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Trabalho de Conclusão de Curso i ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE E A CONTRIBUIÇÃO PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON Instituição Acadêmica: Universidade Norte do Paraná Curso: Bacharelado em Educação Física Docente: Rebeca Costa Silva Orientador: Bruno Jose Frederico Pimenta Cidade: Cachoeiro de Itapemirim – ES Ano:2024 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METODOLOGIA CRONOGRAMA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INTRODUÇÃO O exercício físico é um fator determinante no sucesso do processo de envelhecimento e na manutenção das atividades de vida diária, ou seja, na qualidade de vida. De acordo com Franchi; Montenegro (2005), o envelhecimento é entendido como um fenômeno fisiológico que pode envolver um comportamento social ou cronológico. Vivemos numa sociedade que, por razões diversas, é sedentária, onde imaginamos ser normal passar 12 horas por dia sentado, o que, a longo prazo pode trazer consequências negativas à saúde. (WEINECK, 2003). Diante desse quadro, podem surgir doenças, algumas delas de causa ainda desconhecida como o Mal de Parkinson, segunda doença neurodegenerativa mais comum, que afeta cerca de 1% da população (LENT, 2001 ). Diversos estudos mostram que a atividade física não leva ao desaparecimento da doença, porém, pode retardar sua progressão, principalmente no que diz respeito à rigidez muscular e lentidão dos movimentos (Hauser & Zesiewicz, 2001; Shepard, 1998; Kuroda et al., 1992). Além disso, segundo Shankar (2002) melhora a sensação de bem-estar e o estado funcional do paciente. INTRODUÇÃO FORMULAÇÃO DO PROBLEMA : O presente projeto antecede que são inúmeros os benefícios da atividade física, e do exercício físico para melhora na qualidade de vida de indivíduos da Terceira Idade portadores da Doença de Parkinson. Dessa forma a pergunta que norteia esse estudo é se o paciente consegue através destes, obter uma boa relação entre a doença e uma vida com menos limitações e mais ativa? JUSTIFICATIVA A justificativa para este trabalho é ter um embasamento dos estudos feitos relacionados à temática e com isso agregar informações importantes para os profissionais da área de Educação Física, pois a realidade da população é envelhecer se tornando sedentários e tornar este processo mais saudável é responsabilidade deste profissional, por isto há uma necessidade de estruturação de programas que enfatizem a prática da atividade física e sua aderência, principalmente por meio da motivação intrínseca e extrínseca. Visto que a literatura relata que esta doença de Parkinson é responsável pela diminuição gradativa de funcionalidade e autonomia, levando à dependência e à morte. Tendo a atividade física um papel importante na vida dos idosos, buscamos através de revisão bibliográfica, fontes para subsidiar tal afirmação. Constatamos que existem poucos trabalhos científicos na área de Educação Física, havendo a necessidade de complementação através de fontes de outras áreas da saúde. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: O estudo tem como objetivo mostrar como a atividade física pode auxiliar no tratamento de indivíduos com Doença de Parkinson, uma vez que o exercício físico estimula a coordenação motora desses indivíduos OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Verificar os benefícios do exercício físico e da atividade física para a melhora na qualidade de vida de indivíduos da Terceira Idade com Parkinson; - Identificar a relação entre a atividade física e a Doença de Parkinson, demonstrando seus benefícios, importância e meios a serem utilizados em um tratamento que vise promover uma melhora na qualidade de vida do portador; - Verificar possíveis efeitos dos exercícios físicos aeróbicos e resistidos sobre a coordenação motora e equilíbrio em indivíduos com Parkinson. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ENVELHECIMENTO O envelhecimento refere-se ao processo ou grupo de processos que ocorre (em) no organismo vivo que, com a passagem dos anos, conduz (em) à perda de adaptabilidade, ao declínio funcional e a eventual morte (Spirduso, Francis & MacRae, 2005). Corazza (2001) utiliza quatro indicadores para avaliar a idade: O primeiro diz respeito à Idade Cronológica que é expressa pelo número de anos ou meses desde o nascimento; esse critério é independente, ou seja, não leva em consideração fatores fisiológicos, psicológicos e sociais; O segundo indicador diz respeito à Idade Biológica onde enfoca o envelhecimento através de mudanças nos processos biológicos ou fisiológicos e suas consequências no comportamento do indivíduo; O terceiro é a Idade Psicológica que se refere às capacidades individuais envolvendo dimensões mentais ou função cognitiva, como autoestima e autossuficiência, assim como aprendizagem, memória e percepção; E o quarto e último, a Idade Social que se refere à noção de sociedade muitas vezes com expectativas rígidas do que é e do que não é um comportamento apropriado para o indivíduo daquela faixa etária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SEDENTARISMO Caracterizado pela falta ou baixo nível de prática de Atividades Físicas diárias, seja nas tarefas quotidianas (obrigações domésticas, transporte, trabalho, lazer) seja nas programadas (Atividade Física organizada) (Werk et al., 2009). Sabe-se que a inatividade física / sedentarismo leva a uma regressão da capacidade de funcionamento de diversos órgãos do nosso corpo, sendo o sistema muscular aquele que mais se ressente. Não havendo movimento e exercícios adequados, os músculos simplesmente atrofiam. O hábito da prática de atividade física proporciona ao idoso estilo de vida saudável, preservando autonomia e liberdade para tarefas cotidianas, resultando em independência prolongada. Apresenta relevância perante o decréscimo de pontos negativos ocasionados pelo envelhecimento nos processos fisiológicos e psicológicos minimizando riscos ao estresse, depressão e perda da capacidade funcional. A inatividade física nesse grupo ainda é predominante. Dentre os diversos motivos destacam-se fragilidade, medo de sofrer quedas, falta de orientações e estímulos por parte da família, comunidade ou profissionais da saúde, desenvolvimento de atividades ou exercícios físicos regulares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A DOENÇA DE PARKINSON A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado principalmente com a função de coordenação dos movimentos. (Hauser & Zesiewicz, 2001) Sendo uma doença neurológica, o Parkinson se dá porque algumas células nervosas que se encontram em uma parte do cérebro conhecida como substâncias negras começam a se desfalecer antes do esperado. Tais células produzem dopamina, substância esta que é responsável por enviar mensagens à coluna vertebral e ao cérebro que são responsáveis pelo controle dos movimentos (OXTOBY, WILLIAMS, 2001). A doença de Parkinson ocorre com grande prevalência em indivíduos idosos. Em média estima-se de 100 a 150 casos para cada 100 mil pessoas. Inicia-se geralmente por volta dos 60 anos de idade e acometem ambos os sexos. Quando a doença se manifesta antes dos 40 anos é denominada parkinsonismo precoce. Em indivíduos jovens, com idade inferior a 21 anos é denominada parkinsionismo juvenil. Quanto mais jovem for o paciente com os sintomas da doença, maior será a possibilidade de haver um componente genético envolvido. (Teive, 2000; Andrade et al, 1998). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE Filho (2006, p.74) define atividade física para idosos como “o fenômeno biológico que envolve a contração muscular”. O autor utiliza esta definição para distinguir o exercício do movimento, pois segundo ele, nos idosos, os movimentos podem ser ilimitados (devido à dor ou paralisia), mas não significa que não possam realizar o que designa por “contrações isométricas” com efeitos na atrofia muscular imobilidade. Os benefícios associados à saúde em decorrência da prática de atividade física ocorrem mesmose esta for iniciada em uma fase tardia da vida; por sedentários ou por portadores de doenças crônicas (CAROMANO et al., 2006). Um programa de exercícios físicos bem direcionados e eficientes para os idosos atuará como forma de prevenção e reabilitação da saúde do idoso e deve ter como meta a melhora da capacidade e aptidão física do indivíduo que pode ser aprimorada, mantida ou, pelo menos, desacelerado o seu declínio (MAZO, 2007; LACOURT & MARINI, 2006; REBELATTO, 2006; RESENDE, 2008). E antes de iniciar a prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica com o objetivo de se observar seu estado nutricional, uso de medicamentos e suas limitações físicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA A PORTADORES DA DOENÇA DE PARKINSON Os benefícios da prática de atividade física regular e com orientação adequada são amplamente reconhecidos e contribuem para uma melhor