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Questões resolvidas

(Enade 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5.
Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária.
AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações).
Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmacoes que se seguem.
I. A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão além da significação das palavras que o compõem.
II. A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas.
III. A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação de palavras.
IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
É correto apenas o que se afirma em


II, III e IV.
X I e III.
I, III e IV.
I e II.
II e IV.

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Questões resolvidas

(Enade 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5.
Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária.
AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58 (com adaptações).
Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmacoes que se seguem.
I. A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos que vão além da significação das palavras que o compõem.
II. A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas.
III. A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação de palavras.
IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
É correto apenas o que se afirma em


II, III e IV.
X I e III.
I, III e IV.
I e II.
II e IV.

Prévia do material em texto

Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 1/12
CAROLINA FRANCISCA
CANDIDO DURÃO
Avaliação Online (SALA EAD) - Capitulos/Referencias 1,2,3,4,5,6
Atividade finalizada em 29/12/2024 22:30:58 (2640412 / 1)
LEGENDA
Resposta correta na questão
# Resposta correta - Questão Anulada
X Resposta selecionada pelo Aluno
Disciplina:
TEORIA LITERÁRIA [1299155] - Avaliação com 20 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - 1,2,3,4,5,6]
Turma:
Segunda Graduação: Licenciatura em Letras - Português e Inglês p/ Licenciados - Grupo: SETEMBRO/2024 - SGice0A040924 [142184]
Aluno(a):
91559282 - CAROLINA FRANCISCA CANDIDO DURÃO - Respondeu 11 questões corretas, obtendo um total de 27,50 pontos como nota
[370631_28]
Questão
001
(Enade 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as
palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre
uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de
palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o
discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das
palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios,
um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de
tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do
texto literário.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5.
Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos
e as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem
usual em linguagem literária.
AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58
(com adaptações).
Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações que se seguem.
I. A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de
elementos que vão além da significação das palavras que o compõem.
II. A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de
palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas.
III. A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação
de palavras.
IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação,
mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
É correto apenas o que se afirma em 
II e IV.
I e II.
I, III e IV.
II, III e IV.
X I e III.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 2/12
[370631_43]
Questão
002
A Barata
ABERTO O ENVELOPE, SUSTO: a barata dentro dele, imóvel, expectante, sobre o
cartão!
Quem foi que teve ideia dessa brincadeira repulsiva! E como conseguiu que
passasse pelo Correio sem esmagar a barata? Por que ela está viva, vivinha da silva
& santos. Não se mexe é de sabida.
-Joga fora essa imundice! Ou antes, não jogue...
Esta é uma barata de lei, com cerca de 150 anos de existência. Criação verista de
Debret, sua reprodução na capa do convite para a exposição de inéditos do artista é
de tal modo convincente que engana qualquer um.
[..]
Barata ao vivo é nojenta, chinele-se a bicha. Barata pintada é arte. Maçã na casa de
frutas, ferra-se o dente ou açucara-se em torta, vita brevis, re não se fala mais nisso!
A maça de Cézanne, mas para que a maça? As cebolas de Cézanne, e mais a
garrafa de rouge, o copo com vinho pela metade, a rolha, a faca, a toalha embolada,
em Nature morte aux Oignos, refutam o princípio de destruição inevitável das
formas, pelo menos enquanto o quadro existir.
Ideias velhas, barata nova. Debret foi mais documentarista do que criador, mas nem
por isso sua barata é menos criação. Porque Debret pegou do bicho imundo e disse:
-Agora vou te dar vida longa, maior que a minha, vou te representar. Representar é
ser outra vez, e mais. Tudo quanto posso fazer por mim, e por nós, é fazer-te e
fazer-me. Representando-me, e aos objetos e cenas a que assisto (coroação, fira,
inseto), asseguro a tudo a mais valia de uma vida suplementar, que se chama vida
das figuras, das aparências, que são mais do que as essências, pois estas se
evolam, e a aquelas persistem. Entendeste?
[...] -Pensando melhor, a essência está na aparência, que nos propicia o
conhecimento imediato do cosmo. O resto é imaginação ou confirmação. Ês
habitante vil de um planeta confuso, que adotou padrões de classificação baseados
em nada. Vil por quê? Por que assim te rotularam? Que achas das criaturas que te
rotulam, ó barata minha?
