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Dimensionamento de Perfis Formados a Frio conforme NBR 14762 e NBR 6355
Book · January 2008
DOI: 10.13140/2.1.2313.2169
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Valdir Pignatta Silva
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Dimensionamento de Perfis
Formados a Frio conforme
NBR 14762 e NBR 6355
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS
FORMADOS A FRIO CONFORME
NBR 14762 e NBR 6355
Série “Manual de Construção em Aço”
• Galpões para Usos Gerais
• Ligações em Estruturas Metálicas
• Edifícios de Pequeno Porte Estruturados em Aço
• Alvenarias
• Painéis de Vedação
• Resistência ao Fogo das Estruturas de Aço
• Tratamento de Superfície e Pintura
• Transporte e Montagem
• Steel Framing: Arquitetura
• Interfaces AçoConcreto
• Steel Framing: Engenharia
• Pontes
• Steel Joist
• Viabilidade Econômica
• Dimensionamento de Perfis formados a Frio conforme NBR 14762 e NBR 6355
EDSON LUBAS SILVA
VALDIR PIGNATTA E SILVA
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS
FORMADOS A FRIO CONFORME
NBR 14762 e NBR 6355
INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO
RIO DE JANEIRO
2008
2008 INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA/CENTRO BRASILEIRO DA
CONSTRUÇÃO EM AÇO
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por quaisquer meio, sem a prévia autorização
desta Entidade.
Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Informações do IBS/CBCA
Instituto Brasileiro de Siderurgia / Centro Brasileiro da Construção em Aço
Av. Rio Branco, 181 / 28 o Andar
20040007 Rio de Janeiro RJ
email: cbca@ibs.org.br
site: www.cbcaibs.org.br
S586d Silva, Edson Lubas
Dimensionamento de perfis formados a frio conforme NBR 14762 e NBR 6355 /
Edson Lubas Silva, Valdir Pignatta e Silva. Dados eletrônico. Rio de Janeiro: IBS/
CBCA, 2008.
119p. – ( Série Manual de Construção em Aço)
Sistema Requerido: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web:
Bibliografia
ISBN 9788589819169
1. Perfis formados a frio 2. Dimensionamento de perfis I. Títulos (série) II. Silva,
Valdir Pignatta e.
CDU 624.014.2 (035)
SUMÁRIO
Capítulo 1
Introdução 09
Capítulo 2
Fabricação e padronização de perfis formados a frio 13
2.1 Processo de fabricação 14
2.2 Tipos de aços 14
2.3 Efeito do dobramento na resistência do perfil 14
2.4 Padronização dos perfis formados a frio (NBR 6355:2003) 15
Capítulo 3
Comportamento estrutural de perfis de seção aberta 19
Capítulo 4
Flambagem local e o método das larguras efetivas 23
4.1 Fatores que influenciam no cálculo da largura efetiva 25
4.1.1 Condição de contorno 25
4.1.2 Distribuição de tensões 26
4.2 Cálculo das larguras efetivas 27
4.3 Elementos comprimidos com enrijecedor de borda 32
Capítulo 5
Flambagem por distorção da seção transversal 45
5.1 Seção do tipo U enrijecido submetida à compressão uniforme 47
5.2 Seções do tipo U enrijecido e Z enrijecido submetido à flexão em ao
eixo perpendicular à alma 49
Capítulo 6
Dimensionamento à tração 55
Capítulo 7
Dimensionamento à compressão 61
7.1 Força normal resistente de cálculo pela flambagem da barra por
flexão, por torção ou por flexotorção 63
7.1.1 Cálculo de NE em perfis com dupla simetria ou simétricos em
relação a um ponto 64
7.1.2 Cálculo de NE em perfis monossimétricos 64
7.1.3 Cálculo de NE em perfis assimétricos 64
7.2 Força normal resistente de cálculo pela flambagem por distorção
da seção Transversal 71
Capítulo 8
Dimensionamento à flexão 75
8.1 Início de escoamento da seção efetiva 76
8.2 Flambagem lateral com torção 76
8.3 Flambagem por distorção da seção transversal 77
8.4 Força cortante 83
8.5 Momento fletor e força cortante combinados 83
Capítulo 9
Dimensionamento à flexão composta 87
9.1 Flexocompressão 88
9.2 Flexotração 89
9.3 Fluxogramas 94
Referências Bibliográficas 103
Anexo
Anexo A Torção em perfis de seção aberta 107
Anexo B – Forças transversais não paralelas a um dos eixos principais 117
Apresentação
OCBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço tem a satisfação de oferecer aos profis
sionais envolvidos com o emprego do aço na construção civil o décimo quinto manual de uma série
cujo objetivo é a disseminação de informações técnicas e melhores práticas.
Neste manual apresentase de forma didática os fundamentos teóricos e explicações práticas
para a utilização da norma brasileira ABNT NBR 14762 Dimensionamento de estruturas de aço
constituídas por perfis formados a frio, juntamente com a norma ABNT NBR 6355 – Perfis estruturais
de aço formados a frio – Padronização.
O manual inclui o programa Dimperfil concebido com foco nas normas NBR 14762 e 6355 que
calcula os esforços resistentes em barras isoladas, bem como as propriedades geométricas da se
ção bruta e efetiva que serão usadas no cálculo de deslocamentos.
Os perfis de aço formados a frio podem ser projetados para cada aplicação específica, com
dimensões adequadas às necessidades de projeto de elementos estruturais leves, tais como terças,
montantes, diagonais de treliças, travamentos, etc.
São eficientemente utilizados em galpões de pequeno e médio porte, coberturas, mezaninos,
engradamentos metálicos, moradias de interesse social, edifícios de pequeno e médio porte, entre
outras aplicações.
Centro dinâmico de serviços, capacitado para conduzir e fomentar uma política de promoção
do uso do aço na construção com foco exclusivamente técnico, o CBCA está seguro de que este
manual enquadrase no objetivo de contribuir para a difusão de competência técnica e empresarial
no País.
9
Capítulo 1
Introdução
10
Introduçãolíquida da seção transversal da barra.
Para ligações soldadas, considerar An =
A. Nos casos em que houver apenas soldas
transversais (soldas de topo), A n deve ser con
300 kL
r
λ = ≤
( ) 2 0,9 / 4 n f f A A n d t ts g = − + Σ (eq. 6.3)
57
siderada igual à área bruta da(s) parte(s)
conectada(s) apenas.
d f dimensão do furo,
n f quantidade de furos contidos na linha de rup
tura analisada, figura 6.1;
s é o espaçamento dos furos na direção da
solicitação, figura 6.1;
g espaçamento dos furos na direção perpen
dicular à solicitação, figura 6.1;
t espessura da parte conectada analisada
C t coeficiente de redução de área líquida con
forme item 7.6.1 da NBR 14762:2001 mostra
dos nas tabelas 6.2 a 6.4.
Tabela 6.2 Chapas com ligações parafusadas
Figura 6.1 – Linha de ruptura
d diâmetro nominal do parafuso;
Em casos de espaçamentos diferentes,
tomar sempre o maior valor de g para cálculo de
C t ;
Nos casos em que o espaçamento entre
furos g for inferior à soma das distâncias entre
os centros dos furos de extremidade às respec
tivas bordas, na direção perpendicular à solici
tação (e 1 + e 2 ), C t deve ser calculado substituin
do g por e 1 + e 2 .
Havendo um único parafuso na seção ana
lisada, C t deve ser calculado tomandose g como
a própria largura bruta da chapa.
Nos casos de furos com disposição em zig
zag, com g inferior a 3d, C t deve ser calculado
tomandose g igual ao maior valor entre 3d e a
soma e 1 + e 2 .
Tabela 6.3 Chapas com ligações soldadas
Figura 6.2 – Ligações parafusadas
Figura 6.3 – Ligações soldadas
58
Dimensionamento à tração
Tabela 6.5 – Perfis com ligações parafusadas
b largura da chapa;
L comprimento da ligação parafusada (figura
6.2) ou o comprimento da solda (figura 6.3);
x excentricidade da ligação, tomada como a
distância entre o plano da ligação e o centróide
da seção transversal do perfil (figuras 6.2 e 6.3).
Exemplos de tirantes:
Exemplo 11 Cálculo da capacidade resisten
te à tração de um tirante de 3,5 m de compri
mento em perfil padronizado L 100x40x2 mm,
com a ligação feita por meio de 4 parafusos com
diâmetro de 12,5 mm na alma conforme dispos
tos na figura abaixo: Adotar aço f y = 25 kN/cm
2 e
f u = 40 kN/cm
2
1) Verificação ao escoamento da seção bruta:
N t,Rd = Af y / γ
A= 3,468 cm 2
f y = 25,0 kN/cm 2
γ = 1,1
N t,Rd = 3,468 . 25,0 / 1,1 = 78,83 kN
2) Verificação da ruptura da seção efetiva:
N t,Rd = C t A n f u / γ
γ = 1,35
( ) 2 0,9 / 4 n f f A A n d t ts g = − + Σ
n f = 2
d f = 1,25+0,15 cm
s = 3 cm
g = 4 cm
C t – tabela 6.2 – perfis com ligações parafusa
das:
Perfis U com dois ou mais parafusos na dire
ção da solicitação
C t = 1 – 0,36(x/L) e de forma súbita,
sendo sua verificação realizada em separado
na segunda verificação.
7.1 – Força normal resistente de
cálculo pela flambagem da barra por
flexão, por torção ou por flexotorção.
Processo de cálculo NBR 14762:2001:
1 Cálculo das propriedades geométricas da
seção bruta (A, I x , I y , C w , r x , r y )
2 Cálculo da força normal de compressão elás
tica, N e (sempre considerando a seção bruta)
3Cálculo de λ 0 =
y
e
f
N
bruta A
aproximado – (equa
ção 7.3)
4 Cálculo de ρ usando λ 0 aproximado – (equa
ção 7.2)
5 Cálculo de A ef com σ = ρ*f y
( ) 0 5 2 2
0
1 1 0 , , ρ
β β λ
= ≤
+ −
(eq. 7.4)
( ) 2
0 0 0 5 1 0 2 , , β α λ λ = + − +
0
ef y
e
A f
N
λ = (eq. 7.5)
6 Cálculo de λ 0 =
y
e
f
N
ef A
(2º cálculo de λ 0 ).
7 Cálculo de ρ usando o segundo valor de λ 0 (2º
cálculo de ρ).
8Cálculo da força resistente ,
y ef
c Rd
f A
N
ρ
γ
= (eq.
7.3)
A força normal de compressão resistente
de cálculo N c,Rd deve ser calculada por:
N c,Rd = ρA ef f y / γ ,com γ = 1,1 (eq. 7.1)
ρ fator de redução associado à flambagem
calculado pela equação 7.2 ou por meio das tabelas
7.2 a 7.4.
(eq. 7.2)
α é o fator de imperfeição inicial. Nos ca
sos de flambagem por flexão, os valores de α
variam de acordo com o tipo de seção e o eixo
da seção em torno do qual a barra sofrerá flexão
na ocorrência da flambagem global. Os valores
de α são obtidos, conforme tabela 7.1 (Tabela 7
da NBR 14762), sendo:
curva a:α = 0,21
curva b:α = 0,34
curva c: α = 0,49
Nos casos de flambagem por torção ou
por flexotorção, devese tomar a curva b.
λ 0 é o índice de esbeltez reduzido para
barras comprimidas, dado por:
(eq. 7.3)
64
Dimensionamento à compressão
A ef é a área efetiva da seção transversal
da barra, calculada com base nas larguras efe
tivas dos elementos, adotando σ = ρf y . Para o
primeiro cálculo de ρ pode ser adotado de for
ma aproximada, A ef = A para o cálculo de λ 0 .
N e é a força normal de flambagem elásti
ca da barra, calculado conforme item 7.7.2 da
NBR 14762, conforme mostrase a seguir:
7.1.1 Cálculo de Ne em perfis com dupla
simetria ou simétricos em relação a um ponto
A força normal de flambagem elástica N e
é o menor valor entre:
C w constante de empenamento da seção;
E módulo de elasticidade;
G módulo de elasticidade transversal;
I t momento de inércia à torção uniforme;
K x L x comprimento efetivo de flambagem por
flexão em relação ao eixo x;
K y L y comprimento efetivo de flambagem por
flexão em relação ao eixo y;
K t L t comprimento efetivo de flambagem por
torção. Quando não houver garantia de impedi
mento ao empenamento, devese tomar K t igual
a 1,0.
r 0 é o raio de giração polar da seção bruta em
relação ao centro de torção, dado por:
r 0 = [r x
2 + r y
2 + x 0
2 + y 0
2 ] 0,5 (eq. 7.7)
r x ; r y raios de giração da seção bruta em
relação aos eixos principais de inércia x e y,
respectivamente;
x 0 ; y 0 coordenadas do centro de torção
na direção dos eixos principais x e y, respecti
vamente, em relação ao centróide da seção.
7.1.2 Cálculo de Ne em perfis
monossimétricos
A força normal de flambagem elástica N e
de um perfil com seção monossimétrica, cujo
eixo x é o eixo de simetria, é o menor valor en
tre:
Caso o eixo y seja o eixo de simetria, bas
ta substituir y por x e x 0 por y 0
7.1.3 Cálculo de Ne em perfis
assimétricos
A força normal de flambagem elástica N e
de um perfil com seção assimétrica é dada pela
menor das raízes da seguinte equação cúbica:
r 0
2 (N e N ex )(N e N ey )(N e N et ) N e
2 (N e N ey )x 0
2
N e
2 (N e N ex )y 0
2 = 0
(eq.7.10)
N ex ; N ey ; N et ; x 0 ; y 0 ; r 0 conforme definidos pelas
equações 7.4 a 7.6.
