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FICHAMENTO NOME: Maicon Avanço RA: 20013285 Tema: A Mediação, Princípios da Mediação e Procedimento da Mediação 1. CONCEITO DE MEDIAÇÃO A mediação é um método alternativo de resolução de conflitos em que um terceiro imparcial, o mediador, facilita o diálogo entre as partes para que cheguem a uma solução consensual. Esse procedimento se destaca por promover uma solução colaborativa, preservando a relação entre os envolvidos e garantindo maior autonomia na tomada de decisões. 2. PRINCIPIOS DA MEDIAÇÃO 2.1. Imparcialidade do Mediador: O mediador não deve favorecer nenhuma das partes e deve atuar de forma neutra durante todo o processo, garantindo um ambiente de igualdade e confiança. 2.2. Confidencialidade: Todas as informações trocadas durante o procedimento são sigilosas. Esse princípio visa assegurar que as partes possam falar abertamente, sem medo de exposição. 2.3. Autonomia das Partes: As partes têm o controle sobre o processo e a solução do conflito. O mediador auxilia, mas não decide ou impõe um acordo, garantindo que a decisão final seja de consenso. 2.4. Informalidade: A mediação não segue rigorosamente os ritos processuais formais, o que permite maior flexibilidade e agilidade. Esse ambiente informal facilita o diálogo e torna o processo mais acessível. 2.5. Voluntariedade: A mediação é um processo voluntário, em que as partes optam por participar e têm o direito de desistir a qualquer momento, preservando o caráter consensual do método. 2.6. Oralidade: O procedimento de mediação se baseia principalmente na comunicação verbal, promovendo uma interação direta entre as partes e facilitando a construção de entendimento mútuo. 3. PROCEDIMENTO DA MEDIAÇÃO 3.1. Início e Preparação: As partes são convidadas a participar da mediação e têm a oportunidade de escolher o mediador, geralmente com a ajuda da instituição responsável pelo procedimento. Uma reunião inicial é realizada para explicar as regras do processo e esclarecer o papel do mediador e das partes envolvidas. 3.2. Sessões de Mediação: As partes se reúnem em sessões conduzidas pelo mediador, que facilita o diálogo, incentivando a comunicação aberta e respeitosa. O mediador utiliza técnicas específicas para ajudar as partes a identificar os pontos principais do conflito e a explorar opções para resolvê-lo. 3.3. Construção do Acordo: Ao longo das sessões, as partes discutem possíveis soluções e, com o auxílio do mediador, negociam os termos do acordo. Se um consenso é alcançado, um termo de acordo é redigido e assinado, tornando-se um documento que pode ter força de título executivo extrajudicial, dependendo do contexto e da homologação. 3.4. Encerramento: A mediação é concluída com a assinatura do acordo, caso as partes tenham chegado a um consenso. Se não houver acordo, as partes podem buscar outras formas de resolução, como a arbitragem ou o processo judicial, sem que as informações discutidas na mediação sejam usadas contra qualquer uma delas. 4. LEGISLAÇÃO APLICAVEL No Brasil, a mediação é regulamentada pela Lei nº 13.140/2015 (Lei de Mediação), que estabelece as diretrizes para a prática de mediação judicial e extrajudicial. A lei define o papel do mediador, os direitos e deveres das partes e as etapas do procedimento. A mediação também está prevista no Código de Processo Civil (CPC/2015), que incentiva métodos de solução consensual, promovendo o uso da mediação no início do processo judicial. 5. CONTRIBUCO DA MEDIAÇÃO PARA O SISTEMA JURÍDICO Desafogamento do Judiciário: A mediação oferece uma alternativa eficaz e menos custosa ao processo judicial, ajudando a reduzir o número de ações nos tribunais. Preservação das Relações: Por ser um processo menos adversarial, a mediação contribui para manter relações sociais e comerciais, essenciais em muitos tipos de conflitos, especialmente familiares e empresariais. Empoderamento das Partes: A mediação promove a autonomia e a responsabilidade das partes na construção de uma solução, estimulando a cidadania ativa e a resolução pacífica de disputas. A mediação se mostra um instrumento valioso para a solução de conflitos, promovendo a paz social e o acesso à justiça. A adoção dos princípios de mediação no âmbito jurídico brasileiro representa um avanço na busca por soluções mais humanas, eficientes e sustentáveis.