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QUEIMADURA 2

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A pele é o maior órgão do corpo humano
Atendimento multiprofissional*
DESAFIO
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Pediatria
Cirurgião
Nutrólogo
Enfermeira
Fisioterapeuta
Terapeuta ocupacional
Psicóloga
Assistente Social
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Afetam:
Diretamente a pele
Alterações fisiológicas e
 Alterações metabólicas em outros órgãos
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Consequências na morbimortalidade:
Infecção
Extensão e profundidade da lesão
Idade da criança.
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1/3 das internações são < menores de 15 anos;
1/3 dos óbitos são em crianças;
A maioria dentro do domicílio(cozinha e banheiro);
Nos >1ano, 2/3 das queimaduras são meninos;
Até os 4 anos, a maioria por escaldamento;
Maiores: produtos inflamáveis, fogos de artifício;
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Outras queimaduras: químicas e elétricas.
Maus tratos:
Dados conflitantes,marcas de cigarro, marcas de ferro, escaldamento em extremidades, lesões em períneo  internação e notificação
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A pele tolera temperadutas de até 42ºC por períodos longos;
A gravidade da lesão depende dos fatores:
TEMPERATURA;
DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A FONTE DE CALOR;
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Causa mais frequente de óbito na 1º hora de atendimento: Insuficiência Respiratória
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Depois das primeiras horas: Choque
Horas seguintes: destruição de tecidoslise de hemáciashemoglobinúria+mioglobinúria+hipovolemia insuficiência renal
Causas tardias: Infecção, Tétano e Iatrogenia
SEPTICEMIA É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EM PACIENTES QUEIMADOS HOSPITALIZADOS.
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FISIOPATOLOGIA 
Sistema Tegumentar - Lesao Ulcerada Termica
Área de Hiperemia
Área de Estase
Área de 
Coagulação
Necrose e Morte Celular
Circulação Capilar Lenta (vasocontrição e trombose ⇢isquemia)
Área de Vasodilatação Reacional 
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Imaginem em lesões moderadas e graves...
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Hipovolemia + hipoproteinemia
IRA
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Tegumentar - Edemas
LIBERAÇÃO DE: CATECOLAMINAS, GH, GLUCAGON E CORTISOL
GRANDES QUEIMADURAS EM 24h
HIPERMETABOLISMO, DÉBITO CARDÍACO, E CONSUMO DE O2 AUMENTADOS
PROTEÓLISE
LIPÓLISE
GLICONEOGÊNESE
RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Pulmonar
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Renal
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Hematologico
MARGINAÇÃO E DIAPEDESE
1as horas: leucocitose
2 a 4 dias: leucopenia com desvio a E.
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Nervoso Central
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FISIOPATOLOGIA
Sistema Imunológico
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1º Grau
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PRIMEIRO GRAU:
Espessura superficial
Queimadura solar
Epiderme, sem formar bolhas
Eritema, edema e dor
Não causa agressão fisiológica
Cicatrização: 3-6 dias
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2º Grau
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SEGUNDO GRAU 
- Espessura parcial: superficial e profunda
- Epiderme e parte da derme
- Edema mais intenso e a lesão extremamente dolorosa, com formação de bolhas
- Cicatrização: 7-21 dias
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3º Grau
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TERCEIRO GRAU:
Espessura total
Toda a espessura da derme é destruída, incluindo folículos pilosos e terminações nervosas e deixando o tecido subcutâneo exposto
Indolor
Placa esbranquiçada ou enegrecida, podendo apresentar vasos dérmicos superficiais trombosados e visíveis
Textura coriácea
Cicatrização: não ocorre reepitelização, necessitando de excisão precoce e enxertia de pele
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4º Grau
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QUARTO GRAU:
Lesa tecidos subjacentes: gordura subcutânea, fáscia, músculo, osso.
 Queimaduras elétricas
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Diagrama de Lund e Browder
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Leves:
Segundo grau: menos de 10% em crianças ≤ 10 anos ou <15% da SCT em adultos.
Terceiro grau < 2% SCT.
Não apresentam risco funcional e que não envolvam olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares.
Geralmente são acompanhadas ambulatorialmente.
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Moderadas:
Segundo grau: 10 a 20% da SCT em crianças ≤ 10 anos ou adultos ≥ 50 anos e de 15 a 25% em adultos.
Terceiro grau de 2 a 10% SCT.
Não impliquem em risco funcional ou prejuízo estético dos olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares.
Excluem-se lesões elétricas de alta voltagem, queimaduras envolvendo lesão inalatória ou outros traumas associados e pacientes com doença de base.
Pacientes hospitalizados, porém não necessariamente em unidade de queimados.
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Graves:
Segundo grau > 20% da SCT em crianças ≤ 10 anos e adultos ≥ 50 anos ou 25% em adultos.
Terceiro grau > 10% SCT.
Queimaduras envolvendo olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares que podem causar prejuízo estético e/ou funcional.
Queimaduras elétricas de alta voltagem ( acima de 1000V ).
Queimaduras envolvendo lesão inalatória ou outros traumas associados.
Queimaduras em pacientes com doença de base.
Queimaduras químicas (p.e.: cáusticos).
Pacientes hospitalizados, em unidade de queimados.
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1- Queimaduras de segundo grau ≥ 10%
2- Queimaduras de terceiro grau ≥ 2%
3- Queimaduras de segundo ou de terceiro grau em: face, mãos, pés, genitais, períneo ou superfícies articulares
4- Queimaduras circunferenciais de tórax e extremidade (risco de síndrome compartimental e necessidade de escarotomia)
5- Queimadura química significativa
6- Queimaduras elétricas de alta voltagem ou acidentes por raio
7- Traumas concomitantes ( fraturas, TCE, etc.)
8- Doenças de base preexistentes
9- Suspeita de lesão inalatória
10- Suspeita de maus tratos ou negligência
11- Falta de suporte doméstico para cuidar da ferida
12- Queimaduras leves infectadas
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INALAÇÃO DE FUMAÇA: intoxicação por monóxido de carbono (CO) hipóxia.
 
