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Fisiologia SN 3
Propriocepção
	Compreende receptores localizados nos músculos, tendões e articulações e suas conexões com o SNC. Recebe informações que geram percepções conscientes da posição do corpo no espaço. De certa forma, a visão também está ligada à propriocepção, porque com ela você também tem noção do corpo no espaço.
Termocepção
	Possibilita o controle da temperatura corporal. Tem receptores distribuídos pela superfície cutânea, mucosas e vísceras. Tem o componente consciente (se uma pessoa sente frio ela pega o casaco) e inconsciente. São fibras do sistema protopático e tem menor calibre. Existem termoceptores de frio e calor, que respondem especificamente ao frio e ao calor, aumentando a freqüência do PA.
Nocicepção (dor)
	É o mecanismo de alerta sobre a ocorrência de estímulos lesivos provenientes do meio externo e interno. Existem nociceptores químicos, mecânicos e térmicos, além de nociceptores polimodais, que respondem a mais de um estímulo. 
	Existem dois tipos de dor: a dor rápida ou aguda, que cessa com a interrupção do estímulo; e a dor lenta ou crônica, que não cessa com a interrupção do estímulo (lesão tecidual ou lesão nas fibras nervosas). 
Componentes da dor
	1) sensitivo: lida com a intensidade fisiológica da dor - ativação dos receptores da dor
	2) afetivos: lida com os aspectos psicológicos da dor, como ansiedade, reação emocional.
	Os receptores sensoriais do meio interno não são tão precisos quanto á localização da dor se comparados aos da periferia. 
Efeito da lesão
	A própria fibra nervosa pode secretar substâncias químicas que determinam que a dor dure mais e que provoquem vaso dilatação, além de recrutar células para a região (mastócitos, por exemplo). Só que essas células também produzem fatores que estimulam a atividade de fibras nervosas locais.
Vias ascendentes da dor
	Há vias de transmissão da dor que vão para o tronco encefálico e os próprios neurônios do tronco encefálico já respondem à dor, promovendo estímulos que vão para a região da dor para suprimi-la. (pode estar envolvido na resposta endógena da dor). Com isso, antes do estímulo de dor chegar ao córtex cerebral, a dor é suprimida.
	OBS: Dor referida é aquela dor que tem origem em um lugar, mas o indivíduo descreve-a como se estivesse em outra parte do corpo. Isso se deve a confluência das vias da dor referida, ou seja, há convergência entre as fibras aferentes primárias para os mesmos neurônios de segunda ordem na medula. Isso faz com que o indivíduo não distinga a origem da dor.
Modulação da dor
Periférica: sensível a estimulação tátil, mediadores inflamatórios (as células que vão para o local da lesão) e inflação neurogênica (causada pela ativação das fibras nervosas pelas células que estão atuando no local da lesão).
	A estimulação tátil (quando você massageia o local da dor) é um tipo de modulação negativa da dor, porque o neurônio de primeira ordem da via tátil, quando entra na medula, se ramifica e age sobre um interneurônio. Esse interneurônio produz NT inibitórios, que agem sobre o neurônio de segunda ordem da via da dor. Com isso, a pessoa não toma consciência da dor, ou seja, a informação de dor não chega ao córtex cerebral. 
Central: Ocorre a supressão da dor. Um exemplo são os opióides endógenos que agem no terminal pré-sináptico da fibra aferente (suprimindo a liberação do NT) ou agem nos receptores de membrana do neurônio pós-sináptico. 
	 
 Visão
	A visão tem as seguintes submodalidades: localização espacial, medida de intensidade da luz, discriminação de formas, detecção de movimentos, visão de cores. Cada submodalidade resulta da ativação de um conjunto específico de regiões neurais interconectadas.
	Fotorreceptores: cones e bastonetes.
	A córnea funciona como uma lente convergente e o cristalino ajusta o foco, colocando assim o objeto de interesse no centro (no foco). A imagem do objeto da retina é necessariamente invertida por causa da estrutura de convergência da córnea e do cristalino. Já os músculos extra-oculares impedem que a adaptação dessas estruturas para focar em determinado objeto leve a perda da percepção visual. 
