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Apostila 1

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Prévia do material em texto

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 
 
1 
 
 
Prof. Fabio Uchôas de Lima 
 
Texto e contexto 
 
 
 
 
 
 
 
 Cédula brasileira de 1932 
Texto e contexto 
 Cédula de cem reais comemorativa 
Texto e contexto 
Cédulas – texto 
 Unidade de sentido com linguagem que 
permite aos indivíduos a comunicação. 
 
Cédula - sentido textual 
 (historiadores ou linguistas) documento 
histórico em dois momentos do país. 
Texto e contexto 
 Cédulas reforçam a história das grandes 
personalidades do país 
 nas duas cédulas há retrato de 
personalidades: 
1. Domingos Jorge Velho, bandeirante, 
caçador e matador de índios; 
2. Princesa Isabel, libertadora dos escravos 
e fim da monarquia. 
Texto e contexto 
Texto é: 
 
 
Ouvido Ouvir conversas, noticiários nas rádios ou 
televisão, palestras, discursos (eleição), músicas. 
Falado Textos falados: conversas, aula que a professora 
ministra, apresentação em uma reunião de 
trabalho, declaração de amor. 
Lido Textos escritos: notícias, horóscopos, carta 
do leitor, editorial em revista ou jornal; 
romances, contos, poemas etc. em livros 
impressos; email, Orkut e outros textos 
virtuais; recados, bilhetes, receitas, bula e 
outros do cotidiano. 
Escrito Bilhetes, recados e outros do cotidiano; 
email, cartas comerciais, memorandos, 
relatórios e outros possíveis de trabalho; 
poemas, contos, crônicas do mundo da 
literatura. 
Texto e contexto 
 Interação – entre nós e o outro. 
 Instrução para o outro fazer a 
identificação. 
 Todo texto é expressão de atividade 
social e comunicativa 
 Não existe fora das inter-relações 
pessoais. 
 Todo texto está ancorado em um 
contexto social concreto. 
 
Texto e contexto 
(KOCH, 1998:22) 
 Texto é uma atividade consciente, 
criativa, que compreende o 
desenvolvimento de estratégias 
concretas de escolha de meios 
adequados à realização dos objetivos. 
 Atividade intencional, e o falante 
demonstra seus propósitos utilizando-se 
da manifestação verbal. 
 
Texto e contexto 
Um texto não é uma mera soma de frases. 
O que o diferencia de um não-texto é a sua 
textualidade. Os sete fatores de 
textualidade são: 
1. a coesão: a relação de encadeamento de 
partes e de unidades; 
2. a coerência: o sentido atribuído por um 
interlocutor; 
3. a intencionalidade: o que o autor quer do 
leitor; 
4. a aceitabilidade: o que o leitor espera; 
5. a informatividade: os dados novos; 
6. a situacionalidade: os atores e o lugar da 
comunicação e 
7. a intertextualidade: a referência a outros 
textos. 
1. COESÃO 
a relação de encadeamento de 
partes e de unidades 
COESÃO 
Coesão - encadeamento das ideias no texto. 
Elementos gramaticais – conectivos - 
que estabelecem nexo entre as ideias. 
(marcas linguísticas: referência, 
substituição, repetição) 
Coesão – anafóricos / catafóricos 
 Anafóricos – quando há Retomada de 
termos em um texto. Evita a repetição de 
algo que já foi escrito. 
 Exemplo: 
 As crianças são o espelho de uma 
educação. Elas nos oferecem os 
parâmetros para uma reflexão social. 
 
 
Coesão – anafóricos / catafóricos 
 Catafóricos – antecipa ou anuncia um 
fato ainda a ser apresentado. 
 Exemplo: 
 O aluno disse isto: vale a pena 
estudar para saber e crescer 
profissionalmente. 
 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Gradação – direciona os argumentos 
para uma conclusão. E o mais forte será 
enfatizado por conectivos como: no 
mínimo, inclusive. 
 Exemplo: 
 Todos os brasileiros preocupam-se 
com a crise econômica, inclusive os 
jovens sem o primeiro emprego. 
 
