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1 2 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA Notas de aula baseadas nas referências: (1) Knoll, G. F., Radiation Detection and Measurement, 2nd Edition, John Wiley & Sons, New York Chischester Brisbane Toronto Singapore, 1989, Capítulo 2. (2) Tauhata, L., Salati, I. P.A., Prinzio, R.D. Prinzio, A R.D., Radioproteção e Dosimetria : Fundamentos – 5a v. abril/2003 – Rio de Janeiro – IRD/CNEN, Capítulo 3. 3 O entendimento da interação da radiação com a matéria é importante para o estudo de: ⇒Detectores (Presença de radiação) ⇒Blindagem (Proteção radiológica) ⇒Dosimetria das radiações (Corpo humano) ⇒ Efeitos biológicos (Proteção radiológica) 4 Detectores de Radiação É um dispositivo que, colocado em um meio onde existe um campo de radiação, seja capaz de indicar sua presença. A interação das radiações com os gases provoca excitação e ionização dos seus átomos 5 10B + 1n → [11B] 4He2+ (1,78 MeV) R = 9,7 µm 7Li3+ (1,01 MeV) R = 4,8 µm(6,3%) 4He2+ (1,47 MeV) R = 8,0 µm 7Li3+ (0,84 MeV) R = 4,2 µm γ (0,44 MeV) (93,7%) em que, R é o alcance da partícula. Detector de Nêutrons n B-10 7Li α 6 7 7 8 Simulação e Caracterização de Feixes produzidos em aceleradores lineares 9 Salas de Radioterapia 10 Salas de Radioterapia 11 Salas de Radioterapia 12 13 Informações detalhadas da anatomia do corpo humano Dados em forma Digital Níveis de cinzas 14 Exemplos de Simuladores Voxel 15 BNCT - Boron Neutron Capture Therapy (Terapia por Captura de Nêutrons pelo Boro) 16 10B + 1n → [11B] 4He2+ (1,78 MeV) R = 9,7 µm 7Li3+ (1,01 MeV) R = 4,8 µm(6,3%) 4He2+ (1,47 MeV) R = 8,0 µm 7Li3+ (0,84 MeV) R = 4,2 µm γ (0,44 MeV) (93,7%) em que, R é o alcance da partícula. BNCT - Boron Neutron Capture Therapy (Terapia por Captura de Nêutrons pelo Boro) n B-10 7Li α 17 18 BNCT - Boron Neutron Capture Therapy (Terapia por Captura de Nêutrons pelo Boro) 19 20 Densidade de Ionização IRD WebSite – www.ird.gov.br/oque.htm As densidades de ionização – distribuições microscópicas – ao longo dos traços das radiações gama e alfa são diferentes 21 Podemos dividir em duas classes de radiações : a) Radiação de partículas carregadas – Diretamente ionizantes - partículas pesadas ( M ≥ mp⇒ p, d, α, f.f.) - elétrons rápidos (e-, β-, β+ ) Interação de longo alcançe (Coulombiana c/ e- do meio) Energia perdida em múltiplas interações b) Radiação sem carga – Indiretamente ionizantes - Radiação eletromagnética ( raios X e γ ) - Nêutrons ( n ) Interação tipo catastrófica envolvendo átomos e núcleos. Poucos contatos alteram Drasticamente a radiação. Pode atravessar a matéria sem interagir. 22 Fragmentos de fissão (f.f) são íons de átomos de número de massa médio, com alta energia cinética e carga elevada, oriundos da fissão nuclear 23 PARTÍCULAS CARREGADAS RADIAÇÃO NÃO CARREGADA Partículas Pesadas distância característica: 10-5 m Nêutrons ⇐ distância característica : 10-1 m Elétrons Rápidos distância característica : 10-3 m Raios γ e X ⇐ distância característica : 10-1 m 24 Interação de Partículas Carregadas Pesadas e elétrons com a matéria 25 Densidade de Ionização IRD WebSite – www.ird.gov.br/oque.htm As densidades de ionização – distribuições microscópicas – ao longo dos traços das radiações gama e alfa são diferentes 26 Interação de Partículas Carregadas Pesadas Com a matéria Partículas com massa maior ou igual a do próton p, d, α, frag.de fissão O elétron é “arrancado” do átomo - - - -+ + Partícula alfa