2
2
) ( x x
x
ex
L K
EI N
π
= (eq. 7.6)
2
2
) ( y y
y
ey
L K
EI
N
π
= (eq. 7.7)
+ = t
t t
w
et GI
L K
EC
r
N
2
2
2
0 ) (
1 π
(eq. 7.8)
2
2
) ( y y
y
ey
L K
EI
N
π
= (eq. 7.10)
+
−
− −
−
+
=
2
2
0 0
2
0 0 ) (
] ) / ( 1 [ 4
1 1
] ) / ( 1 [ 2 et ex
et ex et ex
ext
N N
r x N N
r x
N N N (eq. 7.11)
(eq. 7.4)
(eq. 7.5)
(eq. 7.6)
(eq. 7.8)
(eq. 7.9)
65
.11)
66
Dimensionamento à compressão
67
Exemplos de cálculo de pilares submeti
do à compressão:
Exemplo 13 Cálculo da capacidade resisten
te a esforços de compressão do montante de
uma treliça de seção do tipo U 100x50x2,0 mm
e comprimento de 1,5m. Sem travamentos in
termediários, apenas as ligações nas extremi
dades (k x =k y =k t =1,0):
f y = 25 kN/cm
2 E= 20500 kN/cm 2
G= 7884,615 kN/cm 2
Barras submetidas à compressão centrada
[NBR 147627.7]
1 Flambagem da barra por flexão, por torção
ou por flexotorção [NBR 147627.7.2]
1.1 Cálculo Ne
L x = 150 cm L y = 150 cm L t = 150 cm
r 0 = 5,298 cm x 0 = 3,108 cm
I x =61,491 cm
4 I y =9,726 cm
4 I t =0,052 cm
4
C w =159,068 cm
6 A=3,87cm 2
N ex = 552,95 kN
N ey = 87,46 kN
N et = 65,43 kN
Perfil monosimétrico: em relação ao eixo X
[NBR14762 7.7.2.2]
2
2
) ( x x
x
ex
L K
EI N
π
= =
2
2
20500 61 491
150
,
( )
π ⋅
2
2
) ( y y
y
ey
L K
EI
N
π
= =
2
2
20500 9 726
150
,
( )
π ⋅
+ = t
t t
w
et GI
L K
EC
r
N
2
2
2
0 ) (
1 π =
2
2 2
1 20500 159 068 7884 61 0 052
5 298 150
, , ,
, ( )
π ⋅
+ ⋅
+
−
− −
−
+
=
2
2
0 0
2
0 0 ) (
] ) / ( 1 [ 4
1 1
] ) / ( 1 [ 2 et ex
et ex et ex
ext
N N
r x N N
r x
N N N
68
0
ef y
e
A f
N
λ = = 3 87 25
62 67
,
,
⋅
λ0= 1,242
( ) 2 0 5 1 0 34 1 242 0 2 1 242 , , , , , β = + − +
β = 1,448
Dimensionamento à compressão
N ext = 62,67 kN
N e é o menor valor entre N ey e N ext :
N e = 62,67 kN
modo de flambagem global: flexotorção
Nos casos de flambagem por torção ou por
flexotorção, devese tomar a curva b – 0 34 , α = .
Cálculo do λ 0 aproximado (calculado com a área
efetiva igual a área da seção bruta):
A ef = A b = 3,87cm
2
ρ = 0,456 (aproximado, calculado com A ef = A)
σ = ρ .f y = 11,39 kN/cm
2 (comρ aproximado)
Cálculo da área efetiva com a tensão = 11,39
kN/cm 2 :
Largura efetiva das mesas
Elemento AL
b= 4,4 cm
σ 1 = 11,39 kN/cm2
σ 2 = 11,39 kN/cm2
ψ = 1
Tabela 4.3 caso a: k= 0,43 (NBR14762 Tab05)
λ p (b=4,6 t=0,2 k=0,43 =11,39 ):
λ p =0,870 [λ p > 0,673]
b ef = 3,949 cm
Largura efetiva da alma
Elemento AA
b= 9,2 cm
σ 1 = 11,39 kN/cm2
σ 2 = 11,39 kN/cm2
ψ = 1
Tabela 4.2 caso a: k= 4 (NBR14762 Tab04)
λ p (b=9,2 t=0,2 k=4 σ=11,39 ):
λ p =0,571 [λ p mm e com
primento de 3,0m com um travamento no meio
do vão na direção de menor inércia (k x = 1,0 k y =
k t =0,5):
f y = 25 kN/cm
2 E= 20500 kN/cm 2
G= 7884,615 kN/cm 2
1 Flambagem da barra por flexão, por torção
ou por flexotorção [NBR 147627.7.2]
1.1 Cálculo N e
L x = 300 cm L y = 150 cm
L t = 150 cm
r 0 = 11,868 cm x c = 7,858 cm
y c = 0 cm
I x =749,504 cm
4 I y =157,365 cm
4
I t =0,268 cm
4
C w =12951,323 cm
6 A=11,463 cm 2
N ex = 1684,942 kN
N ey = 1415,074 kN
N et = 841,839 kN
Perfil monosimétrico: em relação ao eixo X
[NBR14762 7.7.2.2]
N ext = 657,444 kN
Para perfis monossimétricos N e é o menor valor
entre N ey e N ext :
N e = 657,44 kN
modo de flambagem global: flexotorção
Nos casos de flambagem por torção ou por
flexotorção, devese tomar a curva b à 0 34 , α = .
Cálculo do λ 0 aproximado (calculado com a área
efetiva igual a área da seção bruta):
A ef = A b = 11,463 cm
2
ρ = 0,806 (aproximado, calculado com A ef = A)
σ= ρ.f y = 20,14 kN/cm
2 (com ρ aproximado)
Cálculo da área efetiva com a tensão ó= 20,14
kN/cm 2 :
Largura efetiva dos enrijecedores de borda:
Elemento AL
b= 1,97 cm
σ 1 = 20,14 kN/cm 2
σ 2 = 20,14 kN/cm 2
2
2
) ( x x
x
ex
L K
EI N
π
= =
2
2
20500 749 50
300
,
( )
π ⋅
2
2
) ( y y
y
ey
L K
EI
N
π
= =
2
2
20500 157 36
150
,
( )
π ⋅
+
−
− −
−
+
= 2
et ex
2
0 0 et ex
2
0 0
et ex
ext ) N N (
] ) r / x ( 1 [ N N 4 1 1
] ) r / x ( 1 [ 2
N N N
2
2 2
1684 94 841 83 4 1684 94 841 83 1 7 85 11 86 1 1
2 1 7 85 11 86 1684 94 841 83
, , , , [ ( , / , ) ]
[ ( , / , ) ] ( , , ) ext N
+ ⋅ ⋅ − −
= − −
− − +
0
ef y
e
A f
N
λ = = 11 46 25
657 44
,
,
⋅
λ0= 0,66
( ) 2 0 5 1 0 34 0 66 0 2 0 66 , , , , , β = + − +
β = 0,796
( ) 0 5 2 2
0
1 1 0 , , ρ
β β λ
= ≤
+ −
( ) 0 5 2 2
1 1 0
0 796 0 796 0 66
, ,
, , ,
ρ = ≤
+ −
70
ψ = 1 à Tabela 4.3 caso a (NBR14762 Tabela05)
k= 0,43
λ p = 0,37 [λ p > 0,673]
b ef = 1,97 cm
b ef = b
Largura efetiva das mesas
NBR14762. 7.2.2.2 Elemento com enrijecedor
de borda:
σ 1 = 20,14 kN/cm2
σ 2 = 20,14 kN/cm2
b=8,94 cmD=2,5 cm t=0,265 cm
d ef =1,97 cm d=1,97 cm σ=20,14 kN/cm 2
I s = 0,1688 cm4
λ p0 =1,69
Como 0,673 0,673]
0, 22 18,94 1
1,179
1,179
−
= ef b = 13,06 cm
0
ef y
e
A f
N
λ = = 9 57 25
657 44
,
,
⋅
71
ρ= 0,835
γ = 1,1
,
y ef
c Rd
f A
N
ρ
γ
=
,
0,835 25 9,57
1,1
⋅ ⋅
= c Rd N
Nc,rd= 181,70 kN
λ0= 0,603
( ) 2 0 5 1 0 34 0 603 0 2 0 603 , , , , , β = + − +
β = 0,75
7.2 – Força normal resistente de
cálculo pela flambagem por distorção
da seção transversal
Para as barras com seção transversal
aberta sujeitas à flambagem por distorção, a
força normal de compressão resistente de cál
culo N c,Rd deve ser calculada pelas expressões
seguintes:
A é área bruta da seção transversal da
barra;
l dist é o índice de esbeltez reduzido referen
te à flambagem por distorção, dado por:
para λ distcálculo referente à flambagem
por distorção da seção transversal.
8.1 Início de escoamento da seção
efetiva
W ef módulo de resistência elástico da
seção efetiva calculado com base nas larguras
efetivas dos elementos, com σ calculada para o
estado limite último de escoamento da seção,
σ = f y.
Devese observar nessa verificação que
o centro geométrico da seção efetiva não coin
cide com da seção bruta, essa diferença modi
fica a coordenada da fibra mais solicitada, para
o cálculo de W ef .
8.2 Flambagem lateral com torção
A flambagem lateral com torção ocorre em
vigas fletidas. Este modo de flambagem é re
sultado da instabilidade longitudinal da viga. É
possível entender a origem desse fenômeno
observando uma viga fletida e isolando
esquematicamente a parte comprimida da
tracionada, figura 8.1. A região comprimida ao
longo do comprimento da barra pode ser anali
sada como um “pilar” submetido a esforços de
compressão e com apoios elásticos ao longo
de um de seus lados (que é formado pela re
gião tracionada). Este pilar também está sujei
to flambagem a flexão de Euler, porém sua dire
ção de menor inércia, nesse caso é a do eixo y.
Como a “barra” comprimida está apoiada num
de seus lados, quando ocorrer a perda de esta
bilidade à flexão, o perfil tenderá a torcer. Des
sa forma a rigidez envolvida nesse modo de
flambagem é a rigidez a flexão em torno do eixo
y e também a rigidez a torção.
O momento fletor resistente de cálculo re
ferente à flambagem lateral com torção, toman
dose um trecho compreendido entre seções
contidas lateralmente, deve ser calculado por:
W c,ef módulo de resistência elástico da
seção efetiva em relação à fibra comprimida,
calculado com base nas larguras efetivas dos
elementos, adotando σ = ρ FLT .f y ;
ρ FLT fator de redução associado à flambagem
lateral com torção, calculado por:
para λ 0 0,673]
b ef = 4,208 cm
b ef,1 = 4,208 cm
Largura efetiva da alma
Elemento AA
b= 23,94 cm
σ 1 = 24,19 kN/cm
2
σ 2 = 24,19 kN/cm
2
ψ= 1
Tabela 4.2 caso d (NBR14762 Tabela04)
b c = 9,47 cm
b t = 9,47 cm
b= 18,94 cm
k= 24
λ p =0,667 [λ p b c
b ef = b
Propriedade geométrica da seção efetiva:
Para calcular o módulo resistente efetivo
(W ef ) é necessário encontrar o novo CG da se
ção efetiva e calcular o momento de inércia em
relação aos novos eixos de referência. O módulo
resistente é definido como sendo o momento
de inércia da seção dividido pela distância da
fibra mais distante (y máx ).
Podese utilizar processos automatizados
para calcular essas propriedades geométricas
MRd = Wef fy / γ (γ = 1,1)
9, 47
0, 265
0,43.20500 0,95 0,95
25
λ
σ
= = p
b
t
kE
18,94
0,265
24 20500 0,95 0,95
23,99
λ
σ
= =
⋅ p
b
t
kE
79
momento máximo:
2
8 máx
qL M =
momento em B:
2
8 B
qL M =
momento em A e C:
2 3
32 c A
qL M M = =
como, por exemplo, o Excel ou um programa
específico para este fim. O Programa DimPerfil
realiza esses cálculos e exibe os resultados.
I x_ef = 878,00 cm
4
W x_ef = 878,00/14,04 = 64,58 cm
3
2 Flambagem lateral com torção [NBR147627.8.1.2]
2.1 Cálculo Me
Cálculo de C b :
Para uma viga biapoiada submetida a car
regamento distribuído uniforme:
C b = 1,13 (não depende do valor do carregamento)
Cálculo de M e :
Perfil monossimétrico
L x = 320 cm L y = 320 cm
L t = 320 cm r 0 = 11,756 cm
x c = 5,723 cm y c = 0 cm
C w = 12013,76 cm2
Cálculo de W c – módulo resistente do per
fil em relação à fibra comprimida (seção bruta):
máxima coordenada Y= 12,367 cm (fibra com
primida)
I x = 1120,17 cm
4
W c = 90,574 cm
3
Cálculo de λ 0 :
λ 0 = (W c f y /M e )
0,5
λ 0 = 0,913
como 0,6 1,0, então
ds = def
‐ Largura efetiva da alma:
Elemento AA
b= 14,2 cm
σ1= ‐28,78 kN/cm 2 σ2= 28,78 kN/cm 2 è ψ= ‐1
‐ NBR14762 ‐ Tab04.caso d
bc= 7,1 cm bt= 7,1 cm
k = 4 + 2(1ψ) + 2(1ψ) 3 à k= 24
14, 4
0,2
24.20500 0,95 0,95
28,78
λ
σ
= = p
b
t
kE
= 0,572
bef= 14,2 cm (bef = b)
(tabela 4.2)
transver
sais de alma, o momento fletor solicitante de
cálculo e a força cortante solicitante de cálculo
na mesma seção, devem satisfazer à seguinte
expressão de interação:
(M Sd / M 0,Rd )
2 + (V Sd / V Rd )
2 1,4(Ekv/fy) 0,5
VRd = [0,905Ekvt 3 /h] / γ (γ = 1,1)
1,0 a/h para
) / (
34 , 5 0 , 4 2
≤ + =
h a
k v
1,0 a/h para
) / (
0 , 4 34 , 5 2
> + =
h a
k v
84
M 0,Rd momento fletor resistente de cálcu
lo pelo escoamento da seção efetiva, conforme
o item 8.1;
V Sd força cortante solicitante de cálculo;
V Rd força cortante resistente de cálculo
conforme o item 8.4.
