Prévia do material em texto
3 Questão 1 Leia o texto a seguir e responda à questão. Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qualquer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coisa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde outro, de sentido oposto. A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva”. [...] Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabedoria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história. As diferenças na expressão de uma sentença observáveis de uma terra para outra podem divertir o curioso e, às vezes, até instruir o etnógrafo. Povo marítimo, o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai longe da árvore”. RONAI, Paulo. Como aprendi o português e outras aventuras. No texto, a função argumentativa do provérbio “Da vida nada se leva” é expressar uma filosofia de vida contrária à que está presente em “vintém poupado, vintém ganhado”. Também é contrário a esse último provérbio o ensinamento expresso em: a) Mais vale pão hoje do que galinha amanhã. b) A boa vida é mãe de todos os vícios. c) De grão em grão a galinha enche o papo. d) Devagar se vai ao longe. e) É melhor prevenir do que remediar. Gabarito: A Resolução: O provérbio da alternativa A expressa uma filosofia de vida contrária ao provérbio "vintém poupado, vintém ganhado", uma vez que valoriza o usufruto daquilo que se tem hoje ao invés de esperar algo melhor para o futuro. Os provérbios citados nas outras alternativas expressam uma moral que valoriza a previdência, o comedimento, a paciência e prudência em detrimento do gozo do presente. Questão 2 Leia o texto a seguir e responda à questão. Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qualquer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coisa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde outro, de sentido oposto. A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva”. [...] Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabedoria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história. As diferenças na expressão de uma sentença observáveis de uma terra para outra podem divertir o curioso e, às vezes, até instruir o etnógrafo. Povo marítimo, o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai longe da árvore”. RÓNAI, Paulo, Como aprendi o português e outras aventuras. Considere as seguintes afirmações sobre os dois provérbios citados no terceiro parágrafo do texto. I. A origem do primeiro, de acordo com o autor, está ligada à história do povo que o usa. II. Em seu sentido literal, o segundo expressa costumes peculiares dos húngaros. III. A observação das diferenças de expressão entre esses provérbios pode, segundo o pensamento do autor, ter interesse etnográfico. Está correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. Gabarito: E Resolução: I. Correta. Segundo o autor, a referência a peixe no provérbio português está ligada à história marítima desse povo. II. Incorreta. O sentido do provérbio húngaro pode ser encontrado em provérbios de outros povos, como, por exemplo, o provérbio português. III. Correta. Segundo o autor, mais do que verdades filosóficas universais, os provérbios expressam aspectos culturais de determinado povo e, por isso, podem ter interesse etnográfico. Questão 3 Leia o texto a seguir e responda à questão. Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o lazareto*. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam: Ele é mesmo nosso pai e é quem pode nos ajudar... Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida: Ora, adeus, ó meus filhinhos, Qu’eu vou e torno a vortá... E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele. AMADO, Jorge. Capitães da Areia. *lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças. Das propostas de substituição para os trechos destacados nas seguintes frases do texto, a única que faz, de maneira adequada, a correção de um erro gramatical presente no discurso do narrador é: a) “Assim mesmo morrera negro, morrera pobre.”: havia morrido negro, havia morrido pobre. b) “Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara.”: Omolu dizia, no entanto, que não fora. c) “Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina.”: mas tão pouco sabiam da vacina. d) “Mas para que seus filhos negros não o esqueçam [...].”: não lhe esqueçam. e) “E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas [...].”: numa noite em que os atabaques. Gabarito: E Resolução: Somente o trecho apresentado pela alternativa E apresenta problemas de regência nominal. O substantivo "noite" rege a preposição "em", pois há no trecho a expressão de uma circunstância temporal. Questão 4 Leia o texto a seguir e responda às questões. Os anos correm entre um século e outro, mas os problemas permanecem os mesmos para os kalungas*. Quilombolas** que há mais de 200 anos encontraram lar entre os muros de pedra da Chapada dos Veadeiros, na região norte do Estado de Goiás, os kalungas ainda vivem com pouca ou quase nenhuma infraestrutura. De todos os abusos sofridos até hoje, um em particular deixa essa comunidade em carne viva: os silenciosos casos de violência sexual contra meninas. Entretanto, passado o afã das denúncias de abuso sexual que figuraram em grandes reportagens da imprensa nacional em abril do ano passado, a comunidade retornou ao seu curso natural. E assim os kalungas continuam a viver no esquecimento, no abandono e, principalmente, no medo. As vítimas não viram seus algozes punidos. O silêncio prevalece e grita alto naquelas que se arriscaram a mostrar suas feridas. O sentimento é o de ter se exposto em vão. RAPHAELA, Jéssica; SILVA, Camila. O silêncio atrás da serra. Revista Azmina. Disponível em: . Acesso em: 03 out. 2016. Adaptado. * Kalungas: habitantes da comunidade do quilombo Kalunga, maior território quilombola do país. ** Quilombolas: termo atribuído aos “remanescentes de quilombos?. Atualmente, há no Brasil cerca de 2.600 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural dos Palmares. a) Identifique no texto dois motivos para o sofrimento histórico vivido pela comunidade quilombola Kalunga. b) No final do texto há uma figura de linguagem conhecida como paradoxo. Quais termos são utilizados para se obter esse efeito de sentido? Gabarito: (Resolução oficial) a) O sofrimento histórico dos kalungas deve-se à quase completafalta de infraestrutura com que sempre viveram e à violência sexual contra meninas da comunidade, que continua a viver no esquecimento, no abandono e no medo. b) Os termos que produzem efeito de paradoxo são: o "silêncio" e "grita". Resolução: Questão 5 Leia o texto a seguir e responda a questão: O promotor de justiça Alexandre Couto Joppert foi afastado temporariamente da banca examinadora de um concurso para o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro e será alvo de uma investigação da própria Promotoria. Examinador de Direito Penal, durante uma prova oral, ele narrou um caso hipotético de estupro coletivo e disse que o criminoso que praticou a conjunção carnal "ficou com a melhor parte, dependendo da vítima". A prova é aberta ao público e algumas pessoas gravaram a afirmação do promotor. "Um (criminoso) segura, outro aponta a arma, outro guarnece a porta da casa, outro mantém a conjunção – ficou com a melhor parte, dependendo da vítima – mantém a conjunção carnal e o outro fica com o carro ligado pra assegurar a fuga", narrou o promotor. Divulgada em redes sociais, a afirmação causou revolta. Muitas pessoas acusam o promotor de difundir a cultura do estupro. Em nota, o procurador-geral de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, informou ter instaurado inquérito para apurar a conduta do promotor, além de afastá-lo da banca examinadora "até a conclusão da apuração dos fatos". Autor de livros jurídicos, Joppert atua na Assessoria de Atribuição Originária em Matéria Criminal do Ministério Público, setor subordinado à Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Institucionais e Judiciais. O promotor divulgou nota em que afirma ter sido mal interpretado, já que se referia ao ponto de vista do criminoso. "Ao me referir ao fato do executor do ato sexual coercitivo ter ficado com a melhor parte", estava tratando da "opinião hipotética do próprio praticante daquele odioso crime contra a dignidade sexual". GRELLET, F. Polêmica sobre estupro afasta promotor. Folha de Londrina. 