 Conjunção argumentativa: determina 
uma relação lógica em que os conectivos 
devem ligar argumentos em favor de 
uma mesma conclusão. Utilizam-se 
conectivos do tipo e, também, ainda, 
mas também, além disso etc. 
Exemplo: 
 Uma série de questionamentos fazem 
parte das discussões sobre a política de 
preservação do meio ambiente em nosso 
país. Muito se discute, mas pouco se 
propõe. Além disso, é repugnante 
observar como alguns governantes 
enriquecem por conta do desmatamento 
na Amazônia 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Disjunção argumentativa: determina uma 
relação lógica em que os conectivos 
enfatizam conclusões opostas. Utilizam-
se conectivos como ou, ou então, caso 
contrário, etc. 
Exemplo: 
 É preciso reconhecer a urgência de uma 
política para a preservação do meio 
ambiente, caso contrário, problemas 
como o desmatamento se agravarão; 
Desenvolvimento – processo lógico 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Conclusão – acontece entre dois 
enunciados. Utilizam-se conectivos 
como: logo, portanto, pois 
 Exemplo: 
 O meio ambiente é uma questão 
mundial, portanto o país deve ter 
políticas para sua preservação. 
 
 Explicação ou Justificativa sobre a 
informação anunciada - utilizam-se 
conectivos como porque, já que, pois 
etc. 
Exemplo: 
 A preservação do meio ambiente é 
condição para a sobrevida das próximas 
gerações, porque garantirá o uso de 
elementos de primeira necessidade 
como a água; 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Contrajunção: é a relação lógica 
marcada pela contraposição entre as 
ideias. Utilizam-se conectivos do tipo 
mas, porém, entretanto etc. 
Exemplo: 
 A sociedade se preocupa com a 
preservação do meio ambiente, porém 
ainda é minoria os que se educam para a 
preservação; 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Argumento decisivo: é apresentado para 
indicar um acréscimo de informação 
para enfatizar um argumento contrário. 
Utilizam-se conectivos como aliás, além 
do mais, além de tudo, etc. 
Exemplo: 
 São tantos os discursos vazios sobre a 
preservação do meio ambiente. Além do 
mais, em quais políticos a sociedade 
pode confiar diante dos escândalos que 
os envolvem? 
Desenvolvimento – processo lógico 
 Generalização ou Ampliação da 
informação: utilizam-se conectivos do 
tipo de fato, realmente, aliás etc. 
Exemplo: 
 A sociedade pede providências políticas 
para a preservação do meio ambiente; de 
fato a urgência se justifica pela 
qualidade de vida que está totalmente 
comprometida. 
Desenvolvimento – processo lógico 
Exercício 
 
Exercício 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) Coesão deve encadear ideias no texto. 
b) Os anafóricos retomam os termos no 
texto. 
c) Os catafóricos anunciam um fato a ser 
apresentado. 
d) A generalização marca uma conclusão. 
e) Argumento decisivo acrescenta 
informação com ênfase no argumento 
contrário. 
 
Resposta 
 Alternativa “d”. 
 
2. COERÊNCIA 
o sentido atribuído por um 
interlocutor 
COERÊNCIA 
 A coerência relaciona-se ao sentido do 
texto. 
 Manifesta-se na construção de sentido 
da unidade textual e implica uma 
continuidade de sentidos entre as ideias 
presentes no texto. 
Coerência 
 Ocorre quando há lógica entre as partes 
da narrativa. 
 Ao se escolher um tema, é necessário 
encadear as informações, de maneira 
que não haja contradição entre tema e 
informação 
 Há um contrato de entendimento entre 
quem elabora e quem lê o texto para que 
haja interpretabilidade. 
 Portanto, a coerência é construída pelo 
leitor, à medida que o texto faz sentido 
para ele. 
Coerência narrativa 
 É a que ocorre quando se respeitam as 
implicações lógicas existentes entre as 
partes da narrativa. 
 Assim, por exemplo, para que uma 
personagemrealize uma ação, é preciso 
que ela tenha capacidade, ou seja, saiba 
e possa fazê-la. 
 O que é posterior depende do que é 
anterior 
Incoerência narrativa 
Exemplo: 
 “Lá dentro havia uma fumaça espessa 
que não deixava que víssemos ninguém. 
 Na festa, havia pessoas de todos os 
tipos: ruivas, brancas, pretas, amarelas, 
altas, baixas etc.” 
Incoerência narrativa, pois a personagem 
não podia ver e viu. 
 