Para barras com enrijecedores transver
sais de alma, além de serem atendidas as exi
gências do item 8.1 e 8.4 deste manual, quando
M Sd /M 0,Rd > 0,5 e V Sd /V Rd > 0,7 deve ser satisfei
ta a seguinte expressão de interação:
Exemplo 18 – Verificação quanto ao
cisalhamento do perfil do exemplo 17 para uma
carga de cálculo concentrada no meio do vão
da viga biapoiada no valor de 4 kN (Ue
150x60x20x2; L= 400 cm) .
Solicitações na barra:
M sd = P.L/4 = 4 . 400 / 4 = 400 kN.cm
V sd = P/2 = 2 kN
M 0,Rd = 763,6 kN.cm – Momento resistente
pelo escoamento das fibras mais solicitadas
(exemplo 17 item 1).
Dimensionamento à flexão
Cálculo do esforço cortante resistente:
h = 14,20 (altura da parte plana da alma)
h= 14,2 cm kv= 5,34 h/t= 71
1,08(E.k v /f y )
0,5 = 65,3
1,4(E.k v /f y )
0,5 = 84,6
como,
1,08(E.k v /f y )
0,5 0,15, portanto
na verificação da combinação dos esforços de
vem ser satisfeitas as equações 9.1 e 9.2.
M x,Rd = 277,08 kN.cm
N ex = 262,03 kN
N ey = 38,00 kN
N 0,Rd = 130,31 kN
Os cálculos dos esforços acima relaciona
dos são demonstrados adiante.
Coeficientes:
C b = 1,0 – para o cálculo do momento re
sistente pela flambagem lateral com torção para
momentos em torno dos eixos X e Y.
C mx = 1,0 – critério b) para determinação
de C m : estruturas indeslocáveis sujeitas à ações
transversais entre as extremidades
1ª verificação: equação 9.1 considerando
os efeitos de 2ª ordem.
*os carregamentos apresentados são valores de cálculo,
já considerados os devidos coeficientes de majoração.
1 0 , , ,
, , ,
, y Sd x Sd t Sd
xt Rd yt Rd t Rd
M M N
M M N
+ + ≤
1 0 , , ,
, , ,
, y Sd x Sd t Sd
x Rd y Rd t Rd
M M N
M M N
+ − ≤
1 0
1 1
, , ,
, , ,
, ,
, my y Sd c Sd mx x Sd
c Sd c Rd c Sd
x Rd y Rd
ex ey
C M N C M
N N N M M N N
+ + ≤
− −
90
Dimensionamento à flexão composta
2ª verificação: equação 9.2 verificando a
resistência do material.
Conclusão: o perfil adotado resiste o car
regamento solicitado
Cálculo dos esforços resistentes no perfil: M x,Rd ;
N ex ; N ey ; N 0,Rd ; N c,RD
Cálculo de M xRd
Barras submetidasà Flexão Simples [NBR
147627.8]
1 Início de escoamento da seção efetiva [NBR
147627.8.1]
calculado no exemplo 17 (item 1)
M Rd = 763,6 kN.cm
2 Flambagem por distorção da seção trans
versal [NBR 147627.8.1.3]
calculado no exemplo 17 (item 3)
M Rd = 678,5 kN.cm ( flambagem por distorção)
3 Flambagem lateral com torção [NBR 14762
7.8.1.2]
Cálculo M e semelhante ao realizado no
exemplo 17 (item 2), porém neste caso o valor
de C b adotado deverá ser igual a 1,0.
C b = 1
Perfil monossimétrico
L x = 400 cm L y = 400 cm
L t = 400 cm
r 0 = 7,845 cm x c = 4,645 cm
C w = 1440,47 cm
2
I x = 207,21 cm
4 I y = 30,05 cm
4
I t = 0,079 cm
4
M e = C b r 0 (N ey N et )
0,5 = 304,78 kN.cm
máxima coordenada Y= 7,4 cm (fibra comprimi
da)
I x = 207,211 cm
4
W x = 28,002 cm
3
λ 0 = (W c f y /M e )
0,5 = 1,66
0,6 1,0, então ds = def
Largura efetiva da alma
[NBR14762. 7.2.2.2 Elemento com enrijecedor
de borda]
92
Dimensionamento à flexão composta
Cálculo de N c,Rd Barras submetidas à com
pressão centrada [NBR 147627.7]
1 Flambagem por distorção da seção trans
versal [NBR 147627.7.3]
1.1 Cálculo de σ dist [NBR 14762Anexo D4]
NBR 14762 Anexo D3: Seções Ue submeti
dos a compressão uniforme
Propriedades geométricas da seção composta
da mesa e enrijecedor (ver ítem 5.1 e figura 5.4)
t=0,2 cm b w =15 cm b f =6 cm
D=2 cm A d =1,45425 cm
2
E=20500 kN/cm 2
I x =0,37017 cm
4 I y =4,78792 cm
4
I xy =0,75731 cm 4
I t =0,01936 cm
4 C w =0,00014 cm
6
h x =3,4177 cm
h y =0,2504 cm x 0 =2,05286 cm
y 0 =0,24568 cm
Cálculo dos coeficientes
α 1,1ªaprox =0,0028609
α 2 =0,013372 α 3 =0,0000271634
β 1 =15,227749 β 2 =13,32612
β 3 =4,54386 β 4 =13,32612
L d =60,348 cm σ=0,00270997
k =0,8941 α dist,1ªaprox =26,70 kN/cm
2
α 1 =0,0039178194 α 3 =0,0000408769
σ dist = (0,5E/A d ){a 1 + a 2 – [(a 1 + a 2 )
2 4a 3 ]
0,5 }
σ dist =39,84 kN/cm
2
Cálculo da forma normal resistente devido a
distorção da seção transversal
λ dist = (f y /σ dist )
0,5
λ dist = (30/39,84)
0,5
λ dist = 0,868
σ 1 = 30 kN/cm2
σ 2 = 30 kN/cm2
b= 14,2 cm
Tabela 4.2 caso a [NBR14762 Tab04]
k = 4
14, 2
0,2
4.20500 0,95 0,95
28,78
λ
σ
= = p
b
t
kE
= 1,43
[λp > 0,673]
0,22 0, 22 1 14,2 1
1, 43
1,85
λ
λ
− −
= = ≤ p
ef
p
b
b b
bef= 8,4 cm
bef,1= bef,2= 4,20 cm
0, 22 0, 22 1 14,2 1
1, 43
1,85
λ
λ
− −
= = ≤ p
ef
p
b
b b
bef= 8,4 cm
bef,1= bef,2= 4,20 cm
Aef= 4,78 cm 2
N0Rd = Aef . fy /γ (ρ = 1)
γ = 1,1
N0Rd= 130,307 kN
93
Como, λ dist 0,673] à bef = b
3 Largura efetiva da alma
Elemento AA
b= 14,2 cm
σ1= 5,39 kN/cm 2
σ2= 5,39 kN/cm 2 à ψ= 1
NBR14762 Tab04.caso a à k= 4
λp(b=14,2 t=0,2 k=4 σ=5,39 ) à λp=0,606
0,673 v 3 (onde V Rd é o esforço cortante re
sistente da alma do perfil).
2. fazendo o equilíbrio do momento das
forças no plano da seção, constatase a exis
tência de um momento de torção (M t ) agindo na
seção transversal. É possível notar pela figura
A.1 que, em relação a um ponto arbitrário, o
momento de torção resultante é diferente de
zero: . t M F d = ∑ = v 1 .d 1 + ... + v 5 .d 5 + V.d = 0,
em que “d i ” são as distâncias entre a linha de
aplicação das cortantes “v i ” e o ponto conside
rado.
Porém, é intuitivo pensar que existe um
ponto no plano da seção, em que, se as forças
transversais externas forem nele aplicadas não
ocorrerá torção na seção, pois o momento de
torção resultante das forças de cisalhamento
(V 1 .d 1 , ...V 5 .d 5 ) será igual em módulo mas com
sentido contrário ao momento de torção causa
do pelo carregamento externo. Esse ponto exis
te e é definido, na teoria de flexão, como o cen
tro de torção. Isso ocorre quando o carregamento
é aplicado numa linha que passa pelo CT da
seção (distante x c do centro geométrico), q v da
figura A.1.
Se o carregamento aplicado em uma
viga não passar pelo centro de torção da
seção transversal, a viga estará submetida
à torção.
Observação: CT, centro de torção, é o cen
tro de rotação da seção quando está submeti
da somente à torção. Nos perfis de seção aber
ta de paredes esbeltas, o centro de torção (CT)
coincide com o centro de cisalhamento da se
ção. No caso particular de seção com um eixo
de simetria, o CT encontrase sobre esse eixo.
Nas seções duplamente simétricas o centro de
torção coincide com o centro geométrico da
seção, como são os casos dos perfis tipo I si
métricos.
A.2 Torção
O empenamento de uma seção
corresponde a deslocamentos que ocorrem fora
do seu plano ao ser submetida à torção (fig. A.4).
Ocorre apenas torção uniforme, quando não há
qualquer restrição ao livre empenamento na di
reção longitudinal. A torção uniforme é caracte
V + v3 – v5 – v1 = 0 è v3 = V + v1 + v5
109
rizada por causar na seção transversal um esta
do de tensões de cisalhamento puro. Quando
há restrição ao livre empenamento, ocorre a tor
ção nãouniforme. A torção nãouniforme causa
na seção transversal tensões normais de tração
e compressão (que podem ser vistas como
momentos fletores aplicados em determinadas
regiões da seção) e tensões de cisalhamento.
O efeito do momento de torção (M t ) apli
cado numa barra, portanto, deve ser considera
do em duas parcelas: a primeira se refere à tor
ção de Saint Venant M z , ou simplesmente tor
ção uniforme, e a segunda ao efeito da restri
ção ao empenamento, sendo denominada de
torção com flexão T ù , ou simplesmente torção
nãouniforme. Assim, temos a equação A.1.
M t = M z + T ω (A.1)
A.2.1 Torção Uniforme
Figura A.2 – Tensões de cisalhamento na torção uniforme
As tensões de cisalhamento de um perfil
de seção aberta submetido à torção uniforme
(sem restrição ao empenamento) têm distribui
ção linear ao longo da espessura do perfil, como
mostra o detalhe da figura A.2. O valor da máxi
ma tensão de cisalhamento, máx τ , numa seção
submetida ao esforço de torção uniforme, M z ,
pela teoria da torção uniforme (teoria de Saint
Venant) é dado pela equação A.2.
onde, I t é o momento de inércia à torção
da seção transversal. Para perfis de seção aber
ta e paredes finas, o momento de inércia à tor
ção é obtido pela equação A.3.
onde, b i são os comprimentos dos lados
da seção e t é a espessura.
O valor da rigidez a torção é dado por G.I t ,
onde G é o módulo de elasticidade transversal
do material que a barra é formada. Para o aço,
temse G = 7.884 kN/cm 2 .
A.2.2 Torção nãouniforme
Figura A.4 – Empenamento na torção uniforme
O empenamento de uma seção
corresponde a deslocamentos que ocorrem fora
do seu plano. A presença do empenamento em
uma barra invalida as simplificações adotadas
na resistência dos materiais, dentre as quais a
hipótese das seções permanecerem planas na
configuração deformada da barra. A restrição
ao empenamento, ou seja, impedir que ocor
ram deslocamentos fora do plano de uma se
ção, implica no surgimento de tensões normais
t
I
M
t
z
máx = τ (eq. A.2)
∑ =
3
3 t b I i
t (eq. A.3)
110
e de cisalhamento na seção transversal. Os efei
tos da restrição ao empenamento devem ser
considerados tanto na análise de tensões quan
to na avaliação da instabilidade da barra.
A figura A.4 mostra um perfil Ue sob efeito
de torção uni forme (sem restrição ao
empenamento) provocada pela aplicação dire
ta de um momento de torção. Não há restrições
a deslocamentos nas extremidades dessa bar
ra, podendo se deformar livremente. Nesse caso,
percebese na configuração deformada da bar
ra, deslocamentos fora do plano das seções,
configurando o empenamento da seção.
Na figura A.5a, no entanto, a barra está
com uma das extremidades engastada. Nesse
caso, o impedimento ao empenamento em uma
extremidade induz à flexão das mesas em seu
próprio plano, o que conduzirá a tensões nor
mais e de cisalhamento nas mesas. Esse tipo
de solicitação origina na barra uma configura
ção de esforços internos que não podem ser
representados pelos esforços internos clássicos
(esforço normal, momento fletor, cortante e tor
ção).
Figura A.5 – Torção nãouniforme (a) ebimomento (b)
A figura A.5b apresenta o mesmo perfil da
figura A.5a separado em duas partes, substitu
indose a solicitação externa original, M t , por um
par de momentos, M, aplicados nos planos das
Anexo A Torção em perfis de seção aberta
mesas do perfil. Esse par de momentos repro
duz a configuração original gerada pelo momen
to M t .