Raios δ Raios δ = 103 eV EK = Ekalfa - I 27 Interação de longo alcançe (Coulombiana c/ e- do meio) Energia perdida em múltiplas interações Partícula colide várias vezes com elétrons até perder completamente sua energia e parar A partícula está sempre interagindo com muitos elétrons e vai perdendo energia continuamente até parar 28 Representação dos traços das partículas α provindas de uma fonte monoenergética CURVA DE BRAGG 1. Grande v, interage pouco tempo, ionização pequena e quase constante 2. Poder de ionização máximo, qdo. Captura um elétron do meio e passa de íon +2 para íon +1 3. Cai de +2 para +1, poder ionização cai rapidamente até o íon +1 capturar um outro elétron e se tornar um átomo de hélio neutro 29 Poder de freamento linear (Linear stopping Power) ( ) ]2[lnNZ4 2 2 o 24 I vm vm ze dx dE oπ=− É a perda de energia da partícula incidente, no material absorvedor, por unidade de comprimento. Taxa de perda de energia - FÓRMULA DE BETHE – Caso não relativístico v = velocidade da partícula z = carga da partícula incidente mo = massa de repouso da partícula. N = átomos/cm3 do material absorvedor = NA.ρ / A Z = número atômico do material absorvedor I = potencial de excitação e ionização médio e = carga do elétron 30 ]2[ln4 2 2 42 I mv mv NZez dx dE π=− Se β<< 1 (v<<c = caso não relativístico) 2v 1 dx dE ∝− Partícula com mesma velocidade v : 2z dx dE ∝− Para absorvedores ... ρZ dx dE ∝− → Alta densidade e número atômico faz-se um bom absorvedor Para partícula : 31 F.F., Z > 20 Partículas alfa, Z = 2 Prótons, Z=1 Mesma velocidade ! otonFF Pr dx dE dx dE dx dE ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−>⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−>⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛− α 32 Alcance da partícula α no ar (CNTP) pode ser estimado semi- empiricamente por expressão do tipo : <R> (cm) = 0,56 E para E ≤ 4 MeV <R> (cm) = 1,24 E – 2,62 para 4 ≤ E ≤ 8 MeV <R> valor médio do alcance, E energia da partícula Alcance em qualquer outro material (meio) pode ser calculado utilizando-se a fórmula: ( ) ><⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛×= − R1A102,3R 2/14m ρ Onde: A = número de massa do meio ρ = densidade do meio em g/cm3 33 Exemplo: 86Rn222. →222 218 4 86 82 2Rn Po + He ( ) 2radon poloniumQ = m - m - m cα ( )⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ 931MeVQ = 222.017574 u- 218.008930 u- 4.002603 u u Q = 5.587 MeV A - 4K = Q Aα 222 - 4K = Q = 5.486 MeV 222α 34 Energia (MeV) Alcance (cm) Partícula α Ar Tecido humano Alumínio 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 0,55 1,04 1,67 2,58 3,50 0,33×10-2 0,63×10-2 1,00×10-2 1,55×10-2 2,10×10-2 0,32×10-3 0,61×10-3 0,98×10-3 0,50×10-3 2,06×10-3 Alcance de partículas alfa no tecido humano e alumínio Alcance é menor para materiais mais densos e aumenta com a energia da partícula. A penetração das partículas α é muito reduzida, incapaz de ultrapassar a espessura da pele humana 35 36 INTERAÇÃO DE ELÉTRONS COM A MATÉRIA 37 Interação de Elétrons Rápidos Partículas com massa igual a do elétron Partículas carregadas → Interação Coulombiana Mesma massa que os elétrons orbitais grandes fração de energia podem ser perdida. Trajetória até parar é tortuosa O Alcance não é bem definido 38 INTERAÇÃO DE ELÉTRONS RÁPIDOS COM A MATÉRIA - - - - Ìon posítivo Partícula Beta - Colisão Coulombiana Elétron ejetado EK = Ekbeta - I 39 Poder de Freamento - Elétrons Rápidos )1()112)(2ln( )1(2 [ln2)( 22222 2 o 