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Pesquisa academica-DIREITO processual civil III Professor Juliano Vieira Alves Aluno-pedro henrique carvalho da silva PESQUISA ACADÊMICA- 1. O que é o princípio dispositivo? • R- Princípio Dispositivo: Refere-se à autonomia das partes para dirigir o processo civil, decidir o objeto da demanda e influenciar a condução do processo. • Início da Ação: As partes iniciam o processo e definem os limites do pedido. • Limitação ao Pedido: O juiz decide conforme o pedido das partes e não pode decidir além do que foi solicitado. • Previsão no CPC: Está refletido em diversos artigos do Código de Processo Civil, que reconhecem e regulamentam a autonomia das partes no processo. 2. A denominada “vontade impugnante” liga-se a qual efeito do recurso? Explique R- A "vontade impugnante" está ligada ao efeito devolutivo do recurso, pois representa a intenção da parte de contestar e alterar a decisão judicial anterior. O efeito devolutivo permite que a decisão seja reavaliada pelo tribunal superior, com base nas alegações e argumentos da parte que interpôs o recurso. Esse mecanismo é fundamental para garantir a revisão das decisões judiciais e assegurar que as partes tenham a oportunidade de contestar decisões que consideram injustas ou incorretas. 3. Que relação há entre o princípio dispositivo e o efeito devolutivo? Explique. • R- Princípio Dispositivo: Refere-se à autonomia das partes para dirigir o processo e definir o objeto e limites do pedido. • Efeito Devolutivo: Refere-se à devolução da decisão ao tribunal superior para uma nova análise conforme as alegações da parte recorrente. • Relação: O princípio dispositivo garante que o tribunal superior revise a decisão conforme o que foi solicitado pelas partes no recurso, alinhando a atuação das partes e a revisão judicial com as alegações feitas e os limites definidos no processo. 4. Fale sobre a extensão e sobre a profundidade do efeito devolutivo. • R- Extensão do Efeito Devolutivo: Refere-se ao alcance da revisão que o tribunal superior pode realizar, limitada ao que foi solicitado no recurso. O tribunal não pode decidir além do pedido da parte recorrente. • Profundidade do Efeito Devolutivo: Refere-se à profundidade da análise realizada pelo tribunal superior, que pode variar conforme o tipo de recurso. Em geral, o tribunal não reexamina fatos e provas, concentrando-se na análise jurídica e legal. 5. É possível impugnar parte de uma decisão? (1.002) O que ocorre com a parte não impugnada? • R- Possibilidade de Impugnação Parcial: É permitido impugnar apenas parte da decisão judicial, conforme o art. 1.002 do CPC. • Parte Impugnada: O tribunal superior revisará e poderá modificar apenas a parte impugnada da decisão. • Parte Não Impugnada: A parte da decisão não impugnada se torna definitiva e imutável, produzindo efeitos conforme decidido pela instância inferior. 6. O que é reformatio in pejus? Ela é permitida no ordenamento jurídico brasileiro? Explique. • R- Reformatio in Pejus: É a alteração de uma decisão para piorar a situação da parte que interpôs o recurso. • Proibição: No ordenamento jurídico brasileiro, a reformatio in pejus é, em regra, proibida em apelação e em recursos especiais e extraordinários. O recurso não deve resultar em uma decisão mais desfavorável para o apelante do que a decisão original. • Exceções: A aplicação do princípio da reformatio in pejus pode ocorrer em situações específicas e controladas, mas deve ser feita com cautela para evitar injustiças. 7. O que é o efeito translativo? Pode o órgão ad quem julgar fora do que consta das razões do recurso? • R- Efeito Translativo: É o efeito que permite ao tribunal superior revisar questões além das alegações feitas nas razões do recurso, abrangendo questões essenciais para a decisão correta do caso. • Julgamento Fora das Razões: O tribunal pode considerar e corrigir erros que não foram explicitamente alegados no recurso, mas deve respeitar os limites do pedido recursal e não decidir de forma totalmente diferente do que foi solicitado pelas partes. 