[...] Sei que a representação é completa e fiel, tão fiel, tão vera, que a representação
de representação, no convite, fez uma senhorita jogas fora o papel e envelope, e
correr para lavar as mãos:
-Ui, que horror! Uma baratona.
-Calma, ela é pintada.
-E daí? Pareceu mais real que uma verdadeira!
O maior elogio a Debret, que já ouvi.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Barata. In: Poesia e Prosa. Rio de Janeiro. Ed. Nova Aguilar,
1983. P. 1438-1439).
Aristóteles defende a mímeses não como uma cópia imperfeita do real como fizera
Paltão, mas como uma representação de uma realidade. Como o conto de
Drummond ratifica esta ideia?
Ao criticar a pintura realista de Debret de uma barata
X Ao mostrar que a representação feita pela arte pode suplantar o modelo real.
Ao mostrar que representação da barata não se assemelha ao real.
Ao demonstrar que a essência estará sempre no real, nunca na representação.
Ao questionar o princípio da verossimilhança na representação artística.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 3/12
[370631_56]
Questão
003
(Enade 2014) Leia os textos abaixo
Texto 1
Ainda quando se defende a existência de "uma escrituralidade literária", herdeira, em
certo sentido, do conceito de "literariedade", utilizado pelos formalistas russos, a
questão da especificidade do discurso literário esbarra em entraves complicados e
quase sempre obriga o estudioso a trilhar caminhos que podem desviá-lo do seu
objeto de análise. Isso explica, por exemplo, a possibilidade de haver excelentes
teóricos da literatura que sejam incapazes de ser leitores "desarmados" de literatura;
que possam deixar de lado a teoria e "entrar no texto", confundir-se com
personagens que transitam no palco literário. Se, de fato, parece ser problemático
definir literatura pelo que ela é – e sua existência está comprovada por uma tradição
e pela multiplicidade de obras que mantêm viva essa tradição –, talvez seja mais
prudente concordar com a existência de um "estatuto do literário" que, por vezes, se
vale de critérios externos ao texto mais do que de uma observação minuciosa de sua
produção.
(Disponível em: http://www.pucminas.br . Acesso em: 28 jul. 2014 (adaptado)
Texto 2
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre.
(BANDEIRA, M. A cinza das horas. 1917).
A partir dos textos citados, assinale a opção que apresenta a relação entre a
especificidade da linguagem literária e a crítica literária.
A partir de leituras críticas do poema de Manual Bandeira, é possível fruí-lo melhor,
pois a crítica literária não deixa nada descoberto.
Os critérios de classificação propostos pela crítica e pelos teóricos da literatura
permitem ao leitor uma fruição mais prazerosa do poema de Manuel Bandeira.
Para facilitar a leitura e permitir fruição estética mais intensa ao leitor, os críticos
literários mostram a morfologia do texto e as armadilhas que constituem a sua
estrutura
X Para que possa fruir esteticamente o poema de Manuel Bandeira, é necessário
A crítica literária, por não apontar caminhos precisos do processo de leitura do texto,
é ineficaz para a fruição e interpretação do poema de Manuel Bandeira.
[370631_3]
Questão
004
(INSTITUTO AOCP 2019 – adaptado)Pode-se afirmar que há uma multiplicidade de conhecimentos, desde aquele
conhecimento presente no cotidiano de cada indivíduo até aquele conhecimento
desenvolvido nas diversas instituições de ensino, bem como nas comunidades
científicas existentes no mundo em geral. Um modo didático e pedagógico de
compreender os conhecimentos em geral seria separá-los em dois grandes grupos:
senso comum e conhecimento científico.
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
O conhecimento científico é fragmentário, devido ao fato de haver uma distinção
entre as ciências humanas, as ciências formais e as ciências da natureza.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 4/12
Pode-se afirmar que o senso comum é unificador e objetivo.
O conhecimento científico diferentemente do senso comum é particular e subjetivo,
dependendo do ponto de vista individual e pessoal do cientista.
X
O senso comum é frequentemente subjetivo, porque depende do ponto de vista
individual e pessoal, pois pode ser condicionado por sentimentos ou afirmações
arbitrárias. Distinto disso, o mundo construído pela ciência aspira à objetividade.