24 jun. 2016. Geral. p. 7. Adaptado. Acerca da pontuação utilizada no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Em "Examinador de Direito Penal, durante uma prova oral, ele narrou", as vírgulas isolam uma circunstância de tempo. II. Em "Um (criminoso) segura, outro aponta a arma, outro guarnece", as vírgulas são empregadas para marcar uma enumeração de ações. III. Em "Em nota, o procurador-geral de Justiça", a vírgula antecipa o uso do discurso direto. IV. Em "Autor de livros jurídicos, Joppert atua", a vírgula é utilizada para separar informações sobre pessoas diferentes. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Gabarito: A Resolução: (Resolução oficial) I. Correta. A expressão "durante uma prova oral" indica uma circunstância temporal, por isso aparece, corretamente, separada por vírgulas. II. Correta. As vírgulas, neste caso, foram empregadas para separar ações, portanto enumeram as ações narradas pelo promotor. III. Incorreta. A vírgula não antecipa discurso direto, e sim foi usada para separar uma locução adverbial: "Em nota". IV. Incorreta. A vírgula, neste caso, foi empregada para isolar um aposto, logo se trata da mesma pessoa. Questão 6 Leia o texto a seguir e responda à questão: When the marketing team behind Me Before You came up with the hashtag #LiveBoldly to promote this story of a young disabled man considering assisted dying, they could scarcely have predicted that it would be used to expose the movie’s problematic message. "Do you really want us to #LiveBoldly or do you just want us to #diequickly?" asked one commenter during a Twitter Q&A session last week with the film's star, Sam Claflin. He plays Will, a wealthy former playboy who becomes involved with Lou (Emilia Clarke), a rather eccentric girl. The film portrays the blossoming romance between these two apparently mismatched souls. Lou has full use of her body. Will has been quadriplegic since a road accident several years earlier. Before Lou became his carer, Will decided he wanted to kill himself. The full meaning of the name "Will" becomes clear only after he dies and leaves Lou enough money, he says, for her to swap her timid life for adventure. The problem, according to activists, is this motto applies in this context only to the able-bodied – and comes at the cost of a disabled man's life. "We have so few opportunities in the media to explore disability", says the actor and activist Liz Carr, who participated in the protest. "But there is a disproportionate number of stories which relate to the 'problem' of disability being solved by death. Television and film seem to love those individuals who want to die. They're less keen to cover the rest of us who might want to live but are struggling to get the health and social care resources to do so". The screenplay offers one preventative measure to the charge that it is speaking for all disabled people. "I get that this could be a good life", says Will. "But it’s not my life. I can’t be the sort of man who accepts this." Since Will is shown to be strong, determined and uncompromising, it seems clear that the "sort of man" who would put up with a paralyzed body and its demands could only be inferior to him. This problem could be tempered, if not solved, by the presence of just one disabled character to provide some contrast and show that suicide isn’t the only option. But there isn’t one. The film isolates Will entirely, stacking the odds so that the choice to take his own life is made to seem like the logical one. "When non- disabled people talk of suicide, they’re discouraged and offered prevention", she says. "Even though it's legal, it’s not seen as desirable. When a disabled person talks of it, though, suddenly the conversation is overtaken with words like 'choice' and 'autonomy' and people are rushing to uphold these prized principles while talk of prevention and mental health support are rare. Will is not offered any psychiatric support. What kind of message is this that we're giving disabled people and the non- disabled audiences?" GILBEY, R. I’m not a thing to be pitied': the disability backlash against Me before You. The Guardian. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2016. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o principal objetivo do texto. a) Apresentar a crítica dos deficientes físicos aos estereótipos presentes no filme. b) Defender o direito ao suicídio assistido nos casos graves de tetraplegia. c) Divulgar as ações promovidas pela equipe de marketing do filme em prol de pessoas com deficiência. d) Denunciar as dificuldades em obter assistência médica enfrentadas por deficientes físicos. e) Promover o lançamento do filme Me before you (Como eu era antes de você). Gabarito: A Resolução: (Resolução oficial) a) Correta. O texto traz a crítica de ativistas dos direitos das pessoas com deficiência em relação à visão estereotipada da deficiência no filme: é muito melhor morrer do que viver como um indivíduo de segunda classe. "But there is a disproportionate number of stories which relate to the 'problem' of disability being solved by death. Television and film seem to love those individuals who want to die. They’re less keen to cover the rest of us who might want to live but are struggling to get the health and social care resources to do so." ("Mas há um número desproporcional de histórias que se relacionam com o 'problema' de deficiência sendo resolvido com a morte. Televisão e cinema parecem amar aqueles indivíduos que querem morrer. Eles estão menos interessados no resto de nós que pode querer viver, mas estão lutando para obter os recursos para a saúde e a assistência social para fazê-lo.")b) Incorreta. Ao contrário, o texto traz severas críticas ao suicídio cometido pela personagem principal que foi compreendido como uma solução para sua vida com deficiência. "When a disabled person talks of it (suicide), though, suddenly the conversation is overtaken with words like 'choice' and 'autonomy' and people are rushing to uphold these prized principles whilst talk of prevention and mental health support are rare. Will is not offered any psychiatric support. What kind of message is this that we’re giving disabled people and the non-disabled audiences?" ("Por outro lado, quando uma pessoa com deficiência fala em suicídio, de repente, a conversa é substituída por palavras como 'escolha' e 'autonomia' e as pessoas correm para defender esses princípios valorizados, enquanto que conversas sobre prevenção e apoio à saúde mental são raras. Nenhum apoio psiquiátrico é oferecido ao Will. Que tipo de mensagem é essa que estamos dando às pessoas com deficiência e ao público não deficiente?"). c) Incorreta. Essa informação não consta no texto. Sabe-se que, para a promoção do filme, foi lançada a hashtag #LiveBoldy (VivaAudaciosamente), mas não há indícios, no texto, de que tenha sido feita alguma campanha em prol de pessoas com deficiência. d) Incorreta. Essa informação não consta no texto. Um entrevistado menciona que há dificuldades, mas é só uma menção, não o objetivo principal do texto. e) Incorreta. No texto, tem-se uma sinopse do filme e a informação sobre a situação de seu lançamento, mas não é um texto de divulgação. Questão 7 Leia o texto a seguir e responda à questão: When the marketing team behind Me Before You came up with the hashtag #LiveBoldly to promote this story of a young disabled man considering assisted dying, they could scarcely have predicted that it would be used to expose the movie’s problematic message. "Do you really want us to #LiveBoldly or do you just want us to #diequickly?" asked one commenter during a Twitter Q&A session last week with the film's star, Sam Claflin. He plays Will, a wealthy former playboy who becomes involved with Lou (Emilia