8. Quais os requisitos para a suspensão da decisão recorrida em sede de recurso? (995, §ún) R- Requisitos para a Suspensão: Perigo de Dano Grave e Difícil Reparação: Demonstrar que a decisão recorrida, se executada, causará prejuízos significativos e irreparáveis. Probabilidade do Direito Alegado: Mostrar que o recurso tem fundamentos sólidos e a probabilidade de sucesso é razoável. Relevância do Fundamento: Provar que a razão para o recurso é relevante e justifica a suspensão da decisão. 9. Qual a competência para apreciação de pedido de tutela provisória recursal? • R- Competência: A competência para apreciar pedidos de tutela provisória recursal é do tribunal que está julgando o recurso. • Fundamentos Legais: Art. 1.012, § 4º e Art. 1.051, § 3º do CPC determinam que o tribunal responsável pela decisão do recurso também decide sobre a tutela provisória recursal. • Decisão: O tribunal deve avaliar se os requisitos de urgência e a probabilidade do direito estão presentes para conceder a tutela provisória. 10. O que difere o efeito suspensivo ope legis do efeito suspensivo ope judicis? Explique. • R- Efeito Suspensivo Ope Legis: Automaticamente concedido pela lei, não requer decisão judicial adicional (e.g., apelação). • Efeito Suspensivo Ope Judicis: Concedido por decisão do juiz ou tribunal, após análise e pedido específico (e.g., recursos especial e extraordinário). 11. Em um recurso possível o afastamento, ope judicis, de efeito suspensivo previsto ope legis? Explique. • R- Efeito Suspensivo Ope Legis: Concedido automaticamente pela lei ao interpor um recurso, suspendendo a execução da decisão recorrida. • Afastamento pelo Tribunal: O CPC permite que o tribunal afaste o efeito suspensivo ope legis se houver fundamentos que justifiquem a execução imediata da decisão, mesmo com o recurso interposto. • Pedido e Decisão: A parte pode solicitar ao tribunal o levantamento da suspensão automática, e o tribunal decidirá com base nas circunstâncias do caso. 12. O que é o cumprimento provisório de uma sentença? Explique (520 e 1.012, §2º) • R- Cumprimento Provisório: É a execução de uma sentença antes que ela transite em julgado, permitido quando não há risco de dano irreparável e o tribunal decide que há urgência. • Artigos Relevantes: Art. 520 do CPC e Art. 1.012, § 2º do CPC estabelecem as condições e procedimentos para o cumprimento provisório. • Objetivo: Garantir que a parte vencedora comece a ver os efeitos da sentença rapidamente, minimizando possíveis prejuízos devido à demora. 13. Explique o procedimento do efeito suspensivo na APC (1.012, §3º c/c 299, §ún.) • R- Efeito Suspensivo Automático: Em regra, a apelação tem efeito suspensivo ope legis, significando que a execução da decisão é suspensa automaticamente. • Exceções e Decisões Interlocutórias: Para decisões interlocutórias, o efeito suspensivo não é automático e deve ser solicitado ao relator, que decidirá sobre a concessão com base nas circunstâncias do caso. • Art. 1.012, § 3º e Art. 299, § único: O primeiro artigo regula o efeito suspensivo geral da apelação, enquanto o segundo artigo trata da necessidade de pedido e decisão sobre o efeito suspensivo em casos de decisões interlocutórias. 14. O que difere o efeito expansivo (ou extensivo) objetivo da denominada extensão subjetiva dos efeitos do julgamento do recurso? Explique (1.005). • R- Efeito Expansivo (ou Extensivo) Objetivo: Ampliação dos efeitos da decisão para cobrir todos os aspectos e questões do processo relacionados ao recurso, conforme previsto no Art. 1.005 do CPC. • Extensão Subjetiva: Aplicação dos efeitos da decisão a outras partes ou situações não originalmente envolvidas no processo, afetando casos semelhantes ou pessoas com interesse na decisão. 15. O que éo efeito regressivo? Quais as hipóteses de cabimento desse efeito no CPC? Explique-as. • R- Efeito Regressivo: Permite que o tribunal revise e decida sobre questões que foram decididas anteriormente, com base em sua decisão sobre a nulidade ou outros problemas da decisão de primeira instância. • Cabimento no CPC: • Art. 1.005: Quando o tribunal declara a decisão de primeira instância nula, ele pode voltar a decidir o mérito ou devolver o processo para novo julgamento. • Art. 1.013, § 3º: Quando o recurso não é conhecido, o tribunal pode decidir o mérito ou devolver o processo ao juiz de origem para novo julgamento.