O senso comum compõe as crenças e as superstições. Tendo isso em vista, trata-se
de um conhecimento equivocado. Em contrapartida, como a ciência visa
comprovações, dispensa-se a formulação de novos paradigmas científicos.
[370631_60]
Questão
005
Para V. Choklovisk a literatura deve produzir imagens poéticas que se diferenciem
das imagens corriqueiras. A obra de arte literária deve libertar-se do automatismo do
reconhecimento para provocar um estranhamento através da singularização da
imagem poética. Ciente disso, assinale a alternativa em que verifica uma imagem
poética:
“Pequenas canções me fazem feliz” (Aline Maciel)
“o amor é fogo que arde sem se ver” (Luís de Camões)
X Rio de neve em fogo convertido! (Gregório de Matos)
“Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá” (Gonçalves Dias)
“A febre deve estar assando Nicó” (Arthur Engrácio)
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 5/12
[370631_40]
Questão
006
Sobre mito da Caverna, de Platão é que:
I - Que aquele que conhece o mundo apenas através das sombras das formas, não
chegou a conhecer a verdade das coisas.
II - Que aquele que vê o mundo apenas através das sombras das formas, vê que as
formas correspondem aos objetos.
III – A literatura, como toda arte, é uma sombra distante três vezes da forma ideal. 
I, II e III.
I, apenas.
II e III, apenas.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 6/12
II, apenas.
X I e II, apenas.
[370631_32]
Questão
007
(Quadrix - 2018 - SESC-DF - Professor - Português)
De fato, antes procurava―se mostrar que o valor e o significado de uma obra
dependiam de ela exprimir ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto
constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou―se à posição oposta,
procurando―se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua
importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo―lhe uma
peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer condicionamentos,
sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje
sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma dessas visões
dissociadas; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa
interpretação dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que
explicava pelos fatores externos, quanto o outro, norteado pela convicção de que a
estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários
do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (no caso, o social)
importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que
desempenha um certo papel na constituição da estrutura, tornando―se, portanto,
interno.
Antonio Candido. Crítica e sociologia. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro:
Ouro sobre azul, 2010, p. 13 e 14.
A respeito das duas correntes teóricas de interpretação da obra literária
apresentadas no texto acima, assinale a alternativa correta.
A fusão de texto e contexto no processo interpretativo da obra significa,
necessariamente, o apagamento do contexto em favor das dimensões estéticas do
texto.
O texto defende a ideia de que a corrente crítica que privilegia a centralidade da
matéria social na obra de arte está ultrapassada e deve ser substituída pela
perspectiva crítica atenta aos jogos de linguagem.
De acordo com o texto, o essencial em uma obra literária é a expressão de
determinado aspecto concreto da realidade, independentemente de fatores estéticos.
Infere―se do texto que a abordagem crítica exigida pela obra de arte é aquela que
considera o trabalho estético de internalização dos dados externos na estrutura da
obra.
X
Uma interpretação dialeticamente íntegra implica na neutralidade do crítico, que não
deve assumir nem uma perspectiva sociológica nem uma abordagem esteticista.
[370631_7]
Questão
008
Platão no Livro X da República chega à conclusão que a literatura é nefasta para a
cidade ideal, devendo ser banida dela. Isso se dá devido a uma função da literatura
que segundo Platão não consegue ser plenamente exercida porque a arte, literária
ou não, não é consegue atingir a verdade. De que função do texto literário se trata?
X Da função imagética do texto literário.
Da função ética do texto literário.
Da função reflexiva do texto literário.
Da função estética do texto literário.
Da função educativa do texto literário.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 7/12
[370631_10]
Questão
009
A mimese para os poetas latinos era
sinônimo de verossimilhança.
a emulação de modelos autorais.
X a imitação de formas etéreas.
sinônimo de catarse.
a representação imagética do real.
