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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 1 Prof. Fabio Uchôas de Lima Texto e contexto Cédula brasileira de 1932 Texto e contexto Cédula de cem reais comemorativa Texto e contexto Cédulas – texto Unidade de sentido com linguagem que permite aos indivíduos a comunicação. Cédula - sentido textual (historiadores ou linguistas) documento histórico em dois momentos do país. Texto e contexto Cédulas reforçam a história das grandes personalidades do país nas duas cédulas há retrato de personalidades: 1. Domingos Jorge Velho, bandeirante, caçador e matador de índios; 2. Princesa Isabel, libertadora dos escravos e fim da monarquia. Texto e contexto Texto é: Ouvido Ouvir conversas, noticiários nas rádios ou televisão, palestras, discursos (eleição), músicas. Falado Textos falados: conversas, aula que a professora ministra, apresentação em uma reunião de trabalho, declaração de amor. Lido Textos escritos: notícias, horóscopos, carta do leitor, editorial em revista ou jornal; romances, contos, poemas etc. em livros impressos; email, Orkut e outros textos virtuais; recados, bilhetes, receitas, bula e outros do cotidiano. Escrito Bilhetes, recados e outros do cotidiano; email, cartas comerciais, memorandos, relatórios e outros possíveis de trabalho; poemas, contos, crônicas do mundo da literatura. Texto e contexto Interação – entre nós e o outro. Instrução para o outro fazer a identificação. Todo texto é expressão de atividade social e comunicativa Não existe fora das inter-relações pessoais. Todo texto está ancorado em um contexto social concreto. Texto e contexto (KOCH, 1998:22) Texto é uma atividade consciente, criativa, que compreende o desenvolvimento de estratégias concretas de escolha de meios adequados à realização dos objetivos. Atividade intencional, e o falante demonstra seus propósitos utilizando-se da manifestação verbal. Texto e contexto Um texto não é uma mera soma de frases. O que o diferencia de um não-texto é a sua textualidade. Os sete fatores de textualidade são: 1. a coesão: a relação de encadeamento de partes e de unidades; 2. a coerência: o sentido atribuído por um interlocutor; 3. a intencionalidade: o que o autor quer do leitor; 4. a aceitabilidade: o que o leitor espera; 5. a informatividade: os dados novos; 6. a situacionalidade: os atores e o lugar da comunicação e 7. a intertextualidade: a referência a outros textos. 1. COESÃO a relação de encadeamento de partes e de unidades COESÃO Coesão - encadeamento das ideias no texto. Elementos gramaticais – conectivos - que estabelecem nexo entre as ideias. (marcas linguísticas: referência, substituição, repetição) Coesão – anafóricos / catafóricos Anafóricos – quando há Retomada de termos em um texto. Evita a repetição de algo que já foi escrito. Exemplo: As crianças são o espelho de uma educação. Elas nos oferecem os parâmetros para uma reflexão social. Coesão – anafóricos / catafóricos Catafóricos – antecipa ou anuncia um fato ainda a ser apresentado. Exemplo: O aluno disse isto: vale a pena estudar para saber e crescer profissionalmente. Desenvolvimento – processo lógico Gradação – direciona os argumentos para uma conclusão. E o mais forte será enfatizado por conectivos como: no mínimo, inclusive. Exemplo: Todos os brasileiros preocupam-se com a crise econômica, inclusive os jovens sem o primeiro emprego. Conjunção argumentativa: determina uma relação lógica em que os conectivos devem ligar argumentos em favor de uma mesma conclusão. Utilizam-se conectivos do tipo e, também, ainda, mas também, além disso etc. Exemplo: Uma série de questionamentos fazem parte das discussões sobre a política de preservação do meio ambiente em nosso país. Muito se discute, mas pouco se propõe. Além disso, é repugnante observar como alguns governantes enriquecem por conta do desmatamento na Amazônia Desenvolvimento – processo lógico Disjunção argumentativa: determina uma relação lógica em que os conectivos enfatizam conclusões opostas. Utilizam- se conectivos como ou, ou então, caso contrário, etc. Exemplo: É preciso reconhecer a urgência de uma política para a preservação do meio ambiente, caso contrário, problemas como o desmatamento se agravarão; Desenvolvimento – processo