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Holding Patrimonial
O que é?
O planejamento sucessório é um mecanismo jurídico que permite estabelecer a sucessão patrimonial inter vivos, contendo restrições que propiciará a não dilapidação de patrimônio. A ferramenta utilizada para esse procedimento de sucessão é a constituição de uma sociedade empresária, a qual é denominada Holding Patrimonial.
Que nada mais é que uma empresa, podendo ser qualquer um dos tipos de sociedades existentes no código civil, que será utilizada para administrar um patrimônio familiar que se queira resguardar, e nela é segregado claramente o que é patrimônio familiar e o que é patrimônio empresarial, na Holding ao invés das pessoas físicas possuírem bens em seus próprios nomes, possuem através de uma pessoa jurídica – a controladora patrimonial. 
O corpo societário de uma Holding deverá ser escolhido por preferência do criador, podendo compô-la a esposa, os filhos, ou quem ele entender que deva assumir esta posição.
O capital social da sociedade a ser constituída será composto pelos bens que o criador amealhou durante toda a sua vida, sendo que, neste momento, é importante um planejamento tributário, para utilização de mecanismos jurídico-legais para, por exemplo, haver a imunidade e isenção de alguns tributos.
Após a constituição da sociedade, os bens que compõem o capital social serão representados por quotas ou ações (dependendo do tipo societário), os quais podem, para garantia de que continuarão no núcleo familiar, serem gravadas com usufruto, além de cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade.
Vale ressaltar que após a integralização dos bens para a Holding Patrimonial os patriarcas terão total controle e gestão sobre a sociedade e seu patrimônio, porquanto serão instituídos na sociedade como usufrutuários e administradores, não havendo qualquer validade algum ato praticado, que envolva a sociedade sem as suas anuências.
Sendo assim, a constituição de uma Holding Patrimonial, visa propiciar a divisão patrimônio ainda em vida, evitando a dilapidação após sua morte, reduzindo os custos tributários e os desgastes que o processo de inventário causaria ao grupo familiar.
A Lei nº 6.404/1976, art. 2º, § 3º, prevê a existência das sociedades holding estabelecendo que a companhia possa ter por objeto participar de outras sociedades, e acrescenta: ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.
ALGUMAS ESPÉCIES DE HOLDING:
Holding pura: sociedade constituída com o objetivo exclusivo de ser titular de quotas ou ações de outra ou outras sociedades. É também chamada de sociedade de participação. 
Holding de controle: sociedade de participação constituída para deter o controle societário de outra ou de outras sociedades.
Holding de participação: sociedade de participação constituída para deter participações societárias, sem ter o objetivo de controlar outras sociedades.
Holding de administração: sociedade de participação constituída para centralizar a administração de outras sociedades, definindo planos, orientações, metas etc.
Holding mista: sociedade cujo objeto social é a realização de determinada atividade produtiva, mas que detém participação societária relevante em outra ou outras sociedades.
Holding patrimonial: sociedade constituída para ser a proprietária de determinado patrimônio. É também chamada de sociedade patrimonial.
 Holding imobiliária: tipo específico de sociedade patrimonial, constituída com o objetivo de ser proprietária de imóveis, inclusive para fins de locação”
A chamada holding familiar, tão em moda nos últimos anos, não é propriamente um tipo específico de holding. É, na verdade, uma contextualização específica. Sua característica marcante é o fato de se centralizar no âmbito de uma determinada família e, assim, servir ao planejamento tributário e sucessório. Pode ser pura ou mista, mas é comumente utilizada a pura. 
Quais os benefícios? 
Diminuição do imposto de renda no recebimento de aluguéis: A tributação da renda de aluguel, que na pessoa física é calculada com base na Tabela Progressiva do Imposto de Renda, pode atingir até 27,5%. Para a PJ, essa tributação é reduzida para 11,33%, englobando os tributos IRPJ, CSLL, PIS e Cofins (para receitas até R$ 62.500,00 mensais. Para valores superiores, a tributação máxima é de 14,53%).
Possível diminuição do Imposto de Renda, em caso de venda de imóveis comprados ou integralizados para esse fim. (Nesse caso depende de estudo da melhor forma, se na PJ – 6,73% sobre o valor da venda ou se na PF 15% sobre o valor do ganho – diferença entre o valor de venda e o valor de compra).
Quando os criadores conferem todo o patrimônio à holding familiar, pode ocorrer a doação das quotas ou ações em favor dos sucessores com reserva de usufruto, que elimina a necessidade de inventário ou partilha.
Dependendo das situações peculiares dos doadores e donatários poderá haver isenção ou não incidência do ITCMD(Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) na doação.
As doações podem ser feita com cláusulas de incomunicabilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade que protegem o patrimônio dos sucessores em face de casamentos, dívidas futuras e prodigalidade.
As regras de administração do patrimônio já estarão estabelecidas no contrato da holding segundo a vontade do criador, o que elimina o litígio sobre a posse e a administração da herança.
Em caso de inventário ou partilha quando não ocorre a doação em vida, é possível a conjugação com testamentos. Dessa forma, serão inventadas as quotas ou ações da sociedade. Neste caso o pagamento do ITCMD será realizado pelo valor nominal das quotas ou sobre o quinhão que for apontado em balanço especial levantado para esse fim.
Na holding é possível evitar que sucessores não desejados pela família tenham acesso ao patrimônio do sucedido, através de cláusula contratual prevendo a indenização do respectivo quinhão em condições mais favorecidas.