[370631_27]
Questão
010
Texto 1
Ainda quando se defende a existência de "uma escrituralidade literária", herdeira, em
certo sentido, do conceito de "literariedade", utilizado pelos formalistas russos, a
questão da especificidade do discurso literário esbarra em entraves complicados e
quase sempre obriga o estudioso a trilhar caminhos que podem desviá-lo do seu
objeto de análise. Isso explica, por exemplo, a possibilidade de haver excelentes
teóricos da literatura que sejam incapazes de ser leitores "desarmados" de literatura;
que possam deixar de lado a teoria e "entrar no texto", confundir-se com
personagens que transitam no palco literário. Se, de fato, parece ser problemático
definir literatura pelo que ela é – e sua existência está comprovada por uma tradição
e pela multiplicidade de obras que mantêm viva essa tradição –, talvez seja mais
prudente concordar com a existência de um "estatuto do literário" que, por vezes, se
vale de critérios externos ao texto mais do que de uma observação minuciosa de sua
produção.
Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2014 (adaptado).
Texto 2: Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre.
(BANDEIRA, M. A cinza das horas. 1917)
A partir dos textos citados, assinale a opção que apresenta a relação entre a
especificidade da linguagem literária e a crítica literária. 
Os critérios de classificação propostos pela crítica e pelos teóricos da literatura
permitem ao leitor uma fruição mais prazerosa do poema de Manuel Bandeira.
A crítica literária, por não apontar caminhos precisos do processo de leitura do texto,
é ineficaz para a fruição e interpretação do poema de Manuel Bandeira.
X
Para que possa fruir esteticamente o poema de Manuel Bandeira, é necessário que
o leitor articule sua experiência de mundo com seus conhecimentos sobre a
literatura.
Para facilitar a leitura e permitir fruição estética mais intensa ao leitor, os críticos
literários mostram a morfologia do texto e asarmadilhas que constituem a sua
estrutura
A partir de leituras críticas do poema de Manual Bandeira, é possível fruí-lo melhor,
pois a crítica literária não deixa nada descoberto.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 8/12
[370632_11]
Questão
011
As poéticas clássicas eram imanentemente normativas, ou seja, estabeleciam
preceitos para o bom fazer literário. Na Poética de Aristóteles, por exemplo, verifica-
se como se deve fazer ou o como deve ser a obra literária de qualidade para que
suscite as emoções que deve suscitar. Como isso se dá nos latinos?
X
Nos latinos, a normatização surge da ideia de que para um poeta ser bem sucedido
precisa usar técnicas originais.
Nos latinos, não há normatização, posto haver o entendimento de que se um poeta
foi bem sucedido usando determinadas técnicas, o caminho para o sucesso dos que
haverão de vir é copiando-o.
Nos latinos, a normatização surge da ideia de que se um poeta foi bem sucedido
usando determinadas técnicas, o caminho para o sucesso dos que haverão de vir é
copiando-o.
Nos latinos, a normatização surge da recuperação dos preceitos Platônicos sobre a
arte mimética.
Nos latinos, não há normatização. As poéticas latinas são meras descrições de
obras literárias de seu tempo destacando a singularidade de cada uma.
[370632_12]
Questão
012
Após o século XVIII, os estudos literários parecem abandonar uma orientação
normativa e adotar uma orientação descritiva. Nesse sentido se destacam:
O biografismo de Sainte-Beuve e o estruturalismo.
X O Formalismo Russo e o Estruturalismo.
O biografismo de Sainte-Beuve e a crítica impressionista de Anatole France.
O estruturalismo e a crítica impressionista de Anatole France.
O historicismo e o estruturalismo
[370632_13]
Questão
013
No caso da cultura brasileira, quando se fala em história literária nas escolas, parece
que a referências básica são os chamados “períodos literários” (ou melhor, “estilos
de época”, como se costuma designá-los). Estes são mostrados com frequência
como entidades autoevidentes, evitando-se na maior parte das vezes todos os
problemas teóricos que a sua construção conceitual abriga (JOBIM, 2003, p. 126)
Que crítica é tecida neste trecho de José Luís Jobim?
A de que a periodização literária é apresentada na escola como uma linha do tempo
em que se catalogam obras e autores sequencialmente sem considerar as
implicações teóricas desta construção.
Na escola as obras literárias são abordadas sem conexão com os períodos literários
a que estão atreladas.
X
Na escola geralmente não se estudam os períodos literários ou estilos de época,
apenas textos literários soltos.
A de que a periodização literária é apresentada na escola como uma linha do tempo
em que obras e autores são apresentados a partir da problematização desta
construção de “estilo de época”.
