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* * * * A pele é o maior órgão do corpo humano Atendimento multiprofissional* DESAFIO * * * Pediatria Cirurgião Nutrólogo Enfermeira Fisioterapeuta Terapeuta ocupacional Psicóloga Assistente Social * * Afetam: Diretamente a pele Alterações fisiológicas e Alterações metabólicas em outros órgãos * * Consequências na morbimortalidade: Infecção Extensão e profundidade da lesão Idade da criança. * * 1/3 das internações são < menores de 15 anos; 1/3 dos óbitos são em crianças; A maioria dentro do domicílio(cozinha e banheiro); Nos >1ano, 2/3 das queimaduras são meninos; Até os 4 anos, a maioria por escaldamento; Maiores: produtos inflamáveis, fogos de artifício; * * Outras queimaduras: químicas e elétricas. Maus tratos: Dados conflitantes,marcas de cigarro, marcas de ferro, escaldamento em extremidades, lesões em períneo internação e notificação * * A pele tolera temperadutas de até 42ºC por períodos longos; A gravidade da lesão depende dos fatores: TEMPERATURA; DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A FONTE DE CALOR; * * * * Causa mais frequente de óbito na 1º hora de atendimento: Insuficiência Respiratória * * Depois das primeiras horas: Choque Horas seguintes: destruição de tecidoslise de hemáciashemoglobinúria+mioglobinúria+hipovolemia insuficiência renal Causas tardias: Infecção, Tétano e Iatrogenia SEPTICEMIA É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EM PACIENTES QUEIMADOS HOSPITALIZADOS. * * FISIOPATOLOGIA Sistema Tegumentar - Lesao Ulcerada Termica Área de Hiperemia Área de Estase Área de Coagulação Necrose e Morte Celular Circulação Capilar Lenta (vasocontrição e trombose ⇢isquemia) Área de Vasodilatação Reacional * * Imaginem em lesões moderadas e graves... * * * * Hipovolemia + hipoproteinemia IRA * * FISIOPATOLOGIA Sistema Tegumentar - Edemas LIBERAÇÃO DE: CATECOLAMINAS, GH, GLUCAGON E CORTISOL GRANDES QUEIMADURAS EM 24h HIPERMETABOLISMO, DÉBITO CARDÍACO, E CONSUMO DE O2 AUMENTADOS PROTEÓLISE LIPÓLISE GLICONEOGÊNESE RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA * * FISIOPATOLOGIA Sistema Pulmonar * * FISIOPATOLOGIA Sistema Renal * * FISIOPATOLOGIA Sistema Hematologico MARGINAÇÃO E DIAPEDESE 1as horas: leucocitose 2 a 4 dias: leucopenia com desvio a E. * * FISIOPATOLOGIA Sistema Nervoso Central * * FISIOPATOLOGIA Sistema Imunológico * * * * 1º Grau * * PRIMEIRO GRAU: Espessura superficial Queimadura solar Epiderme, sem formar bolhas Eritema, edema e dor Não causa agressão fisiológica Cicatrização: 3-6 dias * * 2º Grau * * SEGUNDO GRAU - Espessura parcial: superficial e profunda - Epiderme e parte da derme - Edema mais intenso e a lesão extremamente dolorosa, com formação de bolhas - Cicatrização: 7-21 dias * * 3º Grau * * TERCEIRO GRAU: Espessura total Toda a espessura da derme é destruída, incluindo folículos pilosos e terminações nervosas e deixando o tecido subcutâneo exposto Indolor Placa esbranquiçada ou enegrecida, podendo apresentar vasos dérmicos superficiais trombosados e visíveis Textura coriácea Cicatrização: não ocorre reepitelização, necessitando de excisão precoce e enxertia de pele * * 4º Grau * * QUARTO GRAU: Lesa tecidos subjacentes: gordura subcutânea, fáscia, músculo, osso. Queimaduras elétricas * * Diagrama de Lund e Browder * * * * Leves: Segundo grau: menos de 10% em crianças ≤ 10 anos ou <15% da SCT em adultos. Terceiro