lógico Desenvolvimento – processo lógico Conclusão – acontece entre dois enunciados. Utilizam-se conectivos como: logo, portanto, pois Exemplo: O meio ambiente é uma questão mundial, portanto o país deve ter políticas para sua preservação. Explicação ou Justificativa sobre a informação anunciada - utilizam-se conectivos como porque, já que, pois etc. Exemplo: A preservação do meio ambiente é condição para a sobrevida das próximas gerações, porque garantirá o uso de elementos de primeira necessidade como a água; Desenvolvimento – processo lógico Contrajunção: é a relação lógica marcada pela contraposição entre as ideias. Utilizam-se conectivos do tipo mas, porém, entretanto etc. Exemplo: A sociedade se preocupa com a preservação do meio ambiente, porém ainda é minoria os que se educam para a preservação; Desenvolvimento – processo lógico Argumento decisivo: é apresentado para indicar um acréscimo de informação para enfatizar um argumento contrário. Utilizam-se conectivos como aliás, além do mais, além de tudo, etc. Exemplo: São tantos os discursos vazios sobre a preservação do meio ambiente. Além do mais, em quais políticos a sociedade pode confiar diante dos escândalos que os envolvem? Desenvolvimento – processo lógico Generalização ou Ampliação da informação: utilizam-se conectivos do tipo de fato, realmente, aliás etc. Exemplo: A sociedade pede providências políticas para a preservação do meio ambiente; de fato a urgência se justifica pela qualidade de vida que está totalmente comprometida. Desenvolvimento – processo lógico Exercício Exercício Assinale a alternativa incorreta: a) Coesão deve encadear ideias no texto. b) Os anafóricos retomam os termos no texto. c) Os catafóricos anunciam um fato a ser apresentado. d) A generalização marca uma conclusão. e) Argumento decisivo acrescenta informação com ênfase no argumento contrário. Resposta Alternativa “d”. 2. COERÊNCIA o sentido atribuído por um interlocutor COERÊNCIA A coerência relaciona-se ao sentido do texto. Manifesta-se na construção de sentido da unidade textual e implica uma continuidade de sentidos entre as ideias presentes no texto. Coerência Ocorre quando há lógica entre as partes da narrativa. Ao se escolher um tema, é necessário encadear as informações, de maneira que não haja contradição entre tema e informação Há um contrato de entendimento entre quem elabora e quem lê o texto para que haja interpretabilidade. Portanto, a coerência é construída pelo leitor, à medida que o texto faz sentido para ele. Coerência narrativa É a que ocorre quando se respeitam as implicações lógicas existentes entre as partes da narrativa. Assim, por exemplo, para que uma personagemrealize uma ação, é preciso que ela tenha capacidade, ou seja, saiba e possa fazê-la. O que é posterior depende do que é anterior Incoerência narrativa Exemplo: “Lá dentro havia uma fumaça espessa que não deixava que víssemos ninguém. Na festa, havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas etc.” Incoerência narrativa, pois a personagem não podia ver e viu. Coerência argumentativa São relações de implicação ou adequação que se estabelecem entre certos pressupostos ou afirmações explícitas, colocadas no texto e as conclusões que se tira deles Exemplo Se o texto disser que o descontrole orçamentário é a causa da inflação e que este é o problema mais grave do país, será contraditório se concluir que o governo deve aumentar os gastos públicos para aquecer a economia Coerência argumentativa Exemplo: Se no tema há o descontrole orçamentário como causa da inflação e este é o problema mais grave do país, será contraditório concluir que o governo deve aumentar os gastos públicos para aquecer a economia. Coerência temporal Respeita as leis da sucessividade dos eventos. Há compatibilidade entre os enunciados do texto sob o ponto de vista temporal. Exemplo: Maria pôs o arroz no fogo, depois o escolheu. (é incoerente, pois subverte a sucessividade dos eventos do processo de preparo do arroz: escolher e depois pôr no fogo). Coerência figurativa Diz respeito à combinatória de figuras para manifestar um dado tema ou à compatibilidade de figuras entre si. Exemplo: “Todos os peixes, durante a gravidez, ficam agressivos.” há uma incompatibilidade flagrante entre as