responsável por 80% dos óbitos associados com a inalação de fumaça.
afinidade 250x maior que o oxigênio à hemoglobina (carboxihemoglobina).
sinais e sintomas:cefaleia, náuseas e fadiga, até sinais neurológicos(perturbação visual, ataxia, distúrbio comportamental) e depressão respiratória, cianose e morte.
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Afastar da fonte de calor
Impedir continuidade da lesão
retirar roupas,anéis,relógios,cintos 
	(efeito torniquete)
Suspeita de lesão inalatória
oxigênio 100% por máscara.
Uso de água corrente
primeiros 15 minutos
evitar aprofundamento das lesões
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Medidas de esfriamento das lesões
contra indicado hipotermia
Queimaduras químicas
lavar copiosamente com H2O por 20 min.
Proteger coluna cervical
possibilidade de lesão(explosões,queimaduras elétricas).
No transporte para hospital
proteger as lesões (compressas e lençóis secos= evitar hipotermia)
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Utilizar via endovenosa para medicações
Acesso venoso sem sucesso 
partir para via intra-óssea
Conduta inicial
suporte básico de vida 
Queimaduras=Trauma
ABC de acordo com protocolos do ATLS
Crianças com mais de 10% SCT queimada
2 acessos venosos calibrosos
Choque  20ml/kg de RL ou SF0,9%, antes de iniciar o cálculo das 24h
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Lesões elétricas podem produzir
destruição tecidual profunda
trombose intravascular
parada cardíaca
contração muscular 
Arritmias
Solução cristaloide adicional
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Queimaduras são lesões dolorosas
 
reduzir ao máximo possível
Opiáceos (Morfina) 0,1- 1 mg/kg/dose, EV
Meperidina pouco recomendada (tóxico)
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FENTANYL: mais potente que a morfina
2-6 µg/kg/dose EV.
Ansiedade diminui tolerância a dor 
associa-se então MIDAZOLAN (0,1 a 0,2 mg/kg) V ou IN
Efeito de amnésia anterógrada, ação ansiolítica, psicosedativa, hipnótica e relaxante muscular
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Avaliação da córnea com Fluoresceína 
antes que edema facial e palpebral impeçam
 