As tensões normais e de cisalhamento
existentes na seção transversal, decorrentes da
restrição ao empenamento, são similares às
tensões oriundas do par de momentos fletores
M, aplicados nos planos das mesas do perfil.
Esse par de momentos fletores multiplicado pela
distância entre eles é denominado de
bimomento, M ω = M.h. Ao bimomento estão as
sociadas tensões de cisalhamento agindo nos
elementos de chapa do perfil. A somatória dos
momentos, no plano da seção, devido às resul
tantes das tensões de cisalhamento, τ 1 , τ 2 , τ 3 ... τ n
(figura A.6) resulta em um momento de torção,
T ω , denominado de torção com flexão, que
corresponde exatamente à parcela do esforço
de torção aplicado, M t , que é resistido pela res
trição ao empenamento da seção. O esforço de
torção com flexão ao longo da barra (também
chamado de torção nãouniforme), T ω , tem o va
lor da derivada do bimomento ao longo da bar
ra, M ω , com o sinal oposto, equação A.4.
Figura A.6 – Tensões na torção nãouniforme
A distribuição das tensões normais da se
ção transversal devido à restr ição ao
empenamento assemelhase ao mostrado na
(a) (b)
'
ω ω M T − = (eq. A.4)
111
figura A.6. Notase que as tensões de tração e
compressão na seção, realmente comportam
se como se houvesse momentos fletores de
sentido opostos agindo nas mesas do perfil e
as tensões de cisalhamento são corresponden
tes a essas tensões normais. Os deslocamen
tos normais ao plano da seção transversal acom
panham a distribuição de tensões da figura A.6.
A resultante das tensões normais, nesse caso é
nula, e por isso não acarreta nenhum esforço
normal adicional na seção transversal. A resul
tante das tensões de cisalhamento é o momen
to de torção T ω .
Figura A.7 – Empenamento na tração
O empenamento na seção transversal não
ocorre somente quando submetida a momento
de torção, mas também, quando a seção é sub
metida a forças fora do seu plano. A figura A.7
procura mostrar de forma intuit iva o
empenamento na seção Ue quando submetida
a uma força de tração (T) localizada próximo ao
vértice do perfil.
Parte das tensões provocadas pela força
T será distribuída na mesa superior e parte irá
para a alma do perfil. As excentricidades da for
ça em relação a ambas conduzem à ocorrência
de momentos fletores nos planos da mesa e
alma da seção, similares ao caso da torção
aplicada ao perfil, configurando o empenamento
da seção. Note que, algo similar ocorre, com
sinal trocado, quando a força for de compres
são, nesse caso, acoplandose aos fenômenos
de flambagem.
O valor do bimomento, (M ω ), causado pela
aplicação de uma força na direção longitudinal
(figura A.7), na seção onde a força é aplicada, é
obtido pela equação A.5.
onde, ) (P ω é o valor da área setorial da
seção no ponto de aplicação da força T, figura
A.7 (nessa ilustração mostrase uma força de
tração, mas ocorre o mesmo, com o sinal troca
do, com uma força de compressão). Uma expli
cação geral sobre a área setorial pode ser vista
no item A.3.
Também neste caso, de aplicação de for
ça longitudinal excêntrica, há esforços internos
de torção induzidos pelas tensões cisalhantes
resultante da restrição ao empenamento (τ 1 , τ 2 ,
τ 3 dafigura 2.6). O valor desse momento de tor
ção nãouniforme, T, é determinado pela equa
ção A.4. Em vista de o momento externo ser nulo,
o momento de torção nãouniforme é equilibra
do por um momento de torção uniforme na se
ção, M ω , como mostram as equações A.6 e A.7.
Para calcular os efeitos do empenamento
na seção transversal necessitase das chama
das propriedades setoriais da seção, ω, S ω e I ω .
Uma explanação geral de como obter essas pro
priedades é mostrada no item A.3 .
As expressões completas das tensões que
atuam numa seção transversal, levandose em
conta os efeitos do empenamento, são mostra
das nas equações A.8 e A.9.
Mω= T. ) (P ω (eq. A.5)
Mt = z M T ω + = 0 (eq. A.6)
z M T ω = − (eq. A.7)
112
Anexo A Torção em perfis de seção aberta
(eq. A.8)
(eq. A.9)
Como pode ser visto na equação A.8, há
uma parcela adicional àquelas da teoria da Re
sistência dos Materiais, correspondente ao efei
to da restrição ao empenamento. A distribuição
dessa parcela das tensões normais, na seção
transversal, portanto, é análoga à da área
setorial ω(s) (figuraA.7).
Da mesma forma, notase na equação A.9,
também, uma parecela adicional, em relação
aos da teoria da Resistência dos Materiais. A
distribuição dessa parecela das tensões de
cisalhamento, na seção transversal, é análoga
à do momento estático setorial, S ω ( cuja a defi
nição é mostrada mais adiante). As tensões de
cisalhamento da equação A.9 são constantes
na espessura do perfil, ou seja, não consta nes
sa equação a parcela de tensões oriundas da
torção uniforme. A tensão de cisalhamento total
é determinada adicionandose o valor obtido da
equação A.9 , ao da equação A.2.
A3 Propriedades setoriais
Para calcular os efeitos do empenamento
na seção transversal necessitase das chama
das propriedades setoriais da seção. São pro
priedades geométricas definidas por Vlasov na
teoria de torção nãouniforme. Pode ser feita
uma analogia entre as propriedades setoriais
(área setorial, ω, momento estático setorial, S ω
e momento de inércia setorial, T ω ) e as proprie
dades das figuras planas (área, A, momento es
tático, S e momento de inércia à flexão, I). Não
é objetivo deste texto detalhar o cálculo das pro
priedades setoriais, mas, para um entendimen
to geral, serão apresentadas as equações que
as definem e as equações das propriedades
setoriais das principais seções transversais.
CT
s) ( ω da equação A.10 é chamada de área
setorial do ponto s em relação ao pólo CT e a
origem O, onde s e r n são vetores com sentido
e direção conforme mostrados na figura A.8. É
usual representar ) (s ω por um diagrama traçado
sobre a linha média da seção transversal, com
o valor de ω indicado na direção normal ao con
torno, como mostrado nas figuras A.8 e A.9.
Figura A.8 – Propriedades setoriais
O momento estático setorial no ponto s,
definido na equação A.12, é a área sob o dia
grama da área setorial no intervalo entre o pon
to s e a origems 0 multiplicada pela espessura t,
conforme mostra a figura A.8. A origem s 0 deve
ser um ponto em que S ù é igual a zero, podese
tomar as extremidades do perfil onde o momento
estático setorial é sempre zero.
2 2
x y xy x y x xy y
x y xy x y xy
I M I M I M I M N x y
A I I I I I I
σ M
I
ω
ω
ω
− −
= − + +
− −
2 2
1 ( ) ( ) y xy x x x xy y y
v y x
x y xy x y xy
V I V I V I V I
S s S s
t I I I I I I
( ) T S s
I t
ω
ω
ω
τ
+ +
= − +
− −
∫ − =
s
n
CT
s ds r
0 ) ( ω (eq. A.10)
113
O momento de inércia setorial, I ω , é defini
do pela equação A.13 e é também chamado de
constante de empenamento da seção transver
sal, C ω . A rigidez da seção transversal ao
empenamento é definida pelo produto EC w .
A seguir mostramse os valores da área
setorial, ω, dos principais perfis formados a frio:
Figura A.9 – Área setorial de seções Ue e U
Seção Ue e U:
Figura A.10 – Área setorial de seções Z e Z90
Seção L:
Nos perfis tipo L não existe empenamento.
Nesse caso há apenas torção uniforme quando
submetido a esforços de torção (figura A.11).
Figura A.11 – Seção L
0 = w (eq. A.23)
Para os perfis U, Ue, Cr, Z 90 e Z 45 , os valo
res de I ω (ouC ω ) podem ser encontrados nas
tabelas da NBR 6355:2003 para os perfis pa
dronizados ou utilizandose das equações apre
sentadas na mesma norma para os perfis não
padronizados.
No caso de perfi l Z simples (não
enrijecido) o valor de I ω pode ser calculado utili
zandose as equações A.18 e A.19 introduzin
∫ =
s
s
tds s S
0
. ) ( ω ω (eq. A.12)
2 1
w c b e w = (eq. A.14)
2 1 2
f w b b
w w − = (eq. A.15)
( )D b e w w f c + − = 2 3 (eq. A.16)
g c c x x e − = (eq. A.17)
Seção Z:
A
t b b
w f w
2
2
1 = (eq. A.18)
2 1 2
f w b b
w w − = (eq. A.19)
Seção Z90:
+ + = 2
1 2
D D b
b b
A
t b
w w
f w f
(eq. A.20)
2 1 2
w f b b
w w − = (eq. A.21)
D b w w f − = 2 3 (eq. A.22)
114
Anexo A Torção em perfis de seção aberta
doas na equação de definição, A.13, como
mostrase a seguir:
onde A 1 representa o trecho positivo e A 2
o trecho negativo da área setorial nas mesas,
figura A.12.
Figura A.12 – Áreas setoriais
1 2 e ω ω são dados nas equações A.18 e
A.19 respectivamente.
Exemplo A.1 Determinar as máximas
tensões de tração e de compressão, na seção
onde é aplicado a carga, de um tirante constitu
ído de perfil tipo Z, submetido a uma força con
centrada de tração, no centro geométrico, no
valor de 100 kN.
Perfil Z 200x50x3
Resolução:
∫ =
A
dA I 2 ω ω = 2 2 2
1 1 1 2 2 2 2
alma mesa mesa
dA dA dA ω ω ω + + ∫ ∫ ∫
2 2
1 1 w alma
dA b t ω ω = ∫
( )
2 3 1 2 2 1 1
1 1 1 0
1 3
b
mesa
b dA k x tdx t
b
ω ω
= =
∫ ∫
2 3
2 2 2
2 2
2 3 mesa
b dA t
b
ω ω
=
∫
então,
2 2 3 3
2 1 1 2 2
1
1 2
2 2
3 3 w
b b I b t
b b ω
ω ω ω
= + +
(eq. A.24)
onde,
1
1
1 2
b bf
ω
ω ω
=
+
(fig. A.12)
2
2
1 2
b bf
ω
ω ω
=
+
(fig. A.12)
M N
A I
ω
ω
σ ω = +
Mω= T. ) (P ω
2
( ) 2
w f
P
b b t
A
ω = (Anexo A eq. A.18)
) (P ω = 8,33
Mω= 100 × 8,33 = 833 kN.cm 2
Iω= 1875cm 6
(Anexo A eq. A.24)
M
I
ω
ω
ω
σ ω = 833
1875
ω =
100 11,1
9 n
N
A
σ = = = kN/cm 2
115
Tensão no CG do perfil (máxima tensão de
tração)
Tensão na extremidade do perfil (máxima ten
são de compressão)
Podese visualizar as distribuições de ten
sões na seção transversal no exemplo acima,
onde um tirante constituído de perfil tipo Z apre
senta tensões de compressão consideráveis em
alguns pontos da seção pela figura A.13. Essas
tensões ocorrem na extremidade das mesas do
perfil, quando a parcela das tensões de tração,
A
N
, for menor que a parcela das tensões devido
ao empenamento, que são negativas (ou seja,
de compressão).
100 833 8,33
9 1875
σ = + = 11,1+3,7 =
+14,8 kN/cm 2
100 833 41,66
9 1875
σ = − = 11,118,5 =
7,4 kN/cm 2
117
Anexo B
Forças transversais nãoparalelas a um
dos eixos principais
118
Anexo B Forças transversais nãoparalelas a um dos
eixos principais
Nos casos em que os eixos principais não
coincidem com as direções das forças aplica
das, a seção transversal do perfil ficará subme
tida a momentos fletores em torno dos dois ei
xos principais e não apenas a momento no pla
no do carregamento. Se o carregamento apli
cado não passar pelo centro de torção (CT) a
seção estará sujeita, também, a esforços de
torção (vide Anexo A). No caso dos perfis tipo Z
e Z com enrijecedor de borda, o centro de tor
ção (CT) coincide com o centro geométrico
(CG), não ocorrendo torção quando submetidos
a forças que passem pelo CG.
Uma força transversal vertical aplicada na
alma do perfil Z, não produzirá esforços de tor
ção, porém, as resultantes das tensões de
cisalhamento, V 1 e V 3 , nas mesas de um perfil Z
submetido a uma força transversal vertical apli
cada na sua alma (passando pelo CG), resul
tam em uma força agindo na direção x. Essa
força provoca um momento fletor em torno do
eixo y, como é mostrado na figura B.1b. Então,
o resultado da força vertical q v , aplicado no CG
de um perfil Z é, além do momento fletor em tor
no de x, deslocamento horizontal da seção ( x
na figura B.1c) e momento fletor em torno do
eixo y, conforme a ilustração da barra deforma
da mostrada na figura B.1.C.
Os efeitos das tensões de cisalhamento
horizontais, responsáveis pelo momento fletor
em torno do eixo y, podem ser analisados e
quantificados projetandose a força vertical, q v ,
nas direções principais de inércia do perfil e
estudando o comportamento do perfil (distribui
ção das tensões na seção e os deslocamentos
na barra), a partir dos eixos principais de inér
cia da seção (x’ e y’).
(a)
(b)
(c)
Figura B.1 – Efeitos de forças transversais nãoparalelas a
um dos eixos principais
Δ
119
Fenômeno análogo ocorre na seção tipo
cantoneira. No entanto, como o centro de tor
ção não coincide com centro geométrico, um
carregamento transversal que passe pelo CG
da cantoneira produzirá, também, esforços de
torção na seção, por isso, esse perfil não é indi
cado quando há ocorrência de carregamentos
transversais, apenas para trabalhar à tração ou
à compressão.