	Quando os sócios da holding possuem riscos de responsabilidade civil o patrimônio pessoal fica exposto. Quando não há a figura da holding, os próprios bens (móveis e imóveis) ficam sujeitos a essa responsabilidade (penhora, alienações judiciais, etc.). Porém, quando existe a figura da holding, os bens não são atingidos diretamente a não ser em casos extremos quando houver o afastamento da personalidade jurídica da holding (fraudes, desvio patrimonial em situação de insolvência, etc.).
	Na presença da holding, o que se torna passível de penhora são os frutos e rendimentos que as quotas ou ações irão produzir, ou as próprias quotas ou ações, conforme preceituam os art. 1.026 e 1.031 do Código Civil.
	Se a holding adotar a forma de sociedade simples, não estará sujeita à falência.
	Portanto, a figura da holding representa um escudo legal contra eventual ataque aos próprios bens que foram conferidos para formação do capital.
Quais os prejuízos?
Haverá o ITBI de 2% (considerando alíquota de Rio de Janeiro) e as taxas do cartório de imóveis (aproximadamente 2%) na transferência dos imóveis da pessoa física para pessoa jurídica.
Os imóveis devem ser transferidos para a empresa, através do documento de constituição da PJ e registro no cartório de imóveis, sendo necessário fazer a averbação em cada Cartório onde estiver registrado o imóvel e isso gera custos iniciais.
A obrigatoriedade de recolhimento de contribuição sindical patronal, calculada sobre o valor do capital social, ainda que a holding tenha por operação unicamente participar do capital de outras sociedades, que não tenha empregados e, portanto, inexista folha de pagamento. Por conta dessa situação ímpar de holding pura, vem sendo debatida nos tribunais a tese de que, por falta de empregados, a holding não deva se sujeitar à contribuição sindical. Atualmente há poucos julgados favoráveis, e a postura majoritária do Tribunal Superior do Trabalho - TST - obriga o recolhimento da contribuição.
A publicação de balanços éoutra possível desvantagem na constituição de holding. De acordo com o artigo 3° da Lei n° 11.638/07, as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações, devem observar as regras contidas na Lei das S.A. (Lei 6.404/76) relativas à escrituração e elaboração das demonstrações financeiras e obrigatoriedade de auditoria independente. Considera-se de grande porte, para tais fins, a sociedade – ou conjunto de sociedades sob controle comum – que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$300.000.000,00. O entendimento majoritário é no sentido de que o dispositivo em questão, em que pese o comando às sociedades de grande porte para aplicarem as regras relativas à escrituração da Lei das S.A., não estendeu, em momento algum, as regras de publicação das demonstrações financeiras às sociedades limitadas.
Uma outra desvantagem é o fato de que a holding é outra sociedade, e por ter sua individualidade como pessoa jurídica está obrigada à elaboração de documentos sociais, contábeis e tributários. Embora suas movimentações diárias não sejam de grande quantidade, a holding não pode prescindir do registro do contrato ou estatuto social e suas alterações, do levantamento de balanço, da apuração e recolhimento de tributos, e do cumprimento de obrigações fiscais acessórias.
Como fazer?
A forma jurídica para constituição da empresa de administração de bens próprios e holding tanto pode ser do tipo Limitada ou S/A, respeitados os requisitos legais impostos a cada uma destas espécies societárias.
Em se tratando de uma Holding Familiar, partindo da finalidade de proteger o patrimônio, o tipo societário mais utilizado é o de Sociedade Limitada, sem ingresso de terceiros na condição de sócio.
Com a constituição da Holding, esta receberá, a título de integralização de capital, bens e direitos dos sócios pelo valor constante da Declaração de Bens ou pelo valor de mercado, observando-se:
a) o primeiro passo é relacionar todos os bens, principalmente os imóveis, informando: Data de aquisição, valor de mercado, valor constante na última declaração de IRPF, finalidade, se para venda ou para locação, valor estimado de venda e valor estimado do aluguel para que possa ser feito um planejamento de quais imóveis devem ser integrados a empresa e quais não serão vantajosos.
b) Se a transferência para a Pessoa Jurídica for feita pelo valor constante da Declaração de Bens, este será o valor da ações ou quotas subscritas (pelo mesmo valor dos bens ou direitos transferidos)
c) Se a transferência não se fizer pelo valor constante da Declaração de Bens, a diferença a maior será tributável como ganho de capital, à alíquota de 15%.
d) Após a abertura da Empresa, o documento de constituição, com a discriminação dos imóveis que integram a pessoa jurídica, deverá ser levado para averbação no cartório de registro imóveis onde estiver registrado cada um dos imóveis.
Os procedimentos para abertura de uma Holding são os mesmos aplicados a outras empresas: Registro do Contrato Social ou Estatuto no órgão de registro e nos órgãos fiscais: Receita Federal, INSS, Prefeitura, Caixa Econômica Federal, porém, os imóveis devem ser integralmente relacionados e discriminados para que o documento de constituição, após registrado, tenha a validade de escritura pública para averbação no cartório de imóveis.
Quem pode? 
A constituição de uma holding é indicada a qualquer indivíduo quando se detecta uma estrutura com diversas sociedades, como, por exemplo, uma empresa familiar com diversos herdeiros. Ou quando a empresa decide melhorar sua estrutura organizacional, que objetiva a centralização da administração de uma atuação societária.

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