grau < 2% SCT. Não apresentam risco funcional e que não envolvam olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares. Geralmente são acompanhadas ambulatorialmente. * * Moderadas: Segundo grau: 10 a 20% da SCT em crianças ≤ 10 anos ou adultos ≥ 50 anos e de 15 a 25% em adultos. Terceiro grau de 2 a 10% SCT. Não impliquem em risco funcional ou prejuízo estético dos olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares. Excluem-se lesões elétricas de alta voltagem, queimaduras envolvendo lesão inalatória ou outros traumas associados e pacientes com doença de base. Pacientes hospitalizados, porém não necessariamente em unidade de queimados. * * Graves: Segundo grau > 20% da SCT em crianças ≤ 10 anos e adultos ≥ 50 anos ou 25% em adultos. Terceiro grau > 10% SCT. Queimaduras envolvendo olhos, orelhas, face, mãos, pés, períneo ou superfícies articulares que podem causar prejuízo estético e/ou funcional. Queimaduras elétricas de alta voltagem ( acima de 1000V ). Queimaduras envolvendo lesão inalatória ou outros traumas associados. Queimaduras em pacientes com doença de base. Queimaduras químicas (p.e.: cáusticos). Pacientes hospitalizados, em unidade de queimados. * * * * 1- Queimaduras de segundo grau ≥ 10% 2- Queimaduras de terceiro grau ≥ 2% 3- Queimaduras de segundo ou de terceiro grau em: face, mãos, pés, genitais, períneo ou superfícies articulares 4- Queimaduras circunferenciais de tórax e extremidade (risco de síndrome compartimental e necessidade de escarotomia) 5- Queimadura química significativa 6- Queimaduras elétricas de alta voltagem ou acidentes por raio 7- Traumas concomitantes ( fraturas, TCE, etc.) 8- Doenças de base preexistentes 9- Suspeita de lesão inalatória 10- Suspeita de maus tratos ou negligência 11- Falta de suporte doméstico para cuidar da ferida 12- Queimaduras leves infectadas * * INALAÇÃO DE FUMAÇA: intoxicação por monóxido de carbono (CO) hipóxia. responsável por 80% dos óbitos associados com a inalação de fumaça. afinidade 250x maior que o oxigênio à hemoglobina (carboxihemoglobina). sinais e sintomas:cefaleia, náuseas e fadiga, até sinais neurológicos(perturbação visual, ataxia, distúrbio comportamental) e depressão respiratória, cianose e morte. * * * * Afastar da fonte de calor Impedir continuidade da lesão retirar roupas,anéis,relógios,cintos (efeito torniquete) Suspeita de lesão inalatória oxigênio 100% por máscara. Uso de água corrente primeiros 15 minutos evitar aprofundamento das lesões * * Medidas de esfriamento das lesões contra indicado hipotermia Queimaduras químicas lavar copiosamente com H2O por 20 min. Proteger coluna cervical possibilidade de lesão(explosões,queimaduras elétricas). No transporte para hospital proteger as lesões (compressas e lençóis secos= evitar hipotermia) * * Utilizar via endovenosa para medicações Acesso venoso sem sucesso partir para via intra-óssea Conduta inicial suporte básico de vida Queimaduras=Trauma ABC de acordo com protocolos do ATLS Crianças com mais de 10% SCT queimada 2 acessos venosos calibrosos Choque 20ml/kg de RL ou SF0,9%, antes de iniciar o cálculo das 24h * * Lesões elétricas podem produzir destruição tecidual profunda trombose intravascular parada cardíaca contração muscular Arritmias Solução cristaloide adicional * * Queimaduras são lesões dolorosas reduzir ao máximo possível Opiáceos (Morfina) 0,1- 1 mg/kg/dose, EV Meperidina