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Pesquisa de Religioões - Xintoismo

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais
XINTOÍSMO
Seminário sobre religiões
Professor: Douglas Dantas
Curso: Ciências Contábeis
Belo Horizonte
2015
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HISTÓRIA DO XINTOÍSMO
	O Xintoísmo surgiu no Japão há mais de 2000 anos, sendo formalmente introduzido a partir do século VI, não possuindo um fundador específico e seu nome é uma adaptação do chinês, que significa “caminho dos deuses”.
	Surgiu da incorporação de várias práticas espirituais e de crenças mitológicas e sofreu durante séculos a influência do confucionismo, do taoísmo e, especialmente, do budismo, sendo um conjunto de ideias e práticas religiosas politeístas e animistas. 
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HISTÓRIA DO XINTOÍSMO
	Estabelece a família imperial como o alicerce da cultura japonesa, na condição de descendentes de Amaterasu Omikami ( deusa do sol e do universo). Desse modo a religião tenta explicar a origem do mundo, do Japão e da família imperial Japonesa.
	Foi a religião oficial do Japão entre os anos de 1868 e 1945, em um contexto no qual o país estava ameaçado pelo expansionismo ocidental, e então, sentia-se a necessidade de reforçar no povo o caráter nacional. Como consequência ao culto ao imperador, veio à tona um forte nacionalismo, base para o crescente expansionismo japonês, que culminou na Segunda Guerra Mundial.
	Após a Guerra, porém, quando o Japão passou a sofrer influência norte-americana, o Xintoísmo perdeu o posto de religião oficial do país, sendo hoje uma das várias religiões do Japão, mas ainda a mais expressiva.
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DEFINIÇÃO DO SAGRADO
	O xintoísmo adota a existência dos kamis: seres divinos, que podem se hospedar em tudo o que existe, desde elementos naturais, como árvores, rios, montes, até os homens, em particular, nos defuntos que foram pessoas importantes na vida do país, como os heróis nacionais e os imperadores. O culto aos espíritos naturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo. 
	Sendo assim, o termo kami se aplica tanto à divindades individualizadas como à dimensão sobrenatural genérica das pessoas e objetos naturais. 
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Amaterasu: A Deusa do Sol
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TEXTOS SAGRADOS
	O xintoísmo não tem dogmas, teologia ou escritura sagrada, sendo a informalidade nota predominante, seus mitos e crenças foram passados oralmente e posteriormente registrados em três livros principais que explicam a origem dos deuses e do Japão, misturando folclore, lendas e história.
	Kojiki – O principal (das coisas antigas), concluído em 712 d.C.
	Nihonji – Crônicas do Japão, concluído em 720 d.C.
	Yengishiki – Hinos e preces, concluído no século X.
	É tipicamente uma religião nacional, que ao longo dos séculos adotou várias outras tradições. Ela não conta com nenhum credo ou código de ética expressamente formulado. A essência do xintoísmo é a cerimônia e o ritual, que mantêm o contato com o divino.
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NATUREZA E MODALIDADE DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
	Sua prática não exige o abandono ou recusa de outras formas de manifestação de crença religiosa, pois convive pacificamente e até complementa-se com outras religiões.
	Caracteriza-se pelo culto à natureza, aos ancestrais e ao espírito e um de seus rituais mais importantes é o da purificação de corpo e da alma em harmonia com a natureza. O praticante se familiariza e se integra à natureza, num relacionamento de intimidade, de reciprocidade, sabendo que dela ele tira seu sustento e, portanto, deve retribuir de alguma forma.
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O TEMPLO
	Chamado de jinja, o templo xintoísta é tipicamente situado próximo a um rio, fonte ou ao pé de uma elevação. Não é considerado como um local para adoração, mas a morada de um kami, sendo o lugar onde este será cultuado. Para tal, normalmente encontra-se guardado em seu interior um objeto que simboliza a proximidade do kami. É esse símbolo, conhecido com shintai ou mitama-shiro, o responsável por tornar o templo um lugar sagrado. Os três símbolos mais importantes são: um espelho, uma jóia ornamental e uma espada, que ficam guardados em três dos maiores templos xintoístas. O espelho, a jóia e a espada estão ligados a um mito relativo à deusa do sol, Amaterasu, e ao primeiro imperador do Japão. O espelho, mais especificamente, como símbolo da deusa do Sol, recebe grande valor dentro do Xintoísmo, “nada oculta, reflete exatamente o que é bom e mau, certo e errado”. É a fonte da honestidade, equidade e imparcialidade.