2 o 4 ßß I Evm vm NZe dx dE c −+−−−−− π=− ββ ])11( 8 1)1( 222 β−−+−+ ß + ] 3 42ln4[ 137 )1( dx dE 2 o 42 o 4 r −+=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛− cm E cm eZNEZ 2EZ dx dE ∝− Importante para elétrons de alta energia e para materiais absorvedores de alto Z ( ) ( ) 700 EZ dE/dx dE/dx = col radA razão da perda específica da energia é : 40 + + + - Fóton - + + + ++ + + + + + + + + + + ] 3 42ln4[ 137 )1( dx dE 2 o 42 o 4 r −+=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛− cm E cm eZNEZ 41 + + + Radiação de Freamento Bremsstrahlung - Fóton - Maior probabilidade se: Massa da partícula for pequena Energia for alta número atômico do absorvedor elevado •Radiação Branca (vários comp. de ondas) + + + + + + + + + + + + + + + 42 Aparelho de Raios-X 1. uma fonte de elétrons - um filamento ou cátodo; 2. um espaço evacuado no qual os elétrons são acelerados; 3. um potencial positivo alto para acelerar os elétrons; e 4. um alvo, ou ânodo, no qual os elétrons colidem para produzirem raios-X Exemplo: 43 Filamento Anodo - Alvo (W) (Al) Catodo - Elétrons Produção do Feixe de Raio-X Potência Tubo à vacuo Filtro Fuga do Tubo 44 + + + Radiação de Freamento Bremsstrahlung - Fóton - Maior probabilidade se: Massa da partícula for pequena Energia for alta número atômico do absorvedor elevado •Radiação Branca (vários comp. de ondas) + + + + + + + + + + + + + + + m in o hc eV λ = 45 O espectro de um alvo de tungstênio num tubo de raio-X operado a 87 kVp 46 Espectro de Raios X Característico Origem dos Picos Kα e Kβ +++ Radiação eletromagnética (fótons) Raio X característico hν = EL - EK Eke = Eext - EB )( 240.1)( nm eVE λ= 47 Espectro de Raios X Característico Origem dos Picos Kα e Kβ Kα Kβ Kγ Kδ Kβ Kγ Kδ Lα Lβ Lγ MαMβ Lα Lβ Lγ MαMβ K O N M L K O N M L 48 λmin Bremsstrahlung Espectro Característico (depende do alvo) Kα Kβ Kγ Kδ Kβ Kγ Kδ Lα Lβ Lγ MαMβ Lα Lβ Lγ MαMβ K O N M L K O N M L 49 Interação de Elétrons Rápidos Partículas com massa igual a do elétron Partículas carregadas → Interação Coulombiana Mesma massa que os elétrons orbitais grandes fração de energia podem ser perdida. Trajetória até parar é tortuosa O Alcance não é bem definido 50 Interação de Elétrons Rápidos O alcance de partículas beta pode ser estimado através de equações empíricas R = 412 E1,265 – 0,0954(lnE) para 0.01 < E< 3 MeV R = 530 E - 106 para 3 < E < 20 MeV Onde: R = alcance das partículas em mg/cm2 E = energia máxima das partículas beta (MeV) Estas equações fornecem resultados aproximados, na maioria dos casos independentes do material utilizado como absorvedor. 51 Energia (MeV) Alcance (cm) Partícula β Ar Tecido humano Alumínio 0,1 0,5 1,0 2,0 3,0 12,0 150 420 840 1260 1,51×10-2 0,18 0,50 1,00 1,50 4,3×10-3 5,9×10-2 0,15 0,34 0,56 Alcance de partículas beta no tecido humano e alumínio 52 53 Energia (MeV) Alcance (cm) Partícula α Ar Tecido humano Alumínio 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 0,55 1,04 1,67 2,58 3,50 0,33×10-2 0,63×10-2 1,00×10-2 1,55×10-2 2,10×10-2 0,32×10-3 0,61×10-3 0,98×10-3 0,50×10-3 2,06×10-3 Energia (MeV) Alcance (cm) Partícula β Ar Tecido humano Alumínio 0,1 0,5 1,0 2,0 3,0 12,0 150 420 840 1260 1,51×10-2 0,18 0,50 1,00 1,50 4,3×10-3 5,9×10-2 0,15 0,34 0,56 54 Blindagem para radiações alfa e beta 55 56 Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Radiações eletromagnéticas de interesse: Radiações X Radiações γ 57 Radiações eletromagnéticas de interesse: Radiações X Radiações γ Alta