pouco recomendada (tóxico) * * FENTANYL: mais potente que a morfina 2-6 µg/kg/dose EV. Ansiedade diminui tolerância a dor associa-se então MIDAZOLAN (0,1 a 0,2 mg/kg) V ou IN Efeito de amnésia anterógrada, ação ansiolítica, psicosedativa, hipnótica e relaxante muscular * * Avaliação da córnea com Fluoresceína antes que edema facial e palpebral impeçam * * Queimaduras de 3º grau em tórax ou região cervical (circunferenciais) restrição ventilatória devendo ser feitas escarotomias* *São cortes a nível da pele, feitos com um bisturi, com o objetivo de permitir que a pele queimada possa expandir, deixando passar sangue em circulação. * * Excluir lesões associadas(trauma) Sonda nasogástrica (descompressão) Prescrever protetores da mucosa gástrica profilaxia de úlceras de estresse iniciar dieta enteral precoce (hipermetabolismo) Crianças com queimaduras >15 a 20% da superfície corpórea ficar inicialmente em jejum possibilidade de íleo adinâmico. * * Passar cateter de Foley monitorização do débito urinário adequação da reanimação hídrica * * Evitar sd.compartimental: elevar membros Pulsos ausentes: Se as 2 situações estão resolvidas= Sd compartimental=doppler * * Escarotomias à beira do leito (sem anestesia) apenas lesões de 3º grau indolores Queimaduras elétricas retirada de todo tecido morto e desvitalizado mesmo com perda da capacidade funcional chave para sucesso no tratamento das queimaduras elétricas de alta voltagem * * Manter ambiente aquecido (28-32 °C) Uso de cobertores adicionais sobre o leito No centro cirúrgico cuidados a fim de evitar aumentos no gasto metabólico Manter paciente em isolamento * * Ringer lactato X SF Necessário grandes volumes, pois somente 20 a 30% dos cristalóides administrados permanecem no intravascular Sem sinais de choque iniciar infusão conforme fórmula preconizada, iniciando com 20ml/kg até que seja realizado o cálculo. * * FÓRMULA DE GALVESTON: Nas primeiras 24 horas 5.000 mL/m² SCQ/24h (perdas) + 2.000 mL/m² SCT/24 h(manutenção) Infundir 50% do volume nas 1ªs 8 horas após o acidente e 50% nas 16 horas restantes. Lactentes : adicionar glicose 5% ao RL (prevenção da hipoglicemia.) SC=4P+7 90+P * * Nas primeiras 24 horas 5.000 mL/m² SCQ/24h (perdas) + 2.000 mL/m² SCT/24 h(manutenção) EXEMPLO: 15Kg. 100cm. SCQ=55%. SCT=0,64 m2 de área total.. 55% ---SCQ 100%___0,64 SCQ= 0,352 m2 de área queimada VT=3000ml ( 1500ml em 8 hs e 1500ml nas outras 16h) 9 anos: 1.07 m² 10 anos: 1.14 m² 12-13 anos: 1.33 m² Neonatos: 0.25 m2 2 anos: 0.5 m2 * * Monitorizar a reanimação fluídica Sinais vitais,pressão venosa central Débito urinário é o mais sensível débito de 1 mL/kg/h na ausência de mioglobinúria * * Após 24 horas o cálculo passa a ser: 3.750 mL/m² SCQ /24h + 2.000mL/m² SCT/24h Adiciona-se agora glicose e fosfato de potássio, se função renal preservada Colóides no segundo dia(?) – hipalbuminemia O uso de hidroxietilamidos- sem evidências científicas em pediatria * * * * Áreas queimadas devem ser limpas, com retirada diária de restos necróticos e cremes. Todos os membros da reanimação devem estar devidamente paramentados com gorro, mascara e luvas e seguir os protocolos de controle de infecção * * Retirar vestimentas e adornos com cuidado. Lavar em água corrente ou soro fisiológico. Remover detritos e sujeiras com auxilio de gazes e sabão. * * * * * * * *
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