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BALANÇO DIETÉTICO Equilíbrio ingesta = consumo Aporte energético - uso imediato: principalmente carbo - armazenamento: glicogênio para uso rápido, célula de gordura para reserva por mais tempo Ingesta > consumo obesidade (reserva de lipídio) Consumo > ingesta inanição (doença, infecções (tuberculose, AIDS) ) Energia disponível dos alimentos - carboidratos 4cal - gorduras 9 cal - proteínas 4 cal 45% - carbo 40% - lipídio 15%- proteína Proteínas – necessidades diários - 30 a 50 gramas de proteínas são degradadas ao dia desaminação amônia (precisa ser convertida em ureia para ser eliminada) Ingesta – manter balanço Dietas a base de vegetais - pobres em triptofano (aác essencial, pode levar a desnutrição proteica) – dietas a base de milho Carboidratos e gordura - principal fonte energética - poupam as proteínas - inanição: pode aumentar a degradação proteica de 30-50g para centenas de gramas Como saber qual a fonte energética¿ - dióxido de carbono liberado pelos pulmões - oxigênio liberado - se QR=1 fonte energética é apenas CH - e QR=0,7 fonte energética é apenas lipídica (valores intermediários refletem uso de diferentes proporções de carbo/lipídios) Carboidrato - 1 O2 consumido = 1CO2 gerado - CO2 gerado / O2 consumido = quociente respiratório QR = 1 Lipídios - ex: ácido palmítico QR = 16/23 = 0,7 Proteínas - QR = 0,8 - parte do O2 é utilizado par combinar0se com os íons H+, formando água. Variações do QR - após alimentação QR = 1 - 8-10 horas após alimentação QR = 0,7 - diabetes mellitus hipoinsulinemia – impossibilidade de adequado metabolismo dos carboidratos. QR próximo a 0,7 (usa preferencialmente metabolismo lipídico) Como quantificar o metabolismo proteico¿ Proteína = 16% do seu peso em nitrogênio - 90% = ureia / ácido úrico / creatinina excretado - 10% = excretando nas fezes Nitrogênio urinário – 24 horas = 90% do nitrogênio - regra de 3 simples – descobre-se os 10% restantes Multiplica por 6,25 (100/16) = qtdade total de proteína metabolizada Ex: 9g de N urina 24 h = 10g de nitrogênio gerado – 62,5g de proteína consumida Balanço nitrogenado negativo: consumo proteico maior que ingesta Relevância no cálculo de aporte proteico na nutrição de pacientes críticos – nutrição enteral e parenteral Regulação da ingesta alimentar No longo prazo: - ideal ingesta = consumo - excesso = armazenamento na forma de lipídios = déficit = diminuição de massa corporal total Déficits nutricionais - mecanismos que levam a fome - operários da construção / atletas = 7000kcal/dia - sedentários = 2000kcal/dia Regulação da ingesta – SNC - fome: desejo por comida apetite = desejo por alimento específico (auxílio na escolha da qualidade a ser ingerida) - saciedade = busca bem sucedida por alimentos fatores culturais , ambientais, controles fisiológicos. Hipotálamo – centro da fome (síntese, secreção e controle dos principais hormônios) - estímulo dos núcleos laterais hiperfagia (fome) - estímulo dos núcleos ventro-mediais saciedade - lesão paraventricular – hiperfagia (fome) - lesão dorsomediais – anorexia - núcleos arqueados: hormônios do TGI/ tecido adiposo agem modulado o apetite e gasto energético. - regula a secreção de diversos hormônios tireotrofinas, corticotrofinas (ACTH pela neurohipófise) HIPOTÁLAMO- vias aferentes - TGI: estiramento gástrico - glicose / aác / lipídios saciedade - estímulos visuais, olfativos e gustativos – influencia no comportamento alimentar. Estomago em jejum - grelina estimula o apetite Estiramento gástrico inibe o apetite Tecido adiposo - leptina hormônio que inibe o apetite TGI - PYY / CKK / insulina – hormônios locais que inibem o apetite Centros da forme / saciedade - receptores para vários neurotransmissores estimulatórios no apetite orexígenos (NPY, AGRP, MCH, orexinas A e B, endorfinas, GAL, glutamato ácido gama- aminobutírico, cortisol, grelina, endocanabinoides) inibitórios no apetite anorexígenos (alfa – MSH, leptina, norepinefrina, seroronina, insulina, CKK, GLP, CART, PYY, hormônio liberador de corticotropina) POMC / CART anorexígena pro-opio-melano-cortina (insulina estimula) transcrito relacionado cocaína / anfetamina AGRPY/NPY orexígena (insulina inibe) proteína relacionada ao Agouti Via POMC MCR-3 / MCR -4 - reduzem consumo alimentar - reduzem gasto energético - defeitos na sinalização (obesidade monogênica) - ativação frequente = anorexia tumores, uremia, infecções Mecânica da alimentação -regulada no tronco cerebral ( salivação, lamber os lábios, mastigar, deglutir) - amígdalas – aferentes olfatórios (no caso de destruição = cegueira alimentar) - córtex pré-frontal Regulação da quantidade alimentar: Curto prazo - grelina produzia pelo estomago em jejum parece ser orexígena ainda em estudo em ralação aos reais efeitos em humanos - receptores percebem a quantidade de alimentos ingeridos, podendo induzir a saciedade. Regulação intermediária - jejum prolongado come-se em quantidade maior do que em direta regular - diminuição de qualquer uma das três fontes energéticas desencadeia apetite/fome - temperatura; aumenta ingesta alimentar: produzir gordura – isolamento térmico animal com frio – taxa metabólica aumentada – maior apetite - tecido adiposo: leptina POMC estimulo ao alfa-MSH CRH / atividade simpática diminui secreção de insulina. Importância da regulação da ingesta - manter constante a oferta energética - armazenamento do excesso energético para quando necessário Obesidade - excesso de gordura corporal - avaliada / medida pelo IMC = peso em kg/A² > 30 obesidade > 40 obesidade mórbida Limitações do IMC :indivíduos com elevada massa muscular podem ter IMC elevado sem serem obesos Definição de obesidade pelo percentual de gordura: > 25% do peso – homens > 35% do peso – mulheres - prega cutânea - bioimpedância elétrica - cada 9kcal em excesso = 1g de gordura - gordura: armazenada no tecido celular subcutâneo, intraperitoneal e fígado. aumenta numero e tamanho de adipócitos. Etiologia: - multifatorial: genética estilo de vida estímulos ambientais Sedentarismo: - tempo de TV: relação direta com obesidade - baixo índice de atividade física: aumenta taxa metabólica mesmo após o termino. Comportamento alimentar anormal: - situação de stress / ansiedade - ingesta de alimentos hipercalóricos - hiperalimentação infantil Distúrbios neurológicos - comprometimento hipotalâmico - anormalidades de neurotransmissão excesso de PYY, falta de alfa-MSH / leptina Diferenças no ponto de ajuste da forma - indivíduos obesos que perdem peso tem mais apetite do que pessoas não obesas. Obesidade monogênica - mutações isoladas: gene da leptina gene do receptores da leptina mutações do MCR-4 (mais comum) Tratamento da obesidade: - redução do aporte energético IMC 25-35 diminuir 500kcal/dia IMC >35 diminuir 1000kcal/dia - atividade física - ingesta de dietas volumosas e de digestão lenta (integrais) Saciedade -Fármacos anfetaminas simptomiméticos – sibutramina orlistat – diminuição de absorção de gordura IMC acima de 40 ou acima de 35 com: - diebetes - espondilopatias / artropatias pelo peso - cirurgia bariátrica: Bypass / banda gástrica INANIÇÃO – oposto da obesidade - perda extrema de peso - ingesta inadequada falta de comida doença (tumores, distúrbios psiquiátricos, doenças inflamatórias crônicas) ANOREXIA redução da ingesta provocada por apetite reduzido CAQUEXIA - aumento de gasto energético não