figuras dos peixes e a gravidez Coerência temporal É aquela que respeita as leis da sucessividade dos eventos ou apresenta uma compatibilidade entre os enunciados do texto, do ponto de vista da localização no tempo. Exemplo “Maria pôs o arroz no fogo, depois o escolheu”. é incoerente, pois subverte a sucessividade dos eventos do processo de preparo do arroz: primeiro, escolher; depois, pôr no fogo... Coerência espacial Compatibilidade entre os enunciados sob a ótica do espaço. Exemplo: “Embaixo do único lustre, no meio do teto, um grupo de pessoas conversava animadamente. Quando ela entrou, todos pararam de falar e a olharam. Ela não se importou e foi também postar-se embaixo do lustre num dos cantos do salão.” Há incoerência pois o único lustre, no meio do salão, não poderia estar em um dos cantos. Coerência no nível da linguagem É a compatibilidade, do ponto de vista da variante linguística escolhida, no nível do léxico e das estruturas sintáticas utilizados no texto: é incoerente colocar expressões chulas ou da linguagem informal em um texto caracterizado pela norma culta... Exemplo: “Embaixo do único lustre, no meio do teto, um grupo de pessoas conversava animadamente. Quando ela entrou, todos pararam de falar e a olharam. Ela não se importou e foi também postar-se embaixo do lustre num dos cantos do salão.” 3. INTENCIONALIDADE o que o autor quer do leitor Intencionalidade Concerne ao empenho do produtor em construir um texto coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação comunicativa. A meta pode ser informar, impressionar, alarmar, convencer, persuadir, ou defender etc., e é ela que vai orientar a confecção do texto. Intencionalidade Intencionalidade: o propósito da comunicação. Exemplo: texto que objetiva esclarecer e advertir ao leitor (consumidor) contra ciladas de publicidade enganosa. Pois, o comprador deve exercer seu direito de escolha consciente. E não se iludir com “transe; a felicidade etérea, irreal e imaterial” indevidas para as qualidades do produto. 4. ACEITABILIDADE o que o leitor espera Aceitabilidade O outro lado da moeda da intencionalidade (que envolve o produtor) é a aceitabilidade, que diz respeito à expectativa do recebedor do texto. O leitor espera que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com objetivos do produtor. Aceitabilidade Aceitabilidade: conhecimento do leitor sobre o texto lido (autor, jornal, revista, site) a função comunicativa de um artigo de opinião o leitor espera um ponto de vista sobre uma questão controvertida, argumentos consistentes, percurso e unidade temática. o leitor prepara-se para aceitar o texto, com base no conhecimento sobre o tema, tipo de texto, a interação. 5. INFORMATIVIDADE os dados novos Informatividade Refere-se ao grau de previsibilidade (expectativa) da informação presente no texto. Em um texto informativo o leitor (talvez consumidor) deve ser informado para fazer escolhas (compras) de forma consciente. Informatividade É importante para o produtor saber com que conhecimentos do recebedor ele pode contar e que, portanto, não precisa explicitar no seu texto. Esses conhecimentos podem advir do contexto imediato ou podem preexistir ao ato comunicativo. O interesse do leitor/ouvinte pelo texto vai depender do grau de informatividade de que é portador. Esse fator de textualidade trata da medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no formal. 6. SITUCIONALIDADE os atores e o lugar da comunicação Situacionalidade Refere-se ao lugar e ao momento da comunicação. Todos os dados situacionais interferem na produção e recepção do texto; diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação sociocomunicativa. Situacionalidade Situacionalidade: Quando um texto aborda uma questão do mundo real – cotidiano. Exemplo: Texto jornalístico - crítico. Texto com alguma formalidade, sem oralidade (coloquial); aborda o problema com profundidade; seleção vocabular criteriosa e distante do comum. 