A de que a periodização literária é apresentada na escola como uma linha do tempo
em que se catalogam obras e autores sequencialmente sem considerando as
implicações teóricas desta construção.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 9/12
[370632_9]
Questão
014
Ao que parece, duas causas, e ambas naturais, geraram a poesia. O imitar é
congénito no homem (e nisso difere dos outros viventes, pois, de todos, é ele o mais
imitador e, por imitação, apreende as primeiras noções), e os homens se comprazem
no imitado. Sinal disto é o que acontece na experiência: nós contemplamos com
prazer as imagens mais exactas daquelas mesmas coisas que olhamos com
repugnância, por exemplo, [as representações de] animais ferozes e [de] cadáveres.
(...) Efectivamente, tal é o motivo por que se deleitam perante as imagens: olhando
as, aprendem e discorrem sobre o que seja cada uma delas [e dirão], por exemplo,
‘este é tal’. Porque, se suceder que alguém não tenha visto o original, nenhum
prazer lhe advirá da imagem, como imitada, mas tão-somente da execução, da cor
ou qualquer outra causa da mesma espécie. (Aristóteles. A poética. Cap. IV – 1448b)
Segundo Aristóteles porque o homem se deleita pela representação de coisas
repugnantes nas artes?
Porque a representação literária nunca é verossímil.
Porque como o leitor sabe que a arte não representa a verdade.
Porque arte tudo é menos repugnante que na realidade.
X
Porque por meio delas pode expurgar suas emoções e passar pelo fado e pela morte
sem que corra riscos reais.
Porque por meio delas pode sentir medo e correr riscos reais.
[370632_15]
Questão
015
Mas nesse caso a “abertura” não significa absolutamente “indefinição” da
comunicação, “infinitas” possibilidades da forma, liberdade da fruição; há somente
um feixe de resultados fruitivos rigidamente prefixados e condicionados, de maneira
que a reação interpretativa do leitor não escape jamais ao controle do autor. (ECO,
Umberto. In: Obra Aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976, p. 43)
Umberto Eco defende que a obra é aberta às inferências do leitor, no entanto,
A obra literária é lacunar e deve ser preenchida pelo ao leitor como desejar.
A obra literária é um texto fechado e deve ser lido em close Reading.
X
A obra literária não é escancarada, portanto, toda e qualquer leitura deve focar a
estrutura do texto.
A obra literária é escancarada e cabe ao leitor fazer as inferências que lhe aprouver.
A obra literária não é escancarada, portanto, as chaves interpretativas precisam ser
confirmadas pelo texto.
[370633_9]
Questão
016
Sobre a historiografia literária, é correto afirmar:
I - Trata-se de uma corrente dos estudos literários que se preocupa em estudar a
literatura em perspectiva histórica.
II - Trata-se de uma corrente dos estudos literários que se preocupa em estudar a
cronologia das narrativas.
III - Trata-se de uma corrente dos estudos literários que se preocupa em estudar
apenas obras contemporâneas de acordo com o seu engajamento social.
IV – Trata-se de uma corrente dos estudos literários que se preocupa com a
contextualização político-social das obras.
X Somente as assertivas I e II estão corretas.
Somente as assertivas II e IV estão corretas.
Somente as assertivas I e IV estão corretas.
Somente as assertivas I e III estão corretas.
Somente as assertivas II e III estão corretas.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 10/12
[370633_8]
Questão
017
[...] na leitura — e essa é a primeira reflexão que quero fazer — de qualquer obra
literária, de qualquer texto que tenha por base a intensificação de valores — daquilo
que chamamos de uma ou outra maneira aproximada de valores literários —, existe
sempre, como dizia o grande crítico canadense recentemente falecido, Northrop
Frye, a necessidade de conhecimento de duas linguagens. Segundo ele, na leitura
de qualquer poema, “é preciso conhecer duas linguagens: a língua em que o poeta
está escrevendo e a linguagem da própria poesia”. [...] a literatura nunca é apenas
literatura; o que lemos como literatura é sempre mais — é História, Psicologia,
Sociologia. Há sempre mais que literatura na literatura. No entanto, esses elementos
ou níveis de representação da realidade são dados na literatura pela literatura, pela
eficácia da linguagem literária. (BARBOSA, J. A. Literatura nunca é apenas literatura.