	Na retina, os fotorreceptores estão abaixo de uma camada de células. Mas na região mais central da retina, a fóvea, essas células estão espalhadas de forma que os fotorreceptores estão diretamente expostos á luz. Por isso, o interesse é sempre projetar a imagem do objeto nessa região, pois ela é a região onde há a melhor formação da imagem. Essa região concentra fotorreceptores do tipo cone.
	A via vertical de condução da informação visual (leva a informação dos fotorreceptores ao nervo óptico) é formada por: fotorreceptores, que realizam sinapse com as células bipolares e estas realizam sinapses com as células ganglionares, que por sua vez realizam sinapse com o nervo óptico. 
	A via horizontal tem o papel de modular a via vertical e é formada de células horizontais e células amácrinas. 
Bastonetes: 
	Apresentam alta sensibilidade a luz, porque têm muitos foto pigmentos. Em baixas luminosidades, são os bastonetes que atuam, mas como eles são acromáticos, ou seja, apresentam um único tipo de pigmento, não há a distinção de cores. Em baixa luminosidade, enxerga-se P&B. Os bastonetes são mais sensíveis a luz difusa.
	Apresentam conjuntos de sáculos, que formam o segmento externo, onde estão os foto pigmentos. 
Cones
	Apresentam baixa sensibilidade a luz. São cromáticos, ou seja, apresentam três tipos de cones, cada um com um pigmento distinto que é mais sensível a uma porção diferente do espectro de luz visível. 
	Um cone se liga a praticamente uma única célula bipolar, o que faz ele ter menor sensibilidade a luz, mas seja bom para discriminar as cores. Os cones são mais sensíveis a raios axiais diretos de luz. E a discriminação de formas também é bem melhor na parte central da retina.
	Entre as células da retina não ocorre disparo do potencial de ação (PA), apenas despolarizações. O disparo do PA só ocorre entre a célula ganglionar e o nervo óptico. 
	Os bastonetes se concentram na região periférica da retina, então se houver perda deles, o indivíduo perde a visão periférica. Já a lesão na parte central da retina, promove a cegueira total localizada.
	O fotorreceptor é formado de fotopigmento+ retinal, associados á proteína G. No escuro, o retinal está na forma cis e quando entra em contato com os fótons de luz, muda para a forma trans. Isso altera a conformação do receptor de membrana, disparando o processo.
	Quando está escuro, a despolarização é mantida, porque tem-se a presença de GMP cíclico, que se liga ao canal de sódio, mantendo-o aberto. Com a presença de luz, o receptor de membrana ativa uma enzima que transforma GMP cíclico em GMP, provocando fechamento do canal e hiperpolarização. 
	Logo, na presença de luz, o fotorreceptor diminui a quantidade de glutamato liberado, por causa da hiperpolarização.
	A comunicação bastonete- célula bipolar ON é uma sinapse inibitória, ou seja, a célula ON expressa receptores de membrana de resposta inibitória para o glutamato. Como na presença de luz há menos glutamato, essa célula é muito inibida, o que conflui em uma excitação (a célula bipolar ON é ativada). Essa célula ativa a célula ganglionar , que é despolarizada (a sinapse célula bipolar ON - célula ganglionar é excitatória). Já no escuro, o fotorreceptor libera muito glutamato, inibindo a célula bipolar ON.
	Já os cones podem se ligar a células bipolares ON e OFF. As células bipolares OFF expressam receptores de membrana de resposta excitatória para o glutamato. Logo, na presença de luz, como há menor quantidade de glutamato sendo liberado pelo fotorreceptor, a célula bipolar OFF fica hiperpolarizada. 
	Existem centros receptores com células OFF no meio e ON na periferia, e vice-versa.
	As células horizontais são ativadas por glutamato e, quando despolarizadas, liberam NT inibitórios. Elas conectam os fotorreceptores do centro e da periferia do campo receptor, de forma que quando o centro está ativo, a periferianão está. Ela faz o contraste entre essas duas regiões.

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