Coerência argumentativa 
 São relações de implicação ou 
adequação que se estabelecem entre 
certos pressupostos ou afirmações 
explícitas, colocadas no texto e as 
conclusões que se tira deles 
Exemplo 
 Se o texto disser que o descontrole 
orçamentário é a causa da inflação e que 
este é o problema mais grave do país, 
será contraditório se concluir que o 
governo deve aumentar os gastos 
públicos para aquecer a economia 
Coerência argumentativa 
Exemplo: 
 Se no tema há o descontrole 
orçamentário como causa da inflação e 
este é o problema mais grave do país, 
será contraditório concluir que o 
governo deve aumentar os gastos 
públicos para aquecer a economia. 
 
Coerência temporal 
 Respeita as leis da sucessividade dos 
eventos. Há compatibilidade entre os 
enunciados do texto sob o ponto de vista 
temporal. 
 Exemplo: 
 Maria pôs o arroz no fogo, depois o 
escolheu. (é incoerente, pois subverte 
a sucessividade dos eventos do 
processo de preparo do arroz: 
escolher e depois pôr no fogo). 
 
Coerência figurativa 
 Diz respeito à combinatória de figuras 
para manifestar um dado tema ou à 
compatibilidade de figuras entre si. 
Exemplo: 
“Todos os peixes, durante a gravidez, 
ficam agressivos.” 
 
 há uma incompatibilidade flagrante 
entre as figuras dos peixes e a 
gravidez 
Coerência temporal 
 É aquela que respeita as leis da 
sucessividade dos eventos ou apresenta 
uma compatibilidade entre os 
enunciados do texto, do ponto de vista 
da localização no tempo. 
Exemplo 
 “Maria pôs o arroz no fogo, depois o 
escolheu”. 
 é incoerente, pois subverte a 
sucessividade dos eventos do processo 
de preparo do arroz: primeiro, escolher; 
depois, pôr no fogo... 
Coerência espacial 
 Compatibilidade entre os enunciados 
sob a ótica do espaço. 
Exemplo: 
 “Embaixo do único lustre, no meio do 
teto, um grupo de pessoas 
conversava animadamente. Quando 
ela entrou, todos pararam de falar e a 
olharam. Ela não se importou e foi 
também postar-se embaixo do lustre 
num dos cantos do salão.” 
 
 Há incoerência pois o único lustre, no 
meio do salão, não poderia estar em 
um dos cantos. 
 
 
Coerência no nível da linguagem 
 É a compatibilidade, do ponto de vista da 
variante linguística escolhida, no nível 
do léxico e das estruturas sintáticas 
utilizados no texto: é incoerente colocar 
expressões chulas ou da linguagem 
informal em um texto caracterizado pela 
norma culta... 
Exemplo: 
 “Embaixo do único lustre, no meio do 
teto, um grupo de pessoas 
conversava animadamente. Quando 
ela entrou, todos pararam de falar e a 
olharam. Ela não se importou e foi 
também postar-se embaixo do lustre 
num dos cantos do salão.” 
 