As tensões e deslocamentos decorrentes
do momento fletor aplicado no perfil podem ser
calculados utilizandose as equações comple
tas da Resistência dos Materiais, válidas para
eixos de referências diferentes dos eixos prin
cipais de inércia, conforme mostrado nas equa
ções B.1 a B.4.
(tensões normais) (eq. B.1)
(tensões de cisalhamento) (eq. B.2)
(deslocamento na direção y) (eq. B.3)
(deslocamento na direção x) (eq. B.4)
y
I I I
M I M I
x
I I I
M I M I
2
xy y x
y xy x y
2
xy y x
x xy y x
−
−
+
−
−
− = σ
x 2
xy y x
y y xy x
y 2
xy y x
x x xy y S
I I I
I V I V
S
I I I
I V I V
t .
−
+
−
−
+
= τ
2
xy y x
xy y y x
I I I
I M I M
" Ev
−
+ −
=
2
xy y x
xy x x y
I I I
I M I M
" Eu
−
−
=
1
2
-0
8
Dimensionamento de Perfis
Formados a Frio conforme
NBR 14762 e NBR 6355
V
iew
publication stats
https://www.researchgate.net/publication/267331475Este manual trata do dimensionamento de
perfis estruturais de aço fabricados a partir do
dobramento de chapas com espessura máxima
igual a 8 mm, denominados perfis formados a
frio. Tem por base as normas brasileiras ABNT
NBR 14762:2001 “Dimensionamento de es
truturas de aço constituídas por perfis formados
a frio” e ABNT NBR 6355:2003 “Perfis estrutu
rais de aço formados a frio – Padronização”.
Os perfis de aço formados a frio são cada
vez mais viáveis para uso na construção civil,
em vista da rapidez e economia exigidas pelo
mercado. Esse elemento estrutural pode ser efi
cientemente utilizado em galpões de pequeno
e médio porte, coberturas, mezaninos, em ca
sas populares e edifícios de pequeno porte.
Podem ser projetados para cada aplicação es
pecífica, com dimensões adequadas às neces
sidades do projeto de elementos estruturais le
ves, pouco solicitados, tais como terças, mon
tantes e diagonais de treliças, travamentos, etc.
A maleabilidade das chapas finas de aço per
mite a fabricação de grande variedade de se
ções transversais, desde a mais simples
cantoneira (seção em forma de L), eficiente para
trabalhar à tração, até os perfis formados a frio
duplos, em seção unicelular, também conheci
dos como seçãocaixão, que devido à boa rigi
dez à torção (eliminando travamentos), menor
área exposta, (reduzindo a área de pintura) e
menor área de estagnação de líquidos ou detri
tos (reduzindo a probabilidade de corrosão) ofe
recem soluções econômicas.
Como toda estrutura feita de aço, a cons
trução préfabricada com perfis formados a frio
possui um tempo reduzido de execução. Sendo
compostos por chapas finas, possui leveza, fa
cilidade de fabricação, de manuseio e de trans
porte, facilitando e diminuindo o custo de sua
montagem – menor gasto com transporte, além
de não necessitar maquinários pesados para
içamento.
Entretanto, para o correto dimensio
namento desse elemento, é necessário conhe
cer com detalhes o seu comportamento estrutu
ral, pois possui algumas particularidades em
relação às demais estruturas, tais como as de
concreto ou mesmo as compostas por perfis
soldados ou laminados de aço. Por serem cons
tituídas de perfis com seções abertas e de pe
quena espessura, as barras, que possuem bai
xa rigidez à torção, podem ter problemas de ins
tabilidade, deformações excessivas ou atingir
os limites da resistência do aço devido a esfor
ços de torção. Essa susceptibilidade à torção
ocorre até mesmo em carregamentos aplicados
no centro geométrico da seção transversal de
vigas e de pilares, podendo tornarse crítico
caso a estrutura não seja projetada com peque
nas soluções técnicas que minimizam este efei
to. Os conhecimentos dos esforços internos
clássicos, ensinados nos cursos de resistência
de materiais, momento fletores em torno dos
eixos x e y, momento de torção e esforços cor
tantes paralelos aos eixos x e y, não são sufici
entes para compreender o comportamento das
estruturas de seção aberta formadas por cha
pas finas. É necessário entender também um
outro tipo de fenômeno que ocorre nessas es
truturas: o empenamento. A restrição ao
empenamento causa esforços internos e o en
tendimento desses esforços é muito importante
e nem sempre é trivial. Para uma simples ilus
tração podemos citar o caso de um possível ti
rante constituído de um perfil Z, com o carrega
mento (força de tração) aplicado no centro geo
métrico da seção transversal que produz ten
sões de compressão nas mesas desse perfil.
Outro fenômeno comum nos perfis de seção
aberta é a distorção da seção transversal, que
consiste num modo de instabilidade estrutural
onde a seção transversal perde sua forma inici
al quando submetida a tensões de compressão,
causando perda significante na sua capacida
de de resistir esforços.
Neste manual, procurase apresentar de
forma didática e prática os fundamentos teóri
11
cos e explicar a utilização prática da norma bra
sileira para o dimensionamento de perfis de aço
formados a frio: NBR 14762:2001. O objetivo é
que este texto seja utilizado juntamente com a
norma de perfis formados a frio, pois ele não
abrange todos os aspectos de dimensio
namentos descritos na norma, mas ajuda no en
tendimento das questões conceituais mais im
portantes.
Certamente esse conhecimento proporci
onará aos engenheiros melhor avaliar a viabili
dade econômica de uma edificação incluindo
uma opção a mais a ser considerada na con
cepção estrutural do projeto: o emprego de per
fis formado a frio de aço.
13
Capítulo 2
Fabricação e padronização
de perfis formados a frio
14
Fabricação e padronização de perfis formados a frio
2.1 – Processo de Fabricação
Dois são os processos de fabricação dos
perfis formados a frio: contínuo e descontínuo.
O processo contínuo, adequado à fabrica
ção em série, é realizado a partir do desloca
mento longitudinal de uma chapa de aço, sobre
os roletes de uma linha de perfilação. Os roletes
vão conferindo gradativamente à chapa, a for
ma definitiva do perfil. Quando o perfil deixa a
linha de perfilação, ele é cortado no comprimento
indicado no projeto.
O processo descontínuo, adequado a pe
quenas quantidades de perfis, é realizado me
diante o emprego de uma prensa dobradeira. A
matriz da dobradeira é prensada contra a cha
pa de aço, obrigandoa a formar uma dobra.
Várias operações similares a essa, sobre a
mesma chapa, fornecem à seção do perfil a
geometria exigida no projeto. O comprimento do
perfil está limitado à largura da prensa.
O processo contínuo é utilizado por fabri
cantes especializados em perfis formados a frio
e o processo descontínuo é geralmente utiliza
do pelos fabricantes de estruturas metálicas.
2.2 – Tipos de aços
A NBR 14762:2001 “Dimensiona
mento de estruturas de aço constituídas por per
fis formados a frio – Procedimento” recomenda
o uso de aços com qualificação estrutural e que
possuam propriedades mecânicas adequadas
para receber o trabalho a frio. Devem apresen
tar a relação entre a resistência à ruptura e a
resistência ao escoamento f u /f y maior ou igual
a 1,08, e o alongamento após ruptura não deve
ser menor que 10% para base de medida igual
a 50mm ou 7% para base de medida igual a
200mm, tomandose como referência os ensai
os de tração conforme ASTM A370.
A utilização de aços sem qualificação es
trutural para perfis é tolerada se o aço possuir
propriedades mecânicas adequadas para rece
ber o trabalho a frio. Não devem ser adotados
no projeto valores superiores a 180MPa e
300MPa para a resistência ao escoamento f y e
a resistência à ruptura f u , respectivamente.
2.3 Efeito do dobramento na
resistência do perfil
O dobramento de uma chapa, seja por
perfilação ou utilizandose dobradeira, provoca,
devido ao fenômeno conhecido como envelhe
cimento (carregamento até a zona plástica, des
carregamento, e posterior, porém não imedia
to, carregamento), um aumento da resistência
ao escoamento (f y ) e da resistência à ruptura
(f u ), conforme demonstram os gráficos apresen
tados na figuras 2.1 e2.2, com conseqüente re
dução de ductilidade, isto é, o diagrama tensão
deformação sofre uma elevação na direção das
resistências limites, mas acompanhado de um
estreitamento no patamar de escoamento. A re
dução de ductilidade significa uma menor ca
pacidade de o material se deformar; por essa
razão, a chapa deve ser conformada com raio
de dobramento adequado ao material e a sua
espessura, a fim de se evitar o aparecimento
de fissuras.
Figura 2.1 Aumento da resistência ao escoamento e da
resistência à ruptura, num perfil formado a frio por
perfiladeira (fonte: Revista Portuguesa de Estruturas)
Figura 2.2 Aumento da resistência ao escoamento e da
resistência à ruptura, num perfil formado a frio por prensa
dobradeira. (fonte: Revista Portuguesa de Estruturas)15
O aumento das resistências ao escoamen
to e à ruptura se concentra na região das curvas
quando o processo é descontínuo, pois apenas
a região da curva está sob carregamento. No
processo contínuo esse acréscimo atinge outras
regiões do perfil, pois na linha de perfilação toda
a parte do perfil entre roletes está sob tensão.
O aumento da resistência ao escoamento
pode ser utilizado no dimensionamento de bar
ras submetidas à compressão ou à flexão, que
não estejam sujeitas à redução de capacidade
devido à flambagem local, conforme a equação
2.1.
sendo:
∆f y acréscimo permitido à f y
f y resistência ao escoamento do aço virgem
f yc resistência ao escoamento na região da
curva
f u resistência à ruptura do aço virgem
r raio interno de dobramento;
t espessura.
C relação entre a área total das dobras e a
área total da seção para barras submetidas à
compressão; ou a relação entre a área das do
bras da mesa comprimida e a área total da
mesa comprimida para barras submetidas à
flexão
Apresentamse na tabela 2.1 alguns valo
res de ∆f y , em função de C, para aço com f y =
250MPa (f u = 360 MPa), f y = 300 MPa (f u = 400
MPa ) e f y = 355 MPa (f u = 490 MPa ).
(2.1)
Tabela 2.1 Valores de ∆f y
C MPa MPa MPa
0,01 2 2 2
0,02 4 4 5
0,05 10 10 12
0,10 21 20 24
0,15 31 30 37
∆f y
(1) ∆f y
(2) ∆f y
(3)
(1) f y = 250 MPa, f u = 360 MPa, r = t
(2) f y = 300 MPa, f u = 400 MPa, r = t
(3) f y = 355 MPa, f u = 490 MPa, r = 1,5 t
Atenção especial deve ser dada ao cálcu
lo das características geométricas dos perfis
formados a frio. A existência da curva, no lugar
do “ângulo reto”, faz com que os valores das
características geométricas (área, momento de
inércia, módulo resistente, etc.) possam ser,
dependendo das dimensões da seção, sensi
velmente reduzidos.
A variação nas dimensões da seção devi
da à estricção ocorrida na chapa quando do
brada, pode, por outro lado, ser desconsiderada
para efeito de dimensionamento.
2.4 – Padronização dos Perfis
Formados a Frio (NBR 6355:2003)
A Norma NBR 6355:2003 – “Perfis Estru
turais de Aço Formados a Frio”, padroniza uma
série de perfis formados com chapas de espes
suras entre 1,50 mm a 4,75 mm, indicando suas
características geométricas, pesos e tolerânci
as de fabricação.
A nomenclatura dos perfis também foi pa
dronizada. A designação dos nomes é feita da
seguinte forma: tipo do perfil x dimensões dos
lados x espessura, todas as dimensões são
dadas em mm. A tabela 2.2 mostra os tipos de
perfis padronizados e forma de nomenclatura
dos elementos.
No anexo A da NBR 6355:2003
apresentamse as seções transversais dos
perfis formados a frio.
16
Fabricação e padronização de perfis formados a frio
2.2
17
19
Capítulo 3
Comportamento estrutural
de perfis de seção aberta
20
Comportamento estrutural de perfis de seção aberta
Os estados limites últimos das barras de
seção transversal aberta, formadas por chapas
finas de aço, a serem considerados no
dimensionamento, freqüentemente estão asso
ciados à instabilidade local, distorcional ou glo
bal.
Cabe aqui uma consideração sobre no
menclatura que, por vezes, afeta o entendimen
to conceitual do fenômeno da flambagem. Tome
se um pilar ideal, absolutamente reto, sem im
perfeições de fabricação e submetido a um car
regamento perfeitamente centrado. Incremente
se esse carregamento gradativamente até atin
gir a chamada carga crítica, o pilar pode se
manter na posição reta indeformada, de equilí
brio instável, ou, se houver uma perturbação, por
menor que seja, procurar uma posição deforma
da estável. Há, portanto duas soluções teóricas
de equilíbrio.
Tomese, agora, um pilar real, com imper
feições geométricas. Novamente, aplicase uma
força perfeitamente axial. Ao se incrementar o
carregamento, a presença de imperfeições cau
sará flexão. Assim, desde o início, o pilar real
estará submetido à flexãocomposta e o estado
limite último poderá ser alcançado para valores
inferiores ao da força normal crítica.
Em termos mais simples, há uma diferen
ça conceitual entre a resposta estrutural de um
pilar ideal e a de um pilar real, imperfeito, mes
mo que ambos estejam sujeitos apenas à força
axial.