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Queimaduras de 3º grau em tórax ou região cervical (circunferenciais)
restrição ventilatória devendo ser feitas escarotomias*
*São cortes a nível da pele, feitos com um bisturi, com o objetivo de permitir que a pele queimada possa expandir, deixando passar sangue em circulação.
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Excluir lesões associadas(trauma)
Sonda nasogástrica (descompressão)
Prescrever protetores da mucosa gástrica
profilaxia de úlceras de estresse
iniciar dieta enteral precoce (hipermetabolismo)
Crianças com queimaduras >15 a 20% da superfície corpórea 
ficar inicialmente em jejum
possibilidade de íleo adinâmico.
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Passar cateter de Foley 
monitorização do débito urinário 
adequação da reanimação hídrica
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Evitar sd.compartimental: elevar membros
Pulsos ausentes:
Se as 2 situações estão resolvidas= Sd compartimental=doppler
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Escarotomias 
à beira do leito (sem anestesia)
apenas lesões de 3º grau indolores
Queimaduras elétricas 
retirada de todo tecido morto e desvitalizado mesmo com perda da capacidade funcional 
chave para sucesso no tratamento das queimaduras elétricas de alta voltagem
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Manter ambiente aquecido (28-32 °C)
Uso de cobertores adicionais sobre o leito
No centro cirúrgico 
cuidados a fim de evitar aumentos no gasto metabólico
Manter paciente em isolamento
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Ringer lactato X SF
Necessário grandes volumes, pois somente 20 a 30% dos cristalóides administrados permanecem no intravascular
Sem sinais de choque 
iniciar infusão conforme fórmula preconizada, iniciando com 20ml/kg até que seja realizado o cálculo.
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FÓRMULA DE GALVESTON:
Nas primeiras 24 horas
5.000 mL/m² SCQ/24h (perdas) 
+ 
2.000 mL/m² SCT/24 h(manutenção)
 Infundir 50% do volume nas 1ªs 8 horas após o acidente e 50% nas 16 horas restantes. 
Lactentes : adicionar glicose 5% ao RL (prevenção da hipoglicemia.)
SC=4P+7
 90+P
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Nas primeiras 24 horas
5.000 mL/m² SCQ/24h (perdas) 
+ 
2.000 mL/m² SCT/24 h(manutenção)
EXEMPLO: 15Kg. 100cm. SCQ=55%. SCT=0,64 m2 de área total..
55% ---SCQ
100%___0,64 SCQ= 0,352 m2 de área queimada
VT=3000ml ( 1500ml em 8 hs e 1500ml nas outras 16h)
9 anos: 1.07 m² 10 anos: 1.14 m²
12-13 anos: 1.33 m² Neonatos: 0.25 m2
2 anos: 0.5 m2
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Monitorizar a reanimação fluídica
Sinais vitais,pressão venosa central 
Débito urinário é o mais sensível
débito de 1 mL/kg/h na ausência de 
mioglobinúria
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 Após 24 horas o cálculo passa a ser:
3.750 mL/m² SCQ /24h 
+ 
2.000mL/m² SCT/24h
Adiciona-se agora glicose e fosfato de potássio, se função renal preservada
Colóides no segundo dia(?) – hipalbuminemia
O uso de hidroxietilamidos- sem evidências científicas em pediatria
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Áreas queimadas devem ser limpas, com retirada diária de restos necróticos e cremes.
Todos os membros da reanimação devem estar devidamente paramentados com gorro, mascara e luvas e seguir os protocolos de controle de infecção
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Retirar vestimentas e adornos com cuidado.
Lavar em água corrente ou soro fisiológico.
Remover detritos e sujeiras com auxilio de gazes e sabão.
 
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