 
3. INTENCIONALIDADE 
o que o autor quer do leitor 
Intencionalidade 
 Concerne ao empenho do produtor em 
construir um texto coerente, coeso e 
capaz de satisfazer os objetivos que tem 
em mente numa determinada situação 
comunicativa. 
 A meta pode ser informar, impressionar, 
alarmar, convencer, persuadir, ou 
defender etc., e é ela que vai orientar a 
confecção do texto. 
Intencionalidade 
 Intencionalidade: o propósito da 
comunicação. 
 Exemplo: texto que objetiva esclarecer e 
advertir ao leitor (consumidor) contra 
ciladas de publicidade enganosa. 
 Pois, o comprador deve exercer seu 
direito de escolha consciente. E não se 
iludir com “transe; a felicidade etérea, 
irreal e imaterial” indevidas para as 
qualidades do produto. 
 
4. ACEITABILIDADE 
o que o leitor espera 
Aceitabilidade 
 O outro lado da moeda da 
intencionalidade (que envolve o 
produtor) é a aceitabilidade, que diz 
respeito à expectativa do recebedor do 
texto. 
 O leitor espera que o conjunto de 
ocorrências com que se defronta seja um 
texto coerente, coeso, útil e relevante, 
capaz de levá-lo a adquirir 
conhecimentos ou a cooperar com 
objetivos do produtor. 
Aceitabilidade 
Aceitabilidade: 
 conhecimento do leitor sobre o texto lido 
(autor, jornal, revista, site) 
 a função comunicativa de um artigo de 
opinião 
 o leitor espera um ponto de vista sobre 
uma questão controvertida, argumentos 
consistentes, percurso e unidade 
temática. 
 o leitor prepara-se para aceitar o texto, 
com base no conhecimento sobre o 
tema, tipo de texto, a interação. 
 
5. INFORMATIVIDADE 
os dados novos 
Informatividade 
 Refere-se ao grau de previsibilidade 
(expectativa) da informação presente no 
texto. 
 
 Em um texto informativo o leitor (talvez 
consumidor) deve ser informado para 
fazer escolhas (compras) de forma 
consciente. 
 
Informatividade 
 É importante para o produtor saber com 
que conhecimentos do recebedor ele 
pode contar e que, portanto, não precisa 
explicitar no seu texto. 
 Esses conhecimentos podem advir do 
contexto imediato ou podem preexistir 
ao ato comunicativo. 
 O interesse do leitor/ouvinte pelo texto 
vai depender do grau de informatividade 
de que é portador. 
 Esse fator de textualidade trata da 
medida na qual as ocorrências de um 
texto são esperadas ou não, conhecidas 
ou não, no plano conceitual e no formal. 
6. SITUCIONALIDADE 
os atores e o lugar da 
comunicação 
Situacionalidade 
 Refere-se ao lugar e ao momento da 
comunicação. 
 Todos os dados situacionais interferem 
na produção e recepção do texto; diz 
respeito aos elementos responsáveis 
pela pertinência e relevância do texto 
quanto ao contexto em que ocorre. 
 É a adequação do texto à situação 
sociocomunicativa. 
Situacionalidade 
 Situacionalidade: Quando um texto 
aborda uma questão do mundo real – 
cotidiano. 
 Exemplo: 
 Texto jornalístico - crítico. 
 Texto com alguma formalidade, sem 
oralidade (coloquial); aborda o 
problema com profundidade; seleção 
vocabular criteriosa e distante do 
comum. 
 
7. INTERTEXTUALIDADE 
a referência a outros textos 
Intertextualidade 
 É o diálogo entre textos para aumentar o 
poder de argumentação. 
 Inúmeros textos só fazem sentido 
quando entendidos em relação a outros 
textos, que funcionam como contexto. 
 Presente nos textos opinativos e 
narrativos. 
 Todo o conhecimento pressuposto ou 
implícito faz parte do repertório de 
saberes do bom leitor, resultantes de 
leituras e experiências anteriores. 
 
Fatores de textualidade (exemplo) 
 Há textos cuja leitura “conhecemos” 
muito do que está escrito –
Intertextualidade. 
 No âmbito da intertextualidade existem 
referências feitas ao que já se sabe. 
 Referências a outros textos, anúncios, 
estórias, canções, entre muitos outros. 
 