7. INTERTEXTUALIDADE a referência a outros textos Intertextualidade É o diálogo entre textos para aumentar o poder de argumentação. Inúmeros textos só fazem sentido quando entendidos em relação a outros textos, que funcionam como contexto. Presente nos textos opinativos e narrativos. Todo o conhecimento pressuposto ou implícito faz parte do repertório de saberes do bom leitor, resultantes de leituras e experiências anteriores. Fatores de textualidade (exemplo) Há textos cuja leitura “conhecemos” muito do que está escrito – Intertextualidade. No âmbito da intertextualidade existem referências feitas ao que já se sabe. Referências a outros textos, anúncios, estórias, canções, entre muitos outros. Exercício Veja a figura e assinale a correta: a) Situacionalidade b) Intertextualidade c) Informatividade d) Intencionalidade e) Aceitabilidade Resposta Resposta “b”. Aplicação Quais fatores de textualidade manifestam-se no texto “A mercadoria alucinógena” Correção Quais fatores de textualidade manifestam-seno texto “A mercadoria alucinógena” Fatores de textualidade 1. Coerência: o texto tem unidade de sentido e se desenvolve em torno de um mesmo tema: a publicidade na TV, delimitado por uma perspectiva, a de que a publicidade apela para os efeitos mágicos dos produtos que apresenta. O título aponta para esse tema e o início do texto sintetiza o tema. Tal encanto não está nos produtos, mas na relação imaginária que a publicidade fabrica entre a mercadoria e seu consumidor. O consumidor, apesar de não levar os comerciais “ao pé da letra”, compra satisfeito a alucinação. Fatores de textualidade 2. Coesão: encontramos no texto: a) simultaneidade temporal entre o que o consumidor imagina e o que a publicidade faz em relação a isso: b) equivalência nas relações entre as palavras imaginar e iludir-se: “o consumidor imagina que é um ser racional” e “a TV abandona essa ilusão”. c) a pergunta retórica “Seria o tal refrigerante uma versão comercial das beberagens do Santo Daime?”, feita com propósito de interessar o leitor,sem esperar obter, portanto, resposta, que, na verdade, já é sabida. Fatores de textualidade Coesão: encontramos no texto: d) uso de linguagem contundente, cheia de certeza: “É claro que ninguém há de acreditar. Ninguém leva”. e) uso da gíria “é a maior viagem, bicho”, que revela que o autor conhece a questão do mundo alucinógeno. Fatores de textualidade 3. Situacionalidade: o texto aborda uma questão do mundo real, do cotidiano das pessoas, expostas aos muitos apelos do consumo de mercadorias. Insere-se no domínio do jornalismo formador de opinião, deixando os leitores mais críticos e conscientes frente a determinadas questões da vida. Os leitores previstos são os leitores da revista, identificados como pertencentes, a uma classe, no mínimo, medianamente letrada e crítica. Essa condição levam o texto a ter certo nível de formalidade, fora da oralidade cotidiana (coloquial), e com abordagem do problema mais elaborada, com seleção vocabular mais especializada e distante do comum. Fatores de textualidade 4. Intencionalidade: O texto tem claramente o objetivo de esclarecer e de advertir ao leitor consumidor em relação à cilada dos anúncios publicitários, que atribuem ao produto anunciado poderes mágicos e alucinantes. O autor reforça essa pretensão de advertência quando explicita que a publicidade deixa de lado sua função cívica, que é “a de informar o comprador para que ele exerça o seu direito de escolha consciente na hora da compra”, prometendo “o transe, a felicidade etérea, irreal e imaterial, que nada tem a ver com as propriedades físicas (ou químicas) do produto”. Fatores de textualidade 5. Informatividade: o autor não foge de ideias óbvias e utiliza metaforicamente o universo dos alucinógenos para caracterizar como a publicidade apresenta os produtos; a publicidade oferece “o transe, a felicidade etérea, irreal e imaterial”. A novidade maior do texto está em diminuir o poder da publicidade: atenuar o “gozo alucinado” atribuído socialmente à publicidade; e em tirar do foco seus poderes mágicos e encantatórios. O leitor (também consumidor) precisa ser informado para fazer escolhas (compras) de forma consciente Fatores de textualidade 6. Intertextualidade: o texto está conforme as regularidades dos textos opinativos. Além disso, todo o conhecimento pressuposto ou implícito faz parte do nosso repertório de saberes, resultantes de nossas experiências anteriores. Por exemplo, o autor supõe que podemos entender por que o “guaraná em lata provoca visões amazônicas” ou quais são os “portais