Clarke), a rather eccentric girl. The film portrays the blossoming romance between these two apparently mismatched souls. Lou has full use of her body. Will has been quadriplegic since a road accident several years earlier. Before Lou became his carer, Will decided he wanted to kill himself. The full meaning of the name "Will" becomes clear only after he dies and leaves Lou enough money, he says, for her to swap her timid life for adventure. The problem, according to activists, is this motto applies in this context only to the able-bodied – and comes at the cost of a disabled man's life. "We have so few opportunities in the media to explore disability", says the actor and activist Liz Carr, who participated in the protest. "But there is a disproportionate number of stories which relate to the 'problem' of disability being solved by death. Television and film seem to love those individuals who want to die. They're less keen to cover the rest of us who might want to live but are struggling to get the health and social care resources to do so". The screenplay offers one preventative measure to the charge that it is speaking for all disabled people. "I get that this could be a good life", says Will. "But it’s not my life. I can’t be the sort of man who accepts this." Since Will is shown to be strong, determined and uncompromising, it seems clear that the "sort of man" who would put up with a paralyzed body and its demands could only be inferior to him. This problem could be tempered, if not solved, by the presence of just one disabled character to provide some contrast and show that suicide isn’t the only option. But there isn’t one. The film isolates Will entirely, stacking the odds so that the choice to take his own life is made to seem like the logical one. "When non- disabled people talk of suicide, they’re discouraged and offered prevention", she says. "Even though it's legal, it’s not seen as desirable. When a disabled person talks of it, though, suddenly the conversation is overtaken with words like 'choice' and 'autonomy' and people are rushing to uphold these prized principles while talk of prevention and mental health support are rare. Will is not offered any psychiatric support. What kind of message is this that we're giving disabled people and the non- disabled audiences?" GILBEY, R. I’m not a thing to be pitied': the disability backlash against Me before You. The Guardian. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2016. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os argumentos oferecidos pelos ativistas e pelo filme em relação à polêmica levantada. a) Ativistas apontam que a falta de personagens deficientes na mídia é um elemento de exclusão, ao passo que o roteiro do filme salienta os aspectos positivos da vida de um deficiente. b) Ativistas criticam o fato de que, no filme, a alta condição financeira da personagem Will está intrinsecamente ligada à sua história de superação, porém os roteiristas defendem que é um fator necessário para contrastar com a personagem Lou. c) Enquanto os ativistas criticam a opção de Will pelo suicídio, o roteiro do filme sugere que essa personagem não representa todos os deficientes. d) O argumento principal dos ativistas é que o filme ignora a luta das pessoas com deficiência pelo direito ao suicídio assistido, enquanto o filme escolhe particularizar o ponto de vista de Will. e) Para os ativistas, a escolha de um ator sem deficiência para interpretar Will constrói uma imagem falsa dos deficientes reais; contra isso, os roteiristas apontam para a presença, no filme, de atores com deficiência em papéis secundários. Gabarito: C Resolução: (Resolução oficial) a) Incorreta. Essa informação não está no texto. b) Incorreta. O texto traz informações sobre a condição financeira da personagem Will ("wealthy playboy") e menciona o contraste entre as personagens principais, mas esse não é o foco da crítica dos ativistas. A história de Will não é uma história de superação, já que a personagem opta por se suicidar. c) Correta. Pode ser comprovado pelos trechos do texto que reproduzem o pensamento dos ativistas: "When a disabled person talks of it (suicide), though, suddenly the conversation is overtaken with words like 'choice' and 'autonomy' and people are rushing to uphold these prized principles whilst talk of prevention and mental health support are rare. Will is not offered any psychiatric support. What kind of message is this that we’re giving disabled people and the non-disabled audiences" ("Por outro lado, quando uma pessoa com deficiência fala em suicídio, de repente, a conversa é substituída por palavras como 'escolha' e 'autonomia' e as pessoas correm para defender estes princípios valorizados, enquanto que conversas sobre prevenção e apoio à saúde mental são raras. Nenhum apoio psiquiátrico é oferecido ao Will. Que tipo de mensagem é essa que estamos dando às pessoas com deficiência e ao público não deficiente?") e "But there is a disproportionate number of stories which relate to the 'problem' of disability being solved by death. Television and film seem to love those individuals who want to die. They’re less keen to cover the rest of us who might want to live but are struggling to get the health and social care resources to do so" ("Mas há um número desproporcional de histórias que se relacionam com o 'problema' de deficiência sendo resolvido com a morte. Televisão e cinema parecem amar aqueles indivíduos que querem morrer. Eles estão menos interessados no resto de nós que pode querer viver, mas estão lutando para obter os recursos para a saúde e a assistência social para fazê-lo"). A defesa do roteiro do filme é apresentada pelo repórter no trecho "The screenplay offers one preventative measure to the charge that it is speaking for all disabled people. 'I get that this couldbe a good life', says Will. 'But it’s not my life. I can’t be the sort of man who accepts this'". ("O roteiro oferece uma medida preventiva para a acusação de que ele está falando para todas as pessoas com deficiência. 'Entendo que esta poderia ser uma boa vida', diz Will. 'Mas não é a minha vida. Eu não posso ser o tipo de homem que aceita isso'"). Ou seja, a fala de Will tenta particularizar seu ponto de vista. d) Incorreta. Ao contrário, o texto trata da indignação causada pelo fato de a personagem cometer suicídio, com a mensagem implícita de que é melhor morrer que ser deficiente. e) Incorreta. O texto menciona a falta de outras personagens deficientes na trama, mas não é o ponto principal da argumentação. Não há qualquer menção, no texto, sobre a opinião dos ativistas em relação à escolha de um ator não deficiente para interpretar Will. Questão 8 Leia o texto a seguir e responda à questão: When the marketing team behind Me Before You came up with the hashtag #LiveBoldly to promote this story of a young disabled man considering assisted dying, they could scarcely have predicted that it would be used to expose the movie’s problematic message. "Do you really want us to #LiveBoldly or do you just want us to #diequickly?" asked one commenter during a Twitter Q&A session last week with the film's star, Sam Claflin. He plays Will, a wealthy former playboy who becomes involved with Lou (Emilia Clarke), a rather eccentric girl. The film portrays the blossoming romance between these two apparently mismatched souls. Lou has full use of her body. Will has been quadriplegic since a road accident several years earlier. Before Lou became his carer, Will decided he wanted to kill himself. The full meaning of the name "Will" becomes clear only after he dies and leaves Lou enough money, he says, for her to swap her timid life for adventure. The problem, according to activists, is this motto applies in this context only to the able-bodied – and comes at the cost of a disabled man's life. "We have so few opportunities in the media to explore disability", says the actor and activist Liz Carr, who participated in the protest. "But there is a disproportionate number of stories which relate to the 'problem' of disability