Exercício 
 
 
 
 
 
 
 
Veja a figura e assinale a correta: 
a) Situacionalidade 
b) Intertextualidade 
c) Informatividade 
d) Intencionalidade 
e) Aceitabilidade 
Resposta 
 Resposta “b”. 
Aplicação 
Quais fatores de textualidade manifestam-se no texto 
 
“A mercadoria alucinógena” 
Correção 
Quais fatores de textualidade manifestam-seno texto 
 
“A mercadoria alucinógena” 
Fatores de textualidade 
1. Coerência: o texto tem unidade de 
sentido e se desenvolve em torno de um 
mesmo tema: a publicidade na TV, 
delimitado por uma perspectiva, a de que 
a publicidade apela para os efeitos 
mágicos dos produtos que apresenta. O 
título aponta para esse tema e o início do 
texto sintetiza o tema. 
 Tal encanto não está nos produtos, mas 
na relação imaginária que a publicidade 
fabrica entre a mercadoria e seu 
consumidor. 
 O consumidor, apesar de não levar os 
comerciais “ao pé da letra”, compra 
satisfeito a alucinação. 
Fatores de textualidade 
2. Coesão: encontramos no texto: 
 a) simultaneidade temporal entre o que o 
consumidor imagina e o que a 
publicidade faz em relação a isso: 
 b) equivalência nas relações entre as 
palavras imaginar e iludir-se: “o 
consumidor imagina que é um ser 
racional” e “a TV abandona essa ilusão”. 
 c) a pergunta retórica “Seria o tal 
refrigerante uma versão comercial das 
beberagens do Santo Daime?”, feita com 
propósito de interessar o leitor,sem 
esperar obter, portanto, resposta, que, 
na verdade, já é sabida. 
Fatores de textualidade 
Coesão: encontramos no texto: 
 
 d) uso de linguagem contundente, cheia 
de certeza: “É claro que ninguém há de 
acreditar. Ninguém leva”. 
 e) uso da gíria “é a maior viagem, bicho”, 
que revela que o autor conhece a 
questão do mundo alucinógeno. 
Fatores de textualidade 
3. Situacionalidade: o texto aborda uma 
questão do mundo real, do cotidiano das 
pessoas, expostas aos muitos apelos do 
consumo de mercadorias. Insere-se no 
domínio do jornalismo formador de 
opinião, deixando os leitores mais 
críticos e conscientes frente a 
determinadas questões da vida. 
 Os leitores previstos são os leitores da 
revista, identificados como pertencentes, 
a uma classe, no mínimo, medianamente 
letrada e crítica. Essa condição levam o 
texto a ter certo nível de formalidade, 
fora da oralidade cotidiana (coloquial), e 
com abordagem do problema mais 
elaborada, com seleção vocabular mais 
especializada e distante do comum. 
Fatores de textualidade 
4. Intencionalidade: O texto tem claramente 
o objetivo de esclarecer e de advertir ao 
leitor consumidor em relação à cilada 
dos anúncios publicitários, que atribuem 
ao produto anunciado poderes mágicos 
e alucinantes. 
 O autor reforça essa pretensão de 
advertência quando explicita que a 
publicidade deixa de lado sua função 
cívica, que é “a de informar o comprador 
para que ele exerça o seu direito de 
escolha consciente na hora da compra”, 
prometendo “o transe, a felicidade 
etérea, irreal e imaterial, que nada tem a 
ver com as propriedades físicas (ou 
químicas) do produto”. 
Fatores de textualidade 
5. Informatividade: o autor não foge de 
ideias óbvias e utiliza metaforicamente o 
universo dos alucinógenos para 
caracterizar como a publicidade 
apresenta os produtos; a publicidade 
oferece “o transe, a felicidade etérea, 
irreal e imaterial”. 
 A novidade maior do texto está em 
diminuir o poder da publicidade: atenuar 
o “gozo alucinado” atribuído 
socialmente à publicidade; e em tirar do 
foco seus poderes mágicos e 
encantatórios. 
 O leitor (também consumidor) precisa 
ser informado para fazer escolhas 
(compras) de forma consciente 
Fatores de textualidade 
6. Intertextualidade: o texto está conforme 
as regularidades dos textos opinativos. 
Além disso, todo o conhecimento 
pressuposto ou implícito faz parte do 
nosso repertório de saberes, resultantes 
de nossas experiências anteriores. Por 
exemplo, o autor supõe que podemos 
entender por que o “guaraná em lata 
provoca visões amazônicas” ou quais 
são os “portais eletrônicos do imenso 
festim psicodélico”. 
 Além disso, há referência a outro texto, 
no caso, um anúncio publicitário do chá 
Santo Daime, considerado alucinógeno. 
Fatores de textualidade 
7. Aceitabilidade: devido ao conhecimento 
do leitor sobre a revista, o tipo de leitor 
dela, a função comunicativa de um artigo 
de opinião, o leitor espera um ponto de 
vista sobre uma questão controvertida, 
argumentos consistentes, percurso e 
unidade temática. 
 Enfim, o leitor prepara-se para aceitar o 
texto, considerando seu conhecimento 
sobre a língua, o tema, o tipo de texto, a 
interação 
CONJUNTOS DE 
CONHECIMENTOS 
Sistemas de conhecimento e 
processamento textual 
 A construção e a compreensão do 
sentido do texto resultam de vários 
sistemas de conhecimento, tratados a 
seguir 
 Ressalta o texto como objeto de estudo 
 Pode ser definido como um processo de 
interação social. 
 