Para que não haja conflito entre o entendi
mento dos dois comportamentos distintos, as
principais escolas brasileiras definem
flambagem como a ocorrência de um ponto de
bifurcação no diagrama força x deslocamento
de um ponto de uma barra ou chapa comprimi
da. Em elementos estruturais reais, na presen
ça de imperfeições, não ocorre ponto de bifur
cação e, portanto, segundo a definição não ocor
re flambagem. Em outras palavras distinguese
a flambagem da flexão composta. Como, geral
mente, as imperfeições das estruturas de aço
são de pequeno valor, os modos de deforma
ção das barras de aço lembram os modos de
flambagem.
Neste manual, à semelhança da norma bra
sileira NBR 14762:2001, por simplicidade, os
modos reais de deformação que podem levar à
instabilidade são associados aos modos teóri
cos de flambagem e o termo “flambagem” é usa
do indistintamente para estruturas teóricas ou
reais.
No capítulo 4, discorrese de forma deta
lhada, sobre o fenômeno da instabilidade local
e sobre o método das larguras efetivas, proce
dimento simplificado para considerarse a ins
tabilidade no dimensionamento do perfil. No
capítulo 5, apresentamse considerações sobre
a instabilidade distorcional. No capítulo 7, dis
correse sobre os fenômenos de instabilidade
global, quais sejam a instabilidade lateral com
torção das vigas e a instabilidade por flexão,
torção ou flexotorção de pilares.
A capacidade resistente das barras con
siderando as instabilidades globais relaciona
das com a torção está diretamente associada à
rigidez à flexão EI y , e à rigidez à torção da se
ção. A parcela da torção, em especial, depende
não apenas do termo correspondente à chama
da torção de Saint Venant, GI t , mas igualmente
da rigidez ao empenamento da seção, EC w .
Quanto mais finas as paredes da seção do per
fil, menores os valores das propriedades I t e
C w . Essas parcelas são proporcionais ao cubo
da espessura t das paredes, sofrendo grandes
variações para pequenas alterações no valor da
espessura.
Além dos fenômenos de instabilidade, a
barra pode estar sujeita à torção.
Nas vigas em que os carregamentos não
são aplicados no centro de torção da seção,
ocorre torção. As teorias de barras de Euler e
de Timoshenko, comumente ensinadas nos cur
sos de Resistência dos Materiais, não abran
gem esse comportamento das barras com se
ção aberta.
Para um entendimento geral do compor
tamento de um perfil de seção aberta, mostram
se no Anexo A de forma simples e intuitiva, as
21
pectos relacionados à torção e no Anexo B o
efeito de forças aplicadas em direções nãopa
ralelas aos eixos principais da seção transver
sal.
23
Capítulo 4
Flambagem local e o
método das larguras efetivas
24
Flambagem local e o método das larguras efetivas
No dimensionamento de perfis de chapa
dobrada, cuja seção transversal é constituída por
elementos de chapas finas com elevada rela
ção largura/espessura, é necessário verificar os
elementos quanto à flambagem local. No cálcu
lo convencional de estruturas de aço compos
tas de perfis laminados ou soldados a
flambagem local pode ser evitada pelo uso de
uma classe desses perfis, que tem uma relação
largura/espessura reduzida.
Os elementos planos que constituem a
seção do perfil nas estruturas de chapa dobra
das podem deformarse (flambar) localmente
quando solicitados à compressão axial, à com
pressão com flexão, ao cisalhamento, etc (figu
ra 4.1). Diferentemente da flambagem de barra,
a flambagem local não implica necessariamen
te no fim da capacidade portante do perfil, mas,apenas uma redução de sua rigidez global à
deformação.
As chapas de aço ainda possuem consi
derável capacidade resistente após a ocorrên
cia da flambagem local. Sua capacidade resis
tente chegará ao limite somente quando as fi
bras mais comprimidas atingirem a resistência
ao escoamento do aço. Isso significa que o cor
reto dimensionamento desses elementos de
pende de uma análise nãolinear. Costumase
substituíla por expressões diretas, deduzidas a
partir de teorias simplificadas e calibradas
empiricamente. Atualmente, na norma brasilei
ra para o dimensionamento de perfis formados
a frio, NBR 14762:2001, é recomendado o mé
todo das larguras efetivas.
Para exemplificar o comportamento após
a ocorrência da flambagem local de uma cha
pa, considere uma placa quadrada simplesmen
te apoiada nas quatro bordas, sujeito a um es
forço de compressão normal em dois lados
opostos, como mostrado na figura 4.2.
Admitindose faixas como um sistema de
grelha, notase que, as faixas horizontais contri
buem para aumentar a rigidez à deformação das
barras verticais comprimidas. Nesse modelo, as
faixas horizontais se comportam como se fos
sem apoios elásticos distribuídos ao longo do
comprimento das barras comprimidas. Quanto
maior for a amplitude da deformação da barra
comprimida, maior será contribuição das “mo
las” para trazêla à posição vertical novamente.
Essa condição estável após a deformação per
pendicular ao seu plano é considerada no
dimensionamento dos perfis formados a frio.
Figura 4.2 Comportamento pósflambagem
Figura 4.3 Comportamento associado a grelha
Figura 4.1 Flambagem local
Flexão Compressão
25
(eq. 4.1)
4.1 Fatores que influenciam no
cálculo da largura efetiva
4.1.1 Condição de contorno
A condição de contorno dos elemen
tos de chapa, tal qual nas barras, influi na capa
cidade resistente.
A NBR 14762 designa dois tipos de
condição de contorno para os elementos de cha
pa, AA e AL, conforme exemplificado na figura
4.5.
Figura 4.5 Condições de contorno (extraída da
NBR14762:2001)
Os enrijecedores e as mesas não
enrijecidas dos perfis de aço, figura 4.6, são ele
mentos com um dos lados constituídos de bor
da livre, AL indicados da figura 4.5. Essa condi
ção reduz significativamente a capacidade re
sistente, pois, não ocorrem na configuração de
formada (figura 4.6), as diversas semiondas que
aproximam seu comportamento ao de uma cha
pa quadrada e nem há colaboração de “barras
horizontais” como um modelo de grelha. Em ele
mentos muito esbeltos, ou seja, com altos valo
res da relação largura/espessura, a largura efe
tiva calculada é muito pequena.
O coeficiente de flambagem, k, é o fator
inserido nas expressões para o cálculo das lar
guras efetivas que quantifica as diversas condi
ções de contorno e de carregamento das cha
pas, sendo obtido por meio da Teoria da Esta
bilidade Elástica. A tabela 4.1 mostra alguns va
lores clássicos para o coeficiente k.
Esse conceito de grelha pode ser
extrapolado para uma chapa retangular com a
dimensão longitudinal muito maior do que a
transversal, figura 4.3, e esse é o caso dos per
fis formados a frio. Nesse caso, a chapa apre
sentará comportamento equivalente a uma su
cessão de chapas aproximadamente quadra
das, sendo válido estender a conclusão sobre o
comportamento das chapas quadradas às cha
pas longas.
A rigidez à deformação da chapa é maior
junto aos apoios “atraindo” maiores tensões atu
antes. O máximo esforço suportado pela chapa
ocorre quando a tensão junto ao apoio atinge a
resistência ao escoamento, f y .
A figura 4.4 mostra a distribuição das ten
sões na chapa com o aumento gradual do car
regamento aplicado. De início, a distribuição
das tensões é uniforme com valor inferior ao da
tensão crítica de flambagem, figura 4.4a. Aumen
tando o carregamento a chapa se deforma e há
uma redistribuição das tensões internas (figura
4.4b) até atingir a resistência ao escoamento,
f y, figura 4.4c.
O conceito de larguras efetivas consiste
em substituir o diagrama da distribuição das
tensões, que não é uniforme, por um diagrama
uniforme de tensões. Assumese que a distri
buição de tensões seja uniforme ao longo da
largura efetiva “b ef ” fictícia com valor igual às ten
sões das bordas, figura 4.4d. A largura “b ef ” é
obtida de modo que a área sob a curva da dis
tribuição nãouniforme de tensões seja igual à
soma de duas partes da área retangular equi
valente de largura total “b ef ” e com intensidade
“f máx ”, conforme a equação 4.1.
Figura 4.4 Distribuição de tensões
26
Flambagem local e o método das larguras efetivas
Tabela 4.1 – Valores de k para algumas condi
ções de contorno e carregamento
Os elementos com enrijecedores de bor
da não podem ser incondicionalmente conside
rados como biapoiados. Como se pode notar
no modelo adotado para representar o
enrijecedor de borda na figura 4.7, um
enrijecedor pode não ser suficientemente rígido
para se comportar como um apoio adequado e
assim, comprometer a estabilidade da mesa
enrijecida. A capacidade adequada de um
enrijecedor depende essencialmente do seu
momento de inércia, I x , portanto, os valores da
largura efetiva das mesas enrijecidas dos per
fis dependem da dimensão D do enrijecedor.
Por outro lado, o enrijecedor não deve ser muito
esbelto, ou seja, ter a dimensão D elevada, por
que ele próprio pode se instabilizar. O valor mais
adequado para a largura do enrijecedor está
entre 12% a 40% da mesa do perfil a ser
enrijecida, conforme mostra a figura 4.8, que foi
construída por meio de uma análise paramétrica
a partir das expressões da norma brasileira,
para alguns casos de perfis tipo Ue.
4.1.2 – Distribuição de tensões
A forma da distribuição de tensões aplica
da (figura 4.9) no elemento de chapa também
influência o cálculo da largura efetiva.
Figura 4.6 Elementos com bordas livres
Figura 4.8 Largura efetiva em função de D/b f
Figura 4.9 Distribuição de tensões
Figura 4.7 Enrijecedor de borda
(fig. 4.9a)
(fig. 4.6)
(fig. 4.9e)
(por ex. mesas de
perfis Ue Fig. 4.7)
27
Quando o carregamento na chapa não é
uniforme, há uma diminuição dos esforços de
compressão ao longo da borda carregada,
consequentemente aumentando a largura efeti
va calculada.
O valor da tensão, obviamente, é funda
mental na determinação da largura efetiva. Al
tos valores de tensões atuantes conduzem a
menores larguras efetivas.
4.2 Cálculo das larguras efetivas
Calculase a largura efetiva de uma chapa
comprimida (NBR 14762 item 7.2) por meio da
eq. 4.2.
(eq. 4.2)
(eq. 4.3)
Sendo
b – largura do elemento
λp índice de esbeltez reduzido do elemento
t – espessura do elemento
E – módulo de elasticidade do aço = 20 500 kN/
cm 2
σ tensão normal de compressão definida por:
σ = ρ.f y , sendo ρ o fator de redução associado
à compressão centrada e σ = ρ FLT T .f y , sendo ρ FLT
o fator de redução associado à flexão simples.
k – coeficiente de flambagem local
Os valores do coeficiente de flambagem
k, para elementos classificados como AA e AL
(figura 4.5) são dados nas tabelas 4 e 5.
Notase que para valores de b ef condição de carregamen
to é avaliada em função da relação entre a má
xima e mínima tensão atuante no elemento ψ.
Para o cálculo dos deslocamentos, deve
se considerar também, a redução de rigidez à
flexão da seção devido à flambagem local. Para
isso, utilizamse as mesmas expressões do cál
culo das larguras efetivas (equações 4.2 e 4.3)
substituindose a máxima tensão permitida no
elemento, σ , pela tensão de utilização, n σ .
n σ é a máxima tensão de compressão
calculada para seção efetiva (portanto é neces
sário fazer interação), na qual se consideram as
combinações de ações para os estados limites
de serviço.
0, 22 1
p
ef
p
b
b b
λ
λ
−
= ≤
0,95
p
b
t
kE
λ
σ
=
0, 22 1 c
p
ef
p
b
b b
λ
λ
− = ≤
28
Flambagem local e o método das larguras efetivas
4.2
Tabela 4.3
1
0,673]
b ef = 4,51 cm
b ef,1 = 4,51 cm
1.3 Largura efetiva do elemento [2]
Elemento AA
σ 1 = 20,64 kN/cm
2
σ 2 = 20,64 kN/cm
2
ψ = 1
1.3.1 NBR14762 Tab04.caso d (Tabela 4.2)
b= 25 – 4.t = 25 – 4 . 0,265
b= 23,94 cm
k= 24
b= 23,94 cm
b c = 11,97 cm
b t = 11,97 cm
9, 47
0,335
0,43.20500 0,95 0,95
21,32
p
b
t
kE
λ
σ
= =
0, 22 0, 22 1 9,47 1
1,85
1,85
p
ef
p
b
b b
λ
λ
− − = = ≤
30
Flambagem local e o método das larguras efetivas
λ p =0,616 [λ p 0,673]
0, 22 0, 22 1 9, 47 1
1,66
1,66
p
ef
p
b
b b
λ
λ
− −
= = ≤
bef= 4,94 cm à bef,1= 4,94 cm
σ1= σ2=
( ) 0 265 2 34 2 25
7 66
, ,
,
−
×
7,33
0,335
0,43.20500 0,95 0,95
8,6
p
b
t
kE
λ
σ
= =
λp=0,72 [λp > 0,673]
ψ = 5,905 / (25,0)
ψ = 0,236
1.1.1 NBR14762 Tab.05 caso d
k= 0,624 (Tabela 4.3)
32
Flambagem local e o método das larguras efetivas
b ef = 7,07 cm
b ef,1 = 7,07 cm
Propriedades geométricas:
A da seção bruta= 5,18 cm 2
A da seção efetiva= 5,00 cm 2
4.3 Elementos comprimidos com
enrijecedor de borda
Para calcular a largura efetiva de um ele
mento com enrijecedor de borda é necessário
considerar as dimensões do elemento (b) e as
do enrijecedor de borda (D) (figura 4.11). Se o
elemento b for pouco esbelto (valor de b/t pe
queno até cerca de 12) não haverá necessida
de de enrijecedor para aumentar sua capacida
de resistente de compressão e sua largura efe
tiva será igual à largura bruta. Para elementos
esbeltos o enrijecedor de borda deverá servir
como um apoio “fixo” na extremidade do elemen
to. Nesse caso a largura efetiva calculada de
penderá da esbeltez do elemento (b/t), da es
beltez do enrijecedor de borda (D/t) e da inércia
do enrijecedor de borda (I s momento de inér
cia do enrijecedor em relação ao seu centro
geométrico, figura 4.11).