penetrabilidade : Caráter ondulatório Ausência de carga Massa de repouso nula 58 Interação com raios X e γ Raios γ são radiações eletromagnéticas que acompanham transições nucleares. Raios X são radiações eletromagnéticas que companham transições eletrônicas. Principais processos competitivos Efeito fotoelétrico Efeito Compton Produção de pares 59 Modos de Interação dos raios X e γ Principais processos competitivos Efeito fotoelétrico Efeito Compton Produção de pares 60 EFEITO FOTOELÉTRICO 3 4 fotoel E zασ +++ Radiação eletromagnética (fótons) hν´ = EL - EK Eke = hν - EB Definido como coeficiente de atenuação fotoelétrica Decresce rapidamente com o aumento de energia 61 EFEITO FOTOELÉTRICO +++ • Fóton cede toda energia a um elétron (camada K) e desaparece. Eke = hν - EB • Efeito predominante para raios-X e raios-γ de baixa energia (100 keV) e para elementos químicos de elevado número atômico Z 3 4 fotoel E zασ Decresce rapidamente com o aumento de energia 62 Importância relativa dos diversos processos de interação dos fótons com a matéria Fótoelétrico : Eγ < 200 keV Compton : 200 keV < Eγ < 5 MeV Produção de Pares : Eγ > 5 MeV Interação igualmente provável 63 EFEITO COMPTON + +++ +++ ++ Como espalhamento entre duas partículas clássicas Probabilidade de um espalhamento Compton depende: E z Comptonασ Definido como coeficiente de atenuação Compton 64 Importância relativa dos diversos processos de interação dos fótons com a matéria Fótoelétrico : Eγ < 200 keV Compton : 200 keV < Eγ < 5 MeV Produção de Pares : Eγ > 5 MeV Interação igualmente provável 65 EFEITO COMPTON + +++ +++ ++ Como espalhamento entre duas partículas clássicas 66 Efeito Compton - Equação Como espalhamento entre duas partículas clássicas Aplicando a conservação da energia e momento linear, obtemos Sobre a conservação da energia 22 o c/v1/mm −= - Sobre a conservação do momento linear 67 Tomemos o quadrado de ambos lados das duas equações acima. somando ambas equações, multiplicando por c2 ambos lados da equação acima, temos que (2) Subtraindo a equação (2) em (1), obtemos (3) O lado direita da equação acima pode ser rescrito por Com isto a equação (3) assume a forma 68 Energia do fóton espalhado Energia cedida ao elétron φ≅ 0 → hv’ ≈ hv e Ee ≈ 0 (transf. mínima) pouca energia transferida ao elétron 2 o ' m 2hv +1 hv =hv→π=Φ c hv/m2+1 2hv/m hv=E→π=Φ 2 o 2 o e c c ( )φν νν cos1 cm h1 h 'h 2 o −+ = ( ) ⎟⎟ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎝ ⎛ −+ − = )cos1( cm h1 cos1 cm h hE 2 o 2 o e φν φν ν 69 Importância relativa dos diversos processos de interação dos fótons com a matéria Fótoelétrico : Eγ < 200 keV Compton : 200 keV < Eγ < 5 MeV Produção de Pares : Eγ > 5 MeV Interação igualmente provável 70 PRODUÇÃO DE PARES ( Energia criando matéria ! ) Fótons com E = 1.022 Positron (+) 511 keV 511 keV Eletron (-) κ ∝ EZ2f(E,Z) A criação de pares ocorre para altas energias e para elementos de grande número atômico. + Ek + Ek 71 Fótons com E > 1.022 MeV Positron (+) 511 keV + Ek 511 keV + Ek Eletron (-) 72 Positron 511 keVE = mc2 Electron 511 keV ANIQUILAÇÃO DE PARES (Matéria se convertendo em energia pura) 73 Positron 511 keVE = mc2 Electron 511 keV 74 Importância relativa dos diversos processos de interação dos fótons com a matéria Fótoelétrico : Eγ < 200 keV Compton : 200 keV < Eγ < 5 MeV Produção de Pares : Eγ > 5 MeV Interação igualmente provável 75 Blindagem para radiação gama ou X 76 ⇒ Coeficiente de Atenuação Linear ⇒ Camada Semi Redutora ⇒ Camada deci-redutora Blindagem pararadiação gama ou X O conhecimento desses valores se torna prático para o cálculo imediato da espessura do material necessário para reduzir o nível da radiação num local a ser protegido a níveis recomendados. 