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71 
 
Questão 31: FCC 
Considerando os elementos do ato administrativo, para que este seja considerado válido, é imprescindível 
que apresente 
a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática do ato administrativo. 
b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de incompetência. 
c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato. 
d) forma, admitindo-se ato verbal ou escrito, desde que permita o claro entendimento de seu conteúdo. 
e) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer desfazer ou implementar. 
 
 
GABARITO: A 
 
A questão versa acerca dos atributos do ato administrativo. Nesse contexto, os elementos do ato são 
Competência (sujeito), Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. Vejamos a tabela a seguir: 
 
Elementos CONCEITO 
CO-mpetência 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (Direito Administrativo Descomplicado. 23. 
ed. São Paulo: Método, 2015, p. 505): "Podemos definir competência como 
o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico 
das atribuições de seu cargo. [...] Somente a lei pode estabelecer 
competências administrativas; por essa razão, seja qual for a natureza do ato 
administrativo - vinculado ou discricionário - o seu elemento competência é 
sempre vinculado." 
FI-nalidade 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 512): "A finalidade é 
um elemento sempre vinculado. Nunca é o agente público quem determina a 
finalidade a ser perseguida em sua atuação, mas sim a lei. Podemos identificar 
nos atos administrativos: 
a) uma finalidade geral ou mediata, que é sempre a mesma, expressa ou 
implicitamente estabelecida na lei: a satisfação do Interesse público; 
b) uma finalidade especifica, imediata, que é o objetivo direto, o resultado 
especifico a ser alcançado, previsto na lei, e que deve determinar a prática do 
ato." 
FO-rma 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 513): "A forma é o modo de 
exteriorização do ato administrativo. Todo ato administrativo é, em 
princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase sempre é a escrita (no caso 
dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a forma é 
sempre e obrigatoriamente a escrita [...] Apesar de autores como o Prof. Hely 
Lopes Meirelles prelecionarem que a forma é elemento sempre 
vinculado nos atos administrativos, pensamos que, hoje, essa afirmativa 
deve, no máximo, ser considerada uma regra geral." 
MO-tivo 
 Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 513): "O motivo é a causa 
imediata do ato administrativo. É a situação de fato e de direito que 
determina ou autoriza a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto 
fático e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato." DETALHE: Pode 
ser vinculado ou discricionário. 
OB-jeto 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 517-8): "O objeto do ato 
administrativo identifica-se com o seu conteúdo, por meio do qual a 
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administração manifesta sua vontade, ou atesta simplesmente situações 
preexistentes. Pode-se dizer que o objeto do ato administrativo é a própria 
alteração no mundo jurídico que o ato provoca, é o efeito jurídico imediato 
que o ato produz. [...] Pode-se afirmar, portanto, como o faz a doutrina em geral, 
que: (a) nos atos vinculados, motivo e objeto são vinculados; (b) nos atos 
discricionários, motivo e objeto são discricionário" 
 
De posse dessas informações, vamos analisar as alternativas para encontrar a resposta correta. 
 
a) motivo, que são os fundamentos de fato e de direito para a prática do ato administrativo. 
 
Correto. De fato, o motivo é são os fundamentos de fato e de direito que embasam a prática do ato 
administrativo. 
 
b) agente público competente, não podendo ser sanado vício de incompetência. 
 
Incorreto. Os vícios de competência admitem convalidação. Com efeito, somente são vícios sanáveis 
(passíveis de convalidação) os vícios de competência, forma e objeto, quando este for plúrimo, ou seja, 
mais de uma providência no mesmo ato. De outra monta, os vícios de objeto, quando únicos, de finalidade 
e de motivos são insanáveis e não podem ser convalidados, conforme ensina José dos Santos Carvalho 
Filho (Manual de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 166-167, grifamos): 
 
São convalidáveis os atos que tenham vício de competência e de forma, nesta incluindo-se os 
aspectos formais dos procedimentos administrativos. Também é possível convalidar atos com vício no 
objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo, ou seja, quando a vontade 
administrativa se preordenar a mais de uma providência administrativa no mesmo ato: aqui será 
viável suprimir ou alterar alguma providência e aproveitar o ato quanto às demais providências, não 
atingidas por qualquer vício. Vícios insanáveis tornam os atos inconvalidáveis. Assim, inviável será a 
convalidação de atos com vícios no motivo, no objeto (quando único), na finalidade e na falta de 
congruência entre o motivo e o resultado do ato. 
 
c) finalidade, que são as razões de fato e de direito para a emissão do ato. 
 