Além de servir como apoio, o enrijecedor,
também, se comporta como um elemento de
borda livre (AL) sujeito à flambagem local. A ocor
rência da flambagem local do enrijecedor indu
zirá a flambagem local na mesa enrijecida. Um
enrijecedor de borda adequado é aquele que
tem condições de se comportar como um apoio
à mesa. Para isso, ele precisa ter uma rigidez
mínima, ou seja, um momento de inércia míni
mo, denominada de I a . Se o enrijecedor for ina
dequado, ou seja I s o va
lor da esbeltez reduzida da mesa como se ela
fosse um elemento de borda livre (AL):
(eq. 4.5)
Caso I – 0 p λ 2,03 – Elemento muito esbelto.
O enrijecedor precisa ter alta rigidez para apoi
ar a mesa adequadamente.
O cálculo da largura efetiva é feito por meio da
equação 4.2, onde o coeficiente de flambagem
k, é calculado conforme a equação 4.15.
Sendo
b ef , b ef,1 , b ef,2 , d s , k a e A s são calculados da mes
ma forma que no caso II.
Exemplos de cálculos de larguras efetivas em
perfis com mesas enrijecidas:
Exemplo 04 – Cálculo da largura efetiva da
alma e mesas do perfil padronizado Ue
250x100x2,65 mm submetido ao esforço nor
mal de compressão, sob uma tensão de 25,00
kN/cm 2 :
Aço: f y = 25 kN/cm
2 E= 20500 kN/cm 2
G= 7884,615 kN/cm 2
Seção submetida a esforço normal
1 Cálculo das Larguras Efetivas
σ = 25 kN/cm 2
(eq. 4.14)
(eq. 4.15)
(eq. 4.16)
0, 22 1
p
ef
p
b
b
λ
λ
− =
0,95
p
b
t
kE
λ
σ
=
,2 2 2
ef ef s
ef
a
b b I b
I
= ≤
s
s ef ef
a
I d d d
I
= ≤
( ) s
s ef ef ef
a
I A A A A área efetiva do enrijecedor
I
= ≤ − −
( ) 3 0, 43 0,43 s
a a
a
I k k k
I
= − + ≤
( ) 4 0 56 5 a p I t λ = +
35
1.1 Largura efetiva dos enrijecedores de bor
da
Elemento AL
b= 1,97 cm
σ 1 = 25 kN/cm
2 σ 2 = 25 kN/cm
2
ψ = σ 1 /σ 2 = 1,0
1.1.1 NBR14762 Tab.05 caso a (tabela 4.3)
k= 0,43
0,417
como λ p 0,673 – então:
b ef =8,301 cm
(eq. 4.2)
1.97
0,265
. 0, 43.20500 0,95 0,95
25
p
y
b
t
k E
f
λ = = =
0
8,94
0, 265
20500 0,623 0,623
25
p
y
b
t
E
f
λ = = = 1,891
3 2 3 2 . 1,97 .0,265. (90)
12 12 s
d t sen sen I θ = =
Is= 0,1689 cm 4
2,5 5,25 5 5,25 5 4,0
8,94 a
D k
b
= − = − ≤
( ) 3 4
0 400 0, 49 0,33 a p I t λ = −
Ia = ( ) 3 4 400 0,265 0,49 1,891 0,33 × × −
Ia=0,419 cm 4
( ) 0, 43 ,043 s
a a
a
I k k k
I
= − + ≤
Is/Ia=0,403
( ) 0,403 3,85 0,43 0, 43 k = − +
k=2,602
8,94
0,265
2,62.20500 0,95 0,95
25
p
b
t
kE
λ
σ
= = (eq. 4.3)
0, 22 0, 22 1 8,94 1
0,769
0,769
p
ef
p
b
b
λ
λ
− − = =
36
Flambagem local e o método das larguras efetivas
b ef,2 = 1,672 cm
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 8,301 – 1,672
b ef,1 = 6,629 cm
como I s 0,673]
0, 22 23,94 1
1,66
1,66 ef b
−
= (eq. 3.2)
1,565
0,12
0, 43.20500 0,95
25
p λ = = 0,731
[λp > 0,673]
(eq. 4.2)
37
3 2 3 2 . 1,565 .0,12. (45)
12 12 s
d t sen sen I θ
= =
Is= 0,0192 cm 4
1,7 5, 25 5 5, 25 5 4,0
4,625 a
D k
b
= − = − ≤
ka= 3,40
( ) 4 0 56 5 a p I t λ = + = ( ) 4 56 2,161 5 0,12 × +
Ia= 0,026 cm 4
( ) 3 0,43 0,43 s
a a
a
I k k k
I
= − + ≤
Is/Ia= 0,734
( ) 3 0,734 3,41 0,43 0, 43 k = − +
k=3,10
4,625
0,12
3,10.20500 0,95
25
p λ =
b ef,1 = 1,497 cm
1.2 Largura efetiva das mesas
1.2.1 NBR14762. 7.2.2.2 Elemento com
enrijecedor de borda (com inclinação de 45º):
σ 1 = 25 kN/cm
2
σ 2 = 25 kN/cm
2
b=4,625 cm D=1,70 cm
t=0,12 cm d ef =1,497 cm
d=1,565 cm σ=25 kN/cm 2
θ=45 º
Como λ p0 =2,161 > 2,03, então:
1.3 Largura efetiva da alma
Elemento AA
b= 9,52 cm
σ 1 = 25 kN/cm
2
σ 2 = 25 kN/cm
2
ψ = 1
1.3.1 – Tabela 4.2 – caso a (NBR14762 Tab04)
k= 4
0,22 1,565 1
0,731
0,731 ef b
−
= = 1,497 cm
0
4,625
0,12
20500 0,623 0,623
25
p
y
b
t
E
f
λ = = = 2,161
λp=0,805 [λp > 0,673]
0,22 4,625 1
0,805
0,805 ef b
−
=
bef=4,175 cm
,2 2 2
ef ef s
ef
a
b b I b
I
= ≤
,2
4.175 0,734
2 ef b =
bef,2= 1,532 cm
bef,1 = bef – bef,2= 4,175 – 1,532
bef,1= 2,642 cm
como Is9,52
0,12
4.20500 0,95
25
p λ =
λp=1,458 [λp > 0,673]
0, 22 9,52 1
1,458
1, 458 ef b
−
=
bef= 5,544 cm
bef,1= 2,772 cm
bef,2= 2,772 cm
Flambagem local e o método das larguras efetivas
Propriedades geométricas:
A da seção bruta= 2,8 cm 2
A da seção efetiva= 2,10 cm 2
Exemplo 06 Cálculo da largura efetiva da alma
e mesas do perfil Ue com enrijecedor de borda
adicional, Uee 200x100x25x10x2,65 mm sub
metido a momento fletor em relação ao eixo de
maior inércia, X, sob uma tensão máxima de
25,00 kN/cm 2 :
Aço: f y = 25 kN/cm2 E= 20500 kN/cm 2
G= 7884,615 kN/cm 2
Uee: b w = 20,0 b f = 10,0 D= 2,5 D e = 1,0
t= 0,265 α=0 β=90 θ=90
Seção submetida a esforço de momento fletor
em relação ao eixo X
1 Cálculo das Larguras Efetivas
σ máx = 25 kN/cm
2
O cálculo das tensões nas extremidades de cada
elemento é feito considerando diagrama linear
de tensões ao longo da altura do elemento com
a linha neutra passando pelo centro geométrico
e perpendicular ao plano de aplicação do mo
mento e o máximo valor de tensão igual a 25
kN/cm 2 (tração ou compressão) na fibra mais
distante da linha neutra:
1.1 – Largura efetiva do enrijecedor de borda
e do enrijecedor de borda adicional:
O valor de b/t máximo em elementos com borda
livre (AL) submetidos a uma tensão de 25 kN/
cm 2 para ter a largura efetiva igual a largura bru
ta (b ef = b) é dado pela equação 4.3 ao igualar
se a esbelteza reduzida, λ p , a 0,673:
0,673
.20500 0,95
p
b
t
k
λ
σ
= = è
0, 43.20500 0,95 0,673
25
b
t =
39
b/t max = 12 – (máximo valor de b/t no qual não
será necessário reduzir a largura do elemento
de borda livre, para uma tensão de 25kN/cm 2 )
Como neste exemplo as relações largura/espes
sura dos enrijecedores de borda e enrijecedores
adicionais do perfil são bem pequenas, respec
tivamente 5,4 e 1,8, então as larguras efetivas
desses elementos são iguais suas larguras bru
tas.
b/t = 1,44 / 0,265= 5,4 – enrijecedor de borda
b/t = 0,47 / 0,265= 1,8 – enrijecedor adicional
1.2 Largura efetiva da mesa enrijecida
NBR14762. 7.2.2.2 Elemento com enrijecedor
de borda e enrijecedor de borda adicional:
Por simplificação e a favor da segurança, será
admitido que a máxima tensão dada ocorre na
fibra média do elemento :
σ 1 = 25 kN/cm2
σ 2 = 25 kN/cm2
b=8,94 cmt=0,265 cm
I s = 0,247 cm4
σ=25 kN/cm2
Como 0,673 0,673 – então:
b ef = 8,785 cm
b ef,2 = 2,596 cm
0
8,94
0, 265
20500 0,623
25
p λ = = 1,891
( ) 3 4
0 400 0, 49 0,33 a p I t λ = − =
( ) 3 4 400 0,265 0,49 1,891 0,33 × × −
( ) 0,43 ,043 s
a a
a
I k k k
I
= − + ≤
( ) 0,591 4 0, 43 0, 43 k = − +
8,94
0, 265
3,175.20500 0,95
25
p λ =
0, 22 0, 22 1 8,94 1
0,696
0,696
p
ef
p
b
b
λ
λ
− − = =
,2 2 2
ef ef s
ef
a
b b I b
I
= ≤
,2
8,785 0,591
2 ef b =
40
Flambagem local e o método das larguras efetivas
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 8,785 – 2,596
b ef,1 = 6,188 cm
como I s 2,03, então:
Caso III:
3 2 3 2 . 1,6 .0, 2. (90)
12 12 s
d t sen sen I θ
= =
Is= 0,068 cm 4
2 5, 25 5 5,25 5 4,0
9, 2 a
D k
b
= − = − ≤
ka=4
( ) 4 0 56 5 a p I t λ = + = ( ) 4 56 2,50 5 0,2 × +
Ia=0,232 cm 4
( ) 3 0,43 0,43 s
a a
a
I k k k
I
= − + ≤
Is/Ia=0,294
( ) 3 0,294 4 0,43 0,43 k = − +
k=2,80
9, 2
0, 2
2.8.20500 0,95
25
p λ =
λp= 0,98 [λp > 0,673]
0, 22 9, 2 1
0,98
0,98 ef b
−
=
bef= 7,283 cm
42
Flambagem local e o método das larguras efetivas
b ef,2 =1,071cm
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 9,2 – 1,071
b ef,1 = 6,212 cm
como I s utiliza o método sim
plificado proposto por Hancock, para calcular a
força crítica de flambagem por distorção dos
perfis formados a frio. Esse modelo simplifica
do dispensa a solução numérica que demanda
ria programas de computador.
Hancock idealizou um modelo de viga
composto apenas pela mesa do perfil e do seu
enrijecedor, submetido à compressão. A ligação
da mesa com a alma é representada por dois
apoios de molas, um para restringir à rotação e
outro para restringir o deslocamento horizontal,
conforme esquematizado na figura 5.3. Esse
modelo procura considerar, de forma aproxima
da, a influência da alma sobre a mesa compri
mida, por meio de coeficientes de mola k φ e x k ,
respectivamente, à rotação e translação. É fácil
notar que quanto mais esbelta for a alma (maior
b w /t), menor serão os valores de e k φ e x k .
A partir desse modelo matemático, com
algumas simplificações, é possível determinar
se a tensão crítica de distorção do perfil e, con
seqüentemente, a força normal e o momento
fletor críticos. Esses esforços podem ser deter
minados conforme os itens 7.7.3 e 7.8.1.3 da
NBR 14762.
47
(eq. 5.5)
O coeficiente de mola à rotação (equação
5.4) depende do valor da tensão no qual a alma
está solicitada. Quanto maior for essa tensão,
menor será a restrição que ela poderá oferecer
para a mesa. No caso da compressão uniforme
admitese que o perfil está sob tensão unifor
me, o que significa que a alma estará solicitada
a, no máximo, à tensão σ dist . Sendo assim, é
necessário fazer uma iteração para a obtenção
da tensão crítica da flambagem por distorção.
Admitese, inicialmente, que k φ = 0 ao substituir
a equação 5.2 pela equação 5.5 para a obten
ção do primeiro valor de σ dist da iteração . A se
guir, com o valor da primeira tensão crítica en
contrada calculase o (equação 5.4) e, em fim,
calculase σ dist .