In: Seminário linguagem e linguagens: a fala, a escrita, a imagem. Disponível em:
Acesso em: 16 ago. 2011 (com adaptações).
Para Northrop Frye, o estudo literário deve considerar:
X
Os elementos extratextuais, isto, é os elementos históricos, políticos e sociais
independente de sua figuração no texto.
A linguagem literária porque o texto literário é um uso da língua.
Os elementos extratextuais desde que estes estejam expressos no texto literário
pela linguagem literária.
Apenas os elementos textuais, desconsiderando-se qualquer aspecto extratextual.
A literatura sempre aborda além da literatura. Por isso, seu estudo precisa sempre
recorrer à outras disciplinas.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 11/12
[370633_4]
Questão
018
Em texto de 1972, Algirdas-Julien Greimas acentua a relatividade do conceito, ao
vincular a interpretação da "literariedade", ou seja, das característicasque tornam
"literário" um texto, "a uma conotação sociocultural e sua consequente variação no
tempo e no espaço humanos"5.
E, no ano seguinte, Michel Arrivé, reitera o posicionamento, ao afirmar que "a
literatura é o conjunto dos textos recebidos como literários numa sincronia
sociocultural dada"6.
Paralelamente, o caráter ficcional que, durante largo tempo, foi considerado uma das
características básicas do texto de literatura, entendida a ficção como fingimento,
resultante do ato de fingir, tem sido posto em questão. Para alguns especialistas
contemporâneos, o ficcional não se confunde com o falso: nele se abriga alguma
coisa captada da realidade. A conceituação da literatura, assim, permanece em
aberto, na medida em que acompanha o dinamismo da cultura em que se insere. A
questão fundamental, e que continua desafiando os especialistas, é a caracterização
da natureza das propriedades estéticas do texto literário e quais as ligações entre
ambas. Se é difícil, entretanto, conceituar ou definir, por meio de palavras, certas
realidades do mundo, isso não significa que deixem de existir os elementos que as
singularizem. (FILHO, Dominício Proença. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática,
2007, p. 10).
Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmações que se seguem:
I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos
socioculturais.
II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular
que se faz da linguagem.
III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da
linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da
obra literária.
IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais
e culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos recorrentes.
 
Apenas II e III e IV estão corretas.
X Apenas I , III, IV estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
[370633_7]
Questão
019
[...] É preciso, quanto ao caráter dos personagens, como também no arranjo das
ações, procurar o necessário ou o provável, de forma a que alguém de certa
qualidade diga ou faça coisas de certa qualidade necessariamente ou
provavelmente. É evidente, então, que os desenlaces dos enredos devem decorrer
do próprio enredo, e não do artifício da mêchanê [...]. Mas se deve fazer uso da
mêchanê no que diz respeito ao que se passa fora de cena, seja o que ocorreu antes
dos incidentes mostrados, que não é possível ao homem saber, seja o que ocorreu
antes dos incidentes mostrados, que não é possível ao homem saber, seja o que é
posterior e que necessita de uma predição e de um anúncio, pois aos deuses
concedemos tudo verem. (ARISTÓTELES, 2006, p. 91-93)
Por que Aristóteles determina que tanto na caracterização dos personagens quanto
no arranjo das ações era necessário buscar o necessário ou o provável?
Porque a literatura não pode ter quaisquer ligações com o real, pois é ficcional.
Porque a literatura, não sendo ficcional, deve parecer-se com a verdade para poder
causar os efeitos pretendidos.
Pincel Atômico - 30/12/2024 21:31:13 12/12
Porque a literatura não pode ter quaisquer ligações com o real, pois não é ficcional.
Porque a literatura precisa se aproximar da verdade do mundo das ideias platônico.
X
Porque a literatura, mesmo sendo ficcional, deve parecer-se com a verdade para
poder causar os efeitos pretendidos.
[370633_10]
Questão
020
O conceito leitor implícito formulado por Wolfgang Iser diz respeito a
um leitor empírico delineado na estrutura do texto.
um leitor idealizado delineado pelo autor do texto.
X um leitor idealizado delineado na estrutura do texto.
um leitor real delineado na estrutura do texto.
um leitor idealizado delineado pelo autor do texto.

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