Metodologia do Direito II (Aula 4)

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Rio de janeiro, 10 de setembro de 2013
Metodologia do Direito II
Obs.: Texto de Noberto Bobbio (Direitos do Homem) + Jurista Karel Vasak, 1979
Direitos Fundamentais
Conjunto de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o abuso do poder do Estado e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana.
Obs.: A dignidade é fundamento do Estado brasileiro. A partir dela se constituem todos os direitos fundamentais.
Características dos Direitos do Homem por Bobbio:
Direitos históricos, circunstanciais. E o problema não é de fundamento, mas promoção, sua efetividade.
Sujeito dos Direitos Fundamentais
Direitos Humanos? Direitos do homem? Direitos fundamentais?
Todas essas denominações querem dizer a mesma coisa: conjunto de direito políticos, civis, sociais, econômicos e culturais garantidos pelo Estado a todos os cidadãos – os sujeitos.
“Direito do homem, democracia e paz são três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos.” (BOBBIO)
1 – Dimensão dos Direitos Civis e Políticos
→ Direitos políticos e civis: relativos à liberdade (de locomoção, de pensamento, de reunião, de associação, de profissão, de ação sindical, de greve) do ser humano.
→ Consagra os direitos individuais.
→ Direitos de defesa contra o estado (direitos negativos: intrvenção mínima do poder estatal nasrelações privadas).
→ Estado liberal de Direito.
Os primeiros direitos humanos, entre o século XVII e o XVIII foram civis, isto é, associados a um cidadão que seria, também, proprietário.
É o direito de ir e vir, o de manter apropriedade, o de só pagar impostos votados, o de assinar contratos, o de não viver atemorizado por um governo caprichoso e arbitrário.
Depois, entre o século XVIII e XIX, crescem os direitos políticos. Aqui estão os direitos de voto, de expressão do pensamento, de organização política.
Os homens deizam de ser súditos, isto é, subordinados às decisões de um rei e passam a ser realmente cidadãos, ou seja, sujeitos que decidem o que a cidade (= o Estado) vai fazer.
“No plano história, sustento que a afirmação dos direitos do homem deriva de uma radical inversão de perspectiva, característica da formação do Estado moderno, na representação da relação política, ou seja, na relação Estado/cidadão ou sobenrado/súditos: relação que é encarada, cada vez mais, do ponto de vista dos direitos dos ciadadãos não mais súditos, e não do ponto de vista dos direitos do soberano [...]” (BOBBIO)
2 – Dimensão Dos Direitos Sociais Culturais e Econômicos