Sendo assim, é necessário fazer esta pe
quena interação na obtenção da tensão crítica
da flambagem por distorção. Admitise inicial
mente que a rigidez k φ = 0 ao substituir a
equação 5.2 pela equação 5.5 na obtenção do
primeiro σ dist . Depois com a primeira tensão
crítica encontrada calculase o k φ (equação 5.4)
e, em fim, calculase σ dist definitivo admitindo,
desta vez, a contribuição da rigidez a rotação
que a alma exerce sobre a mesa.
As propriedades geométricas do modelo
estudado, A d ; I x ; I y ; I xy ; I t ; h x e h y devem ser calcu
ladas para a seção transversal constituída ape
nas pela mesa e do enrijecedor de borda (figu
ra 5.4), cujas expressões são apresentadas a
seguir:
Figura 5.4 – Propriedades geométrica da mesa e o
enrijecedor de borda
+
σ
−
+
= φ
2
2
d
2
w
d
2
w
2
dist
d w
3
L b
L b
Et
11 , 1 1
) L 06 , 0 b ( 46 , 5
Et k
α1 = (η/β1)(β2 + 0,039It Ld 2 ) As expressões para o cálculo da tensão
crítica de distorção,σ dist , encontramse no anexo
D da NBR 14762 e são apresentada a seguir.
5.1 Seção do tipo U enrijecido
submetida à compressão uniforme
Para as seções transversais com relação
b f / b w compreendida entre 0,4 e 2,0 a tensão
crítica à distorção pode se determinada por
meio da equação 5.1.
σ dist = (0,5E/A d ){α 1 + α 2 – [(α 1 + α 2 )
2 4 3 ]
0,5 }
(eq. 5.1)
Onde:
α 1 = (η/β 1 )(β 2 + 0,039I t L d
2 ) + k φ /(β 1 ηE)
(eq. 5.2)
α 2 = η(I y 2 y o β 3 /β 1 )
α 3 = η(α 1 I y ηβ 3
2 /β 1 )
β 1 = h x
2 + (I x + I y )/A d
β 2 = I x b f
2
β 3 = I xy b f
β 4 = β 2 = I x b f
2
η = (π/L d )
2
L d = 4,8(β 4 b w /t 3 ) 0,25 (eq.5.3)
Sendo L d o comprimento teórico da semi
onda na configuração deformada.
(eq. 5.4)
dist pode ser calculada, em primeira apro
ximação, pela equação 5.1 comα 1 conforme in
dicado na equação 5.5.
σ
48
Flambagem por distorção da seção transversal
A d = (b f + D)t
I x = b f t
3 /12 + tD 3 /12 + b f t h y
2 + Dt(0,5D +
h y )
2
I y = tb f
3 /12 + Dt 3 /12 + Dt(b f + h x )
2 + b f t(h x
+ 0,5b f )
2
I xy = b f t h y (0,5b f + h x ) + Dt(0,5D + h y )(b f +
h)
I t = t 3 (b f + D)/3
h x = 0,5(b f
2 + 2b f D)/(b f + D)
h y = 0,5D 2 /(b f + D)
b f ; b w ; D ; t são indicados na figura 5.2.
Outro fator que deve ser observado na aná
lise da flambagem por distorção é o limite de
validade das expressões normatizadas, ou seja,
0,4 Cálculo da tensão crítica de
flambagem elástica à distorção do perfil padro
nizado Ue 250x100x25x2.65 mm submetido ao
esforço normal de compressão:
1 Cálculo de σ dist [NBR 14762Anexo D]
NBR 14762 Anexo D3: Seções Ue submeti
dos a compressão uniforme
t=0,265 cm b w =25 cm b f =10 cm
D=2,5 cm E=20500 kN/cm 2
Propriedades geométricas da mesa e
enrijecedor (ver item 5.1 e figura 5.4):
A d = 3,05661 cm
2 I x = 1,00392 cm
4
I y = 28,20113 cm
4
I xy = 2,83349 cm
4 I t = 0,07145 cm
4
C w = 0,00079 cm
6
h x = 5,556 cm h y = 0,2454 cm
x 0 = 3,73896 cm y 0 =0,24098 cm
Equação da tensão crítica de flambagem
elástica por distorção é dada por (eq. 5.1):
+ +
σ
−
+
= φ 2
w
2
d
4
w
4
d
2
d
4
w
2
dist
d w
3
b L 39 , 13 b 192 , 2 L 56 , 12
L b
Et
11 , 1 1
) L 06 , 0 b ( 73 , 2
Et k
σdist = (0,5E/Ad){α1 + α2 – [(α1 + α2) 2 4α3] 0,5 }
50
Flambagem por distorção da seção transversal
β 4 = β 2 = I x b f
2 = 1,004 . 10 2
β 4 =100,392
β 2 =100,392
comprimento teórico da semionda na configu
ração deformada:
L d = 4,8(β 4 b w /t 3 ) 0,25
L d = 4,8(100,392 . 25 /0,265 3 ) 0,25
L d =91,985 cm
η = (π/L d )
2 = (π/91,985) 2
η=0,0011664511
β 1 = h x
2 + (I x + I y )/A d
β 1 = (5,556) 2 + (1,004 + 28,201)/3,057
β 1 =40,4193
β 3 = I xy b f = 2,83349 . 10
β 3 = 28,3349
σ dist deve ser calculada em primeira
aproximação com,
α 1 = (η/β 1 )(β 2 + 0,039I t L d
2 )
α 1 = (0,001166 / 40,419)(100,392 + 0,039
. 0,07145.(91,985) 2
α 1,1ªaprox = 0,0035776
α 2 = η(I y 2 y o β 3 /β 1 ) = 0,001166 (28,201 –
2(0,24098).28,33349 / 40,4193)
α 2 =0,033289
α 3 = η(α 1 I y ηβ 3
2 /β 1 ) = 0,001166
(0,0035776 . 28,20113 0,001166
(28,3349) 2 / (40,4193))
α 3 =0,00009066
Para o primeiro cálculo de σ dist
(considerando k φ = 0 ):
σ dist = (0,5 . 20500 / 3,0566).{0,00358+
0,03329– [(0,00358+0,03329) 2 – 4,0 .
0,0000907] 0,5 }
σ dist,1ªaprox =17,70 kN/cm 2
então o coeficiente à rotação da mola para a
tensão calculada será:
k φ =1,0336
α 1 = (η/β 1 )(β 2 + 0,039I t L d
2 ) + k φ /(β 1 ηE)
α 1 = 0,0035776 + 1,0336 / (40,419 .
0,001167 . 20500 )
α 1 =0,0046470723
α 3 = η(α 1 I y ηβ 3
2 /β 1 ) = 0,00117 (0,004647
. 28,201 0,00117 (28,335) 2 / (40,419))
α 3 =0,0001258402
finalmente o valor da tensão crítica, σ dist :
+
σ −
+
= φ
2
2
d
2
w
d
2
w
2
dist
d w
3
L b
L b
Et
11 , 1 1
) L 06 , 0 b ( 46 , 5
Et k
( )
( ) ( )
2 3 2
2 2 2
20500. 0, 265 1,11 17,70 25 91,985
1
20500 0, 265 25 91,985 5,46 25 0,06. 91,985
k φ
× ×
= × + +
σdist = (0,5E/Ad){α1 + α2 – [(α1 + α2) 2 4α3] 0,5 }
( ) { } 0,5 2
dist
0,5 20500 = 0,00465+ 0,03329 0,00465 + 0,03329 4 0,0001258
3,057
σ
× × ×
51
σ dist = 24,63 kN/cm 2
Exemplo 10 Cálculo da tensão crítica de
flambagem elástica à distorção do perfil Ue
150x60x20x2 mm submetido ao esforço de
momento fletor no plano perpendicular a alma:
Ue: b w =15 cm b f =6 cm D=2 cm t=0,2 cm
E= 20500 kN/cm2
1 Cálculo de σ dist [NBR 14762Anexo D]
NBR 14762 Anexo D4: Seções Ue e Ze sub
metidos a flexão em relação ao eixo perpendi
cular à alma
Propriedades geométricas da mesa e enri
jecedor:
A d = 1,454 cm
2 I x = 0,370 cm
4 I y = 4,7879 cm
4
I xy = 0,757 cm
4 I t = 0,01936 cm
4 C w = 0,00014
cm 6
h x = =3,4177 cm h y = 0,2504 cm x 0 = 2,05286
cm
y 0 = 0,24568 cm
Equação da tensão crítica de flambagem
elástica por distorção é dada por (eq. 5.1):
β 4 = β 2 = I x b f
2 = 0,370 . 6 2
β 4 =13,32612
β 2 =13,32612
comprimento teórico da semionda
na configuração deformada:
L d = 4,8(0,5I x b f
2 b w /t 3 ) 0,25
L d = 4,8(0,5 . 0,370 . 6 2 15 / 0,2 3 ) 0,25
L d =50,7469 cm
η = (π/L d )
2 = (π/50,7469) 2
η= 0,0038324789
β 1 = h x
2 + (I x + I y )/A d
β 1 = (3,4177) 2 + (0,370 + 4,7879) / 1,454
β 1 =15,22775
β 3 = I xy b f = 0,757 . 6
β 3 = 4,54386
σ dist deve ser calculada em primeira aproxima
ção com,
σ 1 = (h/b 1 )(b 2 + 0,039I t L d
2 )
α 1 = (0,0038324789/15,22775)( 13,32612+ 0,039 .
0,01936.( 50,7469) 2
α 1,1ªaprox = 0,0038432481
α 2 = h(I y 2 y o b 3 /b 1 ) = 0,0038324789 (4,7879 –
2(0,24568). 4,54386 / 15,227749)
α 2 = 0,018911515
α 3 = h(a 1 I y hb 3
2 /b 1 ) = 0,003832479
(0,003843248 . 4,7879 0,0038325 (4,5439) 2 /
(15,228))
α 3 = 0,0000506074
Para o primeiro cálculo de σ dist (considerando
k φ = 0 ):
σ dist = (0,5 . 20500/ 1,454).{ 0,003843+0,01891–
[(0,003843+0,01891) 2 –4,0 . 0,00005061 ] 0,5 }
α dist,1ªaprox = 35,22 kN/cm
2
coeficiente de mola à rotação:
k φ =3,10215 > 0 (ok!)
σdist = (0,5E/Ad){α1 + α2 – [(α1 + α2) 2 4α3] 0,5 }
+
σ
−
+
= φ
2
2
d
2
w
d
2
w
2
dist
d w
3
L b
L b
Et
11 , 1 1
) L 06 , 0 b ( 46 , 5
Et k
( )
( ) ( )
2 3 2
2 2 2
20500. 0, 2 1,11 35, 218 15 50,749
1
20500 0, 2 15 50,749 5, 46 15 0,06. 50,749
k φ
× ×
= × + +
52
Flambagem por distorção da seção transversal
α 1 = (η/β 1 )(β 2 + 0,039I t L d
2 ) + k φ /(β 1 ηE)
α 1 = 0,0038432481+ 3,10215 /
(15,2277496434. 0,0038324789.20500)
α 1 = 0,0064361959
α 3 = η(α 1 I y ηβ 3
2 /β 1 ) = 0,0038432
(0,00384325 . 4,7879 0,003843
(4,54386) 2 / (15,22775))
α 3 = 0,0000981869
σ dist = 67,27 kN/cm
2
σdist = (0,5E/Ad){α1 + α2 – [(α1 + α2) 2 4α3] 0,5 }
( ) { } 0,5 2
dist
0,5 20500 = 0,006436+ 0,01891 0,006436+ 0,01891 4 0,000098187
1,454
σ × × ×
53
55
Capítulo 6
Dimensionamento à tração
56
Dimensionamento à tração
Antes de adotar os valores das dimensões
dos perfis a serem utilizadas no projeto é ne
cessário estar atento aos limites geométricos
imposto pela norma em especial as relações
largura/espessuras máximas que consta no item
7.1 da NBR 14762:2001.
É apresentada na tabela 6.1 alguns dos
limites impostos pela norma quanto aos valores
máximos da relação larguraespessura:
Tabela 6.1 Valores máximos da relação
larguraespessura para elementos comprimidos
No dimensionamento a tração dos perfis
metálicos são necessários fazer dois tipos de
verificações: a primeira, denominada verifica
ção ao escoamento da seção bruta,
corresponde verificar se, ao longo da barra, as
tensões são menores que o limite de escoamen
to do aço. A segunda verificação, denominada
de verificação da capacidade última da seção
efetiva, é feita na região das ligações, onde exis
te a interferência dos furos para passagem dos
parafusos, que reduzem a área tracionada em
determinadas seções. A excentricidade da en
trada de carga de tração no perfil também é
considerada no dimensionamento. Na região da
ligação, onde o esforço normal é transmitido de
um elemento para outro, as tensões não são, no
caso geral, uniformes na seção. Sendo neces
sário introduzir um coeficiente na expressão do
esforço resistente que represente este efeito, C t .
O valor do coeficiente C t é obtido empiricamente
e a NBR 14762:2001 apresenta tabelas para
sua obtenção. A verificação da capacidade últi
ma da seção efetiva é feita com a tensão última
de ruptura a tração do aço, f u , pois permitese
plastificação na seção para a distribuição das
tensões.
As peças tracionadas não devem ter
índice de esbeltez superior a 300:
r – raio de giração
L – comprimento da barra
k – coeficiente para comprimento de flambagem
A força normal de tração resistente de cál
culo N t,Rd deve ser tomada como o menor valor
entre as equações 6.1 e 6.2:
N t,Rd = Af y / γ com γ = 1,1 (eq. 6.1)
N t,Rd = C t A n f u / γ com γ = 1,35 (eq. 6.2)
A área bruta da seção transversal da barra;
A n área