pelo atrito fs, é freado pela tração da corda. Das as considerações acima, temos: 11.1 CORPOS EM ROLAGEM 2 0 22 , 11 90 1 MR I g MR I gsen MR I gsen a CMCMCM xCM http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.2 O TORQUE COMO VETOR • Ampliando a definição de torque, dizemos que uma força F aplicada na partícula em A, numa direção de r, temos que o torque é o produto vetorial entre os vetores r e f, nessa ordem; • A direção e sentido do torque devem obedecer a regra da mão direita (+k); • Na regra da mão direita, os vetores são unidos numa origem e coloca-se a palma da mão na direção de um vetor e desloca-se ao outro. O polegar indicará a direção do torque. (Lembrar da rotação horária e anti-horária) http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.2 O TORQUE COMO VETOR • A direção e sentido são determinados pela regra da mão direita, já a intensidade, pode ser calculada como: http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.3 MOMENTO ANGULAR DE UMA PARTÍCULA • É a quantidade de movimento associadas a movimentos rotacionais; • O momento linear p está para movimentos translacionais, assim como o momento angular ℓ está para movimentos rotacionais. • É uma grandeza vetorial que possui sentido e direção, de acordo com a regra da mão direita; • Para cálculo do vetor ℓ, temos que: http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.4 2ª LEI DE NEWTON PARA ROTAÇÕES • Vamos relacionar a 2ª Lei de Newton aplicada a rotações e confirmar a relação direta entre as variáveis lineares e angulares, conforme abaixo: http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.5 CONSERVAÇÃO DE MOMENTO ANGULAR • Para demonstrar que há conservação de momento angular, quando não são aplicadas forças externas, ou seja, nenhum torque externo age no sistema, temos: http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br 11.6 MOMENTO ANGULAR DE UM SISTEMA DE PARTÍCULAS • O momento angular de um sistema de partículas é a soma de todos os momentos angulares. Sendo assim, temos: http://www.polivirtual.eng.br/ CAP. 11 – ROLAGEM, TORQUE E MOMENTO ANGULAR F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br LISTA DE EXERCÍCIOS HALLIDAY (PGS. 321 A 327) • Rolagem 02; • Forças e energia cinética 07 e 15; • Ioiô 24; • Momento angular 29; • 2ª LN para rotações 32; • Momento angular de um corpo rígido 36; • Conservação de momento angular 49; • Processão de um giroscópio 68; • Problemas adicionais: 81. http://www.polivirtual.eng.br/ REFERÊNCIAS F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br BIBLIOGRAFIA BÁSICA: • HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, Vols. 1 e 2. 10ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. •TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros, Vol. 1. 6ª ed. LTC, 2009. •KELLER, F. J.; GETTYS, E.; SKOVE, M. Física, Vol. 1. São Paulo: Makron Books, 1999. COMPLEMENTAR: • SERWAY, R.Física, Vols. 1 e 2. 3ª ed. São Paulo: THOMSON, 2007. http://www.polivirtual.eng.br/ F u n d a m e n to s d a M e c â n ic a polivirtual.eng.br OBRIGADO ! Lattes: http://lattes.cnpq.br/7791733689524768 E-mail: ecfo@poli.br Whatsapp: (81) 98159-2626 http://www.polivirtual.eng.br/