eletrônicos do imenso festim psicodélico”. Além disso, há referência a outro texto, no caso, um anúncio publicitário do chá Santo Daime, considerado alucinógeno. Fatores de textualidade 7. Aceitabilidade: devido ao conhecimento do leitor sobre a revista, o tipo de leitor dela, a função comunicativa de um artigo de opinião, o leitor espera um ponto de vista sobre uma questão controvertida, argumentos consistentes, percurso e unidade temática. Enfim, o leitor prepara-se para aceitar o texto, considerando seu conhecimento sobre a língua, o tema, o tipo de texto, a interação CONJUNTOS DE CONHECIMENTOS Sistemas de conhecimento e processamento textual A construção e a compreensão do sentido do texto resultam de vários sistemas de conhecimento, tratados a seguir Ressalta o texto como objeto de estudo Pode ser definido como um processo de interação social. Conhecimento linguístico Abrange o léxico e a gramática Conhecimento lexical: Conhecer palavras da língua que falamos. Quantas palavras da língua você conhece? (número exato) Quantas palavras do dia a dia, você fala? (número exato) Conhecimento lexical: Conhecer palavras da língua que falamos. Quantas palavras da língua você conhece? (número exato) Quantas palavras do dia a dia, você fala? (número exato) Com pessoas da família ou amigos, quais palavras você costuma usar para um chamamento? No seu campo trabalho, quais palavras são mais específicas? Conhecimento lexical: Exemplos: (Ilari, 2003) Dois grupos de palavras: Grupo A (cadeira, banco, caminhão, carroça, pufe, banquinho, motocicleta) Grupo B (sofá, charrete, trenó de neve, poltrona, automóvel, trator) Constitua campo lexical. de veículo: de móvel para sentar: Conhecimento linguístico: Fonético e fonológico Casa. Quantos sons foram pronunciados para formar a palavra “casa”? Distinguimos: /k/ /a/ /z/ /a/ ou seja, quatro sons, chamados também Fonemas. Conhecimento linguístico: fonético e fonológico Conhecimento linguístico: fonético e fonológico Fonemas vocálicos: i u e o ε a Conhecimento linguístico: Fonético e fonológico Fonemas consonantais - modo: (1) Os lábios existem para a formação destes fonemas e obstáculo para a corrente de ar. nasal: som produzido com bloqueio à corrente de ar na cavidade oral o que permite a saída da corrente de ar pelas narinas. Exemplo: /m/, /n/, /nh/. Conhecimento linguístico: a) conhecimento morfológico b) conhecimento sintático c) conhecimento semântico “conhecimento linguístico” Sistemas de conhecimento ou modelos de operações mentais do falante para ativar o processo de comunicação: a) Conhecimento linguístico: implica o léxico e a gramática; Exemplo: Pitú is on the table. (anúncio em revista semanal) Conhecimento linguístico a. Conhecimento morfológico: Morfologia = trata das partes constituintes de um todo (de uma palavra) Exemplo: In FELIZ mente O s MENIN o s A s a s COM e re mos í a mos 1- Conhecimento linguístico b- Conhecimento sintático: Frase bem formada em português: O menino comprou uma bicicleta nova com a mesada. Frase impossível em nossa língua: A comprou uma menino o com bicicleta mesada nova. Conhecimento linguístico b. Conhecimento sintático: Exemplo: "De tudo ao meu amor serei atento/ Antes e comtal zelo e sempre e tanto/ Que mesmo em face do maior encanto/ Dele se encante mais meu pensamento." (Vinícius de Moraes) - em ordem direta: ´Serei atento ao meu amor antes de tudo´ Conhecimento linguístico c. Conhecimento semântico: Significados atribuídos aos textos A unidade deixa o texto como um conjunto delimitado. Textos orais e escritos apresentam unidade. Textos orais como conferência, palestra, aula e têm base em um tema específico. Conhecimento linguístico c. Conhecimento semântico: A fala de um indivíduo apresenta, além da mensagem, muitas outras informações: Estilo pessoal, Região de origem (sotaque) e pode filiá-lo a um determinado grupo. Conhecimento linguístico c. Conhecimento semântico: Muitas palavras são polissêmicas (mais de um significados) Exercício Exercício Selecione o tema do conjunto de léxicos apresentado. (Tradução – religião – autor – mulher – resumo – poesia – página – medo – Senado – posição – Machado de Assis) Assinale a alternativa com o Tema correto: a) Honestidade na política brasileira b) Como cuidar