Conhecimento linguístico 
 Abrange o léxico e a gramática 
Conhecimento lexical: 
 Conhecer palavras da língua que 
falamos. 
 Quantas palavras da língua você 
conhece? (número exato) 
 Quantas palavras do dia a dia, você fala? 
(número exato) 
 
Conhecimento lexical: 
 Conhecer palavras da língua que 
falamos. 
 Quantas palavras da língua você 
conhece? (número exato) 
 Quantas palavras do dia a dia, você fala? 
(número exato) 
 Com pessoas da família ou amigos, 
quais palavras você costuma usar para 
um chamamento? 
 No seu campo trabalho, quais palavras 
são mais específicas? 
 
 
 
Conhecimento lexical: 
Exemplos: (Ilari, 2003) 
 Dois grupos de palavras: 
 Grupo A (cadeira, banco, caminhão, 
carroça, pufe, banquinho, motocicleta) 
 Grupo B (sofá, charrete, trenó de 
neve, poltrona, automóvel, trator) 
 Constitua campo lexical. 
 de veículo: 
 de móvel para sentar: 
 
Conhecimento linguístico: 
 Fonético e fonológico 
 Casa. 
 Quantos sons foram pronunciados para 
formar a palavra “casa”? 
 Distinguimos: 
 /k/ /a/ /z/ /a/ 
 ou seja, quatro sons, chamados também 
Fonemas. 
 
 
Conhecimento linguístico: 
 fonético e fonológico 
 
 
 
 
Conhecimento linguístico: 
 fonético e fonológico 
 Fonemas vocálicos: 
 i u 
 e o 
 ε 
 a 
 
Conhecimento linguístico: 
 Fonético e fonológico 
 Fonemas consonantais - modo: (1) 
 Os lábios existem para a formação 
destes fonemas e obstáculo para a 
corrente de ar. 
 nasal: som produzido com bloqueio à 
corrente de ar na cavidade oral o que 
permite a saída da corrente de ar pelas 
narinas. 
 Exemplo: 
 /m/, /n/, /nh/. 
 