	Normalmente, há perto do templo o torii, uma das principais representações ligadas ao Xintoísmo e que representa a entrada no mundo sagrado, delimitando-o do mundo profano.
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O TEMPLO
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O SACERDÓCIO
	Conhecido como shinshoku ou kanushi, o sacerdote exerce função litúrgica, devendo, acima de tudo, saber conduzir as cerimônias diárias e as grandes festividades religiosas. Portanto, não se espera dele uma liderança espiritual sobre os fiéis.
	O sacerdócio pode ser exercido tanto por homens quanto por mulheres, que devem se qualificar em uma escola religiosa. Não se espera o celibato, podendo os sacerdotes de ambos os sexos constituírem famílias.
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RITUAIS
	Os rituais podem ser feitos em casa ou no templo, mas, em geral, adotam sempre 5 procedimentos fundamentais: 
Purificação
Sacrifício
Oração
Refeição Sagrada
O Culto no Lar
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DATAS COMEMORATIVAS
Anzan kigan: Cerimônia realizada para pedir ao Deus Amaterasu uma gravidez tranqüila e com saúde para a mãe e o bebê.
Hatsumiya kigan: Cerimônia de Batismo.
Itinen kigan: Cerimônia realizada para comemorar o aniversário de 1 ano da criança, agradecendo e renovando a proteção recebida ao Deus Amaterasu.
Sansai kigan, Gosai kigan, Nanasai kigan:  ( 3, 5 e 7 anos respectivamente) Cerimônia realizada para comemorar o aniversário da criança, agradecendo e renovando a proteção recebida ao Deus Amaterasu
Seijin kigan: Cerimônia realizada para comemorar a maioridade da criança, agradecendo e renovando a proteção recebida ao Deus Amaterasu
Kekkon kigan: Cerimônia de Casamento.
Kekon kinen kigan: Cerimônia de Bodas (10 anos, 30 anos, 50 anos e 60 anos).
Existem ainda, Cerimônias de Purificação realizadas em idades especiais, devido às várias mudanças que ocorrem em nosso corpo e alma.
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ORIGEM DA VIDA E O SENTIDO DA MORTE
	No princípio um casal divino, Izanagui e Izanami, passeava na “Alta Planície do Céu”, onde habitavam os kami (deuses), e ao olharem para baixo, viram um grande vazio, no qual havia apenas água. Curiosos, mergulharam uma lança no mar, que respingou água ao ser retirada. As gotas que se desprenderam da lança formaram ilhas, consideradas as primeiras porções de terra.
	A partir disso, gerou-se o resto do mundo e tudo o que há nele, além de uma série de deuses, os kamis, sendo a deusa do sol, Amaterasu, o mais importante. Eles se estabeleceram na terra e conceberam os primeiros seres humanos. Assim, todos os japoneses têm origem divina, mas em especial o imperador, que é descendente da própria deusa do sol.
	Vale ressaltar que, quando Izanami deu a luz o fogo, este queimou as suas entranhas, levando-a a morte. Sentindo-se só, Izanagui resolveu buscá-la no reino dos mortos, onde Izanami estava com o corpo coberto de vermes. Ela se sentiu envergonhada, ficou furiosa, e assumindo o aspecto da Morte, perseguiu Izanagui acompanhada de todos os espíritos infernais. Ao sair do mundo das trevas, ergueu uma rocha, separando a terra do mundo dos mortos.
	O Xintoísmo é muito voltado para a vida, portanto, raramente se realizam funerais nessa cultura. O Budismo entra nesse aspecto, trazendo os aspectos de morte e pós morte.
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FONTES DE PESQUISA
<http://www.infoescola.com/religiao/xintoismo/> Acesso em: 13 abr. 2015.
<http://www.culturajaponesa.com.br/?page_id=213> Acesso em: 13 abr. 2015.
<http://www.brasilescola.com/religiao/xintoismo.htm> Acesso em: 13 abr. 2015.
<http://temploxintoista.org.br/2013/> Acesso em: 13 abr. 2015.
“ As grandes religiões do
mundo” – Jean Delumeau
“ Xintoísmo- O caminho dos deuses” – Sérgio Bath
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