Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Estado de Mal Convulsivo Introdução Crises epilépticas - descargas elétricas(DE) anormais excessiva, de um grupo de neurônios, espontânea ou secundária à algum distúrbio. Convulsões – são crises epilépticas com manifestações motoras. crises não convulsivas- sem manifestações motoras. Epilepsia - condição crônica. Crises epilépticas recorrentes, sem eventos externos. Introdução Estado de Mal Epilético(EME) É definido como uma crise epiléptica com duração superior a 30 minutos ou várias crises repetidas sem a recuperação da consciência nos intervalos. Prolongada ou que se repete com frequência suficiente para gerar uma condição fixa e duradoura. Atualidade: 20 minutos? X 5 minutos? Lowestein (1998 – 1999) Working Group on SE of the Epilepsy Foundation OF America – 1993 TODOS OS PACIENTES COM CRISES COM DURAÇÃO ACIMA DE 5 MINUTOS DEVEM SER TRATADAS COM ANTICONVULSIVANTES (ADULTOS E MAIORES DE 5 ANOS) AS CRISES GENERALIZADAS GERALMENTE DURAM 3 MINUTOS SENDO QUE A MAIOR PARTE CESSA EM ATÉ 5 MINUTOS “ Quanto mais precoce o início do tratamento, mais facilmente se trata a crise” Classificação 1)Generalizadas: DE em ambos hemisférios cerebrais Obrigatoriamente, perda de consciência. 2) Parciais: DE inicia em um hemisfério cerebral 2.1)Simples: sem perda de consciência 2.2)Complexa: com perda de consciência Classificação do EME I – EME Generalizado A – Generalizado Convulsivo (EMERGÊNCIA NEUROLÓGICA) 1 – Tônico-Clônico 2 - Tônico 3 – Clônico 4- Mioclônico B – Generalizado Não-Convulsivo 1– Ausência típica 2 – Ausência atípica 3 – Atônico II – EME Parcial A– Parcial Convulsivo 1 – Parcial simples 2– Epilepsia parcial contínua B – Parcial Não-Convulsivo 1 – Parcial complexa Epidemiologia e Etiologia Ocorre mais frequentemente em crianças. 3 a 5 % - FEBRE (4% com duração >30min) 16 a 24% dos epilépticos apresentaram pelo menos 1 episódio de EME na vida. Etiologia Há um predomínio em meninos no grupo das causas conhecidas. Etiologia “idade-dependente”: < 1 ano predomina a causa orgânica aguda, > de 3 anos predomina a epilepsia previa com doses subterapêuticas. Mortalidade e Morbidade Taxas de mortalidade de 6 a 18% Sequelas neurológicas: hemiplegia, microcefalia, retardo mental e etc. Mortalidade e Morbidade Prognóstico é mais grave em crianças. O EME pode ocorrer como primeira manifestação convulsiva em menores de 3 anos (90%). Fisiopatologia Fisiopatologia Falência de mecanismos regulatórios Estímulo excessivo X mecanismos inibitório ineficazes. Neurotransmissores excitatórios Neurotransmissor inibitório: excitatórios: glutamato, GABA aspartato e acetilcolina REVISANDO... FISIOPATOLOGIA Até 30minutos Alterações sistêmicas: 1º - Liberação de catecolaminas Hiperglicemia Hipertensão arterial Taquicardia FISIOPATOLOGIA 2º - Aumento das necessidades cerebrais para 300% atividade muscular GASTO ENERGÉTICO E DE OXIGÊNIO Espasmo muscular + Hipermetabolismo Salivação +secreção traqueal Hipoxemia Necessidades (insuficiência respirátoria) tissulares(cérebro glicólise anaeróbia e músculo) de O2 ACIDOSE RESPIRATÓRIA e ACIDOSE METABÓLICA REVISANDO... Excessivo aumento do metabolismo celular Desproporcional aumento da oferta de nutrientes e oxigênio Elevação do fluxo de cálcio para dentro da célula (níveis letais) MORTE CELULAR Após 60 min de convulsão: Hipoglicemia +PA +PPC EDEMA CEREBRAL PIC Outras consequências: Lise celular hiperpotassemia aumento de enzimas musculares mioglobinúria FALÊNCIA RENAL AGUDA DIAGNÓSTICO Convulsão=diagnóstico clínico Ausências ou formas parciais= EEG Suspeitar sempre de meningite se febre + Após estabilização, iniciar investigação: Anamnese Exame físico Exames laboratoriais Exames de imagem DIAGNÓSTICO Anamnese: Duração Crises anteriores Uso prévio de anticonvulsivantes: uso regular, checar dose e peso atual do paciente Conds. Nascimento e doenças severas HMA SUMÁRIA: febre, estado geral, vômitos Intoxicação exógena, medicamentos usados pela família, brincar na ruas(drogas) Trauma prévio Exame físico: Geral: Protocolo de PCR Traumas Doença neurológica crônica Sinais Meníngeos P.A. Neurológico completo DIAGNÓSTICO EXAMES LABORATORIAIS: Triagem metabólica: glicemia, eletrólitos completos, gasometria arterial Triagem infecciosa: hemograma, PCR Triagem toxicológica: anfetaminas, barbitúricos, cocaína, opiáceos e tetra-hidrocanabinol (THC).sangue ou urina Dosagem sérica de anticonvulsivantes DIAGNÓSTICO EXAMES DE IMAGEM: RADIOGRAFIAS TC RNM Hematoma subdural Glioma Tratamento EME tônico-clônico generalizado não pode passar de 60 min. Quanto mais duradouro, mais difícil o controle, maiores repercussões sistêmicas e maior morbidade e mortalidade. Lesões cerebrais permanentes são inversamente proporcional a faixa etária. Meta do tratamento… Corrigir as alterações sistêmicas Interromper, o mais precocemente possível, a atividade elétrica anormal. Tratar ou prevenir as alterações decorrentes do EME. Manter condição cardiocirculatória e respiratória adequada (boa perfusão cerebral). EMERGÊNCIA 1º)Desobstrução de Vias aéreas(posição, corpo estranho) (intubar ou não?) Oxigenação Acesso venoso (hidratação, drogas e colher amostras de sg) Dextro 2º) Monitorar sinais vitais 3 drogas de PRIMEIRA LINHA 1º) Diazepam * 2º) Fenitoína 3º) Fenobarbital *RN e icterícia 4º) Valproato EV Na falha das 3 drogas EME refratário Outras formas de tratamento em UTI DIAZEPAM Efetivo em quase todos os estados epilépticos Dose: 0,2 a 0,5 mg/Kg (máximo 10 mg) ) 0,04 a 0,1ml/kg/dose (0,3mg/kg SBP)= 0,06 ml/kg (ampola=2ml=10mg) até 3 doses em intervalos de 5 minutos NÃO DILUIR! Desvantagens: Depressão de consciência e centro respiratório. Alterações cardiocirculatórias. ½ vida curta no SNC (20 minutos) Opção na primeira escolha MIDAZOLAM EV: 0,2 A 0,5 mg/kg/dose Opções de Via nasal(IN e intramuscular(IM) Se a obtenção do acesso venoso não for rápida: 1)VRetal: Diazepam 0,2- 0,5mg/kg/dose (2ml=10mg) 0,04 a 0,1ml/kg/dose 2)Via IM: Midazolam 0,1 a 0,15mg/kg/dose 0,02 ml/kg/dose Via IN: Midazolam 0,2 a 0,5mg/kg/dose 0,1ml/kg/dose(max) Midazolam 3ml/15mg FENITOÍNA Controla cerca de 60% a 70% das crises. Rápida difusão para o SNC (lipossolúvel). Ação anticonvulsivante efetiva: 20 min. Dose de ataque: 20mg/Kg EV (max 300 a 400 mg) Concentrações séricas terapêuticas altas doses iniciais. FENITOÍNA Droga pouco solúvel – diluída em água destilada ou soro fisiológico. Via endovenosa (grosso calibre). Velocidade máxima de infusão: 1mg/Kg/min Exemplo: 10kg= 200mg/ataque 1mg/kg/min=10mg 1 minuto 200mgX minutos = 20 minutos Diluído em AD= 20ml/kg= 200ml= 10ml/min FENITOÍNA Vantagens: - Ausência de depressão respiratória. - Ausência de depressão do SNC. * Necessário que o nível sérico da droga seja avaliado nos primeiros dias de uso. Manter em dose de manutenção de 5 a 10mg/kg/dia (12/12h) FENITOÍNA Evita-se dose complementar níveis tóxicos*. * Bradicardia, hipotensão, nistagmo, ataxia, diplopia, incoordenação, sonolência, exantemas, febre, disfunções hepáticas e discrasias sanguíneas. FENOBARBITAL SÓDICO Droga de escolha no tratamento de EME em RN Necessário: monitorização e assistência ventilatória. Dose de ataque: 15 a 20mg/Kg (max 300 a 400mg) VI= 30mg/minuto Exemplo: 10kg150mg em 5 minutos Diluir em AD:20ml/kg= 200ml. FENOBARBITAL Vantagens: - ½ vida longa; - eficácia contra crises convulsivas; - longa experiência de uso. FENOBARBITAL Nos lactentes e crianças maiores, a ½ vida varia de 72 a 96h. Nos RN, a ½ vida varia de 59 a 192h. Dose de manutenção:3 a 5 mg/kg/dia após 24h da dose de ataque. Requer avaliação de níveis séricos repetidos. SEQUÊNCIA 1º) Glicose em push: soro glicosado 10%, 2ml/Kg?? Hoje em dia DEXTRO 2º) Diazepam 3º) Fenitoína 4º) Fenobarbital sódico 5º) IOT e ventilação mecânica 6º)Midazolam, Propofol ou Tiopental Sódico Tratamento das Complicações Corrigir: Acidose metabólica Hipotensão Arterial Arritmias Hipertermia Hipo/hiperglicemia Fluxograma Geral EME ABORDAGEM TERAPÊUTICA 0 a 5 min. ESTABILIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO ESPECÍFICO 10 a 30 min. FENITOÍNA: ATÉ MAIS 2 DOSES DE 5 mg/kg/dose EV ou IO EME ABORDAGEM TERAPÊUTICA EM CRIANÇAS INTUBAÇÃO TRAQUEAL E EEG CONTÍNUO 30 a 50 min 60 a 90 min Conclusão Dados epidemiológicos sugerem que a incidência do EME é alta, assim como sua associação com sequelas e óbitos. > risco em menores de 1 ano. Identificação/tratamento precoce.
Compartilhar