 
Conhecimento linguístico: 
a) conhecimento morfológico 
b) conhecimento sintático 
c) conhecimento semântico 
“conhecimento linguístico” 
 Sistemas de conhecimento ou modelos 
de operações mentais do falante para 
ativar o processo de comunicação: 
a) Conhecimento linguístico: implica o 
léxico e a gramática; 
Exemplo: 
 Pitú is on the table. 
(anúncio em revista semanal) 
 
Conhecimento linguístico 
a. Conhecimento morfológico: 
Morfologia = trata das partes constituintes 
de um todo (de uma palavra) 
Exemplo: 
 In FELIZ mente 
 O s MENIN o s 
 A s a s 
 COM e re mos 
 í a mos 
 
1- Conhecimento linguístico 
b- Conhecimento sintático: 
Frase bem formada em português: 
 O menino comprou uma bicicleta nova 
com a mesada. 
Frase impossível em nossa língua: 
 A comprou uma menino o com bicicleta 
mesada nova. 
 
 
Conhecimento linguístico 
b. Conhecimento sintático: 
Exemplo: 
 "De tudo ao meu amor serei atento/ 
Antes e comtal zelo e sempre e tanto/ 
Que mesmo em face do maior encanto/ 
Dele se encante mais meu pensamento." 
(Vinícius de Moraes) 
 - em ordem direta: ´Serei atento ao meu 
amor antes de tudo´ 
 
 
Conhecimento linguístico 
c. Conhecimento semântico: 
 Significados atribuídos aos textos 
 A unidade deixa o texto como um 
conjunto delimitado. 
 Textos orais e escritos apresentam 
unidade. 
 Textos orais como conferência, palestra, 
aula e têm base em um tema específico. 
Conhecimento linguístico 
c. Conhecimento semântico: 
 A fala de um indivíduo apresenta, além 
da mensagem, muitas outras 
informações: 
 Estilo pessoal, 
 Região de origem (sotaque) 
 e pode filiá-lo a um determinado 
grupo. 
 
 
Conhecimento linguístico 
c. Conhecimento semântico: 
 Muitas palavras são polissêmicas (mais 
de um significados) 
 
 
 
 
 
Exercício 
 
Exercício 
Selecione o tema do conjunto de léxicos 
apresentado. 
(Tradução – religião – autor – mulher –
resumo – poesia – página – medo – Senado 
– posição – Machado de Assis) 
Assinale a alternativa com o Tema correto: 
a) Honestidade na política brasileira 
b) Como cuidar bem de um recém-nascido 
c) Relevância da obra de Machado de Assis 
d) D- cuidados com a beleza 
e) E- O Senado e seus Senadores 
Resposta 
 Alternativa “c”. 
Cconhecimento de mundo 
 Informações sobre os fatos do mundo 
que o indivíduo guarda na memória; 
Exemplo: 
 Quebrou pagou (louças delicadas) 
 Leu – usando leitura dinâmica - pagou 
 
Conhecimento de mundo 
 Koch (2004): 
 Conhecimentos prévios são importantes 
para o processamento textual e para o 
estabelecimento de coerência. 
 Conhecimento partilhado entre os 
interlocutores serve para balancear e 
especificar o que pode ficar implícito 
para evitar mal entendidos. 
 
Conhecimento Interacional 
Conhecimento Interacional: 
a) Ilocucional 
b) Comunicacional 
c) Metacomunicativo 
d) Superestrutural 
 
Conhecimento Interacional 
 Conhecimento interacional: dimensão 
interpessoal da linguagem. 
a) Ilocucional: meios diretos e indiretos 
para atingir um objetivo 
Exemplo: (ausência do Conhecimento) 
 “Pai- Era uma vez ... 
 Filho(6 anos) – Peraí! Esse livro é dos 
mais vendidos? O autor ganhou Premio 
Jabuti?Quem escreveu a ´orelha´ do 
livro? 
 Pai- Era uma vez um garoto chato que foi 
dormir sem ouvir estorias. “ 
 