Incorreto. Conforme vimos, as razões de fato e de direito para a emissão do ato são o motivo do ato. 
 
d) forma, admitindo-se ato verbal ou escrito, desde que permita o claro entendimento de seu 
conteúdo. 
 
Incorreto. Via de regra, a forma é escrita. Conforme vimos, o caso dos atos praticados no âmbito do 
processo administrativo federal, a forma é sempre e obrigatoriamente a escrita, conforme visto nas lições 
de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. 
 
e) objeto, que é o resultado a ser produzido com a prática do ato, o que se quer desfazer ou 
implementar. 
 
Incorreto. Essa é a conceituação de finalidade específica, conforme vimos acima. Objeto é o próprio 
conteúdo do ato é a própria alteração no mundo jurídico que o ato provoca, conforme visto nas lições 
de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. 
 
 
 
 
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Questão 32: VUNESP 
O poder conferido por lei ao agente público para o desempenho das funções relativas ao seu cargo é 
denominado 
a) atribuição. 
b) forma. 
c) finalidade. 
d) motivo. 
e) competência. 
 
 
GABARITO: E 
 
A competência é o poder atribuído “pela norma” ao agente da Administração para o exercício legítimo de 
suas atribuições. 
 
Os termos entre aspas (“pela norma”) servem para esclarecer, logo de início, que a lei não é a fonte única 
para fixar o círculo de atribuições dos agentes públicos. O Presidente da República e os ministros de 
Estado, por exemplo, têm competências administrativas previstas diretamente na CF/1988. O autor José 
dos Santos Carvalho Filho aponta, ainda, a fixação de competências em escala secundária, como na 
expedição de decretos autônomos (decretos de natureza organizativa), nos termos do inc. VI do art. 84 
da CF/1988. 
 
Ressalte-se, ainda, que a expressão “competência”, dentro do Direito Administrativo, não tem o 
sentido de capacidade ou habilidade que detém um servidor público para editar um ato 
administrativo. De outra forma, diferentemente do Direito Privado, a competência, para o Direito 
Administrativo, deve ser entendida como a quem compete produzir o ato, ou seja, um sujeito, um alguém 
que é responsável pela prática do ato. Não diz respeito, portanto, à capacidade, mas sim ao poder de 
praticar o ato. Assim, como dizem, não é competente quem quer, ou quem sabe fazer, mas sim quem 
a norma determinar que é. 
 
Dispõe o art. 11 da Lei 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo Federal): 
 
“Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como 
própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos”. 
 
Conforme Edmir Netto de Araújo, a competência é de exercício obrigatório, sendo irrenunciável, como 
decorrência do princípio da indisponibilidadedo interesse público. No entanto, a irrenunciabilidade não 
impede que a Administração Pública transfira a execução de uma tarefa, isto é, o exercício da 
competência para fazer algo. Transfere-se o exercício, mas a titularidade da competência continua a 
pertencer a seu “proprietário”. 
 
 
Questão 33: VUNESP 
São elementos dos atos administrativos: 
a) sujeito, objeto, forma, motivo e finalidade. 
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b) sujeito, objetivo, eficácia, autoexecutoriedade e poder. 
c) motivação, publicidade, sujeição, objeto e competência. 
d) forma, finalidade, imperatividade, publicidade e motivo. 
e) objeto, motivação, publicidade, eficácia e autoridade. 
 
 
GABARITO: A 
 
A questão fala sobre os ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO. 
 
Lembra do famoso mnemônico CO FI FO MO OB? É ótimo para você nunca mais tirar do seu "juízo" os 
elementos do ato administrativo. Segue a tabela com o mnemônico: 
 
CO mpetência 
FI nalidade 
FO rma 
MO tivo 
OB jeto ou conteúdo 
 
Uma forma de lembrarmos rapidamente desses elementos e seus respectivos conceitos é fazendo uma 
leitura do art. 2º caput e parágrafo único da Lei nº 4.717/65, que é a lei que regula a ação popular: 
 
"Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos 
de: 
 a) incompetência; 
 b) vício de forma; 
 c) ilegalidade do objeto; 
 d) inexistência dos motivos; 
 e) desvio de finalidade. 
 Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
 a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente 
que o praticou; 
 b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades 
indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
 c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento 
ou outro ato normativo; 
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se 
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
 e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele 
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência." (g.n.) 
 
A COMPETÊNCIA é denominada também, pela doutrina, de SUJEITO. 
 
Encontramos, assim, na ALTERNATIVA A o gabarito correto: sujeito, objeto, forma, motivo e finalidade. 
 
 
 
 
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