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O Projeto Conservador Ideologia desenvolvimentista e Serviço Social

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FHTM II – O Projeto Conservador
Ideologia desenvolvimentista e Serviço Social
 A ideologia desenvolvimentista no Brasil
 O Desenvolvimento de comunidade e seus impactos na profissão
Profa. Dra. Terezinha Rodrigues
Produzido para fins didáticos 
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As três teorias presentes nos anos 1950/1960/ 1970 na América Latina, protagonizada pela CEPAL (Comissão Econômica para Desenvolvimento da América Latina) são no sentido de ilustrar o debate da época relacionada a inserção dos países, tendo a discussão central de países na ordem do capital: desenvolvidos, subdesenvolvidos, “atrasados”, periféricos, ….
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A teoria da modernização e da marginalidade social 
Ref: GOHN, Maria da Glória. Teoria dos Movimentos Sociais – Paradigmas clássicos e contemporâneos. 5ª ed. São Paulo:Loyola,2006.
Teorias elaboradas pela Comissão Econômica para o Desenvolvimento da América Latina – CEPAL, fundadas num paradigma dualista de interpretação da realidade: uma face moderna e outra atrasada. 
A ótica principal partia de estudos sobre as elites e os processos de desenvolvimento. Os grupos sociais só eram citados enquanto elementos de integração aos processos mais amplos.
Anos 1950/1960 – teoria da modernização: partia de modelos comparativos entre os processos históricos ocorridos nos países de industrialização avançada e os da AL.
		- abordagens evolucionistas e etapistas, com diagnósticos equivocados desconsiderando a história dos países latino-americanos. 
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As teorias da modernização
Ref. CARDOSO, Miriam Limoeiro.   Teorias da modernização e expansão capitalista Sociedade Brasileira de Sociologia. XII Congresso Brasileiro de Sociologia / GT 20 – Sociedade e Estado na América Latina. Belo Horizonte (MG), junho 2005. 
 
As teorias da modernização pretendiam ter validade geral e alcance global, mas seu objetivo específico era a mudança no mundo pós-colonial, pensando-a no interior da concepção norte-americana de Guerra Fria;
Identificava um padrão de sociedade “tradicional” e um padrão de sociedade “moderna” e definia modernização como o processo de passagem de um padrão a outro.
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A modernização é apresentada como suporte teórico à teoria do subdesenvolvimento, quando esta era submetida a severa crítica teórica e política. Entre as muitas razões da crítica estava a de que tomava como modelo o capitalismo avançado sem debitar a este a parte que lhe cabia pelo chamado “subdesenvolvimento” das regiões que se teriam “atrasado” no fazer da sua história;
 