Conhecimento Interacional 
a. Ilocucional: 
 Outro Exemplo: (Também com ausência 
do Conhecimento) 
 “Ele era diferente: - Por que não vai ver 
se estou na esquina? 
- Não ninguém na esquina. (...) 
- Ela está com a cara amarrada. 
- Amarrada com barbante ou com corda. 
- (...) Isso custa os olhos da cara. 
- Preciso vender meus olhos para pagar?” 
Conhecimento Interacional 
b. Comunicacional: 
 Quantidade de informação; variante 
linguística e gênero textual. 
Exemplo: (ausência de noção) 
 (email para B.Obama) – E aí velho! Se 
liga! Tô na pior e vô fazê um troco no 
cafofo da mana. Aplico a grana na Bolsa, 
Fundos de Pensão ou deixo tudo na 
Poupança, prá não arriscar. Brigadão. É 
nois irmão! Valeu cara! 
 
Conhecimento Interacional 
b. Comunicacional: 
Exemplo: 
 “Prezado Prof. F. Martin 
Em virtude de motivos oriundos da 
Diretoria, ficou postergada para a próxima 
semana a reunião do Colegiado. 
Atenciosamente 
A Secretaria.” 
 
 
Conhecimento Interacional 
b. Comunicacional: 
Outro Exemplo: 
 “Du 
 Vou chegar mais tarde hoje. Há outra 
reunião marcada. 
 Não se preocupe. 
 Beijinho.” 
Conhecimento Interacional 
c. Metacomunicativo: 
 Entendimento do texto pela construção 
textual, ou ações linguísticas 
configuradas. 
 “(reportagem de um) livro – (...) 
adolescente, Ana foi para a França – 
assunto já tratado aqui – (...) Em quatro 
volumes – o segundo acaba de sair aqui 
pela Companhia das Letras – é divertido 
e bem escrito.” 
 
Conhecimento Interacional 
c. Metacomunicativo: 
 (uso da linguagem para explicar a 
própria linguagem) 
 (pessoa mascarada diz:) – Minha beleza 
é tão intensa que preciso usar esta 
máscara. 
 Sim, se eu tirar, você verá meu rosto e 
algo inacreditável acontecerá. Ficarei 
invisível e você Nunca Mais me verá. 
 - Tira, tira. 
Conhecimento Interacional 
d. Conhecimento superestrutural ou 
gêneros textuais: 
 Identificação de textos adequados às 
diferentes situações de texto. 
 Exemplos: horóscopo, fábula, contos de 
fadas etc 
 
Processamento textual – 
“Conhecimento Interacional” 
d. Conhecimento superestrutural ou 
gêneros textuais: 
 Exemplo: 
 “Ao criticar seu parceiro cuide para 
deixar portas abertas por onde ele 
possa escapar. Um socio lento 
atrapalha seu negócios? Seja 
discreta. Cor ideal azul pelucia no 
inverno.” (horóscopo) 
Processamento textual – 
“Conhecimento Interacional” 
d. Conhecimento superestrutural ou 
gêneros textuais: 
 Exemplo: Fábula 
“A cabra e o asno viviam no mesmo sítio. 
- Que vida a sua! Quer um conselho? Finja 
um mal estar. 
O asno concordou e ao se jogar no buraco 
quebrou muitos ossos. O veterinário 
receitou chá de pulmão de cabra. 
A cabra foi sacrificada e o asno ficou 
curado. (Moral da estória ... ) 
Exercício 
 
Exercício 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) Escrita e fala são códigos da língua. 
b) Escrita e fala comunicam ideias. 
c) A convivência basta para que se fale 
uma língua. 
d) A convivência basta para que se escreva 
uma língua. 
e) A fala esta mais presente que a escrita 
em nossa língua. 
Resposta 
Alternativa “d”. 
Referências 
Silva, Ana Lúcia Machado da. Comunicação e Expressão. / 
Ana Lúcia Machado da Silva. – São Paulo: Editora Sol, 
2011. 
 
 
Fim do Caderno 1

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