77 Coeficiente de Atenuação Linear Probabilidade total por unidade de comprimento do fóton ser espalhado ou absorvido • O feixe de fótons passa sem interagir, espalha ou desaparece (morre). . µ = τ (fotoelétrico) + σ (Compton) + κ (pares) 78 Coeficiente de Atenuação Linear µ = τ (fotoelétrico) + σ (Compton) + κ (pares) 79 Valores dos coeficientes de atenuação linear (µ) 80 Lei da Atenuação Exponencial • O feixe de fótons passa sem interagir, espalha ou desaparece (morre). • O que diminui não é a energia, mas a intensidade. A atenuação varia exponencialmente com a espessura x)exp(-II O µ= 1000 fótons 800 fótons 640 fótons 512 fótons 410 fótons 81 onde: µ= τ (fotoelétrico) + σ (Compton) + κ (pares) coeficiente de atenuação linear total – probabilidade total por unidade de comprimento do fóton ser espalhado ou absorvido x)exp(-II O µ= Lei da Atenuação Exponencial 82 Blindagem para radiação gama ou X 83 84 85 Cálculo de Blindagem para radiação gama ou X 86 [ ]E).X,(Z,-expII O ρµ= 87 Camada Semi Redutora HVL – Half Value Layer Medida da penetrabilidade da radiação ! 88 Camada Semi Redutora (HVL – Half Value Layer) É usada como medida da penetrabilidade da radiação Espessura de um absorvedor que reduz à metade a intensidade da radiação incidente. x- oeII µ= Se x = HVL ⇒ I = Io / 2 HVLln2eI 2 I - o o µµ =⇒= HVL ⇒ HVL 693,0=µ x693,0- oeII HVL= 89 Camada deci-redutora (TVL=Tenth Value Layer) Espessura de material que atenua de um fator de 10 a intensidade do feixe de fótons I = Io / 10 x3,2- oeII TVL= 90 Camadas semi-redutoras (HVL) e deci-redutoras (TVL) 91 Valores de Coeficientes de Atenuação Linear, µ E x e m p l o 92 (a) Calcule as meias-espessuras e as espessuras de décima-redução (TVL) para fótons de 0,1 MeV de energia, relativamente aos materiais: alumínio ( µAl = 0,444 cm-1, ρ = 2,7 g/cm3) e chumbo (µPb = 60 cm-1, ρ = 11.34 g/cm3). Para camada décima-redutora para Alumínio: I = Io.exp(-µ.x) ⇒ 1/10 = exp{-(0,444cm-1).(TVL.cm)} ln10 = 0,444.TVL ⇒ 2,3 / 0,444 = TVL = 5,18 cm Similarmente para o chumbo: 1/10 = exp{-(60,2cm-1).(TVL.cm)} ⇒ 2,3 / 60,2 = TVL = 0,038 cm = 0,38 mm =380 µm 93 (b) Calcule essas espessuras dos mesmos materais, mas considerando a radiação Gama com 1,0 MeV de energia. Para camada décima-redutora para Alumínio: I = Io.exp(-µ.x) ⇒ 1/10 = exp{-(0,165cm-1).(TVL.cm)} ln10 = 0,165.TVL ⇒ 2,3 / 0,165 = TVL = 13,9 cm Similarmente para o chumbo: 1/10 = exp{-(0,772cm-1).(TVL.cm)} ⇒ 2,3 / 0,772 = TVL = 3,0 cm 94 INTERAÇÃO DO NÊUTRON COM A MATÉRIA • Por não possuir carga não interage com os campos Coulombiano produzidos pela eletrosfera ou pelo núcleo • Interação ocorre com o núcleo • Probabilidade de interação depende da energia e do meio material 95 INTERAÇÃO DO NÊUTRON COM A MATÉRIA Neutron Proton, alfa, f.f., etc Seção de choque : probabilidade de uma reação nuclear ocorrer (barn) σt = σa + σs 96 Processos integrados de interação 97 Onde : Io é intensidade incidente no material; µ é o coeficiente de atenuação linear (cm-1) do material de número atômico Z, densidade ρ para energia de fótons E; I é a intensidade transmitida pela espessura x do material sem sofrer nenhum tipo de interação. [ ]E).X,(Z,-expII O ρµ=
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