bem de um recém-nascido c) Relevância da obra de Machado de Assis d) D- cuidados com a beleza e) E- O Senado e seus Senadores Resposta Alternativa “c”. Cconhecimento de mundo Informações sobre os fatos do mundo que o indivíduo guarda na memória; Exemplo: Quebrou pagou (louças delicadas) Leu – usando leitura dinâmica - pagou Conhecimento de mundo Koch (2004): Conhecimentos prévios são importantes para o processamento textual e para o estabelecimento de coerência. Conhecimento partilhado entre os interlocutores serve para balancear e especificar o que pode ficar implícito para evitar mal entendidos. Conhecimento Interacional Conhecimento Interacional: a) Ilocucional b) Comunicacional c) Metacomunicativo d) Superestrutural Conhecimento Interacional Conhecimento interacional: dimensão interpessoal da linguagem. a) Ilocucional: meios diretos e indiretos para atingir um objetivo Exemplo: (ausência do Conhecimento) “Pai- Era uma vez ... Filho(6 anos) – Peraí! Esse livro é dos mais vendidos? O autor ganhou Premio Jabuti?Quem escreveu a ´orelha´ do livro? Pai- Era uma vez um garoto chato que foi dormir sem ouvir estorias. “ Conhecimento Interacional a. Ilocucional: Outro Exemplo: (Também com ausência do Conhecimento) “Ele era diferente: - Por que não vai ver se estou na esquina? - Não ninguém na esquina. (...) - Ela está com a cara amarrada. - Amarrada com barbante ou com corda. - (...) Isso custa os olhos da cara. - Preciso vender meus olhos para pagar?” Conhecimento Interacional b. Comunicacional: Quantidade de informação; variante linguística e gênero textual. Exemplo: (ausência de noção) (email para B.Obama) – E aí velho! Se liga! Tô na pior e vô fazê um troco no cafofo da mana. Aplico a grana na Bolsa, Fundos de Pensão ou deixo tudo na Poupança, prá não arriscar. Brigadão. É nois irmão! Valeu cara! Conhecimento Interacional b. Comunicacional: Exemplo: “Prezado Prof. F. Martin Em virtude de motivos oriundos da Diretoria, ficou postergada para a próxima semana a reunião do Colegiado. Atenciosamente A Secretaria.” Conhecimento Interacional b. Comunicacional: Outro Exemplo: “Du Vou chegar mais tarde hoje. Há outra reunião marcada. Não se preocupe. Beijinho.” Conhecimento Interacional c. Metacomunicativo: Entendimento do texto pela construção textual, ou ações linguísticas configuradas. “(reportagem de um) livro – (...) adolescente, Ana foi para a França – assunto já tratado aqui – (...) Em quatro volumes – o segundo acaba de sair aqui pela Companhia das Letras – é divertido e bem escrito.” Conhecimento Interacional c. Metacomunicativo: (uso da linguagem para explicar a própria linguagem) (pessoa mascarada diz:) – Minha beleza é tão intensa que preciso usar esta máscara. Sim, se eu tirar, você verá meu rosto e algo inacreditável acontecerá. Ficarei invisível e você Nunca Mais me verá. - Tira, tira. Conhecimento Interacional d. Conhecimento superestrutural ou gêneros textuais: Identificação de textos adequados às diferentes situações de texto. Exemplos: horóscopo, fábula, contos de fadas etc Processamento textual – “Conhecimento Interacional” d. Conhecimento superestrutural ou gêneros textuais: Exemplo: “Ao criticar seu parceiro cuide para deixar portas abertas por onde ele possa escapar. Um socio lento atrapalha seu negócios? Seja discreta. Cor ideal azul pelucia no inverno.” (horóscopo) Processamento textual – “Conhecimento Interacional” d. Conhecimento superestrutural ou gêneros textuais: Exemplo: Fábula “A cabra e o asno viviam no mesmo sítio. - Que vida a sua! Quer um conselho? Finja um mal estar. O asno concordou e ao se jogar no buraco quebrou muitos ossos. O veterinário receitou chá de pulmão de cabra. A cabra foi sacrificada e o asno ficou curado. (Moral da estória ... ) Exercício Exercício Assinale a alternativa incorreta: a) Escrita e fala são códigos da língua. b) Escrita e fala comunicam ideias. c) A convivência basta para que se fale uma língua. d) A convivência basta para que se escreva uma língua. e) A fala esta mais presente que a escrita em nossa língua. Resposta Alternativa “d”. Referências Silva, Ana Lúcia Machado da. Comunicação e Expressão. / Ana Lúcia Machado da Silva. – São Paulo: Editora Sol, 2011. Fim do Caderno 1
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