being solved by death. Television and film seem to love those individuals who want to die. They're less keen to cover the rest of us who might want to live but are struggling to get the health and social care resources to do so". The screenplay offers one preventative measure to the charge that it is speaking for all disabled people. "I get that this could be a good life", says Will. "But it’s not my life. I can’t be the sort of man who accepts this." Since Will is shown to be strong, determined and uncompromising, it seems clear that the "sort of man" who would put up with a paralyzed body and its demands could only be inferior to him. This problem could be tempered, if not solved, by the presence of just one disabled character to provide some contrast and show that suicide isn’t the only option. But there isn’t one. The film isolates Will entirely, stacking the odds so that the choice to take his own life is made to seem like the logical one. "When non- disabled people talk of suicide, they’re discouraged and offered prevention", she says. "Even though it's legal, it’s not seen as desirable. When a disabled person talks of it, though, suddenly the conversation is overtaken with words like 'choice' and 'autonomy' and people are rushing to uphold these prized principles while talk of prevention and mental health support are rare. Will is not offered any psychiatric support. What kind of message is this that we're giving disabled people and the non- disabled audiences?" GILBEY, R. I’m not a thing to be pitied': the disability backlash against Me before You. The Guardian. 2 jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2016. Leia o trecho a seguir. "Do you really want us to #LiveBoldly or do you just want us to #diequickly?" A respeito desse trecho, considere as afirmativas a seguir. I. Nesse trecho, o contraste entre #LiveBoldly e #diequickly revela a indignação do enunciador. II. O trecho foi elaborado como uma pergunta cujo propósito é afirmar um ponto de vista. III. O trecho resume a posição das pessoas com deficiência em relação ao filme Me Before You. IV. O trecho reforça a crença de que pessoas com deficiência são incapazes de viver aventuras. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Gabarito: D Resolução: (Resolução oficial) I. Correta. Os termos selecionados fazem um jogo de palavras contraditórias #LiveBoldly (#VivaIntensamente) e #diequickly (#morrarapidamente). Esse contraste demonstra que o enunciador não está satisfeito com a proposta da campanha publicitária, que pode ser interpretada como ofensiva para os deficientes físicos. "Só vive intensamente quem não é deficiente, o deficiente tem que morrer." II. Correta. O trecho é uma pergunta retórica, que não exige resposta do interlocutor. A intenção desse tipo de pergunta é fazer com que o interlocutor acompanhe o raciocínio do enunciador e pense sobre a possível resposta que dariam. III. Correta. O texto fala da indignação causada pela representação da vida das pessoas com deficiência promovida pelo filme, aumentada pela campanha de marketing lançada no Twitter. Assim, a frase que aparece logo no início do texto resume o conteúdo do artigo. IV. Incorreta. Ao contrário, o trecho mostra a indignação em relação a essa afirmação. Questão 9 Leia o texto a seguir para responder à questão. About seven years ago, three researchers at the University of Toronto built a system that could analyze thousands of photos and teach itself to recognize everyday objects, like dogs, cars and flowers. The system was so effective that Google bought the tiny start-up these researchers were only just getting off the ground. And soon, their system sparked a technological revolution. Suddenly, machines could “see” in a way that was not possible in the past. This made it easier for a smartphone app to search your personal photos and find the images you were looking for. It accelerated the progress of driverless cars and other robotics. And it improved the accuracy of facial recognition services, for social networks like Facebook and for the country’s law enforcement agencies. But soon, researchers noticed that these facial recognition services were less accurate when used with women and people of color. Activists raised concerns over how companies were collecting the huge amounts of data needed to train these kinds of systems. Others worried these systems would eventually lead to mass surveillance or autonomous weapons. Matz, Cade. Seeking Ground Rules for A. 1. Disponível em: , 1 mar. 2019. Acesso em: ago. 2019. Adaptado. De acordo com as informações do texto, selecione a alternativa que melhor complete a afirmação: The new system proved to be less precise when A ( ) applied to driverless cars. B ( ) adjusted to users’ face recognition in social networks. C ( ) identifying inanimate objects like cars and plants. D ( ) used to identify Africans and African descendants. E ( ) tested by American law enforcement agencies. Gabarito: D Resolução: De acordo com o texto, o novo sistema provou ser menos preciso quando usado para identificar africanos e descendentes de africanos ("The new used to identify Africans and African descendants"). Comprova-se a afirmação com base no trecho "... these facial recognition services were less accurate when used with women and people of color". Questão 10 Leia o texto a seguir para responder à questão. About seven years ago, three researchers at the Universityof Toronto built a system that could analyze thousands of photos and teach itself to recognize everyday objects, like dogs, cars and flowers. The system was so effective that Google bought the tiny start-up these researchers were only just getting off the ground. And soon, their system sparked a technological revolution. Suddenly, machines could “see” in a way that was not possible in the past. This made it easier for a smartphone app to search your personal photos and find the images you were looking for. It accelerated the progress of driverless cars and other robotics. And it improved the accuracy of facial recognition services, for social networks like Facebook and for the country’s law enforcement agencies. But soon, researchers noticed that these facial recognition services were less accurate when used with women and people of color. Activists raised concerns over how companies were collecting the huge amounts of data needed to train these kinds of systems. Others worried these systems would eventually lead to mass surveillance or autonomous weapons. Matz, Cade. Seeking Ground Rules for A. 1. Disponível em: , 1 mar. 2019. Acesso em: ago. 2019. Adaptado. Analise as afirmações de I a IV em destaque. I. Ativistas manifestaram preocupação em relação à forma como as empresas estavam coletando enormes quantidades de dados para treinar sistemas de reconhecimento. II. A Universidade de Toronto construiu um sistema ético de Inteligência Artificial para reconhecimento de imagens. III. Uma das preocupações de ativistas era a possibilidade de tais sistemas conduzirem a vigilância em massa ou armamento autônomo. IV. Empresas privadas de tecnologia, como Google, e redes digitais, como Facebook, junto com algumas agências governamentais, chegaram a um consenso quanto a uma ética da Inteligência Artificial. V. Algumas leis foram desenvolvidas por alguns grupos específicos de pessoas para decidir sobre o futuro da Inteligência Artificial. De acordo com o texto, estão corretas apenas: A ( ) I e II. B ( ) II, III e V. C ( ) I e III. D ( ) II, IV e V. E ( ) I, III e IV. Gabarito: C Resolução: A afirmativa I é correta, de acoro com o trecho "Activists raised concerns over how companies were collecting the huge amounts of data needed to train these kinds of systems". A afirmativa III também é correta, como lemos em "Others worried these systems would eventually lead to mass surveillance or autonomous weapons". Já para as afirmativas II, IV e V não há no texto informações que as sustentem. Questão 11 Leia o texto a seguir para responder à questão. It is the standing reproach of a democratic society that it is the