qualidade de vida. No paciente com Parkinson os exercícios tem importância adicional visando não só os aspectos motores, como também os aspectos psicológicos e sociais. A atividade física não leva ao desaparecimento da doença, porém, pode retardar sua progressão, principalmente no que diz respeito à rigidez muscular e lentidão dos movimentos (Hauser & Zesiewicz, 2001; Shepard, 1998; Kuroda et al., 1992). Além disso, segundo Shankar (2002) melhora a sensação de bem-estar e o estado funcional do paciente. De acordo com estudos a pratica de Atividade Física proporciona grandes benefícios aos indivíduos com doença de Parkinson. As Atividades devem ser regulares, pois a melhora tende a desaparecer se o mesmo para de realizar os exercícios (COMELLA et al, 1994 apud AZEVEDO et al, 2006). Os exercícios físicos que trabalham principalmente força e equilíbrio contribuem para a diminuição das quedas em indivíduos com a Doença de Parkinson, pois, as quedas são um grande problema na vida de pessoas com distúrbios do movimento como os doentes de Parkinson (CANNING et al, 1997 apud SOARES, TARTARUGA, 2010). METODOLOGIA A pesquisa foi caracterizada pela investigação do tipo bibliográfica. Segundo Marconi & Lakatos (1988), a pesquisa bibliográfica tem como finalidade "colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito [...] sobre determinado assunto" (p.57-58). As principais fontes utilizadas para esta pesquisa foram livros específicos, dissertações e teses, artigos de revistas cientificas e pesquisa via internet. Os instrumentos que serão utilizados se pautarão em informações descritivas investigadas em livros e trabalhos acadêmicos retirados de fontes eletrônicas, através de consulta a dados e informativos, de modo que se possam encontrar respostas acerca de como o exercício físico pode auxiliar no tratamento de indivíduos com Doença de Parkinson. Foram pesquisados revistas de artigos científicos e livros relacionados ao tema, com as palavras chave: Envelhecimento, Terceira Idade, Mal de Parkinson, Exercício, Educação Física e Atividade Física. Infelizmente poucas publicações que relacionavam a atividade física e o Doença de Parkinson foram encontradas, por isso, utilizamos artigos e textos de áreas da saúde como a Fisioterapia, Educação Física e Medicina. CRONOGRAMA ETAPAS FEV MAR ABR MAI JUN Elaboração do projeto X X X X Revisão de literatura X X X Apresentação do projeto X Conclusão e redação X X Correção ortográfica X Entrega X REFERÊNCIAS AZEVEDO, Rafael de. Atividade Física e Doença de Parkinson: Uma Revisão de Literatura. Campinas, SP, 2006 arquivo PDF. Disponível em: Acesso em: 12/05/2024. CAROMANO, F. A.; IDE, M. R.; KERBAUY, R. R. Manutenção na prática de exercícios por idosos. Revista do Departamento de Psicologia UFF, Niterói, v. 18, n. 2, p. 177-192, jul./dez. 2006. CORAZZA, M. A. Terceira Idade & Atividade Física. 1. ed., São Paulo: Phorte, 2001. FILHO, W. J. Atividade física e envelhecimento saudável. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Brasil. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.73-77, set. 2006. Suplemento n.5. Disponível em: http://www.usp.br/eef/xipalops2006/20_Anais_p71.pdf. Acessado em:17/05/2024. FRANCHI, B. M. K; MONTENEGRO, M. R. Atividade Física: uma boa necessidade para a terceira idade. Fortaleza: Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2005. HAUSER R. A doença de Parkinson - perguntas e respostas. Espanha: Merit, 2000. LENT, Robert. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais da neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001. REFERÊNCIAS MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso. Concepção gerontológica. 2. ed., Porto Alegre: Sulina, 2004 MAZO, G. Z. et al. Aptidão física, exercícios físicos e doenças osteoarticulares em idosos. Revista Bras. Ativ. Fis. e Saúde. Pelotas/RS, 17(4):300-306 • Ago/2012 OXTOBY, Marie; WILLIAMS, Adrian. Tudo sobre doença de Parkinson: respostas às suas dúvidas. São Paulo: Andrei, 2000. REBELATTO, J. R. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 10, n.1, p. 127-132, 2006. SHANKAR. Kamala. Prescrição de Exercícios. Rio de Janeiro: Guanabara. 2002. SPIRDUSO, W., Francis, K. & MacRae, P. (2005). Physical dimensions of aging. Second Edition. Champaing, IL: Human Kinetics, Inc. TEIVE, Helio Afonso Ghizoni. Doença de Parkinson: Um Guia Prático para Pacientes e Familiares. São Paulo: Lemos 2000. WEINECK,J. Treinamento ideal. 9ed. São Paulo,Manole,1999. image2.jpg