Nas teorias da modernização e do subdesenvolvimento, a história é tratada como um processo único, integrado e integral de evolução, num caminho de mão única e destino igualmente único e já-dado pelo “estágio” de desenvolvimento avançado contemporâneo, que é tomado como modelo, especialmente na forma em que se apresentava nos EUA.
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A “marginalidade social”
. Teoria da Marginalidade: Kowarick (1975). 
. Marginalidade: originária de formas de exclusões política e cultural, bem como “percepções de inferioridade” vinculadas a problemas étnicos ou de exploração. Germani acredita que as causas da marginalidade explicam-se pelo caráter assincrônico ou desigual dos processos de modernização da sociedade ou das diferentes velocidades de mudança. Para ele, a marginalidade está fortemente vinculada à falta de participação e integração, num sentido multidimensional (incluindo problemas étnicos, de exploração e de acesso a direitos).
 Gino Germani – um dos autores das teorias da modernização que também contribuíram para a idéia de marginalidade. IN: Sonia Alvarez Leguizamón: A PRODUÇÃO DA POBREZA MASSIVA E SUA PERSISTÊNCIA NO PENSAMENTO SOCIAL LATINO-AMERICANO. Fonte: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/clacso/crop/cattapt/05legui.pdf em 12/03/2012. 
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A questão da “marginalidade social” foi tratada como um problema cultural a ser resolvido por intermédio de processos de educação formal ou com o tempo, quando o país se desenvolvesse ou o “bolo” econômico-desenvolvimentista crescesse (GOHN, 2006:212)
Ideologia desenvolvimentista – auge no Brasil: anos 1950/1060. Modelo desenvolvimentista aprofundou-se com a implementação do capital financeiro no Brasil, principalmente nos anos do Governo Juscelino Kubistchek (JK). 
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Marcos históricos
1888 – abolição da escravatura.
1889 – proclamação da República . Antes Reinado de D. Pedro II.
1889-1930 – República Velha
 . Início da imigração;1891 – 1ª Constituição; Caracterizada pela chamada “Política do Café com Leite” (paulistas e mineiros na alternância do Poder). Presidentes deste período: 1889-1891: Marechal Deodoro da Fonseca/1891-1894: Marechal Floriano Peixoto/1894-1898: Pudente de Morais /1898-1902: Campos Sales/1902-1906: Rodrigues Alves /1906-1909: Afonso Pena /1909-1910: Nilo Peçanha/1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca /1914-1918: Wenceslau Brás/1918-1919: Delfim Moreira/1919-1922: Epitácio Pessoa/1922-1926: Arthur Bernardes/1926-1930: Washington Luís.
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O Governo Vargas (1930-1945)
Fonte:(http://www.mundovestibular.com.br/articles/2774/1/ERA-VARGAS-1930-1945
Alguns pontos: Leis trabalhistas:  criou-se o salário mínimo (1940), a consolidação das leis trabalhistas (1943) e os sindicatos passaram a ser controlados pelo ministério do trabalho. Deixava-se claro a combinação entre paternalismo estatal e fascismo. O estado passava a controlar as relações entre capital e trabalho (CORPORATIVISMO). 
Getúlio implantou no país um novo estilo político - O POPULISMO - e um modelo econômico baseado no intervencionismo estatal objetivando desenvolver um capitalismo industrial nacional (processo de substituição de importações).
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Populismo é um fenômeno típico da América Latina,durante o séc. XX, no momento de transição para estruturas econômicas mais modernas. Ele significa "política de massas", ou seja, política que utiliza as massas como elemento fundamental nas regras do jogo.
Caracteriza-se pelo contato direto da liderança e o povo. Através dele, Getúlio lutou contra as oligarquias, manteve o povo sob controle assumindo uma imagem paternalista e consolidou a indústria dentro de um esquema intervencionista. Não se tratava de povo no governo, mas de manipulação do povo para benefício do próprio líder carismático e das elites possuidoras.
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O Estado Novo (1937-45) - fatos marcantes:
A constituição de 1937 (a "polaca"): outorgada e fascista. Estabelecia que o presidente teria o poder nas mãos enquanto não se convocasse um plebiscito para aprová-la (o que não aconteceu). A ditadura: os partidos foram suprimidos, o legislativo suspenso, a censura estabelecida pelo departamento de imprensa e propaganda (DIP), centralizaram-se as funções administrativas através do departamento de administração do serviço público (DASP), as liberdades civis deixaram de existir.
A abertura aconteceu em 1945: Surgiram partidos políticos como a UDN (burguesia financeira urbana ligada ao capital estrangeiro), o PSD (oligarquias agrárias), o PTB (criado por Vargas - massas operárias citadinas), o PCB (intelectualidade).
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Ao mesmo tempo, Getúlio adotava um discurso cada vez mais nacionalista e articulava o movimento QUEREMISTA, favorável a sua permanência nos cargo. Em 1945, o exército derrubou o presidente evitando o continuísmo.
Assume Eurico Gaspar Dutra (1946/1951) – nova constituição (1946); Getúlio retorna em 1951, suicídio -1954), finaliza seu mandato Nereu Ramos. JK – 1956/1961. Jânio Quadro (1961 – renncia). João Goulart (1961-1964). Golpe militar – ditaduras que irão até a década de 1980. 
No anos 1950/1960 – ideologia desenvolvimentista forte no Brasil principalmente com JK. 
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Os Programas de Desenvolvimento de Comunidade
Contexto dos anos 1945 (Guerra Fria) em diante que serão favorecidos pela ideologia desenvolvimentista. 
Desenvolvimento de Comunidade:
 - institucionalizado pela ONU após a II GM;
argumentos/discurso: “a pobreza é um entrave e uma ameaça tanto para estas populações (pobres) como para as áreas
mais prósperas; “esforço de ajudar os povos a alcançarem um nível de vida mais sadio e mais economicamente produtivo.
Durante os anos 1950, a ONU se empenha em sistematizar e divulgar o D, como uma medida para solucionar “o complexo problema de integrar os esforços da população aos planos regionais e nacionais de desenvolvimento econômico e social”. (In: AMMANN, Safira Bezerra. 1985).

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