purgatory of genius and the paradise of mediocrity. With ourselves it has become notorious that when a man is so unfortunate as to exhibit uncommon abilities, he usually renders himself ineligible for political honors or distinctions. It would seem that the community is possessed with that groveling quality of a sordid mind which hates superiority, and would ostracize genius, as the Athenians did Aristides. One might believe it would not be unpleasing to the popular taste if some enterprising person could invent a machine for stunting intellectual development, after the fashion of idiotic barbarians who flatten the heads of their children. The masses of the community certainly appear to believe that political equality implies not only social, but should also imply intellectual equality, under pain of being severely frowned down by an outraged public opinion. The prevalent sentiment manifests itself in many different ways. It finds expression in public conveyances and resorts and is not altogether unknown even to the pulpit. It is found to perfection in the speeches of demagogues, who feel certain they are never so successful as when their audience is satisfied that the intellect of the speaker is of no higher an order than that of the lowest intelligence among them. Worse than all, it is demonstrated in the election of public officers of nearly all grades up to the highest: of which latter it has now become quite the custom to assume that it is impossible for a man of first-rate powers to be made President of the United States. The causes which lend to so singular a state of affairs are of an intricate and complex character. At the outset, it is difficult to realize the possibility of a system, the logical deduction from which appears to be that, if a man would rise in life, he must assiduously belittle his understanding. Perhaps it would be fairer to modify the proposition so far as to concede that ability is as useful here as elsewhere, provided the owner has the tact not to affront the sensibilities of the people by showing too much of it. No doubt a vague apprehension exists in the popular mind that shining talents are dangerous when intrusted with executive power in a republic: yet, it were a poor commentary on our institutions to intimate that, under them, for a man to be clever he must also be vicious. Experience rather teaches the contrary. If the diffusion of education, having the general tendency to elevate the understanding, is to produce more bad men than good, we had better abandon than foster our Common School system. Manifestly, we must look further for the solution of our enigma[:] that minds of moderate calibre ordinarily condemn everything which is beyond their range. THE NEW YORK TIMES. The worship of mediocrity. 17/08/1862. Disponível em: www.nytimes.com/1862/08/17/archives/theworship- of- mediocrity.html. Acesso 20/08/2020. No trecho destacado, extraído do segundo parágrafo, “It is found to perfection in the speeches of demagogues, who feel certain they are never so successful as when their audience is satisfied that the intellect of the speaker is of no higher an order than that of the lowest intelligence among them.”, a ideia principal é a de que: A ( ) o palestrante é superior à audiência, indicada por no higher an order than. B ( ) palestrantes enfrentam adversidades diante das massas, indicada por never. C ( ) o povo é necessariamente inferior a seus líderes, indicada por the lowest intelligence among them. D ( ) as massas e os políticos estão em oposição, indicada por their audience is satisfied. E ( ) há uma igualdade sentida entre demagogos e sua audiência, indicada por so successful as. Gabarito: E Resolução: No trecho destacado, a ideia principal é a de que há uma igualdade sentida entre demagogos e sua audiência, indicada por "so successful as", pois encontramos em uso o grau comparativo de igualdade do adjetivo, cuja estrutura é: so + adjetivo seguido + as. A estrutura é empregada de forma a reforçar a ideia de que para ter aceitação da sociedade é preciso estar na média. Questão 12 Leia o texto a seguir para responder à questão. It is the standing reproach of a democratic society that it is the purgatory of genius and the paradise of mediocrity. With ourselves it has become notorious that when a man is so unfortunate as to exhibit uncommon abilities, he usually renders himself ineligible for political honors or distinctions. It would seem that the community is possessed with that groveling quality of a sordid mind which hates superiority, and would ostracize genius, as the Athenians did Aristides. One might believe it would not be unpleasing to the popular taste if some enterprising person could invent a machine for stunting intellectual development, after the fashion of idiotic barbarians who flatten the heads of their children. The masses of the community certainly appear to believe that political equality implies not only social, but should also imply intellectual equality, under pain of being severely frowned down by an outraged public opinion. The prevalent sentiment manifests itself in many different ways. It finds expression in public conveyances and resorts and is not altogether unknown even to the pulpit. It is found to perfection in the speeches of demagogues, who feel certain they are never so successfulas when their audience is satisfied that the intellect of the speaker is of no higher an order than that of the lowest intelligence among them. Worse than all, it is demonstrated in the election of public officers of nearly all grades up to the highest: of which latter it has now become quite the custom to assume that it is impossible for a man of first-rate powers to be made President of the United States. The causes which lend to so singular a state of affairs are of an intricate and complex character. At the outset, it is difficult to realize the possibility of a system, the logical deduction from which appears to be that, if a man would rise in life, he must assiduously belittle his understanding. Perhaps it would be fairer to modify the proposition so far as to concede that ability is as useful here as elsewhere, provided the owner has the tact not to affront the sensibilities of the people by showing too much of it. No doubt a vague apprehension exists in the popular mind that shining talents are dangerous when intrusted with executive power in a republic: yet, it were a poor commentary on our institutions to intimate that, under them, for a man to be clever he must also be vicious. Experience rather teaches the contrary. If the diffusion of education, having the general tendency to elevate the understanding, is to produce more bad men than good, we had better abandon than foster our Common School system. Manifestly, we must look further for the solution of our enigma[:] that minds of moderate calibre ordinarily condemn everything which is beyond their range.THE NEW YORK TIMES. The worship of mediocrity. 