relacionado a atividade física - perda ponderal maior do que a provocada apenas pela cessação alimentar - síndrome consuptiva câncer AIDS Tuberculose doenças inflamatórias crônicas (ativam a via do alfa-MSH no hipotálamo) INANIÇÃO - reservas de carbo duram apenas poucas horas algumas centenas de gramas na forma de glicogênio - inicia-se o consumo de gorduras(principalmente) e de proteínas proteínas são degradadas em 3 fases1ª – muito rápida proteínas lábeis – utilização em gliconeogenese 2ª – lenta proteínas de clivagem mais difícil : preferência em beta-oxidação de gorduras e Cetose 3ª – rápida quando não há mais reserva lipídica Vitaminas: - durante período de inanição, são depletadas sobretudo as hidrossolúveis (B e C) Armazenamento: - lipossolúveis: fígado A e D - hidrossolúveis : B12 no fígado - as demais, necessitam de ingesta regular Vitamina A – retinol - vegetais: carotenoides (provitamina) - deficiência: cegueira noturna acne descamação distúrbios de crescimento (durante a infância déficit reprodutivo maior susceptibilidade a infecções( modulador do sist. Imunológico). TIAMINA – B1 - co-enzima – carboxilase – descarboxilação do ácido pirúvico - deficiência: diminui a utilização do piruvato aumenta utilização de gorduras – cetogênese - encefalopatia – diminuição da utilização do piruvato - polineurite - insuficiência cardíaca de alto débito: vasodilatação periférica RIBOFLAVIA (B2) - flavina mononucleotideo - flavina adenina dinucleotideo - cadeia respiratória B3 - NAD/NADP coenzimas da cadeia respiratória tem como fonte o triptofano- aác essencial deficiência: fraqueza muscular, secreção glandular inadequada, encefalopatia, descamação de pele B5 – ácido pantotenico - constituinte da coenzima A B6- piridoxina - co enzima na transaminação na biossintese de aminoácidos - deficiência: dermatite retardo de crescimento anemia demência B9- ácido fólico - síntese de purinas / timidina, nessecários na formação do DNA anemia macrocítica distúrbios de maturação do tubo neural B12- CIANOCOBALAMINA - cobalto na molécula - co enzima aceptora de hidrogênio - processo de redução de ribonucleotídeos e desoxirribonucleotideos para replicação promove crescimento, formação e maturação de hemácias - deficiência: cirurgia bariátrica anemia perniciosa doença inflamatória intestinal (doença de Chron) provoca mielinização de grandes fibras nervosas C- ácido arcórbico - essencial para produção de colágeno - deficiência : escorbuto incapacidade de cicatrização interrupção de crescimento ósseo D- colecalciferol - absorção intestinal e reabsorção renal de cálcio E - tocoferol - papel antioxidante nas gorduras não saturadas - deficiência é rara em humanos - pode levar a esterilidade K - co-fatos na carboxilação dos fatores II, VII, IX, X. a carboxilação que ativa os fatores de coagulação. MAGNÉSIO - essencial para vários sistemas enzimáticos - cátion intra-celular Concentração 6x menos que a do potássio - hipermagnesemia hiporreflexia e paralisia - hipomagnesemia hiperreflexia e excitabilidade neurológica arritmias cardíacas graves – QT longo CÁLCIO - presente no osso em maior quantidade - ligado a proteínas plasmáticas (albumina) - hipercalcemia: calcificação metastática em diversos tecidos - hipocalcemia: tetania / excitabiliade muscular FÓSFORO - fosfato é principal anion intracelular fonte de energia formação óssea regulado por vit D e paratormônio FERRO - hemoglobina - mioglobina - citocromos OLIGOELEMENTOS Iodo: essencial para biossintese de hormônios tireoidianos Zinco: co-enzima da anidrase carbônica (hemácias, plasma, lúmen tubular renal) Flúor: fator protetor contra cáries dentárias.
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