17/08/1862. Disponível em: www.nytimes.com/1862/08/17/archives/theworship- of-mediocrity.html. Acesso 20/08/2020. De acordo com o terceiro parágrafo, é correto afirmar que: A ( ) não resta dúvida para o cidadão comum de que talentos brilhantes são os mais desejáveis para ocupar o poder executivo. B ( ) mentalidades medianas desaprovam tudo o que está além do seu alcance. C ( ) é incorreto afirmar que ter habilidade é útil tanto no âmbito público-político quanto em qualquer outro. D ( ) a ampliação da inteligência é um valor inquestionável para alguém subir na vida. E ( ) todas as asserções estão corretas. Gabarito: B Resolução: De acordo com o terceiro parágrafo, é correto afirmar que mentalidades medianas desaprovam tudo o que está além do seu alcance, conforme se comprova pelo trecho "that minds of moderate calibre ordinarily condemn everything which is beyond their range". Questão 13 Leia o texto a seguir para responder à questão. When my family first moved to North Carolina, we lived in a rented house three blocks from the school where I would begin the third grade. My mother made friends with one of the neighbors, but one seemed enough for her. Within a year we would move again and, as she explained, there wasn’t much point in getting too close to people we would have to say good-bye to. Our next house was less than a mile away, and the short journey would hardly merit tears or even goodbyes, for that matter. It was more of a “see you later” situation, but still I adopted my mother’s attitude, as it allowed me to pretend that not making friends was a conscious choice. I could if I wanted to. It just wasn’t the right time. Back in New York State, we had lived in the country, with no sidewalks or streetlights; you could leave the house and still be alone. But here, when you looked out the window, you saw other houses, and people inside those houses. I hoped that in walking around after dark I might witness a murder, but for the most part our neighbors just sat in their living rooms, watching TV. The only place that seemed truly different was owned by a man named Mr. Tomkey, who did not believe in television […]. To say that you did not believe in television was different from saying that you did not care for it. Belief implied that television had a master plan and that you were against it. It also suggested that you thought too much. When my mother reported that Mr. Tomkey did not believe in television, my father said, “Well, good for him. I don't know that I believe in it, either”. “That's exactly how I feel,” my mother said, and then my parents watched the news, and whatever came on after the news. SEDARIS, David. Dress Your Family in Corduroy and Denim. Recurso eletrônico. Boston: Little, Brown and Company, 2004, p. 5. Os fatos apresentados pelo narrador no terceiro e no quarto parágrafos expressam: A ( ) ironia, sarcasmo. B ( ) eufemismo, floreio. C ( ) hipérbole, exagero. D ( ) sinestesia, perífrase. E ( ) personificação, simbologia. Gabarito: A Resolução: Os fatos apresentados pelo narrador no terceiro e no quarto parágrafos expressam ironia e sarcasmo. Identificamos a ironia na passagem "Belief implied that television had a master plan and that you were against it. It also suggested that you thought too much"; e sarcasmo no trecho "That's exactly how I feel", my mother said, and then my parents watched the news, and whatever came on after the news". Questão 14 Leia o texto a seguir e responda, em português, às perguntas. a) Por que a adoção do documento é significativa para a história? Cite e explique o acontecimento histórico que levou à criação desse documento. b) Além do assassinato de membros de um grupo específico, cite outro ato que, segundo o Artigo II da convenção, caracteriza o genocídio. Em seguida, cite e contextualize um crime de genocídio – ocorrido após a adoção da Convenção – oficialmente reconhecido pela ONU. Gabarito: (Resolução oficial) a) A adoção do documento é significativa para a história, pois marca o comprometimento da comunidade internacional de não repetir as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. O acontecimento histórico que motivou a criação desse documento foi o Holocausto, marcado pela perseguição e extermínio de grupos humanos que não se encaixavam no projeto nazista de afirmação da superioridade ariana. b) Segundo o documento, o crime de genocídio ocorre quando algum dos seguintes atos (além do assassinato de membros de um grupo) é identificado: danos físicos ou mentais causados a membros de um grupo; imposição de condições de vida que tenham a intenção explícita de causar a destruição física de um grupo; imposição de medidas com a intenção de prevenir nascimentos dentro de um grupo; transferência, à força, de crianças de um grupo para outro grupo. Como exemplo de crimes de genocídio oficialmente reconhecidos pela ONU e ocorridos após a adoção do documento pode-se citar o genocídio em Ruanda (1994), onde milhares de pessoas pertencentes ao grupo étnico tutsi foram assassinadas pelos hutu, e também o massacre de Srebrenica, cidade de muçulmanos em 1995, durante a Guerra da Bósnia. Resolução: Questão 15 Leia o texto a seguir e responda à questão. George Orwell was the pen name of British author Eric Arthur Blair (25 June 1903 – 21 January 1950). Noted as a political and cultural commentator, he is among the most widely admired English-language writers of the twentieth century. During most of his career Orwell was best known for his journalism; however, contemporary readers are more often introduced to Orwell as a novelist. His most successful books are Animal Farm and Nineteen Eighty-Four. The writer is also known for his insights about the political implications of the use of language. His concern over the power of language to shape reality is also reflected in his invention of "Newspeak", the official language of the imaginary country of Oceania in his novel Nineteen Eighty-Four. "Newspeak" is a variant of English in which vocabulary is strictly limited by government ordering. The goal is to make it increasingly difficult to express ideas that contradict the official line – with the final aim of making it impossible even to conceive such ideas. A number of words and phrases that Orwell invented in Nineteen Eighty-Four have entered the standard vocabulary, such as "memory hole", "BigBrother", "Room 101", "doublethink", "thought police" and "newspeak". Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2012. Adaptado. De acordo com o texto, George Orwell, pseudônimo adotado pelo escritor britânico Eric Arthur Blair, a) é mais conhecido dos leitores contemporâneos como crítico político. b) escreveu romances que alcançaram pouco sucesso, entre eles Animal Farm. c) está entre os mais admirados escritores da língua inglesa do século XXI. d) evitava fazer menção a questões políticas e sociais em suas obras. e) inventou palavras e termos que entraram para o vocabulário da língua inglesa. Gabarito: E Resolução: (Resolução oficial) a) Incorreta. Segundo o texto, Orwell é mais conhecido dos leitores contemporâneos como um romancista. b) Incorreta. Segundo o texto, Animal Farm está entre seus livros de maior sucesso. c) Incorreta. Orwell está entre os mais admirados escritores do século XX e não XXI. d) Incorreta. Logo no início da segunda frase do texto, há indicação de que Orwell se preocupava com questões políticas: "Noted as a political and cultural commentator". e) Correta. Segundo o texto: "A number of words and phrases that Orwell invented in Nineteen Eighty-Four have entered the standard vocabulary, such as "memory hole", "Big Brother", "Room 101", "doublethink", "thought police" and "newspeak". Questão 16 Leia o texto a seguir e responda à questão. George Orwell was the pen name of British author Eric Arthur Blair (25 June 1903 – 21 January 1950). Noted as a political and cultural commentator, he is among the most widely admired English-language writers of the twentieth century. During most of his career Orwell was best known for his journalism; however, contemporary readers are more often introduced to Orwell as a novelist. His most successful books are Animal Farm and Nineteen Eighty-Four. The writer is also known for his insights about the political implications of the use of language. His concern over the power of language to shape reality is also reflected in his invention of "Newspeak", the official language of the imaginary country of Oceania in his novel Nineteen Eighty-Four. "Newspeak" is a variant of English in which vocabulary is strictly limited by government ordering. The goal is to make it increasingly difficult to express ideas that contradict the official line – with the final aim of making it impossible even to conceive such ideas. A number of words and phrases that Orwell invented in Nineteen Eighty-Four have entered the standard vocabulary, such as "memory hole", "Big Brother", "Room 101", "doublethink", "thought police" and "newspeak". Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2012. Adaptado. De acordo com o texto, "Newspeak" é uma língua fictícia a) que objetiva demonstrar a criatividade linguística do autor. b) que se assemelha às línguas de origem latina. c) cujo controle pelo governo objetivava impedir o surgimento de gírias. d) cujo propósito é sinalizar o poder da linguagem de moldar a realidade. e) cujo vocabulário é controlado pelo governo para evitar estrangeirismos. Gabarito: D Resolução: (Resolução oficial) a) Incorreta. Não há menção, no texto, ao interesse do autor em demonstrar criatividade linguística. b) Incorreta. O texto não traz essa informação. Ao contrário, a "Newspeak" é mencionada como uma variante do inglês: "'Newspeak' is a variant of English in which vocabulary is strictly limited by government ordering." c) Incorreta. O texto não indica que era interesse do governo impedir o surgimento de gírias. d) Correta. O texto afirma que a preocupação do autor com o poder da linguagem, de moldar a realidade, está refletida na sua invenção de "Newspeak". e) Incorreta. Não há menção da preocupação do governo em evitar estrangeirismos. Questão 17 Leia o texto a seguir para responder à questão proposta. 1 Second Life is a virtual world in three dimensions that you can enter through the Internet. Users can travel around, talk or communicate with others, buy land and 5 houses, build cars, parks or any other object you can think of. You can go shopping, attend colleges and universities or go to concerts and other events. You can do almost anything you can do in 10 the real world. Second Life was created in 2003 by a San Francisco company called Linden Lab. When you sign up for a free account you become a resident . It gives you the right to create an avatar and travel around 15 in Second Life. In order to view this virtual world you must download a special viewer and install it on your computer. The Second Life world is made up of different regions. The mainland is the biggest region. It 20 is owned by Linden Lab itself. There are also other areas, owned by private people or other companies. A membership fee of ten dollars a month lets you buy your own land. By becoming a paying member you also get 25 some virtual money that you can spend. You also get help if you have problems or run into trouble. Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2013. Com base no texto, analise as seguintes assertivas: I. Os usuários do Second Life podem viajar, falar ou se comunicar com qualquer pessoa que estiver em uma rede social da internet. II. É possível estudar em uma faculdade ou em uma universidade e assistir a concertos dentro do Second Life. III. Nem tudo o que se faz no mundo real pode ser feito no Second Life. IV. Residente é o nome dado a todas as pessoas que se inscrevem no Second Life. V. O Second Life, para ser visualizado, necessita da instalação de um programa especial chamado Linden Lab. Assinale a alternativa correta: a) Somente I é falsa. b) Somente I, II e IV são falsas. c) Somente III e IV são falsas. d) Somente III, IV e V são falsas. e) Somente I, III e V são falsas. Gabarito: E Resolução: Na realidade, não há alternativa adequada, pois as falsas são I e V, conjunto de asserções que não é contemplado por nenhuma opção. A alternativa apontada como correta pelo gabarito oficial, alternativa E, afirma que III, além de I e V, seria falsa, o que não se confirma pela leitura do texto. I. Incorreta. Conforme lemos, o mundo de Second Life se dá na internet, mas os usuários interagem com outros usuários da mesma plataforma, a partir de seus avatares. II Correta. Conforme o que lemos entre as linhas 6 e 8, no Second Life é possível frequentar faculdades e ir a concertos ou outros eventos ("You can go shopping, attend colleges and universities or go to concerts and other events"). III. Correta. Lemos no texto que no mundo virtual Second Life é possível fazer quase tudo o que se faz no mundo real ( "You can do almost anything you can do in the real world"). Ou seja, nem tudo o que se faz no mundo real pode ser feito no Second Life. IV. Correta. Conforme lemos nas linhas 12 e 13, você se torna um resident ao inscrever-se em Second Life ("When you sign up for a free account you become a resident"). V. Incorreta. Linden Lab não é o nome de um programa especial necessário ao usuário de Second Life, mas sim o nome da empresa que desenvolveu Second Life. Questão 18 Leia o texto a seguir e responda à questão. Numa prova de português do Ensino Fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno respondeu: "Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou". A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados no uso da Língua Portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim. Por falar em vírgula lembrei-me de caso ocorrido numa cidade paulista. O vereador proponente lia seu "improviso" na cerimônia de outorga do título de cidadania a um professor de português. A iniciativa deveu-se ao fato de o mestre ter alfabetizado o nobre edil e outros munícipes no curso de adultos. O exaltado orador disparou: "Este grande letrista me transformou num competente palavrista,pontuador e virgolapense". O constrangido catedrático, ao discursar, agradeceu, mas recusou a homenagem. "Não a mereço”, frisou! Em tempo: virgolapense é o gentílico do município de Virgem da Lapa, localizado no Vale do Jequitinhonha (MG). Ao não dar explicações sobre o óbvio, o velho membro do magistério evitou a redundância, esse vício que polui o idioma, como ilustra o ato de assinatura de convênio para projeto de piscicultura numa cidade do interior gaúcho: "Vamos vender nossos peixes em todos os países da Terra", bradou o prefeito, num arroubo de entusiasmo. "Questão de ordem, Excelência, mas só nos da Terra? Por que não também nos países de Marte, Vênus e até Saturno?" – ironizou o líder da oposição na Câmara Municipal. O poder da vírgula e o das palavras é tão importante que, no passado, o artifício do veto à pontuação foi usado para mudar o teor das leis contra os interesses da sociedade. SILVA, J. G. O poder da vírgula. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 set. 2012. Adaptado. Ao ser questionado sobre a função do apóstrofo, o aluno a) ignorou que duas palavras, embora semelhantes quanto à disposição da sílaba tônica, podem não ser sinônimas. b) observou que palavras sinônimas tanto podem ser homônimas (iguais na grafia) como parônimas (parecidas na pronúncia, com significados diferentes). c) atribuiu o mesmo significado a duas palavras semelhantes quanto à sonoridade, mas diferentes quanto ao número de sílabas. d) confundiu os doze apóstolos com os quatro evangelistas do Novo Testamento. e) demonstrou desconhecer o nome do sinal gráfico (diacrítico) que serve para indicar a supressão de letra(s) e som(ns) numa palavra. Gabarito: E Resolução: (Resolução oficial) a) Incorreta. O aluno não considerou a relação de sinonímia, simplesmente trocou uma palavra pela outra. b) Incorreta. As palavras "“apóstolos" e "apóstrofos" não podem ser consideradas homônimas (homógrafas, iguais na grafia). Além disso, estas palavras não são sinônimas. c) Incorreta. Apesar de terem sonoridade semelhante, as palavras possuem o mesmo número de sílabas. d) Incorreta. Confundiu a palavra "apóstolos" com o sinal gráfico "apóstrofo". e) Correta. Questão 19 Leia o texto a seguir e responda à questão. Numa prova de português do Ensino Fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno respondeu: "Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou". A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados no uso da Língua Portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim. Por falar em vírgula lembrei-me de caso ocorrido numa cidade paulista. O vereador proponente lia seu "improviso" na cerimônia de outorga do título de cidadania a um professor de português. A iniciativa deveu-se ao fato de o mestre ter alfabetizado o nobre edil e outros munícipes no curso de adultos. O exaltado orador disparou: "Este grande letrista me transformou num competente palavrista, pontuador e virgolapense". O constrangido catedrático, ao discursar, agradeceu, mas recusou a homenagem. "Não a mereço”, frisou! Em tempo: virgolapense é o gentílico do município de Virgem da Lapa, localizado no Vale do Jequitinhonha (MG). Ao não dar explicações sobre o óbvio, o velho membro do magistério evitou a redundância, esse vício que polui o idioma, como ilustra o ato de assinatura de convênio para projeto de piscicultura numa cidade do interior gaúcho: "Vamos vender nossos peixes em todos os países da Terra", bradou o prefeito, num arroubo de entusiasmo. "Questão de ordem, Excelência, mas só nos da Terra? Por que não também nos países de Marte, Vênus e até Saturno?" – ironizou o líder da oposição na Câmara Municipal. O poder da vírgula e o das palavras é tão importante que, no passado, o artifício do veto à pontuação foi usado para mudar o teor das leis contra os interesses da sociedade. SILVA, J. G. O poder da vírgula. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 set. 2012. Adaptado. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o significado da frase "Este grande letrista me transformou num competente palavrista, pontuador e virgolapense". a) Com essas palavras elogiosas, o falante quis enaltecer a capacidade do professor de formar cidadãos preparados para a política: bons leitores e oradores convincentes e pontuais. b) O autor da homenagem ressaltou as qualidades de um bom professor de português: saber ler e interpretar as palavras e ser capaz de empregar corretamente os sinais de pontuação e acentuação. c) O homenageado era autor de letras de música, especialista em palavras cruzadas, funcionário que cuida do ponto e pessoa nascida na cidade mineira de Virgem da Lapa. d) O mestre das primeiras letras conseguiu formar alunos que recorriam sempre ao dicionário, eram pessoas pontuais e seguiam as regras gramaticais. e) O ex-aluno se considera um exemplo da capacidade transformadora do professor do curso de jovens e adultos, por acreditar que hoje cultiva a oratória e escreve dentro das normas gramaticais. Gabarito: E Resolução: (Resolução oficial) a) Incorreta. Não era intenção do vereador enaltecer o professor, mas mostrar as suas próprias habilidades com a língua portuguesa. b) Incorreta. O vereador não enaltece a capacidade do professor em saber usar sinais de pontuação corretamente, mas o enaltece como alfabetizador. c) Incorreta. O termo letrista, nesse caso, não se refere à prática de escrever letras de música e, muito menos, à de preencher palavras cruzadas. Letrista refere-se ao professor de línguas. d) Incorreta. O texto não traz referências sobre o uso de dicionários. e) Correta. O vereador, ao utilizar a frase, enaltece a si mesmo, considerando-se competente no trato com a língua portuguesa. Questão 20 Leia o texto a seguir e responda à questão. Angelina Jolie's cancer decision highlights row over genetic technology Concerns that firms' rights to hold patents on genes linked to breast cancer is increasing cost of testing for disease Before the end of next month the US supreme court will issue a landmark decision in a case brought against the biotech firm Myriad Genetics, which is based in Utah, by the Association for Molecular Pathology. The firm owns a patent on the BRCA1 gene, which Jolie carries and which is believed to carry a high risk of causing breast cancer. It also owns a patent on the similar BRCA2 gene. It means that Myriad has the exclusive right to develop diagnostic tests for those genes – a fact that has implications for other firms, who thus might be prevented from developing innovations in the field. It also has some serious money business implications: in the wake of Jolie's announcement, Myriad's share price increased. That has worried some commentators. In a New York Times column describing her decision, Jolie recognised she was lucky to be rich enough to easily afford to take the test for the culpable genes. Some have complained that the long court battle over Myriad's patents has kept the price of the tests too high and have asked whether patents actually sacrifice patients' interests in favour of protecting corporate profits. "How many more women – and men – might have been able over the past four years to afford BRCA1 or BRCA2 testing in the absence of those protective patents?" wrote Andrew Cohen in Atlantic magazine. The issue of patents and genetic technology is one of growing importance as a flood of companies enter the booming sector and scientific advances permit more and more advanced genetic manipulation. So far the supreme court has shown a disposition to associate with big business. Earlier this month it ruled in favour of agricultural firm Monsanto in defence of a patent it holds on soy beans that dominate the US farming sector. Disponível em: . Acesso em: 19 maio 2013. Adaptado. Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Os laboratórios Myriad Genetics têmsubornado a justiça americana para continuar com o direito exclusivo sobre os testes genéticos. II. Os entraves legais com relação às patentes têm diminuído o interesse dos laboratórios por tecnologia genética. III. A demora da justiça em cancelar as patentes sobre os testes com os genes BRCA1 e BRCA2 pode prejudicar muitas pessoas. IV. Se os exames para detectar os genes causadores de câncer fossem mais baratos, mais pessoas poderiam ter acesso a eles. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Gabarito: C Resolução: (Resolução oficial) I. Incorreta. Não há indícios no texto que sustentem tal afirmação. A informação encontrada no texto é que a justiça americana parece ter um posicionamento que beneficia os laboratórios, conforme o trecho "So far the Supreme Court has shown a disposition to side with big business." (Até o momento o Supremo Tribunal tem demonstrado uma disposição em se posicionar favorável a grandes empresas.). II. Incorreta. Não há indícios que permitam essa interpretação. O texto afirma que a questão das patentes e desenvolvimento das tecnologias genéticas é de grande relevância, pois há um crescente interesse dos laboratórios em desenvolver pesquisas na área, conforme o trecho "The issue of patents and genetic technology is one of growing importance as a flood of companies enter the booming sector and scientific advances permit more and more advanced genetic manipulation." (O problema com as patentes e a tecnologia genética é de grande importância já que muitas empresas entram nesse setor promissor e os avanços científicos permitem mais e mais avanços sobre manipulação genética.). III. Correta. No terceiro parágrafo, relata-se a preocupação das pessoas com a demora da justiça para resolver o impasse, questionando se as patentes não estariam sacrificando os interesses dos pacientes para proteger os lucros de empresas como a Myriad, conforme o trecho: "Some have complained that the long court battle over Myriad’s patents has kept the price of the tests too high and have asked whether patents actually sacrifice patients' interests in favour of protecting corporate profits." (Algumas pessoas têm reclamado que longas batalhas judiciais sobre as patentes da Myriad têm mantido o preço dos exames muito alto e se perguntam se as patentes deveriam sacrificar os interesses dos pacientes para favorecer os lucros das empresas.). IV. Correta. O colunista da revista Atlantic afirma que muito mais mulheres e homens, nos últimos quatro anos, poderiam ter pago pelo exame se as patentes fossem suspensas, como se pode perceber no trecho "How many more women – and men – might have been able over the past four years to afford BRCA1 or BRCA2 testing in the absence of those protective patents?" (Quantas outras mulheres – e homens – teriam sido capazes de custear os testes para BRCA1 e BRCA2 se essas patentes tivessem sido quebradas?). Pode-se perceber o alto custo dos exames também no trecho do depoimento da atriz Angelina Jolie, afirmando ter os recursos financeiros para submeter-se ao teste "Jolie recognised she was lucky to be rich enough to easily afford to take the test for the culpable genes." (Jolie reconhece que tem sorte de ser rica o suficiente para custear os testes que detectam os genes causadores de câncer.